Buscar

Direito Administrativo II: Anotações de Aula 2º Bimestre - UNICURITIBA, prof: José Anacleto Abduch

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO II – 2º BIMESTRE
Prof. Anacleto
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
LICITAÇÃO
“Processo administrativo por meio do qual concorre a seleção de alguém para contratar com o Estado, no exercício da função administrativa”.
Art. 37 XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
A seleção acontece mediante fixação de critérios objetivos (Exigências de capacidade técnica e financeira), garantindo a disputacidade entre potenciais interessados que cumpram os requisitos consagrados no instrumento convocatório (Edital) – mais propostas devido a publicidade, maior a chance de obter maiores propostas.
Princípio republicano, o dinheiro é de todo mundo, então, todo mundo tem direito de participar do processo para prestar serviço para o Estado.
Pessoas jurídicas de Direito Público, Pl, PJ, autarquias, fundações públicas, Sociedades de Economia Mista, todas tem dever de licitar. Porém, o dever de licitar atinge também qualquer pessoa que use do dinheiro público, ou seja, entidades privadas que recebem dinheiro público devem contratar por licitação (OS, OSCITE, entidades do sistema S, sebrae, sesi, senac - paraestatais). Não é igual Estado, então não licita igual ele, mas tem regulamentos próprios de licitação.
13/04
Generalidades do Processo Licitatório: 
Competência para legislar licitações e contratos administrativos é da União (editar normas gerais, não afasta a possibilidade de normas dos Estados, Municípios, específicas), Lei 8666/93. 
Art. 22 Compete privativamente à União legislar: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III.
A União legisla normas gerais, o que faz com que os Municípios, Estados tenham leis próprias de licitação.
Leis principais: 
Lei número 8.666/1993 – Lei Geral das Licitações
Lei número 10.520/2002 – Lei do Pregão 
Lei número 13.303/2016 – Lei das Estatais.
Lei número 12.462/2012 – RDC
Conceito - competição travada isonomicamente, entre os que preencham os atributos e aptidões necessários ao bom cumprimento das obrigações que se propõem assumir. Art. 37, XXI.
Duas fases - habilitações (demonstração dos atributos) e o julgamento.
Princípios (artigo 3º Lei 8666/93) - legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo.
Princípios e Finalidades:
B. 1 – Princípio da Isonomia: garante a finalidade da contratação pública de que todo aquele potencialmente interessado em realizar contrato com o Estado, só fique de fora dessa disputa se houver uma razão jurídica consistente para isso (não realize requisito legítimo). Só pode ser afastado aquele que não cumpra requisitos objetivos e caracterize aquilo que Pontes de Miranda chama de substrato fático; finalidade prevista na Lei número 8.666/93.
“Todo e qualquer requisito de discriminação é válido e não será ilegítimo se houver uma justificativa”. Vínculo de legitimidade entre o requisito discriminatório e a atividade. Não pode inserir requisitos que discriminem sem justificativa técnica ou financeira. 
B. 2 - Vantajosidade: relação estreita com a eficiência pública ou administrativa. Quanto maior a competição, maiores preços, e possibilidade de serem melhores; finalidade prevista na Lei número 8.666/93.
Eficiência privada = preço mais baixo + qualidade.
Eficiência pública = preço + qualidade + vc
Pode haver licitação com margem de preferência por um produto NACIONAL, de mesma qualidade, por um preço maior (estimulando economia própria). Até 80.000 só para ME – ideia da participação não é preço melhor, e sim a participação da pequena empresa.
A lei 13.303 traz o princípio da vantajosidade como finalidade da contratação pública, considerada o critério de rentabilidade, e o ciclo de vida de produtos e serviços. Ex: lâmpada de LED x normal.
B. 3 - Promoção do Desenvolvimento Nacional Sustentável: a licitação tem que ser instrumento para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável (sustentabilidade: preocupação com os impactos econômicos, sociais e ambientais que uma atividade produz) – combinado com o cumprimento do princípio constitucional da Ubiquidade ou Transversalidade (art. 225); ideia de que a licitação e o contrato administrativo tem uma Função Social (poder de compra como forma de regulamentação, utilizar esses grandes valores que ele contrata como instrumento de regulamentação e fomento de determinadas atividades, para melhorar a sociedade); finalidade prevista na Lei número 8.666/93.
Art. 170 VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
B. 4 - Evitar sobre preço e superfaturamento: evitar contratações lesivas a Administração pública; finalidade prevista na Lei número 13.303/16, só para as Estatais.
Na lei das Estatais a isonomia, e a promoção do Desenvolvimento Nacional aparecem como princípios, e não finalidades.
 Além de todos os Princípios que regem as Administrações públicas. 37, 70, existem dois princípios específicos da Licitação:
B. 5 - Vinculação ao Instrumento Convocatório (Edital): cada licitação deve ter sua norma própria porque tem suas especificidades, e deve ter regras diferentes. Julgamento objetivo.
B. 6 - Julgamento Objetivo: na medida da decisão e de critérios da decisão. Parte do objeto e não da pessoa (muda o julgador, mas o entendimento pelo objeto não muda).
Preço (menor preço)
Tamanho (Exato tamanho)Para que haja uma licitação é preciso:
1. Pressuposto lógico (existência de uma pluralidade de ofertantes ou de objetos). Se tiver apenas um objeto ou um ofertante, fala-se em inexigibilidade de licitação.
1. Pressuposto material, critérios objetivos de julgamento (existência de interessados em disputa-la).
- Determinadas necessidades públicas não podem ser sustentadas por qualquer pessoa.
1. Pressuposto Jurídico: licitação é o melhor meio para atender o interesse público (licitação possa se constituir em meio apto, para a administração acudir ao interesse que deve prover).
Fases do Processo Licitatório:
C. 1 - Fase Interna (planejamento):
C. 2 - Fase Externa – Licitação propriamente dita e a disputa pública
C. 3 - Fase Integrativa 
C. 4 - Fase Pré-Contratual
C. 5 - Fase de Execução do Contrato
C.1 – Fase interna
1. Identificação de uma necessidade – contrato público surge de uma necessidade de contratar terceiros, problema a ser resolvido.
Exemplo: saúde pública.
1. Definição do objeto da contratação – vínculo estreito entre o objeto e a necessidade (problema a ser resolvido). Aplicação do Princípio da adequação da Solução Técnica ao problema é legítimo de ser exigido – os requisitos de qualidade do objeto. Então estarão competindo quem cumprir as justificativas técnicas/econômicas para que o Estado escolha os objetos de maior qualidade com o melhor preço (razoabilidade, proporcionalidade).
É possível que a definição do objeto leve a um objeto só, ou a um fornecedor só, então não será necessário o processo de licitação.
