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Aula extra 01.2 EBSERH 2016 PORTUGUÊS

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Aula-extra 1.2 
 
 
Português p/ EBSERH - 2016 (Todos os Cargos) 
 
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula-extra 1.2: figuras de estilo. Significação 
contextual de palavras e expressões 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
 
1. Campos semânticos 1 
 
2. Sentido e emprego de vocábulos 4 
 
3. Figuras de linguagem 17 
 
4. Lista de questões para revisão 40 
 
5. Gabarito 59 
 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Vamos a mais uma aula!!!!! 
 
A fim de ampliar o conteúdo, como tenho feito em aulas anteriores, vou 
lançar mão de algumas questões de outras bancas. 
 
Assim, podemos ser bem didáticos e vamos entender passo a passo cada 
tópico. 
 
Lembro que, ao final de nosso curso, vamos disponibilizar aulas-extras 
em vídeo com resoluções de provas da banca AOCP. Tudo isso para que você 
tenha o conteúdo mais focado possível e nada será novidade para você no dia 
da prova. 
 
Vamos ao primeiro tópico: 
 
Campos semânticos 
 
As palavras podem associar-se de várias maneiras. Quando se 
relacionam pelo sentido, temos um campo semântico. Não se trata de 
sinônimos ou antônimos, mas de aproximação de sentido num dado contexto. 
 
Ex.: perna, braço, cabeça, olhos, cabelos, nariz s partes do corpo humano 
azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lilás s cores 
martelo, serrote, alicate, torno, enxada s ferramentas 
batata, abóbora, aipim, berinjela, beterraba s legumes 
Observações 
 
a) Também constituem campos semânticos palavras como flor, jardim, 
perfume, terra, espinho, embora não pertençam a um grupo delimitado; mas a 
associação entre elas é evidente. 
 
b) As palavras podem pertencer a campos semânticos diferentes. Veja o caso 
de abóbora, citada há pouco. Ela também serve para indicar cor, o que a 
colocaria no segundo grupo de palavras. 
 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 DE 59 
 
 
 
 
 
 
c) Essas palavras também podem ser associadas no grupo de hiperônimos e 
hipônimos que serão vistos em seguida. 
 
Hiperônimo: 
 
Quando há vocábulos reunidos em grupo fazendo parte um mesmo campo 
semântico, podem-se associar esses vocábulos aos hiperônimos e hipônimos. 
O prefixo “hiper” e “hipo” significam, respectivamente, generalização 
e especificação. Assim, hiperônimo é uma palavra que apresenta um 
significado mais abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de 
sentido mais específico). 
 
Por exemplo: 
 
Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de batata (sentido mais específico). 
Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de abacaxi (sentido mais específico). 
Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de catapora (sentido mais 
específico) 
 
Por associação, hipônimo são palavras que se relacionam pelo sentido dentro 
de um conjunto, ligando-se por afinidade ou por um ser parte do outro. 
 
Por exemplo: 
 
Banana ou laranja (sentido mais específico) são hipônimos de fruta (sentido 
mais geral) 
 
Azul ou preto (sentido mais específico) são hipônimos de cor (sentido mais 
geral) 
 
Alface ou couve (sentido mais específico) são hipônimos de verdura (sentido 
mais geral) 
 
Veja o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo 
de gripe porque em seu significado contém o de gripe e o sentido de mais uma 
série de palavras como dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é 
hipônimo de doença. 
 
A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental para a 
coesão textual. 
 
Exemplo: 
 
Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela seca. São 
pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas. 
 
Note que a palavra “pessoas” é um hiperônimo da palavra 
“refugiados”, uma vez que “pessoas” apresenta um significado mais 
abrangente que seu hipônimo “refugiados”. 
 
Outro exemplo: 
 
Dois soldados da Polícia Militar foram baleados na noite de ontem. O 
comandante da operação informou que os militares já estão fora de perigo. 
 
Neste exemplo, a palavra “militares” é um hiperônimo da palavra 
“soldados” e foi utilizado para evitar a repetição do substantivo anteriormente 
expresso. 
 
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Questão 1: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) 
Fragmento do texto: Decência e genuína seriedade são os requisitos 
exigidos de homens dedicados à coisa pública. 
A palavra “requisitos” guarda, com as palavras “decência” e 
“seriedade”, relação semântico-coesiva de: 
 
A) sinonímia B) polissemia C) paronímia 
D) hiperonímia E) antonímia 
Comentário: Note que a palavra “requisitos” tem valor geral, e as palavras 
“Decência” e “genuína” têm valor específico. Por isso, a palavra 
“requisitos” é um hiperônimo (valor geral). 
Gabarito: D 
 
Questão 2: DPE RS 2010 (banca FCC) 
Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre 
circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do 
Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao 
longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se 
livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias 
como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de 
caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das 
relações étnico-raciais. 
A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. 
Qual a propriedade semântica dessa relação? 
 
(A) Hiperonímia. (B) Sinonímia. (C) Homonímia. 
(D) Paronímia. (E) Antonímia. 
Comentário: Entre a palavra “animais” (nome mais específico) e “espécie” 
 
(nome mais generalizado), há um desnível. Há várias espécies (humana, vegetal, 
animal etc). Assim, “animais” está dentro do grupo de “espécies”. Portanto, 
há uma relação de hiperonímia: “espécies” é hiperônimo e “animais” 
é hipônimo. 
Quanto às demais alternativas, a sinonímia trabalha o mesmo valor 
semântico entre as palavras (estudante/aluno/discente). A homonímia 
trabalha a mesma palavra com significado diferente: manga (de roupa), manga 
“fruta” e manga “tubo de vidro ou cristal para lâmpadas”. A paronímia 
trabalha palavras parecidas, mas com sentidos diferentes: deferir/diferir, 
infligir/infringir. A antonímia trabalha o sentido oposto das palavras 
(mau/bom; feliz/triste). 
Gabarito: A 
 
Questão 3: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer 
para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, 
afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição, 
contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, 
as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e 
 
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multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras 
áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer 
amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos 
lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse 
tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar, limite o 
espaço. 
Analise o trecho: 
 
“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que 
você tem dúvida;” 
 
Qual das palavras a seguir confere sentido mais específico à palavra “coisa”? 
 
(A) Insegurança. (B) Situação. (C) Atitude. 
(D) Distorção. (E) Configuração. 
Comentário: A palavra “coisa” tem sentido generalizante. A questão quer 
uma palavra que especifique o sentido. 
Pela estrutura sintática, percebemos que a palavra “coisa” seráespecificada após os dois-pontos. Na oração após os dois-pontos, há uma atitude 
a ser tomada (“não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida”). 
Veja: 
 
“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar ...” 
 
Assim, entendemos que a palavra “coisa” se refere a uma atitude 
(alternativa C). 
Gabarito: C 
 
Sentido e emprego dos vocábulos. 
 
Basicamente o sentido dos vocábulos tem relação com a sinonímia, 
antonímia e polissemia. 
 
Sinonímia: é um item de suma importância para a interpretação de textos e 
também para a coesão referencial, pois se pode retomar palavra anteriormente 
expressa por seu sinônimo, evitando a repetição viciosa. Há sinonímia quando 
duas ou mais palavras têm o mesmo significado em determinado contexto. 
 
O comprimento da sala é de oito metros. 
A extensão da sala é de oito metros. 
 
A substituição de comprimento por extensão não altera o sentido da 
frase, pois os termos são sinônimos. 
 
Em verdade, as palavras são sinônimas em certas situações, mas podem 
não ser em outras. É a riqueza da língua portuguesa falando mais alto. Pode-
se dizer, em princípio, que face e rosto são dois sinônimos: ela tem um belo 
rosto, ela tem uma bela face. Mas não se consegue fazer a troca de face por 
rosto numa frase do tipo: em face do exposto, aceitarei. 
 
Esse tema tem relação direta com a interpretação de texto. A prova 
normalmente lista expressões com o mesmo sentido contextual. Então o que é 
mais importante é a atenção na interpretação. 
 
