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PORTUGUÊS NÍVEL SUPERIOR E CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DE SERVIÇO SOCIAL CARGO: ASSISTENTE SOCIAL INSTRUÇÕES � Ao receber este caderno de prova verifique se contém um total de (45) questões assim distribuídas: PORTUGUÊS: questões de números 01 a 15 CONHECIMENTOS ESP. EM SERVIÇO SOCIAL: questões de números 16 a 45 � Caso contrário, reclame ao fiscal da sala e troque por um outro caderno completo. � Não serão aceitas reclamações posteriores. � Confira se o número do candidato impresso na FOLHA DE RESPOSTAS coincide com seu número de inscrição. � Para cada questão existe apenas UMA resposta certa. � Essa resposta deve ser inicialmente marcada no caderno de prova que você recebeu. � Após certificar-se de que essa resposta é definitiva, faça as marcações na FOLHA DE RESPOSTAS da leitora ótica. ATENÇÃO � Marque as respostas com caneta esferográfica azul ou preta com traços escuros conforme o modelo � Não serão permitidas rasuras na FOLHA DE RESPOSTAS da leitora ótica. � Não será permitida qualquer espécie de consulta. � Você terá 4 (quatro) horas para responder a todas as questões e fazer as marcações na FOLHA DE RESPOSTAS da leitora ótica. � A correção da prova será efetuada levando-se em conta EXCLUSIVAMENTE o conteúdo da FOLHA DE RESPOSTAS. � Ao término da prova, chame o fiscal da sala para devolver todo o material da prova e assine a lista de presença. � Você só poderá deixar o recinto após decorrido 02 horas do início da prova. FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA E EXTENSÃO DE SERGIPE Concurso Público da Prefeitura Municipal de Neópolis Nº de inscrição Nome do candidato www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 2 PORTUGUÊS NIVEL SUPERIOR De “O pai” Adonias Filho O pai, sempre o pai, não sabíamos dizer cinco palavras sem uma referência ao pai. Eu o via novamente, enquanto Lôncio e Jorge falavam, ali nos mangueiros dos fundos, preocupado com aquele alazão que viera no lote. Um cavalo novo, já feito, pescoço forte, peitos largos, as crinas enormes, orelhas pequenas. Inteligência ele tinha nos olhos e brabeza se percebia nas ventas.Um cavalo perverso, livre como um gavião, desses indomáveis que se contam dois em tropa de mil. A verdade eu conto: não, e desde que me entendo ainda não vi um pampa como aquele! Veio para o desafio, sem medo dos homens, aço nas pernas, um raio na rapidez. Correndo, arrancando aos saltos, assombrava. Voltava-se, dominando o corpo, em plena carreira. Um domador como pai não o trocaria por nada deste mundo, era belo em sua força, agressivo como uma onça, o chefe que atemorizava os companheiros. Fascinou o pai, estabeleceu o desafio, nós vimos a guerra. Ainda escuto a voz de Lôncio, avisando: - Nem Satanás, pai, monta aquele! - Eu monto – prometeu o pai. O pai não prometia, jurava. Uma semana inteira tentou apanhar o cavalo, todos nós ajudando, sempre em disparada com as crinas ao vento. Era um verão seco, o capim quase torrado, a terra como que petrificada. Em uma das perseguições, vendo-se acuado, investiu contra a montaria de pai. Os cascos bateram o chão, a espuma na boca, a raiva no olhar. Recuou a montaria, o pai gritando, gotejava o sangue dos baixios que as esporas rasgavam. Nós acudimos, os chicotes estalando, cercando-o. Ele rompeu o cerco, correndo sempre, a cabeça no ar. - Bicho do inferno! – o pai exclamava. Sentia orgulho, porém, do seu cavalo. Foi com admiração que o viu, em plena carreira, saltar as cercas. Cavalo algum o acompanharia, comendo terreno, as pernas firmes. E, já cansado de persegui-lo em pasto aberto, o pai botou as armadilhas. Para um dono dos pastos como aquele cavalo, tinha de trabalhar com a cabeça. Encompridou o laço, deixou-o de lado por uma semana, fez o esconderijo e, após fincar o mourão em buraco de quase um metro, esperou dia a dia que se aproximasse. Domador e caçador, o pai sabia como esperar. Silêncio e paciência, agora, as suas armas. O alazão veio, distraído, e chegou muito perto. Tomou atenção sentindo o laço no pescoço e quis arrancar. O pai já rodara o couro no mourão, amarrando, e – todos nós correndo para ajudá-lo – as pernas envolvia em cordas lavadas com azeite de peixe. O bicho volteou, escavando, para cair estremecendo de ódio. Eu vi seus olhos, naquele momento, e