O objeto, em alguns casos de Obras e Serviços, deve ser detalhado em documentos específicos. Estes documentos concentram todas as informações que orientaram todo o processo de planejamento até que seja elaborado o principal instrumento dessa fase, que é o instrumento convocatório, o edital da licitação:
· Projeto básico (conjunto de elementos necessários e suficientes paradefinição integral do objeto a obra, o serviço, a fotografia área, mapas, plantas; o que tem que ser feito);
· Termo de referência;
· Projeto executivo (traz o método de execução, e serve para obras, serviços de engenharia);
· Instrumento convocatório – edital da licitação.
*Desde que não fique caracterizado conluio, pode várias empresas diferentes, com sócios em comum, participarem da mesma licitação (não há previsão absoluta de fraude).
19/04
1. Orçamento Estimativo – revelará o custo estimado para objeto da contratação (referência para a licitação, para o controle da administração pública, para que as empresas possam apresentar suas propostas).
· De Obras e Serviços de Engenharia (só podem ser realizados por engenheiros inscritos no CREA)
· Aquisições de Serviços que não sejam de Engenharia (vigilância, limpeza, transporte).
2. Orçamento Parâmetro (orçamento mais estimativo, menos preciso) – métrico por comparação. É importante justamente para a administração pública desde logo ter certeza se terá o valor para a obra/contratação.
2. Orçamento Expedito – feito com base na unidade de medida (m²), vê quanto é o m² no bairro, e faz o cálculo.
2. Orçamento Sintético – opera também com unidade de medida, mas relacionado a serviços de engenharia (terraplanagem).
2. Orçamento Analítico/Detalhado – em planilha de custos, é mais preciso de todos, deve ser sempre realizado seja pra serviços ou obra.
- Só depois de feitos todos os projetos, saberá o real valor. 
Sobrepreço: valor excessivo, que supera o valor do mercado, é crime (improbidade administrativa).
*Tabelas estaduais com preços de referência.
Normas técnicas previsão na Lei 13.303; Resolução CREA.
Há projeto básico e projeto executivo que devem ser feitos pelo contratado, pode ter somente o anteprojeto, pois não há definições precisas.
SINAP 
SICRO Tabela de custo regional
1. Previsão de Recursos Orçamentários: dotações orçamentárias. Existe autorização para gastar o dinheiro? Tem previsão no orçamento? Se não tem, não avança o processo.
1. Requisitos de Habilitação:
4. Idoneidade - Habilitação jurídica (prova de direito para contrair obrigações e direitos de maneira válida). 
Regularidade Fiscal- CND ou Trabalhista- CNDT (certidão negativa de débitos trabalhistas). Art 194,§3 CF. 
4. Capacidade:
1. Técnica (demostrando que a empresa tem experiencia para construir o objeto, que pode construir). Pode ser exigida dos profissionais e operacional- se em equipamentos, condições de realizar, se tem estrutura para os aspectos operacionais
São exigíveis em todas as licitações: habilitação jurídica e regularidade.
Qualificação técnica e econômica só quando exigíveis, não são obrigatórias em todas as licitações.
1. Econômico- financeira: tem recursos para construir, mesmo se demorar em receber. Recebe depois que conclui.
1. Como vamos escolher o futuro contratado, como o processo de licitação vai ocorrer? Preciso escolher a modalidade de licitação- Ritos processuais.
26/4
MODALIDADE é o rito procedimental, o processo, de uma licitação. 
· Art. 22 da Lei 8.666/93. Sexta modalidade prevista na Lei 10.520/02.
Órgão julgador (dessas modalidades): comissão de licitações (julgam a licitação) > permanente (decidem licitações rotineiras) ou especial (as vezes envolve contrato especial. É convocado especialistas em determinada área para julgar a licitação).
5 modalidades da licitação: 
1. Concorrência: é a modalidade licitatória genérica destinada a transações de maior vulto, precedida de ampla publicidade, à qual podem acorrer quaisquer interessados que preencham as condições estabelecidas. Formulam as suas propostas e preparam a sua documentação.
É obrigatória:
· Na compra de bens imóveis
· Nas alienações de bens imóveis que não adotaram leilão
· Nas concessões de direito real e uso
Prazo de 30 dias, no mínimo, entre sua publicidade e a data fixada para recebimento das propostas (art. 21, p.2, II, a) .
Há uma fase de habilitação preliminar (cabe recurso) e uma fase de julgamento das propostas. As empresas que são habilitadas passam para a 2 fase e as empresas que são inabilitadas estão fora (a proposta não vai ser nem analisada). As empresas têm as propostas analisadas e o seu preço, se for aceitável, essas propostas são classificadas, em ordem decrescente de desvantajosa ou crescente em relação em preço.
1. Tomada de preços: destinada a transações de vulto médio, é a modalidade em que a participação é restrita aos cadastrados no Registro Cadastral (se é federal, cadastra-se no SICAF).
Correr um prazo de 15 dias, no mínimo, entre sua publicação e a data fixada para recebimento das propostas.
A tomada de preço tem a mesma estrutura, porém, a participação é restrita aos cadastrados. Para que haja a possibilidade de participação, as empresas previamente se cadastram no registro cadastral, que hoje é qualquer órgão da adm. pública. No âmbito federal, o registro cadastral federal chama-se SICAF. A empresa recebe o certificado de registro cadastral. Com esse certificado, faz com que a empresa não precise repetir os documentos quando tem licitação. Até 5 dias antes quiser participar, mas não tenha/ queira realizar o cadastro, pode ir até o órgão licitante e apresenta os documentos para cadastramento.
Vai até o órgão licitante, sem ter registro cadastral, mostrando os documentos que são necessário para cadastramento até 5 dias antes. Mesmo se não se torne ou não queira se cadastrar. Tem que mostrar os documentos antes. 
A tomada de preço tem de diferenciação a limitação dos concorrentes. Potencial de concorrentes determinados.
1. Convite: é modalidade cabível perante relações que envolverão os valores mais baixos, na qual a Admin convoca para a disputa pelo menos três pessoas que operam no ramo pertinente ao objeto, cadastrados ou não, e afixo em local próprio cópia do instrumento convocatório, estendendo o mesmo convite aos cadastrados do ramo pertinente ao objeto que hajam manifestado seu interesse até 24 horas antes da apresentação das propostas.
Prazo de 5 dias úteis, para envio da carta-convite ou da disponibilidade dela com seus anexos até a data fixada para recebimento das propostas.
Convite, dessa licitação só podem participar aqueles que forem convidados. Não é obrigatório publicar o aviso da licitação na empresa (só no PR). Essa sistemática abre um potencial para fraude/corrupção. Embora o convite seja uma modalidade que se escolhe, assim como as outras, se escolhe em razão do valor do objeto da contratação. Valores relativamente baixos. Acima desses valores, não pode ser por convite. É uma determinação legal, que veda o fracionamento da despesa. Objetos com valores até 80 mil reais. Produz uma participação restrita, pode convidar 3 empresas e só essas participarem. É uma modalidade menos gravosa, menos publicidade. Não pode haver fracionamento de despesa, é crime contra a administração pública, é conduta vedada pelo sistema jurídico. 