 
 
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TCE BA 2013 – Analista de Controle Externo (banca FGV) 
Retrato da violência 
 
A entrega do Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito 
da Violência Contra a Mulher (CPど MIVCM) à presidente Dilma Rousseff, em 
sessão solene do Congresso Nacional, foi um marco na luta das mulheres 
brasileiras pela garantia de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à 
violência de gênero. 
O relatório se constitui no mais completo diagnóstico sobre a situação 
das políticas públicas de enfrentamento a esse tipo de violência no Brasil, e o 
ato de sua entrega representou o compromisso dos poderes Executivo e 
Legislativo com a luta das mulheres brasileiras, por igualdade nas relações de 
gênero em todos os espaços da vida em sociedade. 
A presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso de adotar as 
propostas da CPMI na implementação de políticas públicas para combater a 
violência doméstica e sexual no país. No Senado, já estão em tramitação os 
projetos apresentados pela CPMI. 
Na semana passada, foram aprovados quatro, que seguem, agora para 
a Câmara dos Deputados. São eles: 
o que classifica a violência doméstica como crime de tortura; 
o que garante o atendimento especializado no SUS às vítimas de 
violência; 
o que assegura benefício temporário da Previdência às vítimas, e, 
o que exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os 
agressores. 
Outros três projetos já estão em análise na Comissão de Constituição, 
Justiça e Cidadania (CCI) do Senado. 
Decorrente da preocupação com o fato de o Brasil ocupar o 7º lugar 
entre os 84 países que mais matam mulheres em todo o mundo, com uma 
taxa de homicídios de 4,6 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres, a 
CPMI faz 73 recomendações aos três poderes constituídos e aos estados 
visitados. 
Todas as recomendações se fazem procedentes. A sociedade brasileira 
conhece o incômodo problema de violência contra a mulher. Pesquisa 
realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que 54% das 
pessoas entrevistadas disseram conhecer uma mulher que já foi agredida por 
um parceiro, enquanto 56% afirmaram que conhecem um homem que já 
agrediu uma companheira. 
Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do relatório final da 
CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é praticada contra 
as mulheres em todos os estados brasileiros, por companheiros, namorados 
ou exどmaridos. 
(Ana Rita e Ângela Portela, senadoras) 
Questão 4: No texto há uma série de referências à vida política. Nesse 
sentido, assinale a alternativa em que a explicação dada é inadequada. 
 
(A) Comissão Parlamentar Mista de Inquérito = comissão destinada à 
investigação de algo, formada por parlamentares de diferentes partidos. 
 
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(B) Sessão solene = sessão formada especialmente para a celebração de ato 
político ou de homenagem. 
(C) Políticas públicas = atos políticos que se destinam à proteção das 
camadas populares. 
(D) Tramitação de projetos = percurso jurídico e político de um projeto. 
(E) Implementação de políticas = medidas de efetivação dessas políticas. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois tal comissão realmente é 
constituída de parlamentares de diferentes partidos com o objetivo de 
investigar algo. 
A alternativa (B) está correta, pois ato solene tem o objetivo de 
celebração. O contexto nos deixa claro que há a celebração por ser um marco 
na luta das mulheres brasileiras pela garantia de seus direitos. 
A alternativa (C) é a errada, haja vista que o contexto nos mostra que 
tais políticas são voltadas ao enfrentamento à violência contra a mulher. 
Certamente, tal problema não é típico apenas das camadas populares, como 
afirma esta alternativa, por isso há erro. 
A alternativa (D) está correta, poi s “tramitação” significa percorrer. Tal 
projeto tem efeito jurídico e político. Por isso, “tramitação de projetos” 
significa percurso jurídico e político de um projeto. 
A alternativa (E) está correta, pois implementar significa efetivar, isto é, 
ações que efetivem algo. 
Gabarito: C 
 
Questão 5: “...foi um marco na luta das mulheres brasileiras pela garantia 
de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à violência de gênero”. 
 
O termo sublinhado tem a função textual de 
 
(A) enfatizar a afirmação anterior. 
(B) retificar uma informação dada. 
(C) ressaltar o alcance político do projeto. 
(D) destacar um fato particular. 
(E) explicitar quais os direitos aludidos anteriormente. 
Comentário: O advérbio “principalmente” tem o valor de restringir, de 
afunilar determinada situação ou determinado grupo perante outros, dando-
lhe destaque, sobreposição. 
Assim, entendemos que houve um marco na luta das mulheres 
brasileiras pela garantia de seus direitos, destacando dentre eles o 
enfrentamento à violência de gênero. 
Assim, cabe a alternativa (D) como a correta. 
Cabe observar que a expressão “fato particular”, nesta alternativa, 
não tem relação com fato envolvendo uma única pessoa, como supostamente 
alguns poderiam interpretar. Na realidade, particular aí não tem vínculo 
pessoal, mas especificador, restringindo, afunilando a um tema: a violência 
contra a mulher. 
A alternativa (A) está errada, pois não se quis enfatizar o elemento 
anterior (direitos), mas o posterior: o enfrentamento à violência de gênero. 
A alternativa (B) está errada, pois não houve retificação (correção) de 
informação anterior. 
 
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A alternativa (C) está errada, pois não houve um alcance apenas 
político, mas também jurídico. 
A alternativa (E) está errada, pois não se quis explicar o elemento 
anterior (direitos). 
Gabarito: D 
 
Questão 6: “Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do 
relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é 
praticada contra as mulheres em todos os estados brasileiros”. 
 
O vocábulo sublinhado no início do segmento do texto acima significa que 
 
(A) os fatos apresentados são incompletos.(B) os dados fornecidos são passíveis de crítica. 
(C) os casos narrados são fornecidos por vítimas receosas de vingança. 
(D) as informações exemplificam problemas diversos. 
(E) os testemunhos prestados são falhos. 
Comentário: Pelo contexto, podemos observar que “fragmentos desta 
realidade” são exemplos concretos, fatos dessa situação, os quais 
compuseram o relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica 
e sexual contra as mulheres. 
Agora, devemos encontrar uma alternativa que de certa forma confirme 
essa ideia. 
A alternativa (A) está errada, pois a palavra “fragmentos” não está 
sendo empregada com o sentido de ação incompleta, mas apenas de recorte 
importante de fatos que comprovam a relevância do tema. 
A alternativa (B) está errada, pois a palavra “fragmentos” inicia 
expressão de comprovação da informação anterior. Assim, não se entende 
abertura para críticas. 
A alternativa (C) está errada, pois a informação de que haveria casos 
fornecidos por vítimas receosas de vingança extrapolou os dados do texto e 
não se confirma neles. 
A alternativa (D) é a correta. Veja que ela é bem generalista: as 
informações exemplificam problemas diversos. O texto anteriormente 
informou a respeito de que, em mais da metade das pessoas entrevistadas, a 
agressão ocorre pelo próprio parceiro. Além disso, 56% afirmaram que 
conhecem um homem que já agrediu uma companheira. Assim, essas 
informações exemplificam o problema psicológico que envolve a família, o 
mascaramento do problema por ser agressão dentro de casa, o contexto com 
os filhos, dentre tantos outros problemas que advêm disso. 
A alternativa (E) está errada, pois o texto não abre a possibilidade de 
interpretação de que os testemunhos foram falhos. 
Gabarito: D 
 
Questão 7: SSP AM 2015 Técnico de nível superior (banca FGV) 
“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander 
 
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os 
problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para a 
saúde física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática – 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 7 DE 59 
 
 
 
 
 
 
que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas 
experiências pessoais a uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda 
aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham 
sido relacionados. A ideia de que todas as tecnologias são “neutras” e 
constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é 
assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma reforma da 
televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma 
tecnologia como a do armamento». 
“...é assim abertamente posta em causa nesta obra”; a expressão 
sublinhada significa que a ideia destacada vai ser: 
 
(A) confirmada; 
(B) corrigida; 
(C) discutida; 
(D) combatida; 
(E) ampliada. 
Comentário: Quando se põe em causa um assunto, quer-se o debate. Assim, 
o autor afirma que a ideia de que todas as tecnologias são “neutras” e 
constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é 
assim abertamente discutida, debatida na obra. 
Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 8: FIOTEC 2010 Agente Comunitário (banca Funrio) 
Fragmento do texto: Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um 
processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões 
no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de 
infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, 
além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. 
Em “desenvolvimento cognitivo e emocional”, “cognitivo” refere-se a 
 
A) afeto. 
B) conhecimento. 
C) equilíbrio. 
D) sentimento. 
E) comoção. 
Comentário: Cognitivo é tudo aquilo que tem relação com cognição, 
conhecimento. Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 9: Auditor-Fiscal da Receita Federal – 2012 (banca ESAF) 
Fragmento do texto: A democracia de 1985, aliás, foi além da instituída em 
1946, porque permitiu o voto do analfabeto, liberou os partidos comunistas e, 
com o voto eletrônico e a propaganda na TV, fez despencar a fraude e a 
influência do coronelismo. Então, por que teimamos em renegar nossa 
responsabilidade na escolha de maus políticos? 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
O sentido do verbo “renegar”, tal como empregado na penúltima linha 
do texto, equivale ao de renunciar, rejeitar, prescindir de. 
 
