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Como-Organizar-Relatorio-Cientifico-V2.0 (1)

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
Como organizar um relatório científico 
 
 
 
 
Autor: Prof. Dr. Alberto Lozéa Feijó Soares 
Co-autor: Prof. MSc. Cláudio Márcio R. Magalhães 
 
 
 
 
Baseado no trabalho original do Prof. Paulo Lopes 
 
 
 
 
V-2.0 
 
 
 
 
20 de Abril de 2014 
2 
 
 
Como organizar um relatório científico 
 
1. O que é e qual o objetivo de um relatório científico? 
 
A função principal de um relatório científico é descrever como um experimento 
ou procedimento científico é conduzido e comprovar se uma ou mais leis físicas ou 
matemáticas quaisquer são verdadeiras. O relatório deve ser escrito de uma maneira que, 
uma pessoa leiga no assunto, seja capaz de reproduzir e obter as mesmas conclusões que 
o autor original do experimento ou procedimento. 
 
O relatório deve ser escrito com uma linguagem técnico-científica [1], nunca 
coloquial [2], de maneira organizada e coerente com início, meio e fim, como em uma 
redação. Um relatório científico deve sempre conter uma conclusão, mesmo que o 
experimento não tenha dado certo. Se esse for o caso, a conclusão deve descrever os 
prováveis motivos da falha do experimento. 
 
2. Organização de um relatório 
 
Um relatório deve descrever de forma detalhada, clara e objetiva a realização e 
conclusão de um experimento ou projeto. Apenas os dados relevantes para compreensão 
dos resultados devem ser descritos ou citados. A clareza e a objetividade têm, por 
finalidade, uma leitura prática e rápida sem perdas de informações. 
 
Os relatórios devem conter de 20 a 30 páginas bem distribuídas em itens 
indispensáveis. Claro que o número de páginas depende da complexidade do relatório e 
do assunto abordado e portanto não há um limite pré-estipulado para isso. Usualmente, 
para às disciplinas dos Cursos de Engenharia e Ciências Exatas, o relatório científico 
deve conter os seguintes itens: 
 
a. Capa padrão ABNT contendo: título do experimento, data de realização, 
identificação dos discentes e identificação dos alunos ou aluno e curso; 
b. Folha de rosto; 
c. Dedicatória; 
d. Agradecimentos; 
e. Epígrafe; 
f. Resumo em língua portuguesa; 
g. Resumo em língua inglesa ou Abstract; 
h. Objetivo; 
i. Listas 
i. Listas de Figura ou Ilustrações; 
ii. Listas de Tabelas; 
iii. Listas de abreviaturas e siglas; 
iv. Lista de símbolos; 
j. Sumário; 
k. Introdução histórica ao tema; 
l. Introdução teórica ao tema; 
3 
 
m. Material utilizado; 
n. Desenho técnico; 
o. Orçamento; 
p. Procedimento experimental e/ou de construção; 
q. Memorial de cálculo com resultados da análise dos dados e medições; 
r. Conclusão e discussão final dos resultados; 
s. Referências bibliográficas; 
t. Apêndice. 
 
A subdivisão de cada parte acima em dois ou mais itens é possível e 
recomendada; mas apenas quando necessária para a melhor compreensão do texto. A 
formatação do relatório e dissertações científicas deve seguir as normas da ABNT [3]. A 
seguir, faremos uma descrição mais detalhada dos itens essenciais para a confecção de 
um relatório científico bem feito. É comum a divisão de um relatório em: elementos pré-
textuais; elementos textuais e elementos pós-textuais. A seguir, veremos o que cada um 
desses itens significam com muito mais detalhes. 
3. Elementos pré-textuais 
Os elementos pré-textuais devem ser apresentados na seguinte ordem, conforme a 
ABNT NBR 14724 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005) [4]. 
 
