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APOSTILA BIOSSEGURANÇA
Prezado(a) aluno(a),
É com muita satisfação que nos encontramos aqui!
Preparamos este material com muito carinho e cuidado, para que você possa usufruir de mais uma ferramenta bastante útil para seus estudos, lendo novos textos, treinando a resolução de exercícios, avaliando seus conhecimentos sobre a disciplina e revisando o conteúdo.
Você encontrará, além deste, mais 8 conteúdos. Cada um deles trará texto especialmente produzido para facilitar a compreensão do assunto abordado, dois artigos científicos, possíveis indicações de links que tratem sobre o assunto na rede mundial de computadores, indicações de literatura (as quais, obrigatoriamente, você deverá conhecer o conteúdo) e exercícios. Todos os assuntos abordados respeitarão o conteúdo previsto no plano de ensino da disciplina.
Todo este material será oferecido a você em duas circunstâncias:
1. Quando estiver cursando esta disciplina presencialmente.
2. Quando estiver cursando esta disciplina em formato semipresencial (seja por oferta regular ou por oferta em forma de dependência/adaptação). Neste caso você deverá realizar as avaliações de acordo com as orientações oferecidas pela coordenação de seu curso. Algumas avaliações serão feitas no laboratório de informática de seu Campus (para isso, será necessário fazer o agendamento em dia e horário disponíveis, que melhor se adequarem à sua agenda, respeitando-se o calendário acadêmico oficial), enquanto outras serão realizadas presencialmente, em sala de aula, sob supervisão de um docente do curso, em dia e horário agendado e publicado pela coordenação de seu curso.
Para fazer o agendamento das avaliações que serão semipresenciais, você deverá acessar http://online.unip.br/, inserir seu RA e senha e, então, realizar o agendamento. É muito simples e rápido!
IMPORTANTE: as avaliações que forem definidas pela coordenação como PRESENCIAIS, NÃO poderão ser realizadas no laboratório de informática. Os(As) alunos(as) que realizarem as avaliações que deveriam ser presenciais no laboratório de informática TERÃO NOTA ZERO atribuída àquela avaliação. Portanto, para evitarmos quaisquer problemas e constrangimentos, siga rigorosamente as orientações de sua coordenação de curso!
 
Caso você tenha dúvida com relação ao conteúdo da disciplina, deverá dirigir-se à coordenação de seu curso, para receber orientações sobre os dias e horários que poderá procurar pelo professor responsável para sanar suas dúvidas.
É importante salientar que as avaliações destas disciplinas serão compostas por questões que tratem dos assuntos abordados neste ambiente, mas que NÃO serão questões idênticas àquelas oferecidas ao seu estudo/treinamento. Por isso, é importante que você tenha conhecimento acerca do assunto, lendo e compreendendo os textos, artigos, literatura sugerida e as questões disponíveis para treinamento.
De uma forma geral, esta disciplina será embasada na seguinte literatura:
HIRATA MH; FILHO JM. Manual de biossegurança. São Paulo: Manole, 2008.
MASTROENI MF. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2a ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
TEIXEIRA P; VALLE S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. 2a ed. Fiocruz, 2010.
FORTES PA. Ética e Saúde: questões éticas, deontológicas e legais, autonomia e direitos do paciente, estudo de caso. São Paulo: EPU. 1998.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Biossegurança. Disponível em:  <www.fiocruz.br/biosseguranca>.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Disponível em: <http://www.ctnbio.gov.br>.
CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Disponível em: <www.cvs.saude.sp.gov.br>.
LEI DE BIOSSEGURANÇA (LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005) - Acesso eletrônico em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
 
Por fim, fique atento ao conteúdo que será abordado nas avaliações! Independentemente da avaliação que você for realizar (NP1, NP2, SUB, Exame), poderá ser cobrado todo e qualquer conteúdo abordado neste ambiente, assim como, nas referências bibliográficas, sítios da rede mundial (sites) de computadores sugeridos, artigos científicos indicados e vídeo-aulas.
Reforçamos que as questões NÃO serão idênticas àquelas disponíveis neste ambiente, para seu estudo e treinamento. Elas avaliarão seus conhecimentos sobre os ASSUNTOS abordados, ok?
Qualquer dúvida, por favor, contate a coordenação de seu curso.
Desejamos que tenha um excelente semestre e que este conteúdo o(a) auxilie a progredir, melhorando seus conhecimentos e preparando-o(a) para a realização das avaliações.
Atenciosamente,
PROFESSORES DO CURSO DE FISIOTERAPIA – UNIP
BIOSSEGURANÇA
DEFINIÇÃO
 
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
 
TIPOS DE RISCO
 
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)
 
1. Riscos de Acidentes
2. Riscos Ergonômicos
3. Riscos Físicos
4. Riscos Químicos
5. Riscos Biológicos
 
1. RISCOS DE ACIDENTES
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
 
 
2. RISCOS ERGONÔMICOS
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho".
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc.
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.
 
Risco Ergonômico - Síndrome de Burnout
Descrição
A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer,termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.
 
Estágios
São doze os estágios de Burnout:
Necessidade de se afirmar
Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
Recolhimento;
Mudanças evidentes de comportamento;
Despersonalização;
Vazio interior;
Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
 
Sintomas
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional. O professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de "Burnout" em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais depressivos; a terceira desenvolve um transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.
Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação, mas alguns consideram que trabalhadores com determinados traços de personalidade (especialmente de neuroses) são mais suscetíveis a adquirir a síndrome. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).
Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout. Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.
Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com altos níveis de stress podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais de stress. Taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout)
A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
 
Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas conseqüências bastante sérias.
De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicólogos, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações.
Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Entretanto, pessoalmente, julgamos que essa Síndrome de Burnout seria a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho.
 
A Síndrome de Burnout em Professores
A burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor.
Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:
Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
Atitude e comportamento dos administradores;
Avaliação dos administradores e supervisores;
Atitudee comportamento de outros professores e profissionais;
Carga de trabalho excessiva;
Oportunidades de carreira pouco interessantes;
Baixo status da profissão de professor;
Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
Alunos barulhentos;
Lidar com os pais.
 
Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:
Sentimento de exaustão;
Sentimento de frustração;
Sentimento de incapacidade;
Carregar o estresse para casa;
Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
Irritabilidade.
 
As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:
Realizar atividades de relaxamento;
Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios;
Discutir os problemas com colegas de profissão;
Tirar o dia de folga;
 
Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.
Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:
Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
Prover os professores com cursos e workshops;
Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
Dar mais assistência;
Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.
 
Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito esmero.
 
 
 
Referências
A review and integration of research on job burnout. Cordes, C. e Dougherty, T. (1993). Academy of Management Review, 18, 621-656. Citado em O'Driscoll, M.P. e Cooper, C.L. (1996).
Sources of Management of Excessive Job Stress and Burnout. em P. Warr Ed.), Psychology at Work Quarta edição. Penguin.
Tailoring treatment strategies for different types of burnout. Farber, B. A. (1998). Artigo apresentado na 106a. convenção anual da American Psychological Association em São Francisco, California
Staff burnout. Freudenberger, H. J. (1974). Journal of Social Issues, 30(1), 159-165.
Authentic leaders creating healthy work environments for nursing practice. Shirey MR. American Journal of Critical Care May 2006. Vol. 15, Iss. 3; p. 256
Taming burnout's flame. Krista Gregoria Lussier. Nursing Management Chicago: Apr 2006. Vol. 37, Iss. 4; p. 14
A Scientific Solution To Librarian Burnout. Craig S. Shaw. New Library World Year 1992 Volume: 93 Number: 5
Stress and Burnout in Library Service. Caputo, Janette S.Phoenix, AZ: Oryx Press, 1991.
An assessment of burnout in academic librarians in America using the Maslach Burnout Inventory. (the MBI) Ray, Bernice, Ph.D., Rutgers. The State University of New Jersey - New Brunswick, 2002, 90 páginas; AAT 3066762
How to conduct research on burnout: advantages and disadvantages of a unidimensional approach in burnout research. Brenninkmeijer V; VanYperen N. Occup Environ Med. 2003; 60 Suppl 1:i16-20
Personal life events and medical student burnout: a multicenter study. Dyrbye LN; Thomas MR; Huntington JL; Lawson KL; Novotny PJ; Sloan JA; Shanafelt TD. Acad Med. 2006; 81(4):374-84
Burnout e controle sobre o trabalho em enfermagem - resultados. Sá, L. O. Enfermagem Oncológica 2006, 34, 15-24.
 
 
 
 
 
3. RISCOS FÍSICOS
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e ponteagudos, etc.
 
Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
 
Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
 
 
 
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:
-  fadiga nervosa;
-  alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
-  hipertensão;
-  modificação do ritmo cardíaco;
-  modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
-  modificação do ritmo respiratório;
-  perturbações gastrointestinais;
-  diminuição da visão noturna;
-  dificuldade na percepção de cores.
 
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição.
 
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:
–     Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.
–     Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
–     Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.
–     Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.
–     Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
 
Vibrações
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Conseqüências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
 
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
 
Radiações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
 
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolsopara técnicos de raio-x).
Medida médica: exames periódicos.
 
Temperaturas Extremas
 
CALOR - Efeitos:
- desidratação;
            -  erupção da pele;
            -  câimbras;
            -  fadiga física;
            -  distúrbios psiconeuróticos;
            -  problemas cardiocirculatórios;
            -  insolação.
 
FRIO - Efeitos:
- feridas;
-  rachaduras e necrose na pele;
- enregelamento: ficar congelado;
-  agravamento de doenças reumáticas;
-  predisposição para acidentes;
-  predisposição para doenças das vias respiratórias
 
CUIDADOS EM TEMPERATURAS EXTREMAS:
            -  proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
            -  proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio).
 
Pressões Anormais
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.
 
–     Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.
–     Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
 
A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.
 
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).
 
 
4. RISCOS QUÍMICOS
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
 
Movimento do produto químico no organismo:
Absorção - é a seqüência à penetração do agente químico no organismo e sua passagem ao sistema circulatório.
Distribuição - o agente percorre, pela corrente sangüínea, os órgãos do corpo.
Fixação ou acumulação - armazenamento do agente nos tecidos dos órgãos onde ele exerça, ou não, atuação.
Eliminação - saída do agente químico do organismo.
 
Rotulagem de substâncias químicas:
O rótulo deve conter a identificação completa do produto químico (nome, fórmula, concentração, etc.) e riscos que apresenta: símbolo e palavra indicativa de risco (corrosivo, tóxico, explosivo, inflamável, irritante, nocivo), palavras convencionais de advertência (perigo, cuidado, atenção) e frases convencionais de medidas preventivas quanto ao risco (mantenha afastado do calor, perigo se inalado, etc.)
 Quando um produto for acondicionado fora de sua embalagem original, deverá ser identificado através dos seguintes dados mínimos:
–     nome do produto e concentração
–     data do envasamento ou diluição
–     identificação dos riscos
 
Um sistema de classificação de substâncias químicas quanto às respectivas periculosidade ou nocividade é um importante mecanismo para o estabelecimento de prioridades de avaliação, tratamento e comunicação de riscos.
 
No contexto de classificação de substâncias perigosas, o perigo esta relacionado com a capacidade de uma substância de causar danos e o grau dessa capacidade depende de suas propriedades intrínsecas.
 
Sistema de classificação de substâncias químicas quanto a periculosidade ou nocividade:
–     Estabelece critérios e procedimentos para classificar as substâncias ou misturas em classes de perigos / escalas de gradação da periculosidade e mecanismos de comunicação de perigos / riscos.
–     Não se aplica a substâncias ou produtos cuja exposição é intencional (ex. alimentos, remédios, cosméticos)
–     Não existe “substância não perigosa”. Existe substância não classificada de acordo com os critérios adotados. Para elas usa-se regras gerais de prevenção e não é necessário cuidados especiais nem comunicação de perigos (rotulagem, fichas de segurança, etc.)
 
Classes de perigos – Substâncias ou misturas:
 
Inflamáveis
São substâncias que podem pegar fogo na presença de uma fonte de ignição (chama, faísca, eletricidade estática, etc.)
Podem ser:
•         Facilmente Inflamável
CLASSIFICAÇÃO: Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a 21ºC, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da umidade.
PRECAUÇÃO: evitar contato como ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e manter afastadas de fontes de ignição.
•         Extremamente Inflamável
CLASSIFICAÇÃO: Líquidos com ponto de inflamação inferior a 0ºC e o ponto máximo de ebulição 35ºC; gases, misturas de gases (que estão presentes em forma líquida) que com ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente.
PRECAUÇÕES: manter longe de chamas abertas e fontes de ignição.
 
