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DIREITO ADM II ate bens públicos 1

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DIREITO ADMINISTRATIVO II
PROFESSORA 
VIVIANE DELGADO
Advogada e Professora
BEM VINDOS!
Nossa Disciplina:
DIREITO ADMINISTRATIVO II
Contatos:
@japassouconcurseira
@profvivianedelgado
Email: vivianemfdelgado@gmail.com
Bibliografia
Direito Administrativo Descomplicado – Marcelo ALEXANDRINO e Vicente Paulo – Editora Método
Resumo de Direito Administrativo Descomplicado – Marcelo ALEXANDRINO e Vicente Paulo – Editora Método
Manual de Direito Administrativo – Matheus Carvalho – Editora Juspodivm
SITE DE QUESTÕES:
QCONCURSOS
LICITAÇÃO.
LICITAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Licitação: procedimento administrativo pelo qual a administração pública ESCOLHE a proposta mais vantajosa para a celebração de um contrato de seu interesse.
Licitação Procedimento administrativo vinculado pelo qual a Administração seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. 
Procedimento administrativo prévio as contratações da administração.
LICITAÇÃO
LICITAÇÃO
Lei nº 8.666/93 – Lei de Licitações de Contratos
				Obras 
				Serviços 	 Administração
				Compras Direta e Indireta		 	Alienação
				
Exige LICITAÇÃO
O art. 37, XXI, da CRFB determina que os contratos administrativos sejam precedidos de licitação pública:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.    
LICITAÇÃO
 Definição do jurista Marçal Justen Filho:
 Licitação é um procedimento administrativo disciplinado POR LEI E POR UM ATO ADMINISTRATIVO PRÉVIO, que determina critérios OBJETIVOS de seleção de proposta da contratação mais vantajosa, com observância do princípio da Isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica."
LICITAÇÃO
A licitação visa:
 Assegurar A TODOS A POSSIBILIDADE de
 concorrerem às contratações com a Administração
Possibilitar celebração do melhor contrato para a Administração.
 É princípio implícito da licitação a competitividade.
LICITAÇÃO
Se a administração vai contratar, a regra é que ela vai ter que licitar.
Por que?
LICITAÇÃO
FINALIDADES DA LICITAÇÃO
o artigo 3° da Lei 8.666/93 define três finalidades na realização do procedimento licitatório:
Busca pela melhor proposta, isonomia e garantia de desenvolvimento nacional
Busca da proposta mais vantajosa.
Garantia de isonomia (Qualquer pessoa que tenha interesse, pode concorrer)
Busca pelo Desenvolvimento Nacional
A Lei 12.349/10 acrescentou esta outra finalidade à licitação.
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.  
FINALIDADES DA LICITAÇÃO
O artigo 3º da Lei nº 8.666/93 menciona os
princípios da licitação: LEGALIDADE,IMPESSOALIDADE, MORALIDADE,
IGUALDADE, PUBLICIDADE, PROBIDADE
ADMINISTRATIVA, VINCULAÇÃO AO
INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO,
JULGAMENTO OBJETIVO.
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
“LIMPI o PAVIO”
LEGALIDADE,
 IMPESSOALIDADE, 
MORALIDADE,
PUBLICIDADE,
IGUALDADE 
PROBIDADE ADMINISTRATIVA, 
VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO,
JULGAMENTO OBJETIVO.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Impõe que o administrador observe as regras que a lei traçou para o procedimento:
Procedimento adequado
Escolha a modalidade certa
Critérios seletivos legais
Apenas não vai realizar o processo quando a lei permitir.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
VEDAÇÃO A DISTINÇÕES FUNDADAS EM CARACTERES PESSOAIS DOS INTERESSADOS. 
Os licitantes devem ser tratados igualmente em termos de direitos e obrigações, devendo a Administração, em suas decisões, pautar-se em critérios objetivos, sem levar em consideração as condições pessoais do licitante ou as vantagens por ele oferecidas.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE E DA PROBIDADE
Na licitação, a conduta moralmente reprovável acarreta a nulidade do ato ou do procedimento. A conduta do administrador público deve atentar para o disposto na regra legal e nas condições do ato convocatório. Os princípios aplicam-se tanto à conduta do agente da Administração como a dos próprios licitantes.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
O princípio da isonomia ou igualdade 
Visa assegurar igualdade de direitos a todos os interessados em contratar. 
§ 1º do art. 3º da Lei nº 8.666/93 :
  É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Porém,está em conformidade com esse princípio o tratamento diferenciado dispensado a microempresas e empresas de pequeno porte pela Lei Complementar 123/06.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Existe também a possibilidade de criação de preferências para aquisição de produtos:
 manufaturados 
ou serviços nacionais que obedeçam à normas técnicas brasileiras 
(Art.3°, §§ 6° a 12° da lei 8666/93).
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Esse princípio visa a garantir a qualquer interessado as faculdades de participação e de fiscalização dos atos da licitação. praticados. 
A publicidade desempenha duas funções. 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
OBJETIVA PERMITIR O AMPLO ACESSO DOS INTERESSADOS AO CERTAME.
ORIENTA-SE A FACULTAR A VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DOS ATOS PRATICADOS.
PUBLICIDADE X PUBLICAÇÃO
 SEMPRE			NEM SEMPRE (Ex:Carta- Convite)
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
 O instrumento convocatório( Edital ou carta-convite)é a "lei" interna da licitação, e deve definir tudo o que for importante para o certame, vinculando os licitantes e a Administração Pública à sua observância.
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO
A elaboração do edital pela Administração pública é livre e discricionária, na busca por satisfazer os interesses da coletividade; todavia, após a sua publicação, a Administração fica vinculada àquilo que foi publicado. 
Com efeito, a discricionariedade administrativa se encerra com a elaboração do edital e, uma vez publicado, seu cumprimento é imperativo.
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO
					EDITAL
Tipo de licitação – Menor preço.
Tipo de contrato – Compra de carro 0km com ar-condicionado.
 Critérios de escolha do vencedor
Data de abertura dos envelopes
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO
O edital deve estabelecer, de forma precisa e clara, qual critério será usado para seleção da proposta vencedora.
Além disso, o ato convocatório tem de conter critérios objetivos de julgamento que não se subsumem às escolhas dos julgadores. 
O administrador não deve se valer de critérios
que não estejam previamente delimitadosno edital para definição do vencedor do certame.
EDITAL		Tipo de licitação
				Objeto
				Características
				Critérios de escolha do 				vencedor
A administração precisa por critérios objetivos para não escolher quem ela quiser.
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO
O edital deve estabelecer, de forma precisa e clara, qual critério será usado para seleção da proposta vencedora.
Além disso, o ato convocatório tem de conter critérios objetivos de julgamento que não se subsumem às escolhas dos julgadores. 
O administrador não deve se valer de critérios
que não estejam previamente delimitados no edital para definição do vencedor do certame.
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS
A licitação é pública e os atos praticados no bojo do procedimento licitatório não podem ser sigilosos ou secretos, contudo, as propostas apresentadas pelos licitantes são sigilosas até a data da abertura dos envelopes.
Art.3º da lei 8666/93,§ 3o  
A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS
Violação do sigilo da proposta representa
Improbidade Administrativa e crime definido na própria Lei de Licitações.
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS
ENVELOPE DAS PROPOSTAS
 