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Comentário: A afirmativa está correta, pois “renegar” tem o sentido de 
“dispensar”, “renunciar”, “rejeitar”. Note que imprescindível é aquilo que é 
necessário, então a expressão “prescindir de” é o contrário, isto é, dispensar, 
rejeitar. 
Gabarito: C 
 
Questão 10: Secretaria de Fazenda RJ 2010 (banca ESAF) 
Assinale a opção incorreta em relação ao texto abaixo. 
 
1 O desemprego é cruel porque solapa um dos mais importantes valores do 
homem: a dignidade. Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais foram 
construídas ao longo dos séculos com o objetivo de imunizar a sociedade 
dessa praga. Especialmente na Europa Ocidental, os governos 
5 trataram de prover seus países de mecanismos de contenção dos choques 
provocados pela falta de trabalho: seguro-desemprego, bolsa- 
alimentação, previdência social e outros. 
Alguns observam que os resultados não são expressivos. Outro jeito de avaliá-
los é levar em conta os enormes estragos econômicos, sociais e 10 
principalmente políticos que sobreviriam se toda essa estrutura de 
seguridade social não tivesse sido montada. 
(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010, com adaptações) 
a) O termo “porque”( .1) estabelece uma relação de causa e 
consequência entre as ideias do período. 
b) A palavra “solapa”( .1) está sendo empregada no sentido de 
destrói, abala, mina. 
c) O trecho “Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais foram 
construídas”( .2 e 3) admite ser corretamente substituído por 
Construíram-se dezenas de utopias e de arquiteturas sociais. 
d) A expressão “dessa praga”( .4) retoma de forma coesiva a ideia de 
“desemprego”. 
e) Em “avaliá-los”( .9) o pronome “-los” retoma o antecedente “Alguns”. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a conjunção “porque” inicia 
uma oração subordinada adverbial causal. Veja que podemos substituir esta 
conjunção por “pois”, “porquanto”, “já que” etc. Veja: 
O desemprego é cruel pois solapa um dos mais importantes valores do 
homem: a dignidade. 
 
O desemprego é cruel já que solapa um dos mais importantes valores do 
homem: a dignidade. 
 
Quando há uma oração subordinada adverbial causal, temos o motivo da 
informação da oração principal, a qual é entendida como consequência. Assim, 
percebemos que “O desemprego é cruel” é a oração principal e possui o valor 
de consequência (resultado), e o motivo (a origem) é expresso pela oração 
“porque solapa um dos mais importantes valores do homem: a dignidade”. 
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “solapar” tem o sentido 
de arruinar, destruir. Assim, subentendemos também os verbos 
“abalar” e “minar”. 
A alternativa (C) está correta. Houve apenas a transformação da voz passiva 
analítica em sintética. O verbo “Construíram” é transitivo direto, “se” é 
 
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o pronome apassivador, e o sujeito paciente é “dezenas de utopias e de 
arquiteturas sociais” 
A alternativa (D) está correta. Veja que “desemprego” é 
caracterizado como “cruel”. Isso permite que o autor utilize um 
vocábulo depreciativo,como “praga” para fazer referência a ele. 
A alternativa (E) é a errada, pois o pronome “-los” retoma o 
substantivo “resultados”, e não o pronome “Alguns”. 
Gabarito: E 
 
Questão 11: Secretaria de Fazenda RJ 2010 (banca ESAF) 
1 Se a primeira etapa da crise mundial, deflagrada por insolvências no 
mercado de hipotecas americano, serviu de álibi para o governo partir do 
diagnóstico correto de que era preciso aumentar os gastos para executar 
os gastos errados — por não poderem ser cortados depois, na 
5 hora de evitar pressões inflacionárias —, agora a crise na Europa mostra o 
outro lado dessas liberalidades fiscais: a quebra técnica de países. 
Entre as causas dos desequilíbrios orçamentários acham-se 
injeções de recursos no mercado para evitar a desestabilização total do 
sistema financeiro, criando déficits agravados pela recessão de 2009 e a 
10 consequente retração na coleta de impostos. Mas há também muita 
irresponsabilidade na concessão de aumentos a servidores públicos, 
ampliação insensata de benefícios previdenciários e assistenciais. 
Os desequilíbrios europeus, mais graves na Grécia, na Espanha, em 
Portugal, na Irlanda e na Itália, funcionam como peça pedagógica para 
15 Brasília, onde muitos bilhões em aumento de despesas têm sido 
contratados. 
(O Globo, Editorial, 28/5/2010) 
Assinale a opção que apresenta o sentido em que a palavra está sendo 
empregada no texto. 
 
a) deflagrada( .1) terminada 
b) insolvências( .1) inadimplências 
c) álibi( .2) acusação 
d) injeções( .8) subtrações 
e) pedagógica( .14) deseducativa 
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o vocábulo “deflagrada” tem 
o sentido de “ocorrida”. Note que “terminada” tem o sentido de finalizada. 
Assim, está fora do que o contexto permite interpretar. 
A alternativa (B) é a correta, porque “ solvência” é a qualidade do 
“solvente” (aquele que paga). Com a inserção do prefixo de negação “in”, 
temos o vocábulo “insolvência” tendo, então, o sentido contrário: aquele que 
não paga (inadimplente). 
A alternativa (C) está errada, pois “álibi” é o meio de defesa que o réu 
apresenta provando sua presença, no momento do crime ou do delito, em lugar 
diferente daquele em que este foi cometido. Já “acusação” é a imputação 
do crime, incriminação. 
A alternativa (D) está errada, pois “injeções” tem sentido de 
adição e não de subtração. 
 
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A alternativa (E) está errada, pois “pedagógica” é referente à educação. 
Já o adjetivo “deseducativa” é o contrário. 
Gabarito: B 
 
Antonímia 
 
Requer os mesmos cuidados da sinonímia. Na realidade, tudo é uma 
questão de bom vocabulário. Antonímia é o emprego de palavras de sentido 
contrário, oposto. 
 
Ex.: É um menino corajoso. É um menino medroso. 
 
Questão 12: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV) 
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas 
que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos 
carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo 
abertamente esquecer o caso por uma boa propina.” 
 
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser 
considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo: 
 
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas. 
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração. 
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão. 
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos. 
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios. 
Comentário: No pedido da questão, a palavra “má” indica a qualidade ruim da 
sinalização. A palavra “boa” significa grande quantidade. Assim como neste 
contexto não ocorrem antônimos (sentidos opostos), devemos achar uma 
alternativa que também não haja esse sentido oposto. 
Na alternativa (A), “boa” e “má” transmitem sentidos opostos. O 
primeiro com valor positivo e o segundo negativo. Assim também percebemos 
nas alternativas (B), (D) e (E). 
Porém, na alternativa (C), o adjetivo “má” transmite uma ideia de 
característica negativa, enquanto “boa” transmite uma intensificação, isto é, 
uma repreensão exemplar, profunda. Assim, não são antônimos. 
Gabarito: C 
 
Questão 13: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV) 
 
“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem 
exultante nem deprimente, não há maniqueísmo.” 
 
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos 
(bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é: 
 
a) transferido/mantido; 
b) inédito/desconhecido; 
c) impávido/orgulhoso; 
d) eficaz/eficiente; 
e) habitual/inóspito. 
Comentário: Os pares marcam uma relação antônima, isto é, de sentidos 
contrários. 
 
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Assim, a alternativa (A) é a correta, pois “transferido” transmite 
uma ideia de mudança; já “mantido” uma ideia de estagnação. Assim, há 
antônimo, oposição! 
Na alternativa (B), “inédito” tem sentido daquilo que é original, 
incomum; já “desconhecido” significa aquilo que não é conhecido. Não são 
palavras sinônimas, nem antônimas. 
Na alternativa (C), “impávido” tem sentido de destemido; já 
“orgulhoso” é aquele que é altivo, vaidoso. Não são palavras sinônimas, nem 
antônimas. 
Na alternativa (D), de certa forma “eficaz” e “eficiente” têm 
aproximação semântica. Em determinadas áreas profissionais, há diferença de 
aplicação. Mesmo assim, os dicionários as caracterizam como sinônimas. 
Na alternativa (E), “inóspito” é o lugar de difícil acesso, em que não 
se consegue viver; já “habitual” é aquilo que é comum, rotineiro. Não são 
palavras sinônimas, nem antônimas. 
Gabarito: A 
 
Questão 14: Prefeitura de Recife 2015 Agente (banca FGV) 
Entrevista com Maria Egler Mantoan 
 
O que é inclusão? 
 