o cavalo tinha os olhos de um homem espancado. Amarrado ficou enquanto Jorge trouxe a sela e as esporas. Quando se levantou, nós o dominando, e já com a sela, eu observei: - É um perigo, pai. - E por quê? – ele indagou. - Cavalo como este só em curral fechado – eu disse: Vi a mão de pai no cabeção da sela, o corpo erguer-se, os pés nos estribos. E escutamos seu grito: - Larga! O Cão não saltou logo, aquilo era o Cão, de cavalo tinha a estampa. Correu manso, distanciando-se, buscando o terreno próprio. E o pai permitiu, um domador como ele, mas permitiu. Então – e nós víamos, apreensivos, assustados – então distendeu o pescoço, o pai puxando a rédea, e saltou como se tivesse as juntas de borracha. Poucos minutos, eu me lembro. Rodou com tamanha rapidez, aos saltos, que logo o pai tonteou e um dos pés fugiu do estribo. Abaixou como caindo, empinou-se de repente, lado a lado no ar. E o pai oscilou, procurando segurar-se, era tarde. Forçou que corria, recuou depressa, o pai caiu. E contra o pai se voltou, escoiceando o corpo, o Cão perverso. Corremos para acudir, gritando, ele fugiu. Carregamos o pai, ficou deitado no couro, com o mastruço nas costas. Mantinha os olhos abertos, não sabíamos se pensava ou não, a febre alta. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 3 QUESTÕES: 01. O início do texto nos dá a entender que: (A) os filhos nada sabiam fazer sem o pai; (B) a figura marcante do pai era evocada constantemente; (C) os filhos só pensavam em agradar ao pai; (D) o pai acostumara os filhos a dependerem dele; (E) os filhos se lamentavam do que ocorrera com o pai. 02. “Inteligência ele tinha nos olhos e a brabeza se percebia nas ventas”. Dessas palavras se pode depreender que o animal se destacava por: (A) olhos brilhantes e ventas frementes; (B) olhos parados e respiração ofegante; (C) olhos mortiços e narinas imóveis; (D) olhar indefinível e respiração pausada; (E) olhar raivoso e ventas abertas. 03. “Livre como um gavião”. Tal comparação reforça a idéia de que o cavalo era: (A) perverso; (B) forte; (C) agressivo; (D) indomável; (E) astuto. 04. Observe a seguinte referência ao cavalo: “Voltava-se, dominando o corpo, em plena carreira. A qualidade do animal aí realçada é a: (A) agressividade; (B) força; (C) agilidade; (D) vingança; (E) elasticidade. 05.A fala das personagens revela que eram pessoas: (A) loquazes; (B) lacônicas; (C) extrovertidas; (D) medrosas; (E) vaidosas. 06.“...nós vimos a guerra”. Assinale o tipo de guerra: (A) astúcia x ingenuidade; (B) inteligência x ignorância; (C) domínio x insubmissão; (D) paciência x impaciência; (E) força x fraqueza. 07.“São, segundo o texto, duas características fundamentais do bom domador: (A) coragem e afoiteza; (B) orgulho e ousadia; (C) raiva e decisão; (D) rapidez e insensibilidade; (E) silêncio e paciência. 08.“Para um dono dos pastos como aquele cavalo, tinha de trabalhar com a cabeça”. As expressões “dono dospastos” e “trabalhar com a cabeça” evocam respectivamente: (A) maldade e astúcia; (B) imponência e prepotência; (C) força e covardia; (D) tranqüilidade e persistência; (E) liberdade e cálculo. 09.“... e o cavalo tinha os olhos de um homem espancado”. Pode-se entender que os olhos do animal revelavam: (A) ódio; (B) medo; (C) dor; (D) susto; (E) espanto. 10.“E o pai permitiu, um domador como ele, mas permitiu”. O que o domador não podia fazer era: (A) montar em cavalo sem sela; (B) tirar os pés do estribo quando o cavalo saltou; (C) deixar que o cavalo procurasse terreno aberto; (D) deixar que o cavalo pulasse e empinasse; (E) erguer o corpo para acompanhar o corcoveio do animal. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 4 11.O enunciado “Eu o via novamente, enquanto Lôncio e Jorge falavam...” O conectivo “enquanto” expressa idéia de: (A) explicação; (B) tempo; (C) comparação; (D) finalidade; (E) oposição. 12.“Então – e nós víamos, apreensivos, assustados – então distendeu o pescoço...” Não haverá maiores alterações de sentido se a palavra “distendeu” for substituída por: (A) estendeu; (B) distorceu; (C) dissipou; (D) encurtou; (E) encolheu. 13.Considere a passagem: “...de cavalo tinha a estampa”. No contexto, o termo “estampa” significa: (A) sinal; (B) imagem; (C) cor; (D) violência; (E) tamanho. 14.