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Aula 01.2 EBSERH 2016 PORTUGUÊS

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Aula 1.2 
 
 
Português p/ EBSERH - 2016 (Todos os Cargos) 
 
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1.2: Estrutura do período, pontuação. 
 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
 
1. Período composto por subordinação substantiva 1 
 
2. Período composto por subordinação adjetiva (pontuação, 8 
 equivalência e transformação de estruturas) 
 
3. Período composto por subordinação adverbial (pontuação, 17 
 equivalência e transformação de estruturas) 
 
4. Questões cumulativas de revisão 58 
 
5. O que devo tomar nota como mais importante? 61 
 
6. Lista de questões para revisão 62 
 
7. Gabarito 85 
 
 
 
Bom, espero que estejamos caminhando bem no estudo. 
 
 
Se eu fosse inserir apenas as questões da AOCP, praticaríamos pouco os 
temas desta segunda parte da aula, os quais são muito importantes. Por isso, 
inseri questões de outras bancas, que tenham perfil igual ao da AOCP. 
 
Procure realizar os exercícios das aulas anteriores periodicamente. Não 
deixe para revisar somente no final do curso, não. Uma ideia interessante é 
estudar a aula da semana e revisar só com os exercícios de uma ou duas aulas 
anteriores. 
 
Bom, vamos terminar a sintaxe do período composto. Muita coisa já foi 
vista na aula anterior, quando falamos das orações coordenadas. Naquele 
momento, explorávamos mais a conjunção como elemento de coesão. 
Veremos, agora, o que são as orações subordinadas substantivas, 
adjetivas e adverbiais. 
 
 
O que se cobra na sintaxe da oração subordinada substantiva? 
 
 
 
Basicamente, são cobradas as funções sintáticas dessas orações, 
principalmente nas funções de sujeito e objeto direto, por suas peculiaridades. 
Além disso, é muito cobrado o reconhecimento da palavra “que”. É este 
vocábulo que normalmente inicia a oração subordinada substantiva. Ela é 
chamada de conjunção integrante. 
 
 
 
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Período composto por subordinação substantiva 
 
Para entendermos esse período, vamos retornar à estrutura básica da 
oração. Percebemos que os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto e 
complemento nominal são termos eminentemente substantivos, pois seus 
núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos 
predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe 
agora falarmos apenas de seu valor substantivo. 
 
Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor 
substantivo, pode ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja: 
 
Isso é lindo. (Isso = sujeito) 
Vi isso. (isso = OD) 
Sei disso. (disso = OI) 
Sou obediente a isso. (a isso = CN) 
Ela é isso. (isso = predicativo) 
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) 
 
Esse é um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo. Basta 
trocá-la pelo pronome demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre 
que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. 
 
E por que esse assunto é importante? 
 
Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, 
transformam-se numa oração subordinada substantiva. 
Veja: 
 
1 
Era indispensável teu regresso. 
 
VL + predicativo (sujeito simples) 
 
 período simples (oração absoluta) 
 
2 
Era indispensável que tu regressasses. 
 
VL + predicativo Suj + VI 
 
 
oração principal 
 
oração subordinada substantiva subjetiva 
 
 
 
 
 período composto 
 
3 
Era indispensável tu regressares. 
 
VL + predicativo Suj + VI 
 
 
 oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) 
 
 período composto 
 
 
Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas 
um verbo: “Era”. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo 
“indispensável” e o sujeito “teu regresso”. 
 
Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi 
modificado para “que tu regressasses”. Assim, há duas orações (período 
composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido 
sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva 
por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos 
trocá-la pelo pronome “isso” (Isso era indispensável). O pronome “isso” 
 
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continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de 
sujeito da oração principal. 
 
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que 
falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há VL 
+ predicativo; falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é 
chamada de desenvolvida, pois possui conjunção integrante “que” e o 
verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). 
 
Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante 
“que” e isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. 
Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por 
esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. 
 
Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, 
passa a ser uma oração subordinada substantiva. 
 
Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião) 
adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito 
 
Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
 
Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
 
Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado) 
locução verbal + sujeito 
 
Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
 
Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
 
As orações subordinadas substantivas subjetivas são também 
denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da oração 
principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva 
deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja 
vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o verbo 
no singular. Veja que o verbo “constava” não se flexionou no plural, 
mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural. 
 
Agora veremos os complementos verbais. Perceba abaixo que, na oração 
principal, o verbo possui sujeito, é transitivo direto e necessita de um 
complemento, o qual será toda a oração posterior. 
 
Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) 
sujeito + VTD + objeto direto 
 
Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.) 
oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta 
 
Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.) 
oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo 
 
 
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Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva 
direta. Essas orações atuam como objeto direto da oração principal: 
 
Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas 
objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunçãosubordinada 
integrante “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos: 
 
Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe como ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe qual é a proposta. 
Ninguém sabe quanto é a proposta. 
 
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e 
ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma 
peculiar de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de 
infinitivo: 
Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. 
 
Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas 
diretas reduzidas de infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes 
oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais e são 
conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa 
em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o 
que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações 
desenvolvidas: 
 
Deixe que eu repouse. 
Mandei que eles saíssem. 
Ouvi que ele gritava. 
 
É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam 
locução verbal, pois fazem parte de um período composto. 
 
Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e 
complemento nominal. Se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais 
são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão 
continuar com a preposição antecedendo-os. 
 
Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) 
sujeito + VTI + objeto indireto 
 
Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.) 
oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta 
 
Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.) 
oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo 
 
 
Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o 
complemento, é o nome. 
 
 
 
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Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.) 
sujeito + VL + predicativo + complemento nominal 
 
Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.) 
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal 
 
Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.) 
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo 
 
Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. 
 
Nossa maior preocupação era a chuva. 
sujeito + VL + predicativo 
 
Nossa maior preocupação era que 
chovesse. (Nossa maior preocupação era isso) 
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa 
 
Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso) 
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo 
 
Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra 
“ISSO”. Apenas a oração apositiva não transmite coerência com essa 
troca; porém, observe que normalmente as bancas não cobram o nome, mas 
perguntam se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o 
início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja: 
 
Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. 
sujeito + VTD + objeto direto + aposto 
 
Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. 
oração principal + oração subordinada substantiva apositiva 
Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. 
oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo 
 
Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por 
que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... 
 
a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são 
separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração 
subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; 
 
b) quando essas orações tiverem a função de sujeito, objeto direto e 
predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-as; 
 
c) a conjunção que as inicia é chamada integrante (que, se), a 
qual não possui valor semântico, nem função sintática; 
 
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito 
oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do 
singular. 
 
Outra coisa importante!!! 
 
A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza: 
Diga que começou o trabalho. 
 
A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida: 
Diga se começou o trabalho. 
 