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o 
privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A 
educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante 
com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os 
superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por 
qualquer outro motivo. 
Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e 
até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar 
com, é interagir com o outro. 
 
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores? 
 
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, 
para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam 
por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os 
preconceitos. 
A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela 
classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. 
Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma 
vida cidadã pela metade. 
Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, 
valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, 
professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação. 
(Extraído de www.revistaescola.abril.com.br) 
Assinale a alternativa que, segundo o texto, apresenta a oposição entre não 
inclusão e inclusão. 
 
(A) estar junto X estar com 
(B) conviver X compartilhar 
 
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(C) interagir X aglomerar 
(D) comprometimento mental X superdotados 
(E) entender X reconhecer 
Comentário: Note que a questão não pede apenas uma simples relação de 
oposição, mas tal relação entre a não inclusão e a inclusão. 
Assim,percebemos que o primeiro parágrafo conceitua a inclusão, com 
expressões que envolvem o compartilhamento, como “entender e reconhecer o 
outro”, “conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”. 
Porém, no segundo parágrafo, o conectivo “Já” transmite valor de 
contraste, oposição, entre apenas estar junto, aglomerando-se, e estar com 
alguém, interagindo com o outro. 
Dessa forma, conseguimos perceber que o conectivo “já” reforça a 
oposição entre “estar junto” e “estar com”, pois o segundo transmite a ideia 
de compartilhamento, algo que o primeiro não contém. 
A alternativa correta, portanto, é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 15: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: O esquema é tão organizado que, além dos uniformes 
produzidos e bancados pelos próprios jogadores, um juiz profissional é 
convocado para apitar a partida. A árdua missão de pôr ordem na casa fica 
para o professor Rafael. Para ele, a regra é clara. 
De acordo com o fragmento, o professor Rafael tem uma “...árdua 
missão...”. Dentre as palavras abaixo, aquela que significa o CONTRÁRIO 
da palavra em destaque é 
 
(A) difícil. (B) trabalhosa. (C) complicada. (D) fácil. (E) penosa. 
Comentário: Pelo contexto e pelo valor semântico da palavra, não resta 
dúvida de que o contrário de “árduo” é “fácil”. 
Gabarito: D 
 
Polissemia: capacidade que as palavras têm de assumir significados variados 
de acordo com o contexto. 
 
Ele anda muito. Mário anda doente. Aquele executivo só anda de avião. Meu 
relógio não anda mais. 
O verbo andar tem origem no latim ambulare. Possui inúmeros 
significados em português, dos quais destacamos apenas quatro. Trata-se, 
pois, de uma mesma palavra, de uso diverso na língua. Nas frases do exemplo, 
significa, respectivamente, caminhar, estar, viajar e funcionar. 
 
Questão 16: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV) 
“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com 
a promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o 
direito de patentes...”. 
 
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a 
opção em que o sentido desse mesmo verbo está corretamente indicado é: 
 
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar; 
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer; 
 
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(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar; 
(D) deu na TV que vai chover / assistir; 
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois se entende que alguém 
entregou o dinheiro (doou) a um necessitado. 
Na alternativa (B), o verbo “deram” tem o sentido de “troca”: 
trocaram uma joia pelo quadro. 
Na alternativa (C), tem o sentido de pagamento: pagaram-lhe 100 mil 
reais pela estatueta. 
Na alternativa (D), tem o sentido de informação, afirmação, 
cientificação: informou-se na TV que vai chover. 
Na alternativa (E), tem o sentido de bom desempenho: elas sempre têm 
bom desempenho nas provas. 
Gabarito: A 
 
Questão 17: TCE BA 2013 – Agente público (banca FGV) 
Fragmento do texto: As cidades são os centros da atividade econômica da 
Europa, assim como da inovação e do emprego. Mas também elas se debatem 
com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência para a 
suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas 
urbanas e os problemas resultantes de um crescente congestionamento. 
Problemas tão complexos como esses requerem imediatamente respostas 
integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego, 
bem como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e 
de coesão europeias têm como objetivo fazer face a estes desafios. 
Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento 
urbano para o período entre 2007 e 2013, o que representa 6,1% do 
orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante, 3,4 mil 
milhões de euros destinamど se à reabilitação de sítios industriais e terrenos 
contaminados, 9,8 mil milhões de euros a projetos de regeneração urbana e 
rural, 7 mil milhões de euros a transportes urbanos limpos e 917 milhões de 
euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da 
investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da 
saúde e da cultura têm também um impacto significativo nas cidades. 
“Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano 
para o período entre 2007 e 2013”. 
 
O verbo “afetar”, nesse segmento do texto, tem o seguinte significado: 
 
(A) “fingir; simular”. 
(B) “produzir lesão em”. 
(C) “afligir, comover, abalar”. 
(D) “aplicar em”. 
(E) “apresentar a forma de”. 
Comentário: O verbo “afetar” tem vários sentidos possíveis: 
1. Fingir; simular: A imagem de bonzinho afetou a de uma pessoa honesta. 
2. Produzir lesão em; lesar: A tuberculose afetou-lhe o pulmão direito. 
3. Afligir, comover, abalar: Afetou-o muito a morte do amigo. 
4. Dizer respeito a; concernir, interessar: Afirmou que, naquilo que o afetava, 
 
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nada tinha a opor. 
5. Apresentar, imitar (a forma de uma coisa ou de um ser): afetar a forma de 
um losango. 
Mas cabe aqui mais um sentido, o que se encontra neste contexto. Veja que o 
verbo “afetar”, no texto, é transitivo direto e indireto e se encontra na 
voz passiva: Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao 
desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013. 
Assim, entendemos que cerca de 21,1 milhões de euros foram afetados 
ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013, isto é, 
aplicados no desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013. 
Assim, a alternativa correta só pode ser a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 18: FURP 2010 Assistente Administrativo (banca Funrio) 
TEXTO: TREM DAS ONZE 
 
Não posso ficar nem mais um minuto com 
você. Sinto muito, amor, mas não pode ser. 
Moro em Jaçanã... Se eu perder esse trem, 
Que sai agora às onze horas, 
Só amanhã de manhã. 
 
E além disso, mulher, tem outra coisa: 
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar. 
Sou filho único, tenho minha casa para olhar. 
Eu não posso ficar... 
(Adoniran Barbosa: CD “Demônios da Garoa – série BIS”. EMI, 2007, disco 2, faixa 02) 
 
Ao dizer, quase ao final da canção, que tem “uma casa para olhar”, o 
eu-poético emprega o verbo olhar com o mesmo valor semântico que se 
encontra em 
 
A) A cartomante olhava as cartas uma a uma. 
B) A menina é tão nova e já olha o irmãozinho. 
C) Os atletas olhavam entusiasmados para o gramado. 
D) Alguns olhavam minhas ordens com desconfiança. 
E) Olhe bem suas palavras para não se arrepender. 
Comentário: A palavra “olhar”, no contexto da música, significa tomar 
conta, cuidar. 
Na alternativa (A), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”, 
“observar”. 
A alternativa (B) é a correta, pois se percebe que a menina, mesmo 
sendo nova, toma conta do irmão, tem cuidado com ele. 
Na alternativa (C), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”, 
“observar”. 
Na alternativa (D), o verbo “olhar” tem o sentido de “perceber”, 
“examinar”, “sondar”. 
Na alternativa (E), o verbo “olhe” tem o sentido de prestar atenção, 
tomar cuidado. 
Gabarito: B 
 
 
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Questão 19: Investe Rio 2010 Administrador (banca Funrio) 
Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo portam o mesmo 
sentido. 
 
A) Com a finalidade de aplicar o que aprendera com seu avô, ele aplicou 
todos os seus recursos em ações imobiliárias. 
B) A baleia azul chega a atingir seismetros de comprimento e quase nunca 
chega às costas sul-americanas. 
C) Ele viu que realmente estava com sede quando viu o companheiro tomar 
um refrigerante estupidamente gelado. 
D) Chamará toda a turma para vir à reunião, quando vir que os 
desentendimentos foram todos superados. 
E) Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se 
destacasse o mais importante. 
Comentário: Na alternativa (A), a primeira ocorrência do verbo 
“aplicar” significa pôr em prática, empregar; a segunda ocorrência significa 
investir. Vamos reescrever a frase com sinônimos: 
 
Com a finalidade de empregar o que aprendera com seu avô, ele investiu 
todos os seus recursos em ações imobiliárias. 
 
