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Aula 5 ECG

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Eletrocardiograma
Profa. Priscyla M Giachetti
CONCEITO
É o registro gráfico da atividade elétrica gerada pelo coração
e obtido na superfície corpórea através de pequenas placas
de metal colocadas em pontos pré estabelecidos
(derivações).
DEFINIÇÃO
• A eletrocardiografia tornou-se uma prática a ser realizada, há
mais de um século, devido aos estudos de fisiologia realizado
sobre à atividade elétrica do coração humano, pelo médico e
cientista holandês Willem Einthoven (1860-1927).
• O ECG é considerado padrão ouro para o diagnóstico não
invasivo das arritmias cardíacas e das isquemias
coronarianas, além de ser utilizado como método
complementar para visualizar e interpretar as alterações
estruturais e metabólicas.
Impulso Elétrico 
• O impulso elétrico cardíaco é iniciado e direcionado por um
sistema especifico do coração, responsável pelo ritmo
cardíaco, assim realizando as contrações sincronizadas dos
átrios e ventrículos.
• O sistema de condução é composto
por nó sinusal (NS) ou sinoatrial,
nó atrioventricular (nó AV),
feixe de HIS, ramos direito
e esquerdo do feixe de HIS e
sistema de Purkinje.
O processo de condução elétrica, é responsável pela sístole e diástole, no
momento que ocorre o processo da bomba Na+/K+ no meio intracelular e
extracelular, dividido em cinco etapas denominado Potencial de Ação:
- Fase 0: Despolarização rápida
ou ascendente
- Fase 1: Repolarização rápida inicial
- Fase 2: Platô
- Fase 3: Repolarização rápida final
- Fase 4: Potencial de repouso
da membrana e
despolarização diastólica.
Impulso Elétrico 
Princípios Básicos do 
Eletrocardiograma 
O eletrocardiograma possui 12 derivações, que são divididas
em periféricas e precordiais e formada por traçado positivo e
negativo.
- O traçado eletrocardiográfico é captado de maneira
UNIPOLAR: potencial captado por apenas um eletrodo e
outro como ponto neutro ou BIPOLAR: potencial captado por
dois eletrodos.
- Desta forma a apresentação correta dos eletrodos devem ser
precisas, para que a interpretação seja correta.
Derivações Periféricas
Derivações Precordiais e 
Posteriores 
V1: quarto espaço intercostal à direita, ao lado do esterno;
V2: quarto espaço intercostal à esquerda, ao lado do 
esterno;
V3: ponto médio entre as derivações V2 e V4;
V4: quinto espaço intercostal à
esquerda, na linha hemiclavicular;
V5: quinto espaço intercostal à 
Esquerda na linha axilar anterior;
V6: quinto espaço intercostal à
esquerda, na linha axilar média.
Atenção: Posicionamento Correto dos 
Eletrodos 
• O profissional de enfermagem, ao realizar o exame
eletrocardiográfico e posicionamento correto dos eletrodos,
garante a eficácia e confiabilidade nos resultados do traçado,
para interpretação correta e adequada.
• Os eletrodos quando posicionado incorretamente (inversão
dos eletrodos), torna-se um problema grave, sendo
responsável por erros na interpretação do traçado, como
alterações de polaridade e inversão dos traçados, colocando o
paciente em risco de diagnóstico e
intervenção desnecessário,
comprometendo a vida do paciente.
Características do Papel 
Eletrocardiograma
O papel do eletrocardiograma é medido em milímetros, 
sendo constituído por quadrados pequenos e quadrados 
grandes.
Representação Eletrocardiográfica 
NORMAL 
O traçado eletrocardiográfico, expressa a despolarização e
a repolarização atrial e ventricular, mediante a condução do
estimulo elétrico por todo o coração.
Representação Eletrocardiográfica 
NORMAL 
Eletrocardiograma
Analisando Ritmo e Frequência 
1. O ritmo é regular ou irregular?
2. Qual a frequência cardíaca?
3. Tem onda P? A sua morfologia é normal? Cada onda P
precede um complexo QRS?
4. O complexo QRS é estreito ou alargado?
5. Qual o valor do intervalo PR? Qual a relação da onda P com o
complexo QRS?
