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Controle Tecnológico e Processo Executivo de Estruturas de Concreto Prof. MSc. Marcelo Cândido Concreto é… Um sistema heterogêneo de agregados minerais inorgânicos, sólidos, discretos, graduados em tamanho, usualmente plutônicos (feldspatho-silícios ou ferro-magnesianos) ou sedimentares – de origem calcárea, envoltos numa matriz composta de silicatos alcalinos e alcalóides poli-básicos sintetizados mantidos em solução aquosa e dispersão coprecipitada com outros óxidos anfóteros. Esta matriz sendo originalmente capaz de progressiva dissolução, hidratação, reprecipitação, gelatinização e solidificação através de uma série contínua e coexistente de estados cristalinos, amorfos, coloidais e cripto-cristalinos e por último submetida a alteração termo-alotriomórfica. O sistema quando inicialmente conformado é transientemente plástico, estágio durante o qual é conformado num molde predeterminado no qual é finalmente consolidado, provendo assim um material de construção simples que é relativamente impermeável e que possui capacidade de transmitir esforços de compressão, tração e cisalhamento. Areia BritaCimento Água Adições minerais Aditivos CONCRETO CIMENTO PORTLAND Definição • Segundo Neville, o Cimento é um material com características ligantes, adesivas e coesivas capaz de unir fragmentos de minerais entre si, formando um todo compacto. • O Cimento Portland é um aglomerante hidráulico utilizado na construção civil. FABRICAÇÃO DE CIMENTO 3 a 5% Forno de clínquer REAÇÕES QUÍMICAS • Pedra calcária: CaO + CO2 • Argila: SiO2+Al2O3+ Fe2O3+H2O 3CaO. SiO2 C3S 2CaO. SiO2 C2S 3CaO. Al2O3 C3A 4CaO. Al2O3+ Fe2O3 C4AF CIMENTO PORTLAND – CONSTITUIÇÃO • C3S - Silicato tri-cálcico (Alita) • C2S - Silicato dicálcico (Belita) • C3A - Aluminato tri-cálcico • C4AF - Ferro aluminato tetra-cálcico • O silicato tri-cálcico Principal constituinte do clínquer, compreendendo 40% a 70%, em massa. é o responsável pela resistência inicial dos cimentos e pelo calor de hidratação. (1 a 28 dias). • O silicato dicálcico é o responsável pela resistência do cimento em idades mais longas e reage indefinidamente após os 28 dias. Em média representa de 10% a 20% do clínquer. CIMENTO PORTLAND – CONSTITUIÇÃO • O C3A reage com muita intensidade nos primeiros momentos da hidratação do cimento com participação acentuada na elevação do seu calor de hidratação e nos tempos de pega. Cimentos com altos teores de C3A não são recomendáveis. • O ferro aluminato tetra-cálcico (C4AF) confere alta resistência química ao cimento, em especial ao ataque de sulfatos à estrutura de concreto. CIMENTO PORTLAND – ADIÇÕES Materiais pozolânicos: • Materiais silicosos ou silicoaluminosos que apesar de não possuirem características aglomerantes próprias, reagem com a cal na presença de água, resultando em compostos cimentícios. • Pozolanas naturais: • Materiais de origem vulcânica. Ex: cinza vulcânica. • Pozolanas artificiais: • Materiais provenientes de tratamento térmico ou subprodutos industriais com atividade pozolânica. Ex: argila calcinada, cinza volante, cinza da casca de arroz, microssílica, escória de alto forno. Reações de Hidratação C3S – Alita 2(C3S) + 6H2O → 3CaO.2SiO2.3H2O +3Ca(OH)2+120 cal/g C2S – Belita 2(C2S) + 4H2O → 3CaO.2SiO2.3H2O + Ca(OH)2 + 62cal/g Obs: Pozolanas + Ca(OH)2 → C-S-H (maior durabilidade) C3A – Celita C3A + 3CaSO4.2H2O + 26H2O → Etringita + calor C3A + 6H2O → 3CaO.Al2O3.6H2O + calor C4AF – Brownmillerita C4AF + 2Ca(OH)2 +10 H2O → 3CaO.Al2O3.6H2O + 3CaO.Fe2O3.6H2O + 100 cal/g Reações de Hidratação do Cimento PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO DO CIMENTO Portlandita (baixa resistência) PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO DO CIMENTO C3A+3CaSO4.2H2O+26H2O→3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O+ calor Celita + Gipsita Etringita (baixa resistência) PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO DO CIMENTO Boa resistência Zona de transição do concreto PROPRIEDADES DO CIMENTO PORTLAND • Massa específica (Densidade absoluta); • Superfície Específica (Finura); • Calor de hidratação; • Tempo de Pega; • Resistências Mecânicas Aditivo é um material que é adicionado em quantidades pequenas (geralmente menos do que 5% m.c.), durante a mistura, para modificar as propriedades no estado fresco ou endurecido de concretos, argamassas, pastas e grautes. (ISO/DIS 7690) BENEFÍCIOS • Adequação ao uso (melhor qualidade) •Redução de custo ADITIVO CLASSIFICAÇÃO • Plastificante (redutor de água) • Superplastificante • Acelerador de pega e endurecimento • Retardador de pega • Expansor (compensador de retração) • Redutor de retração • Gerador de gás • Incorporador de ar • Redutor de ar incorporado • Promotor de viscosidade • Hidrofugante • Impermeabilizante • Redutor da expansão álcali-agregado • Inibidor de corrosão • Facilitador de bombeamento • Promotor de adesão • Retentor de água • Corante (pigmento) • Fungicida, inseticida e germicida CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO • Plastificantes - redução de água em até 15% ex.: Lignosulfonatos e carboxilatos (water reducers, WRA) • Superplastificantes - redução de água em até 30% ex.: Naftaleno sulfonato e melamina sulfonato (high range water reducers, HWRA) • 1a, 2a e 3a geração - 3a são os poliacrilatos • 4º Geração – Cadeias mais longas WLR-PCC5555 WLR-PCC5555 MODO DE AÇÃO DE PLASTIFICANTES E SUPERPLATIFICANTES Uso: Reduzir o consumo de água • Aumentar a trabalhabilidade (diminuir tensão de escoamento e viscosidade plástica) • Permitir a redução no consumo de cimento Modo de ação: Aumenta a dispersão entre as partículas Dispersão na solução áquosaAdsorção na superfície das partículas WLR-PCC5555 MODO DE AÇÃO DE PLASTIFICANTES E SUPERPLATIFICANTES Efeito físico Efeito químico • Repulsão eletrostática • Repulsão estérica • Barreira (coating) • Alteração da tensão superficial • Alteração da cinética das reações • Alteração dos produtos hidratados • Alteração da solução aquosa Sem tensoativos Com tensoativos WLR-PCC5555 Adsorção Repulsão eletrostática Repulsão estérica Inibição da hidratação Fonte: Ramachandran et al., 1998 Representação esquemática MODO DE AÇÃO DE PLASTIFICANTES E SUPERPLATIFICANTES WLR-PCC5555 • Aumentar a trabalhabilidade (diminuir a tensão de escoamento e a viscosidade plástica) • Diminuir o teor de água • Diminuir o consumo de cimento (mantida a relação água/cimento) ADITIVOS PLASTIFICANTES E SUPERPLASTIFICANTES USOS ADITIVOS PLASTIFICANTES E SUPERPLASTIFICANTES WLR-PCC5555 WLR-PCC5555 Teor limite (TL) ou de saturação (TS) • Teor de aditivo acima do qual não há benefícios (aumento de fluidez) com o aumento da dosagem utilizada. O uso de teores acima do teor de saturação pode ocasionar problemas à mistura. • Mini-slump (Kantro) e cone-de-Marsh são geralmente usados para a determinação do TL ou TS. TS WLR-PCC5555 Perda de fluidez (manutenção da trabalhabilidade) Aspectos fundamentais: • Tipo e teor do aditivo • Tipo de cimento (C3A e álcalis), finura e relação água/cimento • Temperatura e tempo de adição do aditivo WLR-PCC5555 Problemas potenciais Por teor excessivo ou incompatibilidade: • Segregação • Exsudação • Retardo acentuado na pega • Incorporação excessiva de ar • Perda excessiva de trabalhabilidade • Aumento da viscosidade plástica!!! Coesão. • Alterações no desenvolvimento das propriedades mecânicas Problemas se acentuam com a diminuição da a/c WLR-PCC5555 Efeito nas propriedades do concreto