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AULA 08 Português p. TJ PE (Revisão Geral FCC) Analista e Técnico Judiciário

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Aula 08
Português p/ TJ-PE (Com videoaulas)
Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas
Língua Portuguesa p/ TJ-PE 
 Analista e Técnico Judiciário 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 08 
 
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AULA 08 
RESUMO DE QUESTÕES SOBRE TODOS OS ASSUNTOS 
A 
 
 
Olá, vitoriosos alunos! Tudo bem? 
 
 
 
 
Esta aula será muito especial, pois vamos fazer um resumo de tudo aquilo 
que pode cair no certame. Comentei cada questão dizendo qual é o foco e o 
que você precisa saber de mais importante sobre o assunto! 
Selecionei 45 questões! Faça no seu tempo e depois confira o gabarito! 
 
 
 
Vamos com tudo, queridos!! Espero saber do sucesso de cada um dos 
meus alunos, viu! Contem-me depois como foi a prova! Lembrem-se de que a 
recompensa virá do tamanho do seu esforço! Isso não falha! 
 
 
 
 
³Quando penso que cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir 
além´� 
Ayrton Senna 
 
 
 
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Teoria e Questões Comentadas 
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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, considere o texto 
abaixo. 
 
Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, 
quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se 
pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito 
por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e 
que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), 
XPD�FHUWD�GRVH�GH�SDL[mR�DFDERX�VH�LQWURPHWHQGR�QD�UHFHLWD�í sem interferir, 
espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Os 
seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço 
máximo para que ambos fossem mostrados. 
Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira 
mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui 
descrito, citados na lista de agradecimentos. Toda informação importante foi 
checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas 
informações torna impossível que sejam especificadaV� FRPR� ³HQWUHYLVWD�
UHDOL]DGD�QR�GLD�;��QD�FLGDGH�<��FRP�)XODQR�GH�7DO´��SRUTXH�LVWR�VHULD�D�TXHEUD�
de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se 
furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As 
histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no 
desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em 
conjunto. 
�5X\�&DVWUR��³,QWURGXomR�H�DJUDGHFLPHQWRV´��&KHJD�GH�VDXGDGH��D�KLVWyULD�H�DV�KLVWyULDV�
da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15) 
 
 
01. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) O autor 
do texto 
(A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de 
pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova. 
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(B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a 
Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às 
inadequações decorrentes dessa intenção. 
�&�� DGYRJD� SDUD� VHX� UHODWR� D� FRQGLomR� GH� ³KLVWyULD´�� SRU� FXPSULU� R 
protocolo científico: absoluta fidelidade na descrição dos fatos, dados 
definitivos e cabal objetividade. 
(D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do 
compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da 
ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. 
(E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si 
próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em 
dado momento, de assumir diretamente sua voz. 
 
Comentário: alunos, a primeira questão da prova é de interpretação pura. 
É preciso pensar no objetivo do texto e como o autor chegou a tal objetivo 
para que a alternativa correta faça sentido! Vejamos cada uma (marcarei em 
vermelho o erro em cada uma delas): 
(A) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de 
pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova. 
ERRADA. O nome do livro é: ³&KHJD�GH�VDXGDGH��D�KLVWyULD�H�DV�KLVWyULDV�
GD�%RVVD�1RYD´��H[SOLFLWDGR�QD�UHIHUência ao final do texto. 
(B) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a 
Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às 
inadequações decorrentes dessa intenção. 
ERRADA. O autor não teve a intenção de deixar transparecer a sua paixão 
pela Bossa Nova, embora saiba que é difícil segurar. Comprove com um trecho 
GR� WH[WR�� ³É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo 
possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa 
Nova desde que ela ganhou este nome (...), uma certa dose de paixão acabou 
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se intrometendo na receita í� sem interferir, espero, pró ou contra, na 
descrição da trajetória de qualquer personagem´� 
�&�� DGYRJD� SDUD� VHX� UHODWR� D� FRQGLomR� GH� ³KLVWyULD´�� SRU� FXPSULU� R�
protocolo científico: absoluta fidelidade na descrição dos fatos, dados 
definitivos e cabal objetividade. 
ERRADO. O principal erro dessa alternativa é dizer que o autor quer 
cumprir com o protocolo científico, sendo que se trata de um texto narrativo 
(no caso, relato de uma história real). 
(D) emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do 
compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da 
ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. 
ERRADA. AlternativD� VHP� QH[R�� 2� TXH� WHP� D� YHU� ³KLVWyULDV� H� KLVWyULDV´�
com o compromisso com o constatável? Alternativa péssima! 
(E) explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si 
próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em 
dado momento, de assumir diretamente sua voz. 
CORRETA. Perfeita!! O autor assume a sua voz, posiciona-se 
emocionalmente diante do texto, mas mantém a terceira pessoa! Como 
exemplo do uso da terceira pessoa temos: ³3DUD� FRPSRU� HVVD� KLVWyULD�� DV�
informaçõeV�IRUDP�EXVFDGDV�HP�SULPHLUD�PmR´�H�³1R�FDVR�GH�IRQWHV�TXH�QmR�
VH� IXUWDUDP� D� VHU� LGHQWLILFDGDV�� HVWDV� VmR� PHQFLRQDGDV� QR� FRUSR� GR� WH[WR´��
entre outros trechos. 
GABARITO: E 
 
02. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) 
Compreende-se corretamente do texto: 
(A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no 
WUDoR�FRPXP�³FDUiWHU�ELIURQWH´�� 
(B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa 
sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis. 
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(C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor 
informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham 
vindo a público. 
(D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a 
decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro. 
(E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo 
próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a 
trajetória da Bossa Nova. 
 
Comentário: quero analisar cada alternativa em mais uma questão de 
interpretação textual. Ah! Para responder a uma questão como essa, é 
imprescindível voltar ao texto e contextualizar cada alternativa, ok! 
(A) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 8) se fundamenta no 
traoR�FRPXP�³FDUiWHU�ELIURQWH´�� 
&255(7$�� 6DLED� TXH� ³FDUiWHU� ELIURQWH´� p� R� PHVPR� GH� WHU� GXDV� IURQWHV��
duas caras. Característica de alguém que é falso, traiçoeiro. Sendo assim, no 
trecho: ³2V�VHUHV�KXPDQRV��DVVLP�FRPR�RV�/3V��WrP�ODGRV�$�H�%��H�KRXYH�XP�
esforoR�Pi[LPR�SDUD�TXH�DPERV�IRVVHP�PRVWUDGRV´��D�FRPSDUDomR�GRV�VHUHV�
KXPDQRV�FRP�RV�/3¶V�VHUYH�SDUD�LOXVWUDU�TXH�DTXHOHV�SRVVXHP�GRLV�ODGRV��XP�
bom e outro ruim, em um bifrontismo natural. 
(B) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 9), o autor expressa 
sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis. 
ERRADA. O ator não disse que os homens são indecifráveis, muito menos 
por serem volúveis! 
(C) ao referir-se a informações em primeira mão (linha 13), o autor 
informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham 
vindo a público. 
ERRADA. Primeira mão quer dizer que o autor teve o trabalho de verificar 
entre os envolvidos a veracidade das informações, sendo ou não elas 
conhecidas do público. 
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(D) a caracterização de entrevista (linhas 18 e 19) prepara o leitor para a 
decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro. 
ERRADA. Não se trata de decodificação e sim de privacidade, sigilo das 
informações. 
(E) as histórias que compõem o livro (linha 23) não possuem relevo 
próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a 
trajetória da Bossa Nova. 
ERRADA. As histórias possuem relevo próprio e importância sim (não 
unicamente na bossa nova, pode ter sido importante na carreira do artista 
individual também). 
GABARITO: A 
 
03. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) No 
primeiro parágrafo do texto, 
(A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao 
elemento a que cada um deles se refere. 
(B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um 
julgamento que traz as marcas de uma presunção. 
(C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma 
história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3). 
(D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu 
com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos. 
(E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2) 
delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de 
escrita da obra. 
 
Comentário: voltando a as texto em TODAS as alternativas para perceber 
a remissão e a interpretação exatas, temos: 
(A) Esta (linha 1) e a (linha 1) são pronomes que se antecipam ao 
elemento a que cada um deles se refere. 
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ERR$'$�� 2� ³HVWD´� UHDOPHQWH� DQWHFLSD� ³KLVWyULD´� �FDWiIRUD��� PDV� R� �D��
refere-VH�D�³XPD�KLVWyULD´��TXH�YHP�DQWHV�GR�SURQRPH��DQiIRUD�� 
(B) o segmento introduzido pelo travessão (linha 6) expressa um 
julgamento que traz as marcas de uma presunção. 
CORRETA. O autor julga que a sua paixão pela Bossa Nova não irá 
interferir na opinião pró ou contra, até que se prove o contrário (presunção), 
TXDQGR�HOH�GL]��HVSHUR´� 
(C) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma 
história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 2) e escrito (linha 3). 
ERRADA. "uma história da Bossa Nova" e "um livro" não têm o mesmo 
sentido que "escrito", que é um verbo! 
(D) os parênteses (linhas 4 a 5) acolhem explicação sobre o que ocorreu 
com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos. 
ERRADA. O parênteses não separa uma explicação, ele adiciona mais uma 
informação. 
 (E) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linha 2) 
delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de 
escrita da obra. 
ERRADA. Concomitância significa ao mesmo tempo, o que não é o caso da 
vivência dos jovens durante o período da Bossa Nova e do período em que o 
livro foi escrito. 
GABARITO: B 
 
04. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) No 
contexto, o segmento que expressa uma causa é: 
(A) (linha 1) que a fizeram. 
(B) (linhas 2 e 3) que se pretende o mais factual e objetivo possível. 
(C) (linhas 3 e 4) tendo sido escrito por alguém. 
(D) (linha 6) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na 
receita. 
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(E) (linhas 10 e 11) as informações foram buscadas em primeira mão. 
 
Comentário: toda causa tem sua consequência, certo? Então veja: 
³������ tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde 
que ela ganhou este nome (...)´ >>> CAUSA 
³8PD� FHUWD� GRVH� GH� SDL[mR� DFDERX� VH� LQWURPHWHQGR� QD� UHFHLWD´ >>> 
CONSEQUÊNCIA 
 $� RUDomR� ³WHQGR� VLGR� HVFULWR� SRU� DOJXpP´� p� FODVVLILFDGD� FRPR�
subordinada adverbial causal reduzida de particípio. 
Vale comentar que, nas alternativas (A) e (B), as orações ³TXH�D�IL]HUDP´�
H� ³TXH� VH� SUHWHQGH� R� PDLV� IDFWXDO� H� REMHWLYR� SRVVtYHO´� VmR� VXERUGLQDGDV�
adjetivas e transmitem valor de restrição. A alternativa (D) está errada, pois a 
HVWUXWXUD�³XPD�FHUWD�GRVH�GH�SDL[mR�DFDERX�VH� LQWURPHWHQGR�QD�UHFHLWD´�p�D�
consequência�� QmR� D� FDXVD�� 1D� DOWHUQDWLYD� �(��� D� RUDomR� ³3DUD� FRPSRU� HVVD�
KLVWyULD�´�HQFRQWUD-VH�HP�UHODomR�GH�ILQDOLGDGH�FRP�D�VXD�RUDomR�SULQFLSDO�³DV�
LQIRUPDo}HV�IRUDP�EXVFDGDV�HP�SULPHLUD�PmR´� 
GABARITO: C 
 
05. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) O 
segmento do texto que, tendo sido transformado, preserva a correção original 
é: 
(A) qualquer que sejam as personagens. 
(B) devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. 
(C) torna inacessível as especificações desejáveis. 
(D) as fontes devem serem especificadas. 
(E) os esforços haveriam de ser grandes. 
 
Comentário: atenção, queridos: 
(A) qualquer que sejam as personagens. 
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ERRADA. Erro de concordância! O correto é: quaisquer que sejam as 
personagens. 
(B)devem haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. 
(55$'$��(P�XPD�ORFXomR�YHUEDO�FRP�R�YHUER�³KDYHU´�LPSHVVRDO��R�YHUER�
auxiliar assume a impessoalidade e fica invariável também. O correto é: deve 
haver muitas fontes mencionadas no corpo do texto. 
(C) torna inacessível as especificações desejáveis. 
(55$'$�� 2XWUR� HUUR� GH� FRQFRUGkQFLD�� 2� YHUER� ³WRUQDU´� GHYH� FRQFRUGDU�
FRP� ³HVSHFLILFDo}HV� GHVHMiYHLV´�� QR� SOXUDO�� tornam inacessíveis as 
especificações desejáveis. 
(D) as fontes devem serem especificadas. 
ERRADA. Essa está péssima! Apenas o auxiliar sobre flexão!! As fontes 
devem ser especificadas 
(E) os esforços haveriam de ser grandes. 
CORRETA!! O verbo haver nesta frase não está no sentido de existir, logo 
ele pode ser flexionado! 
GABARITO: E 
 
Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o texto 
abaixo. 
 
³$� FRQFLOLDomR�� DQWHV� GH� tudo, tem proporcionado às partes o efetivo 
acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do 
conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento de segurança e confiança, 
encorajando-o na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade, 
HILFLrQFLD� H�� VREUHWXGR�� UDSLGH]� QD� SUHVWDomR� MXULVGLFLRQDO´�� &RP� HVVDV�
palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete da Conciliação do 
Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), Antonio Cedenho, define o que 
é este ato capaz de reduzir processos na justiça. 
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�9LYLDQH�3RQVWLQQLFRII��³&RQFLOLDomR�p�D�VROXomR´��-XVWLoD�HP�5HYLVWD í publicação 
bimestral da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p. 
6) 
 
06. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) É 
INCORRETO afirmar que, no contexto, o emprego de 
(A) antes de tudo cria a expectativa de que muitas são as vantagens 
advindas da conciliação. 
(B) efetivo deixa subentendida a ideia de que nem sempre os cidadãos 
veem cumprido seu direito à Justiça. 
(C) tem proporcionado é indicador de fato repetido ou contínuo. 
(D) diretamente faz supor que há procedimentos jurídicos em que as 
partes se fazem representar por interpostos. 
(E) apaziguador permite a conclusão de que todos os processos que 
chegam ao gabinete da Conciliação terminam com o acordo entre as partes. 
 
