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SAÚDE DO TRABALHADOR

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SAÚDE DO TRABALHADOR 
Conceito de saúde
Ao longo dos anos, o conceito de saúde vem modificando de acordo com o perfil da população. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceituou saúde como o bem-estar físico mental e social, e não meramente a ausência de doença.
Porém, ainda nos dias de hoje este conceito vem sendo repensado, devido às novas necessidades da população, principalmente no que se refere ao trabalho. A partir de agora veremos o principais conceitos sobre trabalho e sua relação com a saúde!
Direito de todos e dever do Estado
De acordo com o Art. 196, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Fatores determinantes e condicionantes da saúde
De acordo com a Lei nº 8080/90, que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros: ALIMENTAÇÃO,MORADIA, SANEAMENTO BÁSICO,TRABALHO, RENDA,MEIO AMBIENTE,EDUCAÇÃO,LAZER, TRANSPORTE.
Conceito de trabalho; 
Trabalho: s.m. Atividade física ou intelectual que visa a algum objetivo; labor, ocupação. O produto dessa atividade; obra. Esforço, empenho. Fig. Preocupação, cuidado, aflição.
Emprego: s.m. Ato ou efeito de empregar. Função, cargo, lugar: emprego público. Uso: emprego de uma palavra no sentido próprio. Aplicação: emprego conveniente do capital.
Neste caso, o emprego é uma relação estável, podendo ser duradora ou não, onde se vende a força de trabalho aos meios de produção.
O Trabalhador
Embora seja importante compreender o conceito de trabalho e o de emprego em qualquer ocasião e época, não podemos esquecer também aquele que emprega sua força física ou intelectual neste processo: o trabalhador.
Por trabalhador, Pinto (2003) entende como: “aquele que emprega sua energia pessoal, em proveito próprio ou alheio, visando a um resultado determinado, econômico ou não”.
 
Entendendo que este trabalhador está inserido em um contexto social econômico, onde diversas situações, inclusive relacionadas ao trabalho, podem levar ao adoecimento, faz-se necessário uma atenção especial a este grupo.
Quem são os trabalhadores
Trabalhadores são homens e mulheres que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho, nos setores formais ou informais da economia.
Ministério da saúde e a Saúde do Trabalhador
Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde (2001):
A Saúde do Trabalhador constitui uma área da saúde pública que tem como objeto de estudo e intervenção as relações entre o trabalho e a saúde.
Tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde do trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações de vigilância dos riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, dos agravos à saúde do trabalhador e a organização e prestação da assistência aos trabalhadores, compreendendo procedimentos de diagnóstico, tratamento e reabilitação de forma integrada, no SUS.
Determinantes da saúde dos trabalhadores
Condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida.
Fatores de risco ocupacionais – físicos, químicos, biológicos, mecânicos.
Riscos decorrentes da organização do trabalho – presentes nos processos de trabalho.
Por isso as ações de saúde dos trabalhadores têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações trabalho-saúde em toda a sua complexidade, através de uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. 
Participação nas ações de saúde
Os trabalhadores, individual e coletivamente nas organizações, são considerados sujeitos e participantes das ações de saúde, que incluem: Estudo das condições de trabalho, Identificação de mecanismos de intervenção técnica para sua melhoria e adequação, 
Controle dos serviços de saúde prestados.
ATENÇÃO: A Saúde do Trabalhador tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores. Através destes objetivos, o Ministério da Saúde visa à redução dos agravos à saúde dos trabalhadores, como os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais.
 AULA 02
Primeiras referências sobre a associação entre saúde e trabalho
infelizmente, na literatura, poucos são os estudos com as primeiras referências sobre saúde associada ao trabalho.
Pode-se considerar como primeiros teóricos:
Hipócrates (460 – 370 a.C) Descreveu o quadro clínico da intoxicação por chumbo.
Plínio (23 – 79 d.C) Após visitar alguns locais de trabalho (galerias de minas), descreve aspectos dos trabalhadores expostos ao chumbo, mercúrio e poeiras.
