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Trabalho escrito - Conclusão

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE
DEPARTAMENTO DE DIREITO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO –
PERSPECTIVAS PARA O SÉCULO XXI
ANDRÉIA PEREIRA BRUNETA WEBER
BRUNA ALVES DA SILVA
BRUNA PRIM DA SILVA
DANIELE GATTIS
EMANOELE DUARTE
GISLAINE ALBACH VIEIRA
FRANCIELI GIACHINI
PROFESSORA CATIANE CRISTINA SELL
Direito Internacional Público
Joinville – SC
2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................3
GLOBALIZAÇÃO..............................................................................................................4
Aspectos da Soberania frente à Globalização e Conceito Histórico....................................4
Crítica da Globalização quanto ao Direito Internacional.....................................................5
2.0. AS PERSPECTIVAS PARA O SÉCULO XXI.............................................................7
3. TRATADOS, CONVENÇÕES E CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS.................9
3.1. Rio + 20................................................................................................................................9
3.2. Convenção sobre o Direito da Pessoa com Deficiência.....................................................12
3.3. Tratado sobre o Comércio Global de Armas.....................................................................15
4. TERRORISMO INTERNACIONAL...............................................................................16
5. CRÍTICA AS PERSPECTIVAS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DO SÉCULO XXI..........................................................................................................................19
CONCLUSÃO.........................................................................................................................21
REFERÊNCIAS......................................................................................................................22
INTRODUÇÃO
	A noção de um Direito Internacional não pode e nem deve ser atribuído como um legado do Estado Moderno, tendo em vista que podemos encontrar vestígios de sua existência desde a antiguidade, quando o Direito Natural fundamentava o direito internacional no que se referiam as relações entre os Estados. Foi também na antiguidade que surgiram os primeiros acordos entre os governantes.
	Na Idade Média, com a vigência do Direito Canônico, surgem os tratados internacionais não obrigatórios e a arbitragem regula as diferenças entre as noções.
	Com o fim da Primeira Grande Guerra Mundial, surgem novos desafios neste cenário e as organizações internacionais passam a compor os sujeitos de Direito Internacional, podendo elaborar regras, assumir compromissos, bem como responder perante a comunidade internacional pelos atos aos quais praticarem.
	Estamos agora no ano de Dois Mil e Treze, ou seja, há treze anos vivendo neste “novo” Século XXI. Pergunta-se: quais serão as perspectivas e os desafios a se desenrolarem neste século que praticamente está ainda a dar seus primeiros passos? 
	A partir desta dúvida desenvolve-se o presente trabalho, que tem como objetivo traçar primeiramente o cenário em que vivemos, ou seja, em um mundo globalizado, mencionar de forma geral o que se espera deste novo século, os tratados e convenções que já foram editados, trabalhar um pouco sobre o tema terrorismo e por fim, trazer à luz as críticas que já se fizeram em torno dessas perspectivas.
	Espera-se que o leitor possa apreciar e analisar de forma muito proveitosa esta pesquisa, absorvendo-se da forma mais ampla possível os assuntos que serão abordados a seguir.
	
	
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO –
PERSPECTIVAS PARA O SÉCULO XXI
GLOBALIZAÇÃO
Aspectos da soberania frente à globalização e conceito histórico			
	A soberania sendo um dos princípios da nossa constituição é um conceito essencial para entender a sociedade internacional e o papel que nela exercem os estados soberanos.
	Abordando o contexto histórico, no Brasil podemos destacar a soberania em duas ocasiões, em 1808 quando D. João VI mudou-se para o Brasil, que continuava sendo colônia de Portugal, diferente de 1824, quando D. Pedro, para não ser chamado de absolutista, tomou providências para que fosse feita uma Constituição para o Brasil dando ao imperador muitos poderes, muito diferente de hoje, a partir da Constituição de 1988, da onda do neoliberalismo, do crescimento de Blocos Econômicos, da aceleração do processo de globalização.		O que podemos entender hoje como soberania é que de forma alguma ela pode invadir a política interna, mas integrar-se com as outras nações.
	A soberania aparece em variados campos, mas no direito internacional ela designa a independência ou a autonomia de um Estado em relação a outros. Assim, por exemplo, afirma-se que as nações do mundo livre devem dar uma contribuição mais significativa ainda da sua soberania nacional para a causa comum. A expressão soberania nacional pode ser usada em um sentido menos técnico para indicar o direito ou a reivindicação de um grupo nacional visando à autodeterminação ou à livre escolha de governo.
