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Criminologia Aula 03

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Aula 03
Criminologia p/ Delegado Polícia Civil-PE (com videoaulas)
Professor: Alexandre Herculano
Criminologia ʹ Delegado de Polícia - Polícia Civil - PE 
Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 03 
 
 
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Modelos de reação ao crime 1 
3. O Estado Democrático de Direito e a prevenção da 
infração penal 
5 
4. Questões propostas 17 
5. Questões comentadas 21 
6. Gabarito 34 
 
 Olá, meus amigos! 
 Então, hoje, vou abordar os seguintes tópicos de editais passados: 
Prevenção da infração penal no Estado democrático de direito. Prevenção 
primária. Prevenção secundária. Prevenção terciária. Modelos de reação 
ao crime. 
 
 Modelos de reação ao crime 
 
Aula 03 - Prevenção da infração penal no Estado 
democrático de direito. Prevenção primária. Prevenção 
secundária. Prevenção terciária. Modelos de reação ao 
crime. 
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Teoria e Exercícios 
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 Antes de entramos na prevenção da infração penal, dentro do 
Estado Democrático de Direito, vamos falar um pouco sobre os modelos 
de reação ao crime. 
 Conforme dispõe a teoria labeling aproach o desvio e a 
criminalidade não são qualidades intrínsecas da conduta ou uma entidade 
ontológica pré-constituída à reação social, mas uma qualidade atribuída a 
determinados sujeitos através de complexos processos de interação 
social; isto é, de processos formais e informais de definição e seleção. 
Consequentemente, não é possível estudar a criminalidade 
independentemente destes processos. 
 A criminalidade é um status social atribuído a uma pessoa por 
quem tem poder de definição. O caráter criminal de uma conduta e a 
atribuição do status criminoso a seu autor depende de certos processos 
sociais de definição, processos estes que atribuem, através da seleção, 
etiquetam um autor como delinquente. Assim o caráter criminoso do 
comportamento não é uma característica da ação, mas uma qualidade 
atribuída ao comportamento pelo sistema de controle social, como reação 
da comunidade e do Estado no processo de criminalização, conforme a 
conhecida tese de Becker (teoria do processo de criminalização): 
 
 "O desvio é produzido pela própria sociedade, não no sentido de 
que suas causas estão localizadas na situação social do desviado, ou em 
fatores sociais que impulsionaram a sua ação, mas de que grupos sociais 
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o produzem ao criar as regras (criminalização primária) e ao aplicá-las a 
pessoas particulares, classificando-as como estranhas (criminalização 
secundária)." 
 
 Se o sistema de controle social produz a criminalidade a partir de 
indicadores de socialização deficientes, então o processo de criminalização 
pressupõe determinações estruturais, por um lado, e construções sócio-
psicológicas do controle social, por outro. Na linha desse raciocínio, o que 
realmente se sanciona não é o fato punível, mas a posição social 
marginal do autor. Assim, o crime não seria realidade ontológica pré-
constituída, mas realidade social construída por juízos atributivos 
do sistema de controle, determinados menos pelos tipos legais e mais 
pelos elementos atuantes no psiquismo do operador jurídico, como 
estereótipos e preconceitos, que decidem sobre a aplicação das regras 
jurídicas e, portanto, sobre o processo de filtragem da população 
criminosa. 
 O processo seletivo de criminalização acontece em duas 
etapas: a criminalização primária e a criminalização secundária. A 
primária compreende a definição das normas e a secundária consiste na 
imposição das normas. Em regra geral, são as autoridades políticas 
(parlamentares e executivos) que exercem a criminalização primária, 
enquanto que as autoridades judiciais (policiais, promotores, advogados, 
juízes) realizam a criminalização secundária. 
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 Na criminalização primária as normas são criadas levando em 
consideração os valores existentes em dado momento e em determinada 
sociedade, que são as premissas principais das quais se deduzem as 
regras específicas. A partir disso sabe-se quais as ações que são 
aprovadas e que são proibidas no âmbito social; o valor positivo é a 
aprovação do comportamento humano, o valor negativo é a reprovação 
deste. 
 Segundo a doutrina, a criminalização secundária é o processo de 
imposição das normas, que acontece nas seguintes etapas: policiais 
indiciam um individuo que supostamente praticou um crime (ato 
criminalizado primariamente) e o submetem ao Judiciário para que seja 
instaurado um processo contra ele, onde será provado se ele praticou ou 
não um delito; em caso afirmativo legitima-se a imposição de uma pena 
que será executada pela agência penitenciária. 
 O procedimento da criminalização secundária também ocorre de 
forma seletiva e desigual. A diferença da criminalização primária em 
relação à secundária é que aquela se refere somente a condutas 
tipificadas criminosas, enquanto esta diz respeito à ação punitiva 
sobre pessoas concretas. Na criminalização primária o processo de 
seleção se dá de forma abstrata, pois as autoridades políticas não sabem 
ao certo qual indivíduo será selecionado. A seletividade se concretiza na 
fase da criminalização secundária. Nesse momento as autoridades de 
criminalização secundária decidem quem serão as pessoas criminalizadas 
e as vítimas potenciais. A seleção recai sobre pessoas sem acesso ao 
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poder político e econômico, que têm baixas defesas perante o poder 
punitivo e mais facilmente se tornam vulneráveis à criminalização 
secundária. 
 
