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Caderno-do-Professor-Educação-Física-8-Ano-vol -1

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Prévia do material em texto

7a SÉRIE 8oANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: atletismo (corridas, arremessos e 
lançamentos) 8
Situação de Aprendizagem 1 – Corridas com barreiras e obstáculos 10
Atividade Avaliadora 17
Proposta de Situações de Recuperação 17
Situação de Aprendizagem 2 – Bola arremessada ao cesto ou ao gol 18
Atividade Avaliadora 25
Proposta de Situações de Recuperação 26
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 28
Tema 2 – Luta: caratê 30
Situação de Aprendizagem 3 – Identificação do conhecimento a respeito do 
conceito de luta 34
Atividade Avaliadora 42
Proposta de Situações de Recuperação 43
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 43
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas: aplicações 
no atletismo e na luta 46
Situação de Aprendizagem 4 – “Se ficar, tem arremesso; se correr, tem 
lançamento” 47
Atividade Avaliadora 51
Proposta de Situações de Recuperação 51
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 51
SUMÁRIO
5
Tema 4 – Esporte – Modalidade coletiva a escolher 52
Situação de Aprendizagem 5 – Desenvolvendo algumas estratégias de jogo 
do esporte coletivo (futsal, handebol, basquetebol) 54
Situação de Aprendizagem 6 – Organizando as funções ofensivas e defensivas 
do esporte coletivo 60
Atividade Avaliadora 65
Proposta de Situações de Recuperação 65
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a 
compreensão do tema 66
Tema 5 – Ginástica – Práticas contemporâneas, princípios orientadores, 
técnicas e exercícios 68
Situação de Aprendizagem 7 – Vivenciando e entendendo a ginástica 69
Situação de Aprendizagem 8 – Estudando mais ginástica 75
Atividade Avaliadora 77
Proposta de Situações de Recuperação 78
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a 
compreensão do tema 80
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 82
6
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Até a 4a série/5o ano do Ensino Fundamen-
tal, os alunos vivenciaram um amplo conjunto 
de experiências de Se-Movimentar, acumula-
ram informações e conhecimentos sobre jogo, 
esporte, ginástica, luta, atividade rítmica etc., 
decorrentes não só da participação nas aulas 
de Educação Física, mas do contato com as 
mídias e com a Cultura de Movimento dos gru-
pos socioculturais a que se vinculam (família, 
amigos, comunidade local etc.). Agora, entre 
a 5a série/6o ano e a 8a série/9o ano, trata-se 
de evidenciar os significados, os sentidos e as 
intencionalidades presentes em tais experiên-
cias, cotejando-os com os presentes nas codifi-
cações das culturas esportiva, lúdica, gímnica, 
rítmica e das lutas.
Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que 
se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, 
ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos 
sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; 
é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conheci-
mentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e de 
seus desejos.
Assim, pretende-se que as Situações de 
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas 
“Esporte”, “Luta”, “Ginástica” e “Organis-
mo humano, movimento e saúde” possibili-
tem que os alunos diversifiquem, sistematizem 
e aprofundem suas experiências do Se-Movi-
mentar no âmbito das culturas lúdica, espor-
tiva, gímnica e de lutas. Isso proporcionará 
novasexperiências de Se-Movimentar, nas 
quais eles estabelecerão novas significações 
e ressignificarão experiências já vivenciadas. 
Espera-se que o enfoque adotado para o de-
senvolvimento dos conteúdos deste volume 
seja compatível com as intencionalidades do 
projeto político-pedagógico de cada escola.
No tema “Esporte – Modalidade individual”, 
serão abor dados as corridas, os arremessos e os 
lançamentos no atletismo, enfatizando os prin-
cípios técnicos e táticos, as principais regras e o 
processo histórico dessa modalidade esportiva. 
Os alunos precisam identificar diferentes carac-
terísticas e compreender a evolução dos princí-
pios técnicos relacionados às provas de corridas 
com barreiras e obstáculos e às de arremessos e 
lançamentos.
Também serão abordados os princípios 
operacionais, e está prevista a escolha de uma 
modalidade esportiva coletiva por parte da 
escola.
As orientações contidas neste volume indi-
cam a abordagem que se espera para tratar das 
técnicas e táticas como fatores de aumento da 
complexidade do jogo e proporcionar aos alu-
nos noções de arbitragem, exemplificando com 
algumas modalidades esportivas.
7
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
O tema “Luta” tomará o caratê como 
exemplo e abordará os princípios, as regras 
e o processo histórico dessa manifestação da 
cultura de movimento. O objetivo principal é 
que os alunos expressem opiniões acerca de 
termos e condutas cotidianas associadas à 
luta, reconhecendo e valorizando as diferen-
tes características pessoais e interpessoais pro-
porcionadas por esse elemento cultural, além 
de compreender e comparar seus estilos.
No estudo do tema “Organismo humano, 
movimento e saúde”, serão enfocadas algu-
mas capacidades físicas no tocante às suas 
aplicações no atletismo e no caratê. Nesse mo-
mento, os alunos deverão identificar as impli-
cações das capacidades físicas, comparar os 
diferentes grupos musculares mencionados e 
reconhecer sua importância no desempenho 
das provas de corrida com barreiras e obstá-
culos, de arremessos e lançamentos e também 
em lutas.
No tema “Ginástica”, serão tratados os 
princípios orientadores, técnicas e exercí-
cios de algumas práticas contemporâneas, 
com destaque para a ginástica aeróbica e 
a ginástica localizada, com base em uma 
abordagem que trabalha com seus princí-
pios técnico-táticos, suas principais regras 
e seu processo histórico. Porém, o projeto 
político-pedagógico da escola poderá optar 
por outra manifestação de ginástica asso-
ciada à cultura jovem.
Isso posto, professor, bom trabalho!
8
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL: 
ATLETISMO (CORRIDAS, ARREMESSOS E LANÇAMENTOS)
Neste volume da 7a série/8o ano, terá con-
tinuidade o trabalho com a modalidade indi-
vidual atletismo, relacionada com o tema “Es-
porte”, com destaque para as corridas com 
barreiras e obstáculos, além das provas de ar-
remesso e lançamento. Tal abordagem reforça 
a importância da compreensão e da vivência 
dessa modalidade por parte dos alunos, diver-
sificando suas experiências no âmbito da cul-
tura esportiva.
Na atualidade, é no atletismo, sobretudo, 
que são realizados e estimulados movimentos 
como correr, saltar e lançar ou arremessar ob-
jetos a distância, embora tais movimentos es-
tejam sistematizados e incorporados à maio-
ria das modalidades esportivas, a exemplo do 
futebol, do basquetebol, do voleibol e do han-
debol, entre outras. 
Como modalidade esportiva, a iniciação 
ao atletismo, tal como em outros esportes, 
ocorre (ou deveria ocorrer), principalmente, 
na escola, como atividade curricular ligada 
à disciplina de Educação Física. No entanto, 
sabemos que essa modalidade está pouco pre-
sente nas aulas e, quando isso ocorre, busca-se 
melhor rendimento técnico em detrimento de 
um possível valor pedagógico-educacional, o 
que a torna pouco atrativa para muitos pro-
fessores e para os próprios alunos. 
Em alguns países, como a Jamaica, atribui-
-se grande destaque sociocultural à prática do 
atletismo, em especial às corridas rasas em 
distâncias curtas, o que motiva os alunos em 
idade escolar a se envolverem com esse uni-
verso desde cedo. No Brasil, há predileção por 
modalidades esportivas coletivas, que possibi-
litam maior relação interpessoal, com desta-
que para as modalidades que têm a bola como 
implemento principal.
Torna-se necessário, portanto, criar estraté-
gias de ensino que possibilitem ao atletismo fa-
zer sentido, ter significado para a vida do aluno, 
mobilizando seus desejos e potencialidades, sem 
se restringir ao aspecto do rendimento técnico, 
embora o treino ou o exercício continuado de 
determinadas habilidades também sejam impor-
tantes na realização de algumas atividades, visto 
que “servem, também, para corrigir deficiências 
ou fragilidades no condicionamento físico e não 
apenas técnico” (KUNZ, 2006, p. 141). 
No caso particular do atletismo, o significa-
do do Se-Movimentar nas corridas é exatamente 
a experiência de correr o mais velozmente pos-
sível ou arremessar/lançar implementos o mais 
longe possível – e não correr ou arremessar 
para vencer outra pessoa simplesmente. Além 
disso, deve-se aliar uma perspectiva lúdica ao 
ensino dessas habilidades, e ao atletismo em ge-
ral, dentro do ambiente escolar. 
As habilidades expressas nas corridas e nos 
arremessos e lançamentos têm significados, 
sentidos e intencionalidades que não se restrin-
gem, exclusivamente, ao universo do atletis-
mo. É preciso notar que o desenvolvimento de 
seus fundamentos técnicos pode ser transferi-
do a várias modalidades esportivas, bem como 
à resolução de situações relacionadas com a 
realização de atividades cotidianas (deslocar-
-se rapidamente para atravessar uma rua ou 
avenida, arremessar ou lançar um objeto etc.). 
O ensino do atletismo como elemento da 
Cultura de Movimento no meio escolar apre-
senta certas dificuldades. Isso ocorre, principal-
9
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
mente, quando há ausência de espaço e de ma-
teriais específicos. Entretanto, essa dificuldade 
poderia ser atenuada mediante a adaptação de 
espaços comuns à maioria das escolas (qua-
dras, pátios) ou pela utilização de materiais 
alternativos para confecção dos implementos 
próprios do atletismo. Tais adaptações devem 
envolver a colaboração participativa e criativa 
dos alunos na elaboração de condições que fa-
voreçam a vivência do atletismo na escola, tor-
nando-os também agentes desse processo edu-
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Esporte” poderá ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de His-
tória, na medida em que envolve conteúdos relacionados à história do atletismo e das suas provas em 
diferentes contextos. Converse com o professor responsável por essa disciplina em sua escola. Essa 
iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.