Comentário: atenção! A questão pede a alternativa ERRADA!! 
Observe que a alternativa E conclui algo não está indicado no texto, pois 
apaziguar é acalmar os ânimos das pessoas que partem para a conciliação. 
Isso não quer dizer que as partes chegarão a um acordo. 
GABARITO: E 
 
07. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) A 
substituição que garante o sentido original, com clareza e correção, é: 
(A) e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional por ³H� VREUHWXGR��
UDSLGH]�QD�SUHVWDomR�MXULVGLFLRQDO´�� 
(B) despertar no cidadão por despertar-lhe. 
(C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua 
defesa de direitos. 
(D) pois por porquanto. 
(E) Antonio Cedenho, define por ³$QWRQLR�&HGHQKR�GHILQH´� 
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Comentário: a questão quer que o candidato encontre a alternativa em 
que a mudança proposta NÃO altere o SENTIDO nem a CORREÇÃO! Vejamos: 
�$�� H�� VREUHWXGR�� UDSLGH]� QD� SUHVWDomR� MXULVGLFLRQDO� SRU� ³H� VREUHWXGR��
UDSLGH]�QD�SUHVWDomR�MXULVGLFLRQDO´�� 
ERRADA. Ou se deve retirar as duas vírgulas ou manter as duas! 
(B) despertar no cidadão por despertar-lhe. 
ERRADO. Há mudança no sentido original ao trocar cidadão por lhe, 
passando a referenciar termo anterior, no caso "as partes". Além disso, o 
pronome deveria estar no plural (lhes). 
(C) encorajando-o na defesa de seus direitos por encorajando este na sua 
defesa de direitos. 
ERRADA. Há mudança no sentido original ao trocar "defesa de seus 
direitos" por "sua defesa de direitos" 
(D) pois por porquanto. 
CORRETO, ambas são conjunções explicativas e podemos trocá-las sem 
alterar o sentido original. 
�(��$QWRQLR�&HGHQKR��GHILQH�SRU�³$QWRQLR�&HGHQKR�GHILQH´�� 
(55$'$�� 2� DSRVWR� ³$QWRQLR� FHGHQKR´� GHYH� SHUPDQHFHU� HQWUH� YtUJXODV�
para que se mantenha a correção gramatical. 
GABARITO: D 
 
08. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) A 
conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à 
Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. 
Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a 
forma verbal resultante é: 
(A) têm proporcionado. 
(B) tem sido proporcionado. 
(C) tinham proporcionado. 
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(D) era proporcionado. 
(E) foi proporcionado. 
 
&RPHQWiULR��R�WUHFKR�GHVWDFDGR��WUDQVSRVWR�SDUD�D�YR]�SDVVLYD��VHULD��³o 
efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às 
SDUWHV�SHOD�FRQFLOLDomR´��2EVHUYH�TXH�R� WHPSR composto mudou apenas pela 
colocação do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução 
verbal de voz passiva analítica ser + particípio. 
GABARITO: B 
 
09. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) A frase 
redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é: 
(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a 
cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se 
depende. 
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional 
como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante 
naquela pendência. 
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a 
todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou 
desajeitado. 
(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à 
Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à 
sua dignidade. 
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado 
deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos 
especialistas. 
 
Comentário: vamos analisar as falhas em cada alternativa errada: 
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(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a 
cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se 
depende. 
ERRADA. Problema de concordância verbal, pois o sujeito é composto "A 
criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes" e leva o verbo 
ao plural: estão. 
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional 
como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante 
naquela pendência. 
ERRADA. De cara percebemos o erro no uso da crase antes de verbo em³j� GHVHMDU´�� Percebemos também que, na oração "que sua atuação tanto 
profissional como em sociedade não deixava", o "que" e o pronome "sua" soam 
estranho, porque estão entre dois substantivos com valor de posse. Assim, 
cabe o pronome relativo "cuja". O termo "cuja atuação" é o sujeito, por isso 
não é precedido de preposição. 
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a 
todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou 
desajeitado. 
CORRETA. Perceba que o verbo "se dignava" é transitivo indireto e por 
isso há preposição "de" em seguida. Note que a expressão "-nos a todos" 
significa "a todos nós". Assim, temos o objeto direto "nos" e o reforço 
pleonástico "a todos". Isso está correto. Veja que a dupla vírgula está correta, 
por intercalar o adjunto adverbial de modo "sem exceção". 
(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à 
Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à 
sua dignidade. 
ERRADA. A locução verbal "posso atribuir" é transitiva direta e indireta 
(atribuir alguma coisa a alguém). O termo "a precária condição de acesso" é o 
objeto direto, seguido do complemento nominal "à Educação". O objeto 
indireto deve ser precedido da preposição "a". Como o núcleo "condição" 
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admite artigo "a", ocorrerá a crase: "à condição". Assim, deve-se retirar a 
preposição "a" antes de "apenas", pois esta preposição se repete depois deste 
vocábulo formando a crase (à condição). 
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado 
deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos 
especialistas. 
ERRADA. O sujeito "Os resultados da pesquisa científica" possui núcleo 
SOXUDO� �RV� UHVXOWDGRV´�� VHQGR� DVVLP�� R� LGHDO� p� D� FRQFRUGkQFLD� GR particípio 
³OHYDYD´� QR� SOXUDO� H� PDVFXOLQR�� OHYDGRV�� $OpP� GLVVR�� HVVH� VXMHLWR� Ga 
oração principal deve levar a locução verbal para o plural: devem ser abertos. 
O mesmo ocorrendo com o adjetivo "restrito": restritos. Nesse contexto, cabe 
o pronome "a" retomando apenas "pesquisa" e não "resultados". 
GABARITO: C 
 
10. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) Está 
correta a seguinte frase: 
(A) Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na 
água que considera benta, pois diz que, tendo sido benzida em dia de muito 
fervor, é miraculosa. 
(B) Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se 
o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver 
problemas mais à frente. 
(C) Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita 
os cidadãos a que remediem por si sós os danos cuja reparação está 
legalmente sob o dever do estado. 
(D) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o 
prazo previsto no acordo, caso em que sereis responsabilizado legalmente pelo 
decurso. 
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(E) Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que 
consiga o octagésimo lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo 
analisado. 
 