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(Nossa maior 
preocupação era 
isso) 
 
 
 
 
Questão 1: UFMG - EBSERH - Enfermeiro – 2015 (banca AOCP). 
Em “... o organismo entende que certas substâncias são estranhas...”, 
o termo destacado: 
 
(A) é um pronome relativo, pois retoma o termo antecedente. 
(B) é uma conjunção coordenativa explicativa, pois introduz oração de 
mesma função sintática da antecedente. 
(C) pode ser substituído pelo pronome “qual”, sem prejuízo ao sentido. 
(D) é uma conjunção integrante, pois introduz uma oração subordinada com 
função de objeto direto. 
(E) deveria ser acentuado, pois está no lugar de um substantivo. 
Comentário: Note que o termo “o organismo” é o sujeito, o verbo “entende” 
é transitivo direto e a palavra “que” inicia oração que pode ser 
substituída por “isso”, Veja: 
 
...o organismo entende que certas substâncias são estranhas...” 
...o organismo entende isso...” 
 
Assim, a palavra “que” é uma conjunção integrante e a 
alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 2: EBSERH UFMS 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
“... ressaltou que perder peso oferece benefícios a longo prazo à saúde 
cardiovascular...” 
 
No excerto acima, o termo destacado trata-se de 
 
(A) partícula expletiva. 
(B) pronome interrogativo. 
(C) pronome relativo. 
(D) conjunção integrante. 
(E) advérbio de modo. 
Comentário: O verbo “ressaltou” é transitivo direto e a palavra “que” 
inicia oração que pode ser substituída por “isso”, Veja: 
 
... ressaltou isso...” 
 
Assim, a palavra “que” é uma conjunção integrante e a alternativa (D) é 
a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 3: EBSERH UFC 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “...é possível diminuir o risco de eventos cardiovasculares...”, a 
oração destacada exerce função de 
 
(A) sujeito. (B) complemento nominal. (C) predicativo. 
(D) objeto direto. (E) objeto indireto. 
Comentário: Para acharmos o valor da oração sublinhada, devemos partir para a 
análise da oração principal. Ela é constituída do verbo de ligação “é” e do 
predicativo “possível”. Assim, falta o sujeito desse predicado nominal, que 
 
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é toda a oração posterior. Veja que podemos substituir toda a oração posterior pela 
palavra “isso” a fim de facilitar a identificação da oração substantiva: 
Isso é possível. 
 
Assim, a oração sublinhada “diminuir o risco de eventos 
cardiovasculares” é subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
e a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
CISMEPAR – 2011 – Advogado (banca AOCP) 
“As teorias da conspiração são propagadas fortemente desde os ataques de 11 de 
setembro. Muitos acreditam que tudo não passou de um “inside job” do 
governo norte-americano, e que Bin Laden já teria morrido muitos anos antes, 
mas que sua morte não havia sido divulgada para justificar uma grandeguerra 
que movimentaria a economia norte-americana.” 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Questão 4: As três primeiras ocorrências do elemento que funcionam como 
conjunção integrante. 
Comentário: Para sabermos se há conjunção integrante, basta substituir toda 
a oração iniciada por “que” pela palavra “isso”. 
O verbo “acreditam” tem o sujeito “Muitos”. Como esse verbo é 
transitivo direto, as orações abaixo sublinhadas são subordinadas 
substantivas objetivas diretas e estão coordenadas entre si, sendo as duas 
primeiras em adição, e a terceira em contraste. Veja: 
 
Muitos acreditam que tudo não passou de um “inside job” do governo 
norte-americano, e que Bin Laden já teria morrido muitos anos antes, mas 
que sua morte não havia sido divulgada ... 
 
Muitos acreditam isso e isso, mas isso... 
 
Assim, os vocábulos “que” nessas orações são conjunções integrantes. 
Gabarito: C 
 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Questão 5: A vírgula após a expressão norte-americano (linha 3) pode ser 
retirada sem prejuízo sintático. 
Comentário: Vimos na resposta da questão anterior que as duas primeiras 
orações subordinadas substantivas objetivas diretas estão coordenadas entre si, com 
a presença da conjunção “e”. Como o sujeito é o mesmo, o ideal é que 
não haja vírgula. O autor teve a liberdade de inseri-la no seu texto por estilo 
de linguagem. 
A questão apenas quis que o candidato tornasse o texto mais formal, 
retirando tal vírgula. 
Gabarito: C 
 
Questão 6: Pref Lagarto – 2011 – Médico (banca AOCP) 
Em “Fica difícil atingir o desenvolvimento econômico dessa forma...”, a 
oração destacada funciona como 
 
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(A) complemento nominal. (B) objeto direto. (C) sujeito. 
(D) predicativo do sujeito. (E) objeto indireto. 
Comentário: O verbo “Fica” é de ligação, “difícil” é predicativo e a oração 
“atingir o desenvolvimento econômico dessa forma” é o sujeito oracional, isto 
é: oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. (Isso fica 
difícil) 
Gabarito: C 
 
Questão 7: Prefeitura S. Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
“O motivo, segundo o instituto, é que [...] o clima é seco...” 
 
A oração destacada é 
 
(A) subordinada substantiva predicativa. 
(B) subordinada substantiva completiva nominal. 
(C) subordinada substantiva subjetiva. 
(D) subordinada substantiva objetiva indireta. 
(E) subordinada substantiva objetiva direta. 
Comentário: O termo “O motivo” é o sujeito, “é” é verbo de ligação e a 
oração “que [...] o clima é seco” é subordinada substantiva predicativa. 
Gabarito: A 
Vimos, em aula passada, os termos da oração e, nesta, as orações 
subordinadas substantivas, que provêm da maioria daqueles termos. Agora 
veremos as orações subordinadas adjetivas. 
 
 
Período composto por subordinação adjetiva 
 
As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a 
um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que 
normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto 
explicativo). Perceba isso no exemplo abaixo. 
 
Detesto gente mentirosa. 
VTD núcleo do Adj Adn 
 OD 
 objeto direto 
 período simples 
 
Detesto gente que mente. 
oração principal Or Sub Adjetiva 
período composto 
 
Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o 
qual caracteriza o núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo 
nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por 
isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. 
 
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é 
feita pelo pronome relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a 
conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual inicia uma oração 
subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro: 
 
 
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1. Detesto mentiras. 
 
1. Detesto que mintam. 
 
a) O vocábulo “mentiras” é um 
substantivo. Quando é substituído por 
verbo, passa a fazer parte de uma 
oração subordinada substantiva. 
b) “mentiras” é núcleo do objeto 
direto do verbo “Detesto”, por isso 
“que mintam” é oração subordinada 
substantiva objetiva direta da oração 
principal “Detesto”. 
c) O vocábulo “que” é uma conjunção 
integrante e toda a oração a partir 
desse vocábulo pode ser substituída 
pelo vocábulo “isso”, para a 
confirmação de ser oração substantiva. 
(Detesto isso.) 
 
 
 
 
2. Detesto gente mentirosa. 
 
2. Detesto gente que mente. 
 
a) O vocábulo “mentirosa” é um 
adjetivo. Quando é substituído por um 
verbo, passa a fazer parte de uma 
oração adjetiva. 
b) “mentirosa” é adjunto adnominal 
e restringe o núcleo do objeto direto. 
c) Não há coesão em se substituir a 
oração “que mente” pelo vocábulo 
“isso”. Veja: Detesto gente isso. Por 
isso não é oração substantiva. O 
segundo passo é substituir o “que” 
por “o qual” e suas variações, para 
confirmar se é pronome relativo 
iniciando oração adjetiva. Veja: 
Detesto gente a qual mente. 
 