 LACRADO
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS
PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
A adjudicação é o ato unilateral pelo qual a Administração declara que, se vier a celebrar o contrato referente ao objeto da licitação, obrigatoriamente o fará com o licitante vencedor.
Adjudicação compulsória ao vencedor impede que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a terceiro que não seja o legítimo vencedor.
PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
Esse princípio, porém, dá direito apenas a adjudicação, não garantindo a celebração do contrato.
Todavia, não constitui direito subjetivo à assinatura do contrato, ou seja, a Administração possui a prerrogativa de, por motivos supervenientes, deixar de assinar o contrato.
PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
PRAZO
PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
FORMA DE CONTRATAÇÃO DIRETA
A Constituição e, por conseguinte, a Lei 8.666/1993 permitem ressalvas à utilização da licitação, são os casos de DISPENSA e INEXIGIBILIDADE de licitação.
Situações em que a administração pode contratar sem licitar.
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO – 
Art. 25,lei 8666/93
A competição é inviável, é impossível! As situações de inexigibilidade são vinculadas.
I – Bem singular/Fornecedor exclusivo de natureza singular com notória especialização.
II – Serviço Técnico Profissional
III – Artista consagrado na mídia.
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
Resumindo
Rol exemplificativo
I – Bem singular/Fornecedor exclusivo de natureza singular com notória especialização.
II – Serviço Técnico Profissional
III – Artista consagrado na mídia.
Mnemônico Inexigibilidade
			 ARTISTA “EXNOBE” 
 ARTISTA 		
consagrado pela crítica 			 
EXclusivo 				
representante comercial
 NOtória Especialização
DISPENSA
É possível a competição , mas é desnecessária.
A forma de contratação direta por dispensa de licitação divide-se em licitação dispensada e licitação dispensável.
LICITAÇÃO DISPENSADA
O Art. 17, I e II da lei 8666/93 estabelece um rol de licitação dispensada. Nesses casos, o administrador público não pode emitir qualquer juízo de valor, sendo imperativa a contratação direta por determinação legal. 
Trata-se de dispensa definida legalmente como ato vinculado.
Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
EXEMPLOS
Doação,
Permuta por outro imóvel 
venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo.
É possível a licitação, mas é desnecessária.
Exemplo: GUERRA!
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Art.24 - estabelece um rol de licitação dispensável. Nessas hipóteses, a legislação permite a celebração dos contratos pelo Poder Público sem a necessidade de realização do procedimento licitatório, mas se trata de atuação discricionária do administrador, a quem compete, em cada caso, definir se realizará ou não o certame licitatório.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro divide as hipóteses de licitação dispensável em quatro grupos:
Em razão do pequeno valor
Em razão da situação
Em razão do objeto
Em razão da pessoa:
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Em razão do pequeno valor (incisos I e II do artigo 24):
o até R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) para obras e serviços de engenharia (10% do valor do convite previsto no artigo 23, I, a);
o até R$ 17.300,00 (dezessete mil e trezentos reais) para compras e serviços que não sejam de engenharia (10% do valor do convite previsto no artigo 23, II, a).
Para consórcios públicos, sociedade de economia mista ,empresa
pública e para as autarquias ou fundações qualificadas como Agências Executivas, os limites acima são aplicados em dobro (20%).
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
RESUMO
INEXIGIBILIDADE
DISPENSA
IMPOSSÍVELA LICITAÇÃO
ACOMPETIÇÃO É POSSÍVEL
ACOMPETIÇÃO É INVIÁVEL
A LEIAUTORIZA A NÃO LICITAR NESTES CASOS
- ARTISTA CONSAGRADO
-GUERRA
- BEMSINGULAR
- GRAVE PERTURBAÇÃO DA ORDEM
-NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO
- VALORATÉ 10% DO CONVITE( Exceção – Até 20% nos casos deS.E.M,E.P, Consórcios e agências executivas)
- LICITAÇÃODESERTA
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
O artigo 22 da Lei 8.666/1993 estabelece as seguintes modalidades de licitação: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão.
Além dessas, a Lei 10.520/2002 instituiu a modalidade de licitação chamada pregão.
CONCORRÊNCIA		Definidos por base 
TOMADA DE PREÇO no valor do contrato	
CONVITE
CONCURSO
LEILÃO				Definidos em razão
PREGÃO – Lei 10.520/02 do objeto
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
L
E
I
8.666/93
CONCORRÊNCIA
Grande vulto, ampla competição.
A maior característica da concorrência é a amplitude de participantes.
É considerada modalidade genérica.
Grandes valores.
VALORES:
Obras e serviços de engenharia
Acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais)
Aquisição de bens e serviços
Acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais)
CONCORRÊNCIA
Em razão da natureza do objeto, independentemente do valor do negócio, a concorrência se faz obrigatória na celebração de determinados contratos, em razão da importância conferida a essas avenças:
CONCORRÊNCIA
1)Alienação ou aquisição de imóveis pela Administração Pública – 
Exceção: Aquisiçãode imóveis por dação em pagamento ou decisão judicial:
 Leilão
 Concorrência 
CONCORRÊNCIA
2)Contrato de concessão de serviço público:
Na concessão de serviço público, regulamentada pela Lei 8.987/95, a administração pública contrata determinada empresa que será responsável pela prestação de um determinado serviço público e será remunerada pelo usuário do serviço.
Nesses casos, o art. 2°, II, da Lei 8.987/95 exige a utilização da modalidade concorrência independentemente do valor do contrato a ser celebrado.
CONCORRÊNCIA
3)Concessão de direito real de uso:
Ocorre quando a Administração Pública permite que o particular utilize um bem público de forma privativa, como titular de direito real deste bem.
CONCORRÊNCIA
4)Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral:
Empreitada integral ocorre quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas da obra, como serviços e instalações, sob responsabilidade da contratada até a entrega ao contratante em condições de uso com segurança.
5)Licitações internacionais:
Licitações, nas quais se admite a participação de empresas estrangeiras que não tenham sede no país.
 Exceções:
Administração Pública possuir cadastro internacional de licitantes – Poderá por tomada de preço.
Quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País – Poderá por convite.
Observar o limite tanto na tomada de preço quanto no convite.
TOMADA DE PREÇOS
A tomada de preços é possível para contratos de valores médios, ou seja, aqueles acima do limite do convite e abaixo do limite da concorrência. Logo, nesta modalidade a participação de licitantes é mais restrita e o procedimento mais simples.
TOMADA DE PREÇOS 
TOMADA DE PREÇOS 
Obras e serviços de engenharia:
Até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais)
Aquisição de bens e serviços
Até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais)
Participam da competição apenas os licitantes que forem cadastrados no órgão ou aqueles que se cadastrarem até 3 (três) dias antes da data marcada para a abertura dos envelopes contendo as propostas dos licitantes.
Ressalte-se que o cadastro funciona como uma habilitação prévia feita pelas empresas, no órgão público
TOMADA DE PREÇOS 
No momento da realização do cadastro, a empresa deverá apresentar toda a documentação necessária à sua habilitação. O cadastro tem validade de 1 (um) ano, quando então deverá ser renovada a apresentação dos documentos.
TOMADA DE PREÇOS 
Resuminho :
Participam da licitação:
 - Licitantes cadastrados(Habilitação prévia)(só precisa levar o comprovante de cadastro)
 - Aqueles que se cadastrarem até 3 dias antes da data de abertura das propostas.
TOMADA DE PREÇOS 
CONVITE
Esta modalidade é mais adequada para contratos de valores pequenos. 
O convite é a modalidade mais restrita de todas as previstas na Lei de Licitações, pois a Administração Pública pode escolher potenciais interessados em participar da licitação.
Com efeito, participarão do certame apenas os convidados, sejam eles cadastrados ou não, sendo, no mínimo 3 (três), salvo comprovada restrição de mercado, quando então pode-se realizar o convite com apenas 2 (dois) convidados.
CONVITE
Instrumento convocatório: 
Carta-Convite – Não tem publicação no diário oficial.
Estipula a lei que a administração deverá enviar a carta-convite aos convidados e afixá-la no átrio da repartição, em local visível ao público. 
Respeitadas essas regras, está devidamente publicitada a licitação.
CONVITE
VALOR DO CONVITE
Obras e serviços de engenharia
Até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais)
Aquisição de bens e serviços
Até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais)
CONVITE
Além dos licitantes convidados, se admite a participação de outras empresas.
Em tais casos, se não houver sido convidado, o interessado pode manifestar seu interesse em participar do convite com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas e, ainda assim, poderá participar da licitação desde que comprove estar regularmente cadastrado no
 órgão.
CONVITE
A Lei 8.666/93 estabelece, em seu art. 22, § 6°, que:
"existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações". 