Explosivo
São substâncias ou misturas que apresentam riscos de explosão sob o efeito de uma chama, do calor, de um golpe ou fricção.
Exemplos:
− TNT - trinitrotolueno
− Ácido pícrico
− Nitrocelulose
− Pólvora negra
− Pólvora branca
PRECAUÇÕES: evitar atrito, choque, formação de faísca e ação do calor.
 
Comburente ou Oxidante
São substâncias que, em caso de incêndio, aumentam a violência da reação e favorecem a propagação rápida do fogo. Podem provocar incêndios espontâneos quando em contato com materiais combustíveis. O incêndio pode ser favorecido e dificultado a sua extinção.
Exemplos:
− Oxigênio
− Ácido nítrico
− Água oxigenada concentrada (ex. 30 vol)
PRECAUÇÕES: evitar qualquer contato com substâncias combustíveis.
 
Corrosivo
Produtos químicos que destroem o tecido vivo, bem como vestuário, por contato. Exemplo: Ácido Sulfúrico Concentrado
PRECAUÇÕES: não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário.
 
Nocivas ou perigosas para o meio ambiente
Podem causar danos à flora, fauna, população humana ou degradar o ambiente quando lançados no ar, solo ou águas.
Exemplos:
− Solventes clorados
− CFCs
− ácidos fortes
− cianeto de sódio.
 
Tóxicas e muito tóxicas
Podem provocar danos graves à saúde ou provocar a morte.
Inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos a saúde
Muito tóxicas são substâncias que, mesmo em doses muito pequenas, podem provocar danos graves ou mesmo a morte. Exemplo: trióxido de arsênico.
Exemplos - tóxicas:
− metanol
− amoníaco
− benzeno.
PRECAUÇÕES: evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos,teratogênicos ou mutagênicos.
 
Nocivas
São substâncias que podem causar danos à saúde mas em geral não provocam danos sérios imediatos. Somente em doses muito altas podem provocar a morte. (o que é difícil no ambiente de trabalho).
A exposição repetida e prolongada pode provocar danos sérios à saúde.
Exemplos: Tolueno e outros solventes
PRECAUÇÕES: evitar qualquer contato com o corpo humano, observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
 
Segurança na manipulação de produtos químicos
Não fumar, comer, beber ou aplicar maquiagem nos locais onde se manipulam substâncias químicas.
 Nunca pipetar com a boca.
 Não se utilizar do olfato para identificar produtos químicos.
 Não deixar os frascos de produtos voláteis abertos.
Usar as capelas de exaustão, as câmaras de fluxo laminar e outros equipamentos de proteção coletiva sempre que a natureza dos reagentes ou produtos químicos assim o exijam.
Usar os equipamentos de proteção individual quando os meios de proteção coletiva não forem suficientes para reduzir a exposição ocupacional aos níveis desejados: luvas, máscaras, óculos, roupa protetora, etc.
 Identificar os rejeitos produzidos.
Cuidar para que não ocorra a mistura de produtos incompatíveis durante a lavagem de vidrarias;
Cuidar para não misturar substâncias incompatíveis durante a segregação de resíduos para descarte;
Antes de realizar uma reação química com produtos desconhecidos consultar a lista de substâncias incompatíveis e fazer um experimento com quantidades reduzidas e condições adicionais de segurança.
 
 
5. RISCOS BIOLÓGICOS
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros.
 
Classificação de risco biológico:
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios:
–     Patogenicidade para o homem.
–     Virulência.
–     Modos de transmissão
–     Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.
–     Disponibilidade de tratamento eficaz.
–     Endemicidade.
 
Classe de risco 1
O risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo, ou seja, são agentes biológicos que têm baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
Exemplo: Bacillus subtilis
 
Classe de risco 2
O risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. São agentes biológicos que podem provocar infecções, porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, sendo o risco de propagação limitado. Exemplos: Vírus da Febre Amarela e Schistosoma mansoni.
 
Classe de risco 3
O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. O patógeno pode provocar infecções no homem e nos animais graves, podendo se propagar de indivíduo para indivíduo, porém existem medidas terapêuticas e de profilaxia. Exemplos: Vírus da Encefalite Equina Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis.
 
Classe de risco 4
O risco individual e para a comunidade é elevado. São agentes biológicos que representam sério risco para o homem e para os animais, sendo altamente patogênicos, de fácil propagação, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplos: Vírus Marburg e Vírus Ebola.
 
•      Resumindo...
–     NB 1- Agentes que não causam doenças
–     NB 2- Agentes associados a doenças humanas
                                 (profilaxia e terapia eficientes)
–     NB 3- Agentes exóticos associados à doenças humanas com   
           potencial para transmissão via aerossol
                                 (profilaxia e terapias limitadas)
–     NB 4- Agentes letais (humanos/ambiente)
                               (sem profilaxia ou terapia)
 
Níveis de Biossegurança
 
            Os níveis de biossegurança representam as condições nas quais os microorganismos podem ser manuseados com segurança. O diretor do laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis de biossegurança recomendados.
 
 
Nível de Biossegurança 1
            Neste nível as práticas, o equipamento e o projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos, e de professores, de técnicas laboratoriais.
            O nível de biossegurança 1 representa um nível básico de contenção, portanto, não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e a adoção de boas práticas laboratoriais.
Neste tipo de laboratório podem ser manipulados microorganismos da Classe de risco 1, ou seja, organismos que não causem doença ao homem ou animal.
 
 Classe de Risco 1 - o risco individual e p/ a comunidade é ausente, ou seja, são microorganismos que tem baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
Ex.: Bacillus subtilis,Lactobacillus,Micrococos
 
            No nível de biossegurança 1 práticas padrão de biossegurança devem ser adotadas:
–     Reduzir derramamentos e aerossóis
–     Descontaminação diária da superfície de trabalho
–     Descontaminação do lixo
–     Manter programa controle de insetos/roedores
 
Além destas práticas, algumas barreiras secundárias também são necessárias:
•      Laboratório com porta
•      Pias para lavar as mãos
•      Superfícies fáceis de limpar
•      Bancos impermeáveis à água
•      Mobiliário resistente
•      Janelas fechadas e com telas protetoras
•      Construção normal, sem ventilação especial
 
