Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 1 1 Prof. Eng. Luiz Gustavo Laval MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II MATERIAIS DE CONCRETO luiz.gustavo@imed.edu.br MATERIAIS PARA CONCRETO INTRODUÇÃO: Estudaremos na aula de hoje as variadas soluções construtivas que envolvem a utilização do concreto, seja este utilizada como solução construtiva ou material acabado na forma de artefato. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 2 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO DE ALTO E ULTRA-ALTO DESEMPENHO: Com a evolução dos métodos de cálculo estrutural, aliados ao maior conhecimento do comportamento mecânico do concreto e do aço com o aumento da exigência dos projetos das estruturas de concreto armado, permitem que projetistas especifiquem estruturas cada vez mais arrojadas em concreto armado e protendido. Para isso, foram desenvolvidas misturas especiais, com propriedades superiores aos CC, chamadas: � Concretos de Alta Resistência (CAR ou HSC High Strenght Concrete), � Concretos de Alto Desempenho (CAD ou HPC High Performance Concrete); � Concretos de Ultra-Alto Desempenho (CUAD ou UHPC Ultra-high Performance Concrete). MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO DE ALTO E ULTRA-ALTO DESEMPENHO: A incorporação de outros elementos no concreto, como aditivos, adições minerais, pigmentos e fibras e o uso de técnicas de execução diferenciadas, como a cura a altas temperaturas e pressões, permitem a obtenção de concretos de última geração, que poderiam, teoricamente, atender a qualquer solicitação de projeto. Para atingir concretos duráveis, é necessário dosá-los com relação água/aglomerante (a/agl) inferior a 0,40, por exemplo, porém sem prejudicar a trabalhabilidade da mistura – aditivos plastificantes e/ou superplastificantes. Segundo o ACI (1998), pode-se definir o CAD como sendo um concreto que atenda uma combinação especial entre desempenho e requisitos de uniformidade que não pode ser atingida rotineiramente com o uso de componentes convencionais e práticas normais de mistura, lançamento e cura Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 3 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO DE ALTO E ULTRA-ALTO DESEMPENHO: Princípios Básicos para o CAD: � Diminuição da relação água/aglomerante e da quantidade total e água por m³, através do uso de aditivos plastificantes e/ou superplastificantes; � Otimização da granulometria dos agregados – maior compacidade – utilizando agregados graúdos de menor diâmetro máximo e adequada composição granulométrica dos finos; � Reforço das ligações químicas primárias e secundárias – uso de adições minerais que provocam o refinamento dos poros e dos grãos, especialmente do silicato de cálcio hidratado (C-S-H); � Assim, para transformar um CC em um CAD, além da incorporação de aditivos químicos, adições minerais e agregados de melhor qualidade, devem-se estudar as três fases da mistura (pasta de cimento, zona de transição e agregados). MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO DE ALTO E ULTRA-ALTO DESEMPENHO: OBRAS REALIZADAS COM CAD: Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 4 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO COM FIBRAS: O concreto, apesar do posto de material estrutural mais utilizado no mundo, apresenta limitações quanto: � baixa resistência à tração quando comparada à sua resistência à compressão; � baixa capacidade de deformação do material antes da ruptura; Como alternativa técnica para melhorar seu desempenho está o uso de fibras na composição do concreto. As fibras são elementos descontínuos, cujo comprimento é bem maior que a maior dimensão da seção transversal. MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO COM FIBRAS: Fibras de aço para concreto – ABNT NBR 15530:2007: � Tipos básicos em função da geometria: � Tipo A: fibra de aço com ancoragens nas extremidades � Tipo C: fibra de aço corrugada � Tipo R: fibra de aço reta � Classificação em função do aço: � Classe I: fibra oriunda de arame trefilado a frio � Classe II: fibra oriunda de chapa laminada cortada a frio � Classe III: fibra oriunda de arame trefilado e escarificado As fibras alteram a condição de trabalhabilidade da mistura – impedem o movimento dos agregados, principalmente quando o comprimento da fibra é maior que o diâmetro máximo do agregado Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 5 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO COM FIBRAS: Aplicações: � Estruturas sujeitas à esforços de tração: � Pisos industriais – substituem ou complementam a armadura; � Concreto de projeção para túneis; � Estruturas pré-fabricadas – tubos de concretos, pré-moldados, etc.. Vantagens: � No caso de piso industriais – facilita o lançamento