endurecido Uso de teores adequados e aditivo compatível: • Resistência à compressão e tração - ganhos • Fluência - sem efeitos significativos • Retração por secagem - sem efeito • Retração autógena - ?? • Coef. Expansão Térmica - sem alteração significativa • Permeabilidade - diminui • Aderência à armadura - aumenta CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO • De acordo com o ACI é um concreto que atendeaos requisitos específicos de uma aplicação especial. DEFINIÇÃO • No Brasil está mais relacionado a elevadas resistências e durabilidade. • Tem desempenho superior aos concreto convencional. CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO fck dos pilares – 60 MPa Estádio Nacional de Brasília fck– 60 MPa Cimento – CP V Blocos de Grande Volume 400 m3 450 m3 Cimento ▪ Reação de hidratação – Libera Calor Formas usuais de se reduzir a elevação de temperatura ▪ Concreto resfriado - gelo ▪ Execução em camadas ▪ Concretagem à noite ▪ Utilização de cimentos pozolânicos Torre Eólica 100 m de altura 350 T Qual é o volume para se preocupar? ▪ Tipo de cimento ▪ Clima – Vento, umidade, temperatura ▪ Dimensões das peças ▪ Tipo de fôrma FUNDAÇÕES ESTACA HÉLICE Consumo de cimento de 400 kg/m3 – NBR 6122/2010) CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO - DEFORMÇÃO PAREDE DE CONCRETO CASE 3 MPa - 12 HR 29oC – após 3 horas Procedimentos Transporte e Lançamento ❑ CONTROLE DE EXECUÇÃO CONTROLE DO CONCRETO Concretagem de alturas superiores a 2,5 m ❑ Pilares ✓ Concreto mais mole (Slump acima de 12 cm); ✓ Usar bomba de concreto; ✓ Usar “Colchão” de argamassa; ✓ Usar concreto com maior teor de argamassa; ✓ Usar rampas (escorregador); ✓ Abrir “janela” nas formas. CONCEITUAÇÃO Vida útil É o período de tempo após a instalação de um material ou componente da edificação, durante o qual todas as propriedades excedem a um valor mínimo aceitável, sem necessidade de intervenções não calculadas (CEB/RILEM). A vida útil não pode ser confundida com prazo de garantia legal e certificada Antes dele se partir ao meio, ele tinha vida útil? Vida útil Eu ainda consigo usar. Ele ainda tem vida útil? Um carro terá a mesma vida útil se for utilizado na beira do mar ou apenas na cidade? CONCEITUAÇÃO Marquise Vida Útil de Projeto (VUP) Período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender a um valor mínimo aceitável VUP – 20 Anos VU – 6 Anos devido à falta de manutenção Garantia – 3 Anos se forem cumpridos alguns critérios RECCAL – Mesmo fora da garantia o serviço é custeado pelo fabricante (Vício oculto) CONCEITUAÇÃO Vida Útil de Projeto (VUP) – NBR 15575 (2013) CONCEITUAÇÃO Revestimento de piso de um apartamento em cerâmica ▪ Argamassa colante AC III ▪ Dupla colagem Problemas com 3 anos de uso Vida Útil de Projeto (VUP) – NBR 15575 (2013) CONCEITUAÇÃO Modelo de Vida útil proposto por Tuutti CONCEITUAÇÃO Iniciação Os agentes agressivos tem que atravessar o cobrimento e chegar às armaduras; CORROSÃO 3 cm 3 cm Corte de um pilar Seção transversal de um pilar 3 cm Cloreto Umidade CO2 Propagação Após o início da corrosão, o que ira definir a rapidez da deterioração é o acesso a umidade e oxigênio, e a temperatura da região. CORROSÃO Seção transversal de um pilar 3 cm Cloreto Umidade CO2 Assim, uma forma de se evitar a propagação da corrosão é impermeabilizar toda a estrutura. Entretanto, tal alternativa é muito cara e quase impossível de ser executada. Impermeabilizante Durabilidade Habilidade de resistir às ações das intempéries, ataque químico, abrasão ou qualquer processo de deterioração (ACI 201). DEPENDE DO MEIO DEPENDE DO USO DEPENDE DA MANUTENÇÃO CONCEITUAÇÃO Concreto 1 Fck = 20 MPa A/C = 0,55 Vida útil – Acima de 50 anos, em ambiente urbano, com pouca poluição. Vida útil – No máximo, 10 anos, em ambiente com respingo de maré. CEB (1989) - interação com o ambiente que rodeia a estrutura influi na durabilidade do concreto. A NBR 6118 (1978) não contemplava aspectos de durabilidade, mas a NBR 6118 (2003) define durabilidade como a capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas. Durabilidade – NBR 6118/1978 Cobrimento de 2,5 cm - para concreto aparente ao ar livre. Qual o Concreto (tipo de cimento, consumo, relação água/cimento) a que esses cobrimentos se referem? Qual a atmosfera que envolve esta estrutura? Durabilidade – NBR 6118/2003 Classe de agressividade ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura Rural I Fraca Submersa Insignificante II Moderada Urbana Pequeno Marinha III Forte Industrial Grande IV Muito forte Industrial Elevado Durabilidade – NBR 6118/2003 Classe de agressividade ambiental I II III IV Tipo de estrutura Componente ou elemento Cobrimento nominal (mm) Laje 20 25 35 45 Concreto Armado Viga/Pilar 25 30 40 50 Concreto protendido Todos 30 35 45 55 Durabilidade – NBR 6118/2003 Durabilidade – NBR 6118/2014 Durabilidade – NBR 6118/2014 Durabilidade – NBR 6118/2014 Macroclima Edifício – Região central de Brasília (Ambiente urbano) Microclima Pilar do edifício – Garagem ( Agressivo) A especificação do concreto e do cobrimento a ser utilizado em uma construção, não deve ser realizada apenas pelo macroclima. Edifício 1 – Macroclima Urbano A especificação do concreto e do cobrimento a ser utilizado em uma construção, não deve ser realizada apenas pelo macroclima. Edifício 2 – Macroclima Urbano Reservatório de água – Macroclima Urbano - Goiânia Obra localizada no Setor Bueno • 20 andares; • 3 subsolos; Classe de agressividade ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura Rural I Fraca Submersa Insignificante II Moderada Urbana Pequeno Marinha III Forte Industrial Grande IV Muito forte Industrial Elevado Classe de agressividade ambiental I II III IV Tipo de estrutura Componente ou elemento Cobrimento nominal (mm) Laje 20 25 35 45 Concreto Armado Viga/Pilar 25 30 40 50 Concreto protendido Todos 30 35 45 55 Classe II – Urbana a/c ≤ 0,60 fck ≥ 25 MPa Cobrimento Laje ≥ 25 mm Cobrimento Viga/Pilar ≥ 30 mm Nos subsolos usar a classe III – Agressividade Forte Que é concreto autoadensável (SCC) ? É aquele concreto que é capaz de fluir no interior da fôrma, preenchendo de forma natural o volume do mesmo, passando entre as barras da armadura e consolidando-se sob a ação de seu próprio peso. Aplicação na industria do premoldado: Mobiliário urbano Modelo Banc-U 140/Silla-U Modulável, Simplesmente apoiado Produto de Escofet (Espanha) Características: peso: 815/408 kg espessura mínima: 53 mm ângulo mínimo: 55° Aplicação na industria do premoldado: Mobiliário urbano Modelo Banc-U 140/Silla-U Modulável, Simplesmente apoiado Produto de Escofet (Espanha) Características: peso: 815/408 kg espessura mínima: 53 mm ângulo mínimo: 55° Concretagem do banco A forma é posicionada de modo invertido (com a base para cima e horizontal). Concretagem do banco Introduz-se o concreto diretamente da cuba. O adensamento é feito por peso próprio. Protótipo do banco A desmoldagem do elemento é feita após 24 horas. Protótipo do banco O banco é desformado por içamento e depois é invertido. Laje Bubble Deck http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&docid=gYyzmQ4CjEuxXM&tbnid=nggvUd0r366y3M:&ved=0CAwQjRwwAA&url=http://www.afgruppen.com/Building-Services/Methods/Bubble-Deck-/&ei=GZ6RUYCdFYf28gSch4GgCg&psig=AFQjCNF7ZEJTqVmHvvdm2wpCSCg4XlluFQ&ust=1368584089391718 http://enbac.com/Ha-Noi/Vat-lieu-xay-dung/p818543/Bong-do-be-tong-sieu-nhe-BubbleDeck-Bong-nhua-do-nha-bong.html