 
Nível de Biossegurança 2
            O nível de biossegurança 2 aplica-se a laboratórios onde são manipulados microorganismos da classe de risco 2, ou seja, patógenos que causam doença ao homem ou aos animais, mas que não consistem em sério risco, a quem o manipula em condições de contenção, à comunidade, aos seres vivos e ao meio ambiente. Neste nível as exposições laboratoriais podem causar infecção, mas a existência de medidas eficazes de tratamento e prevenção limitam o risco, sendo o risco de disseminação bastante limitado.
As práticas, os equipamentos, a planta e a construção das instalações são aplicáveis aos laboratórios clínico ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico e laboratórios escolas. Além da adoção das boas práticas, para a manipulação segura destes patógenos torna-se necessário o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).
O Nível de Biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecido.
Os perigos primários em relação aos funcionários que trabalham com esses agentes estão relacionados com acidentes percutâneos, exposições da membrana mucosa ou com a ingestão de materiais infecciosos. Deve-se tomar um extremo cuidado com agulhas contaminadas ou com instrumentos cortantes.
Além das barreiras exigidas para o NB1, neste nível também é necessário adotar:
•      Cabine de segurança instalada
•      Iluminação adequada e lava-olhos disponível
•      Ar do Laboratório não deve circular em outras áreas
•      Acesso restrito durante o trabalho
•      Disponibilidade de autoclave
•      Localização separada de área pública
•      Ventilação bi-direcional
 
 
 
Nível de Biossegurança 3
            O nível de biossegurança 3 aplica-se a laboratórios onde são manipulados microorganismos da classe de risco 3, ou seja, patógenos que geralmente causam doenças graves ao homem ou aos animais e podem representar um sério risco a quem o manipula. Também podem representar um risco se disseminado na comunidade, mas usualmente existem medidas de tratamento e de prevenção. O Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burnetii são exemplos de microorganismos determinados para este nível.
Os riscos primários causados aos trabalhadores que lidamcom estes agentes incluem a auto-inoculação, a ingestão e a exposição aos aerossóis infecciosos.
No Nível de Biossegurança 3 as barreiras primárias e secundárias são de extrema importância para a proteção dos funcionários, da comunidade e do meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma CSB (Cabine de Segurança Biológica) ou em um outro equipamento de contenção como uma câmara hermética de geração de aerossóis.
Para este nível de contenção são requeridos, além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais:
–     Prédio separado ou em zona isolada
–     Dupla porta de entrada
–     Escoamento do ar interno direcionado
–     Passagem de ar única
–     10 a 12 trocas de ar/ hora
 
 As barreiras secundárias para esse nível incluem:
•       Acesso controlado ao laboratório
•      Proteger equipamentos geradores de aerossol
•      Ante-sala do Laboratório, fechada
•      Paredes, pisos e tetos resistentes à água e ser de fácil descontaminação
•      Todo material de trabalho colocado dentro da capela de segurança
•      Tubos de aspiração a vácuo protegidos com desinfetante líquido ou filtro.
 
 
 
Nível de Biossegurança 4
            O nível de biossegurança 4 aplica-se a laboratórios onde são manipulados microorganismos da classe de risco 4, ou seja, patógenos que representam grande ameaça para o ser humano e para aos animais, representando grande risco a quem o manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Normalmente não existem medidas preventivas e de tratamento para esses agentes.
Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do Nível de Biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada as gotículas infecciosas e a auto-inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente infecciosos, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente.
Recomenda-se que os laboratórios de nível de Biossegurança 4, ou de contenção máxima, só funcionem sob o controle direto das autoridades sanitárias, além disso, dada a grande complexidade do trabalho, a equipe do laboratório deverá ter um treinamento específico e completo direcionado para a manipulação de agentes infecciosos extremamente perigosos e deverá ser capaz de entender as funções da contenção primária e secundária, das práticas padrões específicas, do equipamento de contenção e das características do planejamento do laboratório. É necessário a elaboração de um manual de trabalho pormenorizado; este deve ser testado previamente através de exercícios de treinamento. Os trabalhadores devem ser supervisionados por profissionais altamente competentes, treinados e com vasta experiência no manuseio dos agentes manuseados, além dos procedimentos de segurança específicos.
O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação os materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança biológica Classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo. A descontaminação de todo líquido (até água de banho) e resíduos sólidos eliminados através de produtos químicos ou vapor em temperaturas elevadas também é obrigatória.
A instalação do Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente. Desta forma as principais barreiras secundárias adotadas são:
•      Prédio separado ou em zona isolada
•      Dupla porta de entrada
•      Escoamento interno do ar uni direcional
•      Passagem de ar individual
•      Sistemas aperfeiçoados para suprimento, exaustão de ar, formação de vácuo e descontaminação
•      Equipamentos geradores de aerossóis fechados hermeticamente
•      Obrigatório utilizar autoclave de dupla porta
•      Ante-Sala de entrada fechada
•      Abertura e fechamento de portas eletronicamente programado
•      Sistema seguro de comunicação do Laboratório
•      Manter ligados a geradores, os equipamentos responsáveis pelo insuflamento de ar e abertura de portas.
 
O diretor do laboratório é primariamente e especificamente responsável pela operação segura do laboratório. O conhecimento e julgamento dele/dela são críticos para a avaliação dos riscos e para a aplicação adequada destas recomendações. O nível de biossegurança recomendado representa as condições sob as quais o agente pode ser manipulado com segurança. As características especiais dos agentes utilizados, o treinamento e experiência dos empregados e a natureza da função do laboratório poderão posteriormente influenciar o diretor quanto à aplicação destas recomendações.
SISTEMA DE PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
 
As precauções universais publicadas inicialmente pelo Centers for Disease Control recomendam o uso de medidas de barreira, todas as vezes que houver a possibilidade de contato com sangue, secreções e/ou fluidos corpóreos, independente do conhecimento do diagnóstico ou status sorológico do paciente.
Visando reduzir o risco de transmissão de microorganismos, a partir de fontes conhecidas ou não, em serviços de saúde, propôs-se a utilização de novas medidas, chamadas precauções padrão (PP). As PP incluem o uso de barreiras, de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e devem ser aplicadas toda vez que houver a possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções e/ou fluidos corpóreos, de pele não-íntegra e mucosa com exceção do suor.
Mais recentemente, o Conselho Consultivo de Práticas de Controle de Infecção Hospitalar do CDC/EUA, publicou um guia revisado mais claro e conciso sobre isolamento, que defende um sistema de precauções em duas etapas (Figura 1).
 