 Prevenção da infração penal no Estado democrático de 
direito 
 
 O Estado de Direito, ao objetivar a prevenção da criminalidade em 
prol da paz e da harmonia social, utiliza-se de duas importantes medidas 
como combate ao delito: ações indiretas e diretas. 
 Assim, meus caros, aprofundando mais um pouco, as medidas 
indiretas agem sobre o crime de forma mediata, procurando cessar 
as causas e os efeitos do delito. Tais medidas buscam as causas possíveis 
da criminalidade, próximas ou remotas, genéricas ou específicas. As 
atuações indiretas devem se concentrar tanto no indivíduo quanto no 
meio em que ele vive; algo que a Criminologia Moderna chama de 
prevenção primária e terciária. 
 Quanto ao indivíduo, as ações devem observar sua característica 
pessoal, contornando seu caráter e seu temperamento, em busca do 
ajuste de sua conduta. Procura-se analisar o meio social sob seu múltiplo 
estilo de ser, de forma ampla, visandouma redução de criminalidade 
e a sua prevenção. Observa-se que a associação de medidas sociais, 
políticas e econômicas, entre outras, pode proporcionar uma sensível 
melhoria de vida ao ser humano. 
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 O meio no qual o indivíduo está inserido pode levá-lo à 
criminalidade. A importação de culturas e valores, a globalização 
econômica, a criminalidade transnacional; associadas à desorganização 
dos meios de comunicação em massa, ao desequilíbrio social e à 
proliferação da miséria são responsáveis por impulsionar o homem ao 
delito. Entretanto, esse mesmo meio pode estimular boas ações e 
oportunidades, seja por meio da urbanização das cidades, da 
desfavelização e do fomento de empregos; seja pela reciclagem 
profissional e pela educação pública, gratuita e acessível a todos. 
 Já as medidas diretas de prevenção criminal possuem o foco 
na infração penal in itinere ou em formação (iter criminis). 
Destaca-se a importância das medidas de ordem jurídica, como as 
referentes à efetiva punição de crimes graves, incluindo os de colarinho 
branco; a repressão implacável às infrações penais de toda a natureza, 
substituindo o direito penal nas pequenas infrações pela adoção de 
medidas de cunho administrativo; a atuação da polícia ostensiva em seu 
papel de prevenção, manutenção da ordem e vigilância; o aparelhamento 
e treinamento das polícias judiciárias para a repressão delitiva em todos 
os segmentos da criminalidade; entre outras. Pelo fato de agirem 
eminentemente nos delitos, as ações diretas são denominadas pela 
Criminologia de prevenção secundária. 
 
 
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 O saber criminológico, no Estado Democrático de Direito, 
orienta-se pela conduta prevencionista, uma vez que seu objetivo 
máximo é evitar o delito e não a simples punição. 
 
 Vejamos uma possível questão de prova: 
 
(Criminologia ± Polícia Civil ± 2016) Julgue os itens com base na 
Criminologia. 
O Estado Democrático de Direito, orienta-se pela conduta repressiva, 
pois o crime deve ser combatido pela ostensividade das autoridades 
policiais. 
 
