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Inventário de Redações Nota 1000

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NOTA 1000
ENEM 2001-2016
www.acrobatadas let ras .com.br
INVENTÁRIO DE REDAÇÕES
Organizado por Ana Paula Belarmino 
Distribuído por Acrobata das Letras 
www.acrobatadasletras.com.br
20 
01 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2001 
"Neodarwinismo" 
Autoria desconhecida 
 
Em prol da sobrevivência, há milhares de anos, a caça e a pesca eram praticadas pelo homem. 
Hoje, em nome do Neoliberalismo, na atual conjuntura de perda dos sentimentos holísticos, 
desmatamos e poluímos a natureza na incessante busca do lucro, em detrimento do bem-estar 
da humanidade. Todavia, o homem parece ter esquecido que a natureza não é apenas mais um 
instrumento de alcance do desenvolvimento, mas a garantia de que é possível alcançá-lo. 
Primeiramente, é importante ressaltar o papel do meio-ambiente para o desenvolvimento 
econômico de uma sociedade. É notório que a extração de recursos minerais e de combustíveis 
fósseis é fundamental para a atração de indústrias e consequentemente para a solidez do setor 
produtivo da economia. No entanto, o uso indiscriminado desses bens naturais pela grande 
maioria das empresas não pode mais continuar. Cabe aos governantes e à própria população 
exigirem das mesmas a aplicação de parte do lucro obtido na manutenção de suas áreas de 
exploração e não permitir o “nomadismo” dessas indústrias. 
Nesse sentido, vale lembrar que os poderes político e econômico encontram-se intimamente 
ligados em uma relação desarmônica, que favorece o capital em detrimento do planeta em que 
vivemos. De fato, percebe-se que na atual conjuntura excludente, o poder do Estado Mínimo 
é medido de acordo com sua capacidade de atrair investimentos. Um exemplo disso é o grande 
número de incentivos fiscais e leis ambientais brandas adotados pela maioria dos países 
periféricos buscando atrair as indústrias dos países poluídos centrais. Enquanto isso, a 
população permanece alienada e inerte, não exigindo a prática da democracia, que deveria 
atuar para o povo e não para os macrogrupos neoliberais. 
Além disso, cumpre questionar o papel da sociedade nesse paradoxo desenvolvimento-
destruição ambiental. É fato que a maioria da população se mantém à margem das questões 
ambientais, por absorver, erroneamente, a falácia de que a tecnologia pode substituir a 
natureza. Desse modo, os consumidores tecnológicos passam a exigir mais do setor produtivo, 
que, por sua vez, passa a exaurir o meio-ambiente. Estabelece-se, assim, um círculo vicioso 
que tem como elo principal um bem finito, que, se quebrado, terá consequências 
desconhecidas e catastróficas para a humanidade. 
Torna-se evidente, portanto, que o que vem ocorrendo na humanidade é apenas uma sucessão 
de conquistas e avanços na área tecnológica. O real desenvolvimento só será alcançado quando 
o homem utilizar a natureza de forma responsável e inteligente. Para tanto, é preciso que sejam 
criados mecanismos eficazes de fiscalização, sejam eles governamentais ou não. Além disso, 
deve haver por parte da mídia maior divulgação das questões ambientais, para que a 
população possa se mobilizar e agir exercendo seus direitos. Assim, estaremos de acordo com 
a teoria da seleção natural, em que o meio seleciona os mais aptos e não o contrário. 
 
 
 
20 
02 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2002 
"A equação da democracia" 
Autoria desconhecida 
 
Comícios estudantis. Diretas já! “Caras-pintadas.” O que se percebe de comum nesses 
movimentos é a maciça participação do público jovem. A luta para adquirir a liberdade e os 
direitos políticos foi muito bem representada, mas será que acabou? É preciso alertar a 
sociedade de que somente com o esforço comum e o ímpeto de bravura de nossos jovens 
poderemos concretizar a conquista alcançada, e verdadeiramente promover as transformações 
sociais de que o país necessita. 
O direito de escolher, por eleições diretas, o próprio governante representou uma grande 
vitória no quadro político-social do Brasil. O movimento das Diretas Já foi o primeiro passo, 
e apesar de não ter alcançado de imediato seu objetivo, conseguiu acender na sociedade uma 
chama muito forte: a da necessidade de busca pela participação política a reivindicação de 
melhorias sociais. 
Nessa perspectiva, o que se observa é que o voto é um instrumento muito valioso que foi dado 
ao eleitor brasileiro. É a nítida certeza de que algo pode ser mudado se as pessoas buscarem 
sua própria consciência política. Seria, no entanto, utópico pensar em conscientização se antes 
não for dada ao povo a noção dos seus próprios direitos. É necessário implantar nas 
instituições educacionais disciplinas que promovam justamente o ensino da cidadania, dos 
deveres e direitos, e de como lutar, de forma inteligente, por melhores condições sociais, 
políticas, econômicas e até afetivas. 
Diante de um povo mais consciente de sua significância na política nacional, a inércia e a 
imparcialidade da sociedade serão deixadas de lado. Com a promoção de tais mudanças, o 
povo estará mais alerta para escolher seus candidatos e exigir, tanto antes quanto depois das 
eleições, a realização das promessas feitas durante o período eleitoral. A população não ficará 
mais míope, e conseguirá enxergar que a luta pelo interesse comum deve suplementar as 
vontades pessoais e partidárias, e que a participação popular, no voto e nos projetos, é de 
extrema necessidade e grandiosa responsabilidade. 
O ensino dos direitos políticos, portanto, torna-se uma disciplina indispensável na educação 
do cidadão brasileiro. Educar baseando-se na equação “conteúdo+conscientização” irá, com 
toda certeza, promover o enriquecimento do quadro histórico nacional. Caso mudanças como 
essa sejam alcançadas, e se tornem uma nova conquista, assim como o direito de votar foi, não 
haverá mais dúvidas quanto ao voto ser facultativo ou obrigatório. Surgirá uma nova 
perspectiva de prosperidade dentro da sociedade, a participação será em massa e homogênea, 
e o povo realmente entenderá o verdadeiro significado da palavra democracia. 
 
 
 
20 
03 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2003 
"As faces da violência no Brasil" 
Autoria desconhecida 
 
Muito se tem discutido acerca da violência que aflige a sociedade brasileira de um modo geral. 
Antes vista como característica dos grandes conglomerados urbanos, hoje ela se faz presente 
no cotidiano de cada cidadão e se manifesta de diversas formas, desde a física até a moral. 
Todavia, a sociedade tem encontrado vários entraves no caminho rumo à solução deste 
panorama, barreiras estas impostas por um modo de pensar determinista e, muitas vezes, 
preconceituoso. 
De fato, muitos acreditam ser a violência fruto da profunda desigualdade social de nosso país 
e baseiam seu pensamento em um sofisma simplista, afirmando que o pobre pratica a violência 
por ser privado do atendimento de suas necessidades mais básicas. Nesse sentido, eles 
desculpam grande parte da sociedade pelo problema e partem de uma premissa, que, se 
verdadeira, faria de todos os miseráveis brasileiros pessoas violentas em potencial. Atrelar a 
problemática da violência ao estado de pobreza e miséria é dizer que ela é característica de 
uma única fatia da população e negar seu cunho cultural tão profundo. 
Verdade é que a violência é tão presente em nosso dia-a-dia que já não apresenta uma face 
definida, e já não somos capaz de identificá-la tão facilmente. A mídia tem contribuído, nesse 
sentido, com sua banalização, visto que divulga produções artísticas em geral, nas quais o 
“bem” vence o “mau” por meio de batalha física. Vence quem for mais forte fisicamente, aquele 
que melhor saiba utilizar a força como forma de alcançar a vitória.Deste modo, passamos a 
ver a violência como forma de resolver conflitos, mesmo que o façamos inconscientemente, e 
passamos a ignorar a importância do diálogo e do debate civilizado. 
Pode-se, portanto, afirmar que a solução do problema não é de fácil alcance, visto que envolve 
questões ideológicas e culturais muito arraigadas no pensamento da sociedade. Contudo, uma 
medida eficiente seria a aplicação de penas mais rígidas para quem fizesse uso da violência em 
qualquer uma das formas que ela é capaz de assumir, devido ao fato de que a impunidade 
encoraja, muitas vezes, a prática de atos violentos. Outra solução seria difundir, ainda nas 
escolas, a importância do diálogo e as implicações da violência, contribuindo para a formação 
de indivíduos mais conscientes quanto ao assunto. 
Tudo isso, no entanto, não será verdadeiramente eficaz enquanto a sociedade encarar a 
violência com determinismos e preconceitos, mesmo sabendo que é difícil não nos rendermos 
à facilidade de culpar a pobreza e assumirmos uma visão simplista do assunto, assim como é 
difícil identificarmos com clareza aquilo que nos leva a agira de forma violenta muitas vezes. 
Somente se adotarmos uma postura realmente objetiva seremos capazes de encontrar soluções 
práticas e funcionais. O problema da violência no Brasil se faz ainda mais urgente, pois o 
capital utilizado em seu combate poderia ser utilizado para suprir as necessidades da 
população. Enquanto não conseguirmos resolver este quadro, o país continuará sofrendo com 
a violência da fome, da miséria, da falta de educação e da insalubridade; violências ainda mais 
marcantes. 
 