Parcelamento obrigatório: todo objeto divisível quando em licitação, deve ser dividido parcelado, desde que esse parcelamento seja viável tecnicamente ou economicamente. Parte da premissa que quanto maior o valor do contrato, maior o objeto, menor os competidores. O parcelamento é obrigatório, mas o fracionamento de despesa é irregularidade grave. 
O convite tem a mesma estrutura da concorrência (fases).
 Ex: TJ - 240.000,00
1 Convite - 80 mil x 2 Convite - 80 mil x 3 Convite - 80 mil
>> Não pode fazer isso, porque é fracionamento de despesa, e é crime <<<
OBS: o Estado pode fazer em diferentes modalidades.
· Habilitação
· Julgamento
1. Concurso: é uma disputa entre quaisquer interessados que possuam a qualificação exigida, para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, com a intuição de prêmio ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial.
É de 45 dias, no mínimo, o prazo, contado a partir da publicação do aviso do edital de concurso até a data da realização deste evento.
O concurso é uma modalidade de licitação em razãoda natureza do objeto. É para contratação de terceiros para prestar serviços. Quem vencer o concurso, pode ganhar prêmios. Não há disputa de preço. (ex: artística, científica, intelectual).
Terá regulamento próprio, acessível aos interessados no local indicado no edital. Seu julgamento é efetuado por comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria, sejam ou não servidores públicos.
1. Leilão: é modalidade utilizável para venda de bens móveis insersíveis para a Administração ou legalmente apreendidos ou adquiridos por força e execução judicial ou, ainda, para venda de imóveis cuja aquisição haja derivado de procedimento judicial ou dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação. Sua utilização é restrita aos casos em que o valor isolado ou global de avaliação deles não exceder o limite fixado para compras por tomada de preços.
O leilão se escolhe em relação a natureza do objeto, para a alienação de bens públicos. Os bens imóveis devem ser alienados por concorrência e os bens móveis por leilão.
Prazo mínimo desde a publicação até sua ocorrência é de 15 dias.
Lei 13.303/16 (Lei das Estatais) - desaparece as modalidades de licitação. As estatais podem utilizar os pregoes só na parte procedimental (sistema de internet, eletrônico). E agora tem os modos de disputa aberto (mesma estrutura procedimental do pregão) e fechado (a estrutura é igual a concorrência).
Livro Celso Antônio
FASE INTERNA é aquela em que a promotora do certame, em seu processo, pratica todos os atos condicionais à sua abertura; antes, pois, de implementar a convocação dos interessados. Avultam dois temas:
- Requisitos para instauração de licitação (obras e serviços):
0. Projeto básico
0. Orçamento detalhado
0. Recursos orçamentários previstos
0. Produto da obra nas metas do Plano Plurianual
- Vedações das licitações
· Quanto ao objeto, é vedado:
1. Incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, salvo no caso de empreendimentos a serem executados e explorados no regime de concessão, que obedecerá à legislação específica (art.7 p3º).
1. Incluir no objeto o fornecimento de materiais sem previsão de quantitativos ou que não correspondam às previsões do projeto básico ou executivo (art. 7, p4º)
1. Incluir no objeto bens e serviços sem similaridade, ou indicar marcas ou características e especificações exclusivas, salvo quando tecnicamente justificável fazê-lo (art. 7 p5º)
· Quantos aos eventuais afluentes, é vedado que dela participem direta ou indiretamente
0. O membro da comissão de licitação, assim como o servidor do órgão ou entidade responsável pela licitação ou contratante de seu objeto;
0. Os que tiverem impedidos 
0. A pessoa física ou jurídica que haja sido autora do projeto básico ou executivo.
0. A empresa ainda que em consórcio, da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, responsável técnico, subcontratado ou detentor de mais de 5% do capital com direito a voto ou controlador.
27/4
Continuação ... Fase interna:
Como se decide uma licitação? 
A. TIPOS DE LICITAÇÃO - Critério de julgamento:
· De menor preço (também é critério de pregão) – art. 45, p1, I
· De melhor técnica (solução técnica) – art. 45, p1, II
· De técnica e preço (ganha empresa que tiver a maior nota final (nota técnica + nota de preço). A empresa recebe uma nota por preço e uma nota por técnica. NF = NT + NP) - art. 45, p1, III
· De maior lance ou oferta (nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso) - art. 45, p1, IV.
Na lei das estatais possui outros critérios que podem ser utilizados.
B. DEFINIÇÃO DA DURAÇÃO DO CONTRATO:
Validade: contrato que foi produzido de acordo com a lei e assinado pelas partes e publicado. Não tem vicio.
Vigência: característica do contrato ou ato de aptidão de produzir os seus efeitos jurídicos. não é a produção dos efeitos.
Eficácia: produção efetiva dos efeitos jurídicos.
· Contratos de prazo: a execução do contrato não faz desaparecer a necessidade que levou a contratação. Duração: a partir do prazo em que o contratante entende que o serviço deva ser prestado. É sempre de prestação de serviço. São chamados de serviços contínuos. É uma necessidade permanente. Ex: empresa de vigilância; limpeza.
· Contrato de escopo: objeto definido, uma vez executado faz desaparecer a necessidade pelo qual houve a contratação. A duração de um contrato é a duração necessária para a realização do escopo. Ex: serviço de segurança para o condomínio, o final do contrato não faz desaparecer a necessidade
Definição da duração do contrato: No contrato de escopo a duração é o tempo necessário para se realizar o que for disposto no contrato de escopo. Já no contrato de prazo é a partir do prazo que o contratante entende que o serviço deve ser prestado.
Serviços contínuos: necessidade de fazer + obrigação permanente
Art. 57 Lei 8666/93:
Contratos públicos: vigência limitada à vigência do crédito orçamentário (autorização para gastar dinheiro. Está na lei. Se dá entre 1 de janeiro e 31 de dezembro. O contrato só pode durar até 31 de dezembro, como regra geral).
Crédito orçamentário: autorização para gastar dinheiro, inserida a lei orçamentária anual. A vigência do crédito orçamentário é de 1 de janeiro a a31 de dezembro, como regra geral
Exceções:
· Programa, projeto ou atividade (PPA) 
· Contratos de escopo (terão prazo tecnicamente definido e justificado necessário para a realização do escopo. Pode ser mais do que 12 meses).
· Contratos de prazo de prestação de serviços contínuos (contrato de prazo; obrigação de fazer. Podem ser celebrado ou prorrogado até 60 meses).
· Locação de equipamentos ou utilização de programa de informática. Duração de até 48 meses. Ex: locação de máquinas, carros. 
Algumas contratações diretas são realizadas sem licitação, está no Art. 24, Lei, voltada à segurança nacional, forças armadas, inovação tecnológica. Tem previsão expressa e pode ocorrer até 120 meses ou dias.
Inciso IX, XIV e XXVIII
C. DEFINIÇÃO DO REGIME DE EXECUÇÃO: é o modo pelo qual se define o critério de pagamento devido ao contratado. Como o contratado será pago?
