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Ana Ovile 10°termo avaliação em contexto forese

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07/04/2017
1
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA EM 
CONTEXTO FORENSE
1
In: SHINE, S. (Org.) Avaliação psicológica e lei: adoção, 
vitimização, separação conjugal, dano psíquico e outros 
temas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. pp. 01-36
PROFESSOR: SIDNEY SHINE
Forense [Do lat. forense.]
1. Respeitante ao foro judicial.
2. Judicial*.
(Aurélio Eletrônico, s.d.)
*[Do lat. judiciale.]
Adj.
1. Que tem origem no poder judiciário ou perante ele se
realiza.
2. Respeitante a juiz, a tribunais ou à justiça; forense.
2
07/04/2017
2
Portanto
Avaliação psicológica = perícia
3
Objeto e objetivo de uma 
avaliação psicológica 
Objeto - a questão pertinente que a avaliação trata de
investigar, ou qual é o problema a resolver.
Exemplo: Qual é a inteligência do fulano?
Quem é o sujeito (fulano)?
A quem interessa a resposta?
4
07/04/2017
3
Contexto forense
pergunta/questão reside no deslinde de
uma questão do direito = uma questão
legal e que tem como destinatário
último o magistrado.
5
Objetivo = demanda
Em disputa de guarda em Vara de Família
recorre-se ao perito psicólogo no intuito de
buscar uma resposta a questões-problemas
de origem e natureza psicológica:
Quem tem as melhores condições
[psicológicas] para o exercício da guarda?
6
07/04/2017
4
Theodoro Jr., 2002 
Curso de Direito Processual Civil. Teoria Geral do 
Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento, 
v. 1, Rio de Janeiro: Editora Forense, 2002
“Os fatos litigiosos nem sempre são
simples de forma a permitir sua integral
revelação ao juiz, ou sua inteira
compreensão por ele, através apenas dos
meios usuais de prova que são as
testemunhas e documentos”.
7
Dimensão intersubjetiva
• Objeto da avaliação = sujeito sobre quem
recai a atenção clínica do psicólogo.
• Em uma avaliação psicológica há pelo
menos dois sujeitos: o avaliador e o
avaliado.
• Sujeito oculto no contexto forense:
demandante
8
07/04/2017
5
Questão ética
• Uma vez que a relação é entre pessoas,
há aspectos éticos a serem considerados.
• Quais?
• Como identificá-las?
9
O contexto pericial
• Não é um contexto de ajuda que o
profissional psicólogo está habituado.
• No contexto jurídico, a demanda apresentada
pelo operador do Direito requer uma resposta
do perito que pode ser ou não benéfica ao
interesse próprio do sujeito-periciando.
10
07/04/2017
6
• Este fará tudo para que o interlocutor
(psicólogo) seja o intermediário de uma boa
resposta ao destinatário último (operador do
Direito) da informação relevante.
• A relação que une o psicólogo-perito ao
sujeito-periciando será permeada por intenções
conscientes de simulação e dissimulação
11
Simulação
• O DSM-IV – (ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA
AMERICANA, p. 642).
• “Produção intencional de sintomas físicos ou
psicológicos falsos ou amplamente exagerados,
motivada por incentivos externos tais como
esquivar-se do serviço militar, fugir do trabalho,
obter compensação financeira, evadir-se de
processos criminais ou obter drogas”
12
07/04/2017
7
Dissimulação
• “...quando procura encobrir ou minimizar os
sintomas que na realidade existem” (ROVINSKI,
2000, p. 188).
• ROVINSKI, S.L. Perícia psicológica na área forense.
In: CUNHA, J.A. e colaboradores. Psicodiagnóstico
V. 5ª ed. rev. e aum., Porto Alegre: Artes Médicas, p.
183-195, 2000.
13
Ética como limite e campo de 
atuação
• Transparência
• Qual é a sua função para todos os
envolvidos na avaliação?
14
07/04/2017
8
Exemplo
• O psicólogo realiza uma perícia em Vara de Família
em uma Ação de Disputa de Guarda. Após
entrevistar os adultos em litígio, ele chamou as
crianças de 10 e 13 anos para uma entrevista
psicológica.
• Na entrevista, ficou sabendo que o avô materno das
crianças buscava manipular as reações das duas
crianças incentivando-as a escreverem “bilhetes de
amor” à mãe.
15
• No enquadre feito com as crianças, o
psicólogo garantiu total sigilo para o que
falassem como meio de assegurar uma
confiança no vínculo profissional-crianças.
• Na hora de redigir o laudo se deparou com
quesitos complementares do advogado da
parte contrária da mãe, em que se perguntava
ao profissional se os “bilhetes escritos pelas
crianças eram autênticos”.
16
07/04/2017
9
• O profissional se viu confrontado com o dilema de
informar o que sabia no desempenho de seu papel
e expor as crianças ou protegê-las à custa de uma
informação que detinha de fato.
• Aqui o erro técnico foi ter usado o enquadre de
um psicodiagnóstico infantil, garantido um sigilo
como se fosse um psicoterapeuta, em vez de um
enquadre de uma perícia psicológica em que o
objetivo mesmo da intervenção é informar um
terceiro sobre o objeto da investigação.
17
Sigilo
• As informações que o entrevistando trouxer
serão resguardadas em sigilo, mas aquilo que
se considerar relevante para o deslinde da
matéria legal será encaminhado ao destinatário
do laudo.
• O sigilo pode e deve ser garantido naquilo que
é irrelevante para a matéria jurídica em
apreciação.