do concreto (sem o uso de bombeamento; � Praticidade e agilidade – não necessitando de armaduras; Desvantagens: � limitação de fornecedores – elevado custo deste material MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PROJETADO: A invenção do processo de projeção é creditada a Karl Akeley, que patenteou o primeiro equipamento em 1911. É um concreto com dimensão máxima de agregado superior a 4,8mm, geralmente limitada a 19 mm, transportado por uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo autocompactado simultaneamente. Seu uso principal é no revestimento de obras subterrâneas e taludes, além de reparo de estruturas, por dispensar o uso de fôrma e proporcionar grande velocidade nas operações de lançamento e adensamento do concreto. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 6 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PROJETADO: PROCESSO DE PROJEÇÃO: Via Seca: Aglomerante e agregados são misturados e lançados na máquina de projeção. A introdução de água se dá junto ao bico de projeção com o uso de máquinas a rotor – introdução da água da mistura, contendo ou não o aditivo acelerador, é feita no bico de projeção - cabe ao operário responsável pela projeção, ajustar a vazão de ar, água e aditivo do concreto. Via Úmida: Aglomerante, agregados e água são misturados previamente – aditivo acelerador injetado no bico. Uso crescente devido ao uso dos aditivos superplastificantes em concretos de grande compacidade e resistência à compressão acima de 50 MPa. Pode ser do tipo fluxo aerado (máquinas à rotor, menores volumes) e fluxo denso (bombas à pistão e ar comprimido) MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO MASSA: Possui volumes e formas que requeiram meios especiais para controle da geração de calor e sua conseqüente mudança de volume (MEHTA e MONTEIRO, 2008). � Usar o maior diâmetro possível no agregado graúdo – minimizar vazios do esqueleto do agregado; � Minimizar consumo de cimento para diminuir efeitos da variação volumétrica decorrente das reações hidratação; � Evitar Segregação com Dmáx Elevados � Controle da Permeabilidade Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 7 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO COMPACTADO À ROLO: O Concreto Compactado com Rolo é uma técnica construtiva que busca obter: � Baixa incidência de mão de obra por volume unitário – maior desempenho na velocidade de lançamento; � Baixos teores de cimento – entre 70 e 100 kg/m3 – baixos custos; � Viabilização de grandes projetos com concreto massivo que normalmente exigem cronogramas reduzidos. Equipamentos de terraplenagem são utilizados para o espalhamento e a compactação do material seco em camadas com espessuras que permitam a compactação. MATERIAIS PARA CONCRETO PAVIMENTOS VIÁRIOS DE CONCRETO: TIPOS DE PAVIMENTOS DE CONCRETO: � Pavimento de concreto simples com barras de transferência; � Pavimento de concreto com armadura distribuída descontínua, sem função estrutural;� Pavimento de concreto com armadura distribuída contínua, sem função estrutural; � Pavimento de concreto estruturalmente armado. TIPOS DE JUNTAS: � Juntas transversais de retração, com barras de transferência; � Juntas transversais de construção, com barras de transferência; � Juntas longitudinais de articulação, de seção enfraquecida, com barras de ligação; � Juntas longitudinais de construção, de encaixe macho-fêmea, com barras de ligação; � Juntas de expansão. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 8 MATERIAIS PARA CONCRETO PAVIMENTOS VIÁRIOS DE CONCRETO: Assunto será abordado na disciplina de Pavimentação e Estradas. MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: O piso (ou pavimento) industrial é um sistema formado por várias camadas e seu desempenho final irá depender de cada uma delas e das suas interações. � Subleito – formado pelo terreno de fundação; � Sub-base – camada de reforço (eventual); � Base: � Camada granular: brita graduada, solo brita, etc. � Cimentada: CCR (concreto compactado com rolo), BGRC (brita graduada tratada com cimento), etc..; � Filme plástico – redução do coeficiente de atrito/barreira de vapor; � Placa de concreto; � Revestimento (eventual) Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 9 MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: Juntas: Possui a função de acomodar as tensões de tração originadas pelas movimentações de origem térmica e pela retração do concreto. Seu espaçamento varia de acordo com o tipo de reforço estrutural adotado (telas soldadas, fibras, protendido, concreto simples, etc.). Podem ser: �Juntas de Construção – permitem a transferência de carga entre uma placa e outra; �Juntas Serrada – utilizadas no direcionamento das trincas e contribuirá com a movimentação das placas