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ANATO BASEADO EM CASOS CLÍNICOS ATUALIZADO |T7| 3º SEMESTRE 15/02 – RINS E URETER • Cite a localização anatômica dos rins e diferencie topograficamente o rim direito do rim esquerdo. Superiormente, os rins estão associados ao diafragma e inferiormente as faces posteriores tem relação com os músculos psoas maior medialmente e quadrado lombar. O polo inferior do rim direito está aproximadamente um dedo superior a crista ilíaca, o rim direito encontra-se cerca de 2,5 cm abaixo do esquerdo devido a presença do fígado, órgão exclusivo do lado direito. • Como se dispõe os rins em relação aos respectivos eixos longitudinal e transversal. • Os cálculos renais coraliformes em geral alteram as dimensões do órgão. Mencione a dimensão aproximada do rim quando comparado com uma vértebra. Os rins medem cerca de 10 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 de espessura. • Defina polo, seio e hilo renais.Cite os componentes do seio e do hilo renal Polo renal: O rim pode ser dividido em 2 polos: Superior e inferior Hilo renal: Entrada de um espaço no rim,Composto por artéria e veia renal, nervos vasos linfáticos. Seio renal:Espaço dentro do rim.Nele se encontram os cálices maiores e menores, pelve renal, tecido adiposo, vasos que atravessaram o hilo renal citados acima. • Descreva os envoltórios renais A primeira camada que envolve o rim é chamada de Cápsula Fibrosa, depois encontra-se envolto por uma cápsula adiposa( a mesma que adentra o seio renal para preenchimento), os rins as glândulas suprarrenais e a cápsula adiposa que os circunda estão envoltos por uma fáscia renal, exceto, inferiormente que encontra-se coberta pela fáscia periuretal. • Cite as relações anatômicas anteriores e posteriores dos rins. Posteriormente: Os rins situam-se profundamente ás costelas XI e XII e imediatamente a parede posterior do abdômen. Anteriormente ao rim direito estão o duodeno,fígado e colo ascendente, já o esquerdo está relacionado ao estômago,baço,pâncreas,jejuno e colo descendente. • A espessura do parênquima renal, com avaliação da diferenciação corticomedular, reflete um sinal indireto da viabilidade desse órgão frente a doenças litiásicas obstrutivas como nesse caso. Diferencia córtex de medula renal. Defina coluna, pirâmide e papilas renais. O córtex é a região mais externa do rim e mais avermelhada, enquanto a medula é a região mais interna com cor muito mais clara. Essa diferença se dá pela distribuição de sangue no órgão já que 90% do sangue que chega no rim encontra-se no córtex. Coluna Renal: Coberturas de tecido cortical que circundam as pirâmides renais. Apesar de serem prolongamentos corticais são considerados partes da medula. Pirâmide Renal: Formada por túbulos e ductos da região medular, sua base faz contato com o córtex renal e seu ápice com a papila renal Papila Renal: Trata-se da porção apical de cada pirâmide que se projeta num cálice renal menor, as extremidades da papila são conhecidas como área cribiforme e é após atravessar essa região que a urina já pronta segue seu caminho até o ureter. • O cálculo coraliforme apresentado nesse caso, ocupava quase todo o sistema coletor de urina da paciente. Descreva o sistema coletor de urina ou pielocalicial. O sistema coletor de urina funciona da seguinte maneira: Primeiramente ao passar pela papila renal a urina não sofre mais modificações e segue caminho através do cálice menor, cálice maior, pelve renal, ureter, bexiga e finalmente a uretra. • Uma das etapas cruciais da cirurgia de éxerese de cálculo coraliforme renal, consiste no isolamento da artéria renal. Explique a vascularização da artéria renal. O rim é irrigado pela artéria renal que é uma ramificação da aorta abdominal, que se divide em cinco artérias segmentares tipicamente, de modo que cada área suprida por uma dessas artérias é chamada de segmento renal. Após a divisão em artéria segmentar há sucessivas ramificações buscando irrigar os néfrons localizados no córtex renal sendo elas: Artéria Interlobar, artéria arqueada, artéria interlobular e finalmente as arteríolas