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1 Como organizar um relatório científico Autor: Prof. Dr. Alberto Lozéa Feijó Soares Co-autor: Prof. MSc. Cláudio Márcio R. Magalhães Baseado no trabalho original do Prof. Paulo Lopes V-2.0 20 de Abril de 2014 2 Como organizar um relatório científico 1. O que é e qual o objetivo de um relatório científico? A função principal de um relatório científico é descrever como um experimento ou procedimento científico é conduzido e comprovar se uma ou mais leis físicas ou matemáticas quaisquer são verdadeiras. O relatório deve ser escrito de uma maneira que, uma pessoa leiga no assunto, seja capaz de reproduzir e obter as mesmas conclusões que o autor original do experimento ou procedimento. O relatório deve ser escrito com uma linguagem técnico-científica [1], nunca coloquial [2], de maneira organizada e coerente com início, meio e fim, como em uma redação. Um relatório científico deve sempre conter uma conclusão, mesmo que o experimento não tenha dado certo. Se esse for o caso, a conclusão deve descrever os prováveis motivos da falha do experimento. 2. Organização de um relatório Um relatório deve descrever de forma detalhada, clara e objetiva a realização e conclusão de um experimento ou projeto. Apenas os dados relevantes para compreensão dos resultados devem ser descritos ou citados. A clareza e a objetividade têm, por finalidade, uma leitura prática e rápida sem perdas de informações. Os relatórios devem conter de 20 a 30 páginas bem distribuídas em itens indispensáveis. Claro que o número de páginas depende da complexidade do relatório e do assunto abordado e portanto não há um limite pré-estipulado para isso. Usualmente, para às disciplinas dos Cursos de Engenharia e Ciências Exatas, o relatório científico deve conter os seguintes itens: a. Capa padrão ABNT contendo: título do experimento, data de realização, identificação dos discentes e identificação dos alunos ou aluno e curso; b. Folha de rosto; c. Dedicatória; d. Agradecimentos; e. Epígrafe; f. Resumo em língua portuguesa; g. Resumo em língua inglesa ou Abstract; h. Objetivo; i. Listas i. Listas de Figura ou Ilustrações; ii. Listas de Tabelas; iii. Listas de abreviaturas e siglas; iv. Lista de símbolos; j. Sumário; k. Introdução histórica ao tema; l. Introdução teórica ao tema; 3 m. Material utilizado; n. Desenho técnico; o. Orçamento; p. Procedimento experimental e/ou de construção; q. Memorial de cálculo com resultados da análise dos dados e medições; r. Conclusão e discussão final dos resultados; s. Referências bibliográficas; t. Apêndice. A subdivisão de cada parte acima em dois ou mais itens é possível e recomendada; mas apenas quando necessária para a melhor compreensão do texto. A formatação do relatório e dissertações científicas deve seguir as normas da ABNT [3]. A seguir, faremos uma descrição mais detalhada dos itens essenciais para a confecção de um relatório científico bem feito. É comum a divisão de um relatório em: elementos pré- textuais; elementos textuais e elementos pós-textuais. A seguir, veremos o que cada um desses itens significam com muito mais detalhes. 3. Elementos pré-textuais Os elementos pré-textuais devem ser apresentados na seguinte ordem, conforme a ABNT NBR 14724 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005) [4]. 3.1. Capa Muitos alunos costumam negligenciar a capa dos relatórios. O preenchimento do título do experimento, data de realização, identificação dos discentes, do curso, da turma, e da sala é obrigatório. Relatórios com o preenchimento da capa incompleto não serão corrigidos. Os elementos obrigatórios da capa são: Nome da instituição; Departamento a que está submetido; Tema com identificação do semestre, do curso, da turma e da sala; Nome completo do autor ou autores; Título do trabalho: em letras minúsculas, com exceção da primeira letra, nomes próprios e/ou científicos; Subtítulos (se houver); Número de volumes (se houver mais de um); Local (cidade); Ano de depósito (da entrega). Como dito antes, o uso da capa é obrigatório. Um modelo (fora