de concreto; �Juntas de Encontro – utilizadas no encontro com as demais estruturas, permitem as dilatações e retrações dos diferentes elementos estruturais. MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: CONCRETO: A dosagem do concreto deve ser feita em função dos equipamentos que serão usados na execução (réguas vibratórias, acabadoras de superfície, etc..), devendo ser levado em conta também a utilização final do piso. Cuidados: • Trabalhabilidade; • Teor de Argamassa – garantir que a o acabamento do piso tenha textura apropriada, tipo desempenado liso – razão entre os materiais passantes na peneira 0,075mm (cimento + areia) pela soma total dos materiais secos – regra geral: 49 % ≤ AR ≤ 52 % Teor argamassa insuficiente: aparecimento de agregados ou suas manchas na superfície do piso. Excesso de argamassa na superfície: problemas de delaminação. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 10 MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: CONCRETO: MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: CONCRETO: • Ensaio de Abatimento – entre 80 e 120mm – dificultam o acabamento superficial < 80mm e segregação do concreto > 120mm. • Exsudação; • Fissuras e retração plástica; • Inicio da pega < à 3 ou 4 horas; • Fim da pega < 8 horas; • Resistência à compressão entre 30 MPa e 40 MPa; • Resistência à tração na flexão – varia de acordo com a textura e forma dos agregados (principalmente graúdo), volume relativo do agregado graúdo e natureza mineralógica dos agregados – 10% à 15% da resistência à compressão; Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 11 MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: CONCRETO: • Resistência a Abrasão – teor de cimento > 325 kg/m³ - depende do acabamento superficial, líquidos endurecedores de superfície. MATERIAIS PARA CONCRETO PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO: CONCRETO: • Modulo de elasticidade; • Fluência e viscoelasticidade do concreto; • Tenacidade; • Retração por secagem; • Variações volumétricas; ATIVIDADE ACADÊMICA EFETIVA: Fazer a leitura do ARTIGO: PISO INDUSTRIAL DE ALTO DESEMPENHO, seção Piso Industrial, Revista Téchne, Editora Pini, edição 207, junho de 2014, pág. 26-30 – Disponível no portal Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 12 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO LEVE ESTRUTURAL: É o concreto fabricados com o uso de agregados leves (ex. argila expandida, etc..) – massa específica aparente de 500-900kg/m³ – com resistência à compressão superior à 20MPa: Normalmente aplicado na construção: � Edificações (lajes); � Pontes; � Plataformas e tanques; � Elementos pré-fabricados; Plataforma TROLL, Noruega (1995) – Altura: 300 m, fck = 65 Mpa – 1.950 kg/m3 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO AUTOADENSÁVEL: O concreto autoadensável, uma vez lançado, se move por conta própria e preenche, sem necessitar de nenhuma intervenção, os espaços destinados a ele na fôrma, não necessitando ser adensado com vibrador. Apresenta elevada fluidez e estabilidade da mistura, possui três propriedades básicas: � habilidade de preenchimento dos espaços � habilidade de passar por restrições � capacidade de resistir à segregação As maiores diferenças entre o concreto convencional e o CAA, quanto a sua composição: composição do CAA empregam-se: � mais “finos” (mas não necessariamente mais cimento); � aditivos dispersantes de grande eficiência, conhecidos como superplastificantes de “terceira geração”; � aditivo promotor de viscosidade (eventual). Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 13 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO AUTOADENSÁVEL: Materiais Constituintes: � CIMENTO: Podem ser empregados todos os tipos de CP – CP + fino = mais aditivos superplastificantes; � ADIÇÕES MINERAIS: fíller, cinza volante, sílica ativa e metacaulim – com 75% de dimensões menores à 0,075mm; � ADITIVOS QUÍMICOS: superplastificantes (dispersantes) – redução de água > 20% – promotores de viscosidade para melhorar a segregação (éter-celulose); � AGREGADO MIÚDO: preferencialmente areias naturais com forma uniforme e arredondada (areias artificiais apresentam maior aspereza e absorção de água) – representam de 40% à 50% do volume da argamassa; � AGREGADO GRAÚDO: preferencialmente com forma regular, com dimensão máxima de 19mm (9,5mm mais difundido = menor bloqueio e segregação); MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO AUTOADENSÁVEL: Vantagens: � grande redução da mão-de-obra e do tempo de concretagem; � melhor acabamento da superfície; � facilidade de aplicação; � redução de ruído � grande capacidade de preenchimento de peças estreitas, de difícil acesso e com elevada densidade de armadura; Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 