“Veio para o desafio, sem medo dos homens”. A expressão “sem medo dos homens” é sinônima de: (A) intimorato; (B) temeridade; (C) cautela; (D) passividade; (E) precaução. 15. Uma das características do animal (cavalo), no texto, é a manha. Identifique a alternativa em que esse perfil melhor se manifesta: (A) “E contra o pai se voltou, escoiceando o corpo...”; (B) “Forçou que corria, recuou depressa...”; (C) “Correu manso, distanciando-se, buscando o terreno próprio”; (D) “...vendo-se acuado, investiu contra a montaria do pai”; (E) “...e saltou como se tivesse as juntas de borracha”. CONHECIMENTO ESPECÍFICO DE SERVIÇO SOCIAL QUESTÕES: 16.Analise, qual das opções abaixo NÃO é contemplada, de acordo com o Título VIII da Constituição Federal (da Ordem Social), como fonte para o financiamento da política de Seguridade Social: (A) orçamentos dos Estados, Municípios, Distrito Federal e União; (B) receita de concursos de prognósticos; (C) contribuições dos empregadores; (D) contribuições de entidades beneficentes de assistência social; (E) contribuições dos trabalhadores. 17.O conceito brasileiro de Seguridade Social articula políticas sociais setoriais contributivas e não-contributivas, o que define a modalidade de acesso às mesmas. Marque a opção correta quanto a essas características: (A) a saúde e a previdência social são contributivas, possibilitando acesso universal, enquanto que a assistência social não é contributiva devendo ser acessada por quem dela necessitar; (B) a assistência social e a saúde são contributivas, possibilitando acesso universal, enquanto que a previdência social não é contributiva devendo ser acessada por quem dela necessitar; (C) a saúde não é contributiva, possibilitando acesso universal; a assistência social também não é contributiva, devendo ser acessada por quem dela necessitar; o acesso à previdência social requer contribuições diretas dos usuários sendo, portanto, política contributiva; (D) a assistência social não é contributiva, possibilitando acesso universal; a saúde também não é contributiva, devendo ser acessada por quem dela necessitar; o acesso previdência social requer contribuições diretas dos usuários sendo, portanto, política contributiva; (E) a assistência e a saúde não são contributivas, enquanto que a previdência social é contributiva, tendo a população garantido o acesso universal a elas como políticas de seguridade social posto que são direito de todos e dever do Estado. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 5 18.Alguns dos benefícios previdenciários assegurados constitucionalmente são: (A) aposentadorias por invalidez e idade avançada, salário família e benefício de prestação continuada; (B) aposentadorias por invalidez e idade avançada, bolsa-família, auxílio-reclusão e salário-família; (C) benefício de prestação continuada, aposentadorias por invalidez e idade avançada e aposentadoria rural; (D) pensão por morte do segurado, aposentadorias por invalidez e idade avançada e salário-família; (E) aposentadorias por invalidez e idade avançada, benefício de prestação continuada e bolsa-família. 19.O critério de idade para acesso integral à aposentadoria destinada a trabalhadores rurais, garimpeiros e pescadores é: (A) cinqüenta e cinco anos para ambos os sexos; (B) sessenta anos para o sexo masculino e cinqüenta e cinco para o feminino; (C) sessenta e cinco anos para o sexo masculino e sessenta para o feminino; (D) sessenta anos para ambos os sexos; (E)sessenta e cinco anos para ambos os sexos. 20.O conceito constitucional de Saúde, reafirmado na Lei Orgânica da saúde, destaca-se do modelo anterior de proteção nesta área, principalmente pelas seguintes características: (A) ampla concepção dos fatores determinantes da saúde e ênfase nos aspectos preventivos; (B) acesso universal aos serviços e concepção restrita dos fatores determinantes da saúde; (C) ampla concepção dos fatores determinantes da saúde e centralidade da iniciativa privada na prestação dos serviços; (D) ênfase nos aspectos de recuperação da saúde e participação da comunidade; (E) a dissociação entre os níveis de saúde e a organização sócio-econômica do país e o acesso universal aos serviços. 