 
 
20 
04 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2004 
"Coleira invisível" 
Autoria desconhecida 
 
Em uma época marcada por uma cobertura ostensiva da mídia, não são poucos os casos de 
abusos, como invasões de privacidade e reportagens tendenciosas. Diante desse quadro, 
muitos sugerem um retrocesso perigoso, com mecanismos de controle que se remetem a 
épocas sombrias da história brasileira. Entretanto, essa mesma história mostra que soluções 
radicais costumam ser perigosas, por isso é preciso ter cuidado com propostas precipitadas: 
nada justifica um cerceamento do trabalho dos meios de comunicação. Nesse contexto, em um 
palco ocupado por atores que extrapolam em seus papéis e um público acrítico, a solução 
parece depender, em essência, de algo tão simples quanto raro: bom senso. Sem radicalismos. 
O caminho para solucionar o conflito enfrenta seu primeiro obstáculo na identificação do 
problema, afinal é imprecisa a fronteira entre o direito de imprensa e o direito individual: o 
que é um “abuso”? Nesse sentido, a solução parece ser uma atuação mais presente, veloz e 
rigorosa do sistema judiciário. Com isso, não se impõem restrições prévias a qualquer 
conteúdo, ao mesmo tempo em que se inibem abusos pela possibilidade concreta de multas. 
Basta, para isso, reduzir os entraves burocráticos no acesso à justiça e na definição de 
sentenças. 
Apesar de eficientes, essas penas rareariam os abusos na imprensa de forma apenas 
superficial, pois não atacariam causas profundas do problema. Uma análise cuidadosa revela 
que a má atuação dos veículos de comunicação é fruto de uma crise de valores tanto de 
profissionais, que, muitas vezes, agem sabendo que estão errados, quanto das empresas, que 
permitem e até estimulam práticas imorais. Nesse contexto, é necessária uma mudança de 
postura: de um lado, as faculdades de comunicação poderiam dar maior importância à ética 
no trabalho para formar jornalistas conscientes; de outro, as empresas deveriam fazer valerem 
seus código de ética, em uma espécie de auto-regulação. Nem tudo vale em nome da audiência. 
O papel efetivo da justiça e a conduta moral dos profissionais de imprensa, contudo, podem 
se tornar pouco relevantes se a própria sociedade adotar uma postura diferente. O raciocínio 
é simples: se a sociedade não assistir aos abusos, eles desaparecerão. É evidente que essa 
lógica, em certos casos, esbarra em um desejo contemporâneo de assistir a conteúdos 
“proibidos”, como a intimidade de pessoas famosas. Entretanto, com uma formação humana 
mais sólida, essa aparente utopia pode ser tornar real. Dessa forma, a liberdade irrestrita de 
informação seria garantida, e excessos e distorções acabariam eliminados pelo próprio 
mercado. 
Assim, é possível imaginar o usufruto da liberdade de imprensa sem abusos, desde que impere 
o bom senso no poder público, na mídia e na própria população. Com isso, os veículos de 
comunicação podem deixar seus atuais roteiros exagerados no camarim para assumir outro 
papel: o de “cão-de-guarda” da sociedade. Com critério na divulgação de notícias, denúncias, 
críticas e análises, esse importante agente social pode agir sem estar acorrentada por 
mecanismos de censura, sendo “presa” apenas pelo reconhecimento de sua função. 
 
 
 
20 
05 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2005 
"O futebol e o livro" 
Autoria desconhecida 
 
 
Trocando o campo de futebol pelo canavial, o livro pela enxada. Essa é a realidade de muitas 
crianças brasileiras atualmente. O trabalho infantil, que é constitucionalmente proibido, é 
uma realidade brasileira que se tornou gritante e insustentável. Do contexto de miséria, falta 
de solução e jogo de interesses, a infância no Brasil parece estar diminuindo 
significativamente. 
A necessidade desse amadurecimento precoce está diretamente ligada à pobreza das famílias 
brasileiras. Cerca de 14,5% da população vive na mais absoluta miséria, principalmente no 
Nordeste, fato esse que explica a concentração de crianças trabalhadoras nessa região. Tendo 
necessidade de aumentar a sua renda, as famílias colocam os seus filhos para trabalhar. O que 
se precisa é de uma melhor distribuição de renda no país, que é comprometida desde que o 
Brasil tem esse nome. 
Essa miséria se estende ao campo da educação. Como causa, a falta de escolaridade faz com 
que o trabalho seja o único meio de se ascender socialmente. E como consequência, a 
necessidade de trabalho faz com que as crianças não tenham tempo de ir para a escola. Devem 
ser feitos programas como Bolsa-escola, que garantem educação para a criança e maior renda 
para a família. 
O problema dessa solução é a dificuldade que os empregadores criam. Não há mão-de-obra 
mais barata do que a infantil. O interesse na manutenção desse sistema é grande e difícil de 
ser quebrado, visto que há muitas pessoas poderosas e toda uma herança histórica envolvidas. 
Apesar de antigo, o costume das vantagens que a escravidão trazia ainda se vê presente. Com 
o fim dessa, a mão-de-obra mais lucrativa se tornou a infantil. Deve-se fazer valer a 
Constituição e punir os envolvidos nesse crime de exploração. 
Não há dúvida, portanto, de que a solução para se acabar com o trabalho infantil é constituída 
de várias etapas, mas todas elas necessitam da participação do governo. O auxílio que esse 
deve dar às famílias é fundamental para a exploração infantil não seja mais necessária. Assim, 
tudo se resume à miséria, e a solução se torna uma só: o fim dela. 
20 
06 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2006 
"A química da leitura" 
Autoria desconhecida 
 
A chegada ao século XXI representa, em muitos aspectos, uma espécie de retorno à época das 
cavernas. Ao mesmo tempo em que se repetem cenas de violência bárbara e as relações 
humanas se tornam semelhantes às de animais, a linguagem escrita vai sendo substituída 
pelas imagens. Nesse contexto, mais do que nunca, é preciso revalorizar a capacidade 
transformadora da palavra escrita, especialmente no que diz respeito à leitura. 
De um ponto de vistapragmático, mais do que informar, a leitura desenvolve a inteligência 
crítica. Em um mundo globalizado, em que a Revolução Tecnológica torna qualquer 
informação obsoleta a cada minuto, os mais “adaptados” não serão os “tele-informados”, mas 
aqueles capazes de reaprender sempre, que são os acostumados a ler. Por essa razão, subsídios 
governamentais ao barateamento dos livros e à construção de bibliotecas públicas são 
imprescindíveis. 
Na dimensão psicológica, a catarse diante de uma narrativa ajuda a construir personalidades. 
Quanto mais (e melhor) uma pessoa tiver lido, mais rica e complexa será sua “psique”. 
Sentimentos, linguagem, comportamentos – o que está nos livros nos amadurece e 
transforma. Para isso, a valorização de professores pode ser útil no sentido de engajá-los em 
projetos de dramatização de romances que incentivem a leitura de ficção. 
Essa transformação dupla acaba por criar outro tipo de mudança, do indivíduo para o mundo 
que o cerca. Isso ocorre porque o ato de ler desenvolve uma competência crítica e reflexiva nos 
leitores, capaz de torná-los agentes sociais de muitas transformações. Como disse Drummond, 
mais do que conquistar universos externos, cabe ao homem humanizar-se. E a leitura, como 
ato solitário e concentrado, pode permitir essa descoberta, desde que os pais deem o exemplo 
e criem um ambiente familiar favorável a essa atividade. 
Por tudo isso, fica evidente que a leitura tem mesmo um papel transformador. Depois de ter 
sido inventada, desenvolvida e difundida, a palavra escrita tem sido abandonada por muitos. 
Não é de estranhar que prefiram se comunicar por socos e pontapés. Por isso, governantes, 
professores e pais devem assumir seus papéis no sentido de fazer da leitura uma prática 
possível. Basta isso para a “reação química” do conhecimento ocorrer. 
 
 
 
20 
07 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2007 
"Um novo molde" 
Autoria desconhecida 
 
Na primeira metade do século XX, o mundo conheceu os horrores do nazismo quando a 
Alemanha liderada por Adolf Hitler perseguiu e massacrou judeus. Essa triste história se torna 
ainda pior ao se perceber que hoje, décadas depois, a mesma essência permanece presente: a 
intolerância às diferenças. Na contemporaneidade, esse sentimento mesquinho e egoísta causa 
exclusão social, discriminação e até morte, por isso é dever do poder público, das instituições 
de ensino e da família promover o respeito. 
Há dez anos, adolescentes da classe média de Brasília incendiaram um índio que dormia na 
rua. No entanto, os mesmos se encontram em liberdade. Poucos meses atrás, uma doméstica 
foi espancada por jovens na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro. Para que tais 
atrocidades não continuem se repetindo, os mecanismos de julgamentos e atribuições de 
penas precisam ser mais eficazes e não podem permitir casos de impunidade, especialmente 
em relação às classes mais altas, que desfrutam de privilégios tácitos na (in)Justiça brasileira. 
Injusta também é a falta de reconhecimento da importância das diferenças culturais para o 
progresso da humanidade. Os números romanos e os ensinamentos de Dalai Lama, por 
exemplo, são conhecidos por quase todos. A tecnologia dos meios de comunicação facilita esse 
acesso, porém isso está longe de bastar para acabar com o preconceito existente na sociedade. 
Os professores, junto às escolas e faculdades, têm o poder e o dever de transformar a 
mentalidade de seus alunos. Incentivar pesquisas sobre a vida da população em diversos 
países é um ótimo começo. 
No entanto, não é apenas responsabilidade do Estado e dos profissionais da educação 
transmitir valores. É papel também da família fazê-lo. Desde criança, o cidadão tem que 
aprender a respeitar os valores humanos, e o exemplo, nessa idade, está em casa. Assim, é 
necessário que, desde cedo, os jovens aprendam não só a valorizar sua própria 
individualidade, mas também a respeitar as dos outros. Nesse sentido, conversas e histórias 
sobre os antepassados familiares podem ajudar a mostrar ao jovem de hoje que as diferenças 
étnicas e culturais são bem menos profundas e distantes do que podem parecer em uma análise 
inicial. 
Torna-se evidente, portanto, a importância de se respeitar a individualidade alheia. A criação 
de leis e punições mais severas e o trabalho de um governo que valorize as diferenças existentes 
em seu país são caminhos para que gerações futuras sofram menos discriminações. Dessa 
forma, pequenas mudanças como a inclusão, no programa do ensino médio, de aulas de 
cidadania e de valores humanos, e a promoção de campanhas que estimulem bons exemplos 
em casa parecem capazes de ajudar a mudar a mentalidade da humanidade. Afinal, na 
mudança do presente, molda-se o futuro. 
 