http://www.google.com.br/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&docid=uInCZwF_yz2xrM&tbnid=Iez69Tp4dcqVqM:&ved=0CAwQjRwwAA&url=http://www.npcaa.com.au/members_products/buildings/floors/bubbledeck/&ei=KZ6RUenCO4K08QSJq4GIDw&psig=AFQjCNHPZbKsN1qoVF0KT-c2vTv8xZH3vQ&ust=1368584106018810WLR-PCC5555 ADITIVOS CPMPENSADORES DE RETRAÇÃO Concretagem Pega Plástica Autógena Término da cura (Desforma) Secagem + Autógena Evaporação WLR-PCC5555 Retração em reparo do concreto t < 7.5 cm t < 7.5 cm H20 Reparo Juntas Fissuras Custos de execução e manutenção WLR-PCC5555 Foto: Blue Circle Cement Juntas Fissuras • Estruturas sem fissuras e sem juntas • Reservatórios secundários ADIÇÕES MINERAIS Reação Pozolânica É a reação entre as adições minerais e o hidróxido de cálcio. • A reação é lenta, e portanto, a taxa de liberação de calor e de desenvolvimento da resistência serão lentas. Características • A reação consome hidróxido de cálcio. • Provoca um refinamento dos poros, diminuindo a permeabilidade do sistema e aumentando a resistência. Teores de Pozolana Teores de PozolanaTeores de Pozolana CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO • O CAD é uma evolução do CC PRINCÍPIOS BÁSICOS • Utiliza as mesmas matérias primas do CC • Diminuição da porosidade do concreto • Diminuição da relação água/aglomerante (Aditivos) • Redução da quantidade de água • Otimização da granulometria dos agregados • Uso de adições minerais (refinamento dos poros) CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO • Isso resulta em aumento da compacidade, resistência mecânica, durabilidade e, portanto, do desempenho. PRINCÍPIOS BÁSICOS CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PRINCÍPIOS BÁSICOS • Deve-se ter muito cuidado com o agregado graúdo, pois com o aumento da resistência do concreto, a fase agregado começa a ser a parte mais frágil do compósito. Mendes, 2002Mendes, 2002 Controle Tecnológico do concreto Mendes, 2002 Capeamento com enxofre Retífica do CP CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO SELEÇÃO DE MATERIAIS • Tem que ter muito cuidado na mistura. • Ideal utilizar menos do que a capacidade do caminhão. Aglomerante (Cimento Portland) Agregado Graúdo (Brita) Agregado Miúdo (Areia) Água Aditivo Adição Mineral Fibras Mistura por gravidade é dificultada pela redução na quantidade e granulometria do agregado graúdo. CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO • Agregados com material pulverulento maior do que 8% pode ser prejudicial devido ao maior consumo de água. SELEÇÃO DE MATERIAIS Dosagem de concreto de 60 MPa com diferentes composições CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO • Microestrutura compacta • As propriedades mecânicas do agregado graúdo exercem grande influencia PROPRIEDADES - Calor de hidratação • Apesar de ter mais cimento do que o CC, o pico de temperatura não necessariamente é mais elevado. • Falta de água • Adições minerais e aditivos CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Calor de hidratação CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Retração autógena • Provocada pela falta de cura úmida; • Mais evidente em concretos com maior compacidade e menor relação a/c; • Ocorre devido à autosecagem interna • Secagem é quando a água contida no concreto evapora para a atmosfera; • Na autosecagem a água permanece dentro do concreto, mas é consumida pelas reações de hidratação do cimento; CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Retração autógena - Retração na secagem CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Retração autógena • Mesmo com a retração autógena, a retração no CAD é menor que no CC, por que há menos água no sistema e o material é mais compacto - Resistencia à compressão • Normalmente é maior que a do CC; • Mesmo