Na alternativa (B), a primeira ocorrência do verbo “chegar” 
significa atingir um ponto, alcançar; a segunda ocorrência significa atingir 
certo lugar, ir. Vamos reescrever a frase com sinônimos: 
 
A baleia azul alcança seis metros de comprimento e quase nunca vai às 
costas sul-americanas. 
 
Na alternativa (C), a primeira ocorrência do verbo “ver” significa 
perceber; a segunda ocorrência significa olhar. Vamos reescrever a frase com 
sinônimos: 
 
Ele percebeu que realmente estava com sede quando olhou o companheiro 
tomar um refrigerante estupidamente gelado. 
 
Na alternativa (D), a primeira ocorrência de “vir” significa deslocar-se, 
chegar; a segunda ocorrência, na realidade, é o verbo “ver” flexionado no 
tempo futuro do subjuntivo “vir” (quando eu vir os meus amigos, quando tu 
vires meus amigos, quando ele vir os meus amigos, quando nós virmos os 
meus amigos, quando vós virdes os meus amigos, quando eles virem os meus 
amigos. Assim, a segunda ocorrência significa “ver”, “observar”, “olhar”. 
Veja: 
 
Chamará toda a turma para deslocar-se à reunião, quando observar que os 
desentendimentos foram todos superados. 
 
A alternativa (E) é a correta, pois “destacar”, nos dois contextos, 
significam fazer sobressair, dar vulto ou relevo a: 
 
Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se 
destacasse o mais importante. 
 
Gabarito: E 
 
 
 
 
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Questão 20: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está 
INCORRETO na frase 
 
(A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão. 
(dedicar) 
(B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu) 
(C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior. 
(considerar) 
(D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros. 
(concedeu) 
(E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta) 
Comentário: Note que, na alternativa (D), podemos entender que “conceder” 
 
significa doar, dar algo a alguém. Isso não ocorreu no contexto. Nesta frase, o 
verbo “dar” encontra-se no sentido de “ocorrer”. 
Gabarito: D 
 
Questão 21: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) 
A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e 
integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um 
balde grande de plástico,” é: 
 
(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado. 
(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos. 
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas. 
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora. 
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar. 
Comentário: No contexto, o verbo “pegou” está no sentido de “apanhar”, 
“segurar”. 
(A): “pegam” tem o mesmo sentido de abstraem, entendem. 
(B): “Pegar” tem o mesmo sentido de conquistar, conseguir. 
(C): “Pegou” tem o mesmo sentido de receber algo por influência. 
(D): “Pegou” tem o mesmo sentido do verbo do pedido da questão: 
“apanhar”. Porém, a construção sintática é diferente. Este verbo é transitivo 
indireto, e o da frase da questão é transitivo direto. 
(E): “Pegou” tem o mesmo sentido da frase acima e a mesma 
regência: são transitivos diretos. Portanto, é a alternativa correta. 
Gabarito: E 
 
 
Figuras de linguagem. 
 
As palavras podem ser empregadas em sentido literal ou figurativo. Por 
esse motivo, elas são divididas em dois grupos: denotativo e conotativo. 
 
Denotação é o sentido literal da palavra. Por exemplo, podemos dizer: 
 
A onça é uma fera. 
 
O vocábulo “fera” significa “animal bravio 
e sentido literal. Mas, por associação, visto que as 
 
 
carnívoro”. Esse é o seu 
feras têm muita astúcia, 
 
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agilidade, agressividade, esse vocábulo ganha uma dimensão além do literal. É 
o que chamamos de conotação. Este sentido normalmente aparece nos 
dicionários com a abreviatura “fig.”. 
 
Por associação à ideia de agilidade, podemos dizer: 
 
Ele é uma fera no computador. 
 
Podemos, também, associá-lo à braveza: 
 
O meu chefe está uma fera comigo. 
 
Vamos a mais alguns exemplos de denotação, agora com a palavra 
“joia”: 
 
Essa joia em seu pescoço está há várias gerações em nossa família. 
O rubi é uma joia que encanta meus olhos. 
Aquele vaso, provavelmente chinês, é uma joia de raro acabamento. 
 
 
Vamos comparar com o sentido conotativo: 
 
Ela é uma joia de menina. 
Que joia esse cachorrinho! 
Minha irmã se tornou uma joia muito especial. 
 
Assim, podemos perceber que algumas vezes o sentido denotativo de 
uma palavra é estendido a um sentido conotativo. 
 
Questão 22: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV) 
“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência 
cometida pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção, 
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população jovem, 
terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em 
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas 
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”. 
 
Nesse segmento do texto, o termo empregado em sentido conotativo (ou 
figurado) é: 
 
(A) punição; 
(B) remédio; 
(C) violência; 
(D) população; 
(E) Estatuto. 
Comentário: A alternativa (B) é a correta, porque “remédio” é o 
recurso que serve para combater uma dor, uma doença, um mal-estar! Tal 
sentido foi estendido conotativamente para aquilo que ajuda a resolver ou 
diminuir as consequências de uma falta ou erro. Assim, a punição não seria o 
único remédio para a violência, isto é, não resolveria sozinho o problema da 
violência. 
As demais palavras estão em seu sentido pleno, real, denotativo. 
Gabarito: B 
 
 
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Questão 23: CTI 2012 Tecnologista Pleno (banca Funrio) 
Fragmento do texto: “Depois de liderar uma tocaia contra o inimigo de 
seu patrão, o jagunço Natário da Fonseca recebe alguns alqueires próximos ao 
palco da matança, onde passa a cultivar cacau. A chegada de comerciantes, 
prostitutas e ex-escravos dá vida e contorno ao comércio do arraial.” 
(Revista Literatura, nº 43. Junho/2012, p.64) 
Listam-se abaixo alternativas que contêm vocábulos retirados do texto. 
Assinale aquela em que se indica um termo cujo sentido não está em 
consonância com o que foi assumido no texto. 
 
A) alqueire: medida agrária, ainda usada no Brasil. 
B) ex-escravos: pessoas que deixaram de ser escravizadas. 
C) jagunço: capanga, valentão a serviço de alguém, para defendê-lo ou 
vingá-lo. 
D) palco: parte do teatro onde os atores representam. 
E) tocaia: emboscada; cilada; armadilha. 
Comentário: Ao lermos o texto, percebemos que a palavra “palco” 
está sendo usada em sentido conotativo, expressando, neste contexto, olugar onde a matança ocorreu. Logicamente, tal palavra não se encontra no 
sentido denotativo de parte do teatro, onde os atores representam. 
Gabarito: D 
 
 
 
Questão 24: Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012 (banca ESAF) 
1 Há evidências de um processo de fragilização da indústria nacional que, se 
não for detido, poderá em prazos mais longos prejudicar o desenvolvimento 
do país. 
A preocupação com o setor não é um fetiche antiquado. Apesar de a 
5 economia contemporânea propiciar outras fontes de criação de valor — 
como é o caso dos serviços, cada vez mais globalizados —, a indústria 
permanece como foco da incorporação de tecnologia e do aumento da 
produtividade. Ela exerce, além disso, efeito multiplicador sobre outras 
áreas. 
(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 9/9/2012) 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
A palavra “fetiche”( .4) está sendo empregada com o sentido figurado de 
objeto de obsessão, de aspiração. 
Comentário: A afirmativa está correta. Segundo o dicionário Aurélio, 
“fetiche” tem o sentido denotativo de: “objeto animado ou inanimado, feito 
pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural 
e se presta culto”. Esse sentido foi ampliado no texto com valor conotativo, 
figurado, de objeto de obsessão, de aspiração. Veja: 
 
“A preocupação com o setor não é uma aspiração antiquada.” 
“A preocupação com o setor não é uma obsessão antiquada.” 
Gabarito: C 
 
 
 