 
 
 
 
 
20 
08 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2008 
"Homeostase ecológica" 
Autoria desconhecida 
 
Um estudo feito pelo respeitado cientista brasileiro Enéas Salati concluiu que a Amazônia tem 
importante papel na manutenção do ciclo hidrológico da área entre o oceano Atlântico e o 
Peru. A excessiva exploração sofrida pela floresta atualmente, portanto, pode degradar o ciclo 
e prejudicar safras agroindustriais, bem como a geração de energia hidrelétrica na região. Seja 
pelos prejuízos socioeconômicos ou por pura consciência ambiental, o fato é que já passamos 
da hora de agir. Nesse contexto, para garantir o equilíbrio financeiro e ecológico do país, são 
necessários o aumento da fiscalização e a aplicação de multas severas aos desmatamentos 
ilegais. 
A importância ecológica da Amazônia para o Brasil e para o mundo é reconhecida por todos, 
leigos ou especialistas. Fauna e flora locais contêm espécies tão diversificadas quanto raras, 
elementos fundamentais em um sistema que, afetado, tem como consequência direta o 
desequilíbrio do ciclo hidrológico de uma região de milhares de quilômetros – e milhões de 
seres humanos. Sem dúvida, a manutenção de importantes atividades econômicas, como o 
agronegócio e a geração de energia hidrelétrica, só será possível se a floresta for mais 
respeitada, já que alterações no período de precipitações prejudicam as plantações de soja e 
cana-de-açúcar presentes no local, além de alterarem o funcionamento das usinas. 
Tendo em vista tais perdas, é preciso elaborar medidas que garantam a proteção ambiental e 
o benefício humano. Uma solução é o aumento da fiscalização sobre a região da mata. Para 
isso, as forças armadas brasileiras podem exercer importante papel, tanto pela ocupação de 
certas áreas quanto por meio de sobrevoos, que permitiriam uma visão ampla. Da mesma 
forma, o poder público deve fazer controle severo na regulamentação de empresas instaladas 
no local, evitando a extração indevida dos recursos naturais. Nesse contexto, a aplicação de 
multas severas aos que promoverem o desmatamento ilegal seria imprescindível para a 
preservação da floresta. 
Por maior que seja o esforço despendido nessas fiscalizações e punições, porém, seus efeitos 
seriam limitados devido à necessidade de cobertura de uma área tão extensa e densa. Nessa 
perspectiva, faz sentido pensar que o longo caminho para preservar o maior patrimônio 
brasileiro precisa de soluções complementares, como a criação de selos de qualidade para 
objetos feitos com madeira extraída legalmente da floresta. Isso pode propiciar uma espécie 
de boicote consciente da população a madeireiras ilegais e, assim, tornar mais justificada a 
desejável aceleração do processo de reflorestamento, outra medida imprescindível. 
A questão do desequilíbrio do ciclo hidrológico amazônico, portanto, precisa ser encarada 
como prioritária pelo poder público e pela própria sociedade. Nesse enquadre, realmenteeficiente seria promover uma profunda reeducação da população, ensinando a crianças e 
adultos os impactos provocados pela destruição da floresta. Campanhas na imprensa e 
projetos nas escolas poderiam ajudar na criação dessa consciência ambiental, que já faz parte 
do discurso cotidiano, mas ainda precisa se inserir de verdade nos hábitos e nas posturas de 
cada cidadão. Eis o nosso caminho para a homeostase ecológica. 
 
 
 
20 
09 ENEMPROPOSTA
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2009 
"Lágrimas de crocodilo" 
Autoria desconhecida 
 
O Brasil tem enfrentado, com frequência, problemas sérios e até constrangedores, como os 
elevados índices de violência, pobreza e corrupção – três mazelas fundamentais que servem 
para ilustrar uma lista bem mais longa. Porém, mesmo diante dessa triste realidade, boa parte 
dos brasileiros parece não se constranger – e, talvez, nem se incomodar –, preferindo fingir 
que nada está ocorrendo. Em um cenário marcado pela passividade, é preciso que a sociedade 
se posicione frente à ética nacional, de forma a honrar seus direitos e valores humanos e, 
assim, evitar o pior. 
Na época da ditadura militar, grande parte da população vivia inconformada com a atuação 
de um governo opressor, afinal, com as restrições à liberdade de expressão, não era possível 
emitir opiniões sem medir os riscos de violentas repressões. Apesar de uma conjuntura tão 
desfavorável para manifestações, muitos foram os movimentos populares em busca de 
mudanças, mesmo com as limitações na atuação da mídia. Talvez a sensação de um Brasil 
melhor hoje ajude a explicar a inércia da sociedade diante da atual crise de valores na política 
e em todas as camadas da população. 
Muitos não percebem, mas esse panorama cria um paradoxo perverso: depois de tanto sangue 
derramado pelo direto de expressar opiniões e participar das decisões políticas, o indivíduo se 
cala diante da crise moral contemporânea. Nesse contexto, protestos se transformam em 
lamúrias, lamentações em voz baixa, que ninguém ouve – e talvez nem queira ouvir. Ou então 
em piadas, “ótimo” recurso cultural para sorrir e se alienar frente à falta de uma postura 
virtuosa. Assim, apesar de viver em um país democrático, o brasileiro guarda seus direitos – e 
os dos outros – no bolso da calça, pelo menos quando tem uma para vestir. 
Para que o indivíduo não se dispa de sua cidadania, é preciso honrar o sistema democrático 
do país. Nesse contexto, o povo deve ir às ruas, de modo pacífico, para exigir uma mudança de 
postura do poder público. Além disso, a mobilização deve agir na direção de quem mais 
necessita, ajudando, educando e oferecendo oportunidades para excluídos, que vivem à 
margem da vida social, abaixo da linha da humanidade. Para tudo isso, entretanto, é preciso 
uma mudança prévia de mentalidade, uma retomada de valores humanos esquecidos, que só 
será possível com a ajuda da família, das escolas e até mesmo da mídia. 
Por tudo isso, fica claro que o brasileiro deve parar de negar e de rir do evidente problema 
ético que enfrenta. Trata-se de questões sérias, cujas soluções são difíceis e demoradas, mas 
não impossíveis. Se a sociedade não se mobilizar imediatamente, chegará o dia em que as 
piadas alienadas e alienantes resultarão, para a maioria, em risadas de hiena. E, para a minoria 
privilegiada, imune – ou beneficiada? – à crise ética, restarão apenas olhos marejados. 
20 
10 ENEMPROPOSTA
EXEMPLOS DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2010 
Sem título 
Letícia Fialho Manfrin 
 
O trabalho é essencial para a construção da dignidade humana. A função social desenvolvida 
por cada indivíduo move e transforma a sociedade. Durante a história, nota-se a participação 
do trabalho escravo como elemento sustentador de grandes civilizações, como a romana e a 
egípcia. Atualmente, essa prática é repudiada, pois viola os direitos humanos. Entretanto, na 
realidade contemporânea, qual é o futuro do trabalho? 
No mundo globalizado, guiado pelos preceitos do toyotismo neoliberal, a inovação é sempre 
requisitada. Novas tecnologias surgem rapidamente e o trabalhador deve se atualizar 
constantemente. Além disso, novos movimentos propõem práticas sustentáveis e a inclusão 
da mulher no mercado de trabalho. 
Infelizmente ainda existem resquícios da mentalidade escravista. Alguns trabalhadores são 
submetidos a condições degradantes. Com a liberdade limitada, estas pessoas estão presas aos 
patrões e pouco têm a fazer para mudar essa situação. Cabe aos governos fiscalizar e adotar as 
devidas medidas para que os culpados sejam punidos e não voltem a repetir o crime. 
“Liberté, Egalité e Fraternité”. O lema que guiou os revolucionários franceses na construção 
da atual democracia, no século XVIII, deve continuar a valer. A liberdade ao trabalhador, a 
igualdade jurídica entre todos e a fraternidade, como sentimento motivador para a fiscalização 
e o cumprimento das leis trabalhistas, garantem a todos dignidade para cumprir sua função 
social. 
 