Nesse caso, enquanto não se esgotar a lista de cadastrados não convidados, cada novo convite para o objeto licitado dependerá do encaminhamento da carta-convite a mais um licitante.
CONVITE
CONVITE
Esta modalidade é mais adequada para contratos de valores pequenos. 
O convite é a modalidade mais restrita de todas as previstas na Lei de Licitações, pois a Administração Pública pode escolher potenciais interessados em participar da licitação.
Com efeito, participarão do certame apenas os convidados, sejam eles cadastrados ou não, sendo, no mínimo 3 (três), salvo comprovada restrição de mercado, quando então pode-se realizar o convite com apenas 2 (dois) convidados.
CONVITE
Instrumento convocatório: 
Carta-Convite – Não tem publicação no diário oficial.
Estipula a lei que a administração deverá enviar a carta-convite aos convidados e afixá-la no átrio da repartição, em local visível ao público. 
Respeitadas essas regras, está devidamente publicitada a licitação.
CONVITE
VALOR DO CONVITE
Obras e serviços de engenharia
Até R$ 150.000,00
Aquisição de bens e serviços
R$ 80.000,00
CONVITE
Além dos licitantes convidados, se admite a participação de outras empresas.
Em tais casos, se não houver sido convidado, o interessado pode manifestar seu interesse em participar do convite com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas e, ainda assim, poderá participar da licitação desde que comprove estar regularmente cadastrado no
 órgão.
CONVITE
A Lei 8.666/93 estabelece, em seu art. 22, § 6°, que:
"existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações". 
Nesse caso, enquanto não se esgotar a lista de cadastrados não convidados, cada novo convite para o objeto licitado dependerá do encaminhamento da carta-convite a mais um licitante.
CONVITE
CONCURSO
O concurso demonstra o interesse da Administração Pública em selecionar trabalhos técnicos, científicos ou artísticos com certas capacidades personalíssimas para incentivar o desenvolvimento cultural.
 Nesta modalidade, há instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
Esta modalidade de licitação será definido em regulamento próprio, não havendo disposições acerca dele na Lei 8.666/93. 
Neste caso, sequer podem ser utilizados os critérios de escolha do vencedor previstos na Lei de Licitações, devendo estar estipulado no regulamento a qualificação dos participantes, as diretrizes, a forma de apresentação do trabalho, bem como os valores dos prêmios a serem pagos aos vencedores.
CONCURSO
O julgamento do concurso é feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidor público ou não.
CONCURSO
LEILÃO
Esta modalidade licitatória serve para alienação de bens pelo poder público àquele que ofertar o maior preço, seja ele igual ou superior ao valor da avaliação.
a. O leilão pode ser feito para alienar bens imóveis que tenham sido adquiridos por decisão judicial ou dação em pagamento (todos os outros deverão ser alienados mediante concorrência, obrigatoriamente).
b. Também, é modalidade licitatória para alienação de bens móveis inservíveis, apreendidos e penhorados pelo poder público.
c. Por fim, pode ser utilizada licitação na modalidade leilão para venda de bens móveis componentes do acervo da Administração Pública, previamente desafetados, desdeque, analisados de forma isolada ou global, não ultrapassem o montante de R$ 650.000,00
, quando então será necessária a utilização de concorrência
pública, em razão do valor.
LEILÃO
Até R$650 mil Bens Móveis Inservíveis
Sempre maior lance
 Apreendidos
 Penhorados
Bens Imóveis Dação em 		 pagamento
			 Por decisão 		 judicial
LEILÃO
A Lei 10.520/2002 é uma lei nacional, aplicável, portanto, à União,estados, Distrito Federal e municípios.
O artigo 1º da Lei dispões que,
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
 mercado.
PREGÃO
PREGÃO
É um leilão reverso. - Aquisição de bens e serviços comuns (Aqueles que vem o edital como expressão usual de mercado.
aplicação do pregão não decorre de seu valor, mas do objeto. 
O pregão é utilizado para a aquisição de bens e serviços comuns,
independentemente do valor estimado para a contratação.
Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.
Sempre do tipo MENOR PREÇO
A lei veda para a aquisição de obra
PREGÃO
Não há comissão licitante:
Quem responde pelo pregão é o pregoeiro.
É caracterizado por uma inversão das fases no procedimento
PREGÃO
O Pregão surgiu para aperfeiçoar o regime de licitações levando a uma maior competitividade e ampliando a oportunidade de participar das licitações, contribuindo para desburocratizar os procedimentos para a habilitação e etapas do procedimento, por ser mais célere e também visando a busca pelas contratações de preços mais baixos pelos entes da Administração
Pública.
PREGÃO
O pregão é realizado de forma a acirrar as disputas pelas contratações com o Estado, prevendo, em seu procedimento, a realização de lances verbais, com o intuito de permitir sempre a contratação de menor custo, observadas as disposições referentes aos requisitos mínimos de qualidade.
PREGÃO
Atualmente, portanto, quaisquer bens e serviços vêm sendo considerados comuns pela
doutrina, não havendo limitação de valor para realização do pregão. 
 - Não há limite de valor estipulado em lei para a realização de pregão, podendo ser utilizado inclusive para aquisição de bens em valor superior a seiscentos e cinquenta mil reais.
PREGÃO
Pregão eletrônico:
é realizado pela Internet, com a utilização deste mecanismo para comunicação entre os licitantes e entre estes e a Administração Pública na realização da sessão. 
Em linhas gerais, segue o mesmo procedimento do pregão presencial, com algumas peculiaridades.
PREGÃO
PREGÃO COMUM se desenvolve segundo a tradição básica das licitações,no sentido de que os licitantes interessados devem comparecer pessoalmente ou por representante no local e hora designados e apresentar ao pregoeiro envelopes lacrados com as suas propostas e os documentos necessários para habilitação.
Pregão comum x Pregão eletrônico
PREGÃO ELETRÔNICO Não existe comparecimento físico do interessado à repartição que promove a licitação, nem há encaminhamento de documentos, tudo se passa virtualmente.
A participação do interessado depende de credenciamento, exigindo apenas o cadastramento perante algum órgão público.
Em âmbito federal existe o SICAF. Este órgão remeterá, por
via eletrônica sua proposta e a documentação só será entregue quando o interessado for o vencedor do pregão.
Pregão comum x Pregão eletrônico
PARA NÃO ESQUECER AS MODALIDADES
CONCORRENCIA,TOMADA DE PREÇO,CONVITE,CONCURSO E LEILÃO NA 8666 NÃO TEM PREGÃO.
Paródia bangue bangue, Anitta.
EMPATE
Art.3º § 2o  Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
EMPATE
I - Revogado
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. 
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
Empate de Micro e pequenas empresas:
Micro e pequenas empresas:
Modalidades da 8666/93 – Até 10% acima do valor é considerado empate.
Pregão – Até 5% acima do valor dos outros licitantes é considerado empate.
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
Anulação e Revogação da Licitação
Estão previstos no artigo 49 da lei nº 8.666/93. 
Revogação da licitação por interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, bem como a obrigatoriedade de sua anulação por ilegalidade, neste ultimo caso podendo agir de oficio ou provocado por terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
Revogação segundo Diógenes Gasparini 
“é o desfazimento da licitação acabada por motivos de conveniência e oportunidade (interesse público) superveniente – art. 49 da lei nº 8.666/93”.
Anulação e Revogação da Licitação
A lei referida prevê que no caso de desfazimento da licitação ficam assegurados o contraditório e a ampla defesa, garantia essa que é dada somente ao vencedor, o único com efeitos interesses na permanência desse ato, pois através dele pode chegar a contrato.
Anulação e Revogação da Licitação
Hely Lopes Meireles conceitua ANULAÇÃO como “é a invalidação da licitação ou do julgamento por motivo de ilegalidade, pode ser feita a qualquer fase e tempo antes da assinatura do contrato, desde que a Administração ou o Judiciário verifique e aponte a infringência à lei ou ao edital.  
Cabe ainda ressaltar que a anulação da licitação acarreta a nulidade do contrato (art. 49, § 2º). 
No mesmo sentido “a anulação poderá ocorrer tanto pela Via Judicante como pela Via Administrativa”.
Anulação e Revogação da Licitação
§ 1o  A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2o  A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
Anulação e Revogação da Licitação
Art. 59.  A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
Anulação e Revogação da Licitação
RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
Previstos no artigo 109 da lei nº 8.666/93.
Diógenes Gasparini esclarece que, recursos administrativos são todos os meios jurídicos que instauram o processo de reexame interno de ato, decisão ou comportamento da entidade licitante por motivo de ilegalidade.E completando, tem esse objetivo os recursos hierárquicos, os recursos de representação e os pedidos de reconsideração. Qualquer desses recursos, quando providos, retroagem nos seus efeitos, à data do ato, decisão ou comportamento recorrido.
Visto que o recurso administrativo é meio de se realizar o controle dos atos administrativos, há que se analisar o conceito de recurso administrativo que nos dizeres de Hely Lopes Meirelles, numa visão ampla:
 