 
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Questão 25: Analista de Finanças e Controle - CGU 2008 (banca ESAF) 
Fragmento do texto: É preciso que sejam adotadas medidas indispensáveis 
para dar continuidade ao crescimento, entre elas os investimentos necessários 
à nossa infra-estrutura (energia elétrica, portos, rodovias e ferrovias), a 
melhoria no nível da educação, aprovação das reformas tributária, sindical, 
previdenciária e trabalhista e a desburocratização dos serviços públicos. Sem 
isso, estaremos condenados à costumeira gangorra de sempre, com números 
bons num ano e ruins no outro, eternos dependentes dos humores da 
economia mundial. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
A expressão “costumeira gangorra” ( . 6) está sendo empregada em sentido 
denotativo. 
Comentário: A palavra “gangorra” literalmente (denotativamente) significa 
um engenho manual, que permite a movimentação alternada de esteios. Por isso, 
é utilizado como diversão infantil (“balanço”), por pequenos produtores 
agrícolas etc. 
Esse movimento alternado pode ser estendido figurativamente 
(conotativamente) como instabilidade, segundo o emprego no texto. Assim, a 
expressão “costumeira gangorra” está sendo empregada com valor conotativo, 
e não denotativo. 
Gabarito: E 
 
Questão 26: MPOG 2009 – EPPGG (banca ESAF) 
Fragmento do texto: A pior fase da crise foi superada, a reação começou e a 
produção brasileira deve crescer neste ano 0,8%, segundo a nova projeção do 
Banco Central (BC), contida no Relatório de Inflação, uma ampla análise 
trimestral da economia nacional e do cenário externo. A estimativa é mais 
animadora que a dos especialistas do setor privado. A Confederação Nacional 
da Indústria (CNI) prevê uma contração de 0,4%. No setor financeiro, a bola 
de cristal dos economistas indicava, no começo da semana, um PIB 0,57% 
menor que o de 2008. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
A expressão “bola de cristal” ( .6,7) está sendo empregada no sentido 
denotativo de transparência. 
Comentário: O uso da expressão “bola de cristal” não é de sentido literal, 
denotativo; mas de sentido figurativo (conotativo). Não há literalmente uma 
bola de cristal, esta expressão foi utilizada remetendo à ideia de previsão, e 
não de “transparência”. 
Gabarito: E 
 
A linguagem figurada é expressa nas chamadas figuras de linguagem, as 
quais são definidas abaixo: 
 
1) Comparação ou símile: Consiste, como o próprio nome indica, em 
comparar dois seres, fazendo uso de conectivos comparativos¹ ligando o 
elemento comum² aos dois. 
 
Esse líquido é azedo² como¹ limão. 
A jovem estava branca² qual¹ uma vela. 
 
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2) Metáfora: Tipo de comparação em que não aparece o conectivo¹ nem o 
elemento comum² aos seres comparados. Acompanhe a numeração na 
explicação de cada exemplo, pois é justamente a omissão dos termos 
numerados que diferencia metáfora de comparação: 
 
“Minha vida era um palco iluminado...” 
(Minha vida era alegre, bonita² como¹ um palco iluminado.) 
 
Tuas mãos são de veludo. (Entenda-
se: mãos macias² como¹ o veludo) 
 
“A vida, manso lago azul...” 
(Neste exemplo, nem o verbo aparece, mas é clara a ideia da comparação: a 
vida é suave, calma² como¹ um manso lago azul.) 
 
3) Metonímia: Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma 
relação real, concreta, objetiva. Há vários tipos de metonímia. 
 
Sempre li Érico Veríssimo. (o autor pela obra) 
A pessoa não leu literalmente o Érico Veríssimo, leu as obras deste escritor. 
 
Ele nunca teve o seu próprio teto. (a parte pelo todo) 
Teto representa a moradia, o lar, a casa. 
 
Cuidemos da infância. (o abstrato pelo concreto: infância / crianças) 
A palavra “infância” representa “crianças”. 
 
Comerei mais um prato. (o continente pelo conteúdo) 
A pessoa não comeu literalmente o prato, mas a comida que ali estava. 
 
Ganho a vida com meu suor. (o efeito pela causa) 
O “suor” (consequência) é o resultado do “trabalho” (causa). Assim, 
“suor” está no lugar de “trabalho”. 
 
4) Perífrase: O prefixo “peri-” significa “em torno de”. Por isso, perímetro é a 
 
medida em torno da área. Dessa forma, fica mais fácil perceber que a perífrase não 
usa a objetividade, nem a concisão; ela “dá voltas” até chegar ao ponto. É 
o emprego de várias palavras no lugar de poucas ou de uma só: 
 
Se lá no assento etéreo onde subiste... (assento etéreo = céu) 
Morei na Veneza brasileira. (Veneza brasileira = Recife) 
Não provoque o rei dos animais. (rei dos animais = leão) 
 
5) Sinestesia: Consiste numa fusão de sentidos. Para ficar mais fácil guardar e 
não ter que decorar, veja a estrutura desta palavra: o prefixo “sin-” 
significa reunião, mistura e “estes(ia)” significa sensibilidade, sensação. Assim, 
sinestesia é a mistura de sensações, de sentidos. Para você nunca se 
esquecer, basta associar à estrutura da palavra “anestesia” (an=sem; 
estesia=sentido). Se anestesia significa sem sentido, sem dor; sinestesia é a 
mistura de sentidos... 
 
Despertou-me um som colorido. (audição e visão) 
Era uma beleza fria. (visão e tato) 
 
 
 
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6) Catacrese: É um tipo especial de metáfora. É a extensão de sentido que 
sofrem determinadas palavras na falta ou desconhecimento do termo 
apropriado. Essa extensão ocorre com base na analogia. Por isso, ela é uma 
variação da metáfora. Veja um exemplo: 
 
Leito do rio: essa expressão possui como núcleo o substantivo “leito”. 
Originariamente ele remete a uma armação em que as pessoas se deitam, 
como uma cama. Por extensão, usamos esta palavra para significar o lugar em que 
se deita (a criança se deita no leito materno, viajamos em ônibus “leito”, o 
fulano está no leito de morte). Assim, também entendemos que o rio está 
deitado sobre o leito por onde escoa suas águas. Não há expressão tão 
exemplificativa quanto “leito do rio” para imaginarmos o rio deitar-se sobre o 
terreno, concorda? Por essa facilidade no entendimento, a catacrese tem um 
largo uso na linguagem coloquial e naturalmente passa a ser tão usada pelos 
falantes epelos escritores, que passa a ser admitida na norma culta. 
Por processos semelhantes, temos outros exemplos. Para facilitar a 
observação da catacrese nesses exemplos, inseri algumas perguntas: 
“dente de alho” (alho tem dente?), “barriga da perna” (perna tem barriga?), 
“céu da boca” (o céu cabe na boca?), “folhas de livro” (livro é uma árvore?), 
“pele de tomate” (tomate é uma pessoa ou animal?), “cabeça de prego” (prego é 
uma pessoa ou animal?), “mão de direção” (direção tem braço?), “braço da 
poltrona” (poltrona é uma pessoa?), “pé da cama” (cama é uma pessoa?), “asa 
da xícara” (xícara é uma ave?), “sacar dinheiro no banco” (dinheiro é uma 
arma?), “embarcar num trem” (trem é barco?), “enterrar uma agulha no dedo” 
(dedo é terra?) etc. 
 
7) Antonomásia: Quando designamos uma pessoa por uma qualidade, 
característica ou fato que a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o 
mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto 
(descritivo, especificativo etc.) do nome próprio. 
 
Exemplos: 
"E ao rabi simples, que a igualdade prega” (rabi simples = Cristo) 
 
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) 
 
O poeta dos escravos (= Castro Alves) 
O Dante Negro (= Cruz e Souza) 
O Corso (= Napoleão) 
 
8) elipse (também conhecida como zeugma): Omissão de um termo, 
geralmente verbo, empregado anteriormente. 
 
“A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.” 
“São estas as tradições das nossas linhagens; estes os exemplos de 
nossos avós.” 
 
Na primeira frase, está subentendida a forma verbal “legisla”; na segunda está 
subentendido o verbo “são”. 
 
9) Pleonasmo: Repetição enfática de um termo ou de uma ideia. 
O pátio, ninguém pensou em lavá-lo. (lo = O pátio) 
Vi o acidente com olhos bem atentos. (Ver só pode ser com os olhos.) 
 
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10) Polissíndeto: Repetições da conjunção, geralmente “e”. 
“Trejeita, e canta, e ri nervosamente.” (Padre Antônio Tomás) 
“E treme, e cresce, e brilha, e afia o ouvido, e escuta.” (Olavo Bilac) 
 
 
11) Hipérbato (inversão, quiasmo): É a inversão da ordem dos termos na 
oração ou das orações no período. 
“Aberta em par estava a porta.” (Almeida 
Garrett) “Essas que ao vento vêm 
 
12) Hipálage: quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que 
pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase. Veja um exemplo: 
 
“O nado branco dos cisnes o fascinou.” (na realidade, os cisnes é que são brancos) 
“Acompanhava o voo negro dos urubus.” 
 