"A dualidade do trabalho" 
Autoria desconhecida 
 
Com o surgimento da burguesia na Idade Média, o trabalho deixou de ser somente relacionado 
às classes baixas e se tornou parte do cotidiano do indivíduo que desejava alcançar ascensão 
social. Isso mostra que trabalhar passou a ser sinônimo de sair de uma vida servil para uma 
vida independente, de alcançar dignidade. 
No entanto, apesar dessa conotação positiva vinculada ao trabalho, em muitos casos ele pode 
ser empregado como um meio opressor. No Brasil, a lei Áurea foi assinada em 1988, porém 
são vários os casos em que proprietários de terras aproveitam da situação financeira precária 
do indivíduo para explorá-lo, pagando-lhe um salário medíocre. 
Por isso, cabe ao governo criar órgãos que fiscalizem melhor as condições que o trabalhador é 
submetido, mesmo quando se trata de trabalho informal. Além disso, a mídia deveria procurar 
casos em que o trabalhador é explorado e noticiá-los, para que, assim, a população se 
sensibilize e procure denunciar, aos órgãos governamentais locais, esse tipo de situação 
degradante. 
Com tudo isso, pode-se concluir que há uma dualidade presente no trabalho: ele é capaz de 
libertar e oprimir. Então cabe ao governo garantir que essa característica seja somente teórica 
e, assim, o labor poderá ser um meio de garantir dignidade ao povo. 
20 
11 ENEMPROPOSTA
EXEMPLOS DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2011 
 
"Redes sociais: o uso exige cautela" 
Camila Pereira Zucconi Viçosa 
 
Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre buscar novas maneiras de se 
comunicar: cartas, telegramas e telefonemas são apenas alguns dos vários exemplos de meios 
comunicativos que o homem desenvolveu com base nessa perspectiva. E, atualmente, o mais 
recente e talvez o mais fascinante desses meios, são as redes virtuais, consagradas pelo uso, 
que se tornam cada vez mais comuns. 
Orkut, Twiter e Facebook são alguns exemplos das redes sociais (virtuais) mais acessadas do 
mundo e, convenhamos, a popularidade das mesmas se tornou tamanha que não ter uma 
página nessas redes é praticamente como não estar integrado ao atual mundo globalizado. 
Através desse novo meio as pessoas fazem amizades pelo mundo inteiro, compartilham ideias 
e opiniões, organizam movimentos, como os que derrubaram governos autoritários no mundo 
árabe e, literalmente, se mostram para a sociedade. Nesse momento é que nos convém cautela 
e reflexão para saber até que ponto se expor nas redes sociais representa uma vantagem. 
Não saber os limites da nossa exposição nas redes virtuais pode nos custar caro e colocar em 
risco a integridade da nossa imagem perante a sociedade. Afinal, a partir do momento em que 
colocamos informações na rede, fogedo nosso controle a consciência das dimensões de até 
onde elas podem chegar. Sendo assim, apresentar informações pessoais em tais redes pode 
nos tornar um tanto quanto vulneráveis moralmente. 
Percebemos, portanto, que o novo fenômeno das redes sociais se revela como uma eficiente e 
inovadora ferramenta de comunicação da sociedade, mas que traz seus riscos e revela sua 
faceta perversa àqueles que não bem distinguem os limites entre as esferas públicas e privadas 
“jogando” na rede informações que podem prejudicar sua própria reputação e se tornar objeto 
para denegrir a imagem de outros, o que, sem dúvidas, é um grande problema. 
Dado isso, é essencial que nessa nova era do mundo virtual, os usuários da rede tenham plena 
consciência de que tornar pública determinadas informações requer cuidado e, acima de tudo, 
bom senso, para que nem a própria imagem, nem a do próximo possa ser prejudicada. Isso 
poderia ser feito pelos próprios governos de cada país, e pelas próprias comunidades virtuais 
através das redes sociais, afinal, se essas revelaram sua eficiência e sucesso como objeto da 
comunicação, serão, certamente, o melhor meio para alertar os usuários a respeito dos riscos 
de seu uso e os cuidados necessários para tal. 
 
Sem título 
Jéssica Santiago Cury 
 
A internet pode ser considerada uma das maiores conquistas do homem no século XXI, pois 
torna acessíveis informações de diversas áreas desde a política até a cultura de diferentes 
povos para toda a população. Além disso, pode ser vista como uma forma de socialização com 
indivíduos de diferentes lugares por meio dos sites de relacionamentos. Porém, sua utilização 
torna-se perniciosa quando ultrapassa os limites da vida pública e invade o meio privado de 
uma pessoa. 
O acesso à rede traz diversos benefícios à população, porém muitas pessoas a utilizam como 
um meio de afetar o respeito e a dignidade de outros indivíduos perante a sociedade. Eles usam 
os sites de relacionamentos, como por exemplo: “Facebook” e “Orkut” e publicam fotos e 
vídeos os quais comprometem a imagem de alguém. 
A utilização imprópria da internet pode até desqualificar uma pessoa no mercado de trabalho, 
principalmente aqueles que usam desse meio para sobreviver como alguns atores e cantores. 
Quando publicado algo de sua vida privada e se a sociedade julgar errado ou for contrária aos 
princípios das instituições estabelecidas, degradam sua imagem e, concomitantemente, seu 
serviço. 
Portanto, para que a internet não seja vista como um meio pernicioso para a população é 
necessária uma conscientização popular sobre sua utilização. Essa ação pode ser por meio de 
políticas públicas e da própria sociedade como as ONGs. Com isso, o acesso à rede trará 
somente benefícios, como aconteceu no Oriente Médio durante a Primavera Árabe em que os 
sites de relacionamentos conseguiram disseminar ideais revolucionários para a derrubada de 
vários ditadores. 
 
"Problema Resultante da Globalização" 
Sara Gomes 
 
Há algum tempo, seguir os padrões da modernidade consistia em assistir TV e socializar-se 
através de um telefone. Entretanto, com o avanço da globalização e o advento da internet, a 
qual se tornou um dos novos direitos do homem segundo a ONU (ORGANIZAÇÕES DAS 
NAÇÕES UNIDAS), o acesso à rede mundial de computadores é indispensável para manter-
se atualizado, contudo devem-se estabelecer limites entre o particular e o público. 
 Isso ocorre principalmente devido á globalização. Essa integração mundial que tende a 
unificar o consumo avançou rapidamente e já faz parte do dia-a-dia da população. Tal 
unificação necessita de um relacionamento entre pessoas de todas as partes do globo, 
aumentando circulo social de cada um. 
Para efetivação desse relacionamento, a internet é o principal meio utilizado, pois é uma rede 
de troca de informações rápida e que encurta as distâncias, impulsionando o processo de 
globalização. Entretanto, devem-se tomar os devidos cuidados com o que se publica na rede. 
Por ser um local aberto, onde as informações são lidas por qualquer pessoa, é preciso ter o 
bom senso para distinguir aquilo que é de interesse pessoal daquilo que pode tornar-se 
público. 
 Em vista disso, os internautas devem estar atentos ao que publicam na rede e, a fim de evitar 
problemas, palestras devem ser ministradas nas escolas para alertar crianças e adolescentes 
sobre os perigos dessas publicações, bem como devem ser veiculadas na televisão, rádios e na 
internet, campanhas publicitárias de conscientização sobre esse meio de comunicação tão 
abrangente. 
20 
12 ENEMPROPOSTA
EXEMPLOS DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2012 
 
"Catalisador estrangeiro" 
Yárina Rangel 
 
No final do século XX, o país passou por um período de grande prosperidade econômica que 
ficou conhecido como “Milagre econômico.”. O otimismo gerado por essa conjuntura traduziu-
se em uma frase que permanece, até hoje, na cultura popular: “Brasil: o país do futuro”. O 
crescente número de imigrantes que buscam terras tupiniquins, porém, revela que talvez o 
futuro esteja próximo de chegar. Dessa forma, é preciso enxergar a oportunidade de 
crescimento que tal fenômeno representa e propor medidas que maximizem os benefícios e 
minimizem os problemas. 
Em primeiro plano, deve-se entender que o aumento do contingente populacional gera uma 
série de problemas para o local de destino. Nesse sentido, a qualidade dos sistemas de saúde, 
segurança e educação que já não é ideal, no país, torna-se ainda mais precária caso não haja a 
definição do limite de absorção de imigrantes por cidade. Logo, faz-se necessária a ampliação 
da fiscalização das fronteiras do país pelas forças armadas para que haja maior controle do 
número de pessoas que desejam viver no país, além de uma melhor administração do local de 
destino evitando locais que já apresentam inchaço populacional. 
Entretanto, ainda que haja um limite de indivíduos, aqueles que se estabelecem não são 
inseridos na sociedade e acabam por incrementar o setor informal da economia, quando 
poderiam contribuir para o crescimento do país, principalmente em setores onde há carência 
de profissionais, como na construção civil. Para amenizar tal quadro, as ONGs poderiam 
oferecer cursos de profissionalização aos imigrantes, aproximando-os da dinâmica social do 
país. Afinal, não basta oferecer apenas água e alimentos como faz o governo no caso da chegada 
de 500 haitianos no Acre, ano passado. 
Torna-se evidente, portanto, que o país precisa administrar de forma mais consciente a 
expressiva chegada de imigrantes. Com esse objetivo, além das medidas anteriormente 
citadas, a criação de uma “cartilha do imigrante” ajudaria no estabelecimento desses 
indivíduos uma vez que eles ficariam cientes de suas possibilidades, sendo papel do governo 
elaborá-la. Com os imigrantes incrementando não só a cultura como a economia, a reação 
social de transformação em país do futuro, certamente será agilizada. 
 