- Empreitada por preço global
- Empreitada por preço unitário (preço certo de unidades determinadas, unidade de medida)
- Turnk key/Empreitada integral (pouco utilizado, porém importante para algumas contratações públicas. Contrata um empreendimento pronto para funcionar. Complexidade do objeto)
- Tarefa (contratado com ou sem fornecimento de material. Ex: trocar a fechadura, trocar um cano).
Execução: Contratação integrada e sem-integrada
* Subcontratação
D. REGIME DE SANÇÕES (Infrações nas licitações e nos contratos):
a. Regime da Lei de Licitação Geral - 8.666/93 (geral).
· Advertência
· Multa moratória (atraso de conclusão) ou compensatória (prefixação de ressarcimento de perdas e danos)
· Suspensão (de participar de licitação, de ser contratado pela administração, até 2 anos) > aplica-se apenas para a Adm.
· Declaração de inidoneidade da Adm. Pública > pena mais grave porque se aplica a toda a administração pública.
b. Regime da Lei do Pregão (Lei 10.520/02)
c. Regime da Lei anti corrupção (Lei 12.856/13) > prevê algumas sanções. É uma espécie independente. As sanções são cumuláveis. Uma empresa pode receber uma multa por meio dessa Lei.
REGIME DA LEI GERAL E DA LEI DO PREGÃO
PREGÃO
Conceito modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública (p.ú, artigo 1º).
Procedimento pregão inicia-se com a convocação dos interessados mediante aviso publicado no Diário Oficial, ou se este não houver, em jornal de grande circulação (artigo 4º).
O pregão é utilizável qualquer que seja o valor do bem ou serviço a ser adquirido; o exame da habilitação não é prévio ao exame das propostas.
Edital necessidade da contratação; definição precisa do objeto; exigências de habilitação; critérios de aceitação daspropostas; sanções por inadimplemento; cláusulas do contrato; fixações dos prazos de fornecimentos; normas disciplinadoras do procedimento.
Prazo para a apresentação das propostas, conta a partir da publicação do edital e não será inferior a 8 dias úteis.
Com base na Lei 10.520/02 > pregão > modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns (porque está a disposição do mercado). Ele tem duas características fundamentais, que se transforma na modalidade mais utilizada de licitação. A maior parte das aquisições é feita pelo pregão.
5. 1. Inversão de fases > primeiro vê as propostas das empresas, escolhe qual é a melhor, depois há a habilitação de documentos. 
Quem julga/decide a licitação é o pregoeiro com o auxilio de uma equipe de apoio. Mas quem decide a licitação é o pregoeiro, uma pessoa só.
5. 2. Julgamento bipartido > numa concorrência, tomada de preço, convite, as empresas apresentam proposta de preço, só uma vez. No pregão, a primeira fase é de apresentação de propostas iniciais. As empresas apresentam uma proposta inicial. Depois dessa fase, a fase de lances. No pregão presencial, passam para a fase de lances todas as empresas que propuseram até 10% maior que o primeiro. 
Tem duas vinculações > pode ser presencial ou eletrônico (vinculado por principais provedores: BB/ COMPRASNET).
03/05
E. DEVERES E DIREITOS DAS PARTES
a. Elaborar minutas > instrumento convocatório e contrato assinado pelas partes. 
b. Aprovação pela assessoria jurídica > necessária a emissão de parecer obrigatório - art. 38, p. 1. O parecer integra a motivação do ato. Aquele que emitiu o parecer tem que responder, se for dolosa ou culpa grave.
Judiciário balizou essa questão, parecer de fato não é o ato, mas quem decide produz um ato com base no parecer. Se integra a motivação do ato, deverá responder por isso. Mas responderá somente se for de maneira dolosa ou culpa grave.
c. Submetido a aprovação da autoridade competente (a quem a norma jurídica deu atribuição).
d. Publicação do aviso de licitação > resumo da licitação. Depois da publicação tem Início da fase externa. Inicia dois direitos > pedido de esclarecimento (esclarecer dúvidas) / impugnações (o interessado impugna porque não concorda com a regra). 
e. Prazo -- Vai da data da publicação até sessão pública. Entre a data da sessão pública até a data da publicação deve existir prazos mínimos que são definidos expressamente na lei. Esse prazo é obrigatório, porque serve para as empresas tomarem conhecimento de regras e preparar suas propostas. 
· Se essa alteração for significativa e alterar de forma substancial, o instrumento convocatório, deve haver nova publicação. Ex: o prazo é diminuído; alteração de projeto. 
· Se essa alteração não produz modificação substancial do processo, não precisa haver republicação... o vicio de publicidade é vicio de nulidade insanável. Ex: mudar o endereço da publicação pública, as empresas não são afetadas, não tem tempo diminuído, essa alteração não induz nova publicação. 
· VÍCIO DE PUBLICIDADE É NULIDADE SANÁVEL
C.2 Fase Externa - fase de julgamento:
Esta fase inicia-se com a abertura do edital, e compreende dois momentos: análise das condições dos interessados que afluem à licitação (exame dos sujeitos); e a análise das propostas (fase objetiva). Consiste em uma fase de processamento e julgamento da licitação (habilitação/propostas > técnica ou comercial).
Encerra-se com a classificação final. Há um julgamento feito pelas comissões, classificando as propostas mais vantajosas e menos vantajosas. 
C.3 Fase Integrativa: autoridade responsável pela citação, podendo revogar (desfazimento da licitação) ou anular a licitação. Adjudicação/homologação colocarão fim ao processo de licitação (dá direito a quem ganhou a licitação, indenização das despesas). 
Após a classificação final, depois de vencida a fase de habilitação, não cabe desistência da proposta, salvo por motivo justo devido a fato superveniente. 
Passa-se então à homologação, ato pelo qual a autoridade competente (externa à comissão), após examinar todos os atos pertinentes ao desenvolvimento do certame licitatório, confirma (ou não) a correção jdca das fases anteriores, se esteve conforme às exigências normativas.
Homologada a licitação, segue-se a ela a adjudicação, ato pelo qual o primeiro classificado é definido como futuro contratante e convocado para travar o vínculo, pondo fim ao processo de licitação. Resumo:
1. Edital: convoca-se os interessados e estabelece condições;
1. Habilitação: se admitem os proponentes aptos;
1. Julgamento com a classificação: ordena as propostas admitidas;
1. Homologação: examina a regularidade do desenvolvimento do procedimento anterior (aqui se encerra a licitação);
1. Adjudicação: selecionado o proponente que haja apresentado proposta havida como satisfatória.
Concluído o procedimento, em princípio, a Administração estará obrigada a contratar. Se ocorrer motivo superveniente, em razão do qual a Admin tenha justificativas de interesse público bastantes para não contratar, poderá, mediante ato fundamentado “revogar” a licitação, assegurados, previamente, o contraditório e ampla defesa do vencedor. Terá direito a ser indenizado pelas despesas em que incorreu para disputar, se foi lícita. Se ilícita a revogação, terá direito a indenização com as despesas, e o que perdeu e deixou de ganhar em decorrência do ato ilícito.