21.A gestão da política de saúde é submetida aos seguintes mecanismos de controle social, previstos legalmente: (A) conferências municipais, estaduais e nacionais de saúde, realizadas a cada 05 anos e conselhos de saúde, também em todos os níveis, de composição paritária entre governo, prestadores de serviços, usuários e trabalhadores da saúde; (B) conferências municipais, estaduais e nacionais de saúde de saúde, realizadas a cada 04 anos e conselhos de saúde, também em todos os níveis, de composição paritária entre governo, prestadores de serviços, usuários e trabalhadores da saúde; (C) conferências nacionais de saúde realizadas a cada 02 anos e conselhos municipais de saúde, de composição paritária entre governo e usuários da saúde; (D) conferências municipais, estaduais e nacionais de saúde de saúde, realizadas a cada 04 anos e conselhos de saúde, também em todos os níveis, de caráter permanente e consultivo; (E) conferências municipais, estaduais e nacionais de saúde, realizadas a cada 05 anos conselhos de saúde, também em todos os níveis, de caráter permanente e deliberativo. 22.Sobre os Conselhos de Saúde, é INCORRETO afirmar que: (A)elaboram seu próprio regimento interno; (B)aprovam seu próprio regimento interno; (C)fiscalizam a execução orçamentária da política de saúde; (D)controlam a execução da política de saúde; (E)devem ser presididos pelo gestor da política de saúde. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 6 23.O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu Título V regulamenta os Conselhos Tutelares, estabelecendo que: (A) são órgãos municipais formados por três membros eleitos a cada três anos que prestam serviços de garantiae fiscalização dos direitos de crianças e adolescentes; (B) são órgãos municipais formados por cinco membros eleitos a cada três anos, sem recondução, que prestam serviços de garantia e fiscalização dos direitos de crianças e adolescentes; (C) são órgãos municipais formados por cinco membros eleitos a cada três anos, permitida uma recondução, que prestam serviços de garantia e fiscalização dos direitos de crianças e adolescentes; (D) são órgãos municipais formados por três membros eleitos a cada cinco anos, sem recondução, que prestam serviços de garantia e fiscalização dos direitos de crianças e adolescentes; (E) são órgãos municipais formados por três membros eleitos a cada dois anos, pelos, permitida uma recondução que prestam serviços de garantia e fiscalização dos direitos de crianças e adolescentes. 24.O ECA prevê em seu art. 13° que é dever de todos, inclusive dos profissionais, em caso de suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança e adolescente: (A) solucionar a questão detectada junto à família da criança ou adolescente; (B) denunciar às Delegacias Especiais de Proteção à Criança e ao Adolescente; (C) comunicar obrigatoriamente ao Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais; (D) comunicar obrigatoriamente ao Ministério Público, sem prejuízo de outras providências legais; (E) comunicar obrigatoriamente ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sem prejuízo de outras providências legais; 25.A Lei Orgânica da Assistência Social em seu art. 30° estabelece como condições para o repasse de recursos aos Municípios: (A) a existência, no nível municipal, de um Plano de Assistência Social, de um Conselho de Assistência Social de composição paritária entre governo e sociedade civil e a comprovação do índice de vulnerabilidade municipal; (B) a existência, no nível municipal, de um Conselho de Assistência Social de composição paritária entre governo e sociedade civil, do Fundo de Assistência Social sob controle do Conselho e a comprovação do índice de vulnerabilidade municipal; (C) a existência, no nível municipal, de um Plano de Assistência Social, de um Conselho de Assistência Social de composição majoritária da sociedade civil e de um Fundo de Assistência Social sob controle do Conselho; (D) a existência, no nível municipal, de um Plano de Assistência Social, de um Conselho de Assistência Social de composição majoritária da sociedade civil e de baixos índices de desenvolvimento humano (IDH); (E) a existência, no nível municipal, de um Plano de Assistência Social, de um Conselho de Assistência Social de composição paritária entre governo e sociedade civil e de um Fundo de Assistência Social sob controle do Conselho. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 7 26. A partir da instituição do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em 2005, foram implementadas alterações na gestão da Política Nacional de Assistência Social. Dentre elas, destacam-se: (A) sistema de informação “Rede SUAS”; matricialidade sociofamiliar e organização dos serviços com base no território; (B) transferência de recursos do nível Federal para Estados e Municípios com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); habilitação dos municípios a níveis de gestão inicial, básico e pleno; organização dos serviços com base no território; (C) habilitação dos municípios a níveis de gestão inicial, básico e pleno; organização dos serviços com base no território e isenção de contribuições municipais para o fundo de Assistência Social; (D) matricialidade sociofamiliar; sistema de informação “Rede SUAS”; CREAS como equipamentos de referência para proteção social básica; (E) transferência regular de recursos “fundo a fundo”; a incorporação dos recursos de programas de transferência de renda ao Fundo Nacional de Assistência social e sistema de informação “Rede SUAS”. 27.O destaque conferido nos documentos sobre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) ao processo de gerenciamento de informações tende a incidir no trabalho dos Assistentes Sociais, tornando evidente a centralidade... (A) ... da dimensão técnico-operativa do exercício profissional pela necessidade de atualizar instrumentos para o trabalho social com famílias; (B) ... da dimensão investigativa do exercício profissional pela necessidade de conhecimento e sistematização de dados sobre a realidade municipal; (C) ... da dimensão ético-política do exercício profissional pela necessidade de ter sob sigilo as informações colhidas sobre as famílias; (D) ... da dimensão teórico-metodológica do exercício profissional pela necessidade de buscar referenciais teóricos que abordem a questão dos “territórios”; (E) ... da dimensão informacional do exercício profissional exigindo novas competências e habilidades na área de informática para lidar com o sistema de informações. 28.Sobre o Benefício de Prestação Continuada é INCORRETO afirmar que: (A) é revisto a cada ano para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem; (B) garante de 01 salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 67 anos ou mais que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção e nem de tê-la provida pela família; (C) para efeito de concessão desse benefício, a pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho; (D) a incapacidade de provisão da pessoa portadora de deficiência e/ou do idoso é comprovada se a renda mensal familiar for inferior a ¼ do salário mínimo; (E) é um benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, financiado com recursos do Fundo de Assistência Social e executado pelo INSS. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 8 29.O decreto n° 1.948/96, que regulamenta a lei sobre a Política Nacional do Idoso, afirma o seu caráter intersetorial na medida em que: (A) todos os Ministérios são coordenadores das ações da Política Nacional do Idoso; (B) não tem um Plano específico de ação, estando contemplada transversalmente nos Planos das demais políticas sociais; (C) é voltada para um segmento populacional em condições de vulnerabilidade; (D) é voltada para um segmento populacional que apresenta necessidades vinculadas aos mais diversos serviços e políticas setoriais, tendo seu orçamento composto de forma interministerial; (E) todas as alternativas acima estão corretas. 30.O atendimento gratuito de crianças de 0 a 6 anos de idade em creches, gerido até 1996 pela Política de Assistência Social, é atualmente responsabilidade legal da: (A) Política de Criança e Adolescente, financiada pela Assistência Social; (B) Política de Educação, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) vigente, juntamente com as pré-escolas; (C) Política de Seguridade Social, prevista no interior da Previdência social quando protege os direitos à maternidade; (D) Política Nacional de Habitação, prevista na construção de equipamentos públicos em áreas de moradia; (E) Política de Saúde, uma vez que requisita técnicos especializados em cuidados materno-infantis. 