14 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO AUTOADENSÁVEL: O CAA tem grandes chances de se tornar o concreto convencional do futuro. Para tal, alguns avanços devem ocorrer (aprimoramento na produção e a redução de preços). O CAA é apontado como a maior inovação na área de materiais de construção das últimas duas décadas, além de ser considerado o catalisador de maior potencial para promover a alteração tecnológica do setor da construção em direção à sua maior industrialização MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Introdução: � Construção Industrializada = maior produtividade; � Processos – Padronização dos métodos, qualificação da mão-de- obra; � Pré-moldados – parte do processo de construção é executada no local do seu uso definitivo; � Pré-fabricados – fabricação da estrutura e montagem no canteiro de obras; � Concreto Armado (armadura passiva) e/ou concreto Protendido (aderente e não aderente); Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto EngºLuiz Gustavo Laval 15 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Dias Atuais: � Apresentam um consonância com a liberdade arquitetônica; � Versatilidade de painéis alveolares e arquitetônicos; � Obras Verticais; � Estruturas mistas; Shopping Barigui Curitiba/PR – Exemplo de estrutura híbrida e versatilidade arquitetônica MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Dias Atuais: � Fachadas pré-fabricadas (sofisticação arquitetônica); � Mercado nacional capacitado a executar sistema estrutural e arquitetônico completo; Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 16 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Vantagens: � Construções com menores prazos para entrega, unindo maior velocidade à redução dos custos fixos, proporcionando a garantia de retorno financeiro rápido � Resistência ao fogo; � Utilização de materiais locais e aproveitamento da reciclagem de materiais; � Racionalização da obra; � Emprego de alta tecnologia; � São economicamente viáveis; MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Limitações: � Aspectos tributários – paga tributos como a indústria – diferentemente do que ocorre em países desenvolvidos; � Falta de mecanização dos canteiros de obras – vem sendo revertida em função da atual escassez de mão de obra; � Necessidade de difundir a cultura de pré-fabricação em vários níveis, tanto no meio acadêmico quanto no meio técnico – nos órgãos governamentais ligados aos processos de licitação, entre outros. ATIVIDADE ACADÊMICA EFETIVA: Fazer a leitura do ARTIGO: TECNOLOGIA DE FACHADAS PRÉ-MOLDADAS EM CONCRETO ARQUITETÔNICO AUTO-ADENSÁVEL, do 15º Concurso Falcão Bauer, 14 pág.– Disponível no portal Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 17 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Na escolha do melhor modelo de estrutura pré-fabricada leva-se em consideração dos aspectos de logística, gerenciamento e planejamento da obra. O tipo mais comuns de estruturas são: � Sistemas aporticados – estruturas formadas por pórticos planos, compostos por pilares e vigas de fechamento; � Sistemas esqueleto – estruturas formadas por pilares, vigas e lajes; � Painéis portantes – estrutura formada por painéis verticais portantes localizados nas fachadas, que servem de apoio para os sistemas de pisos; � Sistemas estruturais para pisos – lajes de concreto armado e protendido; � Fachadas de concreto pré-moldado; � Fundações com elementos pré-fabricados – estacas de concreto armado e protendido; � Sistemas celulares – construção em módulos completos. MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Exemplo de estrutura pré-moldada aporticada Sistema estrutural em esqueleto com núcleo rígido (central) Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 18 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Sistema estrutural composto por painéis portantes Fachadas pré-fabricadas MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Categorias dos sistemas estruturais: � Estruturas leves – são soluções econômicas, podem ter ou não em sua estrutura tirantes estabilizadores, atendem vão até 25m, pé- direito até 20m, modulação entre 4,0 e 12,0m, possibilitam vários tipos de sistemas de cobertura; � Estruturas Pesadas – peças apresentam maiores pesos, atendem vão maiores, múltiplos pavimentos, etc.. – necessitam de equipamentos mais robustos para a sua montagem. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 19 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: O Processo de pré-fabricação: � Projeto – estrutural, dosagem, etc..; � Produção – Armação, montagem de fôrmas, concretagem, cura, desfôrma, acabamento, movimentação, armazenamento, transporte e montagem (planejamento e projeto específico); � Controle de Qualidade; � Processos de Certificação; MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO PRÉ-FABRICADO - ABNT NBR 9062:2006: Desafios Futuros: � Busca de maior qualidade, produtividade e redução de desperdícios � Necessidade de um modelo de desenvolvimento para a indústria da construção civil com sustentabilidade; � Qualificação de mão de obra; � Mudanças culturais. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 20 MATERIAIS PARA CONCRETO CONCRETO DE ÚLTIMA GERAÇÃO: ATIVIDADE ACADÊMICA EFETIVA: Fazer a leitura do CAPÍTULO 49 – Concretos de última geração e para fins especiais – livro: Concreto: Ciência e Tecnologia, Editor: Geraldo C. Isaia, – Disponível no portal Concreto Autolimpante Igreja do Jubileu, em Roma MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: São os materiais produzidos tanto com concreto como com argamassa, em suas várias apresentações, sempre empregando como aglomerante principal o cimento Portland. � Blocos vazados de concreto para alvenaria; � Ladrilhos hidráulicos; � Granilitas; � Blocos para pavimentação; � Telhas; � Blocos de Concreto Celular; � Equipamentos básicos de saneamento; � Meio fio; � Mourões; � Muros de placas; � Postes; � Dormentes de concreto; Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 21 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO PARA ALVENARIA – ABNT NBR 6136:2006: Classificação: � Blocos com função estrutural – classes A, B ou C; � Blocos sem função estrutural – classe D (alvenaria de vedação); Vantagens: � Possibilidade de modulação, evitando desperdícios e perdas; � Permitem a execução das instalações de dutos sem a necessidade da realização de rasgos na alvenaria; Composição: O concreto deve ser constituído de CP, agregados e água, podendo ser utilizados aditivos, adições ou pigmentos. A dimensão máxima característica do agregado não deve ultrapassar a metade da menor espessura da parede do bloco. MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO PARA ALVENARIA – ABNT NBR 6136:2006: Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 22 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: LADRILHOS HIDRÁULICOS – ABNT NBR 9457:1986: São placas de concreto de alta resistência ao desgaste, para acabamento de parede e pisos (internos ou externos), com superfície de textura lisa ou em relevo, colorido ou não, de formato geométrico definido. Composição: São produzidos com CP ou cimento branco e agregados de granulometria compatível com a espessura da peça – com cimento branco permite emprego de pigmentos = maior rendimento na obtenção de cores. Qualidade: � Absorção < 8%; � Resistência ao desgaste por abrasão < 0,3%; � Módulo de ruptura à flexão médio > 5MPa e valor individual > 4,6MPa; � Tolerâncias quanto às dimensões +-10% na espessura e +- 0,2% na largura e no comprimento MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: LADRILHOS HIDRÁULICOS – ABNT NBR 9457:1986: Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 23 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: GRANILITAS – ABNT NBR 9457:1986: Também conhecido como granitina, é um tipo especial de micro concreto empregado para revestimento de pisos, bancadas, degraus, soleiras, etc.. Normalmente, é moldado no local e passa por um processo de polimento, que torna a superfície brilhante com a exposição do agregado (também empregado na forma de placas). Composição: São produzidos com qualquer tipo de CP ou cimento branco, com ou sem pigmentos. O agregado determina o padrão final de acabamento do material, sendo escolhido por suacoloração – de natureza granítica, dos quais decorre o nome de “granitina”, mármore ou basalto. MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: GRANILITAS – ABNT NBR 9457:1986: Execução: � Produzido de forma convencional – em betoneiras; � O material é aplicado sobre a base e polido – manualmente ou com máquinas politrizes – após a obtenção de uma resistência suficiente ao esforço de polimento ou; � O material sem a granilha é aplicado sobre a superfície, numa espessura de 10mm a 20mm, sendo em seguida aspergida a granilha, a qual é alisada. A superfície do material é uniformizada com desempenadeira de aço e assim que apresentar a resistência é iniciado o processo de polimento. Qualidade: � Recomenda-se modular a área a ser revestida, formando juntas de dilatação com distâncias inferiores a 1,5m a 2,0m – conforme o ambiente – para evitar a ocorrência de fissuras. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 24 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: GRANILITAS – ABNT NBR 9457:1986: MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS DE PAVIMENTAÇÃO – ABNT NBR 9787:1987: São elementos pré-moldados com forma geométrica regular, destinados à pavimentação de vias urbanas, pátios de estacionamento ou similares, com requisitos preconizados pela norma. Vantagens: � Baixo custo de manutenção; � Rápida liberação ao tráfego; � Boa superfície de rolamento, permitindo a infiltração das águas da chuva; � Variadas possibilidades de ordem estética; � Facilidade de colocação; �Não há necessidade do emprego de mão-de-obra especializada. Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 25 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS DE PAVIMENTAÇÃO – ABNT NBR 9787:1987: Características: � A NBR 9781:1987 estabelece a especificação de resistência à compressão: 35 MPa (peças destinadas à circulação de veículos comerciais de linha) e 50 Mpa (quando houver tráfego de veículos especiais, ou grandes solicitações de abrasão); � As peças não devem apresentar defeitos que prejudiquem o assentamento, a durabilidade e a estética do pavimento; � A forma e o tamanho das peças devem ser o mais uniforme possível, a fim de garantir um adequado intertravamento entre as faces laterais e uma superfície de rolamento plana; � Dimensões: Comprimento < 400mm; Largura > 100mm; e altura em função das solicitações do tráfego (60mm – tráfego leve, 80mm –tráfego de veículos comerciais e 100mm – áreas submetidas a tráfego pesado), com variações máximas permissíveis de 3mm no comprimento e 5mm na largura e altura MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS DE PAVIMENTAÇÃO – ABNT NBR 9787:1987: Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 26 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: TELHAS – ABNT NBR 13858-2:1997: Materiais: � Telhas de concreto são produzidas com CP e agregado, podendo conter ainda pigmentos, aditivos ou adições; � O material empregado para sua confecção é uma argamassa produzida com agregados de baixo módulo de finura, com reduzida quantidade de água. O emprego de pigmentos permite a obtenção de telhas de cores variadas. Qualidade: � Não são permitidos vazamentos ou formação de gotas na face inferior da telha; � É admitido o aparecimento de manchas de umidade quando realizado o ensaio de permeabilidade; � Absorção de água da telha de concreto não deve ser superior a 10%; � A carga de ruptura por flexão não deve ser inferior a 2500N. MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: TELHAS – ABNT NBR 13858-2:1997: Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 27 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS DE CONCRETO CELULAR – ABNT NBR 13438:1995: Vantagens: � Redução do tempo na execução de paredes, em função da baixa densidade; � Economia na estrutura da edificação (baixa densidade); � Isolamento termo-acústico; � Facilidade de corte; Materiais: � Concreto celular autoclavado é fabricado pela mistura de cimento, cal, areia, podendo as células serem formadas pelo emprego de aditivos expansores ou formadores de espuma. MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: BLOCOS DE CONCRETO CELULAR – ABNT NBR 13438:1995: Qualidade: � Resistência à compressão média > 1,2 MPa (Classe C12), 1,5 Mpa (C15), 2,5MPa (C25) ou 4,5 Mpa (C45); � Densidade máxima para os blocos 450kg/m3 (C12), 500kg/m3 (C15), 550kg/m3 (C25) e 600kg/m3 (C45); � Dimensões de 400 mm x 600 mm e espessuras de 90mm, 110mm, 140mm, 170mm, 190mm e 250mm; Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 28 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: FIBROCIMENTO SEM AMIANTO: Produtos de fibrocimento sem amianto, reforçados com fibras sintéticas e polpa de celulose, curados ao ar, tem-se consolidado pela implantação de normas vigentes – para placas corrugadas de cobertura (NBR 15210, partes 1, 2 e 3), ou placas planas (NBR 18:406:2013). Composição: � O cimento Portland é a matéria-prima de maior proporção em massa do fibrocimento. � Adições minerais (Pozolanas, cinza volante, cinza de casca de arroz, metacaulime, sílica ativa. � Fibras – aumento da resistência à tração – fibras minerais (abundância na natureza e baixos custos) – extraídas de rochas compostas de silicatos de magnésio – fibras poliméricas (PVA, PP, poliacrilonitrina) – fibras vegetais poupas celulósicas) MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: FIBROCIMENTO SEM AMIANTO: Processo de Fabricação: Materiais de Construção II - CONCRETO - Materiais de Concreto Engº Luiz Gustavo Laval 29 MATERIAIS PARA CONCRETO ARTEFATOS DE CIMENTO: FIBROCIMENTO SEM AMIANTO: BIBLIOGRAFIA: � BAUER, L. A. F. - Materiais de Construção – Volume 2. Editora LTC, 5º Edição; � ISAIA, Geraldo C. – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E PRINCÍPIOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS – São Paulo, IBRACON, 2007, 2v, 1ª Edição. � ISAIA, Geraldo C. – CONCRETO: CIÊNCIA E TECNOLOGIA – São Paulo, IBRACON, 1v, 1ª Edição. MATERIAIS PARA CONCRETO
Compartilhar