3.1. Capa 
Muitos alunos costumam negligenciar a capa dos relatórios. O preenchimento do 
título do experimento, data de realização, identificação dos discentes, do curso, da turma, 
e da sala é obrigatório. Relatórios com o preenchimento da capa incompleto não serão 
corrigidos. Os elementos obrigatórios da capa são: 
 Nome da instituição; 
 Departamento a que está submetido; 
 Tema com identificação do semestre, do curso, da turma e da sala; 
 Nome completo do autor ou autores; 
 Título do trabalho: em letras minúsculas, com exceção da primeira letra, nomes 
próprios e/ou científicos; 
 Subtítulos (se houver); 
 Número de volumes (se houver mais de um); 
 Local (cidade); 
 Ano de depósito (da entrega). 
Como dito antes, o uso da capa é obrigatório. Um modelo (fora de escala) de capa 
padrão usada nos relatórios da Universidade Nove de Julho é mostrado a seguir: 
 
4 
 
 
 
3.2. Folha de rosto 
 
Outro item obrigatório que deve vir depois da capa, que contém os elementos 
essenciais à identificação do trabalho. A folha de rosto deve conter: 
 
 Nome completo e identificação do autor ou autores; 
 Título; 
 Subtítulo (se houver); 
 Número de volumes (se houver mais de um); 
 Natureza do trabalho (dissertação ou tese); 
 Nome da instituição a que é submetido o trabalho; 
 Grau pretendido (aprovação em disciplina); 
 Área de concentração; 
 Nome do orientador, co-orientador (se houver); 
 Local (cidade); 
 Ano de depósito (da entrega). 
 
5 
 
Um modelo para folha de rosto é: 
 
 
 
3.3. Dedicatória 
 
Elemento opcional, a ser utilizado pelo autor para homenagem ou indicação de 
pessoa ou pessoas a quem dedica seu esforço e trabalho. Geralmente, posiciona-se a 
dedicatória no canto inferior direito de uma página usada somente para este propósito 
conforme o exemplo abaixo. Modelo de dedicatória: 
 
 
 
 
 
6 
 
3.4. Agradecimentos 
 
Elemento opcional, no qual o autor ou autores agradecem às pessoas, entidades 
e/ou instituições que tenham contribuído de maneira relevante para a elaboração do 
trabalho. Quando o trabalho é financiado com ajuda de custo ou bolsa de estudos, é de 
praxe agradecer à agência que forneceu o fomento. Os agradecimentos também devem 
ficar em uma página dedicada somente para este item. Modelo de agradecimentos: 
 
 
 
3.5. Epígrafe 
Elemento opcional, no qual o autor apresenta uma citação, seguida de indicação 
de autoria, relacionada à matéria tratada no corpo do trabalho. Pode haver, também, 
epígrafes nas folhas de aberturas das seções primárias e aberturas de capítulos. 
Geralmente a epígrafe serve como inspiração ou frase de incentivo para a realização do 
trabalho. Um modelo de epígrafe é: 
 
 
 
 
7 
 
3.6. Resumo em língua portuguesa 
 
Outro elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e 
objetivas, em forma de texto explicativo. O resumo deve conter no máximo 300 palavras 
(três ou quatro parágrafos) e tem como finalidade dar ao leitor uma razoável descrição 
do conteúdo total abordado no relatório, bem como os resultados finais obtidos. 
 
O resumo só pode ser escrito no término do relatório e deve conter uma visão 
geral do experimento e/ou trabalho. Entretanto, ele deve sempre ser apresentado no 
início do texto. Todo o conteúdo do resumo deve ser retomado de forma mais específica 
e com mais detalhes ao longo do relatório. É interessante colocar explicitamente o 
resultado (ou resultados) final do experimento no resumo. 
 