aferentes que chegam ao corpúsculo renal onde ocorre a filtração glomerular. • Por que a incisão adotada para retirar os cálculos (como foi com a pcte desse caso clíncio) foi feita na borda posterolateral do rim, como exposto na Figura 2 (A)? • Explique as drenagens venosa e linfática do rim O rim é drenado pela veia renal formada pela junção das veias gonadais e suprarrenal e uma anastomose com a veia lombar ascendente essas veias irão desembocar na veia cava inferior. Já se tratando dos vasos linfáticos acompanham as veias renais e drenam para os linfonodos lombares, no caso do ureter, a drenagem é dividida por regiões. Os casos da região superior podem se unir aos linfáticos do rim ou ir diretamente aos lombares enquanto os da parte média e inferior drenam para os linfonodos ilíacos comuns . • Conceitue ureter e mencione a estrutura lombar utilizada para a respectiva localização anatômica no espaço retroperitoneal. Ureteres são ductos musculares com lumens estreitos que conduzem urina dos rins para a bexiga, pode se utilizar o processo espinhoso da vértebra lombar I como referência superior já que o ureter está localizado 5cm lateralmente ao processo e a espinha ilíaca posterossuperior. • Defina e localize os estreitamentos fisiológicos do ureter Os estreitamentos dos ureteres é natural e acontecem em três lugares: - Na junção ureteropélvica - No cruzamento da artéria ilíaca externa ou na margem superior da pelve - Ao atravessar a parede da bexiga urinária (junção uretero-vesical)( ureterovesical) Àreas mais comuns para ocorrer obstrução por cálculos ureterais. • Compare a distribuição anatômica dos vasos sanguíneos ureterais do segmento lombar com o segmento pélvico. No segmento lombar as artérias ureterais normalmente se originam das artérias renais , em casos menos comuns podendo haver irrigação direto da parte abdominal ou das artérias testiculares e ováricas. As veias drenam para as veias renais exclusivamente. Se tratando do segmento pélvico a irrigação arterial pode ser proveniente das artérias ilíacas comuns e a drenagem é direcionada para as veias testiculares ou pélvicas. • Explique as inervações renal e ureteral correlacionando-as à cólica nefrética e a cólica ureteral. Os nervos para os rins originam-se do plexo nervoso renal com fibras simpáticas e parassimpáticas, este plexo é suprido por fibras dos nervos esplâcnicos abdominopélvicos ( imo principalmente). Já a parte abdominal dos ureteres é inervada pelos seguintes plexos: renal, aórtico abdominal e hipogástrico superior; cólicas ureteral e nefrética são consequências da presença de cálculos renais e ureterais, a dor ureteral normalmente é referida no quadrante inferior ipsolateral da parede anterior do abdomen e principalmente da região lombar até inguinal. A dor também pode se estender até a região da coxa por meio do nervo genitofemoral e em casos extremos a dor pode se estender até causar náuseas, vómitos, diarréias causando resposta simpática generalizada mascarando os sintomas da cólica. 22/03 – BEXIGA URINÁRIA • Explique a função da bexiga. Tem como função servir de reservatório temporário para a urina. • Explique a localização anatômica da bexiga (incluindo a relação com o peritônio). Quando vazia ⇒ bexiga localizada na pelve menor, parcialmente posterosuperior aos ossos púbicos, inferior ao peritônio( a bexiga é adjacente ao peritônio e conforme ela se enche há deslocamento parcial para a região peritoneal), apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata(homens) eparede da vagina( mulheres). • Descreva as fáscias que envolvem a bexiga, bem como os ligamentos que a sustentam e a fixam na posição anatômica. - Lig.Puboprostático medial( pubovesical medial na mulher) - Lig.Puboprostático lateral ( pubovesical lateral na mulher) - Lig. Lateral da bexiga - Lig Umbilical mediano e mediais Superiormente a bexiga é coberta pelo peritônio, enquanto o restante é revestida por uma fáscia visceral de tecido conjuntivo frouxo. • Para a perfeita localização de um tumor vesical durante exame cistoscópico, o médico deve conhecer as divisões anatômicas