Figura 1 – Obstáculos adaptados.
cacional. Vale ressaltar que espaços no entorno 
da comunidade também podem ser utilizados. 
Matthiesen e colaboradores (2005) su-
gerem a utilização de diferentes tipos de 
obstáculo durante o processo de ensino e 
aprendizagem das corridas com obstáculos, 
nos quais o aluno possa apoiar os pés se as-
sim precisar. Podem ser utilizados materiais 
como caixas de madeira ou papelão, pneus, 
banco sueco, cordas e barbantes. 
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10
Conteúdo e temas: corridas com barreiras e corridas com obstáculos – evolução técnica e prin-
cipais regras; formas de passagem sobre barreiras e obstáculos; velocidade de deslocamento 
nas diferentes distâncias percorridas; características pessoais e interpessoais para saltar bar-
reiras e obstáculos.
Competências e habilidades: identificar diferentes possibilidades de saltar obstáculose rela-
cioná-las com a evolução das técnicas das corridas atuais; identificar ajustes na corrida e no 
posicionamento do corpo para ultrapassar barreiras e obstáculos em diferentes alturas; per-
ceber e analisar as características pessoais e interpessoais para a transposição de barreiras e 
obstáculos; identificar e compreender princípios técnicos relacionados às provas de corrida 
com barreiras e obstáculos.
Sugestão de recursos: caixa de papelão; cordas; bastões de madeira; garrafas PET; arcos; cones.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 
CORRIDAS COM BARREIRAS E OBSTÁCULOS
Pular um muro para apanhar uma pipa 
ou saltar uma poça de água na calçada são 
alguns desafios cotidianos que envolvem a 
corrida e o salto. A compreensão dos movi-
mentos demanda a mobilização de alguns 
conhecimentos e vivências significativas. 
Experimentar diferentes maneiras de saltar 
um obstáculo pode ser mais prazeroso e sig-
nificativo para o aluno quando ele percebe 
as infinitas possibilidades de Se-Movimen-
tar. A intenção é que os alunos vivenciem, 
percebam, identifiquem, analisem e compreen-
dam alguns aspectos característicos das 
corridas com barreiras e obstáculos, além 
de outras possibilidades de saltar “obstá-
culos” com diferentes alturas, percorrendo 
diversas distâncias e imprimindo variações 
de velocidades.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 1
Professor, antes de iniciar a Situa-
ção de Aprendizagem 1, realize 
com os alunos a leitura da ativida-
de “Para começo de conversa”, 
que consta no Caderno do Aluno, levantan-
do os conhecimentos prévios dos alunos so-
bre o conteúdo atletismo. Nessa ocasião, so-
licite o registro das questões norteadoras.
Você já ouviu falar em atletismo, não é? 
É uma modalidade olímpica, individual, que 
tem tradição no esporte brasileiro. As provas 
de atletismo são agrupadas em provas de pis-
ta, de campo, de marcha atlética, combina-
das, de cross country, de pedestrianismo e 
corridas em montanhas, conforme divulga, 
oficialmente, a Confederação Brasileira de 
Atletismo (CBAt). Neste Caderno, você terá 
a oportunidade de conhecer mais de perto 
as corridas com barreiras e com obstáculos, 
além das provas de arremesso e lançamento. 
Será que você conhece alguma dessas provas? 
Vamos conferir?
1. O que diferencia a corrida normal da corri-
da com obstáculos ou barreiras?
Espera-se que o aluno consiga dizer que na corrida nor-
mal não há nenhum tipo de obstáculo que o atleta deva 
transpor.
11
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
2 Você já viu ou praticou alguma prova 
de arremesso ou de lançamento? Onde? 
Qual?
Resposta pessoal.
3. Você poderia dar alguns exemplos de pro-
vas de arremesso ou de lançamento dispu-
tadas no atletismo?
Espera-se que o aluno cite pelo menos um tipo de prova de 
arremesso ou lançamento do atletismo: arremesso de peso, 
lançamento de martelo, lançamento de dardo ou lançamen-
to de disco.
4. Você saberia listar os nomes dos implemen-
tos que os atletas arremessam e lançam em 
provas de atletismo?
Espera-se que o aluno cite pelo menos um ou dois dos im-
plementos utilizados nas provas de arremesso e lançamento 
do atletismo: martelo, peso, disco ou dardo. 
5. O que precisamos fazer para que os lança-
mentos ou os arremessos alcancem maior 
distância? 
Espera-se que o aluno associe a técnica de execução 
ao bom desempenho/resultado, relacionando também 
com algumas características pessoais de quem realiza os 
movimentos.
Etapa 1 – Circuito de obstáculos
Organize, nos limites de uma quadra ou 
área correspondente, um circuito formado 
por obstáculos diversos (caixas de papelão de 
tamanhos variados, cordas ou bastões apoia-
dos sobre cones ou garrafas PET preenchidas 
com areia), cordas delimitando zonas de sal-
to e/ou arcos utilizados como referência para 
as passadas até os obstáculos. Procure incluir 
obstáculos com alturas e formatos variados e 
próximos das medidas oficiais, para motivar 
ou desafiar os alunos.
Solicite que experimentem maneiras di-
ferentes de ultrapassar os obstáculos e que 
procurem não tocá-los, deslocá-los ou der-
rubá-los.
Etapa 2 – Correr e saltar sem derrubar os 
obstáculos
Após algumas passagens pelo circuito, su-
gira aos alunos que percorram o trajeto o mais 
rápido possível sem que toquem ou derrubem 
os obstáculos. Em seguida, eleve a altura de 
alguns obstáculos e proponha aos alunos que 
tentem ajustar os movimentos para ultrapas-
sá-los, sem saltá-los nem tocá-los, procurando 
apenas passar próximo a eles.
Para finalizar esta etapa, sugira aos alu-
nos que comentem em grupo as dificuldades 
e as facilidades encontradas na realização 
das tarefas. Aproveite também para discutir 
com os alunos as dificuldades e adaptações 
para realização das tarefas por pessoas com 
deficiência, por exemplo, visual.
Professor, oriente os alunos a rea-
lizarem a “Pesquisa em grupo”, 
que consta no Caderno do Aluno.
Vamos saber um pouco mais sobre as pro-
vas de atletismo?
Reúna-se com seu grupo e, com o auxílio de 
seu professor, escolha uma ou duas das ques-
tões sugeridas a seguir e faça uma pesquisa.
Para realizá-la, vocês podem visitar alguns 
sites e pesquisar em revistas e jornais ou livros 
na biblioteca da escola ou na biblioteca públi-
ca mais próxima. 
Vejam algumas sugestões de sites:
 f Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível 
em: <http://www.cpb.org.br/>. Acesso em: 
9 out. 2013.
 f Confederação Brasileira de Atletismo. Dis-
ponível em: <http://www.cbat.org.br>. 
Acesso em: 23 maio 2013.
 f Federação Paulista de Atletismo. Disponí-
vel em: <http://www.atletismofpa.org.br/>. 
Acesso em: 23 maio 2013. 
12
 f PUCRS – Campus Uruguaiana. Disponí-
vel em: <http://www.pucrs.campus2.br/>. 
Acesso em: 23 maio 2013.
 f Revista Atletismo. Disponível em: <http://
www.revistaatletismo.com/index.php/ 
artigos-tecnicos> Acesso em: 23 maio 2013.
Questões para pesquisa
Como surgiram as provas de corrida com 
barreiras e com obstáculos? 
Segundo informações disponíveis no site da CBAt, as provas de 
corrida com barreiras surgiram na Inglaterra, em meados do sé-
culo XIX, possivelmente como tentativa de imitar as competições 
hípicas. No início, usavam-se, como barreiras, toras enterradas no 
solo. Quanto às corridas com obstáculos, sabe-se que a primeira 
foi realizada em Edimburgo, na Escócia, em 1928.
E as provas de arremesso e de lançamento?
Como eram praticadas essas provas nas 
Olimpíadas da Grécia Antiga? 
Relativamente aos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, a pri-
meira prova da qual se tem notícia é uma corrida cujo per-
curso se estendia por cerca de 192 m. Posteriormente, foram 
incluídas outras provas, além da corrida: pentatlo, lançamen-
to de disco, salto em distância, lançamento de dardo, luta li-
vre, boxe, pancrácio (mistura de boxe e luta livre), corrida de 
bigas e corrida de cavalos.
Como evoluíram as regras nessas provas?
Das Olimpíadas da Grécia Antiga às Olimpíadas da Era Moderna, 
uma mudança significativa foi a inclusão das mulheres no atletis-
mo, vetadas na Antiguidade. Foram também adicionadas outras 
provas: arremesso de peso, corridas de revezamento, marcha 
atlética (masculina e feminina), heptatlo/pentatlo feminino, salto 
com vara, salto em altura, salto triplo, lançamento de martelo e 
decatlo. Foram excluídas as provas de: luta livre, pancrácio, corrida 
de bigas e corrida de cavalos. 