Agrícola (1494-1555) Escreveu sobre a “asma dos mineiros”, conhecida hoje por silicose.
Para celso (1493-1541) Escreveu sobre a intoxicação pelo mercúrio.
 Estudo do ambiente de trabalho
Em 1700, Bernardino Ramazzini, conhecido como “Pai da Medicina do Trabalho”, publica a obra De morbis artificum distriba, onde descreveu doenças de aproximadamente 50 ocupações (Mendes, 1995).
A partir das investigações de Ramazzini, o ambiente de trabalho passou a ser estudado a fim de introduzir modificações, visando proteger a integridade física do trabalhador.
DICA: De certa forma, este trabalho de Ramazzini foi um ponto de partida para a criação da medicina do trabalho, refletindo o momento histórico precursor da Revolução Industrial.
Deve-se também a Ramazzini a inclusão da pergunta “Qual é a sua ocupação?” na anamnese clínica.
 Revolução Industrial e os trabalhadores.
A Revolução Industrial foi uma mudança na forma de produção de mercadorias, que teve seu início em meados do século XVIII.
Com origem na Inglaterra, revolucionou o modo de produção com o uso de máquinas a vapor e transformações no sistema de trabalho da época. Essa transformação foi um marco decisivo na história e sentimos suas consequências até os dias atuais (Mendes, 1995).
 Principais consequências da Revolução Industrial.
1) Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufaturadas em máquinas;
2) Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados;
3) Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;
4) Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias;
5) Avanços nos sistemas de transportes a vapor (principalmente ferroviário e marítimo);
6) Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo;
7) Surgimento de sindicatos de trabalhadores, com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora;
8) Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades), motivado pela criação de empregos nas indústrias;
9) Aumento da poluição do ar, com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas;
10) Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de submoradias;
11) Aumento das doenças e acidentes de trabalhos, em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas;
12) Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas;
13) Carga horária de trabalho que ultrapassavam 15 horas por dia.
De uma forma geral, duas áreas foram diretamente impactadas
CONDIÇÕPES DE VIDA SOCIAL E TRABALHO.
A Revolução Industrial (1760-1850) teve papel de destaque na mudança das condições de vida social e de trabalho.
As condições de trabalho eram péssimas, as doenças e os acidentes eram numerosos, não havia limites na jornada de trabalho, ultrapassando 16 horas de trabalho por dia. O ambiente era fechado, e as máquinas não tinham qualquer proteção. Além disso, também havia disseminação de doenças infectocontagiosas. (MENDES).
CLASSES SOCIAIS.
O novo sistema industrial criado a partir da Revolução Industrial também trouxe mudanças nas relações sociais, com a criação de duas novas classes sociais:
• Os empregadores, proprietáriosdas fábricas e dos bens produzidos pelo trabalho;
• Os operários, que vendem aos empregadores sua força de trabalho em troca de salário.
De acordo com Mendes; Dias, 1991, o primeiro serviço médico surgiu industrial surgiu em 1830 da seguinte forma:
Robert Dernham (proprietário de uma fábrica têxtil), preocupado com o fato de seus operários não disporem de nenhum cuidado médico a não ser aquele propiciado por instituições filantrópicas, procurou o Dr. Robert Baker, seu médico, pedindo que indicasse qual a maneira pela qual ele, como empresário, poderia resolver tal situação.
Baker aconselha Dernham a contratar um médico de sua confiança, para que servisse de intermediário entre ele, os trabalhadores e o público em geral. Seu trabalho seria visitar todos os compartimentos das fábricas e verificar de que forma o trabalho estaria influenciando na saúde dos empregados
A resposta do empregador foi a contratação de Baker para trabalhar na sua fábrica, surgindo assim, em1830, o primeiro serviço de Medicina do Trabalho.
 Características do primeiro Serviço Médico Industrial.
Os serviços deveriam ser dirigidos por pessoas de inteira confiança do empresário e que se dispusessem a defendê-lo;
Eles deveriam ser centrados na figura do médico;
A prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente médica;
A responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficava transferida para o médico.