Também é normal acrescentar com final do resumo uma lista de palavras chaves 
que identificam e facilitem possíveis buscas sobre o assunto abordado no trabalho. 
Modelo de resumo: 
 
 
 
3.7. Resumo em língua inglesa ou Abstract 
 
Elaborado com as mesmas características e formato do resumo em língua 
portuguesa o resumo em língua inglesa também é um elemento obrigatório. O Abstract 
serve para fins de divulgação e em casos excepcionais poderá ser redigido em outro 
idioma, ficando a decisão a critério da Unidade ou Departamento responsável pelo 
trabalho. 
 
8 
 
 
3.8. Objetivo 
 
Este é umitem opcional que pode estar contido no resumo (item 3.6) ou na 
introdução teórica (item 4.1). Se você optar em incorporar o item objetivo, ele deve 
conter de maneira clara e resumida o goal [5] do experimento, ou seja, a meta do projeto. 
 
3.9. Listas 
 
Listas são elementos opcionais, mas que podem ser muito úteis para um bom 
entendimento do relatório se houver necessidade. Para trabalhos muito longos e com 
muitas figuras e tabelas esses itens são essenciais para a localização. 
 
3.9.1. Listas de Figuras ou Ilustrações 
Elaborada seguindo a mesma ordem apresentada no texto, com cada item 
designado por seu nome específico, seguido de uma descrição e acompanhado do 
respectivo número da página onde se encontra. Recomenda-se a elaboração de lista 
própria para cada tipo de ilustração (desenhos, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, 
organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). Modelo de lista de ilustrações: 
 
3.9.2. Listas de Tabelas 
Elaborada com as Tabelas usadas no decorrer do trabalho seguindo a mesma 
ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico e seguido 
de uma descrição e acompanhado do respectivo número da página. Veja um modelo 
simples de lista de Tabelas: 
9 
 
 
3.9.3. Listas de abreviaturas e siglas 
Constituída de uma relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, 
seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Quando 
necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de abreviatura. Este 
é um item opcional. Um modelo de lista de siglas é mostrado abaixo: 
 
3.9.4. Listas de símbolos 
Elaborada seguindo a mesma ordem apresentada no texto. Cada símbolo deve vir 
seguido pelo significado e se necessário seguido da unidade correspondente. Modelo de 
lista de símbolos: 
10 
 
 
 
3.9.5. Sumário 
 
Elemento obrigatório, que consiste na enumeração das principais seções e 
divisões do trabalho, na mesma ordem e grafia que aparecem no texto, acompanhadas do 
respectivo número da página em que se encontra. Havendo mais de um volume, cada um 
deve conter o sumário completo do trabalho, conforme a norma ABNT NBR 6027 [6]. 
Um modelo de sumário pode ser encontrado na próxima página: 
 
11 
 
 
 
4. Elementos textuais 
 
Área em que é exposta o conteudo principal e relevante do trabalho, constituída 
de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
 
4.1. Introdução histórica ao tema 
 
Item que pode ser introduzido se houver necessidade de uma introdução histórica 
e relevante ao tema abordado no trabalho. A introdução histórica é um item opcional, 
mas que pode ser muito interessante em alguns casos em que o tema necessita de mais 
conteúdo. 
 
4.2. Introdução teórica ao tema 
 
Os objetivos do trabalho podem ser discutidos nesta seção. As leis físicas 
necessárias para compreensão do tema devem ser abordadas impreterivelmente aqui, 
bem como os comentários relevantes na abordagem do experimento e que não se 
enquadram nas outras partes do relatório. A introdução teórica ao tema deve conter as 
leis físicas ou matemáticas usadas ou comprovadas durante o experimento, bem como, a 
explicação ou relação com os conceitos físicos relevantes, ou seja, essas leis devem ser 
12 
 
bem explicadas e descritas nesta seção. Note como fazê-lo neste exemplo simples de 
aplicação da segunda lei de Newton em um experimento: 
 
Neste experimento, comprovaremos a 2ª Lei de Newton descrita por: 
 
 
 
onde, FR é a resultante das forças que atuam sobre o corpo, m é a massa medida em kg 
com a balança e a, é a aceleração do móvel em questão em m/s
2
. 
 