	Quando falamos de independência econômica não podemos pensar que um país consegue tal desempenho sozinho, isso inexiste no século XXI. No entanto, a independência econômica constitui um pré-requisito fundamental para uma verdadeira independência política, quando esta implica num poder soberano que não permite atuação de uma “comunidade política internacional”, mas muitas sociedades juridicamente independentes não gozam dessa independência política por estarem subordinadas economicamente a outras.	Hoje podemos observar, mundialmente falando, a tendência dos países unirem-se em blocos econômicos; colocando a globalização em efetiva atuação, rompendo as últimas fronteiras; tendo flexibilização da imunidade frente às cortes internacionais. Um exemplo que nos faz refletir e pensar a respeito: teriam os países europeus perdido parte de sua soberania ao se unirem à União Europeia?								
	Assim, vemos que a globalização econômica, os tratados internacionais, os mercados comuns internacionais interferem diretamente com a soberania dos países à medida que interferem com sua independência.
	Portanto, soberania, como se entende em direito internacional, representa a independência ou a autonomia de um Estado em relação a outros. E essa independência só existe quando não está condicionado, atrelado o crescimento do Estado à projeção do outro.
Crítica da Globalização quanto ao Direito Internacional 
Diante do processo de globalização das economias nacionais, do avanço das novas redes de comunicações em escala planetária, da erosão da soberania dos Estados e da gravidade dos problemas globais, se torna indispensável a presença efetiva do Direito Internacional Público na sociedade, já que esses problemas só são enfrentáveis por meio de um esforço mundial.
Porém, o interesse público internacional, nem sempre coincide, de um lado, com os interesses internacionais de cada Estado e de cada sociedade nacional, ou mesmo com os interesses de um grupo de Estados e sociedades, e, de outro, com os interesses das empresas privadas internacionais, que hoje constituem os principais propulsores e beneficiários da globalização econômica. 
Em outras palavras, o atual processo de globalização econômica em escala planetária, tem no interesse privado sua principal força propulsora e seu maior beneficiário. Pode-se afirmar que, todas as relações sejam elas, jurídicas, econômicas, ou até mesmo sociais, estão vinculadas de uma forma ou outra, ao interesse privado que é intensamente presente na sociedade contemporânea.
A crítica a se fazer quanto a essa relação entre a Globalização e o Direito Internacional Público, se concentra na ideia de que os interesses públicos internacionais são os interesses mais gerais e essenciaisda humanidade como um todo, aos quais deveriam se subordinar os interesses internacionais de cada Estado, de cada sociedade e de cada organização privada. A globalização, no entanto, por sua natureza concentradora e avassaladora, tenderia a negar e a desconhecer estes interesses globais. 
Isso acontece, porque a globalização acelerada da vida econômica, social, política e cultural de todos ou de quase todos os países, nações e povos vem beneficiando, em primeiro lugar, o interesse privado. Yoshikasu Sakamoto, do Instituto Internacional de Pesquisas da Paz em Tóquio, define a globalização como um confronto, presente em todas as sociedades do planeta, entre as "forças do desenvolvimento econômico e tecnológico desigual", que procuram colocar sob seu controle os recursos finitos do planeta, e as "forças políticas favoráveis à democratização".
Sakamoto sustenta ainda que "... estejamos ou não conscientes disso, começou uma corrida acelerada entre, por um lado, as forças que procuram usar esses recursos finitos em prol do desenvolvimento desigual e, por outro, as forças que procuram dedicar estes recursos a um aprofundamento da igualização democrática. Infelizmente, as forças a favor do desenvolvimento global desigual, como se exemplifica pelas empresas transnacionais, estão muito mais à frente das forças democráticas, que tentam colocar os recursos da Terra sob seu controle. Não há dúvida de que as forças a favor da democratização, que tendem a aprofundar a democracia localmente como resultado da penetração global das ideias democráticas, estão ficando para trás".
Apesar disso, no início dos anos 90, a Comissão Sul, formada por cientistas e homens públicos de projeção internacional, alertava que "se os povos do mundo pretenderem garantir o seu futuro, terão agora de caminhar no sentido da unidade global através da cooperação cada vez mais alargada, em bases equitativas".
Em suma, é preciso desenvolver e fixar com máxima clareza e objetividade os elementos que distinguem o interesse público do privado, quais sejam: o compromisso da validade universal e o imperativo de não representar apenas o interesse de grupos sociais delimitados. O espaço público deve ser "o lugar de manifestação daquilo que os homens acreditam ser o melhor para todos". 