 Medicina do Trabalho, Saúde Ocupacional e Saúde do Trabalhador
 Medicina do Trabalho
Segundo a Recomendação 112, a expressão "Serviço de Medicina do Trabalho" designa um serviço organizado nos locais de trabalho ou em suas imediações, destinado a:
 Assegurar a proteção aos trabalhadores contra todo risco que prejudique sua saúde e que possa resultar de seu trabalho ou das condições em que este se efetue; 
 Contribuir à adaptação física e mental, em particular pela adequação do trabalho e pela sua colocação em lugares de trabalho correspondentes às suas aptidões; 
Contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível do bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
 Saúde Ocupacional 
A Saúde Ocupacional surge devido à impotência da Medicina do Trabalho na intervenção sobre os problemas de saúde causados pelos processos de produção (novas tecnologias, novos equipamentos, síntese de novos produtos químicos, rearranjo de nova divisão do trabalho). Porém, também se torna insuficiente na medida em que mantém o mesmo modelo da Medicina do Trabalho fincado no mecanicismo. Além disso, a capacitação de recursos humanos, a produção de conhecimento e de tecnologia de intervenção não acompanham o ritmo da transformação dos processos de trabalho e o modelo, apesar de enfocar a questão no coletivo de trabalhadores, continua a abordá-los como "objeto" das ações de saúde.
Segundo Mendes e Dias (1991), 
o modelo Saúde Ocupacional não conseguiu atingir seus objetivos porque: O modelo mantém o referencial da Medicina do Trabalho firmado no mecanicismo;
 Não concretiza o apelo à interdisciplinaridade: as atividades apenas se justapõem de maneira desarticulada e são dificultadas pelas lutas corporativas; 
 A capacitação de recursos humanos, a produção de conhecimento e de tecnologia de intervenção não acompanha o ritmo da transformação dos processos de trabalho; 
O modelo, apesar de enfocar a questão no coletivo de trabalhadores, continua a abordá-los como "objeto" das ações de saúde; 
 A saúde ocupacional manteve-se no âmbito do trabalho, em detrimento do setor da saúde.
 Saúde do Trabalhador
 Ainda Segundo Mendes e Dias (1991), o objeto da Saúde do Trabalhador pode ser definido como o processo saúde e doença dos grupos humanos, em sua relação com o trabalho. O modelo representa um esforço de compreensão desse processo - como e por que ocorre - e do desenvolvimento de alternativas de intervenção que levem à transformação em direção à apropriação pelos trabalhadores, da dimensão humana do trabalho, em uma perspectiva teleológica. Nessa trajetória, a saúde do trabalhador rompe com a concepção hegemônica que estabelece um vínculo causal entre a doença e um agente específico, ou a um grupo de fatores de risco presentes no ambiente de trabalho.
Tenta assim superar o enfoque que situa sua determinação no social, reduzido ao processo produtivo, desconsiderando a subjetividade. Mendes e Dias (1991) destacam como características básicas do modelo Saúde do Trabalhador:
Ganha corpo um novo pensar sobre o processo saúde-doença e o papel exercido pelo trabalho na sua determinação;
Há o desvelamento circunscrito, porém inquestionável, de um adoecer e morrer dos trabalhadores, caracterizado por verdadeiras "epidemias", tanto de doenças profissionais clássicas (intoxicação por chumbo, mercúrio, benzeno, e a silicose), quanto de "novas" doenças relacionadas ao trabalho, como a LER (lesões por esforços repetitivos), por exemplo;
Surgem novas práticas sindicais em saúde, traduzidas em reivindicações por melhores condições de trabalho, através da ampliação do debate e circulação de informações. 
“No Brasil, a emergência da saúde do trabalhador pode ser identificada no início dos anos 80, no contexto da transição democrática, em sintonia com o que ocorre no mundo ocidental” (Mendes; Dias, 1991.