Note que na Eq. (1) e no texto, as expressões ou termos matemáticos devem ser 
escritas obrigatoriamente em itálico e numeradas conforme aparecem no texto. As 
equações devem sempre aparecer centralizadas com a numeração do lado direito da 
página, na mesma linha. Se precisarmos voltar a usar estas leis ou fómulas em outra 
parte do relatório, a referência deve ser feita pela citação do número da equação. Você 
deve fazer da seguinte maneira: 
 
Após medir a massa com a balança e a aceleração com os sensores do experimento, 
podemos obter a força resultante usando a Eq. (1). 
 
Se a lei física ou matemática precisar de uma explicação ou dedução mais 
detalhada, essas passagens devem ser colocadas em um Apêndice (item 5.2). Na 
introdução teórica, as equações devem ser apresentadas de maneira prática e clara e 
nunca uma fórmula, grandeza física ou termo matemático citado no texto pode ficar sem 
explicação. 
 
Não copiar a introdução teórica do roteiro de um experimento ou de um livro 
e não utilizar uma página da internet como introdução do tema. Se você utilizar 
algum texto de qualquer fonte, rescreva-o com as suas próprias palavras citando a fonte 
original. Lembre-se que copiar textos sem citar o autor é plágio, que é um crime previsto 
no Código Penal [7]. 
 
4.3. Desenvolvimento do trabalho 
 
Esta seção deve conter principalmente, uma descrição detalhada do material 
utilizado, bem como o procedimento utilizado durante a realização das medidas e tomada 
de dados e/ou construção do protótipo ou experimento. As características dos 
instrumentos utilizados, suas incertezas e cuidados particulares adotados são 
informações extremamente importantes e devem constar aqui. Podemos dividir o 
desenvolvimento do trabalho em quatro sub-itens: material utilizado; desenho técnico; 
orçamento e procedimento experimental e/ou de construção 
 
4.3.1. Material utilizado 
 
Descreva com detalhes o material e/ou equipamentos utilizados para a realização 
do trabalho. Faça uma lista organizada separando cada item de modo a facilitar a 
descrição e o procedimento para que o experimento possa ser refeito pelo leitor. 
 
13 
 
A seguir mostramos um modelo de lista de materiais utilizados em um 
experimento ou construção de um protótipo: 
 
 
 
4.3.2 Desenho técnico 
 
Faça um desenho técnico para descrever seu experimento ou protótipo. Este desenho 
deve ser feito de modo a conter todas as dimensões e detalhes relevantes para uma 
possível recronstrução do aparato. Lembre-se, seu desenho deve estar em escala e seguir 
a padronização e normas da ABNT [8] e [9]. Um exemplo de desenho técnico é: 
14 
 
4.3.3 Orçamento 
 
Parte importantíssima de um projeto técnico, científico ou acadêmico, o 
orçamento é um item que nunca deve ficar fora de um relatório. Como um orçamento 
deve ser feito? Imagine que você está disputando a concorrência para uma liscitação 
muito importante, então, procure descrever os custos de produção do projeto para poder 
ganhar esta liscitação. O melhor projeto com o menor custo é o que deve ganhar a 
disputa e é desta maneira que o orçamento deve ser apresentado. Procure fazer o 
orçamento em forma de Tabela com o custo individual de cada item utilizado e com o 
custo final total somado. 
 
4.3.4 Procedimento experimental e/ou de construção 
 
Tente organizar as etapas do procedimento experimental ou de construção do 
protótipo em uma seqüência lógica e coerente que seja fácil de ser seguida por uma 
pessoa inexperiente e sem qualquer conhecimento do assunto. Para ter uma ideia deste 
procedimento, siga o exemplo simplificado da medida da densidade
1
 de um bloco 
metálico qualquer: 
 
 
 
 
 
 
Em primeiro lugar, descreva o material e equipamento utilizado como mostrado no item4.3.1: 
 
 Régua milimetrada; 
 Balança analítica; 
 Bloco metálico cúbico. 
 