da bexiga. Compare o formato da bexiga vazia com o da bexiga repleta. Em quais regiões a bexiga pode ser dividida? Quais órgãos estabelecem relação com a bexiga no homem e na mulher? Bexiga pode ser dividida em 4 regiões: - Ápice da bexiga - Corpo da bexiga - Fundo da bexiga Quando vazia a bexiga possui um formato quase tetraédrico, já quando cheia possui um formato ovalar. Nos homens lateralmente ao fundo da bexiga encontram-se as glândulas seminais e ampolas dos ductos deferentes. Inferiormente a bexiga está a próstata e posteriormente o reto. Nas mulheres superiormente a bexiga encontra-se o útero e posteriormente o canal vaginal. • Descreva as camadas da parede vesical. A parede da bexiga é dividida em 4 partes, sendo elas: Camada mucosa( mais interna) ⇒ tela submucosa ⇒ camada muscular ⇒ túnica adventícia. Há predomínio da camada muscular sendo formada pelo músculo detrusor. • Explique a anatomia interna da bexiga. Defina o trígono vesical mencionando as estruturas que o compõem. Explique a formação da crista interureteral (barra interuretérica/barra de Mercier). Trígono vesical ⇒ Formado pelos 2 óstios do ureter e o óstio interno da uretra, a crista interureteral é formada por uma proeminência do músculo detrusor, evitando assim um refluxo de urina para os ureteres • Durante as cirurgias de manejo do trauma vesical, o urologista deve apresentar conhecimento da vascularização da bexiga. Explique as vascularizações arterial, venosa e linfática da bexiga. Irrigação arterial: Artérias vesicais superiores Artérias vesicais inferiores/ vaginais(mulheres) Artéria obturária e glútea inferior também enviam pequenos ramos para a bexiga. Drenagem venosa: plexo venoso prostático ⇒ plexo venoso vesical ⇒ veia vesical inferior Drenagem linfática: Principalmente para os linfonods ilíacos externos, drenando também para os linfonodos iliacos internos e sacrais. • Como ocorre a inervação? Inervação proveniente do plexo nervoso vesical( ou plexo pélvico) proveniente do nervo hipogástrico • Descreva os mecanismos anatômicos que impedem o refluxo vesicoureteral. - A chegada de forma oblíqua dos ureteres, dificultando o refluxo urinário para seu interior. - A constrição fisiológica normal dos ureteres - Com a contração do músculo detrusor ajuda a evitar o refluxo de urina • Como podemos explicar o extravasamento de urina para o espaço extraperitoneal neste caso? e para a cavidade peritoneal? Devido à localização da bexiga. Lesões com laceração superior da bexiga causam rompimento do peritônio e extravasamento do líquido para a cavidade peritoneal. Lacerações inferiores levam ao extravasamento extra-peritoneal, para a região pélvica. • Por que as fraturas de ossos pélvicos podem levar a lesões vesicais? Devido a sua localização anatômica, a bexiga está próxima do ramo púbico do osso do quadril, fraturas desses ossos muito provavelmente levarão a laceração vesical. 01/03- URETRA E SUPRERRENAL • Cite as porções das uretras masculinas e femininas. Masculina - Uretra intra-mural -Uretra prostática - Uretra membranosa - Uretra esponjosa Feminina - Uretra membranosa • Defina fossa navicular Fossa navicular é uma dilatação do lúmen na parte final da uretra • Onde estão localizados os músculos esfincteres da uretra no homem e na mulher No homem - Músculo esfincter interno éum muscular circular que envolve o óstio interno da uretra, esse músculo possui inervação autonôma( muscúlo liso) Já o músculo esfincter externo é um músculo da região do períneo, e possui controle voluntário. • Compare a inervação do músculo externo da uretra com o interno. Músculo interno ⇒ Inervação parassimpática, relaxamento através de estímulos do sistema nervoso autonômo, nervo hipogástrico. Muscúlo externo ⇒ Relaxamento na hora da micção, muscúlo esquelético que pode ser contraido voluntariamente pelo SNC, nervo pudendo. • Cite 3 fatores que anatômicos que poderiam justificar a maior incidência de infecções do trato urinário, inferior do sexo feminino em comparação com o do sexo masculino. Maior comprimento da uretra masculina( 20 cm) enquanto a femina é bem menor ( 5cm), facilitando