 
 
 
A primeira etapa é o Sistema de PRECAUÇÕES PADRÃO OU BÁSICAS, que utiliza as características principais das PRECAUÇÕES UNIVERSAIS e aplica-se a todos os pacientes, independente do seu diagnóstico ou status sorológico.
A segunda etapa de precauções é para pacientes com infecção conhecida ou suspeita, que exijam mais que o padrão, para prevenir disseminação exógena da infecção. Três precauções baseadas na transmissão são propostas: precauções contra aerossóis, gotículas e contato.
As precauções contra aerossóis são previstas para reduzir o risco de exposição e infecção pela rota de transmissão aérea, por meio de microgotículas aerodispersas, inferiores a 5 micra, provenientes de gotículas desidratadas que podem permanecer em suspensão no ar por longos períodos de tempo, contendo agente infeccioso viável.
Os microorganismos transportados desta forma podem ser dispersos para longe, pelas correntes de ar podendo ser inalados por um hospedeiro susceptível, dentro do mesmo quarto ou em locais situados a longa distância do paciente-fonte (dependendo dos fatores ambientais), podendo alcançar até os alvéolos do hospedeiro. Por este motivo, indica-se circulação do ar e ventilação especial para prevenir esta forma de transmissão.
Dentro desta categoria incluem-se os agentes etiológicos da: tuberculose, varicela (catapora) e do sarampo. Nas precauções para aerossóis deve-se utilizar proteção respiratória do tipo respirador.
As precauções contra gotículas reduzem a disseminação de patógenos maiores que 5 micra, a partir de um indivíduo infectado, podendo alcançar as membranas mucosas do nariz, boca ou conjuntiva de um hospedeiro susceptível. As gotículas originam-se de um indivíduo fonte, sobretudo durante a tosse, o espirro, a conversação, e em certos procedimentos, tais como a aspiração ou a broncoscopia.
A transmissão de gotículas (maiores que 5 micra), requerem um contato próximo, entre o indivíduo e o receptor, vistoque, tais gotículas não permanecem suspensas no ar e geralmente se depositam em superfícies a uma curta distância. Daí a importância de ressaltarmos a necessidade da limpeza concorrente e terminal.
Uma vez que as gotículas não permanecem em suspensão, não é necessário promover a circulação do ar ou ter ventilação especial para prevenir a sua transmissão. Esse tipo de precaução aplica-se a qualquer paciente com suspeita de infecção por patógenos como: Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis.
As precauções contra contato representam o modo mais importante e freqüente de evitar a transmissão de infecções hospitalares e estão divididas em dois subgrupos: contato direto e contato indireto.
Contato direto: esse tipo de transmissão envolve o contato pele a pele e a transferência física, proveniente de indivíduo infectado ou colonizado por microorganismos para um hospedeiro suscetível.
Esta transmissão pode ocorrer quando o profissional da saúde realiza a mudança de decúbito, a higienização ou ao executar procedimentos que exijam contato físico, como também, entre dois pacientes, por exemplo, pelo contato com as mãos.
Contato indireto: envolve a transmissão para um hospedeiro susceptível intermediado por objetos contaminados, usualmente inanimados, tais como: instrumentos contaminados, agulhas, roupas ou mãos contaminadas, ou ainda, luvas que não são trocadas entre os procedimentos.
São exemplos de doenças transmitidas por contato: as gastroenterites, o impetigo, a pediculose, a escabiose, o herpes simples e a furunculose.
 
Precauções Universais – Cuidados Básicos:
 
LIMPEZA - A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de energias química, mecânica ou térmica, num determinado período de tempo.
 
DESINFECÇÃO - Processo aplicado às superfícies inertes, que elimina microorganismos na forma vegetativa, não garantindo a eliminação total dos esporos bacterianos. Pode ser realizada por meio de processos químicos ou físicos.
 
ESTERILIZAÇÃO - Processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive os esporulados, mediante a aplicação de agentes físicos, químicos ou ambos.
 
Precauções Universais – Higienização das Mãos
 
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados.
 
            Lavagem das mãos
•      água e sabão comum
•      promove a remoção mecânica de sujidades  e microorganismos presentes na pele
 
            Higienização das mãos
•      lavagem das mãos  +  anti-séptico
•      remoção mecânica de sujidades e de microrganismos + redução na carga microbiana
 
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico. A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:
 
USO DE ÁGUA E SABÃO
• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.
• Ao iniciar o turno de trabalho.
• Após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
•Antes de preparo de alimentos.
•Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
• Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.
 
USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA
Indicação: Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:
- Antes do contato com o paciente: Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde. Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de cortesia e conforto.
- Após contato com o paciente: Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.
- Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos Invasivos Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde. Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias oftálmica e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).
- Após risco de exposição a fluidos corporais: Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.
 
USO DE ANTI-SÉPTICOS
Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das mãos e degermação da pele.
• Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes.
• Nos casos de surtos.
• No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica).
• Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros.
 
Itens básicos para higienização de mãos
 
- Sabonete: Nos serviços de saúde, recomenda-se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao menor risco de contaminação do produto. Este insumo está regulamentado pela resolução ANVS n. 481, de 23 de setembro de 1999.
 
- Agentes Anti-sépticos: São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória e residente. Entre os principais anti-sépticos utilizados para a higienização das mãos, destacam-se: Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan.
IMPORTANTE: Na aquisição de produtos anti-sépticos, deve-se verificar se estes estão registrados na Anvisa/MS. As informações sobre os produtos registrados na Anvisa/MS utilizados para a higienização das mãos estão disponíveis no endereço eletrônico: http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/index.htm.
 
- Papel Toalha: O papel-toalha deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente aceitável e não liberar partículas. Na utilização do papel-toalha, deve-se dar preferência aos papéis em bloco, que possibilitam o uso individual, folha a folha. No processo de higienização das mãos, não é indicado o uso de secadores elétricos, uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é obedecido, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear microrganismos. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a recontaminação das mãos.
 
- Lavatórios ou pias: devem possuir torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos quando do fechamento da água. No lavabo cirúrgico, o acionamento e o fechamento devem ocorrer com cotovelo, pé, joelho ou célula fotoelétrica.
 
- Lixeira: junto aos lavatórios e às pias, deve sempre existir recipiente para o acondicionamento do material utilizado na secagem das mãos. Este recipiente deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a existência de tampa. No caso de se optar por mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa articulada com acionamento de abertura sem utilização das mãos.
 
- Anti-séptico: para os ambientes que executem procedimentos invasivos, cuidados a pacientes críticos ou que a equipe de assistência tenha contato direto com feridas, deve existir, além do sabão já citado, provisão de anti-séptico junto às torneiras de higienização das mãos.
 