Algumas respostas específicas sobre como provas antigas se 
apresentam hoje:
t�corrida: as corridas de 192,27 m evoluíram para corridas de 
100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1 500 m (masculina), 3 000 m 
(feminina), 5 000 m (masculina), 10 000 m, 100/110 m com 
barreiras, 400 m com barreiras, 3 000 m com obstáculos (mas-
culina) e revezamentos 4×100 m e 4×400 m; 
t�pentatlo: na GréciaAntiga a prova era composta de: salto 
em distância, corrida, lançamento de dardo e disco e luta li-
vre. O pentatlo moderno, inspirado nos Jogos Olímpicos da 
Antiguidade, inclui: hipismo (concurso de saltos), esgrima 
(espada), natação (200 m livre), tiro esportivo (pistola de ar 10 
m) e corrida (3 000 m).
No atletismo moderno temos:
t�decatlo masculino composto de dez provas: corridas de 100 m, 
400 m e 1 500 m e de 110 m com barreiras; saltos em distân-
cia, em altura e com vara; arremesso de peso, lançamento de 
disco e de dardos;
t�pentatlo feminino composto de cinco provas: corridas de 
200 m e de 80 m com barreiras, saltos em distância e em altu-
ra, arremesso de peso;
t�heptatlo feminino composto de sete provas: corridas de 
200 m, 800 m e 100 m com barreiras, saltos em distância e em 
altura, arremesso de peso e lançamento de dardo.
Na arte, que expressões artísticas (esculturas, 
pinturas etc.) podem ser associadas a essas provas?
Exemplo de escultura: Discóbolo, obra de Míron, século V a.C. Dis-
ponível em: <http://greciantiga.org/img/index.asp?num=0783>. 
Acesso em: 5 set. 2013.
Quais são as melhores marcas nessas provas?
Professor, note que alguns recordes já podem ter sido me-
lhorados em competições recentes. No caso de dúvida, veri-
fique os sites indicados neste volume.
Melhores marcas nessas provas
Provas Masculino Feminino
Corridas
100 m 9.58 10.64
200 m 19.19 21.88
400 m 44.06 48.83
800 m 1:42.01 1:55.45
1 500 m 3:29.47 3:56:55
13
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Como são praticadas essas provas nas Pa-
ralimpíadas?
Nas Paralimpíadas participam atletas com deficiência física 
e visual. As provas são organizadas segundo o grau de defi-
ciência dos atletas, a partir de uma classificação funcional. 
No atletismo são realizadas as provas de corridas, arremessos, 
lançamentos e saltos.
Que tipos de corrida fazem parte das pro-
vas combinadas (decatlo e heptatlo)? 
t� decatlo: corridas de 100 m, 400 m e 1 500 m e de 110 m 
com barreiras;
t� heptatlo: corridas de 200 m, 800 m e 100 m com 
barreiras.
Quais as principais características das pro-
vas quanto às solicitações das capacidades fí-
sicas dos atletas? 
t�corridas de velocidade: velocidade;
t�corridas de longa distância: resistência;
t�corridas com barreiras: velocidade;
t�corridas com obstáculos: resistência;
t�corridas de revezamento: velocidade;
t�arremessos e lançamentos: força;
t�saltos: força e velocidade.
Provas Masculino Feminino
Corridas
1 500 m 3:29.47 3:56:55
110 m com barreiras 13.04 –
100 m com barreiras – 12.21
400 m com barreiras 47.91 52.34
4×100 m 37.31 40.82
4×200 m 1:20.32 1:27,46
4×400 m 2:57.86 3:15,17
Saltos
em distância 8.74 m 7.10 m
em altura 2.35 m 2.08 m
triplo 17.73 m 15.14 m
com vara 6.01 m 5.06 m
Arremesso de peso 22.16 m 21.07 m
Lançamentos
de disco 71.64 m 66.40 m
de dardo 91.28 m 68.92 m
Fonte: International Association of Athletics Federations. Disponível em: 
<http://www.iaaf.org/statistics/toplists/inout=o/age=n/season=2009/sex=W/all=n/legal=A/disc=4X4/detail.html>. Acesso em: 9 out. 2013.
Há diferenças entre as capacidades físicas 
nas provas de corrida com barreiras e nas de 
corrida com obstáculos para adultos?
Sim. As corridas com barreiras são de curta distância (100 
m/110 m, 200 m e 400 m), e a capacidade física predomi-
nante necessária para essas provas é a velocidade. As corri-
das com obstáculos percorrem uma distância de 3 000 m, 
portanto, são de longa duração, de modo que a capacidade 
predominante necessária é a resistência.
Etapa 3 – Vencendo as barreiras e 
compreendendo as vivências 
Pergunte aos alunos se eles reconhecem a 
relação entre variação na velocidade e dis-
tâncias percorridas entre as barreiras e obs-
táculos, se associam características pessoais 
dos corredores às exigências na ultrapassa-
gem e se percebem quais são as dificulda-
des para transpor barreiras e obstáculos em 
atividades da vida cotidiana. Forme grupos 
de alunos (misturando meninas e meninos), 
distribua imagens de pessoas ou atletas re-
alizando saltos sobre barreiras ou obstácu-
14
los e peça para que os grupos identifiquem e 
analisem algumas características das provas 
em questão. É importante que as imagens se-
lecionadas facilitem a tarefa de identificação 
e análise a ser realizada.
Estimule-os para que relacionem as pró-
prias situações vivenciadas com as imagens: 
altura das barreiras e obstáculos, vestimentas, 
condições dos locais das provas, característi-
cas das pessoas, expressões faciais, entre ou-
tros, para enriquecer o repertório individual.
Etapa 4 – Modificações e regras 
relacionadas às corridas com barreiras 
e obstáculos
Peça para os alunos levantarem, na inter-
net ou em outras fontes, informações sobre 
as modificações das barreiras e obstáculos 
e as alterações nas regras ao longo da evo-
lução das corridas. Os dados coletados po-
derão ser referidos nas etapas seguintes. É 
importante sugerir aos alunos alguns sites, 
livros ou locais para orientar a pesquisa.
Provas com barreiras Provas com obstáculos
Feminina Masculina Feminina e masculina Feminina e masculina
100 m 110 m 400 m 3 000 m
Nessas provas, há dez barreiras a serem transpostas; o que 
varia é a distância entre elas. Há diferença de altura nas 
provas femininas e masculinas e não é permitido apoiar os 
pés nas barreiras.
Nessas provas, há cinco obstáculos 
a serem transpostos. Há diferença 
de altura nas provas femininas e 
masculinas e é permitido apoiar os 
pés nas barreiras.
Neste momento, após a realização da pesqui-
sa e da discussão, você poderá considerar a ati-
vidade “Divulgando o resultado da pesquisa”, 
sugerida no Caderno do Aluno, para elaboração 
de um mural ou de uma história em quadrinhos, 
para fins de instrumento de avaliação.
Para encerrar este conteúdo, solicite que, 
para a próxima aula, os alunos realizem a 
atividade “Lição de casa” e leiam a seção 
“Você sabia?”.
Figura 2 – Corrida com obstáculos masculina. Figura 3 – Corrida com barreiras feminina.
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15
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
‡�&HQWUR�GH�JUDYLGDGH
Ação:�R�DWOHWD�WUDQVS}H�D��
EDUUHLUD�HP�YH]�GH�VDOWi�OD�
(QWUH�DV�EDUUHLUDV��R�DWOHWD�Gi�WUrV�
SDVVDGDV�FRP�RV�MRHOKRV�DOWRV��
XVDQGR�D�PHVPD�SHUQD�GH�DWDTXH�HP�
WRGDV�DV�EDUUHLUDV�
2�DWOHWD�LQLFLD�D�FRUULGD�GD�PHVPD�PDQHLUD�
TXH�R�YHORFLVWD�H�VXSHUD�XP�Q~PHUR�GHWHU�
PLQDGR�GH�EDUUHLUDV�
BARREIRAS
6mR�PXLWR�OHYHV�H�VXD�DOWXUD�YDULD�
VHJXQGR�D�FRUULGD�
Saída
2�YHORFLVWD�GHL[D�RV�WDFRV�FRP�
XP�IRUWH�LPSXOVR��PDQWpP�R�
WURQFR�LQFOLQDGR�H�SHUWR�GR�VROR�
Aceleração
-RHOKRV�SDUD�FLPD��EUDoRV�
PRYHQGR�VH�UDSLGDPHQWH�GH�
FLPD�SDUD�EDL[R��FRUSR�HUJXLGR�
Passada
2�YHORFLVWD�HVWi�UHOD[DGR�
H�FRUUH�D�WRGD�YHORFLGDGH�
VREUH�D�SRQWD�GRV�SpV�
Chegada
2�WURQFR�GHYH�FUX]DU�D�OLQKD�
GH�FKHJDGD�SDUD�JDQKDU�
CORRIDAS COM BARREIRAS
‡�100 m barreira��PXOKHUHV�� ‡�400 m barreira
‡�110 m barreira��KRPHQV�� ‡�3 000 m obstáculos
CORRIDAS DE VELOCIDADE
‡�100 m rasos� ‡�200 m rasos� ‡�400 m rasos
‡��R�SDVVR ‡��R�SDVVR ‡��R�SDVVR
Há diferenças entre as corridas de velocidade e as corridas com barreiras?
Você sabia?
Divulgando os resultados da pesquisa 
O atletismo é uma das modalidades espor-
tivas que vem projetando o Brasil nas compe-
tições internacionais, por isso merece maior 
divulgação. De posse das informações que 
vocês pesquisaram, conversem com os cole-
gas dos outros grupos e troquem informações 
com eles. Que tal fazer uma reportagem, uma 
HQ(história em quadrinhos) ou um mural 
para divulgar um pouco mais as provas dessa 
modalidade esportiva?