a chance de infecção - Uretra feminina é mais espessa que a masculina - Proximidade da uretra feminina a região da vagina e do ânus, facilitando a migração de bactérias. • Enumere as glândulas suprarrenais existentes no corpo humano, cite outra denominação para elas e mencione a respectiva localização anatômica Há duas glândulas suprarrenais, uma acima do rim esquerdo e outra acima do rim direito, também são chamadas de glândulas adrenais, estão localizadas entre as faces superomedial dos rins e o diafragma, é importante frisar que sua principal fixação está no músculo diafragma e não nos rins como o nome sugere. Há diferenças entre os lados, a glândula direita é mais apical e faz contato com veia cava inferior anteromedialmente e o fígado antero-lateralmente. Enquanto a glândula esquerda está mais medialmente a metade superior do rim esquerdo e possui relação com baço, estômago e pâncreas. • Diferencie as glândulas suprarrenais considerando apenas os aspectos da morfologia externa. Glândula suprarrenal esquerda tem um formato de crescente.devido a própria localização anatômica dela em relação ao rim. Já a do lado direito possui um formato mais “apical” • Como a glândula suprarrenal está organizada internamente Dividida em duas partes:( diferentes origens embrionárias e diferentes funções) Córtex suprarrenal ⇒ Secreção corticoesteroides( ação anti-inflamatória e depressora do sistema imune) e androgênios( hormônios de característica sexual - testosterona, progesterona, estrogeno), também tem como ação a retenção de água e sódio em resposta ao estresse. Medula suprarrenal ⇒ Massa de tecido nervoso permeada por capilares e sinusoides, presença de células cromafins relacionadas com os neurônios dos gânglios simpáticos e são responsáveis pela secreção de catecolaminas ( epinefrina e norepinefrina), secreção essa que é estimulada por neurônios parassimpáticos. • Mencione as relações anatômicas das glândulas suprarrenais. Glândula direita ⇒ Anteromedial ao pilar direito do diafragma e à veia cava inferior, anterolateralmente está o fígado Glândula esquerda ⇒ Anteromedial ao pilar esquerdo do diafragma e possui relações com baço, pâncreas e estômago. • Descreva a vascularização e inervação das glândulas suprarrenais. Irrigada por artérias suprarrenais superiores, médias e inferiores. Devido ao grande aporte sanguíneo que a função endócrina exige, cerca de 50 a 60 artérias penetram na cápsula que cobre toda a superfície das glândulas, todas essas são subdivisões das já citadas acima. A drenagem venosa é realizada pelas veias suprarrenais. A veia suprarrenal direita drena diretamente para veia cava inferior, enquanto a veia suprarrenal esquerda drena para a veia renal esquerda. A drenagem linfática é realizada pelos vasos linfáticos suprarrenais originados de um plexo profundo em relação à cápsula da glândula e de outro em sua medula. Daí seguem para oslinfonodos lombares que seguem pelo ducto torácico lombar até desembocar na veia subclávia. Inervação das glândulas suprarrenais é realizada pelo plexo celíaco e os nervos esplâncnicos abdominopélvicos. Importante para inervação das células cromafins. 08/03- GENITAL MASCULINO INTERNO • Defina ducto deferente, mencionando todo o seu trajeto anatômico e Função. Ducto deferente ⇒ Continuação do ducto do epidídimo, possui paredes musculares espessas e pequeno lúmen, seu trajeto é descrito por: cauda do epidídimo( polo inferior do testículo) ⇒ ascende posterior ao testículo e medial ao epidídimo ⇒ adentra a cavidade abdominal através do canal inguinal ⇒ cruza os vasos ilíacos externos e adentra a pelve ⇒ termina se unindo ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. Tem como função transportar os espermatozóides que foram produzidos nos testículos até o ducto ejaculatório onde há junção desses com o líquido seminal. • Descreva as vesículas seminais, mencionando as respectivas localização, relações anatômicas e função. São estruturas alongadas( 5cm de comprimento), situadas entre o fundo da bexiga e o reto, encontram-se superiormente a próstata, sendo que cada uma está lolcalizada