de escala) de capa padrão usada nos relatórios da Universidade Nove de Julho é mostrado a seguir: 4 3.2. Folha de rosto Outro item obrigatório que deve vir depois da capa, que contém os elementos essenciais à identificação do trabalho. A folha de rosto deve conter: Nome completo e identificação do autor ou autores; Título; Subtítulo (se houver); Número de volumes (se houver mais de um); Natureza do trabalho (dissertação ou tese); Nome da instituição a que é submetido o trabalho; Grau pretendido (aprovação em disciplina); Área de concentração; Nome do orientador, co-orientador (se houver); Local (cidade); Ano de depósito (da entrega). 5 Um modelo para folha de rosto é: 3.3. Dedicatória Elemento opcional, a ser utilizado pelo autor para homenagem ou indicação de pessoa ou pessoas a quem dedica seu esforço e trabalho. Geralmente, posiciona-se a dedicatória no canto inferior direito de uma página usada somente para este propósito conforme o exemplo abaixo. Modelo de dedicatória: 6 3.4. Agradecimentos Elemento opcional, no qual o autor ou autores agradecem às pessoas, entidades e/ou instituições que tenham contribuído de maneira relevante para a elaboração do trabalho. Quando o trabalho é financiado com ajuda de custo ou bolsa de estudos, é de praxe agradecer à agência que forneceu o fomento. Os agradecimentos também devem ficar em uma página dedicada somente para este item. Modelo de agradecimentos: 3.5. Epígrafe Elemento opcional, no qual o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria, relacionada à matéria tratada no corpo do trabalho. Pode haver, também, epígrafes nas folhas de aberturas das seções primárias e aberturas de capítulos. Geralmente a epígrafe serve como inspiração ou frase de incentivo para a realização do trabalho. Um modelo de epígrafe é: 7 3.6. Resumo em língua portuguesa Outro elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, em forma de texto explicativo. O resumo deve conter no máximo 300 palavras (três ou quatro parágrafos) e tem como finalidade dar ao leitor uma razoável descrição do conteúdo total abordado no relatório, bem como os resultados finais obtidos. O resumo só pode ser escrito no término do relatório e deve conter uma visão geral do experimento e/ou trabalho. Entretanto, ele deve sempre ser apresentado no início do texto. Todo o conteúdo do resumo deve ser retomado de forma mais específica e com mais detalhes ao longo do relatório. É interessante colocar explicitamente o resultado (ou resultados) final do experimento no resumo. Também é normal acrescentar com final do resumo uma lista de palavras chaves que identificam e facilitem possíveis buscas sobre o assunto abordado no trabalho. Modelo de resumo: 3.7. Resumo em língua inglesa ou Abstract Elaborado com as mesmas características e formato do resumo em língua portuguesa o resumo em língua inglesa também é um elemento obrigatório. O Abstract serve para fins de divulgação e em casos excepcionais poderá ser redigido em outro idioma, ficando a decisão a critério da Unidade ou Departamento responsável pelo trabalho. 8 3.8. Objetivo Este é umitem opcional que pode estar contido no resumo (item 3.6) ou na introdução teórica (item 4.1). Se você optar em incorporar o item objetivo, ele deve conter de maneira clara e resumida o goal [5] do experimento, ou seja, a meta do projeto. 3.9. Listas Listas são elementos opcionais, mas que podem ser muito úteis para um bom entendimento do relatório se houver necessidade. Para trabalhos muito longos e com muitas figuras e tabelas esses itens são essenciais para a localização. 3.9.1. Listas de Figuras ou Ilustrações Elaborada seguindo a mesma ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, seguido de uma descrição e acompanhado do respectivo número da página onde se encontra. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). Modelo de lista de ilustrações: 3.9.2. Listas de Tabelas Elaborada com as Tabelas usadas no decorrer do trabalho seguindo a mesma ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico e seguido de uma descrição e acompanhado do respectivo número da página. Veja um modelo simples de lista de Tabelas: 9 3.9.3. Listas de abreviaturas e siglas Constituída de uma relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de abreviatura. Este é um item opcional. Um modelo de lista de siglas é mostrado abaixo: 3.9.4. Listas de símbolos Elaborada seguindo a mesma ordem apresentada no texto. Cada símbolo deve vir seguido pelo significado e se necessário seguido da unidade correspondente. Modelo de lista de símbolos: 10 3.9.5. Sumário Elemento obrigatório, que consiste na enumeração das principais seções e divisões do trabalho, na mesma ordem e grafia que aparecem no texto, acompanhadas do respectivo número da página em que se encontra. Havendo mais de um volume, cada um deve conter o sumário completo do trabalho, conforme a norma ABNT NBR 6027 [6]. Um modelo de sumário pode ser encontrado na próxima página: 11 4. Elementos textuais Área em que é exposta o conteudo principal e relevante do trabalho, constituída de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. 4.1. Introdução histórica ao tema Item que pode ser introduzido se houver necessidade de uma introdução histórica e relevante ao tema abordado no trabalho. A introdução histórica é um item opcional, mas que pode ser muito interessante em alguns casos em que o tema necessita de mais conteúdo. 4.2. Introdução teórica ao tema Os objetivos do trabalho podem ser discutidos nesta seção. As leis físicas necessárias para compreensão do tema devem ser abordadas impreterivelmente aqui, bem como os comentários relevantes na abordagem do experimento e que não se enquadram nas outras partes do relatório. A introdução teórica ao tema deve conter as leis físicas ou matemáticas usadas ou comprovadas durante o experimento, bem como, a explicação ou relação com os conceitos físicos relevantes, ou seja, essas leis devem ser 12 bem explicadas e descritas nesta seção. Note como fazê-lo neste exemplo simples de aplicação da segunda lei de Newton em um experimento: Neste experimento, comprovaremos a 2ª Lei de Newton descrita por: onde, FR é a resultante das forças que atuam sobre o corpo, m é a massa medida em kg com a balança e a, é a aceleração do móvel em questão em m/s 2 . Note que na Eq. (1) e no texto, as expressões ou termos matemáticos devem ser escritas obrigatoriamente em itálico e numeradas conforme aparecem no texto. As equações devem sempre aparecer centralizadas com a numeração do lado direito da página, na mesma linha. Se precisarmos voltar a usar estas leis ou fómulas em outra parte do relatório, a referência deve ser feita pela citação do número da equação. Você deve fazer da seguinte maneira: Após medir a massa com a balança e a aceleração com os sensores do experimento, podemos obter a força resultante usando a Eq. (1). Se a lei física ou matemática precisar de uma explicação ou dedução mais detalhada, essas passagens devem ser colocadas em um Apêndice (item 5.2). Na introdução teórica, as equações devem ser apresentadas de maneira prática e clara e nunca uma fórmula, grandeza física ou termo matemático citado no texto pode ficar sem explicação. Não copiar a introdução teórica do roteiro de um experimento ou de um livro e não utilizar uma página da internet como introdução do tema. Se você utilizar algum texto de qualquer fonte, rescreva-o com as suas próprias palavras citando a fonte original. Lembre-se que copiar textos sem citar o autor é plágio, que é um crime previsto no Código Penal [7]. 4.3. Desenvolvimento do trabalho Esta seção deve conter principalmente, uma descrição detalhada do material utilizado, bem como o procedimento utilizado durante a realização das medidas e tomada de dados e/ou construção do protótipo ou experimento. As características dos instrumentos utilizados, suas incertezas e cuidados particulares adotados são informações extremamente importantes e devem constar aqui. Podemos dividir o desenvolvimento do trabalho em quatro sub-itens: material utilizado; desenho técnico; orçamento e procedimento experimental e/ou de construção 4.3.1. Material utilizado Descreva com detalhes o material e/ou equipamentos utilizados para a realização do trabalho. Faça uma lista organizada separando cada item de modo a facilitar a descrição e o procedimento para que o experimento possa ser refeito pelo leitor. 