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O Príncipe de Maquiavel

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Atividades Complementares 2o. Semestre
Análise do Livro
“O Príncipe”
Maquiavel
		
Aluno: Jáder José de Oliveira
RA- T700CA2
O Príncipe de Maquiavel
Essa obra é dirigida a um príncipeque esteja governando   e serve para o aconselhar sobre a manutenção de seu governo de forma   eficiente. A eficiência da forma de manter o poder e a manutenção do estado é a ciência política de Maquiavel. 
  O presente fichamentofoi feito do livro: Os pensadores – Maquiavel (traduzido por Olívia Bauduh) e o escrito se desenrola em XXVI Capítulos. 
A obra inicia com Maquiavel dizendo a quem elededica sua obra: Lourenço de Médici, filho de Piero de Médici.
Maquiavel inicia dizendo que os desejosos de agradar a um príncipe costumam dar-lhes presentes caros como cavalos, armas e tecidos. Quanto a ele depois de muito refletir, enviou a vossa excelência esse pequeno resumo.
‘’Embora julgue este trabalho indigno da atenção de vossa magnificência, confio, em função de sua humanidade, seja ele aceito, uma vez que não lhe posso dar maior presente do que a capacidade de aprender [...].
Maquiavel busca agradar Lourenço, e num ato de ‘’falsa humildade’’(minha opinião) diz achar indigno a atenção excelência mas que acredita na humanidade do mesmo e que não pode dar maior presente do que a capacidade de aprender.
No fim da dedicatória Maquiavel chama seu livro de ‘’singelo presente’’e   de algum modo pede ao príncipe que   o leia, dizendo que caso   haja leitura do mesmo, a excelência verá que o objetivo dele é que o mesmo mantenha a grandeza, a fortuna e outros atributos que o anunciam.
Capitulo I
Nesse capitulo o autor trata de
quantas espécies são os principados e quantos são os modos pelos quais se conquistam.
Maquiavel inicia dizendo que todos os estados, todos os domínios que já houve e que ainda há, são e foram republicasou principados, esses muitas das vezes são hereditários ou novos, alguns são adquiridos pela fortuna ou pelo mérito.
Capítulo II
                              Dos principados hereditários
  Nesse capitulo o autor começa por destacar que não se ocupará em tratar das republicas e sim dos principados.
Maquiavel fala como os principados podem ser governados e preservados. O autor retrata quemanter um estado novo é mais difícil   do que   se manter um estado hereditário, pois quanto ao hereditário, tem se apenas a necessidade de conservar   os procedimentos e depois os contemporizar com as situações novas. 
No pensamento de Maquiavel, se um príncipe conquista determinado estado e tenta mudar seus costumes, corre o risco de o povo revoltar-se contra ele, pois é de normal compreensão, afinal, ninguém gosta que alguém chegue e mude tais costumes ali presentes há anos. Tal atitude pode gerar conspirações apoiadas pelo povo. Deste modo, Maquiavelmostra que respeitando a cultura local, é mais fácil para se manterno poder; a menos que, como diz Maquiavel, uma força   o derrube, mas, se isso ocorrer, poderá reconquistá-lo na primeira oportunidade oferecida. 
Maquiavel parece partir da ideia de que um soberano não deve dar motivos aos seus súditos para odiá-lo, pois assim esses sempre o quererão
bem. O autor parece querer dizer que ao não manter os costumes de um determinado principado, ao querer mudar os modos de vida do povo, o monarca acaba sendo visto como um desrespeitador.
Capitulo III
Dos principados mistos
Maquiavel começa esse capitulo mostrando que a dificuldade encontra-se nos principados novos. Caso tal principado esteja unido a um estado hereditário pode se chamar de principado misto. As mudanças de tal local nascesempre do desejo de mudança, desejo de melhoria das pessoas. Segundo Maquiavel tais pessoas mudam com grande facilidade de governantes esperando mudanças, que no pensar do autor, é sempre para pior. 
Maquiavel acredita que todos aqueles que se sentem ofendidos pelo posto de tal individuo ocupar o principado, são inimigos, e que o príncipe não deve considerar como amigos aqueles que o ali colocou, pois o príncipe não pode os satisfazer como eles queiram.
‘’[...] a população da França, apercebeu-se de seu erro quanto ao bem que contava daquele príncipe e não o conseguiu tolerar [...].
Para ele, o príncipesempre precisará do favor dos habitantes do território para poder dominá-lo e   imposições   do governo ou provocações podem gerar injúrias no povo, gerando, assim, inimigos. 