[...] são todos os meio hábeis a propiciar o reexame de decisão interna pela própria administração, por razões de legalidade e de mérito administrativo. No exercício de sua jurisdição a Administração aprecia e decide as pretensões dos administrados e de seus servidores, aplicando o Direito que entenda cabível, segundo a interpretação de seus órgãos técnicos e jurídicos. Pratica, assim, atividade jurisdicional típica, de caráter parajudicial quando provém de seus tribunais ou comissões de julgamento.
 Essas decisões geralmente escalonam-se em instância, subindo da inferior para a superior através do respectivo recurso administrativo previsto em lei ou regulamento.
RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
 RECURSO PROVOCADO E RECURSO DE OFÍCIO
Via de regra os recursos são interpostos por ato volitivo, ou seja, são provocados, entretanto, há casos em que os recursos são interpostos pela própria autoridade que proferiu a decisão, isto é, são interpostos de ofício em observância à previsão legal.
            Segundo Hely Lopes Meirelles, os recursos provocados:
 
[...] devem ser fundamentados, com a exposição dos fatos e indicação da ilegalidade impugnada, consistente em violação flagrante ou dissimulada de algum princípio ou norma constitucional, legal, regulamentar ou contratual, incluindo-se dentre estas os editais e convites de licitação, os cadernos de encargos ou de obrigações e demais instruções administrativas pertinentes.
 
A Lei nº 9.784/99 que dispõe sobre o processo administrativo em âmbito da Administração Pública Federal, em seu artigo 64, prevê as possibilidades de reforma da decisão recorrida, constando expressamente que o julgador poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida.
 RECURSO PROVOCADO E RECURSO DE OFÍCIO
EFEITOS DO RECURSO ADMINISTRATIVO
Quando se estuda os efeitos do recurso administrativo, denota-se a predominância de dois efeitos, o devolutivo e o suspensivo.
            Se, no Direito Processual Civil o efeito suspensivo é a regra e o devolutivo é a exceção, no Direito Administrativo a regra é inversa.
  Nesse sentido, é a lição deixada por Hely Lopes Meirelles:
 
Os efeitos do recurso administrativo são, normalmente, o devolutivo e, por exceção, o suspensivo. Daí por que, quando o legislador ou o administrador quer dar efeito suspensivo ao recurso, deve declarar na norma ou no despacho de recebimento, pois não se presume a exceção, mas sim a regra. 
EFEITOS DO RECURSO ADMINISTRATIVO
 Nesse mesmo sentido, de que a regra é o efeito devolutivo, é o entendimento do ilustre Cláudio Brandão de Oliveira que assevera:
 
O recurso administrativo, como regra, não tem efeito suspensivo, ou seja, não impede a execução da decisão recorrida. 
A lei pode, no entanto, autorizar o seu recebimento com este efeito, impedindo a execução da decisão até que o recurso seja julgado. Se ocorrer tal hipótese não será cabível, por exemplo, a correção judicial por mandado de segurança, pois o efeito suspensivo descaracteriza a lesão ou ameaça ao direito líquido e certo.
EFEITOS DO RECURSO ADMINISTRATIVO
 
EFICÁCIA DA DECISÃO
 
A decisão proferida no recurso administrativo possui caráter vinculante, e é definitiva quando decidida em última instância administrativa, quando se torna imodificável pela Administração.
            Nesse sentido é a lição de Hely Lopes Meirelles:
 
Daí por diante, é imodificável pela própria Administração e só o Judiciário poderá reapreciá-lo e dizer de sua legitimidade. 
E assim é porque, embora inexista entre nós a coisa julgada administrativa, no sentido processual de sentença definitiva oponível erga omnes (coisa julgada formal e material), existe, todavia, o ato administrativo inimpugnável e imodificável pela Administração, por exauridos os recursos próprios e as oportunidades internas de autocorreção da atividade administrativa, como exporemos adiante, neste mesmo capítulo.
  
ESPÉCIES DE RECURSO
Para melhor entendimento, importante observar, conforme já mencionado anteriormente, que recurso administrativo em sentido amplo é meio de impugnação de decisão administrativa, ou seja é tomo meio apto a possibilitar o reexame da atividade administrativa por seus próprios órgãos, sob este aspecto Meirelles destaca que em nosso ordenamento jurídico tais meios compreendem 
“...a representação, a reclamação e o pedido de reconsideração...”.
A representação administrativa encontra fundamento na própria Constituição Federal de 1.988 que em seu artigo 5º, XXXIV, a, a concebe como garantia fundamental, independentemente do pagamento de taxa.
ESPÉCIES DE RECURSO
REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA
A representação administrativa tem como objetivo denunciar à autoridade administrativa competente qualquer ilegalidade ou abuso de poder praticado no âmbito da Administração, sendo que à Autoridade que recebe a representação cabe adotar o procedimento que entender cabível para conhecer e coibir a ilegalidade ou o abuso apontado.
 Segundo Hely Lopes Meirelles[28] representação administrativa:
 
...é a denuncia formal e assinada de irregularidades internas ou de abuso de poder na prática de atos da Administração, feita por quem quer que seja à autoridade competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada. O direito de representar tem assento constitucional e é incondicionado, imprescritível e independe do pagamento de taxas (CF, art. 5º, XXXIV, “a”).
 Pode ser exercitado por qualquer pessoa, a qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias: vale como informação de ilegalidades a serem conhecidas e corrigidas pelos meios que a Administração reputar convenientes. Como não se exige qualquer interesse do representante para exercitar o direito público de representação, não se vincula o signatário da denúncia ao procedimento a que der causa, mas poderá ser responsabilizado civil e criminalmente por quem for lesado pela falsidade da imputação.
REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA
RECLAMAÇÃO
A reclamação administrativa, de acordo com Meirelles
 “...é a oposição expressa a atos da Administração que afetem direitos ou interesses legítimos do administrado.”
            Como se vê, diferentemente do que ocorre com a representação administrativa, na reclamação aquele que a subscreve deve demonstrar que o ato impugnado lhe atinge diretamente, causando-lhe lesões de ordem pessoal ou patrimonial.
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Conforme ensina o Mestre Hely Lopes Meirelles:
 