13) Anacoluto: É a quebra da 
estruturação sintática, de que resulta ficar um termo sem função sintática no 
período. É parecido com um dos tipos de pleonasmo. 
Ex.: O jovem, alguém precisa falar com ele. 
 
Observe que o termo O jovem pode ser retirado do texto. Ele não se 
encaixa sintaticamente no período. Caso disséssemos Com o jovem, teríamos 
um pleonasmo: com o jovem = com ele. 
 
14) Silepse: Concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e 
não com o próprio termo. Pode ser: 
 
a) de gênero 
Ex.: Vossa Senhoria é bondoso. 
A concordância normal seria bondosa, já que Vossa Senhoria é do 
gênero feminino. Fez-se a concordância com a ideia que se possui, ou seja, 
trata-se de um homem. 
 
b) de número 
Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta. 
O segundo verbo do período deveria concordar com grupo. 
Mas a ideia de plural contida no coletivo leva o falante a flexionar o verbo 
no plural: conversavam. Tal concordância anormal não deve ser feita com o 
primeiro verbo. 
 
c) de pessoa. 
Ex.: Os brasileiros somos otimistas. 
Em princípio, deveríamos dizer são, pois o sujeito é de terceira pessoa 
do plural. Mas, por estar incluído entre os brasileiros, é possível colocar o 
verbo na primeira pessoa: somos. 
 
15) Onomatopeia: Palavra que imita sons da 
natureza. Ex.: O ribombar dos canhões nos assustava. 
Não aguentava mais aquele tique-taque insistente. 
“Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” 
(Machado de Assis) 
 
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 (na realidade, os urubus é 
que são negros) 
 
 
 
 
16) Antítese: Emprego de palavras ou expressões de sentido oposto. 
Ex.: Era cedo para alguns e tarde para outros. 
“Não és bom, nem és mau: és triste e humano.” (Olavo Bilac) 
 
 
Observação: a antítese tem um aprofundamento chamado de paradoxo ou 
oxímoro. Enquanto a antítese ocorre por haver a aproximação de opostos, 
como nos dois exemplos anteriores, o paradoxo é um mesmo elemento com 
características opostas, contraditórias. 
Um exemplo emblemático é o seguinte poema de Luiz Vaz de Camões, o 
qual caracteriza o “amor” como um sentimento contraditório: 
 
Amor é fogo que arde sem se ver, 
é ferida que dói, e não se sente; 
é um contentamento descontente, 
é dor que desatina sem doer. 
 
 
17) Apóstrofe: Chamamento, invocação de alguém ou algo, presente ou 
ausente. Corresponde ao vocativo da análise sintática. 
 
“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?!” (Castro Alves) “Erguei-
vos, menestréis, das púrpuras do leito!” (Guerra Junqueiro) 
 
18) Eufemismo: É a suavização de uma ideia desagradável. Chamado de 
linguagem diplomática. 
Minha avozinha descansou. (morreu) 
Ele tem aquela doença. (câncer) 
Você não foi feliz com suas palavras. (foi estúpido, grosseiro) 
 
 
19) Hipérbole: Consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade. 
Tenho milhares de coisas para fazer. 
Estava quase estourando de tanto rir. 
Vive inundado de lágrimas. 
 
 
20) Ironia: Consiste em dizer-se o contrário do que se quer. É figura muito 
importante para a interpretação de textos. 
“Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma 
porta, um amor.” (Mário de Andrade) 
Observe que, após chamar a moça de burra, o poeta encerra a estrofe 
com um aparente elogio: um amor. 
 
21) Prosopopeia ou personificação: Consiste em se atribuir a um ser 
inanimado ou a um animal ações próprias dos seres humanos. 
 
A areia chorava por causa do calor. 
As flores sorriam para ela. 
 
 
 
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22) homeoteleuto: consiste na correspondência fonética das terminações da 
última sílaba de uma oração ou verso: Estudando e trabalhando. Cantar e 
amar. 
 
 
Veja a aplicação disso!!! 
 
 
Questão 27: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz 
humor apoiada numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa 
denominada: 
 
(A) metáfora; 
(B) metonímia; 
(C) hipérbole; 
(D) pleonasmo; 
(E) catacrese. 
Comentário: Certamente, a redução da maioridade não chegaria a tanto, 
concorda? Nem nasceu e já teria cometido um delito?! Pois é, neste caso, 
notamos um exagero! Isso é a hipérbole! 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
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Questão 28: CM Caruaru - PE 2015 – Analista Legislativo (banca FGV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O humor da charge se estrutura com base em 
 
a) uma metáfora. 
b) uma metonímia. 
c) um pleonasmo. 
d) uma silepse. 
e) uma catacrese. 
Comentário: Devemos analisar a fala do repórter e associar à imagem. Ele 
afirma que o assunto está sendo debatido no Congresso e a imagem nos 
mostra duas panelas de pressão bem aquecidas. 
Isso nos leva a comparar o debate caloroso com o fervor da água na 
panela sob pressão, o que nos faz entender que o debateestá agitado, sem 
ainda conciliações. 
Como há uma comparação ideológica, entendemos que há uma 
metáfora. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 29: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Fiscal (banca FGV) 
Fragmento do texto: Mas uma minoria da humanidade sobreviveu à 
evolução aleijada da empatia. São os psicopatas. Eles são algo diferente dos 
humanos, embora dotados da mesma racionalidade que nos define como 
espécie. São seres mutilados da emoção e, por isso, incapazes de sentir pelos 
outros. Isso os levou a assumir o papel representado na ecologia por parasitas 
e predadores. 
Ao dizer que os psicopatas assumem o papel de parasitas e predadores, o 
autor do texto apelou para uma figura de linguagem denominada: 
 
(A) metonímia; 
(B) pleonasmo; 
(C) anacoluto; 
(D) eufemismo; 
(E) metáfora. 
 
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Comentário: Houve uma comparação ideológica e ela é patente na expressão 
“representado na ecologia por”. Assim, podemos inferir a seguinte 
informação: os psicopatas são parasitas e predadores. Por isso, a alternativa 
correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 30: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Fiscal (banca FGV) 
Fragmento do texto: A um computador não se olha de cima, como se olhava 
uma máquina de escrever. Ele nos olha na cara. Tela no olho. A máquina de 
escrever fazia o que você queria, mesmo que fosse a tapa. Já o computador 
impõe certas regras. Se erramos, ele nos avisa. Não diz “Burro!”, mas está 
implícito na sua correção. Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais 
coisas, e está subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele 
sabe. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando estiver sendo 
programado por um igual. Isto é, outro computador. A máquina de escrever 
podia ter recursos que você também nunca usaria (abandonei a minha sem saber 
para o que servia “tabulador”, por exemplo), mas não tinha a mesma 
empáfia, o mesmo ar de quem só aguenta os humanos por falta de coisa 
melhor, no momento. 
O computador é personificado no texto, atribuindo-se-lhe ações humanas. 
Assinale o segmento que não comprova essa afirmativa. 
 
a) “Ele nos olha na cara. Tela no olho.” 
b) “Já o computador impõe certas regras.” 
c) “Se erramos, ele nos avisa.” 
d) “Não diz ‘Burro!’.” 
e) “Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais coisas, e está 
subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele sabe.” 
Comentário: Na alternativa (A), veja que olhar é uma ação humana. Não se 
pode dizer que é uma ação somente do ser humano, pois também os animais 
olham, mas se deve notar que este contexto mantém um suposto embate 
entre um ser que raciocina e uma máquina. Por isso, entendemos a ação de 
olhar especificamente como ação humana. 
Na alternativa (B), a ação de impor algo não é propriamente do ser 
humano, pois uma circunstância pode impor algo, um obstáculo pode impor 
outra ação. Assim, esta é a alternativa que desvirtua das demais. 
Na alternativa (C), a ação de avisar é própria do ser humano. 
Na alternativa (D), a ação de afirmar algo, falar, dizer é do ser humano. 
Na alternativa (E), a característica de ser inteligente é própria do ser 
humano. 
Observação: Mesmo a alternativa (E) não apresentando propriamente 
uma ação, como pede a questão, em comparação com a alternativa (B), 
sabemos que esta não apresenta ação ou característica humana, por isso 
realmente a alternativa (B) é a que devemos marcar. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
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Questão 31: DPE-RJ 2014 – Técnico-Superior Administração (banca FGV) 
Fragmento do texto: Não foram os americanos que inventaram o shopping 
center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na 
Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter 
Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram 
os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à 
prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os 
outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, 
neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, 
pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são 
civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de 
não serem invadidas pelos males da rua. 
Ao dizer que os shoppings são “cidades", o autor do texto faz uso de 
um tipo de linguagem figurada denominada . 
 