Eu sou o artista... o poeta... o escritor...
Você fez pesquisas sobre as corri-
das com barreiras e com obstácu-
los e também sobre lançamentos e 
arremessos. Faça uma seleção de imagens (da 
internet, de revistas ou de jornais) sobre corri-
das com barreiras e com obstáculos, lança-
mentos e arremessos. Caso prefira, desenhe 
você mesmo as imagens.
Escolha a forma que desejar para expressar 
a mensagem do conjunto das imagens que você 
selecionou ou desenhou sobre as provas de 
atletismo estudadas neste volume. Pode ser 
um desenho, uma história em quadrinhos, um 
poema, uma história, uma maquete, a letra de 
uma música ou outra forma de expressão. Peça 
ajuda a professores e amigos se for necessário. 
Após a realização desta atividade, convi-
de outros colegas de turma para fazer uma 
sessão de apresentação dos trabalhos criados 
por vocês.
Fonte: ISTOÉ Online. Set. 2000.
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16
Deve-se atentar para a boa utilização de todo material empregado nas aulas de atletismo, principal-
mente, quando fazemos adaptações para que os alunos possam saltar e transpor barreiras e obstáculos 
com segurança. Aproveite mais esse momento para que os alunos com alguma deficiência possam de-
monstrar todas as suas potencialidades. Portanto, é importante que eles elaborem, com você, as estratégias 
de utilização dos materiais. Os alunos costumam ser “destemidos”, por isso, é preciso conscientizá-los de 
que, para testar seus “limites”, também precisam pensar na segurança. Da mesma forma, essa recomen-
dação vale para arremessos e lançamentos. É sempre prudente alertar: “Cuidado! Lá vem um disco, um 
dardo (lança) e uma bola pesada!”.
As provas de campo, de arremessos e lançamentos masculinas e femininas têm diferenças quan-
to aos implementos utilizados. Por exemplo, o martelo usado pelos homens pesa 7,26 kg e o usado 
pelas mulheres pesa 4 kg. Confira as características desses implementos.
Fonte: ISTOÉ Online. Set. 2000.
A EQUIPE
Todas as provas acontecem na zona central do 
estádio.
1 O DISCO
'H�PDGHLUD�RX�¿EUD�GH�YLGUR�� 
FRP�ERUGD�VXDYH�GH�PHWDO�
3 O MARTELO
3HVR�������NJ
Comprimento
GR�FDER��GH
�����D������P
Empunhadura:
�����FP�SRQWD
Diâmetro: de 10 a 
������FP��UHYHVWLGD� 
de ferro sólido 
RX�FKXPER�
2 O DARDO
De metal ou madeira.
+RPHQV������P������J
0XOKHUHV������P������J
4 O PESO
'H�DoR��ODWmR�RX�PHWDO�VyOLGR��
QmR�PHQRV�PDFLoR�TXH�R�DoR�
Jaula: SDUD�JDUDQWLU�D� 
VHJXUDQoD�GRV�HVSHFWDGRUHV��R�
lançamento é realizado dentro 
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MDXOD�WHP�XPD�DEHUWXUD�GH���o 
em frente dos lançadores.
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Ponta de metal
Homens
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10 cm
Mulheres
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Homens
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17
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Figura 4 – Corrida com obstáculos.
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Após a atividade relacionada às corridas 
com barreiras e obstáculos, solicite aos alu-
nos uma análise sobre as dificuldades indi-
viduais em sua realização, além de sugestões 
de variações para minimizar tais dificulda-
des. Observe a participação dos alunos na 
discussão. Poderá ser avaliada, também, a 
apresentação das pesquisas solicitadas.
Tomando por base as características gerais 
ATIVIDADE AVALIADORA
de medidas (formato, peso, tamanho, altura 
etc.) das barreiras e dos obstáculos, os alunos 
poderão formar grupos para elaborar e cons-
truir tais implementos.
Os próprios alunos poderão apresentar 
alguns critérios para avaliar os materiais con-
feccionados segundo sua praticidade e origina-
lidade (criatividade), bem como em relação ao 
ambiente, entre outros aspectos.
Durante o percurso pelas várias etapas 
da Situação de Aprendizagem, alguns alu-
nos poderão não apreender os conteúdos da 
forma esperada. É necessário, então, pro-
fessor, que novas Situações de Aprendiza-
gem sejam propostas, permitindo ao aluno 
revisitar o processo de outra maneira. Tais 
estratégias podem ser desenvolvidas durante 
as aulas ou em outros momentos, individual-
mente ou em pequenos grupos, com todos os 
alunos ou apenas os que apresentaram dificul-
dades. Por exemplo:
 f roteiro de estudos com perguntas nortea-
doras elaboradas por você, para poste-
rior apresentação por escrito;
18
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 
BOLA ARREMESSADA AO CESTO OU AO GOL
 f apreciação e análise de filmes ou documentá-
rios, orientadas por você, professor;
 f apreciação e registro, por parte do aluno, de 
movimentos próprios e dos colegas;
 f pesquisas em sites ou em outras fontes, 
para posterior apresentação e análise;
 f elaboração e apresentação (desenhos ou 
maquetes) de pequenos circuitos de cor-
ridas com barreiras e obstáculos, a partir 
de referenciais e elementos sugeridos por 
você, professor;
 f resolução de outras situações-problema, não 
contempladas na Atividade Avaliadora, re-
ferentes a técnicas e táticas das corridas com 
barreiras e obstáculos;
 f atividade-síntese de um determinado con-
teúdo em que as várias atividades serão 
refeitas e discutidas posteriormente (por 
exemplo: circuito que contemple diferen-
tes provas de corridas com barreiras e 
obstáculos);
 f avaliação com questões de múltipla escolha 
referentes à história e à evolução técnica das 
provas com barreiras e obstáculos, ou elabo-
ração, por parte dos alunos, de um jogo de 
perguntas e respostas.
Perceber a realização de determinados 
movimentos não é uma tarefa simples se não 
formos incentivados e sensibilizados a fazê-
-lo. Arremessar e lançar são movimentos que 
caracterizam algumas modalidades esporti-
vas, como o basquetebol ou o handebol, por 
exemplo, mas como perceber, identificar e 
associar os movimentos arremesso e lança-
mento caracte rísticos do atletismo e presentes 
em outras modalidades esportivas? Os alunos 
realizarão diferentes possibilidades de arre-
messos e lançamentos com bolas de diversos 
tamanhos e pesos, além de outros objetos 
como argolas e bambolês. Em seguida, serão 
motivados a analisar e comparar as provas de 
arremesso e lançamentos do atletismo e a per-
ceber os diferentes estilos do Se-Movimentar, 
considerando as possíveis adaptações de espa-
ços e materiais como forma de compreender 
a evolução da técnica e das regras.
Conteúdo e temas: adaptação e adequação de espaços e materiais para a prática de arremesso e lan-
çamentos; formas e estilos de deslocamentos para o arremesso e lançamentos; arremesso de peso 
e lançamentos de disco, dardo e martelo: processo histórico, evolução técnica e principais regras.
Competências e habilidades: identificar os princípios técnicos relacionados às provas de arremesso 
e lançamentos; identificar e perceber a presença das diferentes possibilidades de arremesso e lança-
mentos em outras modalidades esportivas; identificar diferentes formas de arremesso e lançamen-
tos; reconhecer qual estilo de arremesso permite maior facilidade de execução; apontar diferenças e 
semelhanças entre as três modalidades de lançamentos; adaptar e selecionar locais para realizar os 
diferentes tipos de arremesso e lançamento.
Sugestão de recursos: bolas diversas – de borracha, de folhas de jornal, de tênis, basquetebol, futsal, 
voleibol, handebol, medicine ball; bastonetes de giz; argolas; arcos ou bambolês; frisbee; corda; cabos 
de vassouras. 
19
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 2
Etapa 1 – Quero ver quem consegue!
Pergunte aos alunos: É possível que uma 
pessoa posicionada de costas, em relação à ta-
bela do basquete ou à trave do handebol, acertea cesta ou o gol? Como tais arremessos podem 
ser realizados?
Sugira aos alunos que se organizem em 
dois grupos. Inicialmente, os integrantes de 
cada grupo, posicionados de costas para a 
tabela de basquete ou para o gol do hande-
bol, próximos ao centro da quadra, tenta-
rão acertar a cesta ou o gol arremessando 
diferentes tipos de bola (basquetebol, fut-
sal, vôlei, handebol, borracha ou folhas de 
jornal). Oriente-os para que os arremessos 
sejam realizados acima da cabeça, com am-
bas as mãos. 
Solicite aos alunos que identifiquem 
qual pé posicionado à frente lhes permite 
maior apoio no momento do arremesso. 
Após experimentar distâncias variadas e 
diferentes tipos de bola, os alunos tentarão 
novos arremessos. Na primeira tentativa, 
eles devem ficar de frente para a cesta ou 
para o gol, executando o arremesso por so-
bre a cabeça e, posteriormente, a partir do 
tórax (passe de peito).
Oriente-os para que recuperem as bolas so-
mente após todas terem sido arremessadas, para 
que não sejam atingidos durante a atividade.
Solicite aos alunos a elaboração de varia-
ções na realização da atividade, estabelecen-
do novas metas ou alvos para os arremessos.