31.As pessoas portadoras de deficiência têm na sua legislação específica (n° 7.853/89) e na LDB vigente, assegurados seus direitos à educação:(A)preferencialmente em estabelecimentos de ensino não-governamentais especializados neste segmento populacional; (B)preferencialmente na rede pública regular de ensino; (C)preferencialmente em classes, escolas e serviços especializados sem fins lucrativos; (D)preferencialmente na rede particular regular de ensino; (E)preferencialmente junto à família com suporte técnico fornecido pelo serviço público municipal. 32.Vários analistas no interior do Serviço Social, e mesmo fora dele, apontam o surgimento no Brasil das políticas sociais públicas de responsabilidade Estatal vinculado às seguintes variáveis: (A) o processo de industrialização e urbanização no contexto do capitalismo concorrencial e a agudização das expressões da “questão social”; (B) o processo de organização técnico- científico das atividades de filantropia organizadas pelo apostolado católico como resposta à “questão social”; (C) o processo de industrialização e urbanização no contexto do capitalismo monopolista requisitando respostas mais sistemáticas e orgânicas à “questão social”; (D) as estratégias do Governo Vargas que regulamentou os direitos sociais com um discurso de benesses, entrando para a história na memória das classes populares como o “Pai dos Pobres”; (E) nenhuma das alternativas acima está correta. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 9 33.Segundo Maria Inês de Souza Bravo e outros estudiosos, houve um período na história política brasileira em que as políticas sociais, especialmente a de Saúde, se desenvolveram a partir de uma clara opção governamental pelo privilegiamento da iniciativa privada na prestação dos serviços. Esse período foi: (A) a Nova República, depois de 1985; (B) o governo João Goulart, entre 1961 e 1964; (C) o governo Fernando Henrique Cardoso, entre 1994 e 2001; (D) a Ditadura Militar, entre 1964 e 1984; (E) o governo JK, entre 1955 e 1960. 34.O debate recente do Serviço Social acerca das relações entre Estado e sociedade civil, mediatizadas pelo chamado “terceiro setor”, tem registrado posições críticas como as de Carlos Montaño, que podem ser assim resumidas: (A) as organizações do “terceiro setor” devem substituir o Estado na prestação dos serviços assistenciais, por representarem os interesses da sociedade civil diante da crise dos movimentos sociais; (B) as organizações do “terceiro setor” são instituições de natureza pública, mas que ao desempenharem uma função privada como a prestação de serviços assistenciais, tornam-se Organizações Sociais de Interesse Público (OSIP’s); (C) as organizações do “terceiro setor” são instituições de natureza privada, mas que ao desempenharem uma função pública, canalizam recursos e serviços que se contrapõem à perspectiva neoliberal do “Estado mínimo” e à “refilantropização” da “questão social”; (D) as organizações do chamado “terceiro setor” são funcionais ao neoliberalismo, afastando a prestação de serviços da órbita da “esfera pública”, o que contribui para o processo de “refilantropização” da “questão social”; (E) todas as alternativas acima estão corretas. 35.Ana Elisabeth Mota, ao analisar as Políticas de Trabalho no Brasil desenvolvidas a partir dos anos de 1990, ressalta uma tendência que perpassa a lógica de programas como o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o Programa de Geração de Emprego e Renda (PROGER). Essa tendência pode ser descrita como: (A) o tratamento da precarização do trabalho e dos elevados índices de desemprego como algo “natural” no atual estágio do capitalismo, propondo programas de caráter assistencial em substituição ao trabalho como direito; (B) um processo de retomada dos direitos do trabalho que vêm sendo desregulamentados pelo neoliberalismo no atual estágio do capitalismo; (C) um processo de retomada dos direitos do trabalho que vêm ampliados pelo neoliberalismo no atual estágio do capitalismo; (D) a possibilidade de reverter a precarização do trabalho e dos elevados índices de desemprego no atual estágio do capitalismo, gerando relações estáveis de empregabilidade; (E) a retomada do Estado Intervencionista, cujo modelo principal advém da Era Vargas e da vasta regulamentação trabalhista instituída no Brasil a partir de então. 36.Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves, pesquisadora na área das políticas habitacionais, considera que algumas variáveis são centrais na análise histórica desse campo das políticas públicas no Brasil: www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 10 (A) a compreensão da moradia como necessidade básica e, nesse sentido, expressão da “questão social” e a atenção dispensada aos fatores ambientais; (B) a compreensão da moradia como necessidade básica e, nesse sentido, expressão da “questão social” e a pressão exercida pelos movimentos sociais organizados requisitando a intervenção estatal nesse domínio; (C) a atenção dispensada aos fatores ambientais e sócio-econômicos que possibilitaram historicamente a prioridade do acesso à população de baixa renda; (D) a pressão exercida pelos movimentos sociais organizados requisitando a intervenção estatal nesse domínio e a contrapartida do setor privado da construção civil no financiamento da política; (E) a contrapartida do setor privado da construção civil no financiamento da política e a compreensão da moradia como necessidade básica e, nesse sentido, expressão da “questão social”. 37.Aldaíza Sposati chama a atenção para características históricas da Assistência Social que permaneceram se reproduzindo em seu interior, mesmo após a sua regulamentação em 1988. São elas: (A) execução dos serviços centralizada em nível Federal e imprecisão das fontes de financiamento; (B) “primeiro-damismo” e descontinuidade dos projetos sociais; (C) entendimento da Assistência Social como “ajuda”.e imprecisão das fontes de financiamento; (D) descontinuidade dos projetos sociais e execução dos serviços centralizada em nível Federal; (E) “primeiro-damismo” e entendimento da Assistência Social como “ajuda”. 38.Aldaíza Sposati levanta alguns problemas, também reconhecidos por outros analistas, em relação aos programas de transferência de renda e sua relação com a política de Assistência Social. Entre eles, destaca: (A) a constatação do caráter integrado dos mesmos à rede de serviços socioassistenciais; (B) a integração desses programas no orçamento da Assistência Social estimulando o controle social desses recursos; (C) o volume inferior de recursos destinados a tais programas em relação ao financiamento da rede de serviços socioassistenciais; (D) a desvinculação desses programas em relação à rede de serviços socioassistenciais devida à dualidade na forma de financiamento (saques individuais diretos x transferência fundo a fundo); (E) a baixa resolutividade desses programas devida à dualidade na forma de financiamento (saques individuais diretos x transferência fundo a fundo); 39.A clássica análise de Marilda Iamamoto sobre a gênese do Serviço Social no Brasil ressalta que a mesma se deve: (A) à evolução da noção de “ajuda” possibilitada por instituições sócio- assistenciais na divisão socio-técnica do trabalho no capitalismo monopolista; (B) ao desenvolvimento da força de trabalho especializada típica das práticas sociais do apostolado católico no capitalismo monopolista; (C) à criação de instituições sócio- assistenciaisque requisitavam essa força de trabalho especializada na divisão socio-técnica do trabalho no capitalismo monopolista; (D) à inserção das práticas sociais do apostolado católico na divisão socio- técnica do trabalho capitalista; (E) ao desenvolvimento científico da noção de “ajuda” a partir de sua inserção na divisão socio-técnica do trabalho capitalista. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 11 40.De acordo com José Paulo Netto, o Serviço Social no Brasil passou por um processo de renovação a partir de meados dos anos 1960, do qual o Movimento de Reconceituação foi uma das expressões. Esse processo foi ocasionado principalmente: (A) pela necessidade de adequação dos métodos de trabalho “importados”, especialmente o desenvolvimento de comunidade, à realidade brasileira; (B) por uma pressão dos usuários e movimentos sociais organizados reivindicando que a profissão assumisse um compromisso com as classes trabalhadoras; (C) por um processo interno à profissão de teorização de seus procedimentos teórico-metodológicos expresso nos Documentos de Araxá, Teresópolis, Sumaré e Alto da Boa Vista; (D) por um processo interno à profissão de teorização de seus procedimentos teórico-metodológicos expresso no “Método B.H.”; (E) por novas requisições postas à profissão a partir do desenvolvimento capitalista no pós-64, exigindo que redimensionasse seus procedimentos num sentido mais técnico-racional. 