6. O segmento ST e o ponto J se encontram na linha isoelétrica?
7. A onda T é positiva, exceto na derivação aVR?
8. O intervalo QT está no tempo esperado?
Ritmo Cardíaco 
Frequência Cardíaca Ritmo Regular 
O primeiro método, divide-se 1.500 pelo número de quadrados
pequenos entre duas espiculas consecutivas das ondas R.
Frequência Cardíaca Ritmo Regular 
Segundo método é a partir de uma contagem sequencial (300,
150, 100, 75, 60 e 50), aplicando aos quadrados maiores entre
duas espículas consecutivas das ondas R
Frequência Cardíaca Ritmo Irregular 
Selecionar 30 quadrados grandes (6 segundos) do ECG de uma mesma
derivação, nesta escolha contar quantos complexos QRS estão
presentes, este número multiplicar por 10. (6 segundos x 10 = 60
segundos ou 1 minuto).
Derivações versus miocárdio
Ritmo Sinusal
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
FC: 60 bpm
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
FC: 75 bpm
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
FC: entre 60-75 bpm
Agora divida o número de quadradinhos de uma onda R até a outra onda R 
e divida por 1500. Aí você terá a FC exata.
1500/23= 65 bpm
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
FC: entre 100-150 bpm
Agora divida o número de quadradinhos de uma onda R até a outra onda 
R e divida por 1500. Aí você terá a FC exata.
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
Ritmo irregular:
FC: 90 bpm
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Freqüência?
ARRITMIAS
Qualquer distúrbio na origem do impulso cardíaco,
na frequência ou condução.
O termo é comumente usado na literatura e na
prática médica, porém é utilizado impropriamente.
ARRITMIAS
Repercussões hemodinâmicas
Conjunto de sinais e sintomas que traduzam baixo
débito cardíaco (pulso fino, baixa perfusão tecidual,
cianose) e/ou baixo fluxo sanguíneo cerebral
(alteração do estado de consciência, tontura e
síncope).
Necessitam de tratamento imediato
Classificação das Arritmias 
ARRITMIAS- DIAGNÓSTICO
Anamnese
Exame Físico
Eletrocardiograma
Exames Complementares
Exames Laboratoriais
ARRITMIAS
Drogas- atropina, amiodarona, procainamida, 
adenosina,verapamil,dopamina, lidocaína,propranolol
Cardioversão Elétrica
Massagem de Seio Carotídeo
Marcapasso Provisório/ Definitivo
Cardiodesfibrilador Implantável 
BRADIARRITMIAS
1- Bradicardia sinusal - FC menor que 60bpm
É a bradiarritmia mais encontrada
Atinge jovens com bom condicionamento físico,
pode ocorrer durante o sono.
Uso de drogas (digital; bloqueadores AV)
Tratamento: sintomas (atropina - bloqueia o efeito
vagal), SE NECESSÁRIO.
Bradicardia sinusal
Qual ritmo?
Tem onda p?
A onda p é seguida do complexo QRS?
O intervalo p-R é < 0,20 seg ( 5 quadradinhos)?
Qual a frequência Cardíaca?
2- Bloqueio atrioventricular- BAV
- Caracterizado pelo retardo ou bloqueio do
estímulo atrial para os ventrículos. Podem ser:
BAV 1º GRAU
- Ritmo sinusal com intervalo PR maior que 0.20 s;
tem bom prognóstico e não requer tratamento
específico; não apresenta alterações hemodinâmicas.
BAV – 2º GRAU
- Alguns impulsos atriais não atingem os ventrículos.
Possui 2 tipos- Mobitz I (acima do feixe de His),
intervalo PR vai aumentando progressivamente.
Mobitz II, intervalo PR constante sendo que de umahora para outra ele não estimula, há uma pausa
(abaixo do feixe de His), sendo de pior prognóstico,
tratamento com marcapasso.
3º grau (total) BAVT
- Não ocorre condução dos estímulos atriais aos
ventrículos; necessita de intervenção imediata,
tratamento com marcapasso.
O complexo QRS têm aparência normal?