Medicina do Trabalho:
 • Deveriam ser serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do empresário e que se dispusessem a defendê-lo;
• Deveriam ser serviços centrados na figura do médico;
• A prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente médica;
 AULA 03 EVOLUÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO BRASIL.
Oficialmente, a história da Saúde do Trabalhador no Brasil tem início no final do século XIX, já com os trabalhadores assalariados. Porém, não podemos nos esquecer dos escravos, que com sua força de trabalho colaboraram para a construção do nosso país.
 Escravidão no Brasil
As primeiras tentativas de escravidão no Brasil iniciam-se com os índios que aqui viviam, no período do “descobrimento do Brasil”.
Porém, estas tentativas não foram bem-sucedidas, uma vez que houve grandes reações dos grupos indígenas, que lutavam até a morte contra os colonizadores ou fugiam para regiões mais remotas.
Diante das dificuldades encontradas na escravização dos indígenas, a solução encontrada pelos colonizadores foi buscar mão-de-obra em outro lugar: no continente africano. Embora ainda fosse possível encontrar índios escravizados, a escravidão no Brasil tem como referência a dos negros, devido ao seu maior número.
Os colonizadores portugueses traziam os negros de suas colônias estabelecidas no continente africano, para utilizá-los como mão-de-obra compulsória nos engenhos.
Serviços realizados pelos escravos: servir o senhor de engenho, derrubar árvores, queimar os troncos, limpar os terrenos, cortar a cana-de-açúcar, levar os feixes para a moenda (movidas por eles).
Dormiam em senzalas, tinham uma má alimentação, péssimas condições sanitárias, além de serem castigados e torturados. Também era costume da época marcar os escravos com alguma “identificação do senhor”.
Muitas foram as mudanças ocorridas na organização do trabalho após a abolição da escravatura.
Além disso, eles eram também responsáveis pelo transporte dos produtos até os portos, onde alguns tinham trabalho doméstico.
 A evolução da saúde do trabalhador no Brasil
A saúde do trabalhador passa a ter nova definição e delineamento institucional a partir da Constituição Federal de 1988, com a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Vamos verificar como era a organização dos serviços de saúde que atendiam os trabalhadores antes do SUS.
A história da saúdedo trabalhador no Brasil se esbarra com a história da saúde da população em geral e com a evolução das Políticas Públicas da Saúde, Trabalho e Aposentadoria.
 Década de 1920
A história dos trabalhadores sempre foi marcada por altos índices de acidentes do trabalho e adoecimento.
As questões voltadas para a saúde dos trabalhadores começam a ter uma atenção mais específica por volta da década de 1920, com a criação da Lei nº 4.682 de 24 de janeiro de 1923, de autoria do Deputado Eloy Chaves.
Essa lei instituiu o sistema de Caixas de Aposentadorias e Pensão (CAPs), tendo objetivos previdenciários (aposentadorias, pensões, auxílios, entre outros) e assistência médica e farmacêutica aos empregados e dependentes.
Devido ao seu “caráter previdenciário”, para alguns autores esta Lei é considerada o ponto de partida, no Brasil, da Previdência Social propriamente dita.
Clique aqui e saiba mais sobre a evolução histórica da Previdência Social no Brasil.
 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL
 1923: O Decreto n° 4.682, de 24 de janeiro de 1923, na verdade a conhecida Lei Elói Chaves (o autor do projeto respectivo), determinou a criação de uma Caixa de Aposentadoria e Pensões para os empregados de cada empresa ferroviária. É considerada o ponto de partida, no Brasil, da Previdência Social propriamente dita. O Decreto n° 16.037, de 30 de abril de 1923, criou o Conselho Nacional do Trabalho com atribuições inclusive, de decidir sobre questões relativas a Previdência Social.
1930: O Decreto n° 19.433, de 26 de novembro de 1930, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como uma das atribuições orientar e supervisionar a Previdência Social, inclusive como órgão de recursos das decisões das Caixas de Aposentadorias e Pensões.
