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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ Curso: Química Bacharelado Disciplina: Tecnologia e Produção de Combustíveis Fósseis e Biocombustíveis Profa.: Tigressa Helena Soares Rodrigues Indústria do Petróleo: Perfuração offshore e Reservatórios Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Para se explorar petróleo no mar são utilizadas técnicas bem semelhantes às utilizadas em terra. As plataformas podem ser classificadas de várias formas, como, por exemplo, pela finalidade (perfuração de poços, produção de poços...), pela mobilidade (fixas ou móveis), pelo tipo de ancoragem etc. 2 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: As plataformas têm sua utilização condicionada a alguns aspectos relevantes como a profundidade da lâmina d’água, relevo do solo submarino, a finalidade do poço e a melhor relação custo/benefício. Plataformas fixas Plataformas submersíveis Plataformas auto-eleváveis Plataformas flutuantes Plataformas Tension Leg 3 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas fixas: Em geral, são estruturas especiais em aço, apoiadas no fundo do mar por meio de estacas cravadas no solo. As plataformas fixas foram as primeiras a serem utilizadas, mas têm como fator limitante a utilização em lâmina d’água em até 450 metros. Devido ao custo elevado, sua aplicação é restrita a campos que já tiveram sua exploração comercial comprovada. 4 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas fixas: Jaquetas: formadas por uma estrutura principal tridimensional (jaqueta), cujas pernas servem de guias para as estacas. 5 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas fixas: Jaquetas. 6 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas fixas: Estruturas de gravidade: apoiam-se no fundo do mar por gravidade. São fabricadas de concreto (mais comuns) e/ou aço. 7 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas fixas: Torres complacentes: são torres fixas ao fundo em uma base semelhante a plataforma tipo jaqueta. 8 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas submersíveis: A estrutura e todos os equipamentos estão sobre um flutuador, que se desloca com auxílio de rebocadores. A sua aplicação é restrita a águas rasas e calmas, pois sua limitação é justamente quanto à lâmina d’água, proporcional à altura do casco inferior. 9 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas Auto-Eleváveis: São constituídas, basicamente, de um balsa equipada com estruturas de apoio, ou pernas, que acionadas mecânica ou hidraulicamente movimentam-se para baixo até atingirem o fundo do mar. Destinadas à perfuração de poços exploratórios na plataforma continental, em lâmina d’água que variam de 5 a 130 metros. 10 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas Auto-Eleváveis: 11 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas Flutuantes: As plataformas flutuantes podem ser semi-submerssíveis ou navios-sonda. Uma unidade flutuante sofre movimentação devido à ação das ondas, correntes e ventos, com, possibilidade de danificar os equipamentos a serem descidos no poço. Prospecção de petróleo em campos de águas profundas. 12 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas Flutuantes: Dois tipos de sistemas são responsáveis pelo posicionamento dinâmico: sistema de ancoramento e sistema de posicionamento dinâmico. 13 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas Tension Leg: Sua estrutura é bastante similar a plataforma semi-submerssível, sendo que suas penas principais são ancoradas no fundo do mar por meio de cabos tubulares. 14 Exploração do Petróleo Perfuração offshore: Plataformas Tension Leg: É especialmente utilizada em casos de reservatórios de mais de 300 metros de profundidade em lâmina d’água de 1000 m. 15 Exploração do Petróleo Acidentes de petróleo: P-36 (2001) O acidente na maior plataforma de produção de petróleo em alto-mar da sua época foi também o maior da Petrobras. Duas explosões num tanque de óleo e gás foram responsáveis pela tragédia que, das 175 pessoas a bordo, houveram 11 baixas. 