Gabarito: E. 
 
 A análise dos fatores inibidores e estimulantes do fenômeno 
criminal é crucial para a elaboração de programas prevencionistas. 
Aspectos sociais como desemprego, miséria, falta de assistência social, 
desigualdade e corrupção política favorecem a criminalidade, assim como 
a justiça social, a garantia de trabalho, a educação, entre outros, 
corroboram para a redução dos delitos. 
 No trabalho de prevenção que cabe ao Estado no cambate à 
criminalidade, há três níveis de prevenção (primário, secundário e 
terciário) que veremos mais a frente. Como resposta à ocorrência de 
ação criminosa, surgem formas de prevenção aos delitos no Estado 
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Democrático de Direito. Iniciamente, tem-se a Teoria da Reação Social, 
que prevê a reação social estatal por meio de três modelos distintos: 
dissuasório, ressocializador e restaurador (integrador). 
 O modelo dissuasório baseia-se na repressão por meio da punição 
ao agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime não 
compensa e que gera sanção. Por esse modelo, aplica-se a pena somente 
aos imputáveis e semi-imputáveis, cabendo aos inimputáveis o 
tratamento psiquiátrico. 
 Os protagonistas neste modelo são o Estado e o delinquente, 
restando excluídos a vítima e a sociedade. As sanções penais somente 
são aplicadas aos imputáveis e semi-imputáveis, vez que os inimputáveis 
são submetidos a tratamento psiquiátrico. Procura persuadir o 
delinquente a não praticar o delito por meio da intimidação do sistema 
retributivo. 
 A exclusão da vítima e sociedade por este modelo lhe rende 
severas críticas de Antonio García-Pablos de Molina, devido a importância 
que exercem no questionamento da gênese e da etiologia do delito, além 
de potencializar os conflitos ao invés de resolvê-los devido ao 
retribucionismo exagerado. 
 O modelo ressocializador prevê a intervenção na vida e na pessoa 
do infrator, não apenas com a punição, mas também com a possibilidade 
de reinserção social. 
 A reação ao delito passa a se preocupar com a utilidade do castigo, 
também para o delinquente. Avalia a efetividade do sistema sob o ponto 
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de vista do real impacto da punição na pessoa do condenado, sem se 
preocupar com os ideais abstratos da pena. Por conseguinte, o paradigma 
ressocializador faz com que o Estado assuma a natureza social da 
criminalidade, não se conformando simplesmente com a retribuição do 
mal praticado, ou caráter preventivo das penas, exigindo uma intervenção 
positiva na pessoa do condenado, ou seja, do afastamento dos efeitos 
nocivos da punição. A partir desta premissa de melhoras no regime de 
cumprimento das penas, busca-se preparar o condenado a participar do 
corpo social sem traumas ou condicionamentos. 
 Já o modelo restaurador (integrador), também conhecido como 
³MXVWLoD�UHVWDXUDWLYD´��REMHWLYD�UHVWDEHOHFHU�R�VWDWXV�TXR�DQWH��YLVDQGR�j�
reeducação do infrator, à assistência à vítima bem como ao controle 
social afetado pelo crime. 
 Este modelo visa solucionar o problema criminal por meio de ação 
conciliadora, que procura atender aos interesses e exigências de todas 
as partes envolvidas. Ao compreender o crime como um fenômeno 
interpessoal, defende que as pessoas envolvidas devem participar da 
solução do conflito por meios alternativos, distanciados de critérios legais, 
e formalismo. 
 As vantagens de uma justiça comunitária é que a pacificação social 
do problema minimiza os efeitos da persecução tradicional, afastando o 
caráter ameaçador das penas, humilhações, e demais consequências 
malfazejas. A solução virá de partes legítimas, e por isso as chances de 
pacificação revelam-se elevadas. 
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 Nesse patamar, existe controvérsia relativa ao alcance da justiça 
integradora quanto a natureza e gravidade dos delitos, além do perfil da 
vítima e delinquente. Há quem defenda a universalidade e generalidade 
da conciliação e mediação do conflito criminal sem ressalvas, e aqueles 
que sustentam a incidência da justiça comunitária para determinados 
delitos, e delinquentes primários, de modo a não se distanciar da 
realidade. 
 Parece ser mais correta esta última vertente, sendo difícil conceber 
uma justiça restauradora em delitos de elevada gravidade, a exemplo de 
infrações penais comoo homicídio, latrocínio, etc. Apesar disso, Molina 
afirma que os procedimentos conciliatórios recuperaram a face humana 
do conflito criminal, redefinindo o próprio ideal de justiça que refuta o 
caráter excludente do castigo através de uma proposta de soluções 
alternativas, cuja solidariedade e construtivismo deverão nortear as 
partes na celebração de compromissos. 
 O modelo integrador redefine o próprio ideal de justiça. 
Concebe o crime como conflito interpessoal concreto, real, histórico, 
resgatando uma dimensão que o formalismo jurídico havia neutralizado. 
Orienta a resposta do sistema mais à reparação do dano que o infrator 
causou a sua vítima, às responsabilidades deste e às da comunidade, do 
que ao castigo em si. 
 
