Buscar

planejamento, missão/visão/valores, responsabilidade social, código ética

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PLANEJAMENTO
	É de saber-se que planejar faz parte da nossa vida como um todo. Planejamos o nosso dia, as tarefas a desempenhar no decorrer da semana, os objetivos que precisamos atingir no mês/ano em questão, e assim segue-se. Planejar é necessário, e sem planejamento muitas coisas podem acabar geando transtornos, perdas, problemas. Isso acontece na vida de cada ser humano, e isso acontece também nas organizações. Se sabemos que a falta de planejamento torna a vida uma bagunça, que dirá em uma empresa!
	Podemos definir planejamento de forma simples e abrangente, como decidir de forma antecipada o que precisa ser feito. (NEWMAN, 1981). É a forma de nos organizarmos para realizar as ações necessárias. Nas organizações, o planejamento torna-se crucial para orientar a tomada de decisões corretar e que tragam, por fim, resultados positivos para a mesma.
O planejamento é uma ferramenta que administra as relações com o futuro. É a aplicação especifica do processo de tomar decisões, que as mesmas tendem de alguma forma influenciar o futuro, ou que serão aplicadas no futuro. Existem verias definições para planejamento. Sendo duas delas:
Definir objetivos ou resultados a serem alcançados, como os meios para alcançá-los.
Criar objetivos para o futuro e trabalhar para alcançá-los (MAXIMIANO, 2011).
Newman (1981), estabelece algumas questões norteadoras que o administrador deve fazer a si com relação ao planejamento, a saber:
O que realmente se entende por planejamento e qaul sua relação com outras fases da administração?
Quais as diferentes espécies de planos que podem ser úteis e quais as vantagens de cada um deles?
Quais os limites práticos, tanto em detalhe quanto em extensão, a que se deve levar o planejamento?
Quais os planos necessários para o desenvolvimento de um planejamento?
Pode o planejamento executivo ser simplificado?
Em um planejamento formal, como são reconhecidos os fatores estratégicos e logísticos? (NEWMAN, 1981, p.20)
A partir de uma análise detalhada, o administrador então pode utilizar-se das ferramentas disponíveis para desenvolver e aplicar o planejamento mais adequado às necessidades atuais e/ou futuras da organização.
O processo de planejar é uma tarefa mental, que pode ser individual ou em grupo, que pode e deve ser divididas em três partes: primeira sendo de levantamento de informações, buscando o máximo de informações possíveis, segunda analisar e filtrar as informações realmente necessárias, terceira tomar as decisões e elaborar a preparação de um plano ou planos (MAXIMIANO, 2011). Para Newman (1981):
o planejamento possibilita uma ação consistente, integrada e proposital; mediante cuidadosa planificação, é mais fácil prever as situações de emergência e evitar os erros; a ação para um objetivo e a previsão das dificuldades resultam em economia: dispõe-se de tempo para determinar os métodos mais eficientes, que, uma vez identificados, podem ser empregados repetidamente; mediante a fixação de planos, os administradores podem delegar autoridade com menos risco de que ocorram abusos; e, sobretudo, os planos constituem a base do controle racional e efetivo.(NEWMAN, 1981, p. 59)
Após terem sido estabelecidos os objetivos a serem atingidos, é hora do administrador planejar a execução das tarefas pertinentes, utilizando os planos que se enquadrem nessa execução: ou temporários ou permanentes.
PLANOS TEMPORÁRIOS (ESPECÍFICOS) E PERMANENTES
Os planos são classificados segundo seus critérios. Um dos critérios mais importantes para um administrador é o critério da permanência, que se classifica os planos em temporários (ou específicos)ou permanentes.
	Planos temporários são aqueles que se se finalizam quando seus objetivos são alcançados. Ex: Um calendário de um curso, um cronograma de uma construção de uma casa. Os planos temporários exigem muitas decisões não programadas.Planos permanentes são decisões programadas, usadas em situações predefinidas. Ex: Políticas (MAXIMIANO, 2011).
Maximiano (2011) explica o que são Políticas: 
Política é o sinônimo de diretriz. Uma política ou diretriz é uma orientação genérica, que define em linhas gerais o curso de ação a ser seguido quando determinado tipo de problema se apresenta. A política orienta o processo de tomar decisões, deixando aos gerentes a seleção dos detalhes. A orientação para admitir apenas recém-formados como candidatos a gerentes é uma política de recursos humanos usada por muitas organizações. As políticas são feitas e classificadas de acordo com as áreas funcionais das organizações. (MAXIMIANO, 2011, p.93)
	Tanto os planos temporários (ou específicos) como os permanentes, possuem suas vantagens e desvantagens, tais quais Newman (1981) elucida:
PLANOS ESPECÍFICOS: o planejamento antecipado permite verificar se todas as partes se ajustam e se estão orientadas para o objetivo geral; as dificuldades são mais facilmente corrigidas em seu estágio inicial do que depois de desenvolvida uma crise; podem ser desenvolvidos procedimentos e métodos mais eficientes; a delegação de poderes é facilitada; quando traduzidos em resultados antecipados, esses planos de operação se convertem em padrões de execução. (NEWMAN, 1981, p.42)
PLANOS PERMANENTES: a característica distintiva destes planos é que a mesma decisão é adotada várias vezes para orientar a ação. Estabelecem eles um modelo de ação que o planejador aceita como normal, que lhe permite concentrar a atenção nas modificações que deseja introduzir no padrão habitual para fazer face ás circunstancias anormais. (NEWMAN, 1981, p.43)
Fixar planos de forma antecipada evita certas circunstâncias, porém o planejar antecipadamente pode causar certa inflexibilidade com relação a mudança de diretrizes e decisões já definidas no plano. Não é simples ter que tomar certas decisões, porém mais difícil ainda se torna ter de adotar novas decisões e modificar as anteriores quando a situação exige. O administrador deve ter em mente que, havendo necessidade, por mais sólido que seja o plano, alterações devem ser feitas de acordo. Os planos necessitam ser revisados de tempos em tempos e devem ser observadas as exceções inclusas no mesmo. A tendência de tornar inflexível a administração, é uma das limitações do planejamento, e é mais perceptível nos planejamento permanentes do que nos temporários. (NEWMAN, 1981)
1.2 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Nas organizações os planos podem ser classificados principalmente em três níveis: planejamento estratégico, tático e operacional.