ao lado da parte final do ducto deferente, extremidades inferiores relacionadas ao reto e separadas dele pelo septo retovesical, ducto das vesículas seminais unem-se ao ducto deferente formando o ducto ejaculatório Têm como função produzir o líquido seminal, rico em frutose importante para a manutenção do espermatozóide. • Explique o trajeto e a origem dos ductos ejaculatórios; explique também o local de drenagem de seu conteúdo. Originado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal, originados perto do colo da bexiga e seguem anteroinferiormente atravessando a parte posterior da próstata ao longo das laterais do utrículo prostático. Seu conteúdo é drenado para o colículo seminal por meio de pequenas aberturas sobre a abertura do utrículo prostático. • Defina glândula bulbouretral (de Cowper), mencionando sua função e localização. 2 no total, situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, inseridas no músculo esfíncter externo da uretra e inferiormente à próstata. Responsáveis por drenar a secreção mucosa da próstata que é lançada na parte esponjosa da uretra, durante a excitação sexual, essa secreção protege os espermatozóides e lubrificam o caminho dos espermatozóides. • Localize a próstata no corpo humano, mencionando suas relações anatômicas e função. A próstata está localizada inferiormente a bexiga, com sua base tendo relação com o colo da bexiga, seu ápice está em contato com a fáscia dos músculo esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo, faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus e sua face posterior relacionada com a ampola do reto. Circunda a parte prostática da uretra Outra das glândulas que adicionam secreção ao líquido seminal( cerca de 20% do total) participa da ativação dos espermatozóides. • Cite as estruturas anatômicas responsáveis pela sustentação e fixação da próstata. Bainha prostática fibrosa está em contato com ligamentos reto-prostáticos • Defina ápice e base da próstata, diferenciando as zonas dos lobos da próstata. Ápice ⇒ Parte inferior, contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo Base ⇒ Contínua com o colo da bexiga A próstata é tradicionalmente dividida em istmo, lobos direito e esquerdo e médio. Os lobos são separados anteriormente pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central. A divisão de zonas consiste em uma zona periférica e uma central, sendo a zona central comparável ao lobo médio, enquanto os lobos direito e esquerdo se enquadram em zonas periféricas da próstata. • Explique cápsula prostática, crista prostática, colículo seminal e seio prostático, mencionando as peculiaridades anatômicas dessas estruturas. Cápsula prostática ⇒ densa e neurovascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos. Crista prostática ⇒ Elevação da parte posterior, localizada na parte prostática da uretra Colículo seminal ⇒ Região , onde por meio de um pequeno oríficio há o desembocamento do ducto ejaculatório Seio prostático ⇒ Região onde há os ductos prostáticos, as secreções da próstata atingem a parte prostática da uretra atravessando essa região. • Comente as vascularizações arterial, venosa e linfática da próstata. Justifique o fato de a coluna lombossacral apresentar-se como o local mais comum de metástases do câncer prostático. Vascularização arterial- Artérias ilíacas internas⇒artéria vesical inferior⇒ artérias prostática Artéria pudenda interna ou retal média também podem participar da vascularização. Drenagem venosa- plexo venoso prostático ⇒ veias ilíacas internas O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e posteriormente há comunicação com o plexo venoso vertebral interno. Drenagem Linfática ⇒ Principalmente para os linfonodos ilíacos internos, porém com parte dessa drenagem se direcionando para os linfonodos sacrais. Linfonodos de fluxo mais lento, portanto células metastáticas tem mais facilidade se de aderir a parede do linfonodo e invadir a região adjacente no caso a parte lombossacral da coluna vertebral. • Descreva a inervação prostática, mencionando a relação dela com os nervos eretores penianos. Ricamente inervada por fibras nervosas simpáticas provenientes do plexo nervoso prostático, os nervos cavernosos do pênis, que agem no processo de ereção, recebem sua inervação parassimpática desse plexo. • Explique a relação da próstata com o músculo esfíncter externo da uretra, justificando a possibilidade de incontinência urinária após procedimentos cirúrgicos prostáticos. A inervação do esfíncter externo da uretra está relacionada com o plexo nervoso prostático, cirurgias prostáticas podem levar a lesão do nervo, levando a perda de capacidade de contração. 