a) metonímia. 
b) eufemismo 
c) hipérbole. 
d) metáfora. 
e) catacrese. 
Comentário: No texto, não há a expressão “os shoppings são cidades”, mas 
isso fica subentendido, por isso a questão fez esta afirmação. Então, fica fácil 
perceber uma comparação ideológica, pois poderíamos inserir a palavra 
“como” para torná-la uma comparação propriamente dita: os shoppings são 
como cidades. 
Como não há elemento coesivo de valor comparativo na expressão do 
pedido da questão, certificamo-nos de que há uma comparação ideológica e 
temos uma metáfora. 
Gabarito: D 
 
Questão 32: CONDER 2013 – Jornalista (banca FGV) 
Fragmento do texto: Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de 
gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida 
profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, 
sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, 
e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos 
sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos 
íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas 
retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só 
estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero. 
"Sinto falta do papel e da fiel Bic" 
 
Nesse segmento, o cronista emprega o nome de uma marca em lugar de 
"caneta esferográfica", caracterizando uma figura de linguagem denominada 
 
 
a) metáfora. 
b) hipérbole. 
c) eufemismo. 
 
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d) metonímia. 
e) antítese. 
Comentário: Quando empregamos o nome de uma marca no lugar de um 
produto, temos a metonímia. 
Gabarito: D 
 
Questão 33: CONDER 2013 – Técnico (banca FGV) 
"Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar 
o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é 
decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos 
férteis é só o prólogo e o epílogo". 
 
Todos os termos sublinhados no fragmento acima são exemplos de linguagem 
figurada. Assinale a alternativa que apresenta a observação correta sobre 
esses exemplos. 
 
a) "passatempo" é exemplo de ironia 
b) "dar o fora" é exemplo de hipérbole. 
c) "prólogo" e "epílogo" são metonímias. 
d) "prólogo" é exemplo de eufemismo 
e) "prólogo" e "epílogo" constituem uma antítese. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “passatempo” não 
transmite uma ideia com intenção de entendimento contrário. Além disso, tal 
palavra encontra-se no sentido literal: entendemos que a ideia é fazer o 
tempo passar mesmo. 
A alternativa (B) está errada, pois hipérbole significa exagero, o que não 
ocorreu nesta expressão. Tal expressão é apenas uma variação coloquial que 
tem o sentido de ir embora. 
A alternativa (C) está errada, pois "prólogo" e "epílogo" transmitem uma 
ideia de oposição (início e fim, respectivamente). Assim, não houve ideia de 
parte pelo todo, como sugeriria a metonímia. 
A alternativa (D) está errada, pois “prólogo” não transmite 
suavização de informação, como sugere o eufemismo. 
A alternativa (E) é a correta, pois "prólogo"e "epílogo" transmitem uma 
ideia de oposição (início e fim, respectivamente). Assim, a figura de 
linguagem compatível é a antítese. 
Gabarito: E 
 
Questão 34: TRE-PA 2011 Analista-Judiciário (banca FGV) 
Fragmento do texto: Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a 
fenômenos que há muito deveriam ter sido excluídos da vida política nacional, 
como a compra de votos e a atitude de diversos candidatos, durante as 
campanhas eleitorais, de “doar” cestas básicas e toda a sorte de brindes em 
troca da promessa de voto dos eleitores. O conceito de voto consciente é 
justamente o contraponto dessas práticas, visando estabelecer critérios 
racionais que façam do voto um instrumento de cidadania. Voto consciente é 
aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas 
histórias de vida e analisa se as promessas e programas eleitorais são 
coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. 
 
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As aspas em doar confirmam, para o vocábulo, seu aspecto de. 
 
a) polifonia. 
b) coloquialismo. 
c) antonímia. 
d) metáfora. 
e) ironia. 
Comentário : A ironia consiste em dizer o contrário do que se quer. Assim, ao inserir 
aspas no verbo “doar”, fica claro que a intenção do autor foi utilizar tal 
palavra com um tom de ironia, pois os políticos doam cestas básicas, não 
como uma ajuda social, mas com a intenção de ganhar votos. 
Gabarito: E 
 
Questão 35: TRE-PA 2011 Técnico-Judiciário (banca FGV) 
Fragmento do texto: O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. 
Isso porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 
milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e 
R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação 
eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão 
extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles 
pagarem as dívidas de campanha. 
A respeito do trecho acima, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico. 
II. No terceiro período, há um caso de zeugma. 
III. No último período, os dois-pontos introduzem uma enumeração. 
 
Assinale 
 
a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentário: A afirmação I está correta. Note que o segundo período é “Isso 
porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 
milhões.”. O pronome “Isso” retoma a informação do primeiro período, por 
isso tem valor anafórico. 
Assim, já eliminamos as alternativas (B) e (C). 
A afirmação II está correta, pois “zeugma” 
palavra facilmente subentendida. Veja que o 
 
 
 
é a omissão de uma 
verbo “são” ficou 
subentendido: 
 
Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 
milhões (são) referentes à arrecadação de multas previstas na legislação 
eleitoral. 
 
Com isso, também eliminamos a alternativa (A). 
A afirmação III está errada, pois enumeração é o acúmulo de dois ou 
mais elementos coordenados, o que não ocorreu com o trecho “Muito 
simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.” 
 
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Na realidade, os dois pontos sinalizam uma explicitação, isto é, a razão 
para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos é a 
necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha. 
Portanto, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 36: TRE-PA 2011 Técnico-Judiciário (banca FGV) 
Fragmento do texto: Convivas de boa memória Há dessas reminiscências 
que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia 
arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e 
eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja 
exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e 
basta. 
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a 
alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem 
nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa 
de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que 
se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. 
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que 
vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não eram 
amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e 
confusão. 
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos 
livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio 
algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao 
fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas 
ideias finas me acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as 
montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora 
com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das 
espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que 
dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista. 
 
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as 
lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas. 
 
(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65) 
Há um exemplo de prosopopeia em: 
 
a) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças 
que vestiram!” 
b) “E antes seja olvido que confusão; explico-me.” 
c) “Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas.” 
d) “Não, não, a minha memória não é boa.” 
e) “... e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo 
marcha com uma alma imprevista.” 
Comentário: A prosopopeia é o mesmo que personificação, por isso a 
alternativa (E) é a correta, pois damos vida às “notas” ao falarmos que 
elas dormiam, damos vida às “coisas” quando falamos que elas marcham. 
Por fim, damos vida a “tudo”, quando afirmamos que isso tem uma alma. 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 31 DE 59 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: E 
 
Questão 37: EBSERH/HU-UFMA 2015 Técnico Enfermagem (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Antes da neurociência, os pesquisadores acreditavam que 
o processo mental acontecia de maneira gradual. “Seu cérebro está 
sempre trabalhando e adquirindo informações. Descobrimos que esse 
processo não é gradual, mas, repentino. É um conjunto de ações que acontece do 
nada, sem que você possa forçar ou evitar”, conta Kounios. 
Em “Descobrimos que esse processo não é gradual, mas, repentino.”, ocorre a 
figura de estilo denominada 
 
(A) hipérbole. (B) metáfora. (C) eufemismo. (D) elipse. (E) ironia. 
Comentário: A vírgula após a conjunção “mas” indica a omissão do verbo 
“é”, por estilo de linguagem, para se evitar a repetição desnecessária desse 
verbo. Assim, ocorre a figura de linguagem elipse. 
Gabarito: D 
 
Questão 38: EBSERH - 2015 Técnico Citopatologia (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Giovanna tinha 36 anos. Lutava contra um câncer na 
cabeça há dois. Era jornalista. Ela nos deixou no domingo, dia 31 de agosto. 
Era minha amiga. Sérgio Rodrigues tinha 87 anos. 
Em “Lutava contra um câncer na cabeça há dois.”, ocorre a omissão de dois 
termos da oração. Essa omissão, que é uma figura de estilo, denomina-se 
 
(A) metáfora. (B) elipse. (C) comparação. (D) hipérbole. (E) eufemismo. 
Comentário: A própria questão já informa que há omissão de palavras, por 
isso a figura de linguagem

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