...pedido de reconsideração é a solicitação da parte dirigida À MESMA AUTORIDADE que expediu o ato, para que o invalide ou o modifique nos termos da pretensão do requerente. Deferido ou indeferido, total ou parcialmente, não admite novo pedido, nem possibilita nova modificação pela autoridade que já reapreciou o ato.
Como se vê, o direito ao pedido de reconsideração pode ser exercido uma única vez.
RECURSOS HIERÁRQUICOS
Em se tratando de recurso hierárquico, tem-se a acepção estrita de recurso, uma vez que, conforme assevera Meirelles:
 
...recursos hierárquicos são todos aqueles pedidos que as partes dirigem à instância superior da própria Administração, propiciando o reexame do ato inferior sob todos os seus aspectos. 
Podem ter efeito devolutivo e suspensivo, ou simplesmente devolutivo, que é a regra; o efeito excepcional suspensivo há de ser concedido expressamente em lei ou regulamento ou no despacho de recebimento do recurso.
 Portanto, toda vez que houver a interposição de um recurso dirigido à instância administrativa superior à que proferiu a decisão ou praticou o ato administrativo,ter-se-á um recurso administrativo hierárquico.
RECURSOS HIERÁRQUICOS
Art. 109.  Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante(Efeito suspensivo);
b) julgamento das propostas(Efeito suspensivo);
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;                (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;
RECURSOS ADMINISTRATIVOS NA LICITAÇÃO 
II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato.
RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
§ 2o  O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.
RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Lei 8666/93
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
 X 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO
Contratos Gerais
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Conceito:
São as manifestações de vontade entre duas ou mais pessoas visando à celebração de negócio jurídico, HAVENDO A PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO, atuando com todas as prerrogativas decorrentes da supremacia do interesse público, visando sempre à persecução de um fim coletivo.
 Este contrato é regido pelo DIREITO PÚBLICO, sendo inerentes a ele todas as prerrogativas e limitações de Estado.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Essas prerrogativas ensejam a existência das chamadas cláusulas exorbitantes,previstas no art. 58 da lei 8.666/93 e presentes, implicitamente, em todos os contratos administrativos. 
Essas cláusulas definem garantias ao poder público contratante de alteração unilateral dos contratos, para adequá-los ao interesse público.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
A Constituição define a competência para legislar acerca de licitações e contratos administrativos,em seu art. 22, XXVII, dispondo que a UNIÃO deve proceder à legislação acerca das normas gerais aplicáveis à matéria.
Sendo assim, a União Federal DEVE EDITAR AS LEIS que traçam as regras gerais, cabendo aos estados e municípios a edição de normas suplementares, em obediências às regras estipuladas na legislação federal. 
Nas hipóteses em que não houver a edição de lei local ou estadual acerca do tema, a legislação federal será aplicada integralmente a todos os contratos administrativos celebrados por aquele ente.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Além da característica comum a todos os contratos administrativos(busca incessante pelo interesse público), outras características estão presentes nas avenças celebradas pelo Poder Público.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Todo contrato administrativo será:
 “COM.O FORMA a CLÁUSULA da CONPESA?”
COMUTATIVO 
CONSENSUAL
DE ADESÃO
ONEROSO
SINALAGMÁTICO
PERSONALÍSSIMO
FORMAL
Terá CLÁUSULAS EXORBITANTES
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
COMUTATIVO Gera direitos e deveres previamente estabelecidos para ambas as partes. 
				 Não há contratos sujeitos a risco no Direito Administrativo.
				 As partes já tem os seus direitos e deveres pré- constituídos.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
CONSENSUAL Simples consenso das partes já formaliza o contrato. 
 Não se faz necessária a transferência do bem para ele se tornar perfeito. 
 Nestes casos, a transferência do bem é simples consequência do contrato.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
No Direito Administrativo, o consenso do particular manifestar-se-á no momento da abertura dos envelopes de documentação. 
Por sua vez, o consenso da Administração depende da celebração do contrato.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
De ADESÃO Aqueles que não admitem a rediscussão de cláusulas contratuais. 
				As cláusulas são impostas por uma das partes (poder público) e à outra parte (particular) cabe apenas aderir ou não à avença. 
 Nesses contratos, a Administração Pública não pode modificar cláusulas contratuais por vontade ou sugestão do particular a ser contratado.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Todas as cláusulas dos contratos administrativos são fixadas UNILATERALMENTE PELA ADMINISTRAÇÃO.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
ONEROSO:
Como regra, não são admitidos contratos gratuitos firmados com o poder
público, devendo o particular ser remunerado pela execução da atividade ou entrega do bem objeto do acordo firmado.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
SINALAGMÁTICO:
As obrigações das partes são recíprocas, ou seja, a execução da atividade de uma das partes enseja o adimplemento contratual pela outra.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
PERSONALÍSSIMO: 
Os contratos administrativos devem ser celebrados com o vencedor do procedimento licitatório, não podendo ser transferido a terceiro. 
Nesse sentido, o contrato tem natureza intuito personae e a possibilidade de subcontratação do objeto do acordo fica limitada às hipóteses legalmente admitidas.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Sendo assim, os contratos são celebrados com aqueles que participaram e venceram os certames.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Formal Todo contrato administrativo tem uma forma definida na lei, indispensável à sua regularidade.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
A Lei 8666, em seu artigo 55, prevê a forma do contrato, designada pela doutrina de Instrumento (ou termo) do contrato.
Esta norma prevê todas as cláusulas necessárias à validade do contrato administrativo e a sua ausência gera o vício de forma. 
Dessa forma, o art. 55, da lei 8.666/93 define as cláusulas necessárias à formação do contrato.
CARACTERÍSTICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
DEVE CONTER :
TERMO DE CONTRATO
Objeto e seus elementos característicos.
Prazo de início de etapas de execução
Prazo de término.
Regime de execução ou a forma de fornecimento, 
Preço e as condições de pagamento
os critérios e periodicidade do reajuste de preços 
As regras de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.
FORMALISMO
FORMALISMO
A primeira exigência é a realização de procedimento licitatório, conforme determinação do artigo 26 da lei 8.666/93.
REGRA GERAL : ESCRITO
FORMALISMO
O termo de contrato ou instrumento de contrato é o meio, determinado por lei,para formalização do contrato e, para que o acordo seja válido.
Conforme o art. 62 da Lei nº 8.666, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação. 
Nos demais casos, o instrumento de contrato é facultativo. 
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regíme de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajus~
tamento de preços, os crírérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das
obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega,de observação e
de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática
e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das
multas;
VIII - os casos de rescisão;
Extrapolam as regras e características dos contratos em geral, pois apresentam vantagem excessiva à Administração Pública.
 Decorrem da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e colocam o Estado em posição de superioridade jurídica na avença.
CLÁUSULAS EXORBITANTES
CLÁUSULAS EXORBITANTES
A lei relaciona as seguintes cláusulas exorbitantes (art. 58 da Lei nº 8.666/93):
Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
CLÁUSULAS EXORBITANTES
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
Para adequar as disposições contratuais, na busca incessante pelo interesse público, o Estado contratante pode modificar a avença, independentemente do consentimento da outra parte, desde que não prejudique o contratado e desde que a modificação seja feita nos limites previamente estipulados pela lei.
A alteração dos contratos administrativos se dá em dois casos:
1) quando há modificação do projeto ou das especificações, com vistas à melhor adequação técnica aos fins do contrato; 
2) 	quando é preciso modificar o valor em virtude do aumento ou diminuição quantitativa do objeto contratual.
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
REGRA GERAL
ALTERAÇÃO UNILATERAL
ATÉ 25% para acréscimos ou diminuições.
EXCEÇÃO
CONTRATOS DE
REFORMA
Até 50% para acréscimos
Até25% para diminuições
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
Isso tudo é para visar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
A margem de lucro inicialmente contratada JAMAIS poderá ser alterada pela Administração Pública de forma unilateral. 
O particular tem a garantia de que não terá prejuízo, nem redução no lucro inicialmente previsto quando da celebração do acordo.
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
c
O artigo 65, §4° dispõe que 
"No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente comprovados e monetariamente corrigidos,podendo caber indenização por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados”.
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
c
RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO
O contrato poderá ser extinto antes do prazo
previamente estipulado no acordo.
RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO
Pode se dar em razão do:
• INADIMPLEMENTO DO PARTICULAR.
• INTERESSE PÚBLICO DEVIDAMENTE JUSTIFICADO.
•DESAPARECIMENTO DO SUJEITO
•CASO FORTUITOOU DEFORÇA MAIOR(INCISO XVII DO ART. 78).
No caso de rescisão motivada por razões de interesse público, a administração Deve indenizar o particular se houver dano, 				Deve indenizar os investimentos não amortizados do contratado, em razão da extinção antecipada do acordo.
RESCISÃO UNILATERAL POR INTERESSE PÚBLICO
RESCISÃO UNILATERAL POR INADIMPLÊNCIA
O particular deverá indenizar a Administração
Pública pelos danos causados em virtude do inadimplemento.
o Poder Público deverá assumir imediatamente o objeto
do contrato, no estado e local em que se encontrar, ocupar e utilizar o local, instalações,equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, executar a garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos.
Assim como no inadimplemento, o Poder Público deverá assumir imediatamente o objeto
do contrato, no estado e local em que se encontrar, ocupar e utilizar o local, instalações,equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, executar a garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos.
RESCISÃO UNILATERAL POR DESAPARECIMENTO DO PARTICULAR
ADMINISTRAÇÃO INADIMPLENTE
Caso o poder público seja inadimplente no contrato administrativo celebrado,o particular pode rescindir o contrato unilateralmente?
Se o ente estatal for inadimplente, por mais de 90 dias, o particular pode SUSPENDER A
EXECUÇÃO do contrato (exceção de contrato não cumprido), conforme disposição do art.
78, XV da Lei 8666/93. 
Rescisão do contrato, por iniciativa do particular, em virtude do inadimplemento do estado Por Decisão judicial.
Administração inadimplente
"Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
(...)
XV - o arraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração
decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados,
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado
ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação".
Administração inadimplente
TEORIA DA IMPREVISÃO
1)Caso Fortuito Ou De Força Maior
2)Interferências imprevistas
3)Fato da administração
4)Fato do Príncipe
TEORIA DA IMPREVISÃO
CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR
Imprevisível ou previsível inevitável
 
INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS
Situações pré-existentes ao contrato
 
FATO DA ADMINISTRAÇÃO 
A própria administração causa o 
desequilíbrio DENTRO do contrato.
 
FATO DO PRÍNCIPE 
A própria administração causa 
o desequilíbrio,porém FORA 
do contrato.
 
EXIGÊNCIA DE GARANTIA
A faculdade de exigir garantia nos contratos de obras, serviços e compras está prevista no art. 56, § 1º, da Lei de Licitação, podendo abranger as seguintes modalidades: 
caução em dinheiro 
títulos da dívida pública
seguro-garantia e fiança bancária.
A escolha da modalidade de garantia cabe ao contratado, não podendo ultrapassar o correspondente a 5% do valor do contrato, salvo nos casos de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, podendo o limite de garantia ser elevado para até 10% do valor do contrato.
A garantia, quando exigida do contratado, é devolvida após a execução do contrato.
FISCALIZAÇÃO
Exige seja a execução do contrato acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração, especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-los e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
Nesse sentido, a lei 8.666/93, em seu art. 67, determina que 
''A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição'"'.
FISCALIZAÇÃO
APLICAÇÃO DE PENALIDADES
A inexecução total ou parcial do contrato dá à Administração a prerrogativa de aplicar sanções de natureza administrativa (art. 58, IV), dentre as indicadas no artigo 87:
a) Advertência: sempre por escrito, para sancionar infrações mais leves praticadas peloparticular contratado.
b) Multa: trata-se de penalidade pecuniária e deve ter previsão de valor definida no bojo do acordo firmado.
APLICAÇÃO DE PENALIDADES
c) Suspensão de contratar com poder público e participar de procedimentos licitatórios:por, no máximo, dois anos. 
Neste caso, a empresa fica impedida de participar de certames e celebrar contratos com o ente federativo que aplicou a penalidade.
d) Declaração de inidoneidade: enseja proibição de licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
Será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada que, também, não pode ultrapassar dois anos.
APLICAÇÃO DE PENALIDADES
DEFERENÇAS ENTRE
Suspensão de contratar com poder público:
Atinge apenas aquele ente que aplicou a pena, ou seja, o particular passará dois anos sem poder contratar com determinado ente.
Declaração de inidoneidade: 
Atinge toda administração pública.
RETOMADA DO OBJETO
O artigo 80 da Lei nº 8.666/93 prevê, determinadas prerrogativas que têm por objetivo assegurar a continuidade da execução do contrato, sempre que a sua paralisação possa ocasionar prejuízo ao interesse público e, principalmente, ao andamento de serviço público essencial; trata-se, neste último caso, de aplicação do princípio da continuidade do serviço público.
Visa garantir o princípio da continuidade
EXEMPLO: ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei.
Greve.
RETOMADA DO OBJETO
QUESTÕES
 2017-FGV-SEPOG – RO-Analista de Planejamento
 
1)A sociedade empresária Alfa celebrou contrato administrativo com o ente federativo Beta, visando ao fornecimento de certos bens de consumo durante doze meses. Ocorre que, logo após a celebração do contrato, o mesmo ente federativo realizou reforma tributária que onerou sobremaneira o cumprimento da quase totalidade dos contratos administrativos que celebrara. Em razão dessa medida, Alfa passou a ter grande prejuízo, tendo dificuldade em continuar a cumprir o contrato. 
À luz da ordem jurídica vigente e considerando as hipóteses de inexecução do contrato administrativo, a reforma tributária promovida pelo ente federativo configura :
QUESTÕES
 a)força maior, justificando a imediata rescisão do contrato. 
b)fato do príncipe, de modo que Alfa pode pleitear a restauração do equilíbrio econômico-financeiro. 
c)fato da administração, o que permite que Alfa pleiteie a restauração do equilíbrio econômico-financeiro. 
d)ato lícito e previsível, não tendo qualquer reflexo sobre as obrigações assumidas com Alfa. 
e)causa de inexecução do contrato administrativo por culpa do ente federativo. 
 
QUESTÕES
 a)força maior, justificando a imediata rescisão do contrato. 
b)fato do príncipe, de modo que Alfa pode pleitear a restauração do equilíbrio econômico-financeiro. 
c)fato da administração, o que permite que Alfa pleiteie a restauração do equilíbrio econômico-financeiro. 
d)ato lícito e previsível, não tendo qualquer reflexo sobre as obrigações assumidas com Alfa. 
e)causa de inexecução do contrato administrativo por culpa do ente federativo. 
 