13 A seguir mostramos um modelo de lista de materiais utilizados em um experimento ou construção de um protótipo: 4.3.2 Desenho técnico Faça um desenho técnico para descrever seu experimento ou protótipo. Este desenho deve ser feito de modo a conter todas as dimensões e detalhes relevantes para uma possível recronstrução do aparato. Lembre-se, seu desenho deve estar em escala e seguir a padronização e normas da ABNT [8] e [9]. Um exemplo de desenho técnico é: 14 4.3.3 Orçamento Parte importantíssima de um projeto técnico, científico ou acadêmico, o orçamento é um item que nunca deve ficar fora de um relatório. Como um orçamento deve ser feito? Imagine que você está disputando a concorrência para uma liscitação muito importante, então, procure descrever os custos de produção do projeto para poder ganhar esta liscitação. O melhor projeto com o menor custo é o que deve ganhar a disputa e é desta maneira que o orçamento deve ser apresentado. Procure fazer o orçamento em forma de Tabela com o custo individual de cada item utilizado e com o custo final total somado. 4.3.4 Procedimento experimental e/ou de construção Tente organizar as etapas do procedimento experimental ou de construção do protótipo em uma seqüência lógica e coerente que seja fácil de ser seguida por uma pessoa inexperiente e sem qualquer conhecimento do assunto. Para ter uma ideia deste procedimento, siga o exemplo simplificado da medida da densidade 1 de um bloco metálico qualquer: Em primeiro lugar, descreva o material e equipamento utilizado como mostrado no item4.3.1: Régua milimetrada; Balança analítica; Bloco metálico cúbico. Agora descreva o procedimento que você ou seu grupo seguiu para obter a densidade analiticamente: Utilizamos a régua para medir a aresta do bloco; Utilizamos a balança analítica para medir a massa; Com base nos valores obtidos, calculamos a densidade usando a Eq. (2). Se necessário, para um melhor entendimento do procedimento pelo leitor, organize estes itens em subitens desta seção. Se for ao caso, é de suma importância descrever a construção do protótipo com detalhes através de fotos que reproduzem o passo a passo da montagem, sem exagerar na quantidade de imagens. Lembre-se, toda imagem também deve conter uma legenda explicativa e ser citada no decorrer do texto impreterívelmente. 1 A densidade ou massa específica d é propriedade dos materiais dada pela razão de sua massa m pelo seu volume V. 15 4.3.5. Memorial de cálculo Os dados obtidos nos experimento e ou os cálculos necessários para a conclusão do projeto devem aparecer obrigatoriamente nesta seção. É nesta seção que os cálculos, análise dos dados e medições devem aparecer. Quando os dados ou resultados forem repetitivos, estes devem ser apresentados na forma de Tabelas contendo legendas explicativas. Lembre-se de construir suas Tabelas da forma mais simples possível, de modo que a legenda explique de maneira sucinta os dados apresentados nela. A seguir, mostraremos um exemplo simples de uma Tabela contendo o período médio de um pêndulo simples [10] e seu desvio padrão da média [11]: Medidas (s) )(s) (s 2 ) 1 1,186 -0,1492 2,2226×10 -2 2 1,211 -0,1242 1,5426×10 -2 3 1,917 0,5818 33,8491×10 -2 4 1,173 -0,1622 2,6309×10 -2 5 1,189 -0,1462 2,1374×10 -2 Tabela 1: Cálculo da média do período de um pêndulo e seu desvio padrão da média para cinco medidas experimentais. Ao realizar a análise dos dados, explique em detalhes os cálculos feitos, assim como os gráficos utilizados se necessário e indique as equações usadas na análise. Sempre coloque as unidades corretas nas grandezas medidas e calculadas. Mostraremos através de um outro exemplo como realizar a análise dos dados apresentados da Tabela 1: A partir das medidas agrupadas na Tabela 1, calculou-se a média simples do período do pêndulo dado pela equação: onde são as medidas individuais