"Braços abertos sobre a Guanabara" 
Thamires Rocha 
 
É indiscutível o aumento dos números imigratórios para o Brasil neste século. A busca por 
esse país é entendido por fator políticos, históricos e principalmente econômicos. Assim, a 
chegada de pessoas nesse território pode ocasionar tensão sociais, porém contribui para elevar 
a diversidade étnica e a riqueza cultural. Vê-se, então, que há duas fazes nesse contexto que 
devem encontrar o equilíbrio. 
O movimento imigratório em direção ao Brasil cresce pelo fato da economia brasileira estar 
em um momento de ascendência. Indivíduos que não encontram opções de trabalho e 
sobrevivência nos seus países de origem migram em busca de condições favoráveis para 
melhorar ou manter seu padrão de vida. Esseé o caso dos europeus que fazem da crise 
econômica em seu continente e pintam um quadro inverso ao de um século atrás quando a 
evasão partia do Brasil. 
Além disso, o Brasil é conhecido pelo seu excelente recepcionamento já que seus costumes são 
constituídos da incorporação de outras, como feito pelo movimento antropofágico da semana 
de arte moderna de 1922, há 90 anos. Essa característica possibilita uma maior identificação 
entre os brasileiros e outros povos, pois há uma proximidade entre eles, como por exemplo, os 
pratos típicos do sul que têm raízes alemãs, suíças, entre outros, ai até mesmo as 
comemorações, como a October Fest que também é alemã e atrai pessoas de todo o país. 
Por outro lado, há uma preocupação com a postura governamental, pois o Brasil tem um 
histórico de submissão e alinhamento com alguns país cuja políticas é forte no mundo. Isso 
poderia gerar um favorecimento dos imigrantes ante os cidadãos brasileiros, como pela 
contratação dos primeiros como engenheiros, médicos e empresários para ocupar cargos altos 
e de confiança. Essa problemática seria um potencial para gerar casos de xenofobia no 
território, sendo necessário o apoio público na preferência meritocrática por trabalhados 
brasileiros. 
Dessa forma, observa-se que a imigração tem positivos e negativos. Apesar de incrementar 
social e culturalmente o Estado Brasileiro, esse movimento pode fomentar distorções da visão 
de mundo e disputas entre as populações. Por isso, é necessário um forte e eficaz controle da 
entrada de imigrantes, para que esses sejam recebidos e atendam aos vácuos trabalhistas 
deixados pelo povo local, porém atentando aos limites de uma economia ainda em 
desenvolvimento. Isso pode ser feito com uma análise de vistos e supervisão de fronteiras com 
grande fluxo de pessoas. Assim, poderá dizer-se sempre que o Brasil, assim como seu maior 
monumento, está de braços abertos para o mundo. 
 
"Brasil Atraente" 
Igor Cavalcanti 
 
Ao ser trabalhada a questão da imigração no Brasil, muito se pensa nos acontecimentos e nos 
fluxo ao longo da história. No entanto, a nação brasileira constituiu-se, no século XXI, uma 
potência econômica em crescimento e ganhou notoriedade a partir da popularização do 
conceito dos BRICS, países de maior prosperidade econômica. Desse modo, pode-se dizer que 
os movimentos de imigração para o Brasil no século XXI são uma decorrência da sua realidade 
econômica e causam influências em outros campos como a cultura e a qualidade de vida. 
Uma das grandes consequências culturais da imigração para o Brasil no século XXI é o 
enriquecimento da cultura local, que já é caracterizada pela diversidade. Tal consequência, 
atrelada ao conceito de convivência da sociedade, permite à nação macunaíma flexibilizar 
ainda mais as relações sociais, mas somente quando distante dos ideais preconceituosos. Eles, 
que estão presentes em grande parte dos países centrais que atuam como áreas de atração, são 
crescentes na realidade brasileira, o que acaba por dificultar a consolidação da face boa da 
imigração. 
Além disso, por conta do contexto tecnológico de Revolução Informacional, as levas 
populacionais que se deslocam do seu país de origem tendo como o destino final o território 
brasileiro estão mais preparados e motivados quando comparadas aos imigrantes do passado. 
Com isso, o homem contemporâneo não almeja se deslocar em busca de um subemprego, e 
vem ao Brasil para contribuir como mais uma agente para o desenvolvimento do país. Dessa 
forma, os migrantes diferenciados do século atual chegam qualificados e empenhados a entrar 
no território como uma contribuição. 
Não obstam, a política de amenidade mantida pelo país no contexto internacional garante uma 
boa imagem para os interessados também residentes em país tidos como desenvolvidos. 
Percebe-se , então, que empresas transnacionais enviam seus executivos e trabalhadores para 
a nação que não se envolve em constantes guerras, possui facilidades no comércio com países 
como China e Rússia e apresenta grandes taxas de crescimento, É vista, em consequência de 
tal investimento estrangeiro, uma possibilidade de absorção de novas técnicas e 
conhecimentos. 
Subentende-se, então, que o contingente imigratório do século XXI com destino ao Brasil é 
um fator de grande influência nos seus diversos campos de convivência social e cultural, 
cabendo ao país direcionar essas possibilidades a um caminho próspero. Para isso, práticas 
como o investimento governamental e privado nos "teapolos" brasileiros gatarem uma 
formação da população nativa e a chance de inserção do imigrante na sociedade e no trabalho. 
Além disso, tal investimento ajuda a fortalecer o convívio entre as diversas culturas e 
conhecimentos, possibilitando o aprimoramento das técnicas. 
 
"Brasil, poto de atração migratória no século XXI" 
Eudes Wélber Inácio Santos 
 
Político. Econômico. Religioso. Esses são alguns dos motivos que já levaram a existência de 
muitos fluxos migratórios pelo mundo. Cidadãos da Somália que fugiam da guerra civil de seu 
país para territórios vizinhos. Mexicanos em busca do "sonho americano" nos Estados Unidos. 
Calvinistas perseguidos na Europa na época da Contra-Reforma que se deslocaram para 
outros continentes. Enfim, a migração ocorro por diversas razões. Observando o quadro geral 
do movimento migratório para o Brasil no século XXI, percebe-se que uma de suas principais 
causas é a econômica. 
A crise financeira de 2008 que começou nos Estados Unidos já é considerada pelos 
economistas como uma crise mais do que a ocorrida em 1929. O Brasil foi último país a entrar 
nela e o primeiro a sair. Isso demonstra a força econômica que a nação brasileira, hoje sexta 
maior economia do mundo, possui no século XXI. É esse crescimentos econômico que tem 
atraído mão-de-obra qualificada e desqualificada para o país do futebol. 
Uma reportagem da Folha revelou que a cada ano aumenta o número de estrangeiros 
estudando na Universidade de São Paulo. Médicos de Cuba tem sido incentivados a trabalhar, 
principalmente, no Norte do Brasil. Gringos têm se mudado para o litoral brasileiro e investido 
no setor turístico dessa região. As confecções do Brás e do Bom Retiro estão repletas 
imigrantes de países vizinhos, como mostrado numa reportagem do programa de televisão "A 
Liga" no ano passado, 2011. Além disso, já a migração de retorno, em que brasileiros que 
estavam em nações que estão sofrendo fortemente com a crise, voltam para o seu país. É fato 
que o Brasil, se tornou um dos polos de atração dos fluxos migratórios que ocorrem pelo 
mundo neste século. Isso representa uma grande responsabilidade para o governo brasileiro. 
O Estado deve garantir a dignidade humana dos imigrantes por meio da elaboração e 
fiscalização de leis que evitem a exploração dessa mão-de-obra. Além disso, deve garantir o 
acesso deles a serviços públicos de qualidade. Esse contingente pode ajudar o Brasil a se tornar 
uma nação cada vez mais rica e desenvolvida, e um ajudando o outro. 
 
Sem título 
Juliana Sousa 
 
Desde o processo de colonização brasileira, milhares de imigrantes vieram para o país para 
trabalharem como escravos (negros) nas lavouras e, depois da proibição da escravidão, 
europeus vieram para encontrar melhores condições de vida. Graças a vinda de africanos e 
europeus, o país desenvolveu uma cultura rica, repleta de miscigenação. Todavia, no século 
XXI, o movimento imigratório para o Brasil tem ocorrido também devido a outros motivos. 
A economia brasileira está cada vez mais forte. O país está no "ranking" entre as dez economias 
que possuem os maiores PIB's do mundo. Além disso, o Brasil se tornou um grande exportador 
de commodities (termo utilizado paraprodutos no seu estado bruto, como por exemplo, soja 
e petróleo). Graças a isso, o país investe maciçamente em pesquisas para desenvolver e 
aprimorar técnicas no ramo petrolífero (com a descoberta do p´re-sal) e no ramo da 
agricultura (com máquinas, o desenvolvimento de terra improdutivas para se tornarem 
produtivas e das sementes transgênicas) atraindo milhares de imigrantes tanto para estudar 
como para novas oportunidades de emprego. 
Por outro lado, há outros motivos que atraem imigrantes para o país. Na sociedade 
contemporânea ainda existem grandes divergências entre algumas etnias, como por exemplo 
a questão dos judeus e dos muçulmanos - o ódio entre alguns deles-. Paralelamente, a presença 
de governantes ditadores em alguns países por exemplo Bolívia e países do Orientes Médio 
intensificam a vinda de imigrantes, já que em seus países de origem encontram-se em situação 
precária, sem acesso a direitos civis, políticos e sociais. 
Por conseguinte, o movimento imigratório para o Brasil mostra o quando ele vem se destacado 
internacionalmente. Contudo, para que esses imigrantes sintam-se acolhidos é necessário que 
o país invista tanto em educação como em infraestrutura além de programas sociais (educação 
profissionalizante) feitos pelo governo para ajudar na inserção desses imigrantes na economia 
brasileira, e, indubitavelmente, sem esquecer próprios brasileiros. 
 
"Imigração, problema ou solução?" 
Marcelo Gurgel da Silva 
 
A imigração, apesar das dificuldades inerentes que trás consigo, é um bem, pois faz o país 
renovar sua cultura, seus profissionais e suas ideias. O Brasil foi moldado pelas imigrações de 
diversos povos. 
Vários problemas podem advir de imigração, assim como soluções. Um dos problemas é a 
baixa instrução de muitos imigrante, os quais podem estar fugindo de dificuldades econômicas 
de políticas, chegam ao Brasil e terminam por aumentar o número de desempregados. Mas 
nem todos os imigrantes são desqualificados, há também os profissionais qualificados, os 
quais podem contribuir com seu conhecimento para o crescimento do pais. Contudo mesmo 
estes últimos podem vir a ser um problema social, já que irão disputar vagas com os 
profissionais brasileiros. O que pode vir a causar tensões sociais ou xenofobia contra os 
imigrante. 
A cultura nacional também é favorecida pela chegada dos imigrantes, já que estes trazem 
consigo novas idéias e diferentes formas de pensar. Isto contribui para a construção de uma 
nova identidade cultural no pais. 
No fim, a imigração é algo bom, apesar de seus problemas, ela faz uma noção rejuvenescer se 
reinventando. Contudo o processo de imigração necessita que o governo tenha um 
planejamento sério e de longo prazo para a área, pois só assim não teremos aqui os problemas 
que afligem imigrantes em diversos países. 
 
