Gastrulação e Organogenese

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Prof. Dr. Gustavo Tadeu Volpato 
Definição 
 A gastrulação é o processo 
pelo qual o disco embrionário 
bilaminar é convertido em disco 
embrionário trilaminar, que dará 
origem aos tecidos e órgãos do 
corpo 
Desenvolvimento inicial 
do embrião 
Blastocisto 
Implantação (8 dias) 
Disco bilaminar (9 dias) 
Celoma extra-
embrionário (13 dias) 
Saco vitelínico (13 dias) 
Placa Precordal 
Gastrulação 
 A gastrulação é o início da 
morfogênese (desenvolvimento da 
forma do corpo) e ocorre durante a 
terceira semana da gestação. Ele 
tem início com a formação da linha 
primitiva. 
Linha primitiva 
Linha primitiva 
 Epiblasto 
 Extremidade caudal 
 Plano mediano 
 Resulta da proliferação e migração de células do epiblasto 
 Identificação dos extremidades (cefálica e caudal), 
superfícies (dorsal e ventral) e lados (direito e esquerdo) do 
embrião. 
Linha primitiva 
Linha primitiva 
Nó primitivo 
 Linha primitiva se alonga pela adição de 
células na extremidade caudal 
 Extremidade cefálica prolifera – Nó 
primitivo 
 Sulco primitivo – estreito da linha primitiva 
 Fosseta primitivo – depressão no nó 
primitivo 
Nó primitivo 
Mesoderma 
 A migração das células do epiblasto pela 
linha primitiva formam o mesoderma-
intra-embrionário (mesoderma) 
 Algumas células deslocam o hipoblasto e 
formam o endoderma intra-embrionário 
(endoderma) 
Movimentos 
morfogenéticos 
Invaginação 
Migração 
Disco trilaminar 
 Depois que as células epiblásticas 
que contribuem para a formação da 
mesoderme e endoderme migraram 
através da linha primitiva, as células 
epiblásticas remanescentes se 
diferenciam na ectoderme intra-
embrionário (ectoderme). 
Disco trilaminar 
Folhetos embrionários 
• Ectoderme - contribui para a formação 
do sistema nervoso central e pele. 
• Mesoderme - forma músculos, ossos, 
sistema cardiovascular e urogenital 
• Endoderme - origina os tratos digestório 
e respiratório 
• Mesoderme extra-embrionária - 
contribue para a formação do alantóide, o 
saco vitelínico definitivo e o âmnio 
Folhetos embrionários 
endoderme mesoderme 
ectoderme 
Processo notocordal 
 Algumas células migram 
cefalicamente do nó e da 
fosseta primitiva, formando 
um cordão celular mediano: o 
processo notocordal. 
Processo notocordal 
Processo notocordal 
Processo notocordal 
 O processo notocordal, oco, cresce 
cefalicamente entre a o ectoderma e o 
endoderma, até alcançar a placa precordal 
(células endodérmicas fundida ao ectoderma). 
 A placa precordal forma a membrana 
bucofaríngea (futura boca). 
Processo notocordal 
 Na metade da terceira semana, o 
mesoderma separa o ectoderma do 
endoderma, exceto nos lugares: 
• Cefalicamente, na membrana bucofaringea 
• No plano mediano, no processo 
notocordal 
• Caudalmente, na membrana cloacal 
Notocorda 
 Bastão celular que se forma pela 
transformação do processo 
notocordal. A notocorda: 
• Define eixo e dá rigidez ao embrião 
• Base para formação do esqueleto axial 
• Indica local dos futuros corpos vertebrais 
Formação da notocorda 
• Alongamento do processo notocordal 
pela invaginação de células vindas da 
fosseta primitiva 
• Formação do canal notocordal, pelo 
alongamento interno da fosseta primitiva 
• O processo notocordal torna-se um tubo 
celular que se estendo do nó primitivo até a 
placa precordal 
Formação da notocorda 
Formação da notocorda 
• Assoalho do processo notocordal funde-
se com o endoderma 
• As camadas fundidas sofrem 
degeneração, resultando na abertura do 
assoalho do processo notocordal 
• Comunicação do canal notocordal com 
saco vitelínico 
Formação da notocorda 
Formação da notocorda 
• Assoalho do processo notocordal 
desaparece 
• Restos do processo notocordal formam 
a placa notocordal 
• Canal neuroentérico – comunicação 
transitória entre o savo vitelínico e 
amnióticos 
Formação da notocorda 
Formação da notocorda 
• Proliferação das células da notocorda, 
com início na parte cefálica 
• Dobramento da placa notocordal, 
formando um bastão celular – a 
NOTOCORDA 
• Obliteração do canal neuroentérico 
Formação da notocorda 
Placa neural 
 A notocorda desencadeia uma serie 
de eventos indutores. A notocorda em 
desenvolvimento induz a formação da 
placa neural, primórdio do Sistema 
Nervoso Central. 
Placa neural 
1-2ª. Semana de 
 desenvolvimento 
• Fecundação 
• Blastulação – O ovo se mantém 
graças as secreções tubárias e 
uterinas 
• Implantação – Vai do final da 
primeira semana até o final da 
segunda semana de desenvolvimento 
 