AS PERSPECTIVAS PARA O SÉCULO XXI
Para adotar perspectivas para o século XXI, é preciso lembrar que o sistema internacional é limitado e falho, mas passível de aperfeiçoamento. O direito internacional deve ser visto no papel de Condição de sobrevivência da humanidade. 
O nosso quadro atual é marcado pelo aquecimento global, o choque das civilizações, desencadeando o terrorismo, o tráfico de drogas, o crime organizado e ás máfias de diversas nacionalidades. Nasce aí a necessidade de uma linha divisória entre teoria e realidade.
No capitulo XII da carta da ONU faz-se um acordo para a paz internacional, onde reprime ou elimina o uso de armas proscritas, tais como as armas químicas, bacteriológica, atômica e outras, e ponha limites ao uso unilateral da força. Cançado Trindade (2006, Web) propõe humanização dos direitos internacionais, isso é Direitos Humanos, desde as declarações de direitos mais importantes até a proteção, com a inclusão dos direitos econômicos, sociais e culturais.
O grande desafio do XX foi a ampliação de seu âmbito de atuação. O nosso grande desafio pra esse século são os mecanismos de implantação do direito internacional, que passa de bidimensional para tridimensional ocupando-se de um espaço ultra terrestre, como lua, subsolos, etc. 
Não é só o leque de ampliações que vem mudando, nosso eixo de conflito também. Do mundo da Guerra Fria para um mundo dividido por conflito de civilizações, atentados, etc. 
A compreensão do papel e alcance do direito internacional somente será consolidada na medida em que se tenha adequação operacional dos sistemas nacionais. Somos forçados a atender termos internacionais antes das necessidades dos direitos nacionais, e da interferência do controle do estado, diante das liberdades e dos direitos individuais.
Questões como terrorismo saem dos manuais, direto para as manchetes, questões como essa tenderão a serem os grandes motivos de debate e preocupações do século XXI. A globalização é outro dos debates. Muitos dos economistas se denominam contra ou a favor da globalização, isso já não importa mais, pois não cabe mais se questionar em ser contra ou a favor. A globalização é irreversível, já é um fato consumado. Ela assim como terrorismo e outras questões parecidas são nossa realidade.
Dentre os desafios para o Direito internacional no século XXI será a busca dos mecanismos de implementação correspondentes ao extraordinário legado de regras internacionais do século XX.
Desafios esses serão o combate ao terrorismo, aquecimento global, proteção ao meio ambiente, globalização, economia, crime organizado, trafico de drogas e pessoas, e exploração seja ela sexual, trabalho forçado entre outras.
TRATADOS, CONVENÇÕES E CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS
 Rio + 20
Conferência de Estocolmo, Suécia, 1972.
O histórico das Conferências da ONU e do Desenvolvimento Sustentável iniciou no pós Guerra fria com a Conferência de Estocolmo, Suécia, em 1972. Foi a primeira tentativa mundial de preservação do Meio Ambiente. Em resposta à crescente preocupação pública, de ambientalistas e movimentos sociais com os efeitos negativos do modelo industrial, a Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou um ciclo de conferências, a começar pela de 1972 através da qual foram abordados diversos temas e o pensamento de que o meio ambiente era uma fonte inesgotável foi modificado, e problemas ambientais começaram a ser discutidos. Teve a participação de 113 países. No lado dos países ricos, a maior preocupação foi apoiar políticas rigorosas de controle da poluição, sem precisar rever padrões de produção e consumo e estilo de vida. Já os subdesenvolvidos não aprovaram as decisões de reduzir as atividades industriais, pelo fato de terem a base econômica focada na industrialização. Pode – se dizer, que o evento tornou global o tema, que até então era tratado. A conferência aprovou a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente em 05 de junho e inspirou países a instituírem legislações nacionais de proteção ambiental.
Eco - 92, Rio de Janeiro, 1992.
 	Depois veio a Eco – 92, uma convenção realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992, em um cenário global otimista, pois com o fim da Guerra Fria, cujo símbolo foi a queda do muro de Berlim, em 1989, o mundo ficou menos polarizado e mais receptivo a novas ideias, o que favoreceu a multiplicação de movimentos e organizações dedicadas a causas ecológicas, sociais e políticas. No campo da ciência, já havia estudos sobre o aumento na concentração de gases-estufa na atmosfera, a destruição da camada de ozônio, a extinção de espécies. O discurso ambientalista ganhou força com a definição de que “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras se desenvolverem”. Durante o evento, líderes mundiais se reuniram para decidir as medidas necessárias para minimizar a degradação ambiental e definir ações para enfrentar os problemas crescentes da emissão de gases causadores do efeito estufa. A Eco – 92 foi um sucesso, 172 países participantes,108 chefes de Estado, 2400 representantes da sociedade civil e 17 mil ativistas de ONGs colocaram o Rio de Janeiro sob os holofotes da mídia mundial. Os debates estabeleceram princípios fundamentais e culminaram na elaboração de documentos oficiais que pautaram as negociações sobre Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente nas duas décadas seguintes graças à aprovação de um conjunto de tratados e declarações.