"Ervas daninhas do Brasil" 
George Guilherme Sousa 
 
A dinâmica da globalização alterou o fluxo migratório neste século. Com o crescimento 
econômico do Brasil, ele se torna o centro dos holofotes, não somente de investidores e do 
capital internacional, mas também de imigrantes de países pobres que veem aqui a chance de 
recomeçar. 
A miscigenação do brasileiro, de fato, é o que mais evidencia a nossa cultura e a nossa 
identidade nacional. Desde a chegada de escravos oriundos da África, aos europeus, passando 
pelos índios de diversas etnias, o povo brasileiro construiu sua tese, como mostrou Gilberto 
Freire. Um pouco de cada canto do mundo, além disso, reside em nossas fronteiras e 
compuseram, em grande parte, aquilo que somos hoje. 
O país, no entanto, precisa ser cauteloso com a entrada desenfreada de estrangeiros e que, de 
forma direta ou indireta, ocupa uma posição ou lugar que deveria ser de um brasileiro. O 
discurso para isso, contudo, não deve ser xenofóbico mas, concomitantemente, protecionista 
para, com o cidadão nacional e humanitário para aqueles que se lançam em nossas terras. 
Políticas de controle de pessoas em pontos de entrada do país devem ser mais rígidas. Em 
paralelo, a fiscalização em nossas fronteiras (terrestres e aquáticas) precisam ser 
modernizadas, como o uso de câmeras térmicas em postos estratégicos. Esta é uma 
experiência de sucesso na divisa entre o México e EUA. O âmbito da diplomacia também pode 
ser -------. Nosso governo ----- que dialoga com os Estados que mais têm incidentes neste tipo 
de violação para chegar em um denominador comum como medidas cautelares e políticas de 
extradição mais justas e sem corromper direitos básicos desses indivíduos. 
Na União Européia vigora uma acordo entre os países do bloco de livre circulação de pessoas 
entre os países pertencentes a ele. Com isso, não somente é superado o problema de 
fiscalização constante, como ocorre a troca de saber e tecnologia entre os Estados. Este é um 
Exemplo que, acerto prazo, auxiliaria o Brasil (o Mercosul, por conseguinte) a eliminar este 
problema que cresce como ervas daninhas. 
 
Sem título 
Ana Júlia Lopes Botafogo 
 
O movimento migratório para o brasil sempre ocorreu. Principalmente a implantação de 
indústrias em São Paulo. Indivíduos de várias etnias chegavam aqui com a esperança de 
conseguir trabalhos e construir uma nova vida. Na atual conjuntura política, social e 
econômica de alguns países, onde a pobreza, baixa infra estrutura existem de uma forma 
significativa, é notável que esses deslocamentos continuam acontecendo a todo instante para 
o Brasil. Visto isso devemos procurar entender as razões para que esse fenômeno ocorra e 
implantar medidas para receber em forma humana esses imigrantes. 
A migração contribui de uma forma expressiva para a formação da identidade do Brasil. Se 
não fosse ela , nosso país não seria uma terra tão diversificada e rica culturalmente. Portanto 
esse movimento no século vinte e um não deveria ser encarado de uma forma negativa, mas 
sim como uma forma de incrementação na nossa cultura, onde esses imigrantes irão contribuir 
cada vez mais para a construção da história do Brasil. 
Além de que devemos ter consciência de que várias pessoas em diferentes religiões sofram 
com problemas na classe econômica, social ou geográfica. Fome , miséria, condições precárias 
de vida atingem vários indivíduos. Fatores ambientais também, como terremotos, que 
devastam várias populações. É rasoalvel que haja um deslocamento dessas pessoas em busca 
de uma vida melhor. E por isso a nosso olhar para elas deve ser humanos e acolhedor. 
Em suma o movimento imigratório para o Brasil sempre vai existir e é imprescindível que o 
nosso governo adota medidas para receber a população imigrante, construindo abrigos 
próprios para atender a demanda de movimento, vias escalas especificas, melhorar a 
infraestrutura de hospitais e organizar melhor institutos, órgãos específicos para esse caso que 
estes deem todo o amparo aos imigrantes. 
 
Sem título 
Matheus Drummond Pereira 
 
Antigamente, o Brasil era um país de emigração. Em função de seus gargalos econômicos de 
infraestruturas e mão de obra, muitos brasileiros viam as condições de permanência no país 
insustentáveis. Atualmente, no entanto, há uma tendência imigratória, tanto de retornos 
desses conterrâneos quanto de outros povos que, em virtude da conjuntura mundial caótica, 
veem na primeira letra doa BRIAS uma nova pagina em suas vidas. Contudo, os gargalos se 
mantém e essa nova onda migratória acentua-os, aumentando o superpovoamento relativo do 
país. Como solucionar essa questão? 
Nosso país, ainda não acostumado com a situação, tem tomado medidas bastantes brandas e 
acolhedoras, visando legalizar muitos dos imigrantes, mas ao mesmo tempo negligentes. Ao 
adotar essa postura, a diplomacia brasileira demonstra-se permeávela entrada dos mesmos, 
mas não cria uma infraestrutura para receber essas pessoas como quando no século XLX, na 
expansão cafeeira. De fato, esses recém-chegados são deixados a mercê de si mesmos e passam 
a disputar a já escassa disponibilidade de recursos, principalmente nas metrópoles nacionais. 
Como consequência, surgem tensões externos e internos. A formação de fronteiras problemas, 
presentes no Norte e centro Oeste, demandam a mobilização do exército para o controle dos 
conflitos e do corpo diplomático brasileiro para dialogar com os outros países. Internamente, 
ocorre inchaço urbano e, como muitos desses imigrantes não são qualificados, o aumento do 
trabalho informal e da marginalidade, formando até redes de tráfico e de prostituição, e no 
futuro a formação de sociedades paralelas a nossa, os guetos. Isso cria uma crise interna para 
a população autóctone que com uma postura que amparasse seu povo, o governo poderia 
evitar, mas não o faz. 
Apesar desses fenômenos, essa onde tem trazido, principalmente da Europa, que está em crise, 
mão-de-obra bastante qualificada para trabalhar nas grandes empresas nacionais e 
transnacionais no país. Esse acontecimento, porém, não é bom para o empregado brasileiro e 
nem para seu governo, pois aumenta-se assim uma concorrência desnecessária, uma vez que, 
primeiramente, o estado deve zelar por seu cidadão. Com isso, agrava-se a perspectiva 
negativa no âmbito social do país sobre o futuro “Brasil”. 
Tendo esse quadro cada vez mais presente, o Brasil precisa frear essa crescente imigração em 
prol de sua sociedade. De modo que evitasse tensões futuras de caráter xenofóbico. Além disso, 
precisamos realmente integrar os imigrantes para serem cidadãos, e não estorvo social. Para 
tanto, deve-se criar cotas máximas de imigrantes no trabalho e procurar regularizar e 
encaminhar para serviços dignos os que não possuem qualificação laboral, auxiliando-os 
através de uma “bolsa de reiniciarão”. Assim, protegeremos nosso povo, mas ao mesmo tempo 
mostraremos que o Brasil pode, e deve ser, o país de todos. 
 
"Processo imigratório: aspectos culturais e fatores envolvidos" 
Janaína Teixeira de Novais 
 
Nos últimos anos, vem sendo notada a incidência cada vez mais forte do processo de 
imigração. Este processo também é identificado no Brasil, Já que nota-se um grande fluxo 
imigratório para as terras brasileiras, sobretudo, ao analisarmos o século vigente. 
O processo de imigração pode se deve por uma séria de fatores, sejam esses políticos, sociais 
ou, majoritariamente por fatores econômicos. O déficit no desenvolvimento econômico dos 
países, a falta de oportunidade de crescimento, o desemprego e os baixos salários (muitas 
vezes quase condizentes com os salários anteriores à Revolução industrial), praticamente 
forçam as pessoas à procurarem por melhores oportunidades de crescimento e a tão buscada, 
todavia até então inalcançada, qualidade de vida. 
Os motivos para o fluxo imigratório até então supracitado, dizem respeito às principais 
condicionantes da imigração de forma geral. Agora, fazendo uma reflexão à escolha dos 
haitianos em relação ao Brasil, pode-se dizer que isso se deve ao fato de o paí apresentar o 
maior nível de desenvolvimento econômico da América do Sul (tanto que este retém a maior 
porcentagem das exportações do mercado comum do sul (Mercosul)), e também, devido às 
oportunidades de crescimento e facilidade de entrada e permanência que este oferece aos 
imigrantes, se comparado à países desenvolvimentos por exemplo. 
Vale ressaltar, que o processo imigratório não deve ser visto inteiramente de forma negativa, 
já que no caso do Brasil, este contribui para o desenvolvimento de uma cultura mais rica e 
multicultural. Logo, tolher rigidamente a entrada de estrangeiros no país, seria o mesmo que 
de negar as nossas origens, de negar o nosso multiculturalismo. 
No que diz respeito ao Brasil, cabe ao governo disseminar a ideia de que esses imigrantes 
possuem os mesmo direitos humanos à propriedade, ao trabalho e educação, que os demais 
brasileiros. Críticas já foram destinadas em relação ao modo pelo qual outros países tratam os 
imigrantes, portanto, é a vez do Brasil fazer diferente. E cabe ao governo do Haiti e de outros 
países, trabalhar por melhores condições de subsistência, educação, trazendo maior qualidade 
de vida à população e tornando desnecessária a imigração. O desenvolvimento econômico, virá 
como consequência. 
20 
13 ENEMPROPOSTA
EXEMPLOS DE REDAÇÃO NOTA 1000 - ENEM 2013 
 