3ª. Semana de 
 desenvolvimento 
Gastrulação 
• Formação dos folhetos – Disco 
embrionário tri-dérmico (ectoderma, 
mesoderma e endoderma) 
• Formação da notocorda – 
Estrutura indutora 
3-4ª. Semana de 
 desenvolvimento 
 Modificações que ocorrem nos 3 
folhetos embrionários concomitantemente: 
• Ectoderme: Neurulação 
• Mesoderme: Metamerização e formação 
dos somitos 
• Endoderme: Delimitação do intestino 
primitivo 
Organogênese Rudimentar 
Placa neural 
Placa neural 
Sulco neural 
A 
notocorda 
influencia 
a formação 
da placa 
neural 
Pregas neurais 
O mesoderma paraxial (somitos) também 
induz a formação da placa neural 
Formação do tubo neural 
A formação do 
tubo neural 
envolve 
diversos 
fatores 
moleculares e 
sinais 
externos, 
sendo um 
processo 
multifatorial e 
complexo 
Tubo e crista neural 
Crista neural 
Origem ectodérmica 
Crista neural 
Crista neural 
Ectoderma 
Migram no sentido ventrolateral 
Neuróporos 
O fechamento do tubo 
neural ocorre do centro 
para as extremidades. As 
aberturas nas 
extremidades recebem o 
nome de neuróporos. 
Extremidade cefálica: 
neuróporo anterior 
Extremidade caudal: 
neuróporo posterior 
Neuróporos 
Vesículas primárias 
Sulcos ópticos 
Vesículas ópticas 
Vesículas 
ópticas 
 Com a fusão 
das pregas neurais e 
formação do prosen-
céfalo, os sulcos 
ópticos, por indução 
do mesenquima 
cefálico adjacente, 
formam as vesículas 
ópticas. 
Vesículas secundárias 
Mesoderme 
Diferenciação inicial da mesoderme 
Mesoderme 
Paraxial 
Mesoderme 
Intermediário 
Mesoderme 
Lateral 
Mesoderma 
lateral 
Mesoderma 
paraxial 
Mesoderma 
intermediário 
Diferenciação inicial da mesoderme 
Mesoderme 
Mesoderme 
Paraxial - 
Somitos 
Mesoderme 
Intermediário 
Mesoderme 
Lateral -
Esplâncnopleura 
e Somatopleura 
Mesoderme 
Esplancnopleura 
Mesoderma lateral 
esplancnico + 
endoderme 
Mesoderma 
intermediário 
Somatopleura 
Mesoderma lateral 
somático + 
ectoderme 
Somitos 
Mesoderme 
Somitos (diferenciação) 
O somito se subdivide em: 
 
• porção ventral: esclerótomo - coluna 
vertebral e costelas 
• porção dorsal: dermomiótomo 
• dermátomo: derme e hipoderme 
• miótomo: musculatura do tronco (tórax e 
abdômen) e pescoço 
Somitos (diferenciação) 
Somitos (diferenciação) 
Dermátomo 
Miótomo 
Esclerótomo 
Somitos (diferenciação) 
Dermátomo 
Miótomo 
Esclerótomo 
Embrião de galinha 72 hs incubação – 20x 
O mesoderma intermediáriose diferencia em: 
 
• Sistema genital 
• Sistema unrinário 
Mesoderma intermediário 
Mesoderma intermediário 
Cordão 
nefrogênico 
Mesoderma intermediário Cordão nefrogênico 
Mesoderma lateral 
O mesoderma lateral se diferencia em: 
 
• Mesoderma lateral somático 
 
 
• Mesoderma lateral esplânctico 
Mes. Lat. Som. + Ectoderma = 
SOMATOPLEURA 
Mes. Lat. Esp. + Endoderma = 
ESPLANCNOPLEURA 
Sistema circulatório 
Vasos sanguíneos 
Área cardiogênica 
Angiogênese e 
hematogênese 
4ª 
semana: 
Dobra no 
corpo do 
embrião 
(achatado 
para 
cilíndrico) 
Moore & Persaud, 2005 
Modelagem do embrião 
Inicialmente o embrião é achatado 
Modelagem do embrião 
A medida que o embrião se desenvolve, 
vão ocorrendo dobras 
Modelagem do embrião 
Essas dobras são dobras cefálicas e 
caudais e dobras laterais 
Modelagem do embrião 
O embrião fica com aspecto cilíndrico 
Desenvolvimento do 
intestino primitivo 
Desenvolvimento do 
intestino primitivo