dd atratixta. Geste a mesma os es embasados oiada na externas e no decorrer do tempo, os mesmos possam perdurar. regras, o quAAPLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
As definições de planejamento estratégico para Maximiano (2011) são:
A idéia original de estratégia aplica-se a situação de concorrência, como guerra, jogos e negócios. Na atualidade, as organizações competem e colaboram ao mesmo tempo. Além disso, a idéia de estratégia ampliou-se, para englobar qualquer situação que envolva a definição de objetivos e a escolha dos meios para realiza-los. Por exemplo: estratégia de combate a uma epidemia, estratégia de uma instituição filantrópica, estratégia de governo e estratégia didática de um curso. A estratégia empresarial (ou corporativa), definida a seguir, é uma das aplicações possíveis dessa idéia(MAXIMIANO, 2011, p.101)
Um dos itens iniciais para um processo estratégico das empresas é o planejamento, o fato de aparecer no início do processo da administração é porque o executivo não tem o que organizar, dirigir e controlar, bem como cuidar de seu desenvolvimento, se ele não tiver planejado o assunto anteriormente (OLIVEIRA, 2013).
Planejamento estratégico é o processo de estruturar e esclarecer os caminhos para definir a missão ou negócio e objetivos na organização, visando suas ameaças e também oportunidades. Os planos estratégicos definem seus produtos e serviços que pretendem oferecer, qual seu publico alvo e quais seus concorrentes. A responsabilidade dos planos estratégicos é da altaadministração, também com a participação dos funcionários de outros níveis nesse processo. Existem organizações que possuem setores específicos para novos negócios (MAXIMIANO, 2011).
É uma metodologia que permite estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, e que visa o maior grau de interação com o ambiente, no qual estão os fatores externos ou não controláveis da empresa (OLIVEIRA, 2013). 
Segundo Oliveira (2013), o planejamento estratégico deve se considerar toda a empresa e não apenas uma parte dela:
É inadequado falar-se em planejamento estratégico de marketing, planejamento estratégico de recursos humanos, planejamento estratégico de produção etc. Esses tipos de planejamentos são táticos, pois considera uma parte bem delineada da empresa. É evidente que esses planejamentos tratam de questões estratégicas, mas não aborda a empresa como um todo e, portanto, devem ser denominados planejamentos táticos de marketing, planejamento tático de recursos humanos, planejamento tático de produção etc. (OLIVEIRA, 2013, p.73).
	Contudo, considera- se que o planejamento estratégico é o da sistema empresa como um todo, conforme Oliveira (2013, p. 73) nesse sentido “o entendimento de que esse “todo” também pode representar, conforme o caso, uma corporação ou grupo empresarial, bem como uma unidade estratégica de negócio”. 
	Planejamento estratégico necessita de uma estrutura metodológica para o seu desenvolvimento e implementação. A metodologia apresenta seis fases, onde a sua primeira fase é o delineamento das grandes questões estratégicas, Oliveira (2013) revela algumas de suas finalidadeS: 
Identificar as grandes estratégicas da empresa.
Identificar o nível de facilidade – ou de dificuldade- que executivos e proprietários da empresa tem no processo de identificação e de tratamento das grandes questões estratégicas. Essa é uma situação que pode influenciar todo os trabalhos subsequentes.
Direcionar o raciocínio e o processo decisório das pessoas para as grandes questões estratégicas da empresa.
Debater e procurar chegar ao consenso – e bom censo- quanto às grandes questões estratégicas da empresa. (OLIVEIRA, 2013, p.76)
A segunda fase da metodologia faz uma análise interna e externa da empresa, que tem como objetivo identificar os fatores de analise que devem ser utilizados para se verificar a realidade interna e externa, controlável e não controlável, fazendo a analise interna da empresa com base nos fatores identificados como importante quanto ao contexto estratégico. Também realizar a análise dos concorrentes, bem como identificar a vantagem competitiva de cada concorrente (OLIVEIRA, 2013).
O estabelecimento da amplitude e da abordagem dos negócios da empresa, se característica pela terceira fase da estrutura. Neste, Oliveira (2013) acredita ter como finalidade estabelecer: a missão de ser da empresa e os negócios, produtos e serviços atuais e potenciais da empresa. Delinear os cenários possíveis e sua interação com as principais questões estratégicas da empresa, e por fim, estabelecer a forma e intensidade de atuação da empresa, como decorrência das análises anteriormente efetuadas. 
A quarta fase revela o estabelecimento das ações e dos resultados estratégicos, Oliveira (2013), define esta fase em:
Estabelecer os resultados ou objetivos a serem alcançados pela empresa com o desenvolvimento e a implementação do planejamento estratégico.