"Manifesto da Segurança no trânsito" 
Aline de Carvalho Abbud 
 
Com a crise de 1929 no Estados Unidos, Roosevelt implementou a Leia Seca para minimizar 
os problemas e acidentes no trabalho. Agora, o Governo Federal implementou a Leia Seca com 
o intuito de reduzir o numero de vitimas em acidentes de trânsito envolvendo motoristas 
embriagados. Dentro desse contexto, há dois importantes fatores que devem ser levados em 
consideração: a redução nos acidentes de trânsito e o aumento da conscientização da 
população brasileira no que tange os riscos de se dirigir embriagado. 
Marinetti quando redigiu o Manifesto Futurista exaltando as inovações da modernidade, como 
o carro, não podia imaginar que o seu objeto de admiração aliado ao álcool poderia acarretar 
sérios acidentes. Paralelamente às ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade 
de absorver o que é vantajoso da cultura estrangeira e adaptar à cultura nacional, o Governo 
Federal implementou a Lei Seca com o objetivo de reduzir a quantidade de acidentes 
envolvendo motoristas que ingeriram álcool diminuiu consideravelmente e isso se deve ao 
rigor da fiscalização, principalmente em saídas de bares e boates, aliado à punições , como 
multa e prisão. 
Ainda convém lembrar que enquanto em países como a Austrália dirigir embriagado é 
condenado pela sociedade, no Brasil até pouco tempo, esse hábito perigoso era aceito. Isso 
porque até pouco tempo existiam poucas políticas de conscientização na mídia acerca do 
perigo do binômio álcool e direção. Além disso, os filhos se inspiraram nas atitudes dos pais, 
que não viam nenhum perigo em dirigir depois de um ou dois copos de cerveja. Porém, o risco 
de acidente existe e felizmente a maioria da população está ciente disso. 
Infere-se que quando o motorista está alcoolizado está colocando em risco sua vida e de outras 
pessoas, por isso deve deixar de lado seu caráter macunaíma e pensar no bem cotidiano. 
Cumpre ao governo aumentar a fiscalização para garantir o cumprimento da lei. Cabe aos pais 
educar seus filhos através de seu próprio exemplo. Cabe aos donos de bares e boates incentivar 
seus clientes a ir para casa de táxi. Assim, o Brasil será referência mundial em educação no 
trânsito. 
 
"Direcionando o Brasil" 
Álvaro Bergamaschi Novais 
 
Bebida e direção são incompatíveis. Juntando-se a cultura hedonista e irresponsável do 
brasileiro com a histórica preferência por rodovias e o incentivo à compra de carros, ficou 
evidente esse problema nos grandes números de acidentes por conta do álcool. Nesse contexto, 
a criação da Lei Seca cumpre um papel fundamental de tentar conter a situação, mas não 
conseguirá resolve-la por si só. Junto a ela, é preciso mudar a consciência de povo que aqui 
reside. 
Em primeiro lugar, é importante ressaltar quão benéfico foi o efeito da Lei Seca nos últimos 5 
anos. Apesar de inicialmente ter encontrado certa resistência da população. a redução 
expressiva no numero de mortos e de acidente foi suficiente para convencer a sociedade de sua 
eficiência. Devido a isso, já se observa uma reflexão antes de beber em muitos indivíduos. 
Entretanto, vale também dizer que essa medida não pode ser a única pornão se tratar de uma 
ação preventiva. Depois de alguns anos em uso, já ficam claras os limites e os defeitos da Lei. 
Muito dos policiais que deveriam fiscalizar, cobram propinas para não punir os criminosos e 
diversas e diversas pessoas já procuram na internet onde acontecem as patrulhas e trocam 
para rotas alternativas, escapando impunes. 
Outro problema é o fato de existir um transporte público caro e ineficiente. A falta de opções 
como o metrô e o preço das passagens deixam a população insatisfeita, como se viu nas 
manifestações deste ano, e pior, tornam-se refém do carro. Isso não pode ser ignorado quando 
o objetivo é reduzir as taxas de acidentes. 
Desse modo, fica clara a importância da Lei Seca no atual contexto, mas expõe-se também seu 
limite no futuro. O problema da direção alcoolizada será verdadeiramente resolvido com 
mudanças nos hábitos da população. Para tal, é necessário que o governo faça campanhas de 
conscientização dos perigos do álcool na direção, com ajuda de escolas e da iniciativa privada, 
por meio de palestras em salas de aula e programas no rádio e na televisão. Deve-se, de mesmo 
modo, direcionar mais investimentos ao transporte público, efetivando o passe livre e 
construindo linhas de metrô mais complexas nos centros urbanos. Essas Atitudes levarão o 
país a um futuro mais seguro. 
 
"Em Homeostase" 
Amanda Reis de Carvalho 
 
Segundo Lavoisier, renomado filósofo francês do século XVIII, "na natureza nada se cria, nada 
se perde, tudo se transforma". A legislação brasileiro não foge dessa regra. Há quase seis anos 
entrou em vigor a lei que proíbe que o indivíduo dirija com qualquer teor alcoólico no sangue. 
A mesma modificou o cenário jurídico no momento em que altera a análise dos casos de 
acidentes de trânsito. Por mais que essa medida representa um avanço legislativo, ainda 
apresenta diversos entraves sejam ele culturais ou sociais. 
A existência de uma pressão social atrelada ao culto do indivíduo malandro geram um desafio 
para a eficácia da lei. A sociedade brasileira perpetua um estereótipo de diversão, em que para 
se divertir é necessário beber. Esse padrão imposto é, principalmente , comprado pelos jovens, 
na medida em que os mesmos buscam se socializar. Ademais já está impregnado na população 
brasileira o biotipo de individuo malandro, que sempre busca burlar as regras para se 
beneficiar. Um exemplo disso é a existência de programas para aparelhos eletrônicos a fim de 
alertar os usuários sobre os locais onde ocorrem a fiscalização. Origina-se, assim, um fator 
cultural a ser vencido. 
Outro fator primordial para a ineficácia da legislação é o próprio sistema que a compõe. Nota-
se que não há postos de monitoramento suficientes para cobrir todo o perímetro urbano, sendo 
que os mesmo encontram-se, geralmente, nos mesmos locais. Soma-se, ainda, a existência de 
policiais corrompidos que gera uma falha no cumprimento da lei. Esses contribuem para 
burla-la a medida em que aceitam suborno a fim de não penalizar o infrator. Adicionando as 
duas medidas, percebe-se uma dificuldade do próprio sistema em assegurar a imposição plena 
da lei. 
Pode-se notar, portando, que é necessário, ainda, ultrapassar diversos entraves para que a lei 
seja cumprida de forma plena. Para que isto ocorra, o governo deve criar um órgão fiscalizador 
que proíba e acabe com os aplicativos utilizados para localizar os postos de monitoramento. 
Além disso, necessita-se um maior controle por parte da polícia sobre os indivíduos que atuam 
no programa, punindo-os quando burlarem o sistema, aceitando suborno ou benefícios, por 
exemplo. E como tudo na vida o ideal é encontrar-se em homeostase, termo histórico usado 
para definir equilíbrio, neste caso é necessário encontrar o meio-termo do bom senso da 
população e eficiência do sistema. 
 
"Pela Sobriedade Transposta" 
André Mazal Kraus 
 
No início do século XX, os Estados Unidos declararam guerra ao álcool, com a total proibição 
como Lei seca. Essa medida diferentemente da versão brasileira, era facilmente driblada e 
intervia nos direitos da população. Por ser mais sutil e focada, a campanha vigente no Brasil 
já apresentou efeitos positivos, demonstrando que mais importante que a resistência de uma 
legislação, é a sua efetiva aplicação. Portanto, o modelo aplicado no problema do dirigir 
alcoolizado deve ser aplicado para outros âmbitos nacionais, relacionados ou não ao tráfego 
viário. 
Primeiramente, deve-se notar que a Lei Seca é um dos poucos casos no Brasil em que uma lei 
foi criada e efetivamente aplicada. Apesar de legislarem sobre os mais variados aspectos, 
poucas normas governamentais são seguidas de fato. Os efeitos da aplicação da lei 11905/2008 
mostram, por serem benéficos, que a efetivação dos regulamentos já existentes devem ser a 
prioridade. 
Assim, torna-se necessário saber o que propicia o excesso da Lei Seca. É sabido que toda a 
campanha baseia-se na fiscalização constante, aliada à avisos publicitários e punições severas. 
Essa metodologia deixa o cidadão com medo de beber e dirigir, impedindo-o de violar a norma, 
trazendo benefícios a todos. Ademais, esse resultados positivos são alcançados sem que haja 
qualquer cerceamento a direitos ou prejuízo ao comércio, como aconteceu no caso 
estadunidense. 
Porém, a maior vantagem desse modelo, em realidade, e o fato de ele não ser restrito ao caso 
supracitado. O tripé da fiscalização, informação e punição pose ser facilmente transposto a 
outras realidade brasileiras em que a lei não é cumprida. Essa adaptação levaria ao mesmo 
sucesso, então haveria não só uma redução nos acidentes viários, como já acontece, mas 
também uma melhora em outros setores que estejam deficientes em âmbito nacional. 
Portanto, os efeitos da implementação da Lei Seca nos revelam um modelo de aplicação 
promissor, que pode ser facilmente expandido. assim deve ser criadas novas campanhas para 
trazer o mesmo tripé, já bem aplicado, para escolas, a máquina pública ou hospitais, por 
exemplo. Essa transposição, fiscalizando professores, políticos e médicos em seus encargos 
traria benefícios também para essas áreas, e, consequentemente para a população em geral. 
 