No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, 
relacionadas à palavra “gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda 
a de que ela mente. Assim: 
 
Detesto gente. Gente mente. 
VTD + OD Suj + VI 
Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo 
desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o 
pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito, então 
o pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja: 
 
Detesto gente.Gente mente. 
Detesto gente que mente. 
Detesto gente a qual mente. 
 
 
 
sujeito 
 
Se fosse pedido para substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria 
 
a semântica, mesmo um estando no singular e o outro no plural. Mas essa 
substituição implicaria mudança na concordância do verbo “mente”, 
que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo 
“que” é sujeito e retomaria “pessoas”. Assim: 
 
Detesto pessoas que mentem. 
VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo 
oração principal oração Sub Adjetiva 
 
Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações. 
 
 
 
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A pontuação e a classificação das orações adjetivas 
 
Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é 
necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo. 
 
Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, 
característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do 
substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo 
leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em 
relação a homem, fogo e leite. 
 
Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao 
ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, 
nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é 
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em 
relação a homem, fogo e leite. 
 
mortal quente branco explicativo 
homem fogo leite 
inteligente alto enriquecido restritivo 
 
Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado 
por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre 
vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo 
restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal. 
Por exemplo: “O homem, mortal, agecomo um ser imortal.” Nessa 
frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do 
substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto 
explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo 
restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está 
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. 
 
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do 
termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou 
amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra 
suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo 
“inteligente”. 
 
1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
 
2. O homem inteligente não joga lixo no chão. 
 
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, 
que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade 
cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. 
Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há 
a função sintática de aposto explicativo. 
 
Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois 
se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse 
não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação. 
 
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Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem 
todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo 
não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto 
adnominal. 
 
Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma 
oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe 
um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de 
vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos 
anteriormente. Veja: 
 
O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
sujeito aposto explicativo VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo 
período simples 
 
O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
oração subordinada 
adjetiva explicativa 
 oração principal 
 
 período composto 
 
 O homem inteligente não joga lixo no chão. 
 
 
Adj Adn + núcleo adjunto adnominal Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar negação 
 
 sujeito simples 
 
 período simples 
 
 
O homem que é inteligente não joga lixo no chão. 
oração subordinada 
adjetiva restritiva 
oração principal 
período composto 
 
Dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança 
de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou 
retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer dizer que 
haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo: 
 
Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris. 
Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris. 
 
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a 
expressão somente aquele que. 
 
Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de 
Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela 
não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem 
mais de um irmão. 
 
Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão 
de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão. 
 
Veja outros: 
 
O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB. O 
curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB. 
 
 
 
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No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do 
curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de 
oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente 
do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos. 
 
Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. 
 
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não 
apreciada, conhecida pela felizarda. Aquela da qual gostar poderá ser 
escolhida. Porém, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia 
e já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa. 
 
Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por 
vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
 
As orações reduzidas e desenvolvidas 
 
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo 
conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são 
chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas 
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser 
introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais 
(infinitivo, gerúndio ou particípio). 
 
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. 
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. 
 
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, 
já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado 
no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada 
adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no 
infinitivo. 
 
Questão 8: EBSERH/HU-UFJF-Advogado-2015 (banca AOCP) 
Em “Muitas mães e pais, que vivem declarando amor incondicional aos 
filhos,...”, o termo destacado pode ser substituído, sem que haja prejuízo 
semântico ou sintático, por: 
 
(A) dos quais. 
(B) quem. 
(C) eles. 
(D) nos quais. 
(E) os quais. 
Comentário : O pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito e 
retoma o termo plural “Muitas mães e pais”. Assim, podemos substituir 
o pronome relativo “que” por “os quais”. 
Dessa forma, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
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Questão 9: EBSERH – UFMG 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “Uma delas é a fibromialgia, que afeta sete mulheres para cada 
homem.”, a vírgula foi empregada para 
 
(A) assinalar vocativo. (B) marcar inversão sintática. 
(C) separar adjunto adverbial anteposto. (D) separar orações. 
(E) separar termos de uma enumeração. 
Comentário: Primeiro, é importante perceber que a palavra “que” pode ser 
substituída pela expressão pronominal “a qual”. Assim, temos certeza de 
que a palavra “que” é o pronome relativo, o qual inicia a oração subordinada 
adjetiva explicativa “que afeta sete mulheres para cada homem”. 
Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 10: EBSERH – HULW - UFPB 2014 Advogado (banca AOCP) 
“Esse processo, que é denominado assimilação, desempenha um papel 
primordial no crescimento da planta.” 
 
Podemos afirmar que, de acordo com sua estrutura, a oração destacada no 
período acima trata-se de 
 
(A) uma oração subordinada adverbial concessiva. 
(B) uma oração subordinada substantiva subjetiva. 
(C) uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
(D) uma oração subordinada adverbial final. 
(E) uma oração subordinada adjetiva explicativa. 
Comentário: Primeiro, devemos verificar o valor da palavra “que”. Ela pode 
ser substituída pela expressão pronominal “o qual”. Assim, temos certeza de 
 
que tal palavra é o pronome relativo, o qual inicia a oração subordinada 
adjetiva explicativa “que é denominado assimilação”. Como tal oração está 
intercalada, há duas vírgulas. 
Assim, a alternativa(E) é a correta. 
 
Observação: Cabe observar um vício que a AOCP comete no pedido de 
muitas questões: ela usa o índice de indeterminação do sujeito “se” com 
sujeito expresso, o que é vício gramatical. Assim, o ideal no pedido da 
questão seria: 
 
“Podemos afirmar que, de acordo com sua estrutura, a oração destacada no 
período acima é”. 
Gabarito: E 
 
Questão 11: EBSERH – HULW - UFPB 2014 Advogado (banca AOCP) 
Assinale a alternativa em que o termo destacado trata-se de um pronome 
relativo. 
 
(A) “Pesquisa feita com trigo mostrou que essa queda pode ser de até 3%...” 
(B) “... demonstrar através de um estudo de campo que o dióxido...” 
(C) “... vai sofrer uma queda de 3% à medida que os níveis de dióxido de 
carbono...” 
 
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(D) “Esse processo, que é denominado assimilação, desempenha um papel...” 
(E) “Isso permitiu que, mais de uma década depois, os autores do estudo 
atual...” 
Comentário: Nesta questão, basta diferenciarmos os valores da palavra 
“que”, a qual pode ser uma conjunção integrante, um pronome relativo, além 
de poder constituir várias locuções conjuntivas de valor adverbial. 
Na alternativa (A), a palavra “que” é uma conjunção integrante, 
haja vista que podemos substituir toda a oração “que essa queda pode 
ser de até 3%” pela palavra “isso”. Veja: 
 
“Pesquisa feita com trigo mostrou isso...” 
 
Na alternativa (B), a palavra “que” é uma conjunção integrante, 
haja vista que podemos substituir toda a oração “que o dióxido...” pela 
palavra “isso”. Veja: 
 
“demonstrar através de um estudo de campo isso...” 
 