Na leitura do texto, parece que para Maquiavel inimigossão as pessoas ofendidas com a ocupação do seu território. 
‘’[...] os estados conquistados e anexados a um estado antigo, quando da mesma província e da mesma língua, são facilmente subjugados, em particular quando
não estão habituados a viver livres. Para garantir o domínio desses estados, basta aniquilarem a linhagem do príncipe que antes o dominava, uma vez que, mantendo na antiga condição as outras coisas, e não havendo diferenças de costumes, os homens vivem em paz. [...]’’.
Para Maquiavel depois de conquistado, os territórios rebeldes não são perdidos com a mesma facilidade da ultima vez, para o autor a rebelião faz com que o monarca fortaleça sua posição quanto aos rebeldes, revigorando seus pontos fracos.
Conquistar um território que tenha mesma região e língua, é mais fácil de dominar do que se não o fosse, ainda mais se este povo não estiver habituado com a liberdade. O príncipetambém deve fazer a manutenção das leis e dos tributos. 
Ao se conquistar uma província comleis e costumes diferentes, um meio seguro , segundo Maquiavel, é que o monarca vá pessoalmente habitá-lo. Estando o soberano presente, os distúrbios, as desordens são vistas ao serem desencadeadas eserão logo percebidas, logo rapidamente corrigidas.
Maquiavel enxerga aquilo que estamos acostumados a ver. O problema chega de fato naquele que pode resolver apenas quando não resta mais nenhum recurso. Assim ele pensa em mostrar que isso dificulta, uma vez que ao se deixar para resolver determinado problema por ultimo, pode ter se deixado perder varias vias que poderiam ajudar a resolvê-lo.
Outra forma eficazseria de se estabelecer colônias em um ou dois lugares estratégicos na província, mas no desenvolvimento dessa
parte do capitulo Maquiavel toma cuidado, escreve como se fosse necessário ir devagar, como que ‘’pisando em ovos’’. Ele diz sobre tomar as casas das pessoas que vivem neste local, e quepor ser uma pequena parte da população, em nada representarão perigo ao monarca. A grande maioria da população também não fará mal ao monarca , ao contrário, se sentirá grata pelo fato de o monarca os deixar em paz e não quererão o ofender. 
O desejo de conquistar para Maquiavel é comum e natural, e os homens capazes de satisfazê-lo sempre serão louvados. Com o passar da leitura parece que para Maquiavel a história do homem é uma história politica. 
Notamos que para o filosofo é preciso tratar bem os homens ou então aniquilá-los. Os homens podem se vingar de pequenas injurias, mas não poderão vingar de agressões graves; por isso, só podemos injuriar alguém se não temermos sua vingança. Há também um destaquepara se liderar e defender os vizinhos mais fracos e procurar debilitar os mais poderosos.
Disse Maquiavel: ...as guerras não podem ser evitadas e que, quando adiadas, só trazem benefícios para o inimigo. . A guerra é inevitável, então, quando se tem a oportunidade de enfrentar o inimigo, deve-se enfrentá-lo, quanto mais se adia uma batalha, mais o inimigo fica preparado, portanto, adiar uma guerra só traz sempre prejuízos ao monarca.
Maquiavel deixa clara a posição que se deve tomar perante uma guerra. Para ele quando se foge a uma guerra se deixa claro o despreparo, e isso facilita o ataque ou
a vitória do opositor.
Capitulo IV
. Porque o reino de Dário, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra os sucessores deste.
Um estado recém-conquistado traz problemas. No entanto, Alexandre não encontrou esse problema e os que os sucederam encontraramapenas reflexos   de suas ganâncias.Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um príncipee seus ministros; ou por um   príncipe e barões.   No primeiro os ministros são servos e exercem apenas, por favor, e concessão do senhor e no segundo esses barões são ligados ao príncipepor laços de natural afeição. Estes que estão juntos do príncipe são os nobres, os prestigiados.
Permanecer unido, para Maquiavel é uma forma de se desfrutar do reino. sempre há quem aspire por inovações. Estes podem abrir caminho para um invasortomar o poder, facilitando sua vitória. No entanto vê-seque não bastará aniquilar apenas família do príncipe, mas também os nobres.
                                                  Capitulo V
de como   manter cidades ou principados que, antes da ocupação , eram governados por leis próprias.