Se houver revogação ou anulação tem entendimento do STJ que tem direito ao reparo dos gastos que teve com a licitação se tiver tido homologação (Lei Estadual - a homologação confere a ele direitos relativos ao contrato).
- Vícios ensejadores de nulidade do edital: (Celso Antônio)
1. Indicação defeituosa do objeto ou delimitação incorreta do universo de propostas;
1. Impropriedade na delimitação do universo de proponentes
1. Caráter aleatório ou discriminatório dos critérios de avaliação de preponentes e propostas
1. Estabelecimento de trâmites processuais cerceadores da liberdade de fiscalizar a lisura do procedimento;
- Vícios da habilitação
1. Da infringência dos dispositivos legais
1. Da desatenção às condições pertinentes estabelecidas no edital.
- Vícios de classificação
1. Classificar proposta de quem deveria ter sido inabilitado;
1. Classificar proposta que deveria ter sido desclassificada;
1. Classificar proposta levando em conta vantagens adicionais não previstas no edital;
1. Classificar em desobediência aos critérios para este fim estatuídos no edital.
C.4 Fase Pré-Contratual:
O licitante vencedor é convocado para assinar um contrato administrativo / ata de registro de preços (existe casos em que a licitação não objetiva desde já a celebração de um contrato, mas a celebração de um registro de preços) > Natureza pré contratual / compromisso de fornecimento 
Sistema de registro de preços: 
· Contratações frequentes do mesmo objeto
· Indefinição de quantitativos 
· Indefinição de data de consumo
· Ata de registro de preço (natureza pré-contratual, compromisso de fornecimento) Uma ata de registro de preço pode gerar múltiplos contratos. O licitante tem obrigação de fornecer, mas o contratante não tem obrigação de contratar. Ex: tem obrigação de fornecer 100.000 cartuchos de tinta em um ano, vai fornecer conforme for necessário e pedido.
Sistema de Regime de Preço: feito pelo órgão gerenciador.
Convite: para outros órgãos participarem também. 
/Gerenciador + participantes realizam uma ata de preço.
OBS: Empresa Pública e Sociedade de Economia mista não podem, administração indireta não pode participar do regime de preço da administração direta -> Regime licitatório próprio. EX: Gerenciador é o TJPR que tem como licitação cartucho de tinta e tem como participante A SEPA, MP E SEED. Ficou decidido que ao longo dos 12 meses cada um teria direito a 1000 cartuchos de tinta. 
A SESP também precisa de cartucho de tinta, pergunta ao gerenciador do TJPR se pode participar, ou seja, pode aderir uma ata de preço que está em vigor se o gerenciador aprovar. Pode adquirir até 100% da ata (R$ 4000,00). A totalidadede “caronas” não pode exceder 5x o quantitativo da ata.
O fornecedor deve concordar com as adesões. 
04/05
CONTRATAÇÕES DIRETAS: sem licitação prévia
Existem situações de necessidade que não podem esperar e há aquelas que não faz sentido gastar, por exemplo 15 mil reais (valor mínimo de uma licitação) para comprar um bem de pequeno valor, como uma televisão de R$ 800 reais. Aqui a melhor maneira de atingir o interesse público não é a licitação.
1. LICITAÇÃO DISPENSADA para alienação de bens - art 17 lei 8666/93.
1. LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (art 24). Relaciona 33 situações que autorizam a contratação direta- hipótese taxativa.
1. Hipóteses em que o custo de uma licitação não justifica a sua realização. A contratação de obras e serviços de engenharia até 15 mil reais não precisam de licitação, desde que esse valor não seja parte de mesma obra ou serviço de engenharia (deve se levar em conta nesses 15 mil o valor de todas as partes). Para as estatais este valor é de R$ 100.000 reais (lei 13303/16).
Tudo que for obra ou serviço de engenharia da mesma natureza, n mesmo local, que pode ser realizada conjunta e concomitantemente, também deve ser somado.
1. Contrações em razão do valor para serviços em geral, que não são de engenharia e alienações de até R$ 8.000,00. Para estatais é até R$ 50.000,00.
1. Comprometimento da segurança nacional
Sempre que houver uma Urgência, como vazamento, desabamento, enchente, um cano estourou. Essas contrações podem ser por até 180 dias.
1. Fez a licitação, mas não obteve inscrições. Se não tiver como realizar nova licitação pela necessidade, pode contratar de forma direta.
1. Compra ou locação de imóvel que atenda as necessidades do estado. Ex: Só tem um imóvel capaz de atender à necessidade.
1. Compra de hortifrutigranjeiro
1. LICITAÇÃO INEXÍGIVEL (art 25)
1. Singularidade do objeto: quando não é possível ser substituído por outro. 
· Quando só um existe;
· Em razão de evento externo (existe mais de um, mas um evento externo o tornou singular, único); 
· Em razão da sua natureza íntima do objeto (se substancia realização artística, técnica ou cientifica caracterizada pelo estilo ou cunho pessoal de seu autor). Ex: obra de arte, livro de crônica, quadro.
1. Serviços singulares: um serviço deve ser havido como singular quando nele interferir um componente criativo de seu autor, envolvendo o estilo, o traço, a engenhosidade, a especial habilidade, a contribuição intelectual. Ex: monografia de jurista, cirurgia de um qualificado cirurgião.
1. Inviável a competição: pode ser contrato sem licitação, desde que preenchidos esses três requisitos:
· Fornecedor exclusivo: prova da sua exclusividade e de que o objeto é o único que atende a necessidade.
10/05
· Artigo 25, II 
Profissional com notória especialização
Serviços técnicos profissionais especializados
Objeto singular (não pode ser algo rotineiro, tem que ser complexo, dotado de complexidade e especificidade). Exemplo: para advocacia pública seria defesa do Município em Tribunal internacional, porque feriu direitos humanos; reclamatória, contestações são objetos comuns.
· Artigo 25, III profissionais do meio artístico não precisam de licitação se forem reconhecidos pela crítica especializada ou aclamados pela opinião pública.
Inexigível: artigo 25, quando faltar pressuposto lógico (inviabilidade de competição, singularidade do objeto ou do ofertante, ou por falta de pressupostos jurídicos ou fáticos da licitação). 
Dispensável ou dispensada: artigo 24, quando não for o melhor meio para atender o interesse público.
Art. 89 da Lei 8.666, é crime, apenável com detenção de três a cinco anos e multa, “dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade”.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOSContrato privado é a relação jurídica formada por acordo de vontades, em que as partes se obrigam reciprocamente a prestações concebidas como contrapostas e de tal sorte que nenhum dos contratantes pode alterar ou extinguir unilateralmente. Sua natureza jurídica é privada porque é regido por um regime jurídico de direito privado. Características: autonomia contratual, autonomia contratual, consensualidade; pacta sunt servanda (obrigatoriedade das convenções) x onerosidade excessiva; forma escrita ou verbal.