Note que houve, na oração principal, o adjunto adverbial “através de um 
estudo de campo” intercalado. É claro que tal adjunto adverbial é de grande 
 
extensão e que deveria estar entre vírgulas, mas note que a questão não 
cobrou pontuação. Esse termo ficou intercalado apenas para tentar confundir 
você. 
 
Na alternativa (C), a locução conjuntiva “à medida que” só pode ter 
valor adverbial proporcional, por isso a palavra “que” não pode ser pronome 
relativo. 
 
A alternativa (D) é a correta, pois a palavra “que” pode ser substituída pela 
expressão pronominal “o qual”. Assim, temos certeza de que tal palavra é 
o pronome relativo, o qual inicia a oração subordinada adjetiva explicativa 
“que é denominado assimilação”. Veja: 
 
“Esse processo, o qual é denominado assimilação, desempenha um papel...” 
 
Na alternativa (E), a palavra “que” é uma conjunção integrante, 
haja vista que podemos substituir toda a oração “que, mais de uma 
década depois, os autores do estudo atual” pela palavra “isso”. Veja: 
 
“Isso permitiu isso...” 
 
Note que houve, na oração subordinada substantiva objetiva direta, o adjunto 
adverbial “mais de uma década depois” intercalado e entre vírgulas. 
 
Observação: Mais uma vez, cabe observar o vício que a AOCP comete no pedido de 
muitas questões: ela usa o índice de indeterminação do sujeito “se” 
com sujeito expresso, o que é vício gramatical. Assim, o ideal no pedido da 
questão seria: 
“Assinale a alternativa em que o termo destacado é um pronome relativo.”. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
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Questão 12: EBSERH UFSM 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “A pesquisadora Ana Claudia Latronico, que atua na área de 
genética de doenças endócrinas...”, a oração em destaque 
 
(A) expressa restrição, pois o autor não está se referindo a qualquer 
pesquisadora, mas especificamente à Ana Claudia Latronico. 
(B) é uma completiva nominal, pois funciona como complemento do 
substantivo antecedente, no caso, o nome da pesquisadora. 
(C) é uma oração subordinada subjetiva, pois exerce função de sujeito. 
(D) é uma oração explicativa, pois acrescenta informação à oração principal. 
(E) não deveria ser precedida por vírgula em decorrência da função que 
exerce. 
Comentário: Primeiro, devemos verificar o valor da palavra “que”. Ela pode ser 
substituída pela expressão pronominal “a qual”. Assim, temos certeza de 
que tal palavra é o pronome relativo, o qual inicia a oração subordinada 
adjetiva explicativa “que atua na área de genética de doenças endócrinas”, 
haja vista estar precedida de vírgula. 
Portanto, sabemos que a alternativa (D) é a correta. 
A alternativa (A) está errada, pois a vírgula marca que a oração é 
explicativa, e não restritiva. 
A alternativa (B) está errada, pois a oração completiva nominal é 
substantiva, mas vimos que a oração sublinhada é adjetiva. 
A alternativa (C) está errada, pois a oração subjetiva é substantiva, mas 
vimos que a oração sublinhada é adjetiva. 
A alternativa (E) está errada, pois a vírgula está correta, tendo em vista 
iniciar uma oração subordinada adjetiva explicativa. 
Gabarito: D 
 
Questão 13: EBSERH UFSM 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
A função morfossintática do “que” na expressão “...produção do 
hormônio que libera as gonadotrofinas...” é a mesma função do “que” em 
 
(A) “...um gene relacionado à doença que pode antecipar o diagnóstico e 
facilitar o tratamento.” 
(B) “... percebeu, ao longo dos mais de 20 anos de carreira, que era 
recorrente a presença de histórico familiar entre os casos de puberdade 
precoce.” 
(C) “Ana Claudia destaca que quanto mais cedo é iniciado o tratamento, 
mais se evitam os efeitos negativos da doença.” 
(D) “...é possível antecipar o diagnóstico e iniciar o uso dos remédios assim 
que aparecerem os primeiros sintomas.” 
(E) “...é que a hereditariedade da puberdade precoce estava presente em 
aproximadamente 27% dos casos.” 
Comentário: No pedido da questão, a função morfossintática do “que” na 
expressão “...produção do hormônio que libera as gonadotrofinas...” é pronome 
relativo, haja vista que podemos substituir tal palavra por “o qual”. 
Veja: 
 
 
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“...produção do hormônio o qual libera as gonadotrofinas...” 
 
Assim, devemos encontrar uma alternativa em que a palavra “que” seja 
pronome relativo. 
 
A alternativa (A) é a correta, pois a palavra “que” pode ser substituída 
por “o qual”, tendo em vista retomar “gene”. Assim, é um pronome relativo. 
Veja: 
 
“...um gene relacionado à doença o qual pode antecipar o diagnóstico e 
facilitar o tratamento.” 
 
Na alternativa (B), a palavra “que” é uma conjunção integrante, haja 
vista que podemos substituir toda a oração “que era recorrente a presença 
de histórico familiar entre os casos de puberdade precoce” pela palavra “isso”. 
Veja: 
 
“... percebeu, ao longo dos mais de 20 anos de carreira, isso.” 
 
Note que houve, na oração principal, o adjunto adverbial “ao longo 
dos mais de 20 anos de carreira” intercalado e entre vírgulas. Esse termo ficou 
intercalado apenas para tentar confundir você. 
 
Na alternativa (C), a palavra “que” é uma conjunção integrante, 
haja vista que podemos substituir toda a oração “que quanto mais cedo é 
iniciado o tratamento, mais se evitam os efeitos negativos da doença” pela 
palavra “isso”. Veja: 
 
“Ana Claudia destaca isso.” 
 
Note que essa oração substantiva precede uma estrutura com a oração 
subordinada adverbial “quanto mais cedo é iniciado o tratamento”. Mas nesta 
questão, o que importa é a oração subordinada substantiva objetiva direta 
“que... mais se evitam os efeitos negativos da doença”. 
 
Na alternativa (D), a palavra “que” constitui a locução conjuntiva temporal 
“assim que”, a qual inicia a oração subordinada adverbial temporal 
“assim que aparecerem os primeiros sintomas.” Tal oração será vista adiante.Na alternativa (E), a palavra “que” é uma conjunção integrante, haja 
vista que podemos substituir toda a oração “que a hereditariedade da 
puberdade precoce estava presente em aproximadamente 27% dos casos” 
pela palavra “isso”. Veja: 
 
“...é isso.” 
 
Certamente, no contexto em que se encontra tal oração, há o sujeito 
desse verbo. Além disso, para facilitar sua identificação, nunca o pronome 
relativo ficará imediatamente após um verbo. Assim, temos certeza de que há 
conjunção integrante. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
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Estrutura subordinada adverbial 
 
Sabemos que, se no enunciado há apenas um verbo, naturalmente 
temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples); porém, se 
houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações (período 
composto). Para iniciarmos, veja a estrutura abaixo. 
 