 Vejamos uma possível questão de prova: 
 
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(Criminologia ± Polícia Civil ± 2016) Julgue os itens com base na 
Criminologia. 
A Teoria da Reação Social prevê a reação social estatal por meio de três 
modelos distintos: primário, secundário e terciário. 
 
Gabarito: E. 
 
 Há, também, a Teoria da Pena que reconhece a pena como uma 
espécie de retribuição, de privação de bens jurídicos, imposta ao 
delinquente em razão do ilícito cometido. O estudo da pena constata a 
existência de três grandes correntes: teorias absolutas, relativas e 
mistas. 
 As teorias absolutas encaram a pena como um imperativo de 
justiça, negando fins utilitários. As teorias relativas ensejam um fim 
utilitário para a punição, sustentando que o crime não é causa da pena, 
mas ocasião para que seja aplicada. Já as teorias mistas conjugam as 
duas primeiras, sustentando o caráter retributivo da pena. 
 A prevenção geral vislumbra a pena como intimidadora daqueles 
que são propensos a cometer delitos. Já a prevenção especial analisa o 
delito sob os fatores endógenos e exógenos, em busca da reeducação do 
indivíduo e de sua recuperação. 
 A prevenção geral da pena instala-se sob dois ângulos: o negativo 
e o positivo. Pela prevenção geral negativa, conhecida como prevenção 
por intimidação, a pena serve para que todos os membros do grupo social 
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observem uma dada condenação e não venham a cometer uma prática 
delituosa. A prevenção geral positiva ou integradora busca sensibilizar a 
consciência geral, disseminando o respeito aos valores mais importantes 
da comunidade e, por conseguinte, à ordem jurídica. 
No Estado Democrático de Direito, o poder político estatal é juridicamente 
limitado, isto é, apenas pode ser exercido inserido em determinadas 
restrições definidas pela ordem jurídico-política constitucional, marcada 
pelas dimensões de legalidade, separação de poderes e proteção aos 
direitos fundamentais. 
 Tal modelo de organização política de poder pressupõe que os 
indivíduos têm certos direitos indispensáveis à própria existência e ao 
desenvolvimento da personalidade humana, que constituem verdadeiras 
barreiras de proteção contra a utilização arbitrária do poder do Estado. O 
indivíduo é considerado como efetivo sujeito de direito frente à 
comunidade e do próprio Estado, cuja atividade deve estar norteada pelos 
princípios e garantias impostas pela Constituição Federal. 
 A atuação repressiva do Estado em face dos indivíduos que 
praticam condutas tipificadas como crimes é uma atividade indispensável 
para a manutenção da ordem jurídico-política. Porém, no Estado 
Democrático de Direito, o exercício do poder punitivo estatal é 
juridicamente limitado pela instituição de amplas garantias que 
devem nortear a edificação e a aplicação da política criminal, como 
o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa, a presunção de 
inocência, o juiz natural, a motivação das decisões, etc. 
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 Dessa forma, o processo penal constitui é o instrumento pelo qual o 
Estado exerce o seu poder punitivo, buscando a aplicação da pena ao 
autor da infração. 
 Por outro lado, o processo também pode ser visualizado sob o 
aspecto da tutela dos direitos fundamentais, ou seja, como uma 
garantia do indivíduo de que não será submetido a uma pena sem a 
observância dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. 
Com efeito, em uma ordem constitucional fundada na instituição de 
amplas garantias e direitos individuais, como é o caso do Estado 
brasileiro, o processo penal deve necessariamente se desenvolver visando 
à efetivação dessas premissas. 
 Pessoal, o Estado possui o monopólio da aplicação da lei penal. 
Porém, existem regras constitucionais e legais que limitam e determinam 
como a lei penal possa ser aplicada. Para tanto, deve o Estado 
Administração, nos crimes de ação penal pública, após a produção de 
uma prova mínima, levar o caso ao Estado Juiz, para que este se 
manifeste sobre a aplicação ou não da sanção penal ao caso concreto. 
 A atuação do Estado encontra na Constituição federal e nas leis 
limitações que impedem que o Estado produza todo tipo de prova em face 
dos acusados. O Estado é o primeiro a ter de respeitar, então, essas 