1933: O Decreto n° 22.872, de 29 de junho de 1933, criou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, considerado "a primeira instituição brasileira de previdência social de âmbito nacional, com base na atividade genérica da empresa".
1943: O Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho, elaborada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e que elaborou também o primeiro projeto de Consolidação das Leis de Previdência Social.
1945: O Decreto-Lei n° 7.835, de 6 de agosto de 1945, estabeleceu que as aposentadorias e pensões não poderiam ser inferiores a 70% e 35% do salário mínimo.
1946: O Decreto-Lei n° 8.738, de 19 de janeiro de 1946, criou o Conselho Superior da Previdência Social. O Decreto-Lei n° 8.742, de 19 de janeiro de 1946, criou o Departamento Nacional de Previdência Social.
1960: A Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Lei Orgânica de Previdência Social - LOPS, que unificou a legislação referente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões. O Decreto n° 48.959-A, de 10 de setembro de 1960, aprovou o Regulamento Geral da Previdência Social.
1966: A Lei n° 5.107, de 13 de setembro de 1966, instituiu o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço-FGTS. O Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, reuniu os seis Institutos de Aposentadorias e Pensões no Instituto Nacional de Previdência Social - INPS.
1967: A Lei n° 5.316, de 14 de setembro de 1967, integrou o seguro de acidentes do trabalho na Previdência Social. O Decreto n° 61.784, de 28 de novembro de 1967, aprovou o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho.
1970 A Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, criou o Programa de Integração Social-PIS. A Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, instituiu o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP.
1971 A Lei Complementar n° 11, de 25 de maio de 1971, institui o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural - PRÓ-RURAL, em substituição ao plano básico de Previdência Social Rural. O Decreto nº 69.014, de 4 de agosto de 1971, estruturou o Ministério do Trabalho e Previdência Social-MTPS.
1972: O Decreto n° 69.919, de 11 de janeiro de 1972, regulamentou o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural - PRÓ-RURAL. A Lei n° 5.859, de 11 de dezembro de 1972, incluiu os empregados domésticos na Previdência Social.
1974: A Lei n° 6.036, de 1° de maio de 1974, criou o Ministério da Previdência e Assistência Social, desmembrado do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
1976: O Decreto n° 79.037, de 24 de dezembro de 1976, aprovou o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho.
1977: A Lei n° 6.439, de 1° de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social - SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável "pela proposição da política de previdência e assistência médica, farmacêutica e social, bem como pela supervisão dos órgão que lhe são subordinados" e das entidades a ele vinculadas
1984: O Decreto n° 89.312, de 23 de janeiro de 1984, aprovou nova Consolidação das Leis da Previdência Social.
1990: A Lei n° 8.029, de 12 de abril de 1990, extinguiu o Ministério da Previdência e Assistência Social e restabeleceu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. O Decreto n° 99.350, de 27 de junho de 1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, mediante a fusão do IAPAS com o INPS.
1993: A Lei nº 8.689, de 27 de julho de 1993, dispôs sobre a extinção do INAMPS
2003: Publicado o decreto nº 4.668, de 07.05.2003, aprovando nova estrutura regimental do INSS. Sancionada em 28.05.2003, a Lei nº 10.683 que cria o Ministério da Assistência Social, destacando esta atividade do Ministério da Previdência Social.
2004: A Lei nº 10.683, de 28/05/2003, o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS). Fonte: site Ministério da Previdência Social http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=64
 Período de 1930-1945
Também conhecido como Era Vargas, esse período foi marcado por muitas mudanças na política e na economia do país.
No governo Getúlio Vargas, houve a ascensão da industrialização, a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e leis sobre acidentes de trabalho.
Com a criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, as empresas passam a constituir seus próprios “serviços médicos”.
É criada ainda a regulamentação da jornada de trabalho, a Lei de Sindicalização e o Ministério do Trabalho.