Comentário: apenas a alternativa A está perfeita! Percebemos erros nas 
outras de vários segmentos: concordância, ortografia, flexão, pontuação, 
conjunção (sentido) .... Muita análise envolvida. Tentarei simplificar para não 
ficar pesado. Consertei as alternativas: 
b) URGEM, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, 
PORÉM, se o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, 
poderá haver problemas mais à frente. 
c) TRATA-SE de advertências as mais singulares POSSÍVEIS, entre elas aS 
que INCITAM os cidadãos a que REMEDEIEM por si sós os danos cuja 
reparação está ESTEJA legalmente sob o dever do estado. 
d) O presidente advertiu Vossa Excelência para que não DEIXE passar o 
prazo previsto no acordo, caso em que SERÁ responsabilizado legalmente pelo 
decurso. 
(pronomes de tratamento conjugam verbos em 3ª pessoa) 
e) Tenho EXAURIDO minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem 
que consiga o OCTOGÉSIMO lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo 
analisado. 
GABARITO: A 
 
11. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) A 
redação correta é: 
(A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a 
imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós 
mesmos, os funcionários. 
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(B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a 
adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus 
humores da jovem. 
(C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o 
exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. 
(D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que 
KDYHUi�FXUD�í é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. 
(E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo 
e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do 
expediente. 
 
Comentário: questão muito parecida com a anterior da prova! Envolvem 
muito conhecimento junto. A alternativa B está perfeita! Analisando cada 
alternativa errada, temos: 
(A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a 
imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós 
mesmos, os funcionários. 
ERRADA. Não há crase antes de pronome pessoal oblíquo tônico. Além 
disso�� D� IRUPD� YHUEDO� ³DTXLHFHQGR´ está grafada erradamente. Deveria ser 
³aquiescendo´� 
(C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o 
exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. 
ERRADA. O verbo soer (costumar) está conjugado errado. O correto é: 
³HOH�VyL´� 
(D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que 
haverá cura - é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. 
ERRADA. Vejo dois problemas de concordância: o vHUER� ³H[LVWLU´ deve 
concoUGDU� HP� Q~PHUR� FRP� VHX� VXMHLWR� ³G~YLGDV´� H� R� YHUER� ³SURYDU´ deve 
concoUGDU�HP�Q~PHUR�FRP�VHX�VXMHLWR�³RV�(VWDGRV�8QLGRV´. Lembrando que o 
verbo haver no sentido de existir não varia, pois é impessoal e o verbo do 
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VXMHLWR�³os EstadoV�8QLGRV´ só varia em número, ficando no plural, porque tal 
expressão está antecedida de artigo. 
(E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo 
e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do 
expediente. 
ERRADA. Muitos problemas aqui: há truncamento sintático, pois não há 
oração principal destas orações subordinadas reduzidas de gerúndio enão há 
paralelismo sintático na segunda oração subordinada, que deveria estar em 
IRUPD�UHGX]LGD��RX�VHMD��³'HVHMDQGR�LQWHQVDPHQWH�DOoDU-se diretor e passando 
D�DJLU�FRP�]HOR�H�GLVFULomR���´��$OpP�GLVVR��R�YHUER�³H[LWDQGR´�QmR�H[LVWH��PDV�
VLP�³KHVLWDQGR´, de hesitar. 
GABARITO: B 
 
12. (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± Analista Judiciário ± FCC) A única 
frase NÃO pontuada corretamente é: 
(A) É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos 
ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a 
nosso serviço cotidianamente. 
(B) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão 
imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então 
prometi que a visitaria logo. 
(C) À beira de um ano novo í H� TXDVH� j� EHLUD� GR� RXWUR� VpFXOR� í�� D�
imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara 
por décadas o espírito dos homens públicos. 
(D) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o, 
porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas como se fosse para alguém a quem 
se cumprimenta só por obrigação. 
(E) A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo, 
fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os 
mais jovens. 
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Comentário: questão direcionada. A banca vai testar se você conhece 
especificamente sobre pontuação. É mais fácil ainda, basta encontrar a 
alternativa que possui erro de pontuação! Observe a alternativa A, nela é 
possível encontrar dois erros: 
(A) É minha opinião, (1) que não se deve falar mal de ninguém; e menos 
ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes (2) querendo ou não, 
estão a nosso serviço cotidianamente. 
1 - Entre a oração principal e a subordinada substantiva não se usa 
vírgula, com exceção da substantiva apositiva que pode vir separada por 
vírgula ou dois pontos. 
2 - faltou vírgula para isolar o comentário que está entre sujeito e verbo. 
GABARITO: A 
 
13. (DP/RS ± 2011 ± Direito ± FCC) Atenção: Responda à questão com 
base no texto. 
 
Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato 
 
Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato 
que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro 
guardadas por 24 anos. 
O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo 
homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de 
seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin 
insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a 
investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os 
assassinos. 
Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação 
de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de 
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criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis 
Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será 
sentenciado em dezembro. 
Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de 
Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa 
ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. 
"Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou 
da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um 
caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido 
usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo". 
 
Na entrada de casa 
Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal 
em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e 
seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu 
carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento 
no Brooklyn.... 
 
DNA 
A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de 
Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública pedindo 
uma nova investigação sobre a morte de Samuel. 
A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de 
dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por 
crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que 
estivessem presos ou em liberdade condicional na época. 
Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou 
Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos 
antes. 
... 
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"A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver 
os assassinos de Samuel Quentzel enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente 
chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia 
estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de 
polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens 
responsáveis por esse crime terrível". 
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00-
Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010, 
��K���‡�DWXDOL]DGR�jV���K��� 
 
A transformação da frase "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse 
Goodwin, para discurso indireto é: 
a) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo. 
b) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo. 
c) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". 
d) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". 
e) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo. 
 
Comentário: para passar um discurso direto para o discurso indireto, é 
preciso observar o seguinte: 
1) deve-se começar a frase assim: Goodwin disse que... observe a 
inserção da conjunção integrante que. 
��� D� SULPHLUD� SHVVRD� ³HX´� GR� GLVFXUVR� GLUHWR� SDVVDUi� D� WHUFHLUD� SHVVRD�
³HOH´�QR�GLVFurso indireto. 
��� R� SUHWpULWR� SHUIHLWR� GR� LQGLFDWLYR� ³SDUHL´� ��� SHVVRD��� SUHVHQWH� QR�
discurso direto, passará para o pretérito mais-que-SHUIHLWR� ³SDUDUD´� RX�
³WLQKD�KDYLD�SDUDGR´����SHVVRD���QR�GLVFXUVR�LQGLUHWR��� 
���2�SURQRPH�GHPRQVWUDWLYR�³LVVR´��SUHVente no discurso direto, passará 
D�³DTXLOR´�QR�LQGLUHWR�� 
A única alternativa que atende a tais questões acima citadas é a A. 
GABARITO: A 
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 14 de fevereiro 
 
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um 
homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da 
Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz 
descansada: 
í�0H�Gi�XPD�IROKD�TXH�WUD]�R�UHWUDWR desse homem que briga lá fora. 
í�4XHP" 
í�0H�HVTXHFHX�R�QRPH�GHOH� 
Leitor obtuso, se nãopercebeste que "esse homem que briga lá fora" é 
nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais 
obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da 
seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita 
lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi 
comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o 
nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e 
tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por 
entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma 
pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à 
porta da estalagem, ou no quarto em que residirem. 
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, vol.III, 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763) 
 
14. (AFR/SP ± 2009 ± Gestão Tributária ± FCC) Se o cronista tivesse 
preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao vendedor, 
a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher 
simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao 
padrão culto escrito é: 
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a) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá 
fora. 
b) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que 
brigava lá fora. 
c) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora. 
d) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá 
fora. 
e) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria 
lá fora. 
 