limitações. 
 Prevenção de crime é um conceito aberto. Para alguns é dissuadir 
o delinquente a não cometer o ato, para outros é mais, importa inclusive 
na modificação de espaços físicos, novos desenhos arquitetônicos, 
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aumento da iluminação pública com o intuito de dificultar a prática do 
crime e para um terceiro grupo é apenas o impedimento da reincidência. 
 Há três tipos de prevenção, todas distintas entre si, seja quanto e 
maior ou menor relevância etiológica dos programas, seja quanto aos 
destinatários aos quais se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que 
utilizam. 
 A prevenção primária procura agir a raiz do conflito criminal, para 
neutralizá-lo antes que o problema se manifeste. (através de uma 
socialização proveitosa de acordo com os objetivos sociais). 
 Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de 
política cultural, econômica e social, que capacitem os cidadãos de 
condições sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais 
conflitos. Se, principalmente os governantes dedicassem atenção, 
respeito e seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da 
sociedade a sua efetiva parcela de contribuição. 
 O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é 
que não há cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento 
dessa cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuízos ao 
País. 
 A chamada prevenção secundária opera onde e quando o conflito 
acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas ações policiais, 
pelo controle dos meios de comunicação,da implantação da ordem social 
e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior 
risco de protagonizarem algum problema criminal. 
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 A prevenção terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, 
(população), o condenado. A terciária é a aplicação de reclusão sobre o 
individuo criminoso. Nesse caso a ³UHVVRFLDOL]DomR´�p�YROWDGD�DSHQDV�SDUD�
o infrator, no ambiente prisional. Das três modalidades de prevenção a 
terciária é a que possui o mais acentuado caráter punitivo. 
 Como a prevenção terciária só se dá depois do cometimento do 
crime, agindo só na condenação, ela é insuficiente e parcial, pois não 
neutraliza as causas do problema criminal, além do que a plena 
determinação da população carcerária, assim como os altos índices de 
reincidência não compensam o déficit da prevenção terciária e suas 
carências. 
 Deve ficar claro que os três modelos se complementam e são 
compatíveis entre si. De qualquer modo os três programas estão ligados 
entre si e se fazem necessários, tanto a curto quanto a médio e longo 
prazo. Pois tem um objetivo em comum: evitar a reincidência. 
 
 Prevenção primária: 
9 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes 
que ocorra; 
9 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos; 
9 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
9 Limitações práticas: falta de vontade política e de 
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conscientização da sociedade. 
 Prevenção secundária: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança 
pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 Prevenção terciária: 
9 Destinatário: população carcerária; 
9 Caráter punitivo; 
9 Objetivo: evitar a reincidência; 
9 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
 
 Pessoal, vamos fazer algumas questões! 
 Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões propostas 
 
1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do 
trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por 
meio de ação policial, programas de apoio e controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e 
nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, 
moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o 
recluso com programas psicológicos e de assistência social. 
 
2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se 
por prevenção primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção 
familiar e/ou social. 
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D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, 
em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de 
seu acontecimento. 
 
03) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue 
os itens. 
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à 
chamada prevenção primária. 
 
04) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
São princípios informadores do direito penal mínimo: insignificância, 
intervenção mínima, proporcionalidade, individualização da pena e 
humanidade. 
 
05) (2016 ± PCSP - Inédita) Julgue os itens com base na 
Criminologia. 
O modelo ressocializador baseia-se na repressão por meio da punição ao 
agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime não 
compensa e que gera sanção. 
 
06) (VUNESP - 2014 - PCSP) Em um estado democrático de 
direito, o castigo do infrator não esgota as expectativas que o fato 
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delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se apontar, como os 
objetivos científicos mais satisfatórios e adequados na 
criminologia moderna, a ressocialização do delinquente, a (o) 
____________________________e a prevenção do crime. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
A) reparação dos danos à vítima 
B) informação ao cidadão 
C) ressarcimento ao Estado 
D) especialização profissional do delinquente 
E) formação espiritual e religiosa do delinquente 
 
07) (VUNESP - 2014 - PCSP) O conceito de prevenção delitiva, no 
Estado Democrático de Direito, e as medidas adotadas para 
alcançá-la são: 
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo 
direta e indiretamente o delito 
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e 
indiretamente o criminoso 
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, 
atingindo o delinquente direta e indiretamente 
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato 
delitivo direta e indiretamente 
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso 
direta e indiretamente 
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08) (VUNESP - 2014 - PCSP) Entende(m)-se por prevenção 
primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção 
familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, 
em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de 
seu acontecimento. 
 
09) (VUNESP - 2014 - PCSP) A atuação das polícias, do Ministério 
Público e da justiça criminal, quando focada em determinados 
grupos ou setores da sociedade, por possuírem maior risco de 
praticar o crime ou de ser vitimados por este, constitui programa 
de prevenção 
A) secundária. 
B) quaternária. 
C) primária. 
D) quinária. 
E) terciária. 
 
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10) (VUNESP - 2014 - PCSP) As melhoras da educação, do 
processo de socialização, da habitação, do trabalho, do bem-estar 
social e da qualidade de vida das pessoas de uma determinada 
comunidade são os elementos essenciais de um programa de 
prevenção 
A) terciária. 
B) quinária. 
C) secundária. 
D) primária. 
E) quaternária. 
 
 11) (VUNESP - 2014 - PCSP) A prevenção criminal, que consiste 
na conscientização social, atingindo o problema criminal em sua 
etiologia, sendo operacionalizada a longo prazo, manifestando-se 
por meio de estratégias políticas, culturais e sociais, 
proporcionando qualidade de vida ao indivíduo, é chamada de 
prevenção 
A) primária. 
B) quaternária. 
C) secundária. 
D) quintenária. 
E) terciária. 
 
 
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Questões comentadas 
 
1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do 
trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por 
meio de ação policial, programas de apoio e controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e 
nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, 
moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o 
recluso com programas psicológicos e de assistência social. 
 
Comentários: 
Vou falara mais sobre isso na próxima aula. Vejamos as três: 
 Prevenção primária: 
9 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes 
que ocorra; 
9 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos; 
9 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
9 Limitações práticas: falta de vontade política e de 
conscientização da sociedade. 
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 Prevenção secundária: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança 
pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 Prevenção terciária: 
9 Destinatário: população carcerária; 
9 Caráter punitivo; 
9 Objetivo: evitar a reincidência; 
9 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
Gabarito: B. 
 
2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se 
por prevenção primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção 
familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, 
em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de 
seu acontecimento. 
 
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Comentários: 
Vejamos, novamente, as três: 
 Prevenção primária: 
9 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes 
que ocorra; 
9 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos; 
9 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
9 Limitações práticas: falta de vontade política e de 
conscientização da sociedade. 
 Prevenção secundária: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança 
pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 Prevenção terciária: 
9 Destinatário: população carcerária; 
9 Caráter punitivo; 
9 Objetivo: evitar a reincidência; 
9 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
Gabarito: D. 
 
03) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue 
os itens. 
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Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à 
chamada prevenção primária. 
 