18
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10
Cuidado ético X Desconfiança
• Este cuidado ético com a pessoa atendida
pode aumentar a suspeita e a desconfiança da
outra parte, principalmente se ela não se sentir
tratada com o mesmo cuidado e consideração.
• Portanto, a questão da imparcialidade e
isenção se recoloca para o psicólogo perito no
momento mesmo de explicitar as condições de
seu atendimento.
19
As modalidades possíveis de 
atuação no contexto forense
• testemunha
• perito parcial
• perito “pistoleiro”
• perito adversarial
• perito imparcial
20
07/04/2017
11
Testemunha
• “Aquele que sabe porque viu ou ouviu”
(Ferreira, 1999).
• Quando o psicólogo é convocado nesta
categoria, ele não é perito.
• Como sabe?
• Não ganha nada.
21
José Alberto Simões Correa, 
Conselheiro do CRP 06
• Como testemunha o psicólogo deverá prestar
informações sobre fatos concretos que tenha
presenciado e que podem auxiliar na resolução do
caso em questão.
• Essas informações, portanto, não podem ser
baseadas nos depoimentos de seus pacientes ou
em inferências que o profissional possa fazer a
partir dos atendimentos que está realizando (p. 16).
22
07/04/2017
12
Perito parcial
• Todo psicólogo, em um sentido amplo, é um expert
na sua matéria. Ou seja, no que diz respeito à sua
área de competência ele é um especialista.
• Quando ele é contratado pelo advogado ou pela
parte, ele se tornará um perito parcial dentro da
arena jurídica. O termo corrente, mais comum, é
assistente técnico .
• Como sabe?
23
Parte X Todo
• Parcial porque está condicionado àquilo que
pode saber por sua experiência [a partir de seu
lugar].
• O que souber está condicionado:
• às técnicas de avaliação psicológica que
utilizar
• ao sujeito-objeto de sua avaliação
24
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13
Perito “pistoleiro”
• Hired gun
• Não existe aqui nenhum compromisso com a
imparcialidade ou isenção.
• A prestação de serviços é entendida como a
melhor utilização do referencial teórico-técnico
da Psicologia para servir ao cliente naquilo que
pretende por meio da demanda jurídica.
25
Perito adversarial 
• Quando a questão final a ser concluída é
colocada [a guarda deve ficar com quem?],
o perito adversarial é aquele que escolhe
alguém seja por um motivo ou outro.
• O perito toma a posição de dar um laudo
conclusivo, no sentido de ir ao mérito
mesmo da ação que está sendo julgada.
26
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14
Perito imparcial
• Segundo essa visão, opiniões podem
ser emitidasa respeito dos possíveis
resultados de diferentes arranjos de
guarda, mas nunca oferecer
recomendações conclusivas.
27
Justificativa
• Uma avaliação psicológica não pode
definir operacionalmente um arranjo de
guarda específico.
• Enquanto uma construção hipotética e
legal, ela teria um componente que escapa
à competência do profissional de saúde
mental.
28
07/04/2017
15
• A função do psicólogo seria discriminar
os fatores psicológicos em jogo e expor o
nível de congruência entre o que se faz (do
lado dos pais) e do que se necessita (do
lado da criança), sem julgar se tal nível de
congruência é suficiente ou não para o
deferimento de pleito em favor de um ou de
outro.
29
José Bleger (1984)
• manter uma postura de defesa
dos prazos de trabalho,
• posição de educador quanto à
forma de atuação do psicólogo,
• resistência à pressão da urgência,
30
07/04/2017
16
• Alerta quanto à onipotência ou quanto
à tentação de tomar para si tarefas
alheias
• X
• focar sobre a tarefa (estudo científico
dos problemas para comunicação do
conhecido), mesmo frente ao dilema [o
pai ou a mãe]
31
Concluindo
• Uma decisão por uma modalidade de guarda
contém implícita uma predição de que o
desenvolvimento da criança será melhor neste
arranjo de guarda do que em outro.
• Não há dados psicológicos suficientes para
predizer os resultados possíveis com precisão,
portanto, a escolha acaba se transformando em
uma questão de valores e preferências pessoais do
perito.
32
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17
• A ênfase na questão da escolha de um
genitor sobre o outro desloca o foco da
dinâmica familiar em jogo,
• explicitá-la e clareá-la tanto para o juiz
quanto para os seus próprios membros
seria a tarefa precípua de uma avaliação
psicológica forense.
33
TJ - PE - 2007
37. Segundo Sidney Shine, o psicólogo pode assumir diferentes
papéis no Enquadre Jurídico, dada sua forma de encarar e realizar o
trabalho pericial. O perito que é contratado pelo advogado ou pela
parte, torna-se um perito dentro da arena jurídica. É também
chamado de “assessor da parte” ou “perito particular” ou, no termo
corrente mais comum, por assistente técnico. Shine o denomina de
Perito
(A) Parcial.
(B) Testemunhal (Factual).
(C) “Pistoleiro”.
(D) Adversarial.
(E) Imparcial.
Gabarito (A)
34
NAGILA
Realce
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18
TJ - SE (2009) E MP - RS (2008)
62. O Juiz determinará estudo pericial de um caso quando:
(A) não possuir o tempo necessário para se debruçar sobre a
matéria.
(B) a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico.
(C) conhecer as partes e necessitar não se envolver
pessoalmente com a avaliação da prova.
(D) necessitar melhorar o fluxo de processos em seu cartório.
(E) necessitar ouvir crianças com dificuldade de expressão dos
sentimentos.
Gabarito (B)
35
NAGILA
Realce

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