 Período de 1964-1985
 Período marcado pela Ditadura Militar, que resultou do golpe dado pelos militares em 1964, com o afastamento do presidente João Goulart, tendo como sucessor o Marechal Castelo Branco. As principais características desse perído foram:
1-Cassação de direitos políticos de opositores
2-Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição.
3-Censura aos meios de comunicação.
4-Uso de métodos violentos contra os opositores ao regime.
5-Proibição aos reajustes salariais.
6-Aumento do número de acidentes de trabalho.
7-Proibição de greves.
8-Perda da autonomia pelos sindicatos.
9-Criação do Instituto dePrevidência Social (INPS).
ATENÇÃO
O período entre 1969 e 1973 também ficou conhecido como o “Milagre Econômico”, devido ao forte crescimento da economia com, altos investimentos em infraestrutura. Porém, após este período, o Brasil mergulhou em um grande endividamento externo e interno.
Através do SUS, o Estado assegura o atendimento à saúde da população de forma universal, integral e equânime, por meio de políticas que visam à promoção, proteção e recuperação da saúde.
 
Ainda segundo as diretrizes da Constituição Federal, no Art. 200, compete ao SUS, entre outras atribuições executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador.
 Constituição Federal de 1988 até os dias atuais
A Constituição Federal foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Nela, são definidos os direitos dos cidadãos,sejam eles individuais, coletivos, sociais ou políticos; e são estabelecidos limites para o poder dos governantes.
Entre os direitos dos cidadãos, podemos destacar o assegurado no Art. 196:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
 Conceito de saúde do trabalhador
Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
1-Assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho.
2-Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde - SUS, em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho
3-Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde - SUS, da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentem riscos à saúde do trabalhador.
4-Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde.
5-Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e a empresas sobre os riscos de acidente de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão,  periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional.
6-Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas.
7-Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração, a colaboração das entidades sindicais.
8-A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
Não podemos esquecer que cabe à direção nacional do SUS a participação na formulação e implantação das políticas relativas às condições e aos ambientes de trabalho, além de participar da definição de normas, critérios e padrões para controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a politica de saúde do trabalhador (SUS, Art. 16).
 Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Essa política que visa à promoção e à proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos, mediante a execução de ações de promoção, vigilância, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação da saúde. Seus objetivos e estratégias incluem (Brasil,2012):
1-O fortalecimento da vigilância em saúde do trabalhador e a integração com os demais componentes da vigilância em saúde e com a atenção primária em saúde.
2-A promoção da saúde e de ambientes e processos de trabalho saudáveis.
3-A garantia da integralidade na atenção à saúde do trabalhador.
4-A análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores.
5-O fortalecimento e a ampliação da articulação intersetorial.
6-O estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social.
7-O desenvolvimento e a capacitação de recursos humanos.
8-O apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
 RENAST: REDE NACIONAL DE ATENÇÃOINTEGRAL A SAÚDE DO TRABALHADOR.
Hoje, a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) é uma das estratégias para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores.
Ela tem entre seus componentes os Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), serviços sentinela de média e alta complexidade, capazes de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).
Os CEREST realizam ações de promoção, prevenção, vigilância, assistência e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalhor.
No Brasil, as ações de saúde e segurança voltadas para os trabalhadores são asseguradas não só através de programas do Ministério da Saúde, mas também do Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério para Previdência Social, o que veremos nas próximas aulas.
De acordo com o art. 16 da Lei 8.080/90, cabe à direção nacional do SUS a participação na formulação e na implantação das políticas relativas às condições e aos ambientes de trabalho, além de participar da definição de normas, critérios e padrões para controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador.
Nesta perspectiva, foi criada a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (2012). A que visa essa política?
Visa à promoção e à proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos, mediante a execução de ações de promoção, vigilância, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação da saúde.
 AULA 04 Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
No dia 1º de maio de 1943, foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452 a CLT, ou seja, a Consolidação das Leis do Trabalho.
 Empregado/empregador
Desde a sua publicação, a CLT já sofreu algumas alterações, visando o acompanhamento da modernização da sociedade/ trabalho, sendo um instrumento para a proteção dos direitos dos trabalhadores e também um guia para os empregadores.
Sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, a CLT foi um marco para os trabalhadores, uma vez que seu objetivo principal é regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
Empregador.
De acordo com a CLT, considera-se empregador “a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”.
Empregado.
Ainda de acordo com a CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Principais assuntos abordados na CLT.
• Registro do trabalhador/ carteira de trabalho;
• Jornada de trabalho;
• Períodos de descanso;
• Férias;
• Segurança e Medicina do Trabalho;
• Categorias especiais de trabalhadores;
• Proteção do trabalho da mulher;
• Proteção do trabalho do menor;
• Contratos individuais de trabalho;
• Organização sindical;
• Convenções coletivas de trabalho;
• Fiscalização.
 Normas regulamentadoras (NR)
Já vimos os principais assuntos abordados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Falaremos agora das Normas Regulamentadoras, que foram geradas a partir do tema segurança e medicina do trabalho do cap. V da CLT.
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, foram regulamentadas pela Portaria nº 3.214 de junho de 1978 (Lei 6.514 de dezembro de 1977).
 Importância das normas
Podemos destacar que as Normas Regulamentadoras são fundamentais, uma vez que dá ao empregador condições de suprir às necessidades dos trabalhadores no que tange à saúde e segurança no trabalho, diminuindo assim a exposição aos riscos ocupacionais e, como consequência, os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
As NRs também orientam os trabalhadores acerca da observação e seu cumprimento.
Cite três benefícios que a criação da Consolidação das Leisdo Trabalho (CLT) trouxe para os trabalhadores.
São os benefícios: Carteira de trabalho; regulamentação da jornada de trabalho; regulamentação de períodos de descanso; férias; proteção do trabalho da mulher; proteção do trabalho do menor.
 AULA 05: SEMT E CIPA.
NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia e em Medicina do Trabalho (SESMT)
Esta Norma Regulamentadora tem como finalidade promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
Também conhecida como NR 4, ou simplesmente SESMT, esta norma é composta por uma equipe de profissionais especialistas em segurança e saúde do trabalhador.
De acordo com esta NR, as empresas públicas ou privadas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) manterão obrigatoriamente Serviços Especializados em Engenharia e em Medicina do Trabalho (SESMT). 
 Profissionais que atuam nos SESMT.
ENFERMEIRO DO TRABALHO: Enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Enfermagem.
ENGENHEIROS DE SEGURANÇA DO TRABALHO: Engenheiro ou arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação.
MÉDICO DO TRABALHO: Médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação. Ele também pode ser portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do MEC, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina.
AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DO TRABALHO: Auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem, portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo MEC.
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO: Técnico portador de comprovação de Registro Profissional, expedido pelo Ministério do Trabalho.
 Graus de risco.
A composição do SESMT de cada empresa deverá ser dimensionada de acordo com o grau de risco e número de empregados do estabelecimento. O grau de risco refere-se ao potencial que o trabalho tem de causar acidentes ou doenças, e varia de 1 a 4. Vamos ver alguns exemplos:
Grau de risco 1
Empresa cujo grau de risco para executar suas atividades principais não exige esforço demasiado do empregado. Existe o risco, porém, em menor escala. Exemplo: uma atividade associativa, com atividades de organizações políticas ou religiosas.
Grau de risco 2
Empresa cujo grau de risco para executar suas atividades principais exige mais esforços do empregado com relação à empresa com grau de risco 1. O risco é de maior intensidade, porém, não interfere excessivamente na saúde do trabalhador. Atividades recreativas, culturais e desportivas. Exemplo: atividade cinematográfica.
Grau de risco 3 
Empresa cujo grau de risco para a execução de suas atividades principais já requer cuidados especiais, diferentemente das empresas de graus de riscos 1 e 2. É o caso da saúde e serviços sociais. Exemplo: atividades de atendimento hospitalar, industrial, entre outros.