Comentários: 
O processo seletivo de criminalização acontece em duas etapas: a 
criminalização primária e a criminalização secundária. A primária 
compreende a definição das normas e a secundária consiste na imposição 
das normas. Em regra geral, são as autoridades políticas (parlamentares 
e executivos) que exercem a criminalização primária, enquanto que as 
autoridades judiciais (policiais, promotores, advogados, juízes) realizam a 
criminalização secundária. 
Quanto à de prevenção, há três tipos, todas distintas entre si, seja quanto 
e maior ou menor relevância etiológica dos programas, seja quanto aos 
destinatários aos quais se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que 
utilizam. 
A prevenção primária procura agir a raiz do conflito criminal, para 
neutralizá-lo antes que o problema se manifeste. (através de uma 
socialização proveitosa de acordo com os objetivos sociais). 
Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de política 
cultural, econômica e social, que capacitem os cidadãos de condições 
sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais conflitos. 
Se, principalmente os governantes dedicassem atenção, respeito e 
seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da sociedade a sua 
efetiva parcela de contribuição. 
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O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é que não 
há cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento dessa 
cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuízos ao País. 
A chamada prevenção secundária opera onde e quando o conflito 
acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas ações policiais, 
pelo controle dos meios de comunicação, da implantação da ordem social 
e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior 
risco de protagonizarem algum problema criminal. 
A prevenção terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, 
(população), o condenado. A terciária é a aplicação de reclusão sobre o 
LQGLYLGXR�FULPLQRVR��1HVVH�FDVR�D�³UHVVRFLDOL]DomR´�p�YROWDGD�DSHQDV�SDUD�
o infrator, no ambiente prisional. 
Gabarito: E. 
 
 
04) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
São princípios informadores do direito penal mínimo: insignificância, 
intervenção mínima, proporcionalidade, individualização da pena e 
humanidade. 
 
Comentários: 
Princípios informadores do direito penal mínimo: 
9 Insignificância: somenteos bens jurídicos mais relevantes é que 
devem ser tutelados pelo Direito Penal; 
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9 Intervenção Mínima: o Estado, por meio do Direito Penal, só 
deve interferir na vida do indivíduo quando efetivamente 
necessário. 
9 Fragmentariedade: pode ser entendido em dois sentidos: 
somente os bens jurídicos mais relevantes merecem tutela 
penal; exclusivamente os ataques mais intoleráveis devem ser 
punidos com sanção penal; 
9 Adequação Social: preconiza de idéia de que, apesar de uma 
conduta se subsumir ao tipo penal, é possível deixar de 
considerá-la típica quando socialmente adequada, isto é, 
quando estiver de acordo com a ordem social. 
Gabarito: E. 
 
05) (2016 ± PCSP - Inédita) Julgue os itens com base na 
Criminologia. 
O modelo ressocializador baseia-se na repressão por meio da punição ao 
agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime não 
compensa e que gera sanção. 
 
 
Comentários: 
Este é o modelo dissuasório que se baseia na repressão por meio da 
punição ao agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime 
não compensa e que gera sanção. Por esse modelo, aplica-se a pena 
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somente aos imputáveis e semi-imputáveis, cabendo aos inimputáveis o 
tratamento psiquiátrico. 
Gabarito: E. 
 
06) (VUNESP - 2014 - PCSP) Em um estado democrático de 
direito, o castigo do infrator não esgota as expectativas que o fato 
delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se apontar, como os 
objetivos científicos mais satisfatórios e adequados na 
criminologia moderna, a ressocialização do delinquente, a (o) 
____________________________e a prevenção do crime. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
A) reparação dos danos à vítima 
B) informação ao cidadão 
C) ressarcimento ao Estado 
D) especialização profissional do delinquente 
E) formação espiritual e religiosa do delinquente 
 
Comentários: 
A finalidade precípua do estudo criminológico é a prevenção do delito, 
entretanto, subsidiariamente, almeja a criminologia a ressocialização do 
delinquente e a reparação do dano à vítima. 
Gabarito: A. 
 
