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A biorremediação como ferramenta para a descontaminação de ambientes terrestres e aquáticos

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Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 82 
 
 
A biorremediação como ferramenta 
para a descontaminação de ambientes 
terrestres e aquáticos 
 
Danielle de Arruda Carneiro 
Lucas Paulo Gariglio 
 
Resumo 
A biorremediação é um processo do qual se utilizam micro-organismos na remoção de 
contaminantes tóxicos do meio ambiente. Essa técnica é bastante promissora, pois visa 
à minimização dos impactos antrópicos e à reestruturação dos habitats naturais. 
Relativamente nova, essa tecnologia tem sido alvo de inúmeras pesquisas, pois oferece 
uma maior segurança, uma menor perturbação ao meio ambiente e também é uma 
ferramenta eficiente a custos baixos. A biorremediação possui grande aplicabilidade e 
a otimização do seu processo depende das condições ambientais, do tipo de 
contaminante e da técnica empregada. Os tratamentos se diferenciam por ser “in situ” 
(quando é realizado no próprio local) ou “ex situ” (quando há remoção do 
contaminante para tratamento em outro ambiente). A biorremediação é uma técnica 
inovadora que merece atenção e incentivo nos processos de recuperação ambiental. O 
objetivo dessa revisão é conhecer o processo de biorremediação, suas técnicas e 
aplicabilidades. 
 
Palavras-chave: Biodegradação; micro-organismos; contaminantes ambientais. 
 
A Revolução Industrial representava naquela época, avanço tecnológico, 
desenvolvimento e acúmulo de capitais com a expansão do comércio mundial. A 
produção industrial em larga escala era necessária para manter os padrões de 
consumo impostos pelo capitalismo. Somente no final dos anos 60 que os impactos 
gerados pela Revolução Industrial foram percebidos, as pessoas se reuniram em 
grupos e ONG’s para protestarem contra a devastação ambiental exigindo a proteção 
da natureza. 
O aumento da conscientização sobre os problemas ambientais contribuiu 
significantemente para que as Nações Unidas convocassem uma conferência sobre o 
meio ambiente. A conferência de Estocolmo foi um marco histórico para a questão 
ambiental, a preocupação com o meio ambiente se tornou mundial, os países 
iniciaram o controle da poluição, fundando órgãos ambientais, criando leis e 
 
 Bióloga pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e pós-graduada em Análise Ambiental pelo 
Centro Universitário UNA. danielly_arr@hotmail.com 
 Engenheiro Civil e mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Professor da disciplina de 
Gestão e gerenciamento de projetos do Centro Universitário UNA. lpgariglio@hotmail.com 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 83 
 
desenvolvendo tecnologias mais limpas a fim de diminuir os impactos gerados à 
natureza. 
O Brasil hoje demonstra uma maior preocupação quanto ao meio ambiente, há 
inúmeros mecanismos legais que visam assegurar a proteção ambiental, mas 
infelizmente esses mecanismos por si só não são capazes de acabar com a 
degradação desenfreada dos recursos naturais (ABBAS, 2003). 
Para proteger o meio ambiente é necessário que o desenvolvimento seja de forma 
sustentável, que o manejo dos recursos naturais seja feito com responsabilidade e 
consciência, preservando assim para as futuras gerações. Além do correto manejo, os 
resíduos gerados pelas atividades antropogênicas devem ser tratados e dispostos 
adequadamente. 
Quando isso não acontece é necessário então reparar os danos ambientais com 
rapidez de modo adequado e integral, com a prerrogativa de compatibilizar técnicas 
eficientes e economicamente viáveis. Esta é uma questão difícil de conciliar, pois os 
processos de reparação ambiental estão associados a longos períodos e a altos 
custos. (ABBAS, 2003; SILVEIRA E SPAREMBERGER, 2004). 
Por isso a biorremediação tem sido um processo de crescente pesquisa, pois tem 
como vantagem oferecer maior segurança e uma menor perturbação ao meio 
ambiente, além de ser uma ferramenta eficiente a baixo custo. (ABBAS, 2003; SANTOS, 
et al., 2007). 
Biorremediação é uma tecnologia da qual se utilizam agentes biológicos para remover 
poluentes tóxicos do ambiente terrestre e aquático (PELCZAR, Jr, et al., 1997, p.415). 
Este processo teve início em 1988, quando cientistas começaram a utilizar micro-
organismos para limpar poluentes e lixos tóxicos (TORTORA, et al., 2005, p.17). A 
partir daí vários estudos têm sido conduzidos na tentativa de decompor os diversos 
tipos de poluentes. 
Os micro-organismos podem ser encontrados praticamente em todos os lugares no 
nosso planeta, eles contribuem enormemente para a manutenção do equilíbrio entre 
os seres vivos e os compostos químicos do nosso ambiente (TORTORA, et al., 2005, p. 
1). 
A biorremediação utiliza tanto os micro-organismos do próprio ambiente como também 
culturas geneticamente modificadas, especialmente adaptadas para uma determinada 
situação. As substâncias tóxicas são transformadas em atóxicas através do 
metabolismo microbiano. (PELCZAR, Jr, et al., 1997, p. 415). 
A terra possui um vasto recurso genético capaz de solucionar os problemas de 
limpeza do meio ambiente (MADIGAN E MARTINKO, 2006, p. 8- tradução). Portanto a 
biorremediação é uma tecnologia que pode ser utilizada em diversos fins, como por 
exemplo: na remoção de toxinas de poços subterrâneos, na descontaminação do solo, 
em derrames químicos, locais de lixo tóxicos, derrames de óleo, degradação de 
herbicidas, decomposição de substâncias orgânicas e inorgânicas, desentupimento de 
bueiros entre outros (TORTORA, et al., 2005 p.17). 
Por isso o estudo da biorremediação é de grande importância ambiental, econômica e 
social, uma vez que o processo consiste em degradar substâncias tóxicas do meio 
ambiente (CERQUEIRA E COSTA, 2006). 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 84 
 