2 a 10% de ocorrências de incontinência urinária pós-operatória em prostatectomias radicais. Devido a face anterior muscular da próstata ser contínua ao esfíncter também pode haver lesão do esfíncter. Disseminação também hematogênica através do plexo venoso de Batson. GENITAL EXTERNO MASCULINO 15/03 • As próteses penianas são implantadas nos corpos cavernosos até a raiz. Cite a composição básica peniana (corpo e raiz) e explique a função de cada componente. Pênis é dividido em raiz, corpo e glande. Raiz ⇒ parte fixa( função de fixar o pênis ao corpo), formada pelos ramos do pênis( formarão os corpos cavernosos), e o bulbo do pênis, ambas as estruturas são massas de tecido erétil Corpo ⇒ Formado principalmente por corpos cavernosos e esponjosos, é a parte responsável pela cópula. • Defina glande, coroa da glande e colo da glande (sulco balanoprepucial). Qual a diferença entre a inervação da glande e a das demais regiões do pênis? Glande⇒ Formada pela expansão do corpo esponjoso, ricamente inervada e muito mais sensível em relação ao restante do pênis. Coroa da glande ⇒ Margem da glande projeta-se além das extremidades dos corpos cavernosos, nela estão presentes as glândulas de Tyson. Colo da glande ⇒ Separa a glande do corpo do pênis, significa literalmente “pescoço”, e tem como função ligar a glande ao corpo. • Descreva as vascularizações arterial e venosa do pênis, diferenciando os vasos relacionados com a ereção dos vasos responsáveis pela oxigenação- aporte de nutrientes. Vascularização arterial: Irrigação proveniente principalmente por ramos das artérias pudendas internas. Com 3 artérias irrigando o pênis sendo elas: Artérias dorsaisdo pênis ⇒ seguem de cada lado da veia dorsal profunda, irrigando tecido fibroso, corpo esponjoso, pele do pênis e parte esponjosa da uretra Artérias profundas do pênis ⇒ responsáveis pela irrigação do tecido erétil do pênis, vários ramos chamados de artérias helicinas do pênis diretamente nos espaços cavernosos encontram-se espiraladas com o pênis flácido. Artérias do bulbo do pênis ⇒ irrigam a parte posterior do corpo esponjoso, a uretra em seu interior e as glândulas bulbouretrais. Drenagem venosa: Plexo venoso profundo ⇒ veia dorsal profunda do pênis ⇒ plexo venoso prostático. Drena os corpos cavernosos após o fenômeno da ereção. Sangue da pele e tela subcutânea do pênis drena para as veias dorsais superficiais ⇒ veia pudenda externa superficial com parte do sangue também indo para a pudenda interna. • O fenômeno da ereção também apresenta um componente neurológico importante. Explique a inervação peniana, diferenciando a inervação destinada à sensibilidade geral da inervação relacionada com a ereção. Inervação sensitiva- simpática ⇒ Nervo dorsal do pênis, ramo terminal do nervo pudendo, inerva a pele e a glande do pênis, ricamente suprido por diversas terminações nervosas sensitivas. Participação do nervo ilioinguinal que supre a pele na raiz do pênis. Inervação relacionada a ereção - parassimpática ⇒ Nervos cavernosos provenientes do plexo prostático( esse originados dos nervos pélvicos). Inervam artérias helicinas Importante notar que ambas as inervações, são provenientes de nervos derivados das vértebras S2-S4 e dos gânglios sensitivos de nervos espinhais. • Descreva as fáscias e os ligamentos penianos, correlacionando os vasos e nervos às camadas fasciais. Fáscia superficial ou fáscia dartos ⇒ veias dorsais superficiais Fáscia de Buck ou fáscia do pênis ⇒ artéria dorsal do penis, veia dorsal do penis, Ligamento suspensor do