Comentário: em discurso indireto (o autor expondo a fala da mulher 
com as palavras dele próprio) a fala ficaria assim, de acordo com a 
alternativa B: que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem 
que brigava lá fora. 
Para transpor um discurso direto para indireto, é preciso estar atento às 
seguintes mudanças: 
�������$�SULPHLUD�SHVVRD�³PH´�FHGH�OXJDU�SDUD�D�WHUFHLUD�SHVVRD�³OKH´� 
����2�LPSHUDWLYR�DILUPDWLYR�³Gi´�FHGH�OXJDU�SDUD�R�SUHtérito imperfeito do 
VXEMXQWLYR�³GHVVH´� 
���2�SUHVHQWH�GR�LQGLFDWLYR�³WUD]�³�H�³EULJD´��FHGH� OXJDU�SDUD�R�SUHWpULWR�
LPSHUIHLWR�GR�LQGLFDWLYR�³WUD]LD´�H�³EULJDYD´� 
���R�GHPRQVWUDWLYR�³HVVH´�FHGH�OXJDU�SDUD�³DTXHOH´�� 
GABARITO: B 
 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo, início da crônica "Quadro na 
parede", de Carlos Drummond de Andrade. 
 
í�Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra 
GH�FRQVHUWDU�VXD�SRVLomR�í�REVHUYRX�R�6U��%RUJHV��OHYDQWDQGR�D�FDEHoD��HQWUH�
o primeiro e o segundo goles do café da manhã. 
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í�+i�SHVVRDV�UHDOPHQWH�H[DJHUDGDV�í�SRQGHURX�D�6UD��%RUJHV��HQTuanto 
passava geleia no brioche. Esse quadro está assim apenas há uma semana. 
í�8PD�VHPDQD�SDUHFH�WHPSR�VXILFLHQWH�SDUD�DOJXpP�FRUULJLU�D�SRVLomR�GH�
XP� TXDGUR� QD� SDUHGH� í� UHWUXFRX� R� 6U�� %RUJHV�� VRUYHQGR� PDLV� XP� JROH�� H�
desdobrando o jornal. 
í�$GPLWLQGR-se que assim seja, embora a colocação de um objeto de arte 
exija muitas experiências e tempo indeterminado de observação e crítica, até 
que seja atingido o resultado ideal, presume-se que a pessoa não satisfeita 
com a posição de um quadro... 
A Sra. Borges fez uma pausa para levar aos lábios a fatia de brioche, 
mastigá-la e engoli-la, concluindo placidamente: 
 
í�7RPH�D�LQLFLDWLYD�GH�PRGLILFi-la para melhor. 
 í Esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra 
GH�FRQVHUWDU�VXD�SRVLomR�í�REVHUYRX�R�6U��%RUJHV��OHYDQWDQGR�D�FDEHoD��HQWUH�
o primeiro e o segundo goles do café da manhã. 
 
15. (ALERN ± 2011 ± Taquigrafia ± FCC) Outro modo de referir a fala 
acima, iniciando com "O Sr. Borges, levantando a cabeça, entre o primeiro e o 
segundo goles do café da manhã, observou que... ", estará correto com o 
seguinte complemento: 
a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra 
de consertar sua posição. 
b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se 
lembrava de consertar sua posição. 
c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava 
a se lembrar de consertar sua posição. 
d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e 
ninguém se lembra de consertar sua posição. 
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e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se 
lembrava de consertar sua posição. 
 
Comentário: para transpormos um discurso direto para indireto, temos 
que tomar cuidado com alguns detalhes: 
 
Discurso direto Discurso indireto 
Uso da primeira pessoa do 
discurso 
Terceira pessoa 
Verbo no presente do indicativo 
Emprego do pretérito imperfeito do 
indicativo 
Verbo no pretérito perfeito Pretérito mais que perfeito 
Futuro do presente Futuro do pretérito 
Modo imperativo Pretérito imperfeito do subjuntivo 
Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí Adjuntos adverbiais: ali, lá 
Ontem O dia anterior 
Amanhã O dia seguinte 
 
Quando um narrador reproduz uma fala em discurso indireto, ele está 
fazendo isso depois que o personagem reportado já falou, ou seja, não está no 
tempo presente, mas no passado. Cuidado com os marcadores temporais e 
com os tempos verbais. Vejamos: 
 
a) esse quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém se lembra 
de consertar sua posição. ± ERRADA. Os verbos estão no presente, mas 
deveriam estar no pretérito imperfeito: estava, lembrava. 
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b) aquele quadro estava torto desde o começo do mundo e ninguém se 
lembrava de consertar sua posição. ± CORRETA. Verbos no pretérito 
imperfeito. 
c) aquele quadro está torto desde o começo do mundo e ninguém chegava 
a se lembrar de consertar sua posição. ± ERRADA. (PERUD�R�YHUER�³FKHJDU´�
esteja no pretérito imperfeito, não há necessidade de troca, até porque altera 
sutilmente o sentido. 
d) o quadro que estava ali está torto desde o começo do mundo e 
ninguém se lembra de consertar sua posição. ± ERRADA. Verbos no presente. 
e) um dos quadros está torto desde o começo do mundo e ninguém se 
lembrava de consertar sua posição. ± ERRADA. 9HUER� ³HVWDU´� QR� SUHVHQWH��
$OpP� GLVVR�� ³XP� GRV� TXDGURV´� JHQHUDOL]D�� DOWHUDQGR� D� LGHLD� RULJLQDO� GH� ³R�
TXDGUR´�HVSHFtILFR�� 
GABARITO: B 
 
Para responder a questão, considere o texto abaixo, conferência 
pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de 
Wisconsin, nos Estados Unidos. 
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16. (DPF/ RS ± 2014 ± Defensor Público ± FCC) Era já a aurora do dia 
da América, mas nada mais senão a aurora. 
Considerada a frase acima, em seu contexto, assinale a assertiva correta. 
a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido 
original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é 
absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela. 
b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais 
senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente 
à frase original. 
c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo 
do sentido original. 
d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora 
está empregada como metáfora. 
e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da 
frase. 
 