Ao se dominar um Estado acostumado com a liberdade, e com suas próprias leis, Maquiavel mostra três formas demantê-lo: 
1º arruinando-o; devastando-o
2ºhabitando-o 
3º permitindo-lhe que viva seguindo suas próprias leis, impondo tributos e pondo ali um governo de poucas pessoas que sejam mantidas.
“[...] Numa cidade habituada a ser livre, é com o apoiodos cidadãos, mais   do que de qualquer outro modo, que se
irá manter com mais facilidade o governo.[...]”
“Quem se torna o senhor de uma cidade livre, e não a aniquila, pode esperar ser destruído por ela, pois sempre haverá motivo para rebelião [...]’’
Por medo de rebelião, Maquiaveldiz que é melhor respeitar os costumes do território conquistado, ou então, destruí-lo. Sempre estarão na mente do povo seus antigos costumes e suas leis, sendo quemais cedo ou mais tarde estes se revoltarão contra o que está sendo imposto, e não haverá benefício ou tempo, como disse Maquiavel, que os faça esquecer, ainda mais se o povo estiver junto. 
Quando um estado está habituado com o governo de uma linhagem de pensamento que tenha sido extinta, seu povo não entrará em acordo para a escolha de um soberano; assim é fácil dominá-los, pois este povo não sabe viver em liberdade. 
Nas repúblicas, por outro lado, há maior ódio e desejo de vingança; o povonão   abandonará a memória de sua antiga liberdade. Assim, o meio mais seguro de domínio será devastá-la, ou nela habitar.
Os ensinamentos de Maquiavel nos mostram que opríncipe deve manter o povo, enganando o povo com a situação, fingindo estar tudo bem. Essas impressões dadas ao povo são de extrema importância.
                                          Capitulo VI
Dos principados novos conquistados pelas armas e de maneira nobre
Maquiavel começa esse capitulo dizendo sobre os exemplos que são de costume em sua obra até esse momento. Ele deixa claro acreditar que os homens caminham por caminhos já
trilhados, e que se deve ser prudente em relação aos caminhos. Escolher trilhar o caminho feito por grandes homens e copia-los é muito mais proveitoso, pois se pode aprender a virtude dos grandes. É preciso agir como quem acertou pois a chance de acertar é maior. 
Os homens sempre procuram seguir os caminhos percorridos por outrem, pondo em prática seus atos que deram certo e evitando praticar seus passos que não deram certo. Os que se tornam príncipes por seu próprio valor e com suas próprias armas, se tornam príncipes com dificuldade, mas mantêm facilmente seu poder. Segundo Maquiavel, as dificuldades se originam em parte nas inovações que são obrigados a introduzir para organizar seu governo com segurança. 
  Não há nada mais difícil de executar e perigoso do que a instituição de uma nova ordem de coisas. Quem toma tal iniciativa ganhaa inimizade de todos os que são beneficiados pela ordem antiga, e é defendido tibiamente por todos os que seriam beneficiados pela nova ordem.
                                            Capitulo VII
Dos principados novos conquistados com armas e virtude de outros
Nesse capitulo o filosofo inicia falando sobre aqueles que se tornam príncipes pela fortuna, pois esses pouco se esforçam e tornam a preservação do poder muito penosa. Só com muito engenho e valor poderá se manter no poder.
Os estados que surgem desúbito como tudo o mais que na natureza nasce e cresce com rapidez não podem ter raízes sólidas, profundas e ramificadas, de modo que
a primeira tempestade os derruba. A não ser que a pessoa que chegou ao poder tenha tanta virtude que saiba conservar o que a sorte lhe concedeu estabelecendo, em seguida, as bases.
Capitulo VIII
Dos que conquistaram o principado pelo crime
Maquiavel diz existir dois modos de tornar-se príncipe ao qual não se pode atribuir ser inteiramente pela fortuna e ao valor.
1º pela perversidade
Por meio de criminosos contrários as leis humanas e divinas.
2º por favor de compatriotas
Maquiavel cita dois exemplos de pessoas que se tornaram príncipespor meio do crime, o primeiro, o de Agátocles após tantas traições e tão grande crueldade que além de ter obtido êxito na conquista, conseguiu se manter no poder por muito tempo; Maquiavel explica esse fato dizendo   que Agátocles usou da crueldade apenas uma vez: para chegar ao poder. Chegando ele lá, foi diminuindo sua crueldade de modo a ser querido por seu povo. 