 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa 
sujeito predicado verbal 
 período simples 
 
A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no 
concurso”. O termo “devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. 
Esse termo transmite a causa de o aluno ter passado no concurso. Por isso, 
podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não foi 
obrigatória, ela foi inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor 
o leitor sobre a circunstância que levou o candidato à aprovação. 
Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu 
esforço no estudo”, alguém entenderia o enunciado? 
Logicamente, não! Concorda? 
Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, 
isto é: subordinada à principal: 
 
vírgula 
facultativa 
 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 
Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada) 
 
 
Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que 
passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal. 
 
 
vírgula 
facultativa 
 
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
 VTI objeto indireto VTI + objeto indireto 
sujeito predicado verbal predicado verbal 
 oração principal oração subordinada adverbial causal 
 período composto 
 
Oração principal? Por quê? 
 
Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas 
das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é 
a base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para transmitir 
coerência. 
 
Oração subordinada? Por quê? 
 
 
 
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A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter 
sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima. 
 
Oração adverbial? Por quê? 
 
Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo 
“esforçou”, para que houvesse a oração adverbial. 
 
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se 
para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será 
empregada. 
 
Via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração 
principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou 
intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. 
 
Antecipando a estrutura adverbial... 
 
vírgula 
obrigatória 
 
Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso 
adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
 sujeito 
 predicado verbal 
 período simples 
 vírgula 
 obrigatória 
 
Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
 predicado verbal sujeito predicado verbal 
oração subordinada adverbial causal oração principal 
 período composto 
Agora, intercalando... 
 
 vírgulas obrigatórias 
 
 
O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. 
 adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal 
 período simples 
 
 vírgulas obrigatórias 
 
 
O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal predicado verbal 
 
 oração subordinada adverbial causal 
 oração principal 
 período composto 
 
As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: 
desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em 
modos e tempos verbais); 
 
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O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
 (desenvolvida) 
 
reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam 
a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio). 
 
O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo. 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
 (reduzida de infinitivo) 
Por que é chamada de reduzida? 
Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos 
daquela oração. 
 
Por que tenho que saber as orações reduzidas? 
Muitas vezes a banca pede para desenvolver a oração reduzida, 
inserindo a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso 
veremos os valores das orações adverbiais. 
 
Elas basicamente se dividem em 9. 
 
1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da 
estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. 
E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções 
causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver 
antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida 
em que, que, etc: 
 
Estudo porque necessito. 
Como fazia frio, fechou as janelas. 
Já que estou cansado, vou descansar. 
Uma vez que estudou muito, foi aprovado. 
 
Observações: 
 
I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que 
funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções 
como: 
 
Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a 
organização de seu material de estudo. 
 
II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois 
podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também 
podem ser causais. A diferença básica entre elas é que a oração subordinada 
adverbial causal transmite a origem, a base de um resultado posterior, por isso 
dizemos que o processo verbal nela veiculado é anterior ao da oração principal. 
Veja: 
 
O caro parou porque ficou sem combustível. 
Or principal + oração subordinada adverbial 
causal (ocorreu antes) 
 
 
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A razão (causa) de o carro ter parado foi a falta de combustível. Note que a 
conjunção causal “porque” inicia a oração “porque ficou sem combustível”, a 
qual ocorreu antes de o carro ter parado, por isso é entendida 
como causa, razão, motivo. 
 
Compare com este período: 
 
Aquele carro deve ter ficado sem combustível, pois está parado na rodovia.oração principal + oração coordenada sindética explicativa 
(ocorreu depois) 
 
Veja que, agora, a oração iniciada pela conjunção “pois” (“pois está 
parado na rodovia”) não ocorreu antes de o combustível supostamente ter 
acabado. Isso ocorreu depois. Por esse motivo, esta oração iniciada pela 
conjunção “pois” não é a causa, mas a explicação de alguém ter achado que o 
combustível acabou. 
 
Questão 14: EBSERH – UFMG 2014 Advogado (banca AOCP) 
Em “A sauna pode ser aliada na prática de exercícios físicos, já que a vasodilatação 
proporcionada ajuda na recuperação do corpo.”, a expressão em 
destaque NÃO pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por 
 
(A) visto que. (B) pois. (C) uma vez que. 
(D) ainda que. (E) porquanto. 
Comentário: A locução conjuntiva “já que” só pode transmitir valor 
adverbial causal. Assim, pode ser substituída pelos conectivos “visto 
que”, “pois”, “uma vez que” e “porquanto”. 
Já a locução conjuntiva “ainda que” só pode transmitir valor 
adverbial concessivo e a alternativa a ser marcada é a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 15: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV) 
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que 
 
lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros 
está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente 
esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o 
“Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor 
público, prendendo o guarda”. 
(DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1990) 
No texto há duas ocorrências do vocábulo “como”: “Como o motorista 
de um dos carros está visivelmente errado...” e “identifica-se como 
promotor público”. A afirmação correta sobre essas ocorrências é: 
(A) as duas mostram valor de “modo”; 
(B) a segunda mostra valor de “tempo”; 
(C) a primeira mostra valor de “causa”; 
(D) as duas mostram valor de “causa”; 
(E) a primeira mostra valor de “modo”. 
Comentário: O primeiro vocábulo pode ser substituído pela locução conjuntiva 
“Já que”, por isso tem valor causal. Veja: 
 
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Já que o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele 
se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. 
 
O segundo vocábulo tem valor de modo. Identifica-se como? De que 
forma? 
Assim, sabemos que a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 16: TJ SC 2015 Assistente Social (banca FGV) 
“Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na 
colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras”. 
 
Reescrevendo-se o período, mantém-se o sentido original apenas em: 
 
(A) A caminhada foi cheia de paradas para compras, uma vez que haviam 
recebido bastante na colheita do algodão, dado que geralmente gastavam 
pouco. 
(B) Haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia 
de paradas para compras porque geralmente gastavam pouco. 
(C) Porque haviam recebido bastante na colheita do algodão, geralmente 
gastavam pouco, e a caminhada foi cheia de paradas para compras. 
(D) Ainda que geralmente gastassem pouco, a caminhada foi cheia de paradas 
para compras, pois haviam recebido bastante na colheita do algodão. 
(E) Em virtude de gastarem geralmente pouco e de haverem recebido 
bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para 
compras. 
Comentário: No período, há três orações, as quais estão identificadas com 
números: 
 
“Geralmente gastavam pouco¹, mas² como haviam recebido bastante na 
colheita do algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para compras²”. 
 
O segmento 1 é inicial, o segmento 2 é a oração coordenada adversativa 
e o segmento 3 é uma oração subordinada adverbial causal. Assim, devemos 
achar, dentre as alternativas, uma relação de contraste entre os segmentos 1 
e 2, e uma relação de causa do segmento 3 em relação ao 2. 
 
A alternativa (A) está errada, porque o segmento 1 não se encontra em 
contraste com o segmento 2. A locução conjuntiva “dado que” transmite valor 
causal, o que prejudica a informação original. Veja: 
 
A caminhada foi cheia de paradas para compras², uma vez que haviam 
recebido bastante na colheita do algodão³, dado que geralmente 
gastavam pouco¹. 
 
A alternativa (B) está errada, porque não houve relação de contraste 
entre os segmentos 1 e 2. Além disso, o segmento 1 não traduz valor de causa 
no texto original. 
 
Haviam recebido bastante na colheita do algodão³, a caminhada foi cheia 
de paradas para compras² porque geralmente gastavam pouco¹. 
 