Comentário: 
a) Substituir da América por "americano" em nada prejudica o sentido 
original, pois é regra do idioma que o sentido da locução adjetiva é 
absolutamente idêntico ao sentido do adjetivo que corresponde a ela. ± 
(55$'$�� $OWHUD� VLP� R� VLJQLILFDGR�� ³'LD� GD� $PpULFD´� p� GLIHUHQWH� GH� ³GLD� GR�
$PHULFDQR´��$WHQWH�DLQGD�SDUD o fato de que nem toda locução adjetiva possui 
o mesmo sentido do seu adjetivo correspondente, como afirma a alternativa. 
b) A frase "Ainda que já fosse a aurora do dia da América, era nada mais 
senão a aurora" está gramaticalmente correta e é semanticamente equivalente 
à frase original. ± &255(7$��³$LQGD�TXH´�p�FRQFHVVLYR�H�PDUFD�RSRVLomR�EHP�
FRPR�R�³PDV´� 
c) O advérbio já pode ser substituído por "em pouco tempo", sem prejuízo 
do sentido original. ± (55$'$��2�³Mi´�PDUFD�LGHLD�SUHVHQWH��QmR�IXWXUD� 
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d) Por vir associada à palavra dia, não se pode dizer que a palavra aurora 
HVWi�HPSUHJDGD�FRPR�PHWiIRUD��(55$'$��$�SDODYUD�³DXURUD´�HVWi�VHQGR�XVDGD�
em sentido figurado, indicando o iniciar, o nascer, o princípio. 
e) A substituição de senão por "se não" mantém o sentido original da 
frase. 
- (55$'$�� ³VHQmR´� p�R�PHVPR�TXH� ³PDV� WDPEpP´�� ³H[FHWR´�� � ³6H�QmR´�
WUD]�R�³VH´�FRQGLFLRQDO�� 
GABARITO: B 
 
Os GLUHLWRV�³QRVVRV´�H�RV�³GHOHV´ 
 
1mR� p� LQFRPXP� TXH� MXOJXHPRV� R� TXH� FKDPDPRV� ³QRVVRV´� GLUHLWRV�
superiores aos direitos dR� ³RXWUR´�� 7DQWR� QR� QtYHO� PDLV� SHVVRDO� GDV� UHODo}HV�
como nos fatos sociais costuma ocorrer essa discrepância, com as 
consequências de sempre: soluções injustas. 
Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu 
senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, jornalista e escritor mestiço, 
abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que 
se tornou célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor, 
seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". A frase 
causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando 
tremenda polêmica à época. Na verdade, continua provocando. 
Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria 
aplaudido por uns e acusado por outros GH�GHPRQL]DU�R�³SURSULHWiULR´��&RPR�
se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem 
subjuga acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais 
polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir, mas existem; será que 
terão fim? 
O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que 
passou muitos anos na prisão por conta de suas ideias socialistas, propunha, 
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em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa 
conduta subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias 
SDUD� HQWmR� UHVSRQGHU� j� VHJXLQWH� SHUJXQWD�� ³4XHP� VRIUH"´� 3DUD� *UDPVFL�� R�
sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na 
avaliação das decisões pessoais ou políticas. 
(Abelardo Trancoso, inédito) 
17. (TRT - 1ª REGIÃO / RJ ± 2014 ± Analista Judiciário ± TI ± FCC) 
Está plenamente correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não 
relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se 
tomar. 
b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se 
desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que 
com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer. 
c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se 
respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável 
injustiça para com seus semelhantes. 
d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento 
radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu 
proprietário. 
e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre 
os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de 
Luís Gama. 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa: 
a) Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não 
relutava uma análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se 
tomar. ERRADA ± ³5HOXWDU´� p� em alguma coisa, diante de alguma coisa e 
VLJQLILFD�³WLWXEHDU´��(rro de regência do verbo, pois faltou uso da preposição. O 
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SURQRPH� UHODWLYR� ³RQGH´� Vy� SRGH� WHU� FRPR� DQWHFHGHQWH� SDODYUD� FRP� LGHLD�
HVSDFLDO��LQGLFDQGR�OXJDU��R�TXH�QmR�p�FDVR�GD�SDODYUD�³FDVRV´� 
b) A preocupação principal do autor do texto está em demonstrar como se 
desejam preservar os direitos em que os detentores somos nós, ao passo que 
com os dos outros o mesmo não venha a ocorrer. ERRADA ± ³&RPR�GHVHMDP´�
RX�³FRPR�VH�GHVHMD´��³'HWHQWRU´�de alguma coisa, não em alguma coisa! Erro 
de regência. Opção também VHULD�XVDU�R�³FXMR´� �³RV�GLUHLWRV�FXMRV�GHWHQWRUHV�
VRPRV�QyV´�� 
c) Muita gente considera de que seus direitos são sempre preferíveis de se 
respeitar do que os dos outros, cometendo-se com isto uma irreparável 
injustiça para com seus semelhantes. ERRADA ± 2� YHUER� ³FRQVLGHUDU´� p�
WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� QmR� UHJH� SUHSRVLomR�� SRUWDQWR�� R� SULPHLUR� ³GH´� IRL� XVDGR�
HTXLYRFDGDPHQWH��2�VHJXQGR�³GH´�WDPEpP�QmR�GHYH�VHU�XVDGR��SRLV�R�YHUER�
³SUHIHULU´�QmR�H[LJH�HVWD�SUHSRVLomR�� 
d) O intrépido Luís Gama não hesitou em lançar mão de um argumento 
radical para defender seu cliente, um escravo acusado do assassinato de seu 
proprietário. ± CORRETA. 
e) Seria mesmo difícil de se imaginar a balbúrdia que se proclamou entre 
os expectadores que assistiam o julgamento de um escravo cuja defesa era de 
Luís Gama. ERRADA ± ³(VSHFWDGRU´��FRP s, como deveria ter sido usado neste 
FDVR��p�DTXHOH�TXH�DVVLVWH��TXH�REVHUYD��SUHVHQFLD��³([SHFWDGRU´��FRP�x,vem 
GH�H[SHFWDWLYD��2�YHUER�³$VVLVWLU´�HVWi�WDPEpP�FRP�D�UHJrQFLD�GHVUHVSHLWDGD��
pois no seQWLGR�GH�YHU��SUHVHQFLDU��UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´�� 
GABARITO: D 
 
Senhores: 
 
Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia 
Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos 
nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma 
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instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito 
eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que 
buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. 
Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e 
completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente 
ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a 
unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e 
principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se 
modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e 
às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de 
estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes 
preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é 
indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele 
perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para 
que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre 
as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão. 
(ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de 
julho de 1897. Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926) 
 
18. (TRF ± Assistente Judiciário ± 2007 ± FCC) Releia: Agora que vos 
agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder 
à vossa confiança. 
A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado 
de Assis declarou que, 
a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei 
na medida do possível corresponder à vossa confiança. 
b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na 
medida do possível corresponder à sua confiança. 
c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que 
buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. 
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d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-
lhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. 
e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos 
dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. 
 