Grau de risco 4
Empresas onde a exposição aos riscos é intensa. As atividades laborais são única e exclusivamente de riscos à saúde, ao bem-estar e à vida do trabalhador. Exemplos: indústrias extrativas, siderúrgicas e metalúrgicas.
ATENÇÃO
Embora as atividades dos profissionais do SESMT sejam essencialmente preventivas, deve-se fazer atendimento de emergência quando necessário.
 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Falando em CIPA, vamos estudar com mais detalhes esta Norma Regulamentadora, que é muito importante e considerada uma das mais conhecidas.
Esta Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade de as empresas públicas e privadas manterem em funcionamento uma comissão cujo objetivo é trabalhar, preventivamente, para neutralizar ou eliminar riscos ambientais por meio da recomendação de medidas de segurança que visem melhorar as condições de trabalho.
É importante frisar que as equipes dos SESMT e da CIPA devem manter contato permanente, pois este trabalho em conjunto tem como resultado não só a diminuição de acidentes de trabalho, mas também das doenças ocupacionais.
Você sabe quem pode fazer parte da CIPA?
A CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados. Sendo que os representantes dos empregadores (titular e suplente) serão por eles escolhidos, e os representantes dos empregados (titular e suplente) serão eleitos por voto secreto. 
Lembrando que qualquer funcionário pode ser candidatar à CIPA.
Os funcionários que fazem parte da CIPA também são conhecidos como “cipeiros” e têm mandato de um ano, sendo permitida uma reeleição.
De acordo com esta NR, é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção da CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
 Dimensionamento da CIPA
O dimensionamento da CIPA será feito levando em consideração o grau de risco da empresa, o número de funcionários e o seu componente - Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE), conforme estabelecido pelo Quadro I da NR-5 em consonância com o Quadro I da NR 4.
É importante destacar que a CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com cronograma preestabelecido.
Essas reuniões são realizadas dentro do expediente normal da empresa e em local apropriado. Elas terão atas assinadas pelos representantes, com encaminhamento de cópias para todos os membros.
Então, cabe à empresa promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse.
 Atribuições dos integrantes da CIPA.
1-Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver.
2-Elaborar um plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho.
3-Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho, visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
4-Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas.
5-Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.
6-Requisitar à empresa as cópias das CAT (comunicações de acidente do trabalho) emitidas.
7-Promover anualmente, em conjunto com o SESMT, a SIPAT.
 SIPAT
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
Trata-se de uma semana com muitas atividades para os trabalhadores, promovidas pela empresa com o objetivo de divulgar, orientar e promover prevenção de acidentes, segurança e saúde do trabalhador, de forma lúdica e descontraída.
 Acidentes de trabalho
"Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho" (Art. 19 da Lei nº 8.213/91).
 Fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes
Atos inseguros
São caracterizados por ações voluntárias e até mesmo involuntárias por parte dos trabalhadores e independem das condições que o ambiente ofereça. Para evitar que atos inseguros aconteçam, os trabalhadores devem evitar:
• Usar roupas inadequadas e adornos;
• Fumar ou usar chamaspróximo de inflamáveis e explosivos;
• Intervir em máquinas em funcionamento;
• Usar máquinas e equipamentos sem treinamento devido;
• Não utilização do equipamento de proteção individual.
Condições inseguras
Estão diretamente relacionadas com fatores ambientais e compreendem irregularidades ou defeitos materiais, irregularidades técnicas e riscos ambientais existentes nos locais de trabalho.
Deve-se evitar também esses fatores:
• Falha ou deficiência de manutenção das máquinas;
• Falta de ordem ou disposição dos materiais;
• Instalações elétricas inadequadas;
• Irregularidades e defeitos no piso;
• Defeitos em escadas e plataformas elevadas;
• Iluminação inadequada. 
De que forma os SESMT e a CIPA podem atuar na prevenção de acidentes de trabalho?
Através de atividades educativas e de orientação aos trabalhadores, quanto à utilização correta dos equipamentos de proteção individual e manuseio de máquinas.

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