Estabelecer as ações ou estratégias a serem operacionalizadas pela empresa, tendo em vista alcançar os resultados previamente estabelecidos.
Estabelecer as leis ou políticas a serem respeitados para o melhor desenvolvimento e operacionalização de todas as questões estratégicas. (OLIVEIRA, 2013, p.83)
Oliveira (2013) acredita que deve-se estruturar e detalhar as decisões estratégicas para que possibilitem a fácil implementação do planejamento estratégico das empresas e interligar os planejamentos – estratégico, orçamentário- entre outros instrumentos administrativos da empresa. Este processo faz parte da quinta fase da metodologia. 
Para finalizar, a sexta fase faz um acompanhamento, avaliação e aprimoramento do plano estratégico. Os principais objetivos desta fase para Oliveira (2013) são a consolidação de um processo de acompanhamento, avalição dos resultados do plano estratégico e a estrutura de aprimoramento continuo. 
 PLANEJAMENTO TÁTICO
	É um metodologia administrativa que tem como objetivo otimizar determinada área de resultados da empresa, visando atingir sua meta desejada (OLIVEIRA, 2013). Cada um dos planejamentos táticos, se subdivide em tantos processos administrativos da empresa necessário para um planejamento operacional. Oliveira (2013) dá como exemplo:
O planejamento tático de marketing pode subdividir-se em planejamento operacional de produtos, planejamento operacional de distribuição, planejamento operacional de promoção. O planejamento tático de finanças pode dividir-se em planejamento operacional de fluxo de caixa, planejamento operacional de investimento, planejamento operacional orçamentário (OLIVEIRA, 2013, p.74)
	Os Planos táticos, também chamados de funcionais, têm a função de elaborar e possibilitar a realização dos planos estratégicos. Incluem as áreas especializadas da empresa como o setor de marketing, operações, recursos humanos, finanças entre outros (MAXIMIANO, 2011).
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Planejamento operacional é o processo para definir os meios para a realização dos objetivos, como atividades e recursos. Os planos operacionais, também conhecidos como estratégias operacionais, especificam as atividades e os recursos que serão necessários para a realização dos objetivos. Os planos operacionais são mais característicos da base da pirâmide organizacional, mas há sempre um conteúdo operacional em qualquer tipo de plano (MAXIMIANO, 2011). 
É a formalização das metodologias para o desenvolvimento e para a implementação de resultados específicos de cada área da empresa à serem alcançados. Um sistema que se subdivide em vários níveis de subsistemas, para serem perfeitamente interligados, sendo o planejamento empresarial. 
Segundo Maximiano (2011), o processo de planejamento operacional compreende as seguintes etapas ou decisões principais:
Analise dos objetivos = que resultados devem ser alcançados?
Planejamento das atividades e do tempo = o que deve ser feito e quando?
Planejamento dos recursos = quem fará o que, usando quais recursos?
Avaliação dos riscos = que condições podem ameaçar as atividades e a realização dos resultados?
Previsão dos meios de controle = como saber se estamos no caminho certo?
Na pratica do planejamento operacional, a ordem das etapas citadas acima dependem das circunstancias. Uma etapa ou decisão pode predominar em função da sua importância no processo. Como por exemplo: o planejamento de uma expedição em um lugar desconhecido, é importante fazer a avaliação rigorosa dos riscos (MAXIMIANO, 2011).
Assim então, o executivo tem o papel de verificar o que falta em seu processo de planejamento empresarial, para assim começar a desenvolver todos os tipos de planejamento – estratégico, tático e operacional – que são necessários (OLIVEIRA, 2013). 
Oliveira (2013), afirma:
Nesse processo, o executivo deve fazer um equilíbrio entre os dois fluxos possíveis: o que se inicia no planejamento estratégico, passa pelos planejamentos táticos e chega ao nível dos diversos planejamentos operacionais e vice-versa. Entretanto, a experiência profissional demostra que se deve proporcionar ampla prioridade para o primeiro fluxo. (OLIVEIRA, 2013, p.74)
TOMADA DE DECISÃO
	A fase de planejamento é de suma importância para orientar a tomada de decisões acertadas em todos os âmbitos da organização. Um mau planejamento reflete em más decisões, e por conseguinte em maus resultados, custos desnecessários, perda de mercado e clientes, ou até mesmo a falência de uma empresa. A tomada de decisão necessita de tanta atenção quanto o planejamento em si.
Podemosdizer, de acordo com Newman (1981), que a tomada de decisão implica em quatro fases distintas, a saber:
Diagnosticar propriamente o problema;
Conceber uma ou mais soluções boas;
Projetar e comparar as consequências de tais alternativas;
Pesar esses diferentes conjuntos de consequências e selecionar um curso de ação. (NEWMAN, 1981, p.104)
Na fase do diagnóstico, o administrador deve analisar e verificar quais os resultados esperados e que obstáculos existem para que eles sejam atingidos. Para Newman (1981, p.105), a pergunta que melhor esclarece esta questão seria “qual a distância que nos separa de onde estamos para onde desejaríamos estar?”. Esse questionamento norteia os passos seguintes da tomada de decisão.