O segundo exemplo é o de Oliverotto de Fermo que com tamanha crueldade chegou ao poder, e lá se manteve cruel, o que fez com que pouco tempo depois, este fosse derrubado do poder e morto por César Borgia, juntamente com seu mestre em virtudes e atrocidades Vitellozzo. 
"Os benefícios, por sua vez, devem ser concedidos gradualmente, de forma que sejam mais bem apreciados." 
O príncipedeve agir pensando no povo, pois na verdade é o povo o dono do poder e da força. Com um monarca cruel, o povo fica com medo e acaba por se reunir e destruir seu poderio. Porém quando os benefícios
vêm, o povo se sente feliz e quer bem o monarca, o que diminui consideravelmente a possibilidade de insatisfação e revolta popular. 
Capitulo IX
                                        Do principado civil
Na visão de Maquiavel, governo civil é governo em que o cidadão se torna soberano pelo favor de seus concidadãos. Para tal alcance Maquiavel diz não haver a necessidade de muitos méritos e sim astucia. Nesse capitulo Maquiavel diz que o principado é instituído pelo povo ou pelos grandes, de acordo com as oportunidades que se apresentar a uma dessas partes. Aqueles que alcançam o principado com apoio dos poderososconserva-se mais dificilmente do que aquele que é eleito pelo povo.
                                Capitulo X
Como medir as forças de todos os principados
A situação do príncipe é analisada para saber se este em caso de ataque, pode reunir um exército suficiente e sedefender , ou se não. Caso este não possa combater, será forçado arefugiar-se no interior de seus muros, ficando na defensiva. 
É necessário saber se o príncipe precisa de ajuda, se existe abundância de homens ou de dinheiro para se conseguir montar um exercito poderoso.
Maquiavel mostra que o príncipe que é senhor de uma cidade poderosa , e não se faz odiar, não será atacado,   e ainda que fosse o assaltante teria muito a perder, provavelmente não sairia com gloria. Nesse capitulo Maquiavel deixa mais claro sobre a real força do estado. Talvez esse possa ser considerado o primeiro capitulo em que
de alguma forma Maquiavel mostra a grande dependência do monarca em relação ao povo. O povo tem enorme influencia para definir a força do estado, se o povo estiver ao lado do príncipe mesmo que o inimigo consiga dominar, esse não obterá total sucesso, pois o povo se levantará. Nesse capitulo Maquiavel mostra a necessidade de se conquistar o povo.
Capitulo XI
Os principados eclesiásticos
Maquiavel começa esse capitulo com certo desanimo.   O autor inicia dizendo ‘’resta-nos falar dos principados eclesiásticos’’ e ressalta aparecer todo tipo de dificuldade antes mesmo que o tenha, pois este pode ser conquistado por mérito ou por fortuna. Esses principados são sustentados pela rotina religiosa.
Esses estados conquistados com o mérito ou com a sorte,são sustentados por antigoscostumes religiosos. 
Capitulo XII
Das espécies de milícia e dos soldados mercenários
Agora para Maquiavel resta dizer quais os meios ofensivos e defensivos. Maquiavel ressalta ter dito sobre a necessidade de um príncipe estabelecer alicerces sólidos, paranão entrar em ruinas.
Na ideia maquiavélica a base principal de um Estado é boas leis e boas armas. No entanto, para o mesmo não é possível haver boas leis onde não há boas armas.
Nesse capítulo o autor busca falar apenas das armas e deixa claro que as forças (exercito) com as quais um príncipe preserva seu estado são ou próprias ou mercenárias, ou auxiliares ou mistas. 
As auxiliarese as mercenárias são inúteis, prejudiciais e perigosas. Manter o estado
apoiado nessa classe não dar segurança. 
Os soldados mercenários são covardes, seu único motivo para lutar é o salário, que nunca é o suficiente para que morramnuma batalha.   Em tempo de paz estão dispostos, mas na guerra abandonam o príncipe. 
Capitulo XIII
Das tropas auxiliares, mistas e nativas.
Maquiavel iguala as forças auxiliares com as forças mercenárias: são inúteis. As tropas auxiliares podem até ser em si mesmas eficazes, mas são sempre perigosas para os que delas se valem se são vencidas, isto representa uma derrota; se vencem, aprisionam quem as utiliza. 
Maquiaveldiz que quanto às tropas mistas, essas são mais eficazes que as compostas inteiramente de mercenários ou auxiliares, mas são muito inferiores que um exército inteiramente nacional. 