QUESTÕES
2017 – FGV - SEPOG – RO - Técnico em Políticas Públicas 
1)Os contratos administrativos estão disciplinados na Lei nº 8.666/93, e podem ser considerados os ajustes firmados entre a administração pública, agindo nesta qualidade, e outras partes, desde que em conformidade com o interesse público, sob a regência do direito público e nos termos estabelecidos pela própria contratante.
Sobre as características dos contratos administrativos, assinale a afirmativa incorreta. 
QUESTÕES
 a)Devem ter licitação prévia, salvo nos casos de dispensa, dispensável ou inexigível, conforme previstos em lei.  
 b)Devem ser consensuais, por surgirem do consentimento mútuo entre as partes. 
 c)Devem ser executados pelo contratado, não admitindo a livre subcontratação. 
 d)Devem ser informais, não admitindo a existência de cláusulas exorbitantes. 
 e)Devem ser formais e onerosos, porque remunerados na forma convencionada.
QUESTÕES
 a)Devem ter licitação prévia, salvo nos casos de dispensa, dispensável ou inexigível, conforme previstos em lei.  
 b)Devem ser consensuais, por surgirem do consentimento mútuo entre as partes. 
 c)Devem ser executados pelo contratado, não admitindo a livre subcontratação. 
 d)Devem ser informais, não admitindo a existência de cláusulas exorbitantes. 
 e)Devem ser formais e onerosos, porque remunerados na forma convencionada.
QUESTÕES
 2016-FGV-COMPESA - Analista de Gestão - Advogado
3)Acerca das alterações dos contratos administrativos, conforme disposições da Lei nº 8.666/93, analise as afirmativas a seguir.
I. É possível a alteração dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 por acordo das partes, quando conveniente a substituição da garantia da execução.
II. Somente por acordo das partes é possível haver acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
III. É possível a alteração unilateral pela Administração quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.
Está correto o que se afirma em: 
QUESTÕES
a)I, apenas.
 b)I e II, apenas.
 c)I e III, apenas.
 d)II e III, apenas.
 e)I, II e III.
QUESTÕES
a)I, apenas.
 b)I e II, apenas.
 c)I e III, apenas.
 d)II e III, apenas.
 e)I, II e III.
BENS PÚBLICOS
Conceito: 
Bens Públicos são bens de titularidade do Estado, necessários ao desempenho de funções públicas, submetidos a um regime jurídico de direito público. 
2.CONCEITO
Pode-se dizer que bem público é todo bem que pertence a uma pessoa jurídica de direito público. Quanto a isso, não há divergência doutrinária. Tal previsão está, inclusive, na lei (art. 98 do CC/02 ). Logo, são bens públicos aqueles pertencentes à Administração Direta (União, Estados, Municípios e DF) e às autarquias e fundações públicas de direito público. Frise-se, que, nesse caso, pouco importa se o bem está ou não afetado à finalidade pública. Corrobora com esse entendimento Carvalho (2014,p.1.157):
BENS PÚBLICOS
BENS PÚBLICOS
Titulares de bens públicos: 
 União, Estado e Municípios (administração direta); 
 Entidades da administração indireta: autarquias e fundações dotadas de personalidade jurídica pública.
São também bens públicos os bens pertencentes a pessoas jurídicas de direito privado, desde que estejam diretamente ligados à prestação de serviço público. Essa ideia decorre do princípio da continuidade do serviço público.
BENS PÚBLICOS
Em regra, os bens de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação pública de direito privado são bens privados, ou seja, podem ser alienados, onerados, penhorados etc. Como exceção, só seguem o regime de bem público aqueles bens diretamente ligados à prestação de serviço público. Percebe-se a diferença:
• Bem de empresa pública é PENHORÁVEL;
• Bem de empresa pública que presta serviço público é PENHORÁVEL.
• Bem de empresa pública que está diretamente ligado à prestação de um serviço público é IMPENHORÁVEL.
BENS PÚBLICOS
 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICos:
3.1 QUANTO À TITULARIDADE
a) Bens federais: são aqueles pertencentes à União; estão enumerados no art. 20 da CF/88, em rol exemplificativo;
b) Bens estaduais: são os pertencentes aos Estados; estão enumerados no art. 26 da CF/88, em rol exemplificativo;
c) Bens municipais: são os que pertencem aos Municípios; não estão na repartição constitucional; são enumerados, portanto, em sede legal;
d) Bens distritais: como o DF não pode ser dividido em municípios, ele tem uma “competência somatória”; logo,abrangem os bens estaduais + municipais.
BENS PÚBLICOS
3.2 QUANTO À DESTINAÇÃO:
3.2.1. BENS DE USO COMUM DO POVO (OU BENS DE DOMÍNIO PÚBLICO em sentido estrito)
Os bens de uso comum do povo, também denominados bens do domínio publico, são os bens que todos podem usar. Destinam-se à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser federais, estaduais ou municipais. Todos os lugares abertos a utilização publica adquirem esse caráter de comunidade, de uso coletivo. Tal destinação pode decorrer da natureza do bem ou de previsão legal, como, por exemplo, ruas, praças, mares, praias, rios, estradas, logradouros públicos, alem de outros.
BENS PÚBLICOS
São aqueles bens destinados ao uso da coletividade, de forma indiscriminada (sem distinção). 
Ressalte-se, entretanto, que, não obstante tais bens estejam à disposição da coletividade de forma indistinta, o poder público pode regulamentar a sua utilização. Ex.: fechamento de praças a partir das 22 (vinte e duas) horas, com o fim de proteger o bem público; fechamento de um viaduto nos fins de semana em razão do barulho.
BENS PÚBLICOS
Os bens de uso comum do povo, vale dizer, não precisam de prévia autorização para o seu uso normal. Nesse contexto, cumpre destacar a relação entre esses bens e o direito de reunião, previsto no art. 5º, XVI, da CF/88 . Esse dispositivo assegura o direito de reunião (pacífica e sem armas) independentemente de autorização, porém com aviso prévio à autoridade competente, e desde que não frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.
BENS PÚBLICOS
Entende a jurisprudência, por seu turno, que a administração pública pode impedir que a reunião aconteça naquele determinado local, em razão de um interesse público (fluidez do trânsito, horário impróprio etc.), mediante decisão fundamentada. 
Contudo, deve o administrador indicar outro local com a mesma visibilidade do anterior, não podendo frustrar a reunião.
BENS PÚBLICOS
3.2.2. BENS DE USO ESPECIAL (OU BENS DO PATRIMÔNIO ADMINISTRATIVO)
São aqueles bens destinados, especialmente, à prestação de serviços públicos. São considerados instrumentos do serviço público, também chamados de aparelhamento estatal. São, portanto,todas as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou incorpóreas, utilizadas pela Administração Pública para realização de suas atividades e consecução de seus fins.
BENS PÚBLICOS
Exemplos: repartições públicas; escolas públicas; hospitais públicos; mercados municipais; teatros e museus públicos; veículos oficiais; aeroportos; navios militares; terras de silvícolas; cemitérios etc.  
BENS PÚBLICOS
Acerca da expressão "de uso especial" utilizada pela doutrina majoritária, Di Pietro (2014,p.748) apresenta uma objeção a respeito:
A expressão uso especial, para designar essa modalidade de bem, não é muito feliz, porque se confunde com outro sentido em que é utilizada, quer no direito estrangeiro, quer no direito brasileiro, para indicar o uso privativo de bem público por particular e também para abranger determinada modalidade de uso comum sujeito a maiores restrições, como pagamento de pedágio e autorização para circulação de veículos especiais.
BENS PÚBLICOS
A autora (2014,p.748) ainda complementa seu entendimento apresentando uma opção para o uso de termo mais correto e técnico para se referir a tais bens:
É mais adequada a expressão utilizada pelo direito italiano e pelo antigo Código de Contabilidade Pública, ou seja, bens do patrimônio indisponível; por aí se ressaltar o caráter patrimonial do bem (ou seja, a sua possibilidade de ser economicamente avaliado) e a sua indisponibilidade, que resulta, não da natureza do bem, mas do fato de estar ele afetado a um fim público.