5 dias depois a P-36 sucumbiu e naufragou arrastando consigo um reservatório de 1500 toneladas de óleo. 16 Exploração do Petróleo Acidentes de petróleo: P-36 (2001) A conclusão foi que o acidente ocorreu devido à “não conformidade quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto” 17 Exploração do Petróleo Acidentes de petróleo: Deepwater Horizon (2010) O desastre ocorrido no Golfo do México foi o maior dos desastres acidentais em termos de liberação de petróleo. A plataforma pertencente à empresa Beyond Petroleum explodiu afundando menos de 48 horas depois. No acidente, 126 pessoas estavam a bordo e 11 trabalhadores morreram. 18 Exploração do Petróleo Acidentes de petróleo: Deepwater Horizon (2010) Cerca de 800 milhões de litros de petróleo foram liberados na água. 19 Exploração do Petróleo Ações corretivas frente aos acidentes de petróleo: Barreiras de contenção e skimmers São barreiras que concentram, bloqueiam ou direcionam a mancha do óleo para áreas menos vulneráveis ou mais favoráveis ao seu recolhimento. O uso de barreiras pode ser prejudicada devido a influência das marés e ventos. 20 Exploração do Petróleo Ações corretivas frente aos acidentes de petróleo: Dispersantes químicos Estes produtos químicos têm dois componentes essenciais: surfactantes e solventes. São produtos que visam emulsionar o petróleo na água sob forma de pequenas gotículas que facilitam a biodegradação. 21 Exploração do Petróleo Ações corretivas frente aos acidentes de petróleo: Limpeza de ambientes costeiros As opções mais frequentemente utilizadas são: remoção manual, uso de materiais absorventes e dispersantes, bombeamento a vácuo, jateamento com água a diferentes pressões, jateamento com areia, corte de vegetação, queima in situ, trincheiras, remoção de sedimentos e biorremediação. 22 Exploração do Petróleo Ações corretivas frente aos acidentes de petróleo: Biorremediação Os biossurfactantes são compostos de origem microbiana que exibem propriedades surfactantes. A capacidade dos biossurfactantes em emulsificar e dispersar hidrocarbonetos em água aumenta a degradação destes compostos no ambiente. 23 Exploração do Petróleo 24 Explotação: Explotação Reservatórios Perfuração Produção Explotação do Petróleo 25 No estudo dos reservatórios de petróleo é fundamental o conhecimento de propriedades básicas da rocha e dos fluidos nela contidos. São essas propriedades que determinam as quantidades dos fluidos existentes em meio poroso, a fluidez e a quantidade que pode ser extraída. Explotação do Petróleo: Reservatórios 26 Propriedades dos reservatórios: Porosidade Compressibilidade Saturação Molhabilidade Permeabilidade Permeabilidade relativa Explotação do Petróleo: Reservatórios 27 Porosidade: Porosidade (φ) é definida como a fração de espaçosvazios em uma rocha em relação ao volume total da rocha. O volume total de óleo no reservatório é diretamente proporcional à porosidade. Explotação do Petróleo: Reservatórios 28 Porosidade: Porosidade absoluta - é a relação entre o volume total de vazios de uma rocha e o volume total da mesma. Porosidade efetiva - é a relação entre os espaços vazios interconectados de uma rocha e o volume total da mesma. Explotação do Petróleo: Reservatórios Φ = 𝑉𝑃 𝑉𝑇 𝑉𝑇 = 𝑉𝑃 + 𝑉𝑆 29 VP: volume poroso (cm 3 ou m3) VT: volume total (cm 3 ou m3) VS: volume sólidos (cm 3 ou m3) Compressibilidade: Os poros de uma rocha-reservatório estão cheios de fluidos que exercem pressão sobre as paredes do mesmo. Ao ser retirada uma certa quantidade de fluido do interior da rocha, a pressão cai e os poros têm seus volumes reduzidos. Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑐𝑓 = ∆𝑉𝑃 𝑉 𝑃 ∆𝑃 30 Cf: compressibilidade da formação (psi -1) ∆VP: variação do volume poroso (m 3) VP: volume poroso inicial (m 3) ∆VP/ VP: variação fracional do volume ∆P: variação de pressão (psi) Exercício 1: Uma amostragem de rocha encontrada numa bacia sedimentar do estado da Bahia, foi analisada e ficou definido que seu volume total é de 20 cm3, e seu volume poroso é de 10 cm3. Calcule a porosidade e o volume de sólidos desta amostragem. Sabendo que a compressibilidade desta formação é de 3,5 x10-6 psi-1 para um volume total do reservatório de 5,0x109 m3, calcule a variação do volume poroso para uma queda de pressão de 100 psi. Explotação do Petróleo: Reservatórios 31 Φ = 𝑉𝑃 𝑉𝑇 𝑉𝑇 = 𝑉𝑃 + 𝑉𝑆 𝑐𝑓 = ∆𝑉𝑃 𝑉 𝑃 ∆𝑃 Saturação: A saturação de um determinado fluido em um meio poroso, é a fração ou a porcentagem do volume de poros ocupado pelo fluido (óleo, gás e água). Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑆𝑓 = 𝑉𝑓 𝑉𝑃 𝑆𝑜 = 𝑉𝑜 𝑉𝑃 𝑆𝑔 = 𝑉𝑔 𝑉𝑃 𝑆𝑤 = 𝑉𝑤 𝑉𝑃 32 Exercício 2: A partir dos dados da questão anterior, calcule o volume de água presente em um reservatório com saturação de óleo e gás de 0,539 e 0,275; respectivamente. Explotação do Petróleo: Reservatórios 33 𝑆𝑓 = 𝑉𝑓 𝑉𝑃 Saturação: Saturação crítica do óleo (SCO): é a saturação mínima, abaixo da qual o óleo não flui através dos poros. Saturação residual do óleo (SRC): é a saturação (quantidade) de óleo que permanece nos poros após o deslocamento. Saturação móvel de óleo (SMO): é a quantidade de óleo que pode ser removida dos poro. Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑆𝑀𝑂 = 1 - 𝑆𝑊𝐶 - 𝑆𝐶𝑂 SWC = saturação da água conata 34 Molhabilidade: É a tendência de um fluido de aderir à superfície de um sólido, em presença de outros fluídos imiscíveis. Importância → a distribuição dos fluídos no reservatório é função da molhabilidade. Fase molhante (aderida à rocha): usualmente é a fase aquosa. Fase não-molhante: usualmente a fase orgânica (óleo e gás). Explotação do Petróleo: Reservatórios 35 Molhabilidade: Explotação do Petróleo: Reservatórios Devido às forças atrativas, a fase molhante tende a ocupar os poros menores, enquanto a fase não-molhante ocupa os poros e canais mais abertos. 36 Permeabilidade: Mesmo que uma rocha apresente elevada porosidade com uma quantidade razoável de hidrocarbonetos, não existe uma garantia de que eles possam ser extraídos. Para que haja a produção de óleo, é necessário que haja fluxo de fluidos através dos canais porosos. Explotação do Petróleo: Reservatórios Permeabilidade 37 Permeabilidade absoluta: A medida da capacidade de uma rocha permitir o fluxo de fluidos é chamada de permeabilidade. Lei de Darcy: define a permeabilidade em medidas mensuráveis. Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑘 = 𝑞. μ. 𝐿 𝐴. (𝑃1 − 𝑃2) 38 Permeabilidade absoluta: q: fluxo do fluido, cm3/s μ: viscosidade do fluido, cP L: distância relativa ao fluxo do fluido, cm A: área relativa ao fluxo do fluido, cm2 P: pressão de resistência ao fluxo do fluido, atm k: permeabilidade absoluta, Darcy (Da). Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑘 = 𝑞. μ. 𝐿 𝐴. (𝑃1 − 𝑃2) 39 Permeabilidade efetiva: No caso da existência de mais de um fluido, a facilidade com que cada fluido se move é chamada “permeabilidade efetiva” ao fluido considerado. Associada a cada fluido: kg= permeabilidade efetiva de gás ko= permeabilidade efetiva de óleo kw= permeabilidade efetiva de água A soma das permeabilidades efetivas é sempre menor ou igual que a permeabilidade absoluta: Explotação do Petróleo: Reservatórios kg + ko + kw ≤ k 40 Permeabilidade relativa: Normalização dos dados de permeabilidade. Associada a cada fluido: krg= permeabilidade relativa ao gás (krg = kg/k) kro= permeabilidade relativa ao óleo (kro = ko/k) krw= permeabilidade relativa a água (krw = kw/k) Explotação do Petróleo: Reservatórios 41 krg + kro + krw ≤ 1 Permeabilidade relativa: Inicialmente o meio está 100% saturado com óleo, quando então a permeabilidade relativa ao óleo é igual a 1 ou 100%, e a saturação de água é aumentada gradativamente. Quando a saturação de óleo vai decrescendo até atingir a chamada saturação crítica (SCO) o óleo deixa de fluir. Explotação do Petróleo: Reservatórios 42 Reservatórios de petróleo: A classificação dos reservatórios é feita de acordo com o comportamento da mistura de hidrocarbonetos nela contida. O comportamento de uma determinada mistura vai depender também das condições de pressão e temperatura que ela estiver submetida. Classificação dos reservatórios comportamento de fases. Explotação do Petróleo: Reservatórios 43 Reservatórios de petróleo: Para uma substância pura: Explotação do Petróleo: Reservatórios 44 Reservatórios de petróleo: Para uma mistura de hidrocarbonetos: Explotação do Petróleo: Reservatórios 45 Reservatórios de petróleo: Para uma mistura de hidrocarbonetos: Explotação do Petróleo: Reservatórios 46 Reservatórios de petróleo: RGO, RAO e BSW são indicadores das características da vida produtiva de um reservatório. Todos os parâmetros são medidos em condições de superfície ou condições padrão (standard - std), 20°C e a 1 atm. RGO (razão gás-óleo): relação entre a produção de gás e óleo nas condições de superfície. Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑹𝑮𝑶 = 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 𝒈á𝒔 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 ó𝒍𝒆𝒐 RGO: m3 std/m3 std 47 Reservatórios de petróleo: RAO (razão água-óleo): relação entre a produção de água e óleo nas condições de superfície. Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑹𝑨𝑶 = 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 á𝒈𝒖𝒂 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 ó𝒍𝒆𝒐 RAO: m3 std/m3 std 48 Reservatórios de petróleo: BSW (basic sediments and water): relação entre a produção de água mais sedimentos e a produção total de líquidos e sedimentos. Explotação do Petróleo: Reservatórios 𝑩𝑺𝑾 = 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒅𝒆 á𝒈𝒖𝒂 𝒆 𝒔𝒆𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒆 𝒔𝒆𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 49 BSW: m3 std/m3 std Exercício 3: Verificando os dados da produção de um determinado poço produtor, foi observado que no último mês este teve um volume médio de produção de: 20.000 m3 de óleo, 12.000 m3 de água, 26.000 m3 de gás e 80 m3 de sedimentos. Sendo assim, os valores de RAO, RGO e o BSW desse poço nesse mês foram: a. RAO = 0,6, RGO = 1,3 e BSW = 0,376 b. RAO = 1,3, RGO = 0,6 e BSW = 0,376 c. RAO = 0,6, RGO = 1,3 e BSW = 0,604 d. RAO = 1,3, RGO = 0,6 e BSW = 0,604 Explotação do Petróleo: Reservatórios 50 𝑹𝑮𝑶 = 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 𝒈á𝒔 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 ó𝒍𝒆𝒐 𝑹𝑨𝑶 = 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 á𝒈𝒖𝒂 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒆 ó𝒍𝒆𝒐 𝑩𝑺𝑾 = 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒅𝒆 á𝒈𝒖𝒂 𝒆 𝒔𝒆𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒆 𝒔𝒆𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 Reservatórios de petróleo: Nos reservatórios, o gás ocupa um certo volume que depende das condições lá vigentes. Quando é levado para superfície, o gás fica sujeito a outras condições de temperatura de pressão, o que acarreta uma alteração considerável no volume ocupado. Explotação do Petróleo: Reservatórios 51 Reservatórios de petróleo: Processo de liberação de gás em condições de reservatório e em condições de superfície. Explotação do Petróleo: Reservatórios 52 Reservatórios de petróleo: Fator volume de formação de gás (Bg): razão entre o volume que o gás ocupa numa condição de pressão e temperatura qualquer e o volume que ele ocupa nas condições padrão (1 atm e 20°C). O fator volume de formação tem dimensão de volume por volume padrão (std). Explotação do Petróleo: Reservatórios 53 𝐵𝑔 = 𝑉𝑔á𝑠 𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝, 𝑇 𝑉𝑔á𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑑𝑟õ𝑒𝑠 Reservatórios de petróleo: Fator volume de formação de óleo (Bo): razão entre o volume que a fase líquida ocupa em condições de temperatura e pressão quaisquer e o volume que ela ocupa em condições de superfície. Explotação do Petróleo: Reservatórios 54 padrões) condições nas (medido tanqueno óleo de volume Tp, condições nas dissolvido gás óleo de Volume Bo Reservatórios de petróleo: Razão de solubilidade (RS): é a relação entre o volume do gás que está dissolvido (expresso em condições de superfície padrão) e o volume de óleo obtido na superfície. Explotação do Petróleo: Reservatórios 55 padrões) condições nas (medido tanque no óleo de volume padrões condições nas dissolvido gás de Volume Rs Reservatórios de petróleo: Em função das diferentes composições das misturas de hidrocarbonetos e das diferentes condições de temperatura e pressão, existem cinco tipos de reservatórios. Explotação do Petróleo: Reservatórios 56 Reservatórios de petróleo: Black-oil: Os reservatórios black-oil contém grandes proporções de hidrocarbonetos de