 
 
 ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO
 
Os riscos biológicos envolvendo os profissionais da saúde são também do interesse da saúde do trabalhador. Todo e qualquer acidente ocorrido com o profissionalda saúde durante o desempenho de sua atividade profissional constitui-se em acidente de trabalho e deve também ser tratado como tal. Isto porque os acidentes de trabalho relacionam-se diretamente aos ambientes, às condições e à organização do trabalho e são, em princípio, eventos previsíveis e passíveis de prevenção. De outro modo, dele decorrem direitos de caráter previdenciário aos trabalhadores acidentados.
Deste modo, à notificação do acidente biológico ao SINABIO (Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos), sobrepõe-se a sua notificação ao SIVAT (Sistema de Vigilância de Acidentes de Trabalho) e aos Institutos de Previdência de acordo com o vínculo empregatício do trabalhador: INSS – Instituto Nacional do Seguro Social; DSS -Departamento de Saúde do Servidor; DPME- Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo, etc...). O SIVAT registra o acidente de trabalho, independentemente do vínculo trabalhista do profissional.
Estão expostos a riscos biológicos todos aqueles que se inserem direta ou indiretamente na prestação de serviços de saúde, além de visitantes e outros profissionais que estejam ocasionalmente nestes serviços.
 
 
	EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO
Contato de mucosas, pele não íntegra ou acidente percutâneo com sangue ou qualquer outro material biológico potencialmente infectante.
 
 
 
 
 
 
O risco de exposição varia de acordo com a categoria profissional, a atividade realizada ou o setor de atuação nos serviços de saúde. São considerados de alto risco: profissionais de área cirúrgica, de emergência, odontólogos, estudantes, estagiários ou pessoal da limpeza.
 
 
	DEVEM SER CONSIDERADOS FLUIDOS BIOLÓGICOS DE RISCO:
Sangue, líquido orgânico contendo sangue e líquidos orgânicos potencialmente infectantes: sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, peritonial, pericárdico e amniótico. Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambiente odontológico) são líquidos biológicos SEM risco de transmissão ocupacional do HIV. Nestes casos, a quimioprofilaxia e o acompanhamento sorológico NÃO são recomendados.
A presença de sangue nestes líquidos torna-os infectantes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A exposição a material biológico (sangue ou outros líquidos orgânicos potencialmente contaminados), pode resultar em infecção por patógenos como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e os vírus das hepatites B e C e, este capítulo pretende abordar medidas profiláticas relacionadas à prevenção destes patógenos.
Os acidentes ocorrem habitualmente através de picadas com agulhas, ferimentos com material ou instrumentos cortantes (acidentes percutâneos), contato direto da mucosa ocular, nasal, oral e pele não íntegra com sangue ou materiais orgânicos contaminados.
O risco desses acidentes resultarem em infecção é variável, e está associado ao tipo de acidente, ao tamanho da lesão, à presença e ao volume de sangue envolvido no acidente, à quantidade de vírus no sangue do paciente fonte (carga viral) e à utilização de profilaxia específica (para o HIV com medicamentos anti-retrovirais e para a hepatite B com vacinação pré- exposição ou administração de imunoglobulina específica pós-exposição).
As exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são definidas como:
Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias);
Exposições em mucosas – p.ex. quando há respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ou genitália;
Exposições cutâneas (pele não-íntegra) – p.ex. contato com pele com dermatite ou feridas abertas;
Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando envolverem a presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto àquele que tenha sido exposto.
 
	A melhor profilaxia para a exposição ocupacional continua sendo o respeito às normas de biossegurança.
 
 
 
 
 
 
Precauções básicas ou precauções padrão são normatizações que visam reduzir a exposição aos materiais biológicos. Essas medidas devem ser utilizadas na manipulação de artigos médico-hospitalares e na assistência a todos os pacientes, independente do diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa (HIV/aids, hepatites B e C):
– Equipamento de Proteção Individual
• Luvas – possibilidade de contato com sangue, secreções e excreções com mucosas ou pele não íntegra
• Máscaras, Gorros e Óculos de proteção – possibilidade de respingo de sangue ou outros fluidos corpóreos nas mucosas da boca, nariz e olhos
• Capotes – possibilidade de contato com material biológico
• Botas – proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante.
– Manipulação e descarte de material pérfurocortante
 
 
VACINAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE:
A vacinação é prevenção de algumas doenças infecciosas de possível transmissão em unidades de saúde (hepatite B, sarampo, influenza, caxumba, rubéola).
A vacinação adequada de profissionais da saúde diminui o risco de aquisição destas doenças, por diminuir o número de susceptíveis a doenças imunopreveníveis e deveria ser realizada previamente ao ingresso destes profissionais em sua prática.
As recomendações do calendário de vacinação para profissionais de saúde (recomendações da associação Brasileira de imunizações (sBim) – 2009) levam em consideração os riscos ocupacionais específicos desta atividade. São considerados profissionais da área da saúde: médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, patologistas e técnicos de patologia, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pessoal de apoio, manutenção e limpeza de ambientes hospitalares, maqueiros, motoristas de ambulância, técnicos de RX e outros profissionais que freqüentam assiduamente os serviços de saúde, tais como representantes da indústria farmacêutica.
 
 
 
1. Vacinas contra-indicadas para os imunodeprimidos: todas as vacinas vivas (contra a poliomielite oral, a varicela, o sarampo, a rubéola, a caxumba e a febre amarela, e a vacina BCG); estas vacinas poderão ser indicadas a critério medico, em imunodeprimidos, quando, após avaliação do estado imunológico X risco de adoecimento.
2. A vacinação combinada contra as hepatites A e B é preferível à vacinação isolada contra as hepatites A e B, exceto quando o resultado de teste sorológico indique presença de imunidade contra uma delas.
3. Esquemas especiais de vacinação contra a hepatite B: a) imunocomprometidos e renais crônicos: dobro da dose usual, ou seja, 2ml = 40mg, em quatro aplicações por via intramuscular (0-1-2-7); b) imunocompetentes com alto risco de exposição: dose usual, ou seja, 1ml = 20mg, em quatro aplicações por via intramuscular (0-1-2-7).
4. A partir do 140 dias após a última dose é preciso verificar títulos de anticorpos para avaliar eventual necessidade de dose adicional. Profissionais que permanecem em risco devem fazer acompanhamento sorológico a cada 6 meses ou 1 ano e receber dose de reforço quando estes forem menores que 0,5 UI/ml.
 
