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Resenha da divisão social do trabalho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA GERAL
RESENHA: DA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Cap. 2 e 3
GILSON RODRIGUES DOS SANTOS NETO
NATAL
2019
	No começo do livro o autor aborda que a divisão do trabalho nas sociedades, sejam elas, dentro de sua visão positivista, inferiores ou superiores, representadas respectivamente pelas solidariedades mecânica e orgânica. Durkheim distingue dois tipos de laços que unem os homens à ordem social: a solidariedade mecânica estruturada 
por meio da consciência coletiva, apresentando-se como uma comunidade de 
crenças, valores, sentimentos e práticas; e a orgânica decorrente da divisão do 
trabalho social surgindo como um sistema de funções diferentes e 
especializadas, que configuras sociedades modernas.
	No capítulo 1 Durkheim afirma que a solidariedade mecânica prevalece naquelas sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs. Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo, essa correspondência de valores assegura a coesão social. 	
	Já no capítulo 2 o autor descreve a solidariedade orgânica como a do tipo que predomina nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (o conceito deve ser aplicado às sociedades capitalistas). Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.
 	A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais. Durkheim emprega alguns conceitos das ciências naturais, em particular da biologia com objetivo de fazer uma comparação entre a diferenciação crescente sobre a qual se assenta a solidariedade orgânica.
	Durkheim explica que “se a divisão do trabalho não produz a solidariedade é porque as relações dos órgãos não são regulamentadas, e que elas estão num estado de anomia (P.68). Ele entende por anomia a ausência de regras, o que considera como o principal problema do mundo moderno onde o trabalhador perde o sentido de seu trabalho e é reduzido à máquina, o que considera transitório, pois compreende que haverá naturalmente, uma regulamentação das relações industriais e do trabalho. 
	Tal situação descrita por Durkheim quando trata da anomia nos faz refletir sobre as relações de trabalho contemporâneas, onde as facilidades e acessibilidade aos mais diferentes mecanismos de substituição do fazer humano se faz tão comum ao processo produtivo. Nota-se, portanto, que na atualidade faz-se necessário possuir um diferencial, algo que o torne dotado de excelência na sua função para que em meio à competitividade, possa destacar-se como a melhor opção.
	Durkheim concebe as sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre, mas todos dependem um do outro para o bom funcionamento do ser vivo. A crescente divisão social do trabalho faz aumentar também o grau de interdependência entre os indivíduos. Para garantir a coesão social, portanto, onde predomina a solidariedade orgânica, a coesão social não está assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas jurídicas.

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