"Comportamento ao volante" 
Andrezza Dias Bastos Ferreira 
 
O automóvel foi uma das grandes invenções do homem. Ao longo dos anos, a espécie humana 
foi se organizando em sociedade e desenvolvendo meios para facilitar seu deslocamento. Dessa 
forma, o sistema rodoviário foi implantado e sendo, progressivamente, aprimorado no 
território brasileiro. A intensificação desse processo gerou maior mobilidade á população, mas 
também possibilitou a ocorrência de eventuais ações maléficas por parte dos cidadãos, como 
o ato de dirigir após consumir bebida alcoólica. A Lei Seca, atual medida adotada pelo Governo 
brasileiro, coloca em evidência a necessidade de se discutir sobre a segurança o trânsito. 
O ato de dirigir é semelhante ao de se praticar um esporte. Nele, realizam-se movimentos que 
estimulam a coordenação motora do individuo, capacitando-o para exercer determinada 
atividade. Porém, conduzir um carro é uma prática coletiva, pois é preciso e noção e 
competência para um bom desempenho próprio. e também atenção para com o 
comportamento dos outros ao volante. Vista essa complexidade , dirigir embriagado é um 
comportamento brutal, um vez que a bebida afeta negativamente o controle do homem sobre 
si. A criação da Lei Seca foi de grande importância para organizar esse quadro, e vem 
apontando estatísticas gradualmente satisfatórias na redução de vítimas de acidentes de 
trânsito. 
Contudo, muitos ainda se posicionam contra a lei mencionada, mas os mesmos não cogitam 
que ela foi colocada em vigor por um bem maior.É compreensível o descontentamento das 
pessoas que são impossibilitadas de beber socialmente porque o bafômetro alega quantidades 
ingeridas que, para elas, são baixas e nocivas ao ideias desempenho do organismo. Entretanto, 
é fundamental que o ser humano compreenda que prezar pela vida de seus semelhantes é mais 
importante do que atingir um prazer pessoa, e é a partir desse princípio que leis como a Lei 
Seca, devem ser respeitadas. 
Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de diminuir as perigosas consequências que a 
bebida alcoólica pode ocasionar aos motoristas. É obrigação do Governo cobrar da Polícia 
Rodoviária Federal a intensificação da fiscalização da Lei Seca, e papel das escolas de direção 
ressaltarem, nas aulas, a importância dos alunos em cumprir com esse dever. A mídia também 
pode colaborar, com campanhas e propagandas que incentive, o cidadão a respeitar essa lei. 
Dessa maneira, a sociedade brasileira poderá se tranquilizar e aguardar melhorias da conduta 
de suas futuras gerações no trânsito. 
 
"Harmonia progressista" 
Beatriz Pêgo 
 
Segundo Thomas Hobbes, é necessário estabelecer um contrato social em que o governo 
garanta a segurança do povo e iniba um convívio caótico. No entanto, o alcoolismo no Brasil é 
um dos fatores que impede a harmonia no trânsito e oferece riscos à vida humana. Dessa 
maneira, a "Lei Seca" surgiu como um mecanismo que corrige diversos hábitos incoerentes 
por parte de motoristas, mas que ainda sofre entraves que dificultam a realização de 
modificações mais profundas. 
Uma das consequências imediatas dessa iniciativa do poder público é a diminuição dos perigos 
relacionados à locomoção diária, uma vez que o número de acidentes tende a ser 
sensivelmente reduzido. Nesse sentido, por estarem sóbrios, indivíduos tornaram-se mais 
consistentes, o que dificulta a perda do controle da direção, que é uma das grandes 
responsáveis por mortes no trânsito. Dessa forma, a população passa a ter seu direito á vida - 
garantia defendida pela ONU - respeitado diante da vigência de uma regra que incompatibiliza 
a associação entre álcool e o dirigir. 
Apesar disso, a erradicação dos problemas gerados pela embriaguez ainda não foi plenamente 
alcançada. Isso ocorre, em grande parte, devido a uma resistência de alguns indivíduos que 
não aceitam as regras estabelecidas. Nesse cenário, o "jeitinho brasileiro" de burlar certas 
normas, somado à fiscalização muitas vezes precária do poder público, inibe a harmonia social 
e perpetua uma cultua de impunidade e desrespeito que perpetua a vigência de acidentes. 
Pode-se dizer, portanto, que a iniciativa do governo federal produz benefícios incontestáveis, 
mas que ainda não são plenamente aplicados. Para tanto, é preciso intensificar a divulgação 
de propagandas midiáticas que demonstram as vantagens da nova lei, além de aumentar a 
fiscalização das vias públicas por meio da atuação da polícia militar, principalmente em 
regiões de maior fluxo veicular. Tais medidas, associadas ao incentivo ao uso de táxis com a 
redução de custos possibilitados por subsídios governamentais são importantes. Afinal, assim 
será possível, ao menos, garantir a harmonia defendida por Hobbes diante da Ordem e do 
progresso estampados em nossa bandeira. 
 
"O início da caminhada" 
Caroline Marques Baia 
 
Na época da grande depressão, o Estado Americano criou medidas para controlar o consumo 
de bebidas destiladas. Hoje, o Brasil segue uma lógica parecida com essa ao implantar a Lei 
Seca no país, objetivando conscientizar a sociedade sobre os efeitos negativos do álcool quando 
utilizados durante a direção. Nessa perspectiva, apesar dos impactos positivos gerados por 
essa implantação, a fiscalização de motoristas em rodovias e cidades do interior ainda é 
pequena, além de ser necessária uma maior conscientização da população sobre a importância 
da Lei. Assim os setores sociais dever sair do estado de inércia e traçar um caminho com 
soluções que melhorem esse quadro. 
Por outro Lado, a fiscalização promovida pela Lei muitas vezes se restringe aos centros 
urbanos. Nas cidades do interior e principalmente nas rodovias, a presença de fiscais para 
monitor os motoristas ainda é bastante pequena, Dessa forma, a possibilidade de pessoas 
dirigirem alcoolizadas nesses lugares é maior, podendo ocorrer mais acidentes. 
Outro problema é a necessidade de uma maior conscientização da sociedade sobre a 
importância da Lei Seca. Com uma população ciente dos perigos do álcool na direção e da 
forma como é realizada a fiscalização, é possível formar cidadãos que respeitem essa medida. 
Dessa maneira, as escolas devem realizar debates públicos visando à formação de indivíduos 
conscientes da relevância da Lei. 
A lei seca, portanto, promoveu impactos positivos no Brasil, como a redução de acidentes de 
trânsito. No entanto, para que os efeitos benéficos sejam sentidos por toda população, é 
preciso superar a baixa presença de ficais no interior do país, além de conscientizar a 
população da importância do cumprimento da legislação. Assim, os governos e os municípios 
devem se aliar para ampliar o acesso á Lei nas cidades interioranas e nas rodovias, 
aumentando a fiscalização sobre os motoristas. Além disso, a mídia, por meio de ficções 
engajadas, pode criar programas que conscientizem a população. O caminho foi traçado, basta 
dar o primeiro passo. 
 
"Trânsito inequacional" 
Beatriz Carvalho 
 
Desde sua invenção, a bebida alcoólica, faz parte da cultura de diversas civilizações. Porém, 
com o surgimento do automóvel, esse e aquela não podem ser variáveis de uma mesma 
equação. Nesse aspecto, a Lei Seca implantada no Brasil reduziu consideravelmente o número 
de morte por acidentes de trânsito. Entretanto, o individualismo da sociedade e o sistema de 
transporte dificultam um efeito definitivo. 
A aplicação do código de trânsito encontra seu maior desafio no alto índica de transgressão. 
Isso ocorre devido a mentalidade individualista da maioria das pessoas, já citada pelo filósofo 
John Locke, que acredita que as leis servem para os outros mas não para si. Além disso, a má 
qualidade educacional, principalmente do ensino público, reduz o conhecimento acerca da 
cidadania e dos direitos necessários para a sua execução. Dessa forma, a quantidade de 
acidentes nas cidades e estradas ainda é grande, assim como o número de mortes. 
Ademais, o sistema de transporte no Brasil também dificulta a execução da Lei Seca. Isso é 
consequência da baixa disponibilidade de ônibus, trens e metrôs durante a noite e a 
madrugada, horário em que há maior consumo de bebidas alcoólicas. Essa falta ocorre, 
principalmente, em bairros periféricos, cidades pequenas e médias. Além disso, a escassez de 
segurança desincentiva o uso desse. Assim, muitas pessoas optam por dirigir, colocando em 
risco a vida delas e de outras. 
Portanto, a Lei Seca é importante para a redução do número de acidentes de trânsito. Porém, 
sua efetividade completa só ocorrerá com a mobilização da sociedade. Sendo assim, é preciso 
que o governo acrescente ao currículo escolar disciplinas como cidadania e segurança no 
tráfego, além de tornar mais rígidas as punições pelas transgressões e aumentar o número de 
postos de fiscalização. Ademais, deve-se fazer uma reforma no sistema de transportes 
públicos, aumentando o número desse nos horários noturnos e nas cidades periféricas. Dessa 
forma, será possível reduzir o número de mortes no trânsito e chegar a uma sociedade menos 
individualista. 
 
"Fiscalização necessária" 
Clara Biondi 
 
Saídas à noite. Bares. Direção embriagada. Acidentes. No Brasil, por muito tempo, essa 
sequência foi comum e sem punições. Nas últimos anos, a implantação

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