 
ORIENTAÇÕES EM CASOS DE ACIDENTES BIOLÓGICOS
 
1. Ocorrido o acidente devem ser adotados os seguintes cuidados gerais:
a- Lavagem com água corrente e sabão (acidente percutâneo);
b- Lavagem com água corrente e soro fisiológico (acidente de mucosa);
c- Não espremer a lesão.
 
2. Se possível, identificar o paciente-fonte. Se este for identificado, providenciar sua autorização para a coleta de sangue e testagem anti-HIV, Hepatite B e Hepatite C.
 
3. Com ou sem identificação do paciente-fonte, comunicar à chefia imediata, que preencherá a Ficha de Notificação de Acidentes Biológicos com Profissionais da Saúde e, encaminhar o trabalhador acidentado, com a Ficha de notificação, para a unidade de referência ou para o atendimento na própria unidade, quando esta dispuser de condições para tais cuidados.
4. Atendimento Médico em Unidade DST/AIDSou HSPM onde será completado o preenchimento da Ficha de Notificação de Acidentes Biológicos e adotadas medidas quimioprofiláticas adequadas.
5. Nos períodos noturnos, feriados e finais de semana, o primeiro atendimento será prestado nos Hospitais e Prontos-Socorros da região.
6. Medidas específicas da profilaxia medicamentosa para o HIV:
a- Avaliar a indicação de medicamentos anti-retrovirais, conforme Fluxograma de Orientação Quimioprofilática Anti-retroviral Após Exposição Ocupacional (Anexo 3).
b- O tempo ideal de início da administração de drogas anti-retrovirais é de até 2 horas, devendo ser iniciado no máximo até 72 horas após o acidente.
c- Duração da quimioprofilaxia: 4 semanas.
d- Os Prontos-Socorros deverão fornecer as medicações em quantidades suficientes para suprir até o 1º dia útil subseqüente ao acidente, quando o acidentado deverá comparecer a uma Unidade de DST/AIDS para fornecimento dos medicamentos de acompanhamento.
7. O acidentado será acompanhado ambulatorialmente do ponto de vista clínico e será submetido a sorologia para HIV, Hepatite B e C por um período de 6 meses. Quando for o caso, serão adotadas medidas de imunização.
 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
 
- Equipamento de Proteção Individual – EPI: todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
 
- O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
 
- A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho
ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
 
- Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
 
- Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI  dequado à proteção do trabalhador.
 
- Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a)    adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b)    exigir seu uso;
c)    fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d)    orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e)    substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f)     responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
g)    registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
 
- Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a)    usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b)    responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c)    comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d)    cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
 
- Cabe ao fabricante e ao importador
a)    cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
b)    solicitar a emissão do CA;
c)    solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
d)    requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;
e)    responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;
f)     comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g)    comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h)   comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i)     fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j)      providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.
 
- Certificado de Aprovação – CA: para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:
a)    de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b)    do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
c)    de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos concedidos; e,
d)    de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação.
 
- Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
- Cabe ao órgão regional do MTE:
a)    fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b)    recolher amostras de EPI; e,
c)    aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.
 
Referência: NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI (Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978)
 
 
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL UTILIZADOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE E LABORATÓRIOS
 
 
 Francelina Helena Alvarenga Lima e Silva, M. Sc.
Núcleo de Biossegurança/DSSA-ENSP- Fiocruz
 
JALECOS
Protegem a parte superior e inferior do corpo, isto é os braços, tronco, abdômen e parte superior das pernas. Devem ser de mangas longas, usadas sempre fechados sobre as vestimentas pessoais (não usá-lo diretamente sobre o corpo), confeccionados em tecido de algodão (mistura poliéster-algodão é inflamável), impermeabilizados ou não, devem ser descontaminados antes de serem lavados. Os jalecos descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis. Auxiliam na prevenção da contaminação de origem biológica, química e radioativa, além da exposição direta a sangue, fluídos corpóreos, borrifos, salpicos e derramamentos de origens diversas (LIMA E SILVA, 1998).
 
AVENTAIS
Os aventais podem ser usados sobre ou sob os jalecos. Quando usados nos trabalhos que envolvem produtos químicos são confeccionados em Cloreto de Polivinila (PVC), em Kevler® quando utilizados com altos níveis de calor, de borracha onde há manipulação de grandes volumes de soluções e durante lavagem e limpeza de vidrarias, equipamentos e instalações (GUIMARÃES, 2005).
 
MACACÃO E TRAJE PRESSÃO POSITIVA
O macacão em peça única, confeccionado em tecido resistente e descartável, deve ser usado em laboratórios de Nível de Biossegurança3/NB-3 e Nível de Biossegurança Animal 3/ NB-A3. No laboratório Nível de Biossegurança 4/ NB-4 e no Nível de Biossegurança Animal 4/NB-A4 que utiliza Cabine de Segurança Biológica Classe II, deve ser usado o traje de pressão positiva em PVC constituído de macacão em peça única impermeável, com visor acoplado ao macacão, sistema de sustentação de vida, cujo ar é filtrado, por filtro absoluto (HEPA) e, inclui ainda compressores de respiração de ar, alarme e tanque de ar de emergência. (LIMA e SILVA, 2004)
Nos serviços de saúde e laboratórios também podem ser usados: uniformes de algodão composto de calça e blusa, avental cirúrgico de algodão ou descartável, macacão de algodão ou descartável e, outras vestimentas que protejam os trabalhadores e o ambiente onde estes exercem suas atividades.
 
LUVAS
São utilizadas como barreira de proteção, prevenindo a contaminação das mãos do trabalhador de serviços de saúde e de laboratório ao manipular material contaminado. As luvas reduzem a possibilidade dos microorganismos presentes nas mãos do trabalhador sejam transmitidas aos pacientes durante procedimentos invasivos ou quando pele não intacta, tecidos e mucosas possam ser tocadas. Diminuem o risco de que mãos contaminadas por microorganismos de um paciente ou fomite contaminem outros pacientes, o trabalho executado, equipamentos e instalações. A utilização de luvas não exclui o ato da lavagem das mãos (LIMA e SILVA, 1998).
Protegem o trabalhador dos riscos biológicos, químicos e físicos como, por exemplo, queimaduras químicas por substâncias corrosivas, inflamáveis, irritantes; calor (fornos e muflas) ou frio (materiais congelados e em Nitrogênio líquido) extremos; mordidas cortes e arranhões provocados por animais; choques elétricos; manuseio de culturas microbiológicas, materiais biológicos (sangue, tecidos infectados etc); operações com objetos perfurocortantes e materiais abrasivos ou escoriantes; material radioativo. As luvas protegem contra dermatites acarretadas pela exposição repetida a pequenas concentrações de substâncias químicas (GUIMARÃES, 2005).
As luvas devem ser confeccionadas com material resistente e maleável, anatômicas, devem ter baixa permeabilidade e compatibilizadas com as substâncias manipuladas (SKRABA, 2004). Alguns trabalhadores são alérgicos as luvas de borracha natural ou látex ou, também, ao talco utilizado em seu interior. Estes trabalhadores deverão utilizar luvas de Vinil, PVC ou Nitrílicas.
 