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A alternativa (C) está errada, porque não houve relação de adversidade 
entre os segmentos 1 e 2. Veja que houve mudança de sentido por conta da 
conjunção aditiva “e”. Também não houve relação de causa entre os 
segmentos 3 e 2. 
 
Porque haviam recebido bastante na colheita do algodão³, geralmente 
gastavam pouco¹, e a caminhada foi cheia de paradas para compras². 
 
A alternativa (D) é a correta. A relação de contraste se manteve entre os 
segmentos 1 e 2. Agora, não há oração coordenada adversativa, mas a oração 
subordinada adverbial concessiva: Ainda que geralmente gastassem pouco. A 
conjunção “pois” reafirma o valor de causa do segmento 3 em relação ao 2. 
 
Ainda que geralmente gastassem pouco¹, a caminhada foi cheia de paradas 
para compras², pois haviam recebido bastante na colheita do algodão³. 
 
A alternativa (E) está errada, pois, no texto original, não há relação de adição 
entre os segmentos 1 e 3. Assim, a conjunção “e” fez mudar o sentido. 
Além disso, não se observa relação de contraste, nem de causa na reescrita 
abaixo. 
 
Em virtude de gastarem geralmente pouco¹ e de haverem recebido 
bastante na colheita do algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para 
compras². 
Gabarito: D 
 
 
Questão 17: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV) 
Fragmento do texto: Todos queremos viver em liberdade e procuramos 
construir caminhos para alcançar esse propósito. Se um problema atravessa 
nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres, pois há 
limitações e dificuldades de atuar. Ficamos em uma rua sem saída. 
“Se um problema atravessa nossas vidas, / nos sentimos impossibilitados de 
estar plenamente livres”; o segundo segmento desse trecho do texto, em 
relação ao primeiro, funciona como sua: 
 
(A) explicação; 
(B) conclusão; 
(C) condição; 
(D) consequência; 
(E) concessão. 
Comentário: A primeira observação a se fazer é a de que a questão quer o 
valor do segundo segmento em relação ao primeiro, isto é, ela quer o valor 
subentendido da oração principal “nos sentimos impossibilitados de estar 
plenamente livres”. 
A estrutura acima tem relação com a da primeira observação que vimos na 
teoria, quando a conjunção “se” tem valor causal, isto é, é a base do 
raciocínio, ocorre temporalmente antes e é o motivo da ação da segunda 
oração. Para reforçar o valor causal, basta substituir a conjunção “se” por 
“como” ou “já que”. Veja: 
 
 
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Se um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de 
estar plenamente livres... 
 
Como um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de 
estar plenamente livres... 
 
Já que um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de 
estar plenamente livres... 
 
Se a oração “Se um problema atravessa nossas vidas” é a causa, o 
motivo; então o segundo segmento “nos sentimos impossibilitadosde estar 
plenamente livres” é o resultado, a 
consequência. A alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 18: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) 
Fragmento do texto: O novo método de diagnóstico pode ser um reforço na 
luta que muitas cidades brasileiras travam contra a epidemia de dengue. Como 
o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é possível 
começar o tratamento mais cedo. 
“Como o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é 
possível começar o tratamento mais cedo.” 
 
A relação lógico-semântica apresentada pela conjunção destacada é a de 
 
(A) comparação. (B) conformidade. (C) causa. 
(D) consecução. (E) proporção. 
Comentário: A conjunção “como” pode ter valor de causa quando sua oração 
 
está antecipada da principal, como ocorreu neste contexto. Veja que podemos 
substituir a conjunção “Como” por “Já que”, “Porque” etc. 
“Já que o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é 
possível começar o tratamento mais cedo.” 
Isso confirma seu valor causal. 
Gabarito: C 
 
Questão 19: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
“Mas, segundo ele, quem tem o aparelho mais sofisticado, com o timer, pode 
programar esse mesmo tempo durante o sono, já que o aparelho desliga 
sozinho.” 
 
A locução conjuntiva destacada acima pode, na posição em que se encontra, 
ser substituída por todas as locuções abaixo, EXCETO por 
 
(A) dado que. (B) visto que. (C) como. 
(D) porquanto. (E) uma vez que. 
Comentário: A conjunção “como” só pode ter valor causal quando a oração 
 
subordinada adverbial causal estiver antecipada da principal. Por isso, a 
conjunção “como” não pode ser utilizada nesta frase. 
Note que os conectivos “dado que”, “visto que”, “porquanto” e 
“uma vez que” possuem valor causal e podem substituir “já que”. 
 
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Gabarito: C 
 
2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da 
consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, 
um resultado e aparecem de duas formas: 
 
I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho: 
 
Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas. 
 
Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos. 
 
Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar 
subentendidos. 
 
Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) 
 
II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, 
de sorte que, de modo que, etc: 
 
Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o 
nível de empregos regulares. 
 
“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar 
minha viagem.” 
 
III – locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de 
negação. 
 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. 
 
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; 
na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”. 
 
Questão 20: TCE SE 2015 Analista (banca FGV) 
“A vida hoje está tão moderna, tão moderna, que todos nós nascemos 
atrasados tecnologicamente”. (Nouailles) 
 
A segunda oração desse pensamento tem valor de: 
 
(A) consequência; (B) modo; 
(C) comparação; (D) causa; 
(E) concessão. 
Comentário: A oração “que todos nós nascemos atrasados tecnologicamente” 
é subordinada adverbial consecutiva. Assim, a alternativa (A) é a correta. Note 
o intensificador “tão” na oração principal: tão moderna... Assim, fica fácil 
perceber a primeira estrutura vista em nossa teoria. 
Gabarito: A 
 
Questão 21: TJ RJ 2015 Técnico (banca FGV) 
“Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um 
programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos 
mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria 
 
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possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil 
têm descargas embutidas na parede, que costuma ter um altíssimo nível de 
consumo”. 
 
Sobre as ocorrências do vocábulo que presentes nesse segmento do texto, a 
afirmação correta é a de que: 
 
(A) a primeira e a terceira ocorrência pertencem à mesma classe gramatical; 
(B) a segunda ocorrência pertence à mesma classe da primeira; 
(C) as três últimas ocorrências pertencem à mesma classe; 
(D) a última ocorrência pertence à classe diferente de todas as demais; 
(E) a segunda e a quarta ocorrências pertencem a classes diferentes. 
Comentário: A primeira ocorrência da palavra “que” é uma conjunção 
adverbial consecutiva, haja vista ser precedida do intensificador “tanta”. 
A segunda ocorrência da palavra “que” é o pronome relativo, pois 
retoma a expressão “um programa de conservação hídrica”. Tal pronome 
pode ser substituído por “o qual”. 
A terceira ocorrência da palavra “que” é uma conjunção adverbial 
consecutiva, haja vista ser precedida do intensificador “tal”. Assim, a 
alternativa (A) é a correta. 
A quarta ocorrência da palavra “que” é o pronome relativo, pois 
retoma a expressão “descargas embutidas na parede”. Tal pronome pode 
ser substituído por “as quais”. 
Mesmo não fazendo diferença na resolução da questão, é interessante 
perceber que o verbo “costuma” deveria estar no plural, pois o pronome 
relativo “que” retoma substantivo plural “descargas”, e não o 
substantivo singular “parede”. 
 