do período do pêndulo e n é o número de medidas realizadas no experimento. O desvio padrão da média σm foi calculado somando-se os quadrados dos desvios e aplicando a fórmula: Em trabalhos experimentais o resultado final sempre deve ser apresentado acompanhado de uma incerteza, e esta incerteza depende de vários fatores, neste caso usaremos o desvio padrão da média : 16 onde T é período do pêndulo medido em segundos. É imprescindível que os valores calculados experimentalmente, sejam escritos acompanhados de uma incerteza, neste caso optamos pela incerteza padrão da média e todos os resultados necessariamente devem seguir as regras específicas de arredondamentos da ABNT [12] e [13], assim como devem conter a quantidade correta de algarismos significativos. Abaixo apresentaremos como exemplo os resultados do período médio calculado na Tabela 1 com a quantidade correta de algarismos significativos acompanhado de sua respectiva incerteza, neste caso, o desvio padrão da média . Usando o valor do período médio , e da incerteza padrão média encontrados na Tabela 1, o resultado final para o valor do período do pêndulo medido foi: Gráficos e figuras utilizados ou feitos durante a análise dos dados ou cálculos também devem ser incluídos no relatório cientifico. Do mesmo modo que as tabelas, eles devem conter obrigatoriamente uma legenda explicativa. Lembrando que tabelas, gráficos e fórmulas físicas ou matemáticas utilizados durante o texto devem ser apresentadas devidamente enumeradas para uso em citações posteriores. Observação: Gráficos desenhados manualmente em papel milimetrado, podem preferencialmente ser colocados no Apêndice (item 5.2). 4.3.6. Conclusão É nesta parte que a experiência ou projeto deve ser discutida como um todo. Os valores experimentais obtidos ou resultados analíticos podem ser comparados com outras medidas ou valores de outras referências teóricas ou experimentais – sempre citando a origem. Comentários, sugestões e críticas relevantes aos equipamentos utilizados, suas incertezas e métodos de medidas utilizados para obtenção do resultado final devem ser feitos. É essencial que se discutam os resultados, os quais, os dados do experimento permitem atingir. O resultado principal do experimento deve ser mostrado na conclusão com sua respectiva incerteza no formato da Eq. (6), se for o caso. Procure fazer uma conclusão clara e coerente sobre o projeto como um todo. Mesmo experimentos que não deram certo ou que tiveram um erro final acima do valor aceitável – o que é relativo, devem conter uma conclusão compatível e coerente. Se este for o caso, a conclusão deve conter os motivos da falha ou as possíveis orígem e causas dos erros. Muitas vezes os experimentos – e por sua vez o relatório científico – podem ser considerados corretos se a conclusão for bem feita e compatível com o resultado final, mesmo que o experimento não tenha dado certo. 17 5. Elementos pós-textuais Elementos que completam e finalizam o trabalho, geralmente constituídos de: referências bibliográficas, apêndices como mostrados a seguir. 5.1. Referências bibliográficas Elemento obrigatório, que consiste na relação das obras e referências consultadas e citadas no texto, de maneira a permitir a identificação individual de cada uma delas. As referências devem ser ordenadas conforme aparecem no texto, quando utilizado o sistema numérico de organização. Todas as referências bibliográficas citadas no texto devem ser enumeradas entre colchetes [...] na parte final do relatório. Existem muitas maneiras de se fazer essas referências, mas preferencialmente utilize as normas da ABNT para a colocação de referencias bibliográficas [14]. Por exemplo, para citar partes de um livro ou texto, a referência deve conter um Número (ordenado de presença); SOBRENOME, Prenome do autor; Título (do capítulo); Título (do livro no todo); Local: Editora; Ano; Cap nº (se houver); Página inicial e final. Faça uma referência bibliográfica a um Livro ou Artigo desta maneira: [1] GADOTTI, Moacir. A Paixão de Conhecer o Mundo. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Atlas, 1987. Cap. 5, p. 58-73. Para citar um documento na Internet [15] coloque um Número (ordenado por presença); AUTOR(ES) (se houver); Título: subtítulo (se houver); Disponível em: <endereço da URL>; Data de acesso: [2] Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Manual de referências bibliográficas. Disponível em: http://www.ufrgs.br/agronomia/manualcap1.htm. Acesso em: 20/07/2002. Paraoutros exemplos de referências bibliográficas, consulte [14] e [15]. 5.2. Apêndice Este é um elemento também opcional. Pode, entretanto, ser utilizado para completar a argumentação do autor sobre o assunto abordado, desde que o relatório os forneça, conforme a norma ABNT NBR 14724 [4]. Serve para a apresentação de tópicos que podem ser discutidos ou relembrados separadamente do texto principal, como, por exemplo, a dedução muito longa de uma lei física ou matemática. Os Apêndices devem ser usados basicamente para aliviar o relatório científico de uma passagem longa ou repetitiva. Os apêndices devem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de hífen e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 26 letras do alfabeto. A paginação deve ser contínua, dando seguimento ao texto principal. Um apêndice não faz sentido se não for citado no texto e não fizer parte do contexto. Modelo de Apêndice: 18 Referências bibliográficas: [1] Linguagem Cientifica: um caminho de regras para um mundo social e cultural, Solange Gomes da Fonseca. Disponível em: http://www.portalliteral.com.br/artigos/linguagem-cientifica-um-caminho-de-regras- para-um-mundo-social-e-cultural. Acesso em: 11/02/2011. [2] Dicionário informal, Linguagem coloquial. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=linguagem%20coloquial. Acesso em: 11/02/2011. [3] Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Disponível em: http://www.abnt.org.br/. Acesso em: 20/04/2014. [4] Normas ABNT NBR 14724 para formatação de trabalho científico, monografia e TCC. Disponível em: http://decom.cesnors.ufsm.br/tcc/normas-abnt-para-trabalhos- cientificos/normas-abnt-nbr-14724-para-formatacao-de-trabalho-cientifico-monografia- e-tcc/. Acesso em: 20/04/2014. [5] Wikipédia: Goal. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Goal. Acesso em: 11/02/2011. [6] Normas ABNT NBR 6027 para formatação de trabalho científico, monografia e TCC. Disponível em: http://decom.cesnors.ufsm.br/tcc/normas-abnt-para-trabalhos- cientificos/normas-abnt-nbr-6027-para-sumario-de-trabalhos-academicos-monografias- e-tcc/. Acesso em: 20/04/2014. [7] Portal Educação. O crime de plágio. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/50044/o-crime-de-plagio. Acesso em: 21/04/2014. [8] Desenho técnico. Padronização e normas da ABNT. Disponível em: http://desenho- tecnico.info/mos/view/Padroniza%C3%A7%C3%A3o_e_normas/. Acesso em: 21/04/2014. [9] Normas da ABNT para Desenho Técnico. UFMG - Curso de Graduação em Engenharia Metalúrgica; disciplina: DESENHO D; Prof. Marcelo Borges Mansur (DEMET-UFMG). Disponível em: http://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/Normas%20ABNT%20para%20D esenho/n02normasabnt.pdf. Acesso em: 21/04/2014. 19 [10] Pêndulo simples. Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php. Acesso em: 18/02/2011. [11] Desvio padrão da média, ITA. Disponível em: http://www.fis.ita.br/labfis45/erros/errostextos/erros4.htm. Acesso em: 18/02/2011. [12] Roteiro 1, FGE I, p. 3, Diretoria de Ciências Exatas, Universidade 9 de Julho - UNINOVE. [13] Brasil Escola - Arredondando Números. Disponível em: http://www.brasilescola.com/matematica/arredondando-numeros.htm. Acesso em: 22/04/2014. [14] Normas de entrada das referências segundo a norma NBR 6023/2002. Disponível em: http://www.cdcc.usp.br/cda/sessao-astronomia/sessao-astronomia-padrao/referencia- bibliografica-ufrgs.htm. Acesso em: 21/02/2011. [15] Normas da ABNT para citações e referências bibliográficas. Disponível em: http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm#5.16.4. Acesso em: 21/02/2011.
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