(Ganha a licitação, é homologado, é chamado para assinar um contrato, será administrativo se for da Administração pública). 
Quando o acordo for entre a Administração - uma das partes for a A.P (município, união, poder judiciário, estados) - e um terceiro, será chamado de contrato administrativo. 
Distinguem-se (Celso Antônio):
- CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO DA ADMINISTRAÇÃO: regidos quanto ao conteúdo e efeitos pelo Dto Privado (compra e venda de um imóvel, locação de uma casa para instalar serviço público) - $4°.
- CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: regidos pelo Dto Administrativo (concessão de serviço público, contrato de obra pública, concessão de uso de bem ).
1) CONCEITO: avença travada entre a Administração e terceiros na qual, por força de lei, de cláusulas pactuadas ou do tipo de objeto, a permanência do vínculo e as condições preestabelecidas assujeitam-se a cambiáveis imposições de interesse público, ressalvados os interesses patrimoniais do contratante privado;
Regime jurídico de Direito Público – se submete integralmente aos dois Princípios: Supremacia do Interesse Público; 
2) PECULIARIDADES DO CONTRATO ADMINISTRATIVO – PRERROGATIVAS EXORBITANTES OU CLÁUSULAS EXORBITANTES (Características do contrato público que autorizam a administração pública a certas condutas contratuais, na execução e curso da vigência do contrato, as quais muitas delas não poderiam ser adotada nos contratos entre particulares) - Artigo 58, lei 8666/93.
· Possibilidade de modificação ou alteração unilateral:
a. Quando houver modificação do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica aos seus objetivos
b. Quando necessária do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto (25 ou 50% no máximo) – artigo 65.
c. Alterações podem ser quantitativas (dimensão); qualitativas (especificações técnicas, no projeto). As alterações se formalizam pelos termos aditivos.
d. Essas alterações têm limites, que a lei prevê expressamente, que são até 25% do valor inicial do contrato para acréscimos ou para supressões (100 km – 125km, indiferente o tanto de km, depende do valor). Porém se o contrato for para reforma de equipamento ou prédio, esse limite pode ser de 50% para acréscimos e 25% para supressões.
e. Vedada a alteração do objeto (prédio – rua)
· Possibilidade de extinção unilateral do vínculo (art. 58 c/c 78 e 79, motivada e precedida de ampla defesa):
a. Razões de interesse público, fundadas e justificadas, sem falta do contratado, este fará jus a indenização pelos prejuízos comprovados.
b. Por falta do contratado, acarretando ainda se o motivo houver sido descumprimento de cláusulas contratuais, a imediata assunção do objeto, ocupação do local, instalações e equipamentos materiais e humanos necessários à continuidade da execução do contrato, ressarcimento da administração e retenção do crédito do contratado no limite dos prejuízos a administração (ocupar temporariamente máquinas, bens, imóveis do contratado para concluir uma execução contratual compulsoriamente, se o contrato envolver serviços públicos essenciais).
c. Outras hipóteses – 79, I e II, 78, XV (aplica exceção do contrato não cumprido)
· Fiscalização da execução, com mais intensidade e condições para o contratado.
· Aplicação de sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste:
a. O poder público tem disponibilidade sobre o serviço público e sobre a utilização de um bem público.
b. Remuneração para o contratante como estabelecido.
- O contratado que injustificadamente atrasar-se na execução de contrato assujeita-se a ser multado pela Administração, na forma e termos previstos no instrumento convocatório ou no contrato (art. 86)
A inexecuçãototal ou parcial do contrato, expõe o contratado a (art. 87): advertência; multa; suspensão temporária de participar de licitação e impedimento de contratar com a Administração por até dois anos; declaração de inidoneidade para contratar ou licitar enquanto perdurarem os motivos que a determinaram ou até sua reabilitação, que será concedida sempre que ressarcir a Administração pelos prejuízos que lhe causou.
Administrações Públicas Diretas, Autárquicas e Fundacionais da União, Estados, DF e Municípios, de acordo com o artigo 37, XXI. Enquanto que para as SEM e Empresas públicas, de acordo com o art. 173, p1º (não são mais administrativos, e sim regidos pelo direito privado Lei 13.303 e pelas cláusulas do contrato. Desaparecem as prerrogativas de alteração unilateral dos contratos, nem de rescisão unilateral)
Áudio a partir dos 23’.
Exemplo: contrata a licença de uso do Windows, e daí impõe alterar de janela para porta, mas ninguém contrataria na administração pública com essas características, é uma exceção.
3) DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS – art. 57
Vedado contrato com prazo de duração indeterminado (crime de responsabilidade durar mais um exercício financeiro, exceção nas leis).
4) FORMALIDADES – art. 60 e ss.
· Precedidas de licitação
· Cláusulas concernentes ao seu regime de execução, reajustamentos, às condições de pagamento (artigo 40, XIV) e sua atualização, prazos de início, execução, conclusão, entrega é recebimento definitivo do objeto, as relativas ao seu valor e recursos para atendimento das despesas, as responsabilidades, penalidades, valor das multas, casos de rescisão.
FORMA: escrita, “é nulo contrato verbal”. Salvo contratações até R$ 4.000,00, sob regime de adiantamento. Instrumento de contrato no artigo 55. Em alguns casos, este termo pode ser substituído por instrumentos equivalentes 
· A referência para podermos utilizar é o valor do contrato, até o limite da adoção de tomada de preços, podem ser utilizados outros instrumentos que não só o termo. Quais são? Ordem de serviço; nota de empenho; carta-convite. (05’ do segundo áudio). No caso de contratação, que envolvam pronta entrega, sem obrigações remanescentes, ainda que ela seja de valor superior (5 milhões de TV, por 5 mi R$), pode haver substituição do termo de contrato.
5) CONDIÇÃO DE EFICÁCIA – publicação do instrumento no Diário Oficial, em prazo não excedente de 20 dias contados da data da assinatura.
6) PAGAMENTOS DEVIDOS AO CONTRATADOS – artigo 40, XIV, a “prazo de pagamento não superior a 30 dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela”, prazo mais longo será excepcionalmente aceito.
O atraso de pagamento por parte do Poder Público sujeita-o a preservar o valor do crédito de sua contraparte, mediante correção monetária. O atraso referido é uma violação contratual, tendo o credor direito à indenização de quaisquer prejuízos 
EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO (instituto dos contratos em geral).
· Equação econômico-financeira é a relação de igualdade formada, de um lado, pelas obrigações assumidas pelo contratante no momento do ajuste, e de outro lado, pela compensação econômica que lhe corresponderá. (se estabelece nos contratos públicos com a aceitação da proposta na licitação, forma-se um vínculo, envolvendo os encargos e a remuneração).