Após identificar o problema em questão, o que impede a organização de atingir um objetivo específico, a próxima etapa é buscar alternativas para solucioná-lo. Estas soluções e alternativas podem vir de variadas fontes, como de experiências anteriores, práticas da concorrência, sugestões de clientes, etc. No que diz respeito as experiências anteriores, deve-se, porém, levar em conta que cada problema é um problema e cada situação uma situação, não sendo aplicável certas soluções já utilizadas em problemas passados. É preciso ser criativo para buscar novas formas de resolver o que surge ao longo do percurso, sempre ponderando (conforme a terceira e a quarta fase) as possíveis consequências que cada forma pode gerar, e assim, optar pela mais adequada ao momento . (NEWMAN, 1981)
Planejamento requer tempo, envolve despesas, e muita atenção. Conforme o que foi visto, é preciso haver flexibilidade quanto à sua elaboração, e revisar sempre que necessário, abrindo exceções e novas possibilidades, modificando as decisões anteriormente estabelecidas, tudo visando o futuro bem sucedido da organização. Planejar pode requerer muito dos envolvidos em sua elaboração e execução, porém a falta dele certamente exigirá muito mais.
MISSÃO, VISÃO, VALORES
MISSÃO
	A visão e a missão por mais que algumas pessoas tenham dificuldade de distinguir os seus conceitos e parecerem sinônimos, não são. Segundo Costa (2007, p.37) os conceitos de “visão e missão não se confundem, mas se complementam, pois, embora o projeto seja único, ele pode ser visto de duas maneiras diferentes: o que é e para que serve”.Assim então, empresas com missões similares podem ter visões completamente distintas, e assim, vice-versa. A missão da empresa objetiva explicitar qual o papel da mesma no ambiente em qual está inserida. Para Tavares (2010, p.88), a missão da organização “expressa sua razão de existir.”
De acordo com Costa (2007), a missão pretende responder perguntas como:
Qual é a necessidade básica que a organização pretende suprir? Que diferença faz, para o mundo externo, ela existir ou não? Para que serve? Qual é a motivação básica que inspirou seu fundadores? Por que surgiu? Para que surgiu? (COSTA, 2007, p.46)
Missão organizacional é a proposta para a qual, ou a razão pela qual, uma organização existe e contém informações como tipos de produtos ou serviços que a organização produz, quem são seus clientes e que valores importantes possui. A missão organizacional é uma declaração muito ampla da diretriz organizacional. Para desenvolver uma missão organizacional de forma apropriada, a administração deverá analisar e considerar as informações geradas durante o processo de analise do ambiente. Para uma determinada empresa qualquer, a missão organizacional é normalmente resumida e documentada em uma declaração de missão (CERTO, 1993).
Estabelecer uma missão organizacional é parte importante da tarefa da administração, porque uma missão organizacional formalmente expressa facilita o sucesso da organização. Estabelecer e documentar a missão organizacional leva a diversas coisas importantes (CERTO, 1993).
Os tipos de informação contidos em uma declaração de missão variam bastante de organização para organização. Mas, ainda assim, a maioria das declarações de missão parece cobrir os diversos tópicos principais. Esses tópicos podem estar contidos na declaração da missão da organização ou em um documento que o acompanha. Segundo (CERTO, 1993) Os tópicos incluem: 
°	Produto ou serviço da companhia. Esta informação identifica os bens ou serviços produzidos pela organização, o que ela oferece aos clientes.
°	Mercado. Esta informação descreve os clientes da organização. Quem são e onde eles estão são os temas comuns.
°	Tecnologia. Esta informação geralmente inclui tópicos como instrumentos, maquinas, materiais, técnicas e processos usados para produzir bens e serviços da organização. A discussão consiste em grande parte em uma ampla descrição de técnicas organizacionais de produção. Com o advento de inovações tecnológicas, como o computador, robôs comerciais, as tecnologias começaram a ser enfatizadas dentro do processo de planejamneto estratégico de praticamente todas as organizações.
°	Objetivos da companhia. Muitas declarações de missão fazem referencia geral aos objetivos da companhia. Para muitas empresas, isso inclui a intenção de sobreviver através do continuo crescimento e lucratividade. A administração deve garantir que quaisquer objetivos organizacionais mais específicos e compreensivos sejam consistentes com as referencias gerais aos objetivos da organização que aparecem na declaração da missão.
°	Filosofia da companhia. As declarações de filosofia da companhia normalmente aparecem como parte da declaração de missão ou no material que a acompanha. A filosofia da companhia é uma declaração que reflete as crenças e valores básicos que devem guiar os membros da organização na condução dos negócios.
°	Autoconceito da Companhia. As declarações de missão inevitavelmente contem ou são acompanhadas por informações acerca do Autoconceito da companhia. O Autoconceito da companhia é a visão ou a impressão que a companhia tem de si mesma. Em essência, a companhia chega a esse Autoconceito avaliando seus pontos fortes e seus pontos fracos, a concorrência e a capacidade para sobreviver nesse mercado. 
°	Imagem pública. Geralmente as declarações de missão contem alguma referencia, tanto direta como indireta, ao tipo de impressão que a companhia está tentando passar para o público da organização. Certamente, no final, não é a imagem que a administração quer projetar que é importante, mas a imagem que o publico realmente forma.
A grande importância de compartilhar com seus dirigentes e funcionários a missão da organização, se dá pelo fato de quando pessoas da organização não sabem distinguir a razão básica de sua existência, ou de sua missão, perdem uma infinidade de objetivos secundários e imediatistas (COSTA, 2007).
	No contexto de decisões estratégicas, a missão é crucial para que se possa definir os objetivos.