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07) (VUNESP - 2014 - PCSP) O conceito de prevenção delitiva, no 
Estado Democrático de Direito, e as medidas adotadas para 
alcançá-la são: 
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo 
direta e indiretamente o delito 
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e 
indiretamente o criminoso 
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, 
atingindo o delinquente direta e indiretamente 
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato 
delitivo direta e indiretamente 
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso 
direta e indiretamente 
 
Comentários: 
Falamos que a prevenção do delito é a finalidade precípua da 
criminologia, como manobra de evitar a delinquência e o aumento da 
criminalidade. Assim, objetivando evitar que o crime ocorra, o estudo das 
modalidades de prevenção delitiva, da etiologia criminal, dos modelos de 
justiça criminal e da vitimologia ganham espaço na ciência 
biopsicossocial. 
Gabarito: A. 
 
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08) (VUNESP - 2014 - PCSP) Entende(m)-se por prevenção 
primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção 
familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, 
em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de 
seu acontecimento. 
 
Comentários: 
Modalidades mais eficaz das formas de profilaxia (medidas preventivas), a 
prevenção primária é caracterizada por intervenções sociais que buscam 
neutralizar o problema criminal em seu cerne, dotando os indivíduos de 
capacidade social para enfrentar o problema. Visa reduzir os fatores de 
risco e aumentar os fatores de proteção para toda a população, 
fortalecendo setores básicos como a educação, a saúde e a habitação. 
Gabarito: D. 
 
09) (VUNESP - 2014 - PCSP) A atuação das polícias, do Ministério 
Público e da justiça criminal, quando focada em determinados 
grupos ou setores da sociedade, por possuírem maior risco de 
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praticar o crime ou de ser vitimados por este, constitui programa 
de prevenção 
A) secundária. 
B) quaternária. 
C) primária. 
D) quinária. 
E) terciária. 
 
Comentários: 
Diferindo da prevenção primária que objetiva neutralizar o delito evitando 
que ele ocorra, a prevenção secundária é mais tardia em termos 
etiológicos, atuando somente após a ocorrência do crime, vindo a atuar 
em setores particulares da sociedade denominados vulneráveis por 
ostentar maior risco de protagonizar o crime, exigindo ferrenha atuação 
dos órgãos formais de controle social por parte do Estado. 
Gabarito: A. 
 
10) (VUNESP - 2014 - PCSP) As melhoras da educação, do 
processo de socialização, da habitação, do trabalho, do bem-estar 
social e da qualidade de vida das pessoas de uma determinada 
comunidade são os elementos essenciais de um programa de 
prevenção 
A) terciária. 
B) quinária. 
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C) secundária. 
D) primária. 
E) quaternária. 
 
Comentários: 
A prevenção primária do delito visa neutralizar o delito através de 
medidas profiláticas que atuem diretamente nas situações favoráveis ao 
crime fazendo dela o modelo mais eficaz de resposta ao crime, dotando o 
indivíduo de capacidade para superar eventual assédio do crime 
organizado ou ainda de ações voltadas a dificultar o acesso do criminoso 
aos alvos (vítimas) para assim reduzir as oportunidades, pela promoção 
do bem-estar e combate das formas de privação social e mediante a 
promoção de valores comuns e respeito aos direitos fundamentais. 
Gabarito: D. 
 
11) (VUNESP - 2014 - PCSP) A prevenção criminal, que consiste 
na conscientização social, atingindo o problema criminal em sua 
etiologia, sendo operacionalizada a longo prazo, manifestando-se 
por meio de estratégias políticas, culturais e sociais, 
proporcionando qualidade de vida ao indivíduo,é chamada de 
prevenção 
A) primária. 
B) quaternária. 
C) secundária. 
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D) quintenária. 
E) terciária. 
 
Comentários: 
Considere a modalidade mais eficaz de prevenção delitiva, a prevenção 
primária é aquela decorrente da conscientização social, a qual atinge o 
problema criminal em sua etiologia, isto é, em sua raiz e essência. 
Manifesta-se por meio de estratégias políticas, culturais e sociais, 
proporcionando qualidade de vida ao indivíduo. 
Gabarito: A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5-E 6-A 
7-A 8-D 
9-A 10-D 
11-A 
 
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