sem querer, se consegue um resultados mais alto (ex. estaca hélice – fck 25 MPa com consumo de cimento de 400 kg/m3 – NBR 6122/2010) CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Módulo de elasticidade • Deforma menos que o convencional • Material mais frágil • NBR 6118/2014 CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Módulo de elasticidade CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO PROPRIEDADES - Efeitos das altas temperaturas • É mais perigoso no CAD do que no CC devido ao desplacamento que ocorre entre camadas externas, aquecidas, e as internas ainda resfriadas, por causa da eficiência térmica dos concretos • A água evapora sob altas temperaturas, e passam a ocupar mais espaço. Como o CAD é muito denso ocorre o desplacamento explosivo (Efeito Spalling). CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO OBRAS EMPREMÁTICAS EM CAD Torres Gêmeas Petronas, Malásia - 1988. • 452 m de altura • Fck 80, 60 e 40 MPa. • Foi o prédio mais alto do mundo em sua época • Dosagem do concreto Fck 80 MPa em cubos (68 MPa cilíndrico) A/ligante – 0,27 260 kg/m3 de cimento normal 260 kg/m3 de cimento com 20% de cinza volante 30kg /m3 de sílica ativa 10L/m3 de aditivo superplastificante base naftaleno 0,8 a 1,5 l /m3 de retardador. CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO OBRAS EMPREMÁTICAS EM CAD Burj Khalifa, Dubai - 2009. • 828 m de altura – Mais alto do mundo • Fck 64 MPa. CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO OBRAS EMPREMÁTICAS EM CAD INFRAESTRUTURA • Se enquadram perfeitamente no conceito de CAD pois tem maior vida útil, e por questões de sustentabilidade. Ponte JK – Brasília – 50 MPa • O concreto convencional tem comportamento frágil e baixa capacidade de deformação antes da ruptura. CONCRETO COM FIBRA Material Dúctil, não significa que é duro!!!Material Frágil, não significa que é fraco!!! 222 • A resistência à tração é baixa. CONCRETO COM FIBRA 223 • As fibras são adicionadas para diminuir essas limitações. • As fibras podem aumentar a resistência à tração e a ductilidade. CONCRETO COM FIBRA Sem fibraCom fibra CONCRETO COM FIBRA CONCRETO COM FIBRA • Fibras são elementos descontínuos, com comprimento bem maior que a seção transversal. • Suas principais características são o módulo de elasticidade e a resistência mecânica. • Existem fibras de baixo módulo (polipropileno, náilon), e alto módulo (aço)., vidro, carbono, nylon, sisal, madeira, etc. • As fibras de baixo módulo de elasticidade e baixa resistência são eficientes em concretos com baixas resistência e módulo, sendo indicadas para melhoria no estado fresco e no processo de endurecimento, para o controle de fissuração plástica em pavimentos. CONCRETO COM FIBRA • As fibras de alto módulo e alta resistência (aço) atuam como reforço do concreto endurecido, aumentando a resistência à tração do concreto. • Problema é a quantidade que deve ser usada para que isso aconteça, geralmente acima de 40 kg/m3 • O objetivo da adição de fibras não é aumentar a resistência à compressão. • As fibras resultam em um ganho de tenacidade na compressão. Maiores teores e fatores de forma resultam maior tenacidade e (a) (b) concentração de tensões f issura f issura atuação das fibras como ponte de transferência de tensões (NUNES et al.,1997). Apresentação da fissuração em dormentes de concreto protendido sem e com fibras de aço, após ensaio estático até a ruptura. Apresentação da fissuração em dormentes de concreto protendido sem e com fibras de aço, após ensaio estático até a ruptura. 230 CONCRETO COM FIBRA Fator de forma • definido como o comprimento da fibra dividido pelo seu diâmetro equivalente (diâmetro do círculo com área igual à área da seção transversal da fibra). • Valores típicos do fator de forma variam de 30 a 150 para fibras com comprimentos de 6,4 a 76 mm. • Em geral, quanto maior o fator de forma, maior a capacidade resistente após a fissuração do concreto. 