Veja: 
 
No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que 
costumam ter um altíssimo nível de consumo. 
Gabarito: A 
 
Questão 22: Pref Belford Roxo – 2011 – Intérprete de Libras (banca CEPERJ) 
Entre as orações sublinhadas no trecho “É que eu achava o mundo tão 
interessante que não suportava ficar deitado, vendo-o passar.” se estabelece 
relação semântica de: 
 
A) conclusão B) consequência C) tempo 
D) modo E) causa 
Comentário: Vimos que a expressão “tão...que” termina com a conjunção 
“que”, a qual inicia oração subordinada adverbial consecutiva (consequência). 
Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 23: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) 
Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso 
das organizações é em geral medido unicamente através do resultado 
 
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financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a 
sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer 
negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas 
mapeiem seu roteiro futuro. 
A última oração do período “Andrew W. Savitz ressalta que as Empresas 
‘precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua 
atual importância para os negócios’” exprime em relação à anterior o 
sentido de: 
 
A) consequência; B) causa; C) concessão; 
D) condição; E) comparação. 
Comentário: A expressão “de modo a” inicia uma oração subordinada 
adverbial consecutiva reduzida de infinitivo (“de modo a refletir sua atual 
importância para os negócios’”). Veja que poderíamos transformá-la numa 
oração desenvolvida: 
 
...precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo que 
reflitam sua atual importância para os negócios... 
 
Assim, fica mais prático percebermos a locução conjuntiva adverbial 
consecutiva “de modo que”. 
Gabarito: A 
 
3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a 
correlação de modo e tempo verbal. Veja: 
 
verbo no futurodo presente 
verbo no futuro do subjuntivo 
do indicativo 
Se o candidato estudar bastante, passará no concurso. 
 
condição no futuro 
oração subordinada adverbial condicional 
 
verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo 
 
resultado provável no futuro 
oração principal 
 
verbo no futuro do pretérito 
do indicativo 
Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso. 
 
condição no passado resultado improvável no futuro 
 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
 
verbo no presente do subjuntivo 
verbo no futuro do presente 
 
do indicativo 
 
Caso o candidato estude bastante, passará no concurso. 
 
condição no presente resultado provável no futuro 
 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
 
 
Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de 
cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não 
há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. 
 
Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; 
por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo 
 
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improvável. A banca normalmente pede para substituir as conjunções ou os 
verbos. 
 
Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do 
texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para 
presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do 
indicativo. Veja a diferença: 
 
Se o candidato estudar, passa no concurso. 
Se o candidato estudasse, passava no concurso. 
 
Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase. 
 
Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções 
conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser 
que, a menos que, dado que. 
 
Caminharei com você desde que não chova. 
Não terminará a matéria, sem que se dedique muito. 
Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto. 
“A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” 
 
Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e 
com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja 
dúvida neste valor semântico. 
 
As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que 
podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique 
que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto 
os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos 
respectivos valores adverbiais vistos anteriormente. 
É encontrada também a forma reduzida: 
 
Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio) 
 
Questão 24: EBSERH/HU-UFMA 2015 Analista Administrativo (banca AOCP) 
Em “Se falta água, piora também a saúde...”, a estrutura da oração 
destacada nos permite afirmar que ela exprime 
 
(A) uma condição em relação à oração que lhe é posterior. 
(B) um contraste em relação à oração que lhe é posterior. 
(C) uma comparação em relação à oração que lhe é posterior. 
(D) uma proporção em relação à oração que lhe é posterior. 
(E) uma concessão em relação à oração que lhe é posterior. 
Comentário: A conjunção “se” transmite valor adverbial de condição. 
Veja que as demais alternativas estão bem fora desse valor. Nem precisamos 
inserir o contexto em que se encontra tal frase, haja vista que a conjunção 
“se” nunca transmitirá o valor de contraste, comparação, proporção ou 
concessão, como registram as demais alternativas. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
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Questão 25: UFMG - EBSERH - Enfermeiro 2015 (banca AOCP). 
Em “Se o solvente não secasse rapidamente, o esmalte poderia escorrer ou 
ficar mais concentrado em uma região.”, a oração destacada estabelece, 
com a subsequente, relação sintático-semântica de: 
 
(A) causa. 
(B) tempo. 
(C) comparação. 
(D) condição. 
(E) finalidade 
Comentário: A conjunção “Se” inicia uma condição no passado (“Se o 
solvente não secasse rapidamente”), cujo resultado é a hipótese registrada na 
oração principal: “o esmalte poderia escorrer ou ficar mais concentrado em 
uma região”. 
Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
 
 
Questão 26: EBSERH HULW UFPB 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Assinale a alternativa em que o “se” destacado NÃO introduz uma oração 
adverbial. 
 
(A) “Se apenas um exerce controle sobre as finanças, o outro pode acabar se 
sentindo excluído e impotente.” 
(B) “Em primeiro lugar, é importante que o casal fale a mesma língua 
quando se trata de dinheiro.” 
(C) “Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas 
contas.” 
(D) “Se você e seu companheiro não conseguem falar sobre o assunto sem 
que isso vire um pé de guerra, e isso está colocando seu relacionamento 
em risco, pense em procurar ajuda...” 
(E) “Pensamento positivo: se vocês souberem lidar com problemas 
financeiros, isso significa que terão jogo de cintura...” 
Comentário: A conjunção inicia informação com base num núcleo verbal. 
Com a conjunção “se”, é natural que a oração tenha valor adverbial de 
condição. 
Nas alternativas (A), (C), (D) e (E), encontramos orações subordinadas 
adverbiais condicionais. 
Já na alternativa (B) percebemos a conjunção adverbial temporal 
“quando”, seguida do pronome oblíquo átono “se”. Assim, é esta a alternativa 
a ser marcada. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 27: EBSERH – UFC 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
“Os autores do estudo atribuíram tais benefícios aos flavonoides, compostos 
presentes no cacau que, entre outros efeitos positivos, também são 
associados a benefícios ao coração — desde que aliados a uma dieta 
saudável.”. 
 