Documentos da Eco - 92:
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Possui 27 princípios para guiaros países nas suas políticas de desenvolvimento sustentável;
Agenda 21 - Programa de transição para o desenvolvimento sustentável;
Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima - Disponível para assinaturas na Eco-92, vigora desde março de 1994, reconhecendo que o sistema climático é um recurso compartilhado cuja estabilidade pode ser afetada por atividades humanas;
Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica;
Convenção sobre Combate à Desertificação.
 
Adotada em junho de 1994, fruto de uma solicitação da Rio - 92 à Assembleia Geral da ONU, entrou em vigor em dezembro de 1996 e lida com desafios de superação da pobreza nas regiões áridas e semiáridas e medidas de controle da desertificação.
Rio +10 – Johanesburgo – África do Sul, 2002.
Em 2002, foi realizada a Rio + 10, em Johanesburgo, África do Sul, com o intuito de fazer um balanço dos avanços obtidos até então. Esse evento reuniu 189 países, além da participação de centenas de ONGs. As discussões da Rio + 10 não se restringiram somente à aspectos ambientais, englobou também aspectos sociais, como a pobreza. Não trouxe resultados muito significativos no tocante à redução do índice da pobreza, porém teve ponto positivo com relação ao abastecimento de água, pois os países concordaram com a meta de reduzir pela metade, o número de pessoas que não têm acesso à água potável e ao saneamento básico até 2015.
Rio + 20 – Rio de Janeiro, 2012.
Vinte anos depois, nunca se falou tanto nos limites físicos do planeta: 
O mundo tem hoje 7 bilhões de pessoas – em 2050, seremos 9 bilhões;
Uma em cada cinco pessoas – 1,4 bilhão de pessoas – vive atualmente com um dólar e 25 centavos ou menos por dia. 
1 bilhão e meio de pessoas no mundo todo não têm acesso a eletricidade. 
2 bilhões e meio de pessoas não têm vaso sanitário. 
Quase um bilhão de pessoas passam fome todo dia.
A emissão de gases de efeito estufa continua a crescer, e mais de um terço de todas as espécies conhecidas podem desaparecer se as mudanças climáticas continuarem sendo desconsideradas.
Em 2012, o Rio de Janeiro foi palco de um novo encontro de líderes internacionais, que aconteceu entre os dias 13 e 22 de junho. A proposta foi feita pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, com previsão para a realização da conferência no Rio de Janeiro em 2012, mas só foi convocada oficialmente pela ONU em 24/12/2009. O governo e a ONU esperavam repetir o sucesso da Eco – 92. Logo depois da proposta de Lula, o cenário mundial mudou: Ao mesmo tempo em que países emergentes como Brasil, China, Rússia e índia, cresciam e ganhavam nova importância no contexto mundial, os impasses entre os interesses dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, acabaram por frustrar as expectativas para o desenvolvimento sustentável do planeta. Com a grave crise econômica que teve início em 2008 no mercado imobiliário americano e reflexos posteriores nos países europeus, as lideranças dos países ricos estavam mais preocupadas em resolver seus problemas econômicos, um momento nada propenso para discutir o futuro sustentável do planeta. 
O Brasil, anfitrião, defendeu que o mérito da Rio + 20 estaria em traçar um plano de ação rumo à economia verde para os próximos anos: “um documento político, reafirmando o compromisso dos países rumo a um desenvolvimento inclusivo e com tecnologia limpa”, marcando mais o início de processos do que a conclusão deles. O documento final da Rio + 20, intitulado como “ O futuro que queremos”, foi aprovado sem alterações por representantes de quase 190 países, documento este que destaca aspectos sociais e ressalta o esforço conjunto a fim de cumprir metas que visam substituir os Objetivos do Milênio a partir de 2015, incorporando critérios socioambientais, metas estas que deverão ser traçadas em 2013 por um comitê designado pela ONU.