231 Fig. 6 – Concreto C30 com fibras de diferentes fatores de forma em função do comprimento (fibra A – 36 mm; fibra B – 42 mm). (Figueiredo, 2001) 232 CONCRETO COM FIBRA Fator de forma A recomendação prática é que a fibra tenha comprimento igual ou superior ao dobro da dimensão máxima do agregado graúdo (brita). Assim, a fibra reforça o concreto e não apenas a argamassa. Aumenta-se o comprimento da fibra ou diminui-se a dimensão dos agregados graúdos. 234 CONCRETO COM FIBRA Tenacidade Tenacidade é a medida da área sob a curva tensão x deformação, até um certo nível de deformação. É usada na avaliação dos compósitos e tem como ponto negativo depender dasdimensões do corpo de prova. 235 CONCRETO COM FIBRA Trabalhabilidade do concreto A adição de fibras altera a consistência dos concretos e a trabalhabilidade. CONCRETO COM FIBRA Trabalhabilidade do concreto A trabalhabilidade pode ser medida pelo ensaio simples de abatimento, não sendo eficiente para teores muito elevados de fibras. CONCRETO COM FIBRA Trabalhabilidade do concreto A formação de “ouriços”, que são bolas ou aglomeração de fibras, pode ocorrer quando o volume de fibras é alto, quando as fibras são adicionadas rapidamente, e quando o fator de forma é alto. CONCRETO COM FIBRA Fadiga • As fibras de elevados módulo e resistência reduzem a propagação das fissuras, e aumentam o número de ciclos necessários para a ruptura. • Mesmo em pequenas quantidades as fibras aumentam a resistência à fadiga. • Essa é uma característica muito importante que as fibras acrescentam nos concretos. CONCRETO COM FIBRA Fadiga • Aplicações: pavimentos (rodovias, aeroportos, pisos industriais), dormentes ferroviários, base de máquinas, etc. • A resistência a cargas explosivas e dinâmicas em geral é três a dez vezes maior. USO DOS PISOS DE CONCRETO Indústria Comércio Residencial Quadra de esportes EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas Piso de concreto com fibras EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas Qual a função da tela metálica? COMBATER A RETRAÇÃO EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto armado com telas soldadas Por que combater a retração? SEM CURA 8 - 12 hs EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto com fibras metálicas DISSIPAM AS TENSÕES EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto com fibras Classificação das Fibras Macrofibras Microfibras Retração plástica Retração na secagem & Aumentar a Resistência à tração EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto com fibras Tipo de Fibra Polipropileno Nylon Fibra de vidro EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto com fibras 1,2 kg/m3 3,0 kg/m3 EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO Piso de concreto com fibras As fibras facilitam bastante a execução dos piso Não há necessidade de treliças para posicionar as telas Não há telas Basta colocar s fibra no concreto e misturar EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PROCEDIMENTO EXECUTIVO EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PROCEDIMENTO EXECUTIVO EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PROCEDIMENTO EXECUTIVO EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PROCEDIMENTO EXECUTIVO Piso de concreto armado com telas soldadas EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PROCEDIMENTO EXECUTIVO PISOS Execução de Laje de Sub-pressão Ajuste da umidade relativa – Valor mínimo de 50% Chuva sobre a laje Re-vibração Ligação entre etapas
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