41.Marilda Iamamoto, em seu debate sobre o Serviço Social na Contemporaneidade, ressalta como um dos desafios profissionais na atualidade: (A) a análise competente e crítica da realidade social pautada nos valores do projeto ético- político profissional, com vistas à formulação de propostas que se antecipem às demandas instituídas; (B) a valorização da profissão com ênfase na conquista de sua autonomia plena, superando a “relativa autonomia” que a caracteriza historicamente, conforme estabelece o projeto ético-político profissional; (C) a regulamentação de um piso salarial, condição inerente ao exercício das profissões liberais, superando a histórica subalternidade da profissão no interior de equipes interdisciplinares; (D) a ampliação do alcance das políticas sociais entendidas como principal mecanismo de superação do capitalismo e solução da “questão social”; (E) a superação de princípios ético-políticos abstratos, como a “liberdade” em nome da eficiência e competência técnica na implementação dos serviços sociais. 42.O debate sobre a inserção do assistente social em processos de trabalho, segundo Marilda Iamamoto, substitui o termo “prática profissional”, utilizado correntemente para designar o trabalho profissional. Isso significa dizer que: (A) o assistente social tem, a partir desse novo tratamento, um novo status no interior das equipes interdisciplinares; (B) o assistente social consolida o praticismo que impregnou historicamente sua atuação, programando fluxos e rotinas de trabalho no interior das equipes interdisciplinares; (C) o assistente social não realiza seu trabalho isoladamente, mas como parte de um conjunto de especialidades profissionais numa instituição que detém parte dos meios/recursos necessários para a efetivação de seu trabalho; (D) o assistente social, sendo trabalhador assalariado e componente de uma equipe de especialidades profissionais que age conjuntamente, pode justificar melhor perante o usuário sua postura fatalista; (E) o assistente social detém todos os meios/recursos necessários para a efetivação do seu trabalho, podendo inserir-se em processos de trabalho com mais autonomia técnica. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Neópolis - Assistente Social 12 43. São princípios do Código de Ética do assistente social em vigor: (A) defesa intransigente dos direitos humanos, da cidadania e da dignidade humana; (B) compromisso com a qualidade dos serviços, com o bem comum e com o constante aprimoramento intelectual; (C) garantia do pluralismo, empenho na eliminação de todas as formas de preconceito e autodeterminação; (D) recusa do arbítrio e do autoritarismo e reconhecimento da liberdade como valor ético central; (E) perfectibilidade humana e reconhecimento da liberdade como valor ético central. 44.Entre as alternativas abaixo, identifique a que NÃO consta do art. 4° do Código de Ética profissional, que estabelece o que é vedado ao assistente social. (A) acatar determinação institucional que fira os princípios deste Código; (B) assumir responsabilidade por atividade para a qual não esteja capacitado pessoal e tecnicamente; (C) pleitear para si ou para outrem emprego, cargo ou função que estejam sendo exercidos por colega; (D) substituir profissional que tenha sido exonerado por defender os princípios da ética profissional, enquanto perdurar o motivo da exoneração, demissão ou transferência; (E) realizar crítica pública a colega ou outro profissional, mesmo que de maneira clara e objetiva. 45.De acordo com o art. 5° do Código de Ética profissional, é dever do assistente social nas suas relações com os usuários: (A) o compromisso com a qualidade dos serviços, devendo utilizar seus recursos pessoais para viabilizá-los na ausência de recursos institucionais; (B) democratizar as informações, mesmo que para isso tenha que revelar informações que estejam sob sigilo; (C) priorizar o atendimento dos mais necessitados; (D) depor como testemunha, quando autorizado, sobre situação sigilosa do usuário de que tenha conhecimento no exercício profissional perante a justiça; (E) fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e suas conclusões, resguardando o sigilo profissional. www.pciconcursos.com.br
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