Um dos principais resultados esperados pelo Brasil no texto acabou não saindo: a decisão de lançar o embrião de um acordo para a proteção de áreas marinhas além de jurisdições nacionais – que cobrem 50% da superfície da Terra. Em coletiva de imprensa um pouco antes do encerramento da Conferência, a Presidente Dilma Rousseff reconheceu que o mundo precisa de muito mais rapidez nas decisões para enfrentar os desafios ambientais, sociais e econômicos. Ela anunciou aumento do financiamento do Brasil e da China para o programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em torno de 6 milhões de dólares, além de ajuda de 10 milhões de dólares para países africanos e pequenas ilhas. As propostas seguiram para o Congresso Nacional e até o primeiro trimestre de 2013 ainda não foram cumpridas.
Embora a Rio + 20 tenha atraído muita atenção e muita gente, questões políticas e econômicas dificultaram a obtenção das negociações e do progresso.
 Convenção sobre o Direito da Pessoa com Deficiência
Em 9 de dezembro de 1975 a Assembleia Geral das Nações Unidas anunciou a Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, onde definiu no seu artigo 1º que: 
A expressão “pessoa deficiente” designa qualquer pessoa incapaz de satisfazer por si própria, no todo ou em parte, as necessidades de uma vida normal individual e/ou social, em resultado de deficiência, congênita ou não, nas suas faculdades físicas ou mentais (2013, web). 
Além desta definição, a Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, deixou claro, dentre outras, as premissas de que pessoas com deficiência têm direito ao respeito da sua dignidade humana; possuem os mesmos direitos civis e políticos que pessoas não possuem qualquer deficiência; têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional; têm direito a reabilitação profissional; direito de não serem exploradas e de viverem com suas famílias. 
O site da Organização das Nações Unidas no Brasil (2013, web) acusa o seguinte panorama mundial a cerca das pessoas com deficiência: 
10% da população mundial vivem com deficiência,
80% das pessoas com deficiência vivem em países em desenvolvimento;
20% das pessoas mais pobres do mundo possuem algum tipo de deficiência;
30% dos meninos ou meninas de rua possuem algum tipo de deficiência;
90% das crianças com deficiência não freqüentam a escola;
35% das pessoas economicamente ativas com deficiência estão em atividade no mundo desenvolvido; 
3% de adultos com deficiência são alfabetizados; 
14,5% da população brasileira possui alguma deficiência. 
Diante destas estatísticas apresentadas face aos princípios elencados na Carta das Nações Unidas sobre a dignidade e igualdade humana e também considerando os fundamentos da liberdade, da justiça e da paz no mundo também elucidados nesta mesma Carta; a Organização das Nações Unidas tem abraçado cada vez mais a causa dos deficientes dando enfoque na luta pelos seus direitos e conscientização das sociedades sobre as suas necessidades. O seu comprometimento é em fazer com que o mundo veja que as pessoas com deficiência são, antes de tudo, portadores de direitos como qualquer outra pessoa que não carece de necessidades especiais. 
Em 13 de dezembro de 2006, a Organização das Nações Unidas – ONU - divulgou a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o seu Protocolo Facultativo. Esta Convenção proclamando os direitos das pessoas com deficiência e apontando áreas onde seus direitos não foram respeitados, ou que devem ser reforçados, ou ainda, adaptados. A Convenção arrola no artigo 3º os seus princípios gerais, sendo eles:
1. O respeito pela dignidade inerente, independência da pessoa,inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e autonomia individual;
2. A não-discriminação;
3. A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;
4. O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;
5. A igualdade de oportunidades;
6. A acessibilidade;
7. A igualdade entre o homem e a mulher;
8. O respeito pelas capacidades em desenvolvimento de crianças com deficiência e respeitopelo seu direito a preservar sua identidade.
Dentro dos seus 50 artigos, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência aborda temas como educação (artigo 24), reabilitação (artigo 26), capacidade legal (artigos 13 e 23), trabalho e emprego (artigo 27), cultura, esporte, turismo e lazer (artigo 30), acessabilidade (artigo 9), dentre outros. Destaque especial para o artigo 43 onde é informado que a Convenção deverá ser ratificada pelos Estados signatários. 
Neste sentido, o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é um termo onde o Estado Parte ratifica o uso da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em seu território, passando a ser monitorado pelo Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que é o órgão que fiscaliza se o Estado Parte não está violando as regras descritas na convenção. A principal atribuição do Comitê é reconhecida no artigo 1º da Convenção onde é designada a competência de receber comunicações de pessoas ou grupo de pessoas que alegam ser vítimas da violação de algum dos artigos contidos na Convenção. 