LUVAS DE LÁTEX
Protegem o trabalhador dos materiais potencialmente infectantes como: sangue, secreções, excreções, culturas de microrganismos, animais de laboratório etc. são divididas em estéreis as luvas cirúrgicas e não estéreis as luvas de procedimento, descartáveis ou não.
 
LUVAS PARA O MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS
Podem ser confeccionadas em: borracha natural (Látex), Butíl, Neoprene®, Cloreto de Polivinila (PVC), Acetato de Polivinila (PVA), Viton® (MC GILL, 2005). O tipo de luva usado durante o processo de trabalho deverá corresponder à substância química a ser manipulada, por exemplo, luvas de PVC para o manuseio de drogas citostáticas (LIMA e SILVA, 1998).
 
LUVAS DE PROTEÇÃO AO CALOR
Para os trabalhos com autoclaves, fornos e muflas recomendam-se o uso de luvas de lã ou tecido resistente revestida de material isolante térmico. Para trabalhos que envolvem o manuseio a altas temperaturas, por exemplo, acima de 350o C luvas Zetex®; abaixo de 350º C luvas Kevlar® ; acima de 100º C luvas de couro curtido com sais de cromo (MC GILL, 2005).
 
LUVAS DE PROTEÇÃO AO FRIO
Na manipulação de artefatos e componentes em baixa temperatura utilizam-se luvas de algodão, lã, couro, náilon impermeabilizado, borracha revestida internamente com fibras naturais ou sintéticas. Deve ter cano longo para maior proteção.
 
ÓCULOS DE SEGURANÇA
Protegem os olhos do trabalhador de borrifos, salpicos, gotas e impactos decorrentes da manipulação de substâncias que causam risco químico (irritantes, corrosivas etc.), risco biológico (sangue, material infectante etc.) e, risco físico (radiações UV e infravermelho etc.). Podem ter vedação lateral, hastes ajustáveis, cinta de fixação. As lentes devem ser confeccionadas em material transparente, resistente e que não provoque distorção, podem ser de policarbonato, resina orgânica, cristal de vidro, além de receber tratamento com substâncias antiembaçantes, anti-risco e, resistentes aos produtos químicos (SKRABA, 2004).
 
MÁSCARAS FACIAIS OU PROTETORES FACIAIS
Utilizados como proteção da face e dos olhos em relação aos riscos de impacto de fragmentos sólidos, partículas quentes ou frias, poeiras, líquidos e vapores, assim como radiações não ionizantes. Resguardam a face dos respingos de substâncias de risco químico como, por exemplo, substâncias corrosivas, irritantes e tóxicas; gotículas de culturas de microorganismos ou outros materiais biológicos. Protegem contra estilhaços de metal e vidro ou outro tipo de projeteis. São confeccionadas em materiais como: propionato, acetato e policarbonato simples ou recobertos com substâncias metalizadas para absorção de radiações. (SKRABA, 2004)
 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (RESPIRADORES OU MÁSCARAS)
São utilizados quando se manipula substâncias de risco químico ou biológico, em emergências (derramamentos e fugas de gases). Podem ser descartáveis ou exigir manutenção. Os respiradores mais utilizados são: de adução de ar (fornecem ar ao usuário independente do ar ambiente), purificador de ar (purificam o ar ambiente antes de ser inalado pelo usuário); respiradores semifaciais (máscaras descartáveis, respiradores com ou sem válvulas para poeiras, fumos e névoas), respiradores semi faciais com manutenção (com cartucho químico ou filtro mecânico), respiradores faciais de peça inteira (protegem o sistema respiratório, os olhos e a face do usuário) (MC GILL, 2005). Em serviços de saúde e laboratórios onde se manipula microrganismos de classe de risco biológico 3 como, por exemplo, o M. tuberculosis recomenda-se o uso de respirador purificador de ar semifacial N-95 (com eficiência mínima de filtração de 95% de partículas de até 0,3 μm) ou respiradores purificadores de ar motorizados com filtros de alta eficiência (filtros HEPA). Na preparação de drogas citotóxicas, quando não há disponibilidade da Cabine de Segurança Biológica/CSB, deve-se utilizar respirador para proteção contra material particulado (pó ou névoa) do tipo que utiliza filtro mecânico P2 ou P3 (classificação brasileiro-européia) ou respirador purificador de ar semifacial N-95. (BOLETIM, s/d) Existem máscaras de fuga utilizadas para evasão de ambientes onde possa ocorrer fuga de contaminantes tóxicos, vapores e gases combinados ou não com aerossóis.
 
PROTEÇÃO AURICULAR
Os protetores auriculares são do tipo concha ou de inserção. A sua utilização está indicada em situações onde o ruído excessivo pode causar perda da audição do trabalhador.Os controles dos níveis de ruído em laboratório são regidos pela NBR nº 10152/ABNT, que estabelece limite de 60 decibéis para uma condição de conforto durante a jornada de trabalho. As normas estabelecidas pela OSHA nos EUA, o nível de ruído é de 85 decibéis por uma jornada de trabalho de oito horas. (GUIMARÃES, 2005)
TOUCAS OU GORROS
Nos ambientes de serviços de saúde, laboratoriais e biotérios, os cabelos, principalmente, os longos devem permanecer presos para evitar acidentes e contaminações por microorganismos, poeiras e ectoparasitos em suspensão. Os cabelos dos trabalhadores, também podem contaminar ambientes limpos ou estéreis ou contaminar pacientes e o produto do trabalho, por este motivo as toucas ou gorros devem ser usados. Devem ser confeccionados em tecido que permita a aeração dos cabelos e do couro cabeludo. Podem ser descartáveis ou reutilizáveis.
 
PROTETORES PARA OS MEMBROS INFERIORES
Os membros inferiores devem estar protegidos por calçados fechados durante o trabalho em serviços de saúde e laboratórios. Evitam acidentes que envolvem derramamento e salpicos de substâncias

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