BENS PÚBLICOS
Os bens de uso especial podem ser utilizados pelos indivíduos, desde que observadas as condições impostas pela administração pública (ex.: horário). Por fim, frise-se que tanto os bens de uso comum do povo quanto os bens de uso especial são afetados a uma finalidade pública.
BENS PÚBLICOS
3.2.3. BENS DOMINICAIS (OU BENS DO PATRIMÔNIO DISPONÍVEL)
Os bens dominicais são definidos por exclusão. Assim, como os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial são afetados a uma finalidade pública, temos que são bens dominicais aqueles que não têm destinação pública. Exemplos: terras devolutas; prédios públicos desativados. Assim também entende a ilustre doutrinadora Marinela (2013,p.887):
BENS PÚBLICOS
São os que pertencem ao acervo do Poder Publico, sem destinação especial, sem finalidade publica, não estando, portanto, afetados. 
Esse conceito e estabelecido por exclusão, trata de uma definição residual, sendo dominical aquele bem que não e de uso comum do povo e não e de uso especial..
BENS PÚBLICOS
São exemplos: as terras sem destinação publica especifica, as terras devolutas, os prédios públicos desativados, os bens moveis inservíveis e a divida ativa
BENS PÚBLICOS
REGIME JURÍDICO:
INALIENABILIDADE OU ALIENABILIDADE CONDICIONADA
Os bens públicos são alienáveis de forma condicionada (preenchidas algumas condições, é possível aliená-los); é o que a doutrina chama de inalienabilidade relativa. Tais condições estão previstas no art.17, lei 8.666/93. 
BENS PÚBLICOS
Devemos guardar, como regra, que os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial são inalienáveis, pois são afetados a uma finalidade pública.
 Por outro lado, os bens dominicais são alienáveis, na forma da lei, uma vez que não possuem destinação pública.
BENS PÚBLICOS
É possível que um bem de uso especial ou de uso comum do povo perca a sua destinação pública, tornando-se dominical. O contrário também é possível (um bem dominical pode ganhar uma utilidade pública, tornando-se de uso comum do povo ou de uso especial). A esse fenômeno dá-se o nome de afetação/desafetação (ou consagração/desconsagração). Vejamos:
BENS PÚBLICOS
a)     Afetação: dá ao bem uma utilidade pública, tornando-o inalienável; ela pode se dar por lei, ato administrativo ou, até mesmo, pelo simples uso.
b)     Desafetação: retira a proteção do bem, tornando-o alienável, razão pela qual a doutrina entende que ela só pode ocorrer mediante lei ou, no máximo, por ato administrativo previamente autorizado por lei.
BENS PÚBLICOS
De acordo com a maioria da doutrina, o simples não uso do bem não tem o condão de desafetá-lo (o uso enseja a afetação, mas o não uso não enseja, necessariamente, a desafetação, a qual depende de formalidades).
Ainda na linha da doutrina majoritária, a afetação e a desafetação dizem respeito ao fato de o bem ser dominical ou não. Ou seja, a desafetação ocorre quando um bem de uso comum do povo ou de uso especial se torna bem dominical, enquanto a afetação se dá no sentido inverso (bem dominical transformado em bem de uso comum do povo ou de uso especial).
Conforme Celso Antonio Bandeira de Melo (2009,p.905), minoritariamente, também será caso de afetação/desafetação quando há transformação de bem de uso comum do povo para bem de uso especial, e vice versa ,ou seja, quando há mudança de finalidade.
BENS PÚBLICOS
4.2 IMPENHORABILIDADE
Os bens públicos não podem ser objetos de penhora, arresto e sequestro. Penhora é a garantia do juízo, no processo de execução. Arresto e sequestro, por sua vez, são medidas cautelares típicas que visam à proteção de futura penhora. O sequestro é utilizado para a proteção de bens determinados, ao passo que o arresto incide sobre bens indeterminados.
BENS PÚBLICOS
Os bens públicos não podem ser utilizados como meio de garantia para o pagamento de seus débitos. 
Daí decorre o regime de precatórios. 
o regime de precatórios nada mais é do que uma fila de créditos dispostos de acordo com a ordem cronológica de sua apresentação. 
Apesar de os bens públicos não serem passíveis de penhora, sequestro e arresto, há uma exceção dentro do regime de precatórios, que diz respeito ao sequestro de valores, quando há inobservância da ordem cronológica.
BENS PÚBLICOS
4.3 IMPOSSIBILIDADE DE ONERAÇÃO
Oneração”refere-se a direito real de garantia. Nesse contexto, temos que os bens públicos não podem ser objeto de direitos reais de garantia, ou seja, de penhor, hipoteca e anticrese. 
Estas, vale dizer, são garantias que ocorrem fora da ação judicial (execução). Lembre-se que o penhor é garantia sobre bens móveis, enquanto a hipoteca recai sobre bens imóveis. A anticrese, por sua vez, corresponde à exploração, pelo credor, do patrimônio do devedor, de modo a saldar a dívida.
Destaque-se, por fim, que a impossibilidade de oneração também ocorre como consequência da inalienabilidade dos bens públicos.
BENS PÚBLICOS
4.4 IMPRESCRITIBILIDADE
Estamos nos referindo à prescrição aquisitiva, ou seja, de usucapião. Os bens públicos são insuscetíveis de prescrição aquisitiva (usucapião). O patrimônio público não pode ser usucapido, todavia é possível o Estado usucapir bens particulares.
BENS PÚBLICOS
A imprescritibilidade dos bens públicos está prevista no art. 102 do CC/02 , nos arts. 183, §3º , e 191, p. único, ambos da CF/88 , bem como a Súmula 340 do STF . Não há exceção a esta regra.
O credor do Poder Público não pode ajudar garantia real sobre bens públicos. Se, por desvio jurídico, as partes assim ajustarem, a estipulação é nula e não pode ensejar os efeitos normalmente extraídos desse tipo de garantia. O credor terá que se sujeitar ao regime previsto no mandamento do art. 100 da CF/88, ou seja, ao regime de precatórios.
BENS PÚBLICOS
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BENS PÚBLICOS
A Administração pública pode adquirir bens de diversas formas. Veja-se algumas delas (rol exemplificativo):
a) Contratos: a exemplo da compra e venda, doação, permuta etc;
b) Dação em pagamento: note que os bens adquiridos mediante dação em pagamento podem ser alienados pelo Estado por concorrência ou por leilão (é uma das exceções à regra da obrigatoriedade da alienação de bens públicos pela modalidade concorrência);
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BENS PÚBLICOS
c) Usucapião;
d) Desapropriação;
e) Direito hereditário: seja em virtude de testamento, seja através de herança jacente (ausência de herdeiros);
f) Acessão natural: manifestam-se em três hipóteses, quais sejam, álveo abandonado (leito do rio abandonado); aluvião (quantidade imperceptível de terra que se desloca, paulatinamente, do terreno superior, pelo fluxo das águas, fixando-se no terreno inferior); avulsão (deslocamento abrupto de terras do imóvel superior para o inferior);
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BENS PÚBLICOS
g) Arrematação: aquisição de bens em hasta pública;
h) Adjudicação: ocorre nos processos em que o Estado figura como credor, quando o imóvel oferecido como garantia ao juízo não seja arremetado por ninguém;
i) Parcelamento do solo urbano;
j) Pena de perdimento de bens: trata-se de efeito automático da condenação, previsto no art. 91, II, do CP;
k) Reversão de bens: consiste na tomada dos bens da concessionária necessários à manutenção do serviço público. A reversão ocorre com a rescisão do contrato administrativo com a concessionária e é precedida pela ocupação provisória dos bens (que se dá no curso do processo administrativo). Em alguns casos, a reversão é passível de indenização.
Não se deve confundir o instituto da reversão com a encampação. Encampação ocorre com a rescisão unilateral do contrato por razões de interesse público. A rescisão do contrato administrativo por descumprimento de cláusula contratual (inadimplemento) é chamada de caducidade;

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