Comentário: Para passar um discurso direto para o indireto, temos que 
atentar principalmente para o tempo verbal, pois, no discurso direto, se os 
verbos estão no presente, no indireto, deverão estar no pretérito imperfeito. 
Agora se no discurso direto estiverem no pretérito perfeito, no indireto deverão 
estar no mais ±que-perfeito. Vamos analisar cada alternativa: 
Machado de Assis declarou que, 
a) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei 
na medida do possível corresponder à vossa confiança. ± ERRADA. Os verbos 
³DJUDGHFHU´�H�³GL]HU´�GHYHULDP�HVWDU�QR�SUHWpULWR�LPSHUIHLWR��2�³EXVFDU´�GHYHUi�
permanecer no futuro, mas na 3ª pessoa, não mais na 1ª, pois já não é o 
0DFKDGR�TXH�HVWi�IDODQGR�³�HOH��EXVFDUi´��� 
b) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na 
medida do possível corresponder à sua confiança. ± (55$'$�2�SURQRPH�³OKH´�
está correto, o problema é a sua colocação. Deveria ter vindo antes do verbo 
�SUyFOLVH�� DWUDtGR� SHOR� ³TXH´�� 2� YHUER� ³GL]HU´� GHYHULD� HVWDU no pretérito 
LPSHUIHLWR�³GL]LD´�� 
c) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que 
buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. ± CORRETA. 
PERFEITA! 
d) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-
lhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. ± 
(55$'$��$� FRQVWUXomR� ³PHVPR�H[DWR�PRPHQWR´�p� UHGXQGDQWH��2� LGHDO� VHULD�
³QR�H[DWR�PRPHQWR´� RX� ³QR�PHVPR�PRPHQWR´�� 3URQRPH�HP�PHVyFOLVH� �GLU-
lhe-LD��DSHQDV�HP�YHUERV�QR�IXWXUR��2�YHUER�³GL]HU´�GHYHULD�HVWDU�QR�SUHWpULWR�
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LPSHUIHLWR��EHP�FRPR�R�YHUER�³EXVFDU´��8VR�LQDGHTXDGR�GRV�GRLV�SRQWRV������R�
ideal era substituí-OR�SRU�³TXH´�� 
e) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos 
dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. ± 
(55$'$��9iULRV�HUURV��8VR�LQDGHTXDGR�GRV�GRLV�SRQWRV������2�SURQRPH�³YRV´�
GHYHULD�GDU�OXJDU�D�³OKHV´�H�QmR�VH�XVD�FUDVH�DQWHV�GH�SURQRPH�GH�WUDWDPHQWR�
(a vossa). 
GABARITO: C 
 
Atenção: Para responder às questões de números 19 a 21 considere o 
texto abaixo. 
 
Falsificações na internet 
 
Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e 
meia se depara com textos atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos 
mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação está longe de honrar a 
alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando 
Pessoa, por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares 
comuns, em linguagem capenga e estilo indefinido. Mas fica a pergunta: o que 
motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da imaginação? 
São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade 
simplória de quem gostaria de ser tomado por um grande escritor e usa o 
nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas, carregado de 
chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento, 
expandindo a falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento 
malicioso de quem conhece seus bem estreitos limites literários e, não se 
conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura falsa, 
esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem 
confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por 
recompensado enquanto recebe os paraEpQV�GH�TXHP�R�³FXUWLX´�� 
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Tais casos são lamentáveis por todas as razões, e constituem 
transgressões éticas, morais, estéticas e legais. Mas fiquemos apenas com a 
grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra, 
inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma 
psicopatia grave, é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. Os 
grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse 
desejo tão humano de desdobramento da personalidadee o legitimam 
artisticamente no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz 
própria, que se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de 
Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao 
não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande 
momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou 
qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam 
como moeda corrente no mercado virtual da fama. 
Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica, 
sobretudo quando ganham o ingênuo acolhimento de quem, enganado, as 
aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os sustenta. 
Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico 
criador só pode aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo 
para alargar os ressentimentos e a infelicidade de quem não se aceita e não se 
estima. 
(Terêncio Cristobal, inédito) 
 
19. (CNMP ± 2015 - Desenvolvimento de Sistemas ± Analista ± 
FCC) No texto manifesta-se, essencialmente, uma censura a quem, 
(A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade 
pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua 
autenticidade. 
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(B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar 
nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais 
infelizes. 
(C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande 
escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos 
grandes talentos. 
(D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres, 
atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas, 
ganhar o aplauso de quem lê. 
(E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet, 
afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes 
escritores. 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa: 
(A) frequentando páginas da internet, deixa-se seduzir com facilidade 
pelos textos de grandes autores, sem antes certificar-se quanto à sua 
autenticidade. ± ERRADA. O texto não censura quem lê, mas sim quem 
escreve sem assumir a própria autoria. 
(B) por falta de talento literário e por ressentimento, costuma ressaltar 
nos textos dos autores clássicos as passagens menos inspiradas ou mais 
infelizes. ± ERRADA. 2V� FKDPDGRV� ³IDOViULRV´�QmR�XVDP�R� WH[WR�GRV�JUDQGHV�
escritores para ressaltais características, eles escrevem e colocam a assinatura 
deles, como se eles tivessem escrito. 
(C) levado pelo sentimento da vaidade, porta-se como se fosse um grande 
escritor, tratando de temas profundos num estilo elevado, próprios dos 
grandes talentos. ERRADA. O problema desta alternativa está em dizer que os 
textos têm estilo elevado e próprio dos grandes escritores. O texto diz o 
contrário. 
(D) cometendo uma fraude, publica na internet textos medíocres, 
atribuídos a escritores célebres, buscando com isso, entre outras coisas, 
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ganhar o aplauso de quem lê. ± CORRETA. Resume perfeitamente a ideia 
central do texto. 
(E) com intenção maliciosa, cita autores famosos em páginas da internet, 
afetando uma familiaridade que de fato jamais teve com esses grandes 
escritores. ERRADA. Os escritores da internet não mostram familiaridade e 
afeto com grandes escritores, muitas vezes nunca leram suas páginas. 
GABARITO: D 
 
20. (CNMP ± 2015 - Desenvolvimento de Sistemas ± Analista ± 
FCC) Considere as seguintes afirmações: 
I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários 
das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar 
pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a 
linguagem dos alegados autores. 
II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a 
iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os 
escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado 
como um artista superior. 
III. Nos dois parágrafos finais, o que o autor ressalta como 
profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos, 
dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a 
personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido. 
Em relação ao texto está correto o que se afirma 
APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
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Comentário: 
I. No primeiro parágrafo, o autor do texto imagina que muitos usuários 
das redes sociais, mesmo os versados em literatura, podem se deixar enganar 
pela fraude das citações, uma vez que o estilo destas lembra muito de perto a 
linguagem dos alegados autores. ± ERRADA. O primeiro parágrafo traz a 
síntese do que será tratado no texto: por fraude, algumas pessoas publicam na 
internet textos ruins, medianos atribuídos a escritores famosos, buscando com 
isso, entre outras coisas, ganhar o aplauso de quem lê. O problema é que os 
textos são muito ruins e não podem ser vinculados a grandes escritores. 
II. No segundo parágrafo, duas razões são indicadas para explicar a 
iniciativa dos fraudulentos: o gosto pela ironia, empregada para rebaixar os 
escritores de peso, e a busca da notoriedade de quem quer ser identificado 
como um artista superior. ERRADA. O segundo parágrafo traz duas razões 
sim, mas não as propostas nesta afirmativa. 
III. Nos dois parágrafos finais, o que o autor ressalta como 
profundamente grave é o fato de os falsários mentirem para si mesmos, 
dissolvendo a identidade que lhes é própria e assumindo, ilusoriamente, a 
personalidade de alguém cujo valor já está reconhecido. ± CORRETA. 
GABARITO: C 
 