Agora descreva o procedimento que você ou seu grupo seguiu para obter a densidade 
analiticamente: 
 
 Utilizamos a régua para medir a aresta do bloco; 
 Utilizamos a balança analítica para medir a massa; 
 Com base nos valores obtidos, calculamos a densidade usando a Eq. (2). 
 
Se necessário, para um melhor entendimento do procedimento pelo leitor, 
organize estes itens em subitens desta seção. Se for ao caso, é de suma importância 
descrever a construção do protótipo com detalhes através de fotos que reproduzem o 
passo a passo da montagem, sem exagerar na quantidade de imagens. Lembre-se, toda 
imagem também deve conter uma legenda explicativa e ser citada no decorrer do texto 
impreterívelmente. 
 
 
 
 
 
1
 A densidade ou massa específica d é propriedade dos materiais dada pela razão de sua massa m 
pelo seu volume V. 
 
15 
 
4.3.5. Memorial de cálculo 
 
Os dados obtidos nos experimento e ou os cálculos necessários para a conclusão 
do projeto devem aparecer obrigatoriamente nesta seção. É nesta seção que os cálculos, 
análise dos dados e medições devem aparecer. Quando os dados ou resultados forem 
repetitivos, estes devem ser apresentados na forma de Tabelas contendo legendas 
explicativas. Lembre-se de construir suas Tabelas da forma mais simples possível, 
de modo que a legenda explique de maneira sucinta os dados apresentados nela. 
 
A seguir, mostraremos um exemplo simples de uma Tabela contendo o período 
médio de um pêndulo simples [10] e seu desvio padrão da média [11]: 
 
 
Medidas (s) )(s) 
 (s
2
) 
1 1,186 -0,1492 2,2226×10
-2
 
2 1,211 -0,1242 1,5426×10
-2
 
3 1,917 0,5818 33,8491×10
-2
 
4 1,173 -0,1622 2,6309×10
-2
 
5 1,189 -0,1462 2,1374×10
-2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1: Cálculo da média do período de um pêndulo e seu desvio padrão da média 
para cinco medidas experimentais. 
 
Ao realizar a análise dos dados, explique em detalhes os cálculos feitos, assim 
como os gráficos utilizados se necessário e indique as equações usadas na análise. 
Sempre coloque as unidades corretas nas grandezas medidas e calculadas. 
 
Mostraremos através de um outro exemplo como realizar a análise dos dados 
apresentados da Tabela 1: 
 
A partir das medidas agrupadas na Tabela 1, calculou-se a média simples do 
período do pêndulo dado pela equação: 
 
 
 
 
 
 
 
onde são as medidas individuais do período do pêndulo e n é o número de medidas 
realizadas no experimento. O desvio padrão da média σm foi calculado somando-se os 
quadrados dos desvios e aplicando a fórmula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em trabalhos experimentais o resultado final sempre deve ser apresentado 
acompanhado de uma incerteza, e esta incerteza depende de vários fatores, neste caso 
usaremos o desvio padrão da média : 
16 
 
 
 
 
onde T é período do pêndulo medido em segundos. 
 
É imprescindível que os valores calculados experimentalmente, sejam escritos 
acompanhados de uma incerteza, neste caso optamos pela incerteza padrão da média e 
todos os resultados necessariamente devem seguir as regras específicas de 
arredondamentos da ABNT [12] e [13], assim como devem conter a quantidade correta 
de algarismos significativos. Abaixo apresentaremos como exemplo os resultados do 
período médio calculado na Tabela 1 com a quantidade correta de algarismos 
significativos acompanhado de sua respectiva incerteza, neste caso, o desvio padrão da 
média . 
 