cadeia longa, não-voláteis e pesados em sua composição. A linha vertical do diagrama 1-2-3 representa a redução de pressão do reservatório ao poço à temperatura constante. As condições de pressão do separador na superfície também é ilustrada nesse diagrama. Explotação do Petróleo: Reservatórios 57 Reservatórios de petróleo: Black-oil RGO < 200 m3/m3 std 10 – 40 °API De heptanos a HC de cadeias maiores. Explotação do Petróleo: Reservatórios 58 Reservatórios de petróleo: Óleo volátil: este reservatório contém proporções maiores de hidrocarbonetos leves e intermediários quando comparado com o black oil. Em geral estão associados aos reservatórios portadores de petróleo leve, incluindo, por exemplo, os campos do pré-sal brasileiro. Explotação do Petróleo: Reservatórios 59 Reservatórios de petróleo: Óleo volátil RGO de 200 – 1000 m3/m3 std 40 – 50 °API Pouco HC de cadeias grandes e mais etano a hexano. Explotação do Petróleo: Reservatórios 60 Reservatórios de petróleo: Gás condensado: a mistura de hidrocarbonetos nesse reservatório encontra-se originalmente no reservatório na fase gasosa. Há formação de uma fase líquida no próprio reservatório através da condensação do gás. Em superfície, há produção de óleo e gás. São economicamente mais atrativos do que os reservatórios de gás seco por produzirem líquido de alto valor comercial. Explotação do Petróleo: Reservatórios 61 Reservatórios de petróleo: Gás condensado RGO de 1000 – 10000 m3/m3 std 40 – 60 °API do líquido Explotação do Petróleo: Reservatórios 62 Reservatórios de petróleo: Gás úmido: o reservatório de gás úmido não apresenta formação de líquido. Ou seja, o líquido é produzido em superfície em um ponto posterior à passagem do gás do reservatório para o poço. Assim como os reservatórios de gás condensado, produzem condensado em superfície, embora em menor quantidade, possuindo, portanto um valor comercial superior aos reservatórios de gás seco. Explotação do Petróleo: Reservatórios 63 Reservatórios de petróleo: Gás úmido RGO > 10000 m3/m3 std > 50°API do líquido Explotação do Petróleo: Reservatórios 64 Reservatórios de petróleo: Gás seco: a mistura de hidrocarbonetos em reservatório de gás seco apresenta-se apenas na fase gasosa, tanto no reservatório quanto na superfície. Em geral são gases pobres, compostos essencialmente por metano. O único líquido associado a um reservatório de gás seco é a água. Explotação do Petróleo: Reservatórios 65 Reservatórios de petróleo: Gás seco Explotação do Petróleo: Reservatórios 66 Reservatórios de petróleo: Explotação do Petróleo: Reservatórios 67 Exercício 4: Imagine um reservatório hipotético que contenha uma mistura de etano e heptano com comportamento de fases segundo figura ao lado. As condições iniciais do reservatório são 1300 psi e 300°F. As condições finais são 400 psi e 300°F. No separador, o fluido está a 100 psi e 150°F. Classifique o reservatório quando ele atender as seguintes composições 2 à 6. Explotação do Petróleo: Reservatórios 68 2 3 4 5 6 Explotação do Petróleo: Reservatórios Reservatórios de petróleo: O Gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos cuja composição abrange desde o metano ao hexano. Encontra-se na forma livre ou associado ao óleo em reservatórios naturais, contendo pequenas quantidades de diluentes e contaminantes. 69 Explotação do Petróleo: Reservatórios Reservatórios de petróleo: Composição do gás natural: Campos de gás natural Gás natural associado ao óleo N2 traços – 15% traços – 10% CO2 traços – 5% traços – 4% H2S traços – 3% traços – 6% He traços – 5% não CH4 70 – 98% 45 – 92% C2H6 1 – 10% 4 – 21% C3H8 traços – 5% 1 – 15% C4H10 traços – 2% 0,5 – 2% C5H12 traços – 1% traços – 3% C6H14 traços – 0,5% traços – 2% C7H16 + traços – 0,5% traços – 1,5% 70 Explotação do Petróleo: Reservatórios Reservatórios de petróleo: O gás natural produzido no Brasil é predominantemente de origem associada ao petróleo e se destina a geração de energia termelétrica e os segmentos industriais. O Gás Natural Veicular (GNV) é uma mistura combustível gasosa, proveniente do gás natural, destinada ao uso veicular e cujo componente principal é o metano.71
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