Ainda conforme Tavares (2010, p.83), a definição da missão , para que seja elaborada de forma bem sucedida, também possui alguns pressupostos, como o cliente como ponto de partida par a definição da missão, consideração dos stakeholders (as partes interessadas no negócio: clientes, fornecedores, acionistas, ..), e a consideração da responsabilidade social e sustentabilidade. A organização, após apoiar-se nestes fundamentos básicos, tem o suporte para situar a sua missão com relação ao mundo em si. 
Elaborar a missão da empresa é algo à que deve ser dada atenção e cuidado devidos, pois uma definição de missão mau formulada pode dar margem a interpretações equivocadas. Por isso, conforme Tavares (2010, p.92) além de evitar que a missão seja passível de ambigüidade, ela deve ser “redigida em uma linguagem que as pessoas com maior dificuldade de compreensão na empresa possam entendê-la, internalizá-la e praticá-la.”.
VISÃO
A empresa deve ter clara a maneira como deseja ser reconhecida, a forma como pretende que o ambiente na qual irá se inserir a veja. Por isso, a necessidade de estabelecer uma visão de futuro. Segundo Tavares (2010, p.82), “a organização precisa estar ancorada nofuturo para estabelecer como pretende atuar no presente”. 
Cada empresa intenta chegar a determinado estágio, nível, patamar. Esse intento traduz-se na visão formulada pela mesma, expressando onde ela almeja estar no futuro.
Visão não é um mero sonho, uma utopia, uma fantasia, ou uma quimera.Conforme Costa (2007, p.36), tem a seguinte definição: “visão é um modelo mental de um estado ou situação altamente desejável, de uma realidade futura possível para a organização”. 
Tavares (2010) elucida que:
a visão inclui o cenário de atuação da organização.Inclui ainda imaginação. É semelhante a um sonho.No entanto, ao contrário do sonho ela diz respeito à realidade. A visão estabelece o foco na direção rumo ao futuro.” (TAVARES, 2010, p.82)
Costa (2007) esclarece: 
A visão deve ser definida de maneira simples, objetiva, abrangente, mas compreensível para todos, tornando-se assim, útil e funcional para os envolvidos com a organização. A característica essencial da organização é a de que, funcionando como um alicerce para o propósito, devem ser compartilhadas pelas pessoa que formam o corpo dirigente da empresa, bem como explicada, justificada e disseminada por todos que trabalham para a organização. (COSTA, 2007, p.36)
Há alguns fatores que, de acordo com Tavares (2010, p.83), devem ser considerados ao elaborar a visão da organização, a saber:
a) habilidade em acumular e aplicar criativamente aprendizado sobre o seu ambiente de atuação e o mercado;
b) a participação na mente dos consumidores, por meio da marca;
c) capacidade de criar e administrar alianças, coalizões e parcerias;
d) desenvolvimento e manutenção de competências distintivas;
e) habilidade em desenvolver e explorar o capital humano, como suporte aos fatores anteriores.” (TAVARES, 2010, p.83)
Para dar um valor inestimável a organização deve-se ter uma visão compartilhada, onde Costa (2007) aclara:
Sua função é explicar o que a empresa quer ser, unificar as expectativas, dar um sentido de direção, facilitar a comunicação, ajudar no desenvolvimento e comprometimento das pessoas, dar energia as equipes de trabalho, inspirar as grandes diretrizes e balizar as estratégias e demais ações da empresa. (COSTA, 2007, p.36)
Compreendemos que as empresas de sucesso tem sua visão clara e explicita, pois quando colaboradores e gerentes não conseguem distinguir para onde sua empresa está se direcionando, fica muito mais difícil saber qual caminhos e atitudes devem tomar (COSTA, 2007). A visão, portanto, é de suma importância para viabilizar o direcionamento preciso das decisões de como atuar e com quais recursos a fim de realizá-la.
VALORES
	A maioria dos seres humanos possui uma visão (tem bem claro onde quer chegar, quem quer ser ou se tornar), alguns entendem bem qual é a sua missão (qual seu papel na sociedade, como pessoa, como profissional), e todos possuem seus valores: suas crenças, suas regras, o que consideram certo e errado, aceitável ou não, seus princípios, entre outras coisas. Assim como o ser humano, as organizações também são fundamentadas em seus princípios, em sua concepção do certo e errado, em suas regras, ou seja, fundamentadas por seus valores.
Um dos tópicos que não devemos esquecer – que não estamos dispostos a mudar, são os valores. Toda empresa tem implícita ou explicitamente, suas crenças e virtudes que querem exaltar e manter (COSTA, 2007). 
	Costa (2007), afirma que:
Valores são características, virtudes, qualidades da organização que podem ser objeto de avaliação, como se estivessem em umaescala, com gradação entre avaliação extremas (COSTA, 2007, p.38)
Valores são atributos realmente importantes para a organização, virtudes que se pretende preservadas e incentivadas e às quais deve ser dado importância. Conforme Costa (2007, p.39) um exemplo é “como se os princípios fossem os fundamentos de um edifício, ao passo que os valores seriam as cores e os acabamentos das paredes externas ou internas do prédio: ambos são importantes, mas em natureza de grau diferente “.
	Qual a relevância transmitir claramente os valores da organização? Conforme Tavares (2010, p. 110), essa relevância é expressa pelo fato de que os valores servem para “permear o comportamento e orientar a ação de seus membros em face das relações com o ambiente externo e interno.”
	Ainda de acordo com Tavares(2010, p.114), os valores orientam as decisões das pessoas da organização, a fim de que essas ações não sejam antiéticas ou imorais, ou seja, orientam a conduta dos mesmos a fim de que haja integridade, ética, respeito e afins.