Contratos públicos - artigo 37 CF, inciso XXI, prevê o chamado 24’.
Art 73, I, CF. Princípio do equilíbrio econômico financeiro. É assegurado aos contratantes a manutenção das condições iniciais da proposta.
· Teoria das Áleas – sistematiza os fatores que desequilibram a relação contratual:
· Álea Empresarial: Situações de fato que podem abalar, mas se inserem no plano de risco do negócio (chuva excessiva, furou pneu, destruído os carros).
· Álea Administrativa:
· Alterações
· Fato da administração - ação ou omissão da Administração cometida pela unidade administrativa contratante que, incidindo direta e especificamente sobre o contrato, retarda ou impede a sua execução. É falta contratual cometida pela própria autoridade contratante que atinge um contrato especificadamente. (contrata pra limpar uma sala, mas a sala está ocupada por 10 dias, a ADM não cumpriu a sua parte, paga por 10 dias adicionais).
· Fato do Príncipe - agravo econômico resultante de medida tomada sob titulação diversa da contratual, isto é, no exercício de outra competência, cujo desempenho vem a ter repercussão direta na econômica contratual estabelecida na avença (imposto que incidia sobre a execução do contrato, e era de 5%, mas sobrevém uma edição de norma ou exercício do poder de polícia que desequilibram o contrato). 
· Álea Econômica:
· Ordinária (inflação)
· Extraordinária – fatos imprevisíveis ou previsíveis com consequências incalculáveis (execução pra perfurar túnel, encontra bloco de urânio, situação imprevista; alta excessiva). Teoria da imprevisão ou da cláusula Rec Sic Standibus. 
11/05
· Formas de Recomposição do Equilíbrio Econômico-financeiro:
1. Reajuste (inflação) – índice de variação inflacionária. Geral: INPC, IPCA, IGPM (preços em geral da economia). Setoriais: CUB, SINDUSON (avaliação de preços de produtos e serviços que tenham a ver com o projeto).
0. Lei 10.192/2002 – periodicidade mínima de 12 meses (Termo inicial data limite para a aceitação da proposta ou a data dos orçamentos da proposta). É constitucional, operaria preclusão.
0. Automática, na data aplica-se o índice.
Ao contrário da correção, em que o valor devido permanece constante, alterando-se apenas a quantidade de moeda que expressa o mesmo valor, no reajusta, em consideração ao fato de que se alterou o próprio custo da prestação ajustada aumenta-se o valor do pagamento.
Art 37, inciso XXI: 
· Há autores que defendem que no Instrumento convocatório e no contrato devem constar o reajuste, alguns dizem que não precisa, que seria automático (Art 37, XXICF- os contratantes e licitantes possuem direito a manutenção das condições da proposta). O professor diz que deve constar no instrumento convocatório, pois o fato de não constar pode afastar alguns licitantes.
Entendimento Tribunal de Contas. Preclusão Lógica: Se a empresa contratada assina um termo aditivo, de renovação contratual, sem o reajuste, ocorre a preclusão lógica (perde o direito). Assinou um termo de prorrogação sem o reajuste, se não pediu perde o direito.
Art 40 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
1. Repactuação – reajuste feito com base na variação efetiva de custos (com prova desses custos). Contratos de prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra (contratos de prestação de serviços contínuos, atuam exclusivamente naquele local). É preciso prova da variação efetiva de custos.
1. Artigo 40 lei 8666/93, previsão da forma de reajuste que será feita com avaliação efetiva.
1. Insumos
1. Mão obra (acordos, dissídios, convenções) coletivas de Trabalho.
Reajuste e repactuação, não dão jus a termo aditivo, e sim a mesmo apostilamento.
1. Revisão contratual – Situações que desequilibram os contratos são devidas pela revisão. Forma de recomposição devidas para o equilíbrio do contrato violada por alteração contratual, ato do príncipe, variação cambial, etc. Ao contrário do reajuste não tem periodicidade mínima. Fato gerador que não for inflação.
(Celso Antônio) > “É obrigatória a revisão do contrato quando as alterações do projeto ou do cronograma de sua execução, impostas pela Administração, aumentam os custos ou agravam os encargos do particular contratante ou quando atos gerais do Governo ou dificuldades materiais específicas passam a onerar extraordinariamente o cumprimento do contrato, desequilibrando a equação econômico-financeira estabelecida inicialmente entre as partes”. Caberá sempre que se trate de restaurar um equilíbrio econômico-finaneiro insuscetívelde ser eficazmente solúvel pelos reajustes.
Demanda termo aditivo.
- O custo global é formado por custos unitários. 
É assegurada a empresa não aumentar e nem diminuir o seu lucro, se isso acontecer deve ter uma revisão.
Os contratos atuais de concessão se tiverem alteração de demanda (se tiver 10% para mais ou para menos, a contratada que assume. Se for superior é dividido entre a empresa e o Estado). Ex: Dobrou a quantidade de veículos na rodovia. 
- Alterações contratuais a descoberto de uma formalização: ex em uma obra pública a administração pública altera de forma verbal o contrato, pedindo para aumentar a obra. Contrato verbal com a administração pública é nulo, a empresa teria problemas em receber por conta disso.
FISCALIZAÇÃO
· Designação de fiscal/gestor: controle da execução dos contratos. Aquele que verifica o que está ou foi feito com a compatibilidade do que foi contratado.
· Controle de cumprimento de obrigações trabalhistas/ previdenciárias em terceirizações (uma empresa transfere para outra empresa uma atividade sua, que não é a principal) e previdenciárias.
Súmula 331 TST: Súmula nº 331 do TST
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.
- Se o tomador de serviços, o contratado, paga empresa que por sua vez paga empregado. Aqui do ponto de vista administrativo há um contrato administrativo. Mas se a empresa não cumpre com a sua obrigação trabalhista e previdenciária, não se tornaria empregado do tomador de serviço, mas este caberia pagar as verbas devidas. 
- A lei das licitações dizia que o estado não se obriga. O que vale, a lei ou a Súmula? O STF atenuou esse entendimento por uma decisão do tribunal de contas do STF, que vinculou o pagamento trabalhista a fiscalização do cumprimento do contrato. Se houver eficiência no controle dessas obrigações e mesmo assim a empresa não pagar os empregados, a administração pública não responde.
· Extinção do contrato:
· Causas Ordinárias/ naturais : Objeto foi cumprido ou decurso do prazo.
· Causas extraordinárias: rescisão, artigo 78 da lei 8666/93 (pode ser unilateral, consensual e judicial – para contratado). Necessita do devido processo legal/contraditório e ampla defesa.
Rescisão: mistura de 3 institutos jurídicos, envolve Resolução, rescisão e distrato. A rescisão pode ser unilateral pela administração pública, consensual ou judicial (contratado entra na justiça para rescisão, não pode rescindir unilateralmente).