Usando o valor do período médio , e da incerteza padrão média encontrados 
na Tabela 1, o resultado final para o valor do período do pêndulo medido foi: 
 
 
 
Gráficos e figuras utilizados ou feitos durante a análise dos dados ou cálculos 
também devem ser incluídos no relatório cientifico. Do mesmo modo que as tabelas, eles 
devem conter obrigatoriamente uma legenda explicativa. Lembrando que tabelas, 
gráficos e fórmulas físicas ou matemáticas utilizados durante o texto devem ser 
apresentadas devidamente enumeradas para uso em citações posteriores. 
 
Observação: Gráficos desenhados manualmente em papel milimetrado, 
podem preferencialmente ser colocados no Apêndice (item 5.2). 
 
4.3.6. Conclusão 
É nesta parte que a experiência ou projeto deve ser discutida como um todo. Os 
valores experimentais obtidos ou resultados analíticos podem ser comparados com outras 
medidas ou valores de outras referências teóricas ou experimentais – sempre citando a 
origem. Comentários, sugestões e críticas relevantes aos equipamentos utilizados, suas 
incertezas e métodos de medidas utilizados para obtenção do resultado final devem ser 
feitos. É essencial que se discutam os resultados, os quais, os dados do experimento 
permitem atingir. O resultado principal do experimento deve ser mostrado na conclusão 
com sua respectiva incerteza no formato da Eq. (6), se for o caso. 
Procure fazer uma conclusão clara e coerente sobre o projeto como um todo. 
Mesmo experimentos que não deram certo ou que tiveram um erro final acima do valor 
aceitável – o que é relativo, devem conter uma conclusão compatível e coerente. Se este 
for o caso, a conclusão deve conter os motivos da falha ou as possíveis orígem e causas 
dos erros. Muitas vezes os experimentos – e por sua vez o relatório científico – podem 
ser considerados corretos se a conclusão for bem feita e compatível com o resultado 
final, mesmo que o experimento não tenha dado certo. 
 
 
17 
 
5. Elementos pós-textuais 
Elementos que completam e finalizam o trabalho, geralmente constituídos de: 
referências bibliográficas, apêndices como mostrados a seguir. 
 
5.1. Referências bibliográficas 
Elemento obrigatório, que consiste na relação das obras e referências consultadas 
e citadas no texto, de maneira a permitir a identificação individual de cada uma delas. As 
referências devem ser ordenadas conforme aparecem no texto, quando utilizado o 
sistema numérico de organização. 
Todas as referências bibliográficas citadas no texto devem ser enumeradas entre 
colchetes [...] na parte final do relatório. Existem muitas maneiras de se fazer essas 
referências, mas preferencialmente utilize as normas da ABNT para a colocação de 
referencias bibliográficas [14]. Por exemplo, para citar partes de um livro ou texto, a 
referência deve conter um Número (ordenado de presença); SOBRENOME, Prenome do 
autor; Título (do capítulo); Título (do livro no todo); Local: Editora; Ano; Cap nº (se 
houver); Página inicial e final. Faça uma referência bibliográfica a um Livro ou Artigo 
desta maneira: 
 
[1] GADOTTI, Moacir. A Paixão de Conhecer o Mundo. Pensamento Pedagógico 
Brasileiro. São Paulo: Atlas, 1987. Cap. 5, p. 58-73. 
 
Para citar um documento na Internet [15] coloque um Número (ordenado por 
presença); AUTOR(ES) (se houver); Título: subtítulo (se houver); Disponível em: 
<endereço da URL>; Data de acesso: 
 
[2] Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Manual de 
referências bibliográficas. Disponível em: 
http://www.ufrgs.br/agronomia/manualcap1.htm. Acesso em: 20/07/2002. 
 
Paraoutros exemplos de referências bibliográficas, consulte [14] e [15]. 
 