É de extrema importância a ideia ressaltada por Maquiavel sobre tais forças. É prudente para o autor recorrer a seus próprios soldados; preferindo ser derrotado com suas próprias tropas a vencer com tropas alheias, vitória que não se pode considerar genuíno.
Em conclusão, o príncipe não pode ter segurança sem seu próprio exército, pois, sem ele, dependerá da sorte.
Capitulo XIV
Dos deveres do príncipe para com suas tropas
Nesse capitulo Maquiavel inicia mostrando que o objetivo ou pensamento principal do monarca que além da guerra, é também as leis e a disciplina. Essa é o que se espera de quem comanda, pois negligenciar a guerra é sinônimo de perder o estado.
Maquiavel acha que o monarca deve sempre se preocupar
com a guerra e deve manter sempre os soldados sobre disciplina.A caça é indicada por Maquiavel como um ato a ser sempre praticado pelos soldados, para que estes se habituem à natureza das regiões, a posição das montanhas, a abertura dos vales, aos rios, pântanos... 
                                    Capitulo XV
Porque os homens, e em especial os príncipes, são louvados ou insultados. 
Nesse capitulo écitado como alguns príncipes são analisados. Alguns são tidos como liberais outros por miseráveis; um, generoso, o outro ávido; um, cruel, o outro misericordioso; um, perjuro, o outro fiel; um efeminado e pusilânime, o outro bravo e corajoso; humanitário ou altaneiro; lascivo ou casto; franco ou astuto; difícil ou fácil; serio ou frívolo; religioso ou incrédulo... 
O ser humano não possui a capacidade de ter todas as qualidades acima enumeradas, então, Maquiavel quer ressaltar nessa parte a necessidade de se terprudência para evitar o escândalo provocado pelos vícios que podem abalar o reinado do monarca., evitando os outros se for possível.
Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons. É necessário, portanto, que oque deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usará ou não, em cada caso, conforme seja necessário." 
O príncipe pode aparentar ter todas as qualidades ditas acima, mas tê-las realmente já poderia tornar-se prejudicial; por isso é necessário que o mesmohaja de acordo com o momento.
Se for necessário usar de bondade, que use; se preciso for a crueldade, que use.
Capitulo XVI
Da liberdade e da parcimônia
O autor nesse capitulo mostra que a liberdadedo príncipe deve ser praticada de modo apropriado. Um príncipe não deve ser liberal a ponto de gastar todo seu tesouro, pois isso o faz impor pesados impostos ao povo, e o torna de certa forma pobre.   Cobrar imposto cada vez maior ao povo faz com que os mesmos se revoltem. Maquiavel tenta a todo o momento mostrar ao príncipe como deve ser feita a manutenção do poder.
Maquiavel nos mostraneste capitulo que para aquele que está a caminho de ser príncipe ser liberal é necessário. É necessário que esteja a frente do exercito e viva de esbanjar riquezas.
Capitulo XVII
Da crueldade e da piedade – se é melhor ser amado ou temido
Para Maquiavel, deve sepreferir ser considerado clemente, e não cruel. Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o monarca não deve se importar em ser tido por cruel; os príncipesnovos no poder não podem fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos. 
Seria bom que o monarcafosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o monarcadecrete a execução de alguém, que este dê um
bom motivo. 
Capitulo XVIII
Como os príncipes devem guardar a fé da palavra dada
Espera-se do príncipea manutenção desua palavra empenhada, que esse   viva com integridade e não com astúcia. Todavia nem sempre o monarca pode agir com boa-fé, principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os próprios interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra não existam mais. 
Maquiavel diz existir duas formas de luta: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é necessário que o monarca aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas. 
Nesse capitulo Maquiavel deixa claro que o que importa para um príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se é de verdade. 
Capitulo XIX
De como evitar ser desprezado e odiado
O monarcadeve tomar o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo.   É preciso ter cautela contra os súditos e as potências estrangeiras. Contra as potências estrangeiras lhe servirá boas armas e bons amigos; contra as conspirações dos súditos lhe servirá não ser odiado, visto que o conspirador só executará seu plano se pensar que a morte do soberano satisfará o povo. Um bom monarcatenta sempre não aborrecer
os grandes e agradar o povo.
Capitulo XX
Se as fortalezas e muitas outras coisas feitas cotidianamente pelo príncipe são uteis ou não.