21. (CNMP ± 2015 - Desenvolvimento de Sistemas ± Analista ± 
FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um 
segmento em: 
(A) honrar a alegada autoria (1ºparágrafo) = enobrecer a presunção de 
um autor 
(B) ressentimento malicioso (2º parágrafo) = remorso astuto 
(C) a usam como moeda corrente (3° parágrafo) = gastam-na 
perdulariamente 
(D) o ingênuo acolhimento (4ºparágrafo) = a recepção incrédula 
(E) Disfarçar a mediocridade (4ºparágrafo) = dissimular a banalidade 
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&RPHQWiULR��D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD�p�D�(��SRLV�³GLVIDUoDU´�p�R�PHVPR�TXH�
³GLVVLPXODU´� H� ³PHGLRFULGDGH´� p� R� PHVPR� TXH� ³EDQDOLGDGH´�� 9HMDPRV� DV�
palavras das outras alternativas para marcarmos o erro: 
A) 
alegada = provada 
presunção = opinião excessivamente boa acerca de si mesmo. 
B) 
Remorso = arrependimento 
Ressentimento = angústia, rancor.C) 
Perdulariamente = gastar em excesso, esbanjar. 
Moeda corrente = meio de comprar (sentido figurado). 
D) 
Ingênuo = inocente, sincero. 
Incrédulo = indivíduo que não tem fé religiosa. 
GABARITO: E 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Em fins do ano passado foi aprovada na Comissão de Constituição e 
Justiça do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que 
introduz no artigo 6º da Constituição Federal, relativo aos direitos sociais, frase 
com a menção de que são essenciais à busca da felicidade. 
Pondera-se também que a busca individual pela felicidade pressupõe a 
observância da felicidade coletiva. Há felicidade coletiva quando são 
adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a 
sociedade será mais feliz se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos 
de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros, ou seja, 
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Teoria e Questões Comentadas 
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justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivíduos a 
busca da felicidade. 
Pensa-se possível obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingênuo 
entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituição serem os direitos sociais 
essenciais à busca da felicidade, se vai, então, forçar os entes públicos a 
garantir condições mínimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a 
Constituição. 
A menção à felicidade era própria da concepção de mundo do Iluminismo, 
quando a deusa razão assomava ao Pantheon e a consagração dos direitos de 
liberdade e de igualdade dos homens levava à crença na contínua evolução da 
sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra. 
Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalços que a História 
produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado 
de Direito é um anacronismo patente, sendo inaceitável hoje a inclusão de 
convicções apenas compreensíveis no irrepetível contexto ideológico do 
Iluminismo. 
Confunde-se nessas proposições bem-intencionadas, politicamente 
corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educação, a segurança, a 
saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos 
fundamentais de cunho social pela Constituição exatamente por serem 
essenciais ao bem-estar da população no seu todo. A satisfação desses direitos 
constitui prestação obrigatória do Estado, visando dar à sociedade bem-estar, 
sendo desnecessária, portanto, a menção de que são meios essenciais à busca 
da felicidade para se gerar a pretensão legítima ao seu atendimento. 
O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do 
Mundo de Futebol, mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A 
felicidade é um sentimento individual tão efêmero como variável, a depender 
dos valores de cada pessoa. Em nossa época consumista, a felicidade pode ser 
vista como a satisfação dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas 
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celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade, 
passível de ser desfeita por um desastre, por uma doença. 
Assim, os direitos sociais são condições para o bem-estar, mas nada têm 
a ver com a busca da felicidade. Sua realização pode impedir de ser infeliz, 
mas não constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz. 
(Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço Aberto, 5 de fevereiro de 2011, 
com adaptações) 
 
22. (INSS ± 2012 - Perito Médico Previdenciário ± FCC) Afirma-se 
corretamente que o autor 
(A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz 
se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente 
quanto aos seus direitos básicos. 
(B) critica, tomando por base as obrigações do Estado de Direito e os 
conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda 
Constitucional por considerá-la inócua e defasada. 
(C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para 
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. 
(D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer 
condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos 
básicos que venham a garantir a felicidade geral. 
(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da 
população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à 
igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo. 
 
Comentário: a alternativa B responde corretamente ao enunciado. 
Vejamos o que há de errado nas outras: 
(A) está convencido de que uma sociedade só poderá ser plenamente feliz 
se lhe for permitida a realização de todas as suas expectativas, principalmente 
quanto aos seus direitos básicos. ± ERRADA. O autor se coloca contra a 
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ideia de que a garantia dos direitos básicos são também garantia de 
uma sociedade feliz (confirme no último parágrafo). 
 (C) defende a concessão, pelo Estado, de garantias constitucionais para 
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindível à sensação de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. ± ERRADA. A 
posição do autor é justamente contrária. Segundo ele, o Estado deve 
garantir os direitos básicos para gerar bem-estar à sociedade. A 
felicidade é individual e depende de cada um (confirme nos parágrafos 
6 e 7). 
(D) censura a tardia preocupação do Senado brasileiro em oferecer 
condições mínimas de qualidade de vida à população, com a oferta dos direitos 
básicos que venham a garantir a felicidade geral. ± ERRADA. O autor não 
censura e nem diz achar tardia a preocupação do Senado. 
(E) faz referência à necessária conscientização de que o bem-estar da 
população é um bem indiscutível, especialmente quanto à liberdade e à 
igualdade, a partir dos princípios que embasaram o Iluminismo. ± ERRADA. 
Para o autor a visão iluminista não se aplica nos dias de hoje da 
mesma maneira. Tal ideia seria hoje um anacronismo, porque 
funcionou para aquela época (confirme no parágrafo 5). 
GABARITO: B 
 
23. (INSS ± 2012 - Perito Médico Previdenciário ± FCC) Em relação 
ao desenvolvimento textual, está INCORRETO o que consta em: 
(A) Os dois primeiros parágrafos introduzem o assunto que será analisado 
a seguir. 
(B) Há passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor 
sobre o assunto em pauta. 
(C) No 4º parágrafo identifica-se a argumentação de que se vale o autor 
para embasar a opinião que será defendida no parágrafo seguinte. 
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(D) O exemplo tomado à Copa do Mundo, no 6º parágrafo, compromete o 
encadeamento das ideias defendidas

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