5.2. Apêndice 
 
Este é um elemento também opcional. Pode, entretanto, ser utilizado para 
completar a argumentação do autor sobre o assunto abordado, desde que o relatório os 
forneça, conforme a norma ABNT NBR 14724 [4]. Serve para a apresentação de tópicos 
que podem ser discutidos ou relembrados separadamente do texto principal, como, por 
exemplo, a dedução muito longa de uma lei física ou matemática. Os Apêndices devem 
ser usados basicamente para aliviar o relatório científico de uma passagem longa ou 
repetitiva. 
 
Os apêndices devem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas 
de hífen e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas 
dobradas na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 26 letras do alfabeto. A 
paginação deve ser contínua, dando seguimento ao texto principal. Um apêndice não faz 
sentido se não for citado no texto e não fizer parte do contexto. Modelo de Apêndice: 
18 
 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
[1] Linguagem Cientifica: um caminho de regras para um mundo social e cultural, 
Solange Gomes da Fonseca. Disponível em: 
http://www.portalliteral.com.br/artigos/linguagem-cientifica-um-caminho-de-regras-
para-um-mundo-social-e-cultural. Acesso em: 11/02/2011. 
 
[2] Dicionário informal, Linguagem coloquial. Disponível em: 
http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=linguagem%20coloquial. 
Acesso em: 11/02/2011. 
 
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Disponível em: 
http://www.abnt.org.br/. Acesso em: 20/04/2014. 
 
[4] Normas ABNT NBR 14724 para formatação de trabalho científico, monografia e 
TCC. Disponível em: http://decom.cesnors.ufsm.br/tcc/normas-abnt-para-trabalhos-
cientificos/normas-abnt-nbr-14724-para-formatacao-de-trabalho-cientifico-monografia-
e-tcc/. Acesso em: 20/04/2014. 
 
[5] Wikipédia: Goal. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Goal. Acesso em: 
11/02/2011. 
 
[6] Normas ABNT NBR 6027 para formatação de trabalho científico, monografia e 
TCC. Disponível em: http://decom.cesnors.ufsm.br/tcc/normas-abnt-para-trabalhos-
cientificos/normas-abnt-nbr-6027-para-sumario-de-trabalhos-academicos-monografias-
e-tcc/. Acesso em: 20/04/2014. 
 
[7] Portal Educação. O crime de plágio. Disponível em: 
http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/50044/o-crime-de-plagio. Acesso em: 
21/04/2014. 
 
[8] Desenho técnico. Padronização e normas da ABNT. Disponível em: http://desenho-
tecnico.info/mos/view/Padroniza%C3%A7%C3%A3o_e_normas/. Acesso em: 
21/04/2014. 
[9] Normas da ABNT para Desenho Técnico. UFMG - Curso de Graduação em 
Engenharia Metalúrgica; disciplina: DESENHO D; Prof. Marcelo Borges Mansur 
(DEMET-UFMG). Disponível em: 
http://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/Normas%20ABNT%20para%20D
esenho/n02normasabnt.pdf. Acesso em: 21/04/2014. 
19 
 
[10] Pêndulo simples. Disponível em: 
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php. Acesso em: 
18/02/2011. 
 
[11] Desvio padrão da média, ITA. Disponível em: 
http://www.fis.ita.br/labfis45/erros/errostextos/erros4.htm. Acesso em: 18/02/2011. 
 
[12] Roteiro 1, FGE I, p. 3, Diretoria de Ciências Exatas, Universidade 9 de Julho - 
UNINOVE. 
[13] Brasil Escola - Arredondando Números. Disponível em: 
http://www.brasilescola.com/matematica/arredondando-numeros.htm. Acesso em: 
22/04/2014. 
[14] Normas de entrada das referências segundo a norma NBR 6023/2002. Disponível 
em: http://www.cdcc.usp.br/cda/sessao-astronomia/sessao-astronomia-padrao/referencia-
bibliografica-ufrgs.htm. Acesso em: 21/02/2011. 
 
[15] Normas da ABNT para citações e referências bibliográficas. Disponível em: 
http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm#5.16.4. Acesso em: 21/02/2011.

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