Para manter o estado em segurança, alguns príncipes tiraram de seus súditos as armas, outros dividiram as cidades conquistadas, preservando as facções. Quando um monarca novo chega ao poder deve armar seus súditos, ganhando a confiança dos mesmos e os mantendo leais. Se o príncipe novo desarma seus súditos, lhe imporá que não lhes tem confiança, o que provocará ódio.
Mas se um monarcaadquire um Estado e o adiciona ao seu, é necessário que o desarme, com exceção dos habitantes que estiveram do seu lado na conquista.
Capitulo XXI
O que um príncipe precisa realizar para ser estimado
Nada faz com que um príncipeseja mais estimado do que os grandes empreendimentos e os altos exemplos que dá. 
Em cada açãodeve-se   procurar atrair fama de grandeza e excelência. Sendo que quando algum cidadão faz algo extraordinário, bom ou ruim, o monarcadeve lhe dar uma recompensa ou punição.
Maquiavel deixa claro que quando um príncipe apoia um estadão que vence, é estabelecido um vinculo forte de amizade por parte desse estado. Maquiavel também deixa claro que o príncipe não deve se aliara alguém poderoso para causardano a outrem, a não ser quando for necessário, pois se a aliança leva a vitória, o monarca fica sujeito ao seu poder.
O monarca deveentreter o povo com festas e espetáculos em certas épocas; e tambémdeve estar uma vez ou outra em contato com
os membros de subgrupos do Estado, mas sempre mantendo sua dignidade majestosa. Com isso o povo terá sempre prazer em ter tal como seu soberano e sempre estará ao seu lado.
Capitulo XXII
                  Dos ministros dos príncipes
Para conhecer o monarca, basta tomar conhecimento dos homens que o cercam, eles causam a primeira impressão do monarca. O monarca sábio escolhe bem seus ministros. 
Maquiavel distingue três tipos de mente: um compreende as coisas por si; o segundo compreende as coisas demonstradas por outrem; o terceiro nada consegue discernir, nem só, sem com a ajuda dos outros. O primeiro tipo é o melhor de todo; a segunda também é muito boa, mas a terceira é inútil. 
Capitulo XXIII
        De como se devem evitar aduladores
O príncipe deve evitar os aduladores, poisas cortes estão cheias , mostrando que não há ofensa em falar a verdade, todavia quando todos podem falar a verdade a uma pessoa, perdem o respeito. O monarcasábio tomará homens sábios como conselheiros, que falarão a verdade, mas somente quando perguntados e sobre o que perguntados, assim o Príncipenão ouvirá mais ninguém. O príncipeouvirá seus conselheiros somente quando quiser e as decisões tomará sozinho. 
Capitulo XXIV
PORQUE OS PRINCIPES DE ITALIA PERDERAM SEUS ESTADOS
Um novo monarcaé sempre mais observado do que um de   antiga governança; quando novo soberano faz atos virtuosos, estes cativarão mais os súditos do que os de um monarca de antiga. Deverá o monarca novo não falhar em outras
coisas, fortalecendo seu Estado com boas leis, boas armas e bons exemplos. 
Capitulo XXV
DE QUANTO PODE A FORTUNA NAS COISAS HUMANAS E DE QUE MANEIRA SE DEVE RESISTIR-LHE
Para Maquiavel, tudo que acontece conosco é atribuído à sorte, mas metade disso pode controlar. Para ele a sorte é como um rio, que quando este corre calmamente podemos barragens para que quando as águas vierem possamosdesvia-las e seu ímpeto seja menos selvagem e devastador. 
Capitulo XXVI
EXORTAÇÃO AO PRINCIPE PARA LIVRAR A ITALIA DAS MAOS DOS BARBAROS
Neste ultimo Capítulo Maquiavel expressa sua vontade pela libertação de sua pátria, a Itália. 
"[...] agora, quase sem vida, a Itália espera por quem lhe possa curar as feridas e ponha fim à pilhagem na Lombardia, à rapacidade e à extorsão no reino de Nápoles e na Toscana, curando-a das chagas abertas há tanto tempo. Pede a deus que lhe envie alguém capaz de libertá-la dessa insolência, dessa Barbara crueldade. Esta disposta a seguir uma bandeira, desde que alguém a empunhe." 
Maquiavel deixa claro que seu desejo é que Lorenzo de Médici se torne o soberano da Itália daqueles tempos, deixando claro também o principal motivo de ter escrito O príncipe, um manual para que Lorenzo de Médici reine com êxito na Itália.
Fontes: os pensadores – Maquiavel (editoranova cultural)
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