No Brasil, o Congresso Nacional ratificou, por meio do Decreto Legislativo número 186, de 9 de julho de 2008, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, entrando em vigor na mesma data de sua publicação. Para o plano jurídico externo, o vocation legis do decreto terminou no dia 31 de agosto de 2008. A partir desta data o Brasil passou a ser monitorado periodicamente em relação aos avanços da execução dos direitos das pessoas com deficiência. Tal decreto, equivalente a uma emenda constitucional, ou seja, desrespeitar um dos 50 artigos da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é o mesmo que desrespeitar a Constituição Brasileira. 
Ferreira (2013, web) faz considerações sobre o Governo de Dilma frente a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência:
O Governo Dilma tem dado atenção específica às pessoas com deficiência, com vistas a ampliar o processo de construção e consolidação da democracia no Brasil. Para tanto, tem priorizado, cada vez mais, o diálogo permanente entre sociedade civil e governo na elaboração de políticas públicas, visando à inclusão social, à acessibilidade e ao reconhecimento dos direitos de mais de 24 milhões de brasileiros e brasileiras com deficiência. Por sua vez, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem plena consciência da responsabilidade de gerir a política nacional voltada a esse segmento e, para isso, busca melhorar sua atuação por meio do permanente incentivo à implementação da Convenção.
 Tratado sobre o Comércio Global de Armas
	No dia 2 de abril de 2013 foi aprovado pela Assembleia Geral da ONU o tratado sobre o comércio global de armas convencionais; tendo como escopo a regulamentação do comércio de armas convencionais, quais sejam: tanques de combate, veículos blindados de combate, sistemas de artilharia de grande calibre, aviões de combate, etc.
	No entanto, sua atuação na comunidade internacional é limitada, o que significa que o tratado não poderá interferir no comércio doméstico de armas ou no direito de portar armas nos Estados-Membros, proibir a exportação de armas, infringir o direito dos Estados para autodefesa ou minar padrões nacionais de regulação de armamentos que já se encontrarem em vigor.
	A resolução recebeu ao todo 154 votos a favor, 3 contrários (sendo dos países da Coréia da Norte, Irã e Síria) e outros 23 países não se manifestaram acerca do tema. 
	Em um primeiro momento o acordo não obteve o apoio unânime de que precisava na Conferência Final das Nações Unidas sobre o Tratado de Comércio de Armas, cuja sessão realizara-se no dia 28 de março de 2013. Mas, na mesma noite em que ocorrera essa sessão, um Estado-membro apresentou para a Assembleia Geral da ONU, um projeto de resolução sobre o tratado, o que viabilizou sua aprovação, tendo em vista que o quórum de votação na Assembleia é maioria simples. 
	O tratado entrará em vigor em 90 dias após ser ratificado pelo signatário de nº 50. Com isso, também será exigido dos Estados-membros que praticam a exportação de armas convencionais, que desenvolvam critérios para prevenir possíveis abusos de direitos humanos, terrorismo e crime organizado. Os Estados que o aderirem também deverão apresentar publicamente as suas vendas anuais de armas, o que por consequência, com a transparência das informações, ampliará a participação popular nas decisões.
	O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, vê o tratado como um “feito diplomático histórico”, obtido após “muitos anos de esforço”. Segundo ele, este tratado diminuirá os desvios de armas para o mercado ilícito, como terroristas, piratas e outros criminosos.
TERRORISMO INTERNACIONAL
	Primeiramente nos cabe conceituar a palavra “Terrorismo”, de modo a colaborar com nossa compreensão. Conforme o artigo publicado por Carla Fernanda de Marco (2005, Web), a palavra terrorismo possui um conceito muito amplo, e sendo assim, de forma geral, podemos atribuir a esta palavra alguns elementos que nos auxiliariam no entendimento de seu conceito. São eles: a) a violência contra um grupo de pessoas; b) a existência de danos, destruições e mortes; c) disseminação de terror; e por fim d) cobrança ameaçadora de uma determinada atitude por parte de um Estado.
	A autora também nos traz o conceito de terrorismo na legislação britânica. Vejamos:
(...) uma ação ou uma omissão quando o uso ou ameaça é feito com propósitos políticos, religiosos ou ideológicos e que esta ação ou omissão inclui “inter alia” séria violência contra uma pessoa, sérios danos a uma propriedade, ou cria um sério risco à saúde ou segurança do público ou uma parte do público. (Brant, 2003, p.16).
	Até hoje o ataque terrorista de maior repercussão fora o que ocorrera no dia 11 de setembro de 2001, quando as torres gêmeas do Word Trade Center, em Nova York, Estados Unidos, foram destruídas pela Al Qaeda, grande grupo terrorista. A partir de tal evento, a comunidade internacional deparou-se com a primeira grande ameaça do Século XXI: o Terrorismo.