No período acima, a oração destacada trata-se de uma 
 
(A) oração que estabelece relação lógico-semântica de condição e está 
reduzida de infinitivo. 
(B) oração que estabelece relação lógico-semântica de condição e está 
reduzida de particípio. 
(C) oração que estabelece relação lógico-semântica de concessão e está 
reduzida de infinitivo. 
(D) oração que estabelece relação lógico-semântica de concessão e está 
reduzida de particípio. 
(E) oração que estabelece relação lógico-semântica de finalidade e está 
reduzida de infinitivo. 
Comentário: A locução conjuntiva “desde que” transmite valor adverbial 
condicional. Assim, eliminamos as alternativas (C), (D) e (E). 
A banca cometeu um erro conceitual, pois, quando a oração subordinada 
apresenta uma locução conjuntiva (desde que), ela não é reduzida, ela é 
desenvolvida. Apenas houve a omissão do verbo auxiliar “sejam”. 
Porém, fica fácil perceber que tal oração não possui verbo no infinitivo. 
Assim, eliminamos a alternativa (A) e a (B), mesmo com o erro conceitual, é 
a correta. 
Gabarito: B 
 
 
Questão 28: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) 
“‘Acreditamos que, em breve, já poderá ser implementado caso o 
sistema de saúde requeira nossos serviços...” 
A oração destacada do fragmento é 
 
(A) subordinada substantiva objetiva direta. 
(B) coordenada sindética explicativa. 
(C) subordinada adverbial concessiva. 
(D) subordinada substantiva subjetiva. 
(E) subordinada adverbial condicional. 
Comentário: A conjunção “caso” traduz valor condicional. Assim, inicia uma 
oração subordinada adverbial condicional. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 29 DE 85Questão 29: TJ RJ 2015 Técnico (banca FGV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A frase “fechando o registro”, reescrita de forma a substituir a oração 
reduzida por desenvolvida, assume, com correção, a seguinte forma: 
 
(A) a fim de que se feche; 
(B) após fechar-se o registro; 
(C) enquanto se fecha o registro; 
(D) caso se feche o registro; 
(E) embora se feche o registro. 
Comentário: A oração reduzida de gerúndio “fechando o registro” tem valor 
 
adverbial condicional, por isso podemos substituí-la pela oração desenvolvida 
“caso se feche o registro”. Portanto, a alternativa (D) é a correta. 
As alternativas (A) e (E) estão erradas, porque facilmente entendemos 
que não cabe finalidade, nem concessão. 
A alternativa (B) está errada, porque a questão pediu uma oração 
desenvolvida, mas esta alternativa apresentou uma oração reduzida de 
infinitivo. 
A alternativa (C) está errada, pois não cabe a ideia de tempo simultâneo 
entre o ato de tomar banho e o de fechar o registro. 
Gabarito: D 
 
Questão 30: Pref Uberlândia-MG – 2012 – Advogado (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: No Congresso desde 1999, o PL 84/99 segue na 
Câmara dos Deputados nos termos do texto substitutivo proposto pelo 
deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O PL Azeredo tramita em caráter de 
urgência na Casa e está prestes a ser votado no início de agosto, quando 
termina o recesso parlamentar. Se aprovado, desviando-se de sua pretensa 
função de combater os crimes na Internet, o projeto vai instaurar um cenário 
de vigilância e monitoramento na rede, restringindo sensivelmente os direitos 
e liberdades e criminalizando condutas que são cotidianas dos cidadãos no 
mundo virtual. 
 
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Neste parágrafo, ao falar do PL 84, quanto à sua aprovação, está expressa 
uma ideia de 
 
A) finalidade. B) condição. C) acréscimo. D) tempo. E) explicação. 
Comentário: Primeiro devemos localizar a expressão que fala do PL 84 quanto 
à sua aprovação, depois devemos observar o valor do conectivo. 
A expressão apontada na questão é “ Se aprovado”, em que o conectivo 
“Se” é uma conjunção condicional. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 31: Pref Jahu-SP – 2012 – Caixa (banca Consulplan) 
Leia os trechos a seguir. 
 
I. “Se seguir aumentando, nos próximos 20 anos, a expectativa de vida 
masculina irá coincidir com a feminina...” 
II. “As taxas de câncer de pulmão entre mulheres estão aumentando, mas 
estão declinando mais rapidamente entre os homens.” 
III. “Os meninos são mais propensos a morrer em seu primeiro ano de 
vida e mais sujeitos a se envolver em acidentes fatais...” 
Os termos “se”, “mas” e “e” estabelecem relação semântica, respectivamente, 
de 
 
A) causa – adversidade – adição. 
B) condição – oposição – adição. 
C) consequência – conclusão – condição. 
D) conformidade – comparação – explicação. 
E) concessão – alternância – proporcionalidade. 
Comentário: A conjunção “Se” inicia a oração subordinada adverbial 
condicional “Se seguir aumentando”, a conjunção “mas” inicia oração 
coordenada sindética adversativa, a qual transmite valor de oposição, e a 
conjunção “e” inicia oração coordenada sindética aditiva. 
Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 32: Prefeitura Mauriti 2010 Agente Adm (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: E se todos os humanos fossem da mesma cor? Não 
haveria intolerância ou o argumento de superioridade racial. Os negros não 
seriam escravizados, não haveria existido o apartheid nem o nazismo. Ou 
seja, a história da humanidade seria completamente diferente. Engano seu. A 
natureza humana é bem mais complexa que isso: mesmo se todos tivessem a 
mesma cor da pele, textura de cabelo ou formato dos olhos, bastaria que 
algum povo se destacasse no desenvolvimento técnico ou econômico para se 
sentir superior aos demais. 
Em “E se todos os humanos fossem da mesma cor?”, o termo sublinhado 
estabelece, nessa oração, uma relação de: 
 
A) causa. B) tempo. C) consequência. 
D) concessão. E) condição. 
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Comentário: A conjunção “se” inicia oração subordinada adverbial 
condicional. Por isso, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em 
oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são: 
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo 
quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, 
em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). 
 
Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos. 
Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’. 
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas 
afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) 
Dado que soubesse, não dirigia à noite. 
Por mais que gritasse, não me ouviram. 
Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende) 
 
Deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de 
conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja: 
 
Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
 
Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é 
obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma 
nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio: 
 
Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a 
oração seria reduzida de infinitivo: 
 
Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
 
Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova. 
 
Questão 33: EBSERH – Nacional 2015 Técnico Citopatologia (banca AOCP) 
Em “Mesmo que você não goste de seu estilo, é difícil não esboçar um sorriso 
ao ver o resultado do seu trabalho.”, considerando a estrutura do 
período, podemos afirmar que a oração destacada expressa 
 
(A) comparação. 
(B) causa. 
(C) conformidade. 
(D) concessão. 
(E) condição. 
Comentário: A locução conjuntiva “Mesmo que” só pode ter valor adverbial 
concessivo. Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 34: EBSERH/MEAC-UFC E HUWC-UFC Advogado-2015 (banca AOCP) 
“Faço isso até hoje. Facilita a vida, evita desperdício e nos dá a certeza de 
comer bem durante a semana toda, mesmo que o preparo das refeições 
seja terceirizado.” 
 
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A oração destacada: 
 
(A) estabelece uma relação de concessão no período a que pertence. 
(B) estabelece uma relação de adversidade no período a que pertence. 
(C) estabelece uma relação de consequência no período a que pertence. 
(D) restringe e limita a significação da oração que a antecede. 
(E) acrescenta uma informação comparativa em relação à oração antecedente. 
Comentário: A locução conjuntiva “mesmo que” só pode ter valor 
adverbial concessivo. Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 35: EBSERH – UFMG 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Outra doença bem mais frequente entre as mulheres é 
o câncer de mama. Apesar de muita gente achar que essa doença é 
exclusivamente feminina, ela acomete também os homens – só que em 
proporção esmagadoramente menor: apenas 1% dos casos. 
Em “Apesar de muita gente achar que essa doença é exclusivamente 
feminina, ela acomete também os homens...”, a oração destacada 
 
(A) revela ideia de causa para a oração subsequente. 
(B) é uma oração subordinada adverbial concessiva, pois expressa ideia

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