	Os valores de uma organização devem estar bem fixados, a ponto de que, ainda que hajam mudanças externas e no decorrer do tempo, os mesmos possam perdurar. Tavares(2010, p.117) afirma que:
Os produtos, tecnologias e mercados podem mudar. A continuidade é um valor para a sociedade. Para a organização é um pré-requisito. Essa continuidade precisa ser apoiada na ética. Os valores consistem na colocação em prática da ética. Práticas organizacionais éticas tem origem em valores éticos.” (TAVARES, 2010, p.117)
	Fica claro, portanto, que os valores de uma organização (sempre embasados na ética), são os pulmões que possibilitam a ela continuar existindo.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Falar hoje em dia em sustentabilidade e responsabilidade social, tornou-se fundamental no que diz respeito às ações das organizações, pois a falta de observância destas questões primordiais, acaba levando à tomadas de decisões que acabam afetando todos que que de alguma forma estejam relacionados com a organização (funcionários, acionistas, consumidores comunidade, meio ambiente). Muito da ética na administração tem sua origem na opinião de que as organizações possuem responsabilidades sociais, elas tem a obrigação de agir a favor da sociedade (MAXIMIANO, 2011). O Principio da responsabilidade social se baseia na alegação de que as organizações surgiram com a autorização da sociedade, utilizando seus recursos e conseqüentemente afetando na sua qualidade de vida (MAXIMIANO, 2011).
Não tem havido um consenso sobre o real significado da responsabilidade social ou sobre o grau das obrigações da empresa para com a sociedade. Entretanto, para o propósito deste capitulo, definimos responsabilidade social como o grau em que os administradores de uma organização realizam atividades que protejam e melhorem a sociedade além do exigido para atender aos interesses econômicos e técnicos da organização. Em outras palavras, apresentar a responsabilidade social da corporação envolve a realização de atividades que podem ajudar a sociedade mesmo que não contribuam diretamente para o lucro da empresa (CERTO, 1993).
O ponto de vista clássico sustenta que as empresas não devem assumir qualquer responsabilidade social além de dar tanto lucro quanto possível aos proprietários da empresa. Os administradores das organizações são empregados dos acionistas, sustenta essa argumentação, e têm obrigação apenas para com eles. O notável economista Milton Friedman, um defensor desse ponto de vista, (CERTO, 1993) argumenta que: 
	Existe uma e apenas uma responsabilidade social das empresas – usar seus recursos e empregá-los em atividade projetadas para aumentar seus recursos e empregá-los em atividades projetadas para aumentar seus lucros, desde que elas permaneçam dentro das regras do jogo, que são engajar-se na concorrência aberta e livre, sem logro ou fraude... Poucas tendências podem minar tão completamente os fundamentos de nossa livre sociedade como a aceitação pelos executivos das corporações de outras responsabilidades sociais que não a de gerar tanto dinheiro para seus acionistas quanto possível. Esta é uma doutrina fundamentalmente subversiva. (CERTO, 1993, p 280).
	O ponto de vista contemporâneo as empresas, como importante e influentes membros da sociedade, são responsáveis por ajudar a manter e melhorar o bem-estar da sociedade como um todo (CERTO, 1993). 
O inerente envolvimento com a responsabilidade social para Cardoso(2006, p.157) explica-se pelo fato de que “as organizações tem sido pressionadas para serem mais solidárias e chamadas a uma maior participação, abertura e integração com a sociedade, sob ameaça de serem abandonadas por seus consumidores.” Entende-se, portanto, que com o atual enfoque da visão global na solidariedade e no meio ambiente, as empresas precisam adotar novas atitudes, novos processos, novas medidas, a fim de se adequarem à estas pressões inevitáveis. 
A responsabilidade social ganhou muita força quando perceberam a grande deterioração que estava acontecendo com os ecossistemas, provocadas pelas organizações industriais, Estimulando o inicio dos debates sobre os benefícios e malefícios da sociedade industrial. Nascendo assim os grupos de ativistas com interesses de combater o comportamento irresponsável de algumas empresas, como por exemplo, os madeireiros, caçadores de baleias e as indústrias de peles de animais. A partir disso muitos países estabeleceram legislações rígidas sobre essas questões (MAXIMIANO, 2011).
Segundo Alves (2006, p.208), com essa maior consciência ambiental e social por parte da sociedade e com os avanços tecnológicos contínuos, as empresas acabaram por fim modificando também sua perspectiva integrando o meio ambiente em suas decisões e estratégias. 
Ashley (2006, p.112) descreve alguns aspectos da responsabilidade social de acordo com cada uma das relações que a empresa possui (com funcionários, com o meio ambiente, com a comunidade), por exemplo:
No que diz respeito aos funcionários, a responsabilidade social inclui políticas de qualidade de vida no trabalho, participação nos lucros, oportunidades iguais, e isto traz como resultado uma boa imagem da empresa no mercado de trabalho. Com relação à qualidade de vida no trabalho, Ashley (2006, p.12) cita o caso da Nike, que após ser denunciada por exploração de trabalho infantil, teve considerável queda em suas ações;
No que diz respeito à fornecedores, a empresa deve ater-se à relações com fornecedores que sejam éticos de forma ampla: nas dimensões ambiental, social e econômica;
Quanto à relação com a comunidade, as empresas podem adotar ações como comercializar um produto que reverter as receitas do mesmo para causas sociais; promover na mídia a captação de recursos e doadores; ou utilizar-se do marketing social, no qual a própria empresa usando recursos seus e de terceiros, investe na mudança de comportamentos, valores e na efetiva inclusão social;
E no que diz respeito ao meio ambiente, a responsabilidade social da empresa objetiva a ecoeficiência, a partir da integração de processos, produtos, recursos, tecnologia, pessoas e sistemas de gestão.