Etapa 2 – Jogo das argolas e lanças
Utilizando arcos, bambolês, argolas ou 
mangueiras cortadas e presas em forma de 
círculos, cabos de vassouras ou folhas de jor-
nal enroladas, proponha aos alunos que ex-
perimentem diferentes formas de lançamento 
tentando acertá-los ou encaixá-los em alvos 
como cones, garrafas PET cheias de areia, bo-
las, postes de voleibol ou varas fixadas ao chão, 
distribuídos na quadra ou pátio. 
Após livre experimentação, sugira varia-
ções quanto ao distanciamento em relação 
aos alvos e algumas propostas de deslocamen-
tos, como a realização de semigiros (seme-
lhante ao que ocorre no lançamento de disco) 
e giros completos (como no lançamento de 
martelo) e também a corrida com um objeto 
em punhado (como no lançamento de dardo), 
permitindo aos alunos identificar a melhor 
forma de atingir a meta.
Dentre os implementos ou objetos a se-
rem manipulados, o disco é o que pode 
oferecer ao aluno maior dificuldade no que 
se refere à “técnica”, mas isso pode ser su-
perado quando desafios são lançados aos 
alunos: O dardo foi lançado como uma lança, 
como se estivéssemos caçando? O martelo foi 
lançado como se estivéssemos atingindo um 
objeto no ar? O peso, como se estivéssemos 
arremessando uma pedra para bem longe? E 
como se deve lançar o disco?
Na utilização do dardo, é importante que 
os alunos sejam auxiliados a perceber a re-
lação entre o corredor de lançamento (área 
de lançamento) e a área ou o alvo. Pode-se 
relacionar a velocidade, a força e o equilí-
brio necessários antes, durante e após a exe-
cução. Na falta do objeto específico, o aluno 
poderá simular o lançamento de dardo com 
objetos que permitam perceber a trajetória 
do dardo e comparar com outros objetos 
lançados anteriormente, para verificar se há 
diferença. Por exemplo: Qual é a diferença 
ao lançar uma bola e um cabo de vassoura? 
Que tipos de ajuste são necessários para cada 
tipo de lançamento? Os objetos manipulados 
20
sofrem interferência de que tipo? Há diferença 
entre manipular e lançar uma bola e um cabo 
de vassoura?
Não há por que temer o ensino do lança-
mento de martelo, se forem estabelecidas as 
orientações de segurança, pois é um dos im-
plementos mais fáceis de ser adaptado. Essa 
é uma das provas que requer intervenção 
de sua parte quanto ao nível de complexidade 
no momento de execução, com combinação 
de giros e lançamentos. Por isso, é importante 
sugerir diferentes formas de giros, orientar 
para percepção dos movimentos axiais, pro-
por a execução de giros com apenas uma das 
mãos pelo lado direito e depois, pelo esquer-
do, bem como lançamentos sem giros e com 
giros com a mão direita, com a mão esquerda 
e com ambas as mãos (alternando saída pelo 
lado direito e lado esquerdo). Uma possibili-
dade de vivência prática é utilizar uma bola 
de handebol dentro de uma sacola plástica 
(fixada com um nó). Segurando nas alças, o 
aluno poderá realizar as variações sugeridas 
até a execução do lançamento. Em relação ao 
arremesso de peso, pode-se colocar o aluno 
de costas para a rede de voleibol, com uma 
bola sobre o ombro, amparada pela mão 
correspondente. Peça para o aluno executar 
meio giro e arremessar a bola por cima da 
rede. Além de sugerir essas práticas, é preciso 
fazer questionamentos a todo momento, tais 
como: Quais são as capacidades físicas envolvi-
das na realização do lançamento do “martelo”? 
O movimento ou lançamento realizado pode 
ser comparado ao movimento de lançamento 
do dardo ou arremesso do peso? Quais são as 
semelhanças e as diferenças?
Nas competições esportivas oficiais para 
ambos os gêneros, as provas dessa modali-
dade são constituídas de: arremesso de peso, 
lançamento de disco, lançamento de martelo 
e lançamento de dardo. 
Etapa 3 – Perceber e compreender o 
arremesso
Procure questionar os alunos se conseguem 
identificar quais estratégias são necessárias 
para arremessar mais longe ou mais alto e 
também se percebem as dificuldades que en-
contram ao arremessar ou lançar e a que as 
atribuem. 
Sugira aos alunos que observem e relacio-
nem as semelhanças e as diferenças entre o 
arremesso realizado no atletismo e os arremessos 
realizados em outros esportes, para posterior 
análise em grupo.
Feminino Masculino Adaptação Imagem
Peso
4 kg 7,26 kg 
Bolas ou
medicine ball.
Nas competições oficiais, cada 
atleta tem direito a três arremes-
sos. Os arremessos são realizados 
dentro de uma área própria com 
2,13 m de diâmetro.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Feminino Masculino Adaptação Imagem
Disco
1 kg e 18 cm de 
diâmetro
2 kg e 22 cm de 
diâmetro
Tampas redondas 
de vasilhas 
plásticas ou um 
frisbee.
Nas provas oficiais, cada lançador 
tem direito a três lançamentos. 
O lançamento é realizado dentro 
de um círculo com 2,5 m com 
uma “gaiola” de proteção de, 
aproximadamente, 4 m de altura.
Martelo
4 kg 7,26 kg
Bola amarrada 
a uma corda ou 
presa dentro de 
uma meia.
É constituído por cabeça (esfera 
concreta), cabo e empunhadura. 
Aqui também há uma “gaiola” de 
segurança a fim de proteger os es-
pectadores.
Dardo
600 g e compri-
mento entre 
2,20 m e 2,30 m
800 g e compri-
mento entre 
2,60 m e 2,70 m
Cabo de vassoura 
ou folhas de 
jornal enroladas. 
Os lançamentos de dardo são rea-
lizados em um corredor com 4 m 
de largura e, aproximadamente, 
36,5 m de comprimento. O dardo 
é constituído por cabeça (ponta 
que atinge o chão primeiro), 
corpo e empunhadura (local onde 
o lançador manipula e segura o 
dardo).
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22
Etapa 4 – Olha o arremesso! Olha o 
lançamento! Lá vem bola!
Oriente os alunos a formarem dois grupos 
(preferencialmente, com meninas e meninos) 
dispostos em lados opostos de uma quadra 
de voleibol, ou área correspondente, em cujo 
centro serão dispostas bolas pesadas (bolas 
de exercício, medicine ball, bolas de basque-
te ou de futsal). A partir da linha central, se-
rão traçadas duas linhas (uma de cada lado), 
distantes de 3 a 4 metros do centro, as quais 
limitarão a chamada “zona de tiro”. Os inte-
grantes de cada equipe, de posse de bolas mais 
leves que as do centro (de borracha, de tênis 
ou de meia), tentarão deslocar (lançar ou ati-
rar) asbolas localizadas no centro para além 
do limite da zona de lançamento ou de tiro do 
lado adversário. Todas as vezes que as bolas 
do centro ultrapassarem os limites da zona de 
tiro, deverão ser recolocadas no centro. 
Uma alternativa para esta atividade é ofere-
cer alvos móveis aos “atiradores”, fazendo que 
bolas de basquete ou de handebol atravessem o 
centro da quadra ou do pátio, rolando no chão 
ou quicando. 
Cordas ou bastonetes de giz podem ser úteis 
para demarcar os arremessos feitos pelos alu-
nos, para que estes tenham a noção de quanto 
estão conseguindo acertar e, assim, estabelecer 
metas individuais e coletivas (grupos), além de 
perceber a influência de certas capacidades fí-
sicas nos arremessos de peso (essa informação 
será útil também para os lançamentos).
O lançamento de disco e o arremesso de peso apresentam uma particularidade no que se refere 
às mulheres. Em meados da década de 1920, essas provas contaram, pela primeira vez, com a 
participação feminina, fato que coincide com o movimento de emancipação deflagrado na França 
(berço do movimento). A prova feminina de lançamento de disco foi incluída nos Jogos Olímpi-
cos de Amsterdã, em 1928. No Brasil, qual é o histórico do lançamento de disco? Quando essa mo-
dalidade começou a ser praticada? Vocês já ouviram falar da famosa estátua Discóbolo, de Míron?
Figura 5 – Discóbolo, de Míron.
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Provas combinadas
Corridas com barreiras e obstáculos, arremessos, lançamentos e saltos
Feminina – Heptatlo Masculina – Decatlo
1o dia: 100 m com barreiras, salto em al-
tura, arremesso de peso e 200 m rasos.
2o dia: salto em distância, lançamento 
de dardo e 800 m rasos.
1o dia: 100 m rasos, salto em distância, arremesso 
de peso, salto em altura e 400 m rasos.
2o dia: 110 m com barreiras, arremesso de disco, sal-
to com vara, lançamento de dardo e 1 500 m rasos.
Professor, instrua os alunos para que rea-
lizem as atividades “Desafio!” e “Você apren-
deu?”, que constam no Caderno do Aluno, 
Etapa 5 – Perceber e compreender o 
lançamento
Procure questionar os alunos se conseguem 
identificar: as estratégias necessárias para 
lançar mais longe ou as dificuldades que en-
contram ao lançarem e a que as atribuem; as 
diferenças ou semelhanças entre os três tipos 
de lançamentos do atletismo; as diferenças ou 
semelhanças entre os lançamentos do atletis-
mo com os realizados em outras modalidades 
esportivas e que características dos objetos 
lançados (peso, formato e dimensão) influen-
ciaram os resultados conquistados por meni-
nas e meninos.
Sugira aos alunos que observem e relacio-
nem semelhanças e diferenças entre os lança-
mentos realizados no atletismo e aqueles ob-
servados em outros esportes, para posterior 
análise em grupo.