CONTRATOS DE CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
· Transferência dos serviços públicos: prestação indireta
– outorga – lei determina que determinada entidade será titular da prestação do serviço, como os correios – concessão imprópria
– delegação – contrato, a delegação pressupõe algumas providências preliminares (a via mais usual é o contrato).
18/05
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
É uma faceta da Responsabilidade (assim como civil, penal...), que apenas algumas pessoas podem responder.
CF - 37, §4º “Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.
Lei número 8429/92
· Regime jurídico 
· Prerrogativas
· Sujeições 37, XXI
· Conceito: vem do radical latino “probo” que significa crescer reto e na tradição da LP, significa ter caráter, ser honesto, ser honrado. Por consequência, não te probidade ou ser improbo, significa não ter caráter. Portanto, o ato de Improbidade é:
· Ilegal/ilícito/Típico
· Imoral
· Desonesto ou grave ineficiência 
Requisitos elementares – caráter, boa postura ética e profissional.
· Sujeito Ativo
· Exclusivamente, o agente público (toda pessoa física que exerce função estatal). 
Servidor público -- aquele que, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Art. 327 CP
CP – peculato; prevaricação; corrupção
ADMIN. – Lei 8112/80 e Lei 9784/99
CIVIL – Ação civil pública (improbidade administrativa lei 7347/85)
Lei 8429/92
· Podem sofrer os Efeitos
· Contribuiu para a prática do ato
· Se beneficiou de qualquer forma de ato de improbidade
· Sujeito Passivo
· Estado
· Dinheiro público
· Tipos de Improbidade
· Art. 9 – enriquecimento ilícito (dolo)
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
 I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
 II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
 III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;
 IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
 V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando,de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
 VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
 VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
 VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
 IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
 X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
 XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
 XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
· Art. 10 – lesão ao erário (dolo ou culpa)
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
 I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
 II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
 III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
 IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
 V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
 VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
 VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
 VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente
 VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
 IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
 X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;
 XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
 XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
 XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
 XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
 XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. 
 XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
 XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
 XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
 XIX - frustrar a licitude de processo seletivo para celebração de parcerias da administração pública com entidades privadas ou dispensá-lo indevidamente;
 XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; 
 XX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;
 XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
 XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
· Art. 11 – violação de princípio da Administração (dolo)
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
 I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
 II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
 III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;
 IV - negar publicidade aos atos oficiais;
 V - frustrar a licitude de concurso público;
 VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
 VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
 VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.
 IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação. 
 X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato,convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. 
· Sanções – art. 12
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
 I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
 II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
 III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
 IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
 Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
· Legitimados
· Sujeitos passivos (entes estatais; autarquias; fundacionais)
· MP, DP
A Improbidade só pode ser reconhecida pelo Judiciário, através de processo judicial! E não apenas/pela via administrativa.
24/05
CONCESSÃO
“Instituto pelo qual o Estado atribui a prestação de um serviço público a alguém, que aceita prestá-lo por sua conta e risco, nas condições fixadas unilateralmente pelo Poder público, mas sob garantia de um equilíbrio econômico-financeiro, remunerando-se em geral e basicamente na cobrança de tarifas diretamente dos usuários do serviço”.
Lei das PPP 11079/04
Lei geral das concessões número 8987/95
 Art. 1º As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.
 Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as peculiaridades das diversas modalidades dos seus serviços.
 Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
 I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
 II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
 III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
 IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
 Art. 3o As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários.
 Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do edital de licitação.
 Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e prazo.
 Art.6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
 § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
 § 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
 § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
 I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
 II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
 § 1o A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
 § 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro.
 § 3o Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.
 § 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
 § 5º A concessionária deverá divulgar em seu sítio eletrônico, de forma clara e de fácil compreensão pelos usuários, tabela com o valor das tarifas praticadas e a evolução das revisões ou reajustes realizados nos últimos cinco anos. (Incluído pela Lei nº 13.673, de 2018)
 Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro.
 Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidadede outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
 Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
 Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
DA LICITAÇÃO
 Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório.
 Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios:
 I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
 II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga de concessão;
 III - a combinação dos critérios referidos nos incisos I e II deste artigo.
 § 1º A aplicação do critério previsto no inciso III só será admitida quando previamente estabelecida no edital de licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para avaliação econômico-financeira.
 § 2º O poder concedente recusará propostas manifestamente inexeqüíveis ou financeiramente incompatíveis como objetivos da licitação.
 § 3º Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta apresentada por empresa brasileira.
 Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios: 
 I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; 
 II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão; 
 III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos incisos I, II e VII
 IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
 V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor técnica;
 VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica;
 VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
 § 1o A aplicação do critério previsto no inciso III só será admitida quando previamente estabelecida no edital de licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para avaliação econômico-financeira
 § 2o Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e VII, o edital de licitação conterá parâmetros e exigências para formulação de propostas técnicas. 
 § 3o O poder concedente recusará propostas manifestamente inexequíveis ou financeiramente incompatíveis com os objetivos da licitação 
 § 4o Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta apresentada por empresa brasileira. 
 Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5o desta Lei.
 Art. 17. Considerar-se-á desclassificada a proposta que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que não estejam previamente autorizados em lei e à disposição de todos os concorrentes.
 Parágrafo único. Considerar-se-á, também, desclassificada a proposta de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do poder concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios do poder público controlador da referida entidade.
 § 1o Considerar-se-á, também, desclassificada a proposta de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do poder concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios do poder público controlador da referida entidade. 
 § 2o Inclui-se nas vantagens ou subsídios de que trata este artigo, qualquer tipo de tratamento tributário diferenciado, ainda que em conseqüência da natureza jurídica do licitante, que comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer entre todos os concorrentes. 
 Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente:
 I - o objeto, metas e prazo da concessão;
 II - a descrição das condições necessárias à prestação adequada do serviço;
 III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do contrato;
 IV - prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos e projetos necessários à elaboração dos orçamentos e apresentação das propostas;
 V - os critérios e a relação dos documentos exigidos para a aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e da regularidade jurídica e fiscal;
 VI - as possíveis fontes de receitas alternativas, complementares ou acessórias, bem como as provenientes de projetos associados;
 VII - os direitos e obrigações do poder concedente e da concessionária em relação a alterações e expansões a serem realizadas no futuro, para garantir a continuidade da prestação do serviço;
 VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa;
 IX - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem utilizados no julgamento técnico e econômico-financeiro da proposta;
 X - a indicação dos bens reversíveis;
 XI - as características dos bens reversíveis e as condições em que estes serão postos à disposição, nos casos em que houver sido extinta a concessão anterior;
 XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das desapropriações necessárias à execução do serviço ou da obra pública, ou para a instituição de servidão administrativa;
 XIII - as condições de liderança da empresa responsável, na hipótese em que for permitida a participação de empresas em consórcio;
 XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo contrato, que conterá as cláusulas essenciais referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis;
 XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização; e
 XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra;
 XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de adesão a ser firmado.
 Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que:
 I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; 
 II - verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor; 
 III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições fixadas

Outros materiais