penis e ligamento fundiforme do pênis. • Considerando a anatomia das fáscias penianas, explique como um hematoma peniano pode alastrar-se para as regiões torácica, abdominal, escrotal e raiz de coxa. Há comunicação entre as fáscias, um hematoma é um acúmulo de sangue, portanto esse acúmulo pode atingir outras áreas além do pênis desde que haja rompimento da fáscia do pênis • Descreva a drenagem linfática peniana. Pele e prepúcio ⇒ linfonodos superficiais da região inguinal Glande, corpos cavernosos, parte esponjosa ⇒ linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos. • Explique sucintamente o mecanismo da ereção e detumescência peniana. Estímulos parassimpáticos leva ao relaxamento das artérias helicinas, antes espiraladas, permitindo a entrada de sangue e consequente dilatação dos corpos cavernosos, músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso sofrem contração impedindo o retorno venoso (veia dorsal profunda). Dessa forma corpos cavernosos e o corpo esponjoso são ingurgitados com sangue levando à rigidez e ereção Detumescência - estímulos simpáticos levam à constrição do músculo liso nas artérias helicinas e relaxamento dos músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso, permitindo o retorno venoso. • Conceitue prepúcio, frênulo do prepúcio, glândulas prepuciais (de Tyson) e esmegma. Prepúcio ⇒ dupla camada de pele, cobre parte da glande com extensão variável. Frênulo do prepúcio ⇒ prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a face uretral da glande do pênis. Glândulas prepuciais( ou de tyson) ⇒ pequenas bolinhas brancas, glândulas sebáceas (substâncias que protegem o pênis, além da secreção de substâncias que auxiliam na penetração.) Esmegma ⇒ secreção esbranquiçada, corrimento com forte cheiro, prejudicial à saúde do pênis 22/03- GENITAL FEMININO EXTERNO • Conceitue vulva, mencionando a respectiva importância, e defina os componentes anatômicos vulvares. Os órgãos genitais externos femininos incluem o monte do púbis, os lábios maiores do pudendo (cercando a rima do pudendo), os lábios menores do pudendo (cercando o vestíbulo da vagina), o clitóris, os bulbos do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores e menores. Os termos sinônimos vulva e pudendo incluem todas essas partes. A vulva serve como tecido sensitivo e erétil para excitação e relação sexual, para orientar o fluxo da urina e para evitar a entrada de material estranho no trato urogenital. Defina rima do pudendo (fenda pudenda), comissura anterior e comissura posterior da vulva. Os lábios maiores são pregas cutâneas proeminentes que proporcionam proteção indireta para os óstios da uretra e da vagina. Os lábios maiores situam-se nas laterais de uma depressão central (uma fenda estreita quando as coxas são aduzidas), a rima do pudendo, no interior da qual estão os lábios menores e o vestíbulo. Os lábios são mais grossos anteriormente, onde se unem para formar a comissura anterior. Posteriormente em mulheres nulíparas fundem-se para formar uma crista, a comissura posterior, que está situada sobre o corpo do períneo e é o limite posterior da vulva. • Cite as divisões anatômicas e os elementos formadores do clitóris. Comente a importância clitoriana. O clitóris é um órgão erétil localizado no ponto de encontro dos lábios menores anteriormente. O clitóris consiste em uma raiz e um corpo, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande do clitóris, que é coberta por um prepúcio. Ao contrário do pênis, o clitóris não tem relação funcional com a uretra ou a micção. Funciona apenas como órgão de excitação sexual. O clitóris é altamente sensível e aumenta à estimulação tátil. • Diferencie frênulo dos lábios menores de frênulo do clitóris e conceitue prepúcio do clitóris. Os lábios menores são pregas arredondadas da pele sem pelos e sem gordura. São circundados na rima do pudendo e circundam imediatamente o vestíbulo, para o qual se abrem os óstios externos da uretra e da vagina. Anteriormente, os lábios menores formam duas lâminas. As lâminas mediais de cada lado se unem como o frênulo do clitóris. As lâminas laterais unem-se anteriormente (ou frequentemente anterior e inferiormente, assim superpondo-se e encobrindo) à glande do clitóris, formando o prepúcio do clitóris. Em mulheres jovens, principalmente virgens, os lábios menores estão unidos posteriormente por uma pequena prega transversal, o frênulo dos lábios do pudendo. • Cite a localização e a importância das glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) e menores. As glândulas vestibulares maiores estão localizadas de cada lado vestíbulo, póstero-lateralmente ao óstio da vagina e inferiormente a membrana do períneo. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo durante a excitação sexual. As glândulas vestibulares menores estão de cada lado do vestíbulo e se abrem entre o óstio da uretra e da vagina, essas glândulas secretam muco para o vestíbulo o que umedece os lábios e o vestíbulo. • Descreva e comente a função dos bulbos do vestíbulo. Os bulbos do vestíbulo são massas pares de tecido erétil alongado, homólogas ao bulbo do pênis. Os bulbos do vestíbulo situam-se ao longo das laterais do óstio da vagina, superior ou profundamente aos lábios menores, imediatamente abaixo da membrana do períneo. São cobertos inferiormente e lateralmente pelos músculos bulboesponjosos. • Defina hímen e mencione os tipos existentes. É uma prega anular fina de mucosa, que circunda a luz imediatamente dentro do óstio da vagina. O hímen não tem função fisiológica estabelecida. É considerado um vestígio do desenvolvimento, mas sua condição frequentemente oferece evidências em casos de abusos de criança e estupro. Após a ruptura do hímen permanecem remanescentes, as carúnculas himenais que são visíveis. • Descreva as vascularizações arterial, venosa e linfática davulva. O suprimento arterial abundante da vulva provém das artérias pudendas externas e internas. A artéria pudenda interna irriga a maior parte da pele, a genitália externa e os músculos do períneo. As artérias labiais são ramos da artéria pudenda interna, assim como as do clitóris. As veias labiais são tributárias das veias pudendas externas e veias acompanhantes da artéria pudenda interna. O ingurgitamento venoso durante a fase de excitação da resposta sexual causa aumento de tamanho e consistência do clitóris e do bulbo do vestíbulo. A vulva contém uma rica rede de vasos linfáticos que segue lateralmente até os linfonodos inguinais superficiais. A glande do clitóris e a parte anterior dos lábios menores também podem drenar para linfonodos inguinais profundos ou diretamente para os linfonodos ilíacos internos. • Descreva a inervação vulvar. A face anterior da vulva é suprida por derivados do plexo lombar: os nervos labiais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral. A face posterior da vulva é suprida por nervos derivados do plexo sacral: o ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior lateralmente e o nervo pudendo centralmente. O nervo pudendo é o nervo primário do períneo. Seus nervos labiais posteriores suprem os lábios; os ramos profundos e musculares do nervo perineal suprem o óstio da vagina e os músculos superficiais do períneo; e o nervo dorsal do clitóris supre os músculos profundos do períneo e a sensibilidade do clitóris. • Defina canal do pudendo (de Alcock) e mencione o seu conteúdo. É uma passagem praticamente horizontal na fáscia obturatória que cobre a face medial do músculo obturador interno e reveste a parede lateral da fossa ísquioanal. Seu conteúdo é: artérias e veias pudendas internas, o nervo pudendo e o nervo para o músculo obturador interno. • Qual estrutura óssea foi utilizada como referência para a anestesia vulvar neste parto? Como o médico optou por episiotomia para ampliação do canal de parto, para aliviar a dor do períneo durante o parto foi administrado anestesia para bloqueio do nervo pudendo. A injeção é aplicada no local onde o nervo pudendo cruza a face lateral do ligamento sacroespinal, perto de sua fixação à espinha isquiática, sendo portanto a espinha isquiática a estrutura óssea utilizada como referência.
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