Na questão ambiental, buscando reduzir ao máximo os impactos negativos causados,
está adotando-se o gerenciamento ecocêntrico, que contribui para esse propósito realizando redução no uso de energia e recursos e a utilização de processos e tecnologias que sejam adequados ao meio ambiente. (BATEMAN; SNELL, 2011)
Bateman e Snell(2011) trazem uma categorização da responsabilidade social, subdividindo-a em quatro diretrizes: econômicas, legais, éticas e voluntárias, como está descrito a seguir:
As responsabilidades econômicas da empresa são produzir bem s e serviços que a sociedade queira a preços que perpetuem a empresa e satisfaçam a sua obrigação perante os investidores. As responsabilidades legais, são obedecer às leis locais, estaduais, federais e às leis internacionais relevantes. As responsabilidades éticas incluem alcançar outrs expectativas da sociedade, não escritas como lei. Nesse sentido a ética é uma dimensão da responsabilidade social. Finalmente, as responsabilidade voluntárias são comportamentos e atividades adicionais que a sociedade ache desejável e que os valores da empresa a sustentem. Exemplos incluem apoiar projetos da comunidade e fazer contribuições beneficientes. (BATEMAN; SNELL, 2011, p. 157)
A responsabilidade social para a empresa, de acordo com Lima (2006, p.70), precisa primeiramente ser compreendida, para que assim a sua prática seja bem sucedida. É necessário que haja comprometimento da empresa com a questão, criando e desenvolvendo estratégias coerentes com a realidade na qual ela está inserida: seu país, sua comunidade, seu ambiente.
ÉTICA EMPRESARIAL
A ética pode ser definida como o campo do conhecimento que avalia o comportamento das pessoas e organizações, trata-se de avaliar o comportamento atual com o ideal. Sendo definidos pelo código de conduta, ou código de ética (MAXIMIANO, 2011).
A ética trata do estudo da moral, segundo pesquisas surgiu na Grécia Antiga, a ética enquanto ciência da moral, ou seja, estudo do comportamento das pessoas, surge com o filosofo Sócrates, que tinha como objetivo buscar dentro do homem a verdade, questionava as pessoas sobre seus valores, virtudes, o que era o bem para elas. Também temos Platão que segue a mesma linha de Sócrates, uma ética da felicidade. Já para Aristóteles a moral era conjunto de qualidades que definia o modo de relacionamento e de vida das pessoas (RODRIGUES, 2011). A palavra ética, do grego ethos, e no latim mores, significam hábitos e costumes, que indicam as normas de comportamentos habituais. Existem autores que distingue ética e moral. A ética compreende a teoria ou reflexão critica sobre um sistema moral, ou de um sistema de costumes de pessoas ou grupos, o que as pessoas se acostumam a aceitar como habitual não significa que seja ético (MAXIMIANO, 2011). 
Na visão de Rodrigues (2011) a ética é:
Uma construção social, constituída dentro de um determinado universo de tempo, podemos afirmar que se baseia sobre as normas morais dos indivíduos, portanto, a ciência da moral. Neste sentido, ética constitui-se de um saber íntimo, que busca aprofundar seus estudos nos princípios gerais que orientam a conduta de uma sociedade ou grupo, objetivando alcançar o bem comum, ocupando-se na coletividade. Seu papel é de conciliar os interesses individuais com os interesses sociais; estabelece princípios gerais e, como tal, não pode oferecer regras de conduta para cada ação que execute. (RODRIGUES, 2011, p.29)
Temos crenças e valores que conduzem ao um determinado comportamento que pode ser moral ou imoral, tudo depende da cultura que o indivíduo está inserido. As pessoas sempre estão em busca do respaldo em um sistema de normas e regras para determinar um comportamento ou decisão, assim então, busca-se um código de ética que orientam os modos de agir e pensar em uma empresa ou sociedade, desse modo terá uma visão de que se determinada ação foi moral, a moral ou imoral, sabendo se determinada decisão foi correta ou condenável (RODRIGUES, 2011).
A ética trata crucialmente das relações entre pessoas. Devem-se atender os outros da maneira que gostariam de serem atendidos, ética, portanto trata a questão de qualidade das relações humanas e indicador do estagio de desenvolvimento social (MAXIMIANO, 2011).
CÓDIGO DE ÉTICA
Maximiano (2011) Diz que: 
Os códigos de ética são normas de conduta. Há o código de ética dos médicos, da propaganda, dos militares, dos políticos, de um partido político, dos jornalistas, de um grupo social, de uma corrente filosófica ou doutrinária (como a ética do capitalismo) ou até mesmo de uma pessoa. Os códigos de conduta são explícitos, como os juramentos que os médicos fazem, ou implícitos, como a obrigação de oferecer socorro a quem esta em dificuldades. (MAXIMIANO, 2011, p.308)
Existem diversos códigos de éticas em nossa sociedade, que servem para reger um grupo social, assim é possível falarmos de um forma moral profissional na medida em que ocorrem relações entre profissionais de hierarquias diferentes ou da mesma hierarquia, sendo necessário um código de ética que reja uma profissão. Os códigos são organizados pelos Conselhos Regionais Profissionais que estabelecem seus próprios códigos, profissionais que trabalham como funcionários devem seguir devem seguir tanto seus códigos de éticas profissional regional como o código de éticada empresa em que atuam (RODRIGUES, 2011). 