Professor, aproveite e apresente, durante a 
Situação de Aprendizagem, informações re-
ferentes à existência das provas combinadas 
(masculinas e femininas), que podem servir 
como possibilidades a serem vivenciadas em 
um festival na escola. Tais informações permi-
tem aos alunos tomar conhecimento de outras 
provas do atletismo que contemplam as vivên-
cias realizadas.
As fotos a seguir são relacionadas às seguintes provas do atletismo: 
Desafio!
( A ) lançamento de martelo.
( B ) corrida com obstáculos.
( C ) arremesso de peso.
Indique nos parênteses a letra correspondente a cada imagem: 
( D ) lançamento de disco.
( E ) lançamento de dardo.
( F ) corrida com barreiras.
para retomar o que foi estudado sobre o 
tema “Esporte – Modalidade individual: 
Atletismo”.
24
 
1. ( C ) 2. ( F )
 
3. ( A ) 4. ( B )
 
5. ( B )
 6. ( F )
 
 
 
7. ( E ) 8. ( D )
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25
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
1. Nas corridas com barreiras, os 
atletas:
 I – têm que saltar as barreiras;
 II – só são desclassificados quando derru-
bam, deliberadamente, uma barreira;
 III – transpõem um total de 10 barreiras;
 IV – masculinos percorrem 110 metros ou 
400 metros.
 Dessas alternativas, estão corretas:
a) I e II apenas. 
b) II e III apenas.
c) III e IV apenas.
d) I e IV apenas.
e) I, II, III e IV.
2. A corrida com obstáculos:
 I – inclui saltar fossos com água;
 II – tem 3 000 m;
 III – não tem raias específicas;
 IV – é prova tanto masculina como feminina.
 Dessas alternativas, estão corretas: 
a) I, II e III apenas.
b) II, III e IV apenas.
c) I, III e IV apenas.
d) I, II e IV apenas.
e) I, II, III e IV.
3. Entre as provas combinadas (decatlo e 
heptatlo) estão as de corrida com barreira. 
Corresponde a um dos eventos do decatlo: 
a) 100 m com barreira.
b) 110 m com barreira.
c) 400 m.
d) 800 m.
e) 3 000 m com obstáculos.
4. Dos objetos citados, qual é usado na prova 
denominada arremesso?
a) peso.
b) dardo.
c) martelo.
d) disco.
5. Entre as diferentes provas de arremesso e 
lançamento, a que tem a marca mundial 
de maior distância é a de: 
a) peso.
b) dardo.
c) martelo.
d) disco.
ATIVIDADE AVALIADORA
Poderão ser analisadas a apresentação e a 
discussão das pesquisas solicitadas sobre as 
semelhanças e as diferenças entre os arremes-
sos e lançamentos realizados no atletismo e 
em outras modalidades esportivas.
Ao término das vivências relacionadas, 
observe a participação dos alunos na ela-
boração de outras atividades associadas ao 
tema, adequando-as aos espaços alternati-
vos presentes na escola. 
26
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
 f pesquisas em sites ou em outras fontes, 
para posterior apresentação e análise;
 f resolução de outras situações-problema, 
não contempladas na Atividade Avaliado-
ra, referentes a técnicas e táticas do arremes-
so e dos lançamentos;
 f atividade-síntese de um determinado con-
teúdo em que as várias atividades serão 
refeitas em uma única aula e discutidas 
posteriormente (por exemplo: circuito que 
contemple diferentes possibilidades de ar-
remesso e lançamentos);
 f avaliação com questões de múltipla esco-
lha referentes à história e à evolução téc-
nica das provas com barreiras e obstáculos 
ou elaboração, por parte dos alunos, de um 
jogo de perguntas e respostas.
Professor, leia agora com a classe a 
seção “Aprendendo a aprender”, do 
Caderno do Aluno. Procure mos-
trar aos seus alunos que se trata de 
um texto com informações extras, o qual não 
está diretamente ligado às Situações de 
Aprendizagem. Caso haja necessidade, você 
pode contextualizar a informação utilizan-
do-se de seus próprios conhecimentos.
Durante o percurso pelas várias etapas 
da Situação de Aprendizagem, alguns alu-
nos poderão não apreender os conteúdos 
da forma esperada. É necessário, então, 
professor, que novas Situações de Apren-
dizagem sejam propostas, permitindo ao 
aluno revisitar o processo de outra manei-
ra. Tais estratégias podem ser desenvol-
vidas durante asaulas ou em outros mo-
mentos, individualmente ou em pequenos 
grupos, envolvendo todos os alunos ou 
apenas os que apresentaram dificuldades. 
Por exemplo:
 f roteiro de estudos com perguntas nortea- 
doras elaboradas por você, para posterior 
apresentação por escrito;
 f apreciação e análise de filmes ou documentá-
rios, orientadas por você;
 f apreciação e registro, por parte do aluno, de 
movimentos próprios e dos colegas;
 f elaboração e apresentação (pode-se optar 
por registro escrito, representação gráfica, 
produção de artefato audiovisual etc.) de 
exercícios e jogos que envolvam o arremes-
so e os lançamentos, a partir de referenciais e 
elementos sugeridos pelo professor;
A criatividade dos alunos na elaboração ou 
confecção de materiais e implementos alter-
nativos, a serem utilizados nos lançamentos, 
também poderá ser avaliada.
Verifique se os alunos têm condições de 
adaptar objetos do cotidiano e criar ou re-
criar os implementos para os lançamentos e 
arremessos. Sugira materiais adaptados: sa-
cos com areia amarrados com corda (mar-
telo), cabos de vassoura e folhas de jornal 
enroladas (dardo), tampas redondas de reci-
pientes plásticos (disco). 
Considerando as distâncias alcançadas pe-
los implementos lançados no atletismo, orien-
te os alunos a pesquisar possíveis espaços em 
sua escola onde seja possível realizá-los.
A partir da identificação das características 
gerais (formato, peso, tamanho etc.) dos obje-
tos utilizados nas provas de arremesso e lança-
mentos, proponha aos alunos que se agrupem 
para a confecção desses objetos utilizando 
material alternativo. As adaptações podem 
ser avaliadas, pois fazê-las requer dos alunos 
a mobilização dos conhecimentos elaborados 
durante a Situação de Aprendizagem.
27
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Para você não perder a postura!
Neste volume, vamos dar dicas muito 
importantes para você, que é estudante e 
carrega a responsabilidade (ou seja, a sua 
mochila) nas costas. 
São algumas dicas para você não perder 
a postura e aprender a organizar e trans-
portar a mochila.
Ao preparar a sua mochila, procu-
re colocar os objetos mais pesados no 
fundo e tente distribuir o peso de forma 
equilibrada, sem deixar todo o peso só de 
um lado. Distribua-o bem! Caso existam 
repartições internas, coloque o que for 
mais pesado na parte que ficar próxima 
ao corpo.
Agora observe na figura a melhor ma-
neira de transportar a sua mochila. 
Efeito das formas de carregar a 
mochila sobre a coluna vertebral
Figura 1 – Mostra a forma correta de car-
regar a mochila: mantendo o 
peso equilibrado pelas duas al-
ças colocadas nos ombros.
Figura 2 – Mostra a mochila transpassada 
de um lado ao outro. É a segun-
da opção mais indicada. 
Figura 3 – Procure evitar esta forma de 
transportar a mochila. Exige 
muitas compensações para man-
ter o equilíbrio, o que provoca 
alterações na postura.
A mochila não deve causar dores ou in-
cômodos ao corpo. Se isso ocorrer, signifi-
ca que o peso é superior ao que você pode 
transportar.
O melhor mesmo é evitar carregar uma 
carga superior a 10% do seu peso corporal. 
Exemplo: se você pesa 50 kg, o peso da 
mochila, ou de outra carga que você trans-
portar, não deve ser superior a 5 kg.
Uma alternativa é optar por malas 
escolares com rodinhas. São as mais in-
dicadas. 
Evite carregar objetos desnecessários 
ou substitua-os por materiais mais leves.
Outra dica é procurar alternar o braço 
de transporte.
E lembre-se de cuidar bem da sua coluna! 
Ela vai acompanhar você por toda a vida!
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28
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros
KUNZ, Elenor. Reflexões didáticas a partir 
de práticas concretas. In: ______. Transforma-
ção didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: 
Unijuí, 2006. p. 117-151. O capítulo sugere 
uma ressignificação das experiências com o 
atletismo, na intenção de que os alunos su-
perem os limites das vivências.
MATTHIESEN, Sara Q. (Org.). Atletismo se 
aprende na escola. Jundiaí: Fontoura, 2005. 
Sistematização das experiências de um gru-
po de estudos, cuja preocupação é estudar e 
ressignificar pedagogicamente o atletismo no 
cotidiano das aulas de Educação Física.
MATTHIESEN, Sara Q.; GINCIENE, Guy. His-
tória das corridas. Jundiaí: Fontoura, 2013. Este 
volume é o primeiro da coleção “História do atle-
tismo: da teoria à aplicação”, destinada aos inte-
ressados no atletismo, em particular, os professo-
res de Educação Física. Relaciona as histórias das 
corridas, dos saltos, arremessos e lançamentos.
ORO, Ubirajara. Iniciação ao atletismo no 
Brasil: problemas e possibilidades didáticas. In: 
KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubira-
jara. Antologia do atletismo. Rio de Janeiro: Ao 
Livro Técnico, 1984. Apresenta critérios para 
o trabalho pedagógico com o atletismo em di-
ferentes faixas etárias, permitindo contextua-
lizar a modalidade esportiva nas várias séries/
anos da Educação Básica.