	Este dia resultou em mais de 3000 vítimas e vale lembrar que “o” ataque terrorista foi na verdade, “os” ataques terroristas, isso porque, o grupo terrorista sequestrou quatro aeronaves, sendo que uma destas acabou sofrendo uma queda em razão da revolta dos tripulantes diante o sequestro. Esta queda ocorreu em campo aberto, mas além das vítimas que estavam dentro do avião, ninguém mais se machucou. O segundo avião chocou-se contra o quartel general de defesa dos Estados Unidos, o chamado Pentágono. Os dois últimos aviões se dirigiram as duas torres do Word Trade Center, símbolo do poder econômico do país, e a destruíram, causando uma tragédia de imensa proporção.
	Diante de tal ocorrência, o mundo viu-se de frente a uma grande ameaça. Desta forma, o Conselho de Segurança da ONU manifestou-se através da resolução nº 1373, em 28 de setembro de 2001, criando um comitê sobre o terrorismo, a fim de assegurar que os Estados-membros tomassem as medidas necessárias contra o terrorismo, como por exemplo, recusar o financiamento, não dar guarida ou asilo a terroristas e de cooperar com a comunidade internacional contra o terrorismo. 
	O Conselho de Segurança das Nações Unidas também editou a resolução de nº 1368, em 12 de novembro de 2001, que reconheceu o direito à legítima defesa dos Estados Unidos diante os ataques.
	No entanto, ambas as resoluções provocam grande discussões entre os estudiosos de Direito Internacional Público. 
	Primeiramente, no que se refere a resolução de nº 1.373, muitos a entendem como uma afronta ao princípio do pacta sunt servanda; isto é, através deste princípio os Estados-membros não podem ser obrigados a cumprir tratados aos quais estes não o ratificaram. Mas, tal resoluçãoé interpretada por muitos críticos como uma verdadeira “convocação” que obrigou a todos os Estados a respeitarem as normas antiterroristas impostas.
	No que tange a resolução de nº 1368, muitos críticos acreditam que a resposta dos Estados Unidos ao direito de legítima defesa fora na verdade um grande exagero. O que poderemos concordar, pois como será demonstrado a seguir, os Estados Unidos utilizou-se de ferramentas ilícitas para combater o terrorismo, caracterizando-se como uma verdadeira afronta aos direitos internacionais.
	De início, insta salientar que com a resolução de nº 1368, o Conselho de Segurança da ONU deixou claro a toda a comunidade internacional de que os ataques terroristas eram reprováveis, classificando-os como uma ameaça a paz mundial e a segurança internacional. Com isso, os Estados precisariam se reorganizar com novos tratados e acordos internacionais, a fim de combater o terrorismo internacional.
	Todavia, a própria mídia americana noticiou que entre os anos de 2003 e 2005, os Estados Unidos estariam envolvidos em uma série de atos ilegais em face do direito internacional e dos Direitos Humanos, ao empregar tratamento desumano a prisioneiros suspeitos de terrorismo.
	Mas as acusações não paravam por aí: o governo americano haveria construído também uma espécie de prisão sigilosa, onde os suspeitos estariam sendo condicionados e submetidos à tortura e tratamento desumano. Mas verificou-se também que as ações da CIA não estavam restritas ao solo americano, sendo realizadas também em solo estrangeiro. Além disso, acusaram o país de promover voos ilegais para transporte de prisioneiros; o que trouxe a tona mais uma suspeita: esses voos ilegais só poderiam ocorrer se encontrassem apoio nos países europeus. 
	Diante desta nova suspeita, o Conselho Europeu criou a Comissão de Assuntos Legais e Direitos Humanos, a fim de averiguar as acusações anteriormente expostas.
	Após as investigações, verificou-se que cerca de 14 membros do Conselho Europeu participaram das operações ilegais da CIA e das entregas de suspeitos de terrorismo à custodia americana para interrogatório em prisões secretas.
	Desvendou-se que a CIA capturava os suspeitos em solo estrangeiro sem o apoio dos Estados, e que em alguns casos, o próprio estado entregava o suspeito a CIA. Os suspeitos eram transportados através de aeronaves, sendo que os mesmos permaneciam com os olhos vendados e sob o efeito de remédios calmantes. As prisões não se restringiam ao solo americano, sendo que se localizavam também em países como a Síria, Egito, Marrocos, Jordânia, Iêmen, Líbano e Afeganistão.
	Além da afronta aos Direitos Humanos, nota-se também o desrespeito as regras internacionais de extradição de estrangeiros.