1-Taquicardia sinusal : estimulação simpática - FC
acima de 100bpm
Resposta fisiológica normal: ansiedade, atividade
física, estimulantes (café, nicotina)
Situações patológicas: febre, dor, anemia, hipoxemia,
choque, hipertireoidismo, ICC
Drogas que podem causar a taquicardia: atropina;
catecolaminas (dopamina, epinefrina)
Tratamento: causa, SE NECESSÁRIO
Taquicardia sinusal
ANÁLISE DO ECG
- O complexo QRS têm aparência normal ?
-QRS estreito = arritmia supraventricular
-QRS alargado = arritmia ventricular
-ausência de QRS = assistolia ou FV
Fibrilação Atrial (FA)
• Ausência de onda P; várias 
ondas P modificadas (ondas “f”);
• Ritmo: irregular
•Freq atrial entre 400 e 600 bpm;
• Pacientes com cardiopatia
subjacente: doença reumática, 
doença arterial coronária, 
alcoolismo, pericardite, alteração 
eletrolítica.
Freqüência cardíaca: aumentada, normal ou baixa
Intervalo RR: irregular
Presença da onda P antes do QRS: ausente
Largura do complexos QRS: normal
Intervalo PR: sem onda P
Relação entre onda P e o QRS: sem onda P
Fibrilação Atrial
Flutter atrial 
•Ft atrial 300 bpm (do átrio); Ritmo
regular;
• Ondas “F”: ondas P com aspecto de
“borda cortante de serra”;
• Doença cardíaca intrínseca: febre
reumática, coronariopatia, CIA
(comunicação interatrial);
• Influência adversas extrínsecas:
alcoolismo, pericárdio inflamado ou
infiltrado (pneumonia, CA brônquico);
• Tende a ser instável, evolui para FA ou
RS.
• Freqüência cardíaca: aumentada
ou normal
• Presença da onda P antes do
QRS: Ondas F (“P”em serra)
• Largura do complexos QRS:
normal
• Intervalo PR: não tem P
• Relação entre onda P e o QRS:
zero
Ritmos de Parada Cardiorrespiratória
Apesar do termo “parada”, o coração não necessariamente está
parado, e pode estar em algum ritmo caótico, que não permite
bombeamento do sangue para órgãos vitais e tecidos. Os ritmos
de parada cardiorrespiratória são:
- Assistolia;
- Atividade elétrica sem pulso;
- Fibrilação ventricular;
- Taquicardia ventricular sem pulso.
Assistolia
Ausência de qualquer atividade ventricular contrátil e elétrica 
em pelo menos duas derivações eletrocardiográficas.
Atividade Elétrica sem Pulso (AESP)
Ausência de pulso detectável na presença de qualquer tipo de
atividade elétrica excluindo FV e TV.
Taquicardia Ventricular sem Pulso (TV) 
Ritmo Chocável
Taquicardia ventricular (TV)
• Frequência cardíaca: aumentada
• Intervalo RR: regular
• Onda P antes de QRS: ausente
• Largura do complexos QRS: aumentada 
• Intervalo PR: ausente (não tem onda P)
• Relação entre onda P e o QRS: zero
• Esta arritmia pode ser acompanhada de pulso ou não. Neste 
último caso, estamos diante de uma PCR.
• TV com duração maior que 30 seg = TV sustentada
•
• TV com duração menor que 30seg = TV não sustentada
Fibrilação Ventricular (FV) Ritmo 
Chocável
• Contração sem sincronismo do miocárdio, devido atividade 
elétrica caótica, de diferentes fibras miocárdicas, resultando 
em ineficiência total do coração em manter fluxo sanguíneo 
adequado.
• Classificada em FV grosseira e fina.
Qual ritmo?
Qual ritmo?
Qual ritmo?
EXTRA – SÍSTOLE VENTRICULAR
São batimentos prematuros que originam-se de focos
diferentes do original, como no traçado elas tem formas
diferentes são chamadas polimórficas.
Padrões de extra-sítoles ventriculares
Trigeminismo
2 batimentos normais para 1 ESV
Bigeminismo
1 batimento normal para 1 ESV
Qual ritmo?
Qual ritmo?

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