SCHMOLINSKY, Gherardt. Atletismo. Lis-
boa: Estampa, 1982. Apresenta métodos de 
treinamento para diferentes provas do atle-
tismo, com indicações que variam desde a 
iniciação à modalidade esportiva até exigên-
cias mais rigorosas de rendimento.
Dissertação
ARAÚJO, Ana C. Correr, saltar, lançar, dia-
logar: uma reflexão sobre corpo e aprendi-
zagem nas aulas de Educação Física. Natal, 
2005. Dissertação (Mestrado em Educação) 
– Centro de Ciências Sociais e Aplicadas, 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (UFRN). Disponível em: <http://
ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/AnaCA.
pdf>. Acesso em: 10 set. 2013. Discute as 
relações de aprendizagem sobre diferentes 
movimentos característicos das provas de 
atletismo na prática pedagógica da Educa-
ção Física em uma escola pública.
Artigos
FARIA, Nuno Miguel R. P. A execução 
do arco no lançamento do dardo. Lisboa: 
Instituto Superior Técnico. Trabalho de 
Biome cânica do Movimento, 2005/2006. 
Disponível em: <http://pdfcast.org/pdf/ 
dardo>. Acesso em: 24 maio 2013. Procura 
identificar as principais fases de um lan-
çamento, analisando-as com base em con-
ceitos de biomecânica.
MATTHIESEN, Sara Q. Atletismo para 
crianças e jovens: relato de uma experiência 
educacional na Unesp-Rio Claro. Lecturas: 
Educación Física y Deportes, Buenos Aires. 
v. 10, n. 83. 2005. Disponível em: <www.
efdeportes.com/efd83/unesp.htm>. Acesso 
em: 24 maio 2013. Relato de experiência que, 
entre outras coisas, procura desmistificar, 
por meio de uma prática educativa, a imagem 
transmitida pela mídia que, na maioria das 
vezes, faz do atletismo um esporte para pou-
cos e bem-dotados campeões.
29
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Sites
Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: 
<http://cpb.org.br/>. Acesso em: 9 out. 2013. 
Apresenta informações sobre diferentes mo-
dalidades paralímpicas, dentre elas, as provas 
de atletismo.
Confederação Brasileira de Atletismo. Dis-
ponível em: <www.cbat.org.br>. Acesso 
em: 24 maio 2013. Apresenta informações 
sobre o histórico das provas, regras oficiais, 
ídolos brasileiros, recordes nacionais, mun-
diais e olímpicos, artigos técnicos e normas 
antidoping.
Portal do Professor/Ministério da Educação. 
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.
gov.br/index.html>. Acesso em: 1 ago. 2013. 
Apresenta informações e sugestões sobre cen-
tenas de temas de aulas sobre o atletismo.
Filmes
Campeões! Espanha, 1990. 13 min. Televisión 
de Catalunya. Disponível no Acervo da Secre-
taria da Educação do Estado de São Paulo. 
Série de 39 programas que apresenta as bases 
técnicas de várias modalidades esportivas, 
com regras e treinamentos específicos. Para 
atletismo, consulte o no 35 – Atletismo: bar-reiras e obstáculos.
Carruagens de fogo (Chariots of fire). Dire-
ção: Hugh Hudson. EUA, 1981. 123 min. Os 
melhores corredores da Inglaterra iniciam sua 
busca pela glória nos Jogos Olímpicos de 1924. 
O sucesso honra sua pátria, mas para dois 
corredores a honra em questão é pessoal: um 
judeu inglês rico que estuda em Cambridge e 
o filho de um missionário escocês. Destaque 
para antológica cena final, com os atletas cor-
rendo na praia.
Duro aprendizado (Higher learning). Dire-
ção: John Singleton. EUA, 1995. 127 min. 
Estudante recebe bolsa como atleta para 
ingressar no Ensino Superior e busca apro-
veitar a oportunidade de ser o primeiro 
membro de sua família a cursar a univer-
sidade. Durante o curso, enfrenta diversos 
problemas e tem de decidir se vale a pena 
seu esforço nas provas acadêmicas além das 
provas de atletismo.
30
As lutas e as artes marciais (budo) apre-
sentam, em suas origens, características 
atribuídas à sobrevivência, ao exercício fí-
sico, ao treinamento militar, à defesa e ao 
ataque pessoal, além das implicações das 
tradições culturais, religiosas e filosóficas. 
Com o surgimento de outras necessidades e o 
desenvolvimento de novas técnicas, o ser hu-
mano atribuiu outro significado às lutas, as 
quais, hoje, passam por um processo de es-
portivização. 
As lutas orientais são originárias de paí-
ses como Índia, China, Japão e Coreia. Em 
sua formação, tinham um caráter voltado 
tanto para a defesa da nação quanto para 
a do próprio praticante. Com o passar dos 
anos, principalmente após o contato dessas 
lutas com o Ocidente, surgiram alguns mes-
tres que perceberam nelas potenciais pos-
sibilidades educativas, como autodomínio, 
superação de limites, aumento de concen-
tração, exercício físico e atividades de lazer, 
situações que vão muito além dos preceitos 
observados em sua origem. 
Drigo e colaboradores (2005) apresentam 
alguns aspectos que podem ser utilizados para 
diferenciar luta e artes marciais. As artes mar-
ciais, para esses autores, são práticas corporais 
de ataque e defesa, podendo ser também ca-
racterizadas como lutas. A principal diferen-
ça entre as duas é que os praticantes de artes 
marciais, principalmente as de origem orien-
tal, consideram que os conteúdos da cultura 
de origem da atividade teriam uma orientação 
filosófica que determinaria a sua diferença pe-
rante as lutas.
Atualmente, percebemos que, em boa 
parte dos filmes a que assistimos sobre lu-
tas de origem oriental, é preservada a ima-
gem do mestre, o qual, por sua vez, apresen-
ta uma postura de educador, ensinando aos 
seus “discípulos” vários preceitos que vão 
além da própria prática da luta, ou seja, li-
ções que serviriam para a vida. 
A expansão do caratê e de outras lutas 
é percebida em desenhos animados, brin-
quedos, jogos de cartas e tabuleiros e nos 
mangás, histórias em quadrinhos conheci-
das pelo público adolescente que aprecia 
o gênero.
Nesse sentido, as artes marciais pos-
suem um caráter introspectivo que pode ser 
muito benéfico à educação. As metas sem-
pre dizem respeito aos limites, às possibi-
lidades e às peculiaridades de cada indiví-
duo em ação. Apesar de, aparentemente, o 
foco estar no oponente, o objetivo dessa 
prática é olhar e transformar a si mesmo, 
independentemente do outro. Para o pra-
ticante, é como se o “inimigo” fosse ele 
mesmo, com seus limites, medos, defeitos e 
fraquezas. A evolução desse “eu” depende 
do treinamento contínuo, da ação ininter-
rupta de lapidar a integralidade do ser.
A seleção das lutas como conhecimento 
a ser ensinado e discutido na escola ainda é 
recente, e muitas discussões surgem em rela-
ção à forma ideal como o assunto deve ser 
tratado. Mas há muitas possibilidades de 
apresentação das lutas na escola, median-
te uma abordagem intencional, de caráter 
pedagógico, já que o ambiente escolar é um 
dos espaços onde os alunos experimentam, 
vivenciam, criticam, compreendem e atri-
buem significados às suas experiências no 
âmbito da Cultura de Movimento. 
TEMA 2 – LUTA: CARATÊ
31
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Um pouco da história do caratê
O caratê tem sua origem ligada à ilha de 
Okinawa, atualmente uma província japonesa 
localizada no extremo sul do país. A localiza-
ção estratégica de Okinawa caracteriza uma 
peculiaridade das tradições culturais mais 
próximas da China do que do próprio Japão. 
Preceitos culturais, filosóficos e religiosos 
também influenciaram o caratê e outras for-
mas de combate no Japão.
A palavra japonesa karate, derivada do 
termo original to te, significa “mãos vazias”. 
A luta tem como característica a utilização 
das mãos, dos pés, dos braços e de qualquer 
outra parte do corpo como arma de defesa 
pessoal. No século XVI, Okinawa foi inva-
dida e perdeu sua independência. Ninguém 
podia portar ou utilizar armas, fato que pode 
ser considerado importante para o surgimen-
to do caratê. 
Por volta de 1920, Gichin Funakoshi (1868-
1957) levou o caratê à capital, Tóquio. Após 
conviver com outros mestres e inúmeros prati-
cantes de aiquidô, judô e quendô, Funakoshi 
tornou-se professor em escolas de Tóquio. Ele 
foi o responsável pela divulgação da luta por 
todo o território japonês.
A colônia japonesa foi responsável pela 
introdução do caratê no Brasil em meados da 
década de 1950. O Estado de São Paulo foi 
o primeiro a ter contato com essa luta, que, 
anos depois, se expandiu para outros Esta-
dos brasileiros.
Identificando o caratê
O caratê é praticado em um local chama-
do dojo (que significa “lugar onde se estuda 
o caminho”), e seus praticantes usam o gui, 
uma roupa de algodão composta por uma 
calça e uma blusa (semelhante a um quimo-
no), amarrada por uma faixa colorida (que 
simboliza o nível de conhecimento do pratican-
te). Atualmente, o aprendizado das técnicas é 
dividido em três elementos: 
 f kihon (técnica fundamental) – base, defe-
sas, socos e pontapés;
 f katas (exercícios ou movimentos formais, 
com “um ou dois inimigos imaginários”). 