	A justificativa encontrada por Bush, o então Presidente dos Estados Unidos na época, era de que as políticas de segurança internacionais eram deficientes diante do novo cenário de terrorismo que havia se desenhado após os ataques do dia 11 de setembro de 2001.
	O objetivo dessas prisões e interrogatórios sigilosos (e ilícitos), eram de descobrir a existência de grupos terroristas, os seus aliados, bem como de adquirir informações sobre novos possíveis ataques ao solo americano.
	Contudo, podemos verificar que os Estados Unidos e também os países que apoiaram tais operações, foram na verdade contra todos os princípios, acordos e tratados internacionais, resolvendo a sua maneira um problema que na verdade enquadra-se como do interesse de toda a comunidade internacional e agindo desta forma, ignoraram completamente os princípios internacionais de justiça, dignidade humana e legalidade.
	
CRÍTICAS ÀS PERSPECTIVAS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DO SÉCULO XXI.
O século vinte e um se encontra no seu décimo terceiro ano, e a indagação que se faz é se um novo paradigma para este século, teria a capacidade de transformar as relações internacionais e o próprio mundo, tendo em vista que estamos num século marcado por desequilíbrios, dos quais podemos citar: os desequilíbrios entre o norte e o sul do planeta, entre os ricos e os pobres dentro dos próprios países (a desigualdade social) e, por fim, o desequilíbrio entre o homem e a natureza.
Ainda, segundo José Renato Gaziero Cella, vive-se tanto dentro quanto fora de um mesmo país em diferentes épocas, assim como existem países mais avançados que os outros, portanto a chegada do século XXI não poderia ser um marco, uma linha de chegada igual para todos os países. Ele trás:
“[...] trata da diferente situação dos países no momento em que se inicia um novo século. No caso brasileiro, nada mais falso do que imaginar o século XXI como "um porto ao qual vai chegar o nosso barco”. Isso porque, conforme salientado no início a partir do pensamento de Euclides da Cunha, vive-se aqui em diferentes épocas. 
Mesmo sem falar nas nações indígenas que vivem dentro do território 
brasileiro, o País convive com os aspectos avançados do capitalismo nas grandes metrópoles e até ocorrências de trabalho escravo no interior, o que indica que para muitas pessoas nem o século XX sequer começou.”
Sendo assim, surge a crítica de que, se existe a afirmação de que existe um novo paradigma para o século em questão, e que todos os países estão nesse século, isto significa que todos caminham em uma mesma direção, para o mesmo lugar, mas que podem chegar nele em momentos diferentes? Ou que cada país caminha para destinos diferentes, cada um inventando a sua própria modernidade, seu próprio século XXI?
Urge frisar também, que vivemos em uma sociedade administrada pela mídia que é grande formadora de opiniões nem um pouco críticas, e a era virtual, em que o real e o místico se confundem gerando assim uma sociedade controlada, onde as relações se dão, quase que em sua totalidade, pela internet.
Por fim, surge a grande indagação: Qual a possibilidade de triunfo de uma sociedade administrada? O novo paradigma em questão não estaria ligado há uma imagem gerada pela mídia, que coloca o Brasil, por exemplo, como os Estados Unidos em sua juventude, que até o fim do século irá desabrochar e se tornar um país desenvolvido como o país em questão, e para tanto teríamos que imitar a forma de vestir, de nos alimentar, de viver? 
É lógico que precisamos de novos paradigmas, pois o avanço tecnológico é muito grande e esses paradigmas tem que dar conta do mesmo. Porém, é algo ainda em construção, e o que se pergunta é “que paradigma poderá discernir e direcionar tão emergente e desconhecida realidade deste século XXI?”.
	
 
CONCLUSÃO
	Constatou-se ao final da presente pesquisa que fora de grande importância o conhecimento desprendido desta atividade. Afinal, falar sobre as perspectivas para o século XXI é o mesmo que falarmos do que se espera para o nosso futuro.
	Ao longo do desenvolvimento desta pesquisa percebeu-se quão importante é a interação entre todos os Estados no mundo, vez que é impossível vivermos independentes uns dos outros, ou seja, mais cedo ou mais tarde, um país necessita de apoio ou ajuda.
	Notou-se também como a preocupação com temas como o meio-ambiente, terrorismo e problemas sociais estão a cada dia ganhando mais relevância, tendo em vista que requerem mais atenção e cuidados.
	Torcemos para que você leitor tenha compreendido todos os assuntos abordados, bem como, que tenha desfrutado plenamente de nossa pesquisa.
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