Rodrigues (2011) no mostra um exemplo de código de ética profissional do administrador, preâmbulo: 
De forma ampla a ética é definida como a explicação teórica do fundamento último de agir humano na busca do bem comum e da realização individual.
O exercício da profissão de administrador implica compromisso moral com o indivíduo, cliente, empregador, organização e com a sociedade, impondo deveres e responsabilidades indelegáveis.
O Código de Ética Profissional do Administrador (CEPA) é o guia orientador e estimulador de novos comportamentos e está fundamentado em um conceito de ética direcionado para o desenvolvimento, servindo simultaneamente de estimulo e parâmetros para que o administrador amplie sua capacidade de pensar, visualize seu papel e torne sua ação mais eficaz diante da sociedade. (RODRIGUES, 2011, p.44)
Para as empresas, a ética é vista como um valor da organização, onde cada vez mais é importante o laço entre empregado e empregador; a confiança, a lealdade e a ética fazem parte das características que o líder deve assumir em relação aos seus seguidores. Segundo Rodrigues (2011, p. 64) “para ter uma cultura organizacional ética e uma empresa que cumpra os preceitos éticos a que se propõem, é necessário que também seus funcionários estejam em sintonia com estes preceitos”. Para se tornarem claros os seus objetivos, as empresas tornam explícitas as normas, regras, diretrizes, princípios e ou valor a partir de seus código de ética. Rodrigues acredita que suas políticas de responsabilidade social e ambiental, assinam um compromisso ético com a sociedade, que vai muito além da lucratividade da empresa.
Para Rodrigues (2011) código de ética empresarial serve como: 
Fundamento para nortear um comportamento da organização e seus stakeholders. Neles expressamos temas relativos a responsabilidade social, meio ambiente, comunidade, conduta dos funcionários, acionistas, consumidores, atividades políticas e tecnologias. (RODRIGUES, 2011, p.66)
	
	O código de ética expressa a cultura da organização, sua missão, visão e seus valores,
e todos os colaboradores e partes envolvidas com ela devem ter pleno conhecimento dele. Ele
reforça o compromisso da empresa com um comportamento ético, e deve ser bem elaborado,
traduzindo em palavras a filosofia e cultura organizacional da mesma. (BATEMAN; SNELL,
2011)
	Farnham (1993, apud BATEMAN; SNELL, 2011, p. 154) descreve que um código de
ética par ser de fato eficaz, deve ser acompanhado do seguinte proceder:
Todos que terão de ser submissos as condições estabelecidas no código, devem ser envolvidos na elaboração do mesmo;
Uma declaração corporativa é importante, mas deve-se observar a importância de ter também declarações particulares á diferentes unidades da organização;
As condições devem ser formuladas com clareza para que todos possam compreendê-las e também facilmente memorizá-las;
Devem ser algo em que as pessoas irão acreditar, e dar a devida importância;
Os primeiros a viverem de acordo com as condições do código de ética devem ser o topo da organização: executivos e alta gerência.
Fica claro que o código de ética proporciona uma “luz-guia” para condutas e comportamentos, bem como para decisões que devem ser tomadas em relação às mais diversas situações que surjam no ambiente organizacional. Nem sempre essas decisões serão fáceis de ser tomadas, por isso um código elaborado de forma clara auxilia para que o tomador da decisão possa analisar com cuidado o que terá de fazer e as prováveis consequências que essa decisão acarretará.
Bateman e Snell (2011) abordam algumas diretrizes para evitar violações éticas em
uma tomada de decisão, tais quais envolvem primeiramente definir claramente qual a questão ética, em seguida identificar os valores relevantes da situação, pesar os valores conflitantes e escolher uma opção que equilibre-os (enfatizando os mais importantes) e por fim, implementar a decisão tomada (tendo consciência de que esta pode gerar efeitos a curto e longo prazo).
Em resumo, um código de ética bem estruturado, enriquece a organização como um todo, fortalecendo a cultura desta e solidificando seu compromisso em adotar, em quais forem as circunstâncias, a atitude correta acima de tudo.
BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Administração estratégica na prática: a competitividade para administrar o futuro das empresas. 8. ed.- São Paulo: Atlas, 2013.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CARDOSO, Alexandre Jorge Gaia. A percepção e prática da responsabilidade social em micro e pequenas empresas na região metropolitana de Belém. In: ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ALVES, Antônio Rodrigues. O contexto internacional do sistema financeiro diante do gerenciamento ecológico: respostas de dois bancos múltiplos brasileiros. In: ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
LIMA, Paulo Rogério Santos. RSE no contexto brasileiro: uma agenda em contínua expansão e difusão. In: ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ASHLEY, Patrícia Almeida. Responsabilidade social empresarial: um modelo genérico para análise e orientação estratégica. In: ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
TAVARES, Mauro Calixta. Gestão Estratégica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos. 2. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2007. 
NEWMAN, William H. Ação administrativa: as técnicas de organização e gerência. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1981.
BORGES, Igor Roberto; RODRIGUES, Claudia Maria. Ética e responsabilidade profissional. Canoas: Ed. ULBRA, 2011.
FARNHAM, A. State your values, hold the hot air. Fortune, 1993 apud BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração – novo cenário competitivo. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CERTO, Samuel C. Administração estratégica. São Paulo: MAKRON Books, 1993.
BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração – novo cenário competitivo. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2011.

Continue navegando