Esses exercícios apresentam cinco caracte-
rísticas: 1) sequência: movimentos e dire-
ção dos golpes; 2) respiração: alternância 
entre momentos de inspiração e expira-
ção, com intensidades diferentes; 3) com-
binações e tempo: sequência de movimen-
tos combinados que dão “vida” ao kata; 
4) forma e significado: posição dos golpes 
(mãos e pés) e significado da intenção de 
cada movimento; 5) olhos: significam con-
centração e indicam a direção de execução 
dos movimentos e golpes;
 f kumite (combate) – no qual se utilizam as 
técnicas do kihon e dos katas.
Os estilos ou escolas de caratê apresen-
tam diferentes combinações e aplicações das 
técnicas, utilizando força, velocidade e re-
sistência, percebidos na movimentação das 
mãos e dos pés. As condutas para praticar o 
caratê são baseadas no respeito mútuo. Al-
guns movimentos do esporte assemelham-se 
aos de animais em seus hábitats.
No quadro a seguir, são apresentadas 
algumas particularidades das cinco escolas 
predominantes ou estilos que constituem o 
caratê moderno: Goju-Ryu, Shotokan, Shi-
to-Ryu, Wado-Ryu e Shorin-Ryu. As dife-
renças entre os estilos estão relacionadas às 
suas origens. 
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Figuras 6 e 7 - Golpes de caratê.
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Figura 8 - Aula de caratê.
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33
Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
Alguns estilos (escolas) de caratê
Goju-Ryu: o nome advém de go (força) e ju (flexibilidade). Esse estilo foi desenvolvido 
pelo mestre Chojun Miyagi e a técnica aqui empregada lança mão do bloqueio para 
conferir mais rapidez ao ataque,exigindo muita resistência e força.
Shotokan: desenvolvido pelo mestre Gichin Funakoshi quando divulgou o caratê nas 
outras partes do Japão. Seus alunos criaram a Japan Karate Association, que passou a ser o 
berço do estilo. Em japonês, shotokan significa “academia de shoto”; e shoto é “o som que 
o vento faz quando passa no pinheiro”, pseudônimo utilizado pelo mestre Funakoshi 
para assinar suas poesias. É um estilo com bases mais amplas, de movimentação rápida 
e com grande aproveitamento da movimentação dos quadris, sendo o equilíbrio uma 
habilidade muito importante.
Shito-Ryu: criado por Kenwa Mabuni, é caracterizado por uma grande riqueza de 
movimentos (katas) que combinam velocidade, agilidade, força e contração muscular.
Wado-Ryu: significa estilo do caminho da paz e foi criado pelo mestre Hironori Otsuka. Di-
fere dos demais estilos por usar o mínimo de esforço, imobilizações, esquivas e golpes de im-
pacto com os membros, além de arremessos e projeções. O bloqueio como técnica de defesa 
é transformado em movimento de ataque.
Shorin-Ryu: tem suas origens no caratê de Sokon Matsumura. Shorin significa “floresta de 
pinheiros”. Caracteriza-se por sugerir a respiração mais natural possível e por suas bases 
(posturas) mais altas.
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Luta” poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de 
História e Geografia, na medida em que envolve conteúdos relacionados à história e à origem do 
caratê em diferentes contextos. Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas 
em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e 
integrada pelos alunos.
34
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 
IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO A RESPEITO 
DO CONCEITO DE LUTA
A luta é um elemento cultural que causará 
certo estranhamento nos alunos com pouca 
experiência no assunto. No entanto, será de-
safiador descobrir as possibilidades de am-
pliar os conhecimentos referentes às lutas. Os 
alunos serão motivados a trocar informações 
e apreciar imagens. O contato com diferentes 
modalidades de lutas em vários contextos da 
vida cotidiana (desenhos animados, filmes, se-
riados de TV, novelas, história em quadrinhos, 
videogames, jogos de tabuleiros, de cartas etc.) 
é um fato que não podemos desconsiderar. 
Partindo desse pressuposto, das adaptações 
cabíveis e das condutas dos grupos, os alunos 
realizarão golpes de ataque e defesa e viven-
ciarão outros aspectos peculiares do caratê.
Conteúdo e temas: processo histórico do caratê; semelhanças e diferenças do caratê em relação a 
outras lutas; a questão do gênero no caratê; sequência de movimentos característicos do caratê; 
condutas pessoais e interpessoais; elaboração de sequência criativa de movimentos.
Competências e habilidades: expressar opiniões a respeito dos termos briga, violência, sobrevi-
vência e luta, relacionando-os com outras condutas do cotidiano; apreciar, identificar e compa-
rar as diferenças entre uma luta e outra e compreender o processo histórico de desenvolvimento 
do caratê; reconhecer e valorizar as diferentes características pessoais e interpessoais a partir do caratê, 
a fim de compreender e comparar os variados estilos dessa luta.
Sugestão de recursos: imagens de diferentes lutas; quimonos (ou roupões de banho); filmado-
ra; aparelho de DVD.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 3
Oriente a turma na leitura e na 
produção da atividade “Para co-
meço de conversa”. Para que o 
aluno realize a atividade “Pesquisa 
em grupo”, oriente-o a consultar o material 
sugerido na seção “Para saber mais”.
Neste volume, além das provas de atle-
tismo, você vai ter a oportunidade de enri-
quecer seu conhecimento sobre o tema lu-
tas. Para essa aproximação com o tema foi 
escolhido o caratê, cuja palavra japonesa 
karate, que vem do termo to te, significa 
“mãos vazias”. 
As lutas, enquanto práticas esportivizadas 
como as que conhecemos hoje, são muito re-
centes e resultam do surgimento de novas téc-
nicas e das necessidades da própria humani-
dade ao longo de sua história. No passado, as 
lutas e as artes marciais (budo) estavam asso-
ciadas à sobrevivência, ao exercício físico, ao 
treinamento militar, à defesa e ao ataque pes-
soal, entre outros motivos, sofrendo diferentes 
influências culturais, religiosas e filosóficas.
As lutas orientais tiveram origem em paí-
ses como Índia, China, Japão e Coreia, sendo 
utilizadas tanto para a defesa da nação quan-
to para a do próprio praticante. Alguns mes-
tres perceberam, entretanto, que por meio das 
lutas era possível trabalhar o autodomínio, a 
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Educação Física – 7ª série/8º ano – Volume 1
superação de limites, o aumento da concen-
tração, além do exercício físico e sua utiliza-
ção como atividade de lazer, o que trouxe o 
caráter educativo à sua prática. Atualmente, 
boa parte dos filmes que tratam das lutas de 
origem oriental exibe mestres com postura 
de educador, que ensinam a seus “discípulos” 
muito mais que a prática da luta, isto é, ensi-
nam lições para a vida.
Mas qual é a diferença, afinal, entre as ar-
tes marciais e as lutas? Seriam a mesma coisa?
Segundo os praticantes das artes marciais, 
principalmente as de origem oriental, elas se 
diferenciam das lutas porque têm uma orien-
tação filosófica nos conteúdos de sua cultura 
de origem.
Tendo por base essas informações e o que 
você já aprendeu em aula, vejamos o que você 
sabe a respeito desse tema:
1. Cite um filme a que você tenha assistido e 
que trata de artes marciais.
Resposta pessoal.
2. Quais destas palavras representam os três 
elementos do aprendizado das técnicas do 
caratê?
( X ) kihon.
( ) dojo.
( X ) katas.
( ) gui.
( X ) kumite.
O caratê moderno é constituído 
por cinco escolas predominantes 
ou estilos, cujas diferenças estão 
baseadas em suas origens. São 
elas: Goju-Ryu, Shotokan, Shito-Ryu, Wado-Ryu 
e Shorin-Ryu. 
Com um ou dois amigos da sala, listem o 
maior número de palavras relacionadas às lu-
tas e às artes marciais que vocês conseguem 
lembrar. A seguir, agrupem-nas segundo cate-
gorias. Exemplo: capacidades físicas exigidas; 
nomes das modalidades de lutas e dos golpes; 
país de origem e transformações; graus, vesti-
mentas, acessórios etc.
Tendo por base essa lista, escrevam a res-
peito do caratê e de sua relação com outras 
lutas, como judô, jiu-jítsu, sumô, kung fu, tae 
kwon do, aikido, capoeira etc. Se desejarem, 
ilustrem a redação com mangás e outras figu-
ras, como as apresentadas a seguir.
Espera-se que os alunos consigam resgatar conhecimentos 
trabalhados em séries anteriores ou que foram vivenciados 
por eles fora da escola (em clubes, academias ou vistos em 
filmes, lidos em revistas etc.), para estabelecerem as relações 
solicitadas na pesquisa.
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Etapa 1 – O que é luta?
Procure fazer uma “tempestade de ideias” 
ou uma chamada temática com os alunos para 
que falem a respeito do tema, por exemplo, uma 
palavra que se associe à luta. Poderão surgir ex-
pressões do tipo: briga, violência, sobrevivência, 
judô, caratê, sumô, práticas orientais, treina-
mento, concentração, defesa pessoal, jiu-jítsu, 
vale-tudo, força, agilidade, agressão, “coisa pra 
homem”, capoeira, disciplina, ringue, boxe, fra-
turas, cabo de guerra, lesões, socos, pontapés 
(chutes), quimono, faixa preta, nomes de golpes, 
de atletas ou de filmes que abordem o tema. 
As informações coletadas podem ser agrupa-
das em categorias: nomes das modalidades de lu-
tas e dos golpes, origem e história das lutas (país 
de origem e transformações), características das 
lutas (princípios, categorias, vestimentas, acessó-
rios), capacidades

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