Frente ao exposto, o objetivo maior desta revisão bibliográfica é conhecer os 
diferentes processos de biorremediação que estão sendo utilizados atualmente para a 
remoção de contaminantes do solo e da água. 
 
Princípios da biorremediação 
Vários são os micro-organismos responsáveis por diminuir a contaminação do 
ambiente, tais como as bactérias, os fungos e as leveduras. Embora muitos destes têm 
a necessidade nutricional igual a nossa, outras metabolizam substâncias como: metais 
pesados, petróleo, enxofre, gás nitrogênio, xenobióticos, mercúrio e até mesmo os 
PCBs (bifenil policlorados) (ABBAS, 2003; TORTORA, et al., 2005 p. 34). 
A biorremediação é baseada em três princípios básicos: a presença do micro-
organismo com capacidade metabólica, a disponibilidade do contaminante e as 
condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade microbiana (PEREIRA e 
LEMOS, 2005, apud MENEGHETTI, 2007). 
Mesmo fundamentada apenas no processo de biodegradação, a biorremediação possui 
variação quanto ao tipo de tratamento, estes podem ser “in situ” (Latim = no seu 
lugar de origem) e “ex situ” (Latim =fora do lugar de origem) e podem envolver os 
diversos tipos de procedimentos (MENEGHETTI, 2007). 
 
Fatores determinantes na biorremediação 
Biorremediação é a aceleração do processo de biodegradação e por isso pode estar 
limitada à disponibilidade de nutrientes, a umidade, a temperatura, ao pH, a 
concentração de minerais, ao potencial redox, a natureza do contaminante e as 
características físicas e químicas dos ambientes contaminados (ROSA E TRIGUIS, 2005). 
Os poluentes orgânicos possuem uma estrutura química que influencia diretamente na 
habilidade dos micro-organismos metabolizarem estas moléculas, principalmente na 
biodegradação (MARIANO, 2006). 
Para que o processo de biorremediação ocorra de forma eficiente, os micro-
organismosdevem estar ativos e saudáveis. Para isso algumas medidas biocorretivas 
devem ser adotadas; estas medidas visam aumentar a população microbiana 
proporcionando uma condição ambiental ótima para o seu desenvolvimento. As 
medidas biocorretivas podem ser aplicadas em condições aeróbias (na presença de 
oxigênio) ou anaeróbias (na ausência de oxigênio) (ABBAS, 2003). 
O sucesso da biorremediação está ligado diretamente a uma ampla compreensão das 
condições físicas, químicas, biológicas e de uma minuciosa avaliação da aplicabilidade 
das técnicas “in situ” e “ex situ” (SANTOS, et al., 2007). 
 
Técnicas para a biorremediação do solo e da água 
De acordo com Soares (2006) apud Nunes (2008), o solo pode ser definido como 
uma camada superficial da Terra, substrato essencial para a biosfera terrestre, cuja 
principal função é de ser suporte e fonte de nutrientes para a vegetação e, como tal, 
base de toda cadeia alimentar. O solo apresenta um sistema trifásico, em porções 
variáveis, constituído de fase gasosa, fase líquida e sólida, o que pode variar 
consideravelmente a composição dos solos. 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 85 
 
A contaminação do solo é uma grande preocupação ambiental, uma vez que interfere 
no ambiente global da área afetada (água, ar, fauna, vegetação) podendo ocasionar 
problemas de saúde publica (LEMOS, et al., 2008). 
“A água, como os demais recursos da biosfera, é escassa e seu uso racional inclui a 
preservação de sua qualidade. A degradação deste recurso por problemas de poluição 
vem agravando as dificuldades pelo seu aproveitamento e intensificando sua escassez”. 
[sic] (BRANCO et al., 1991 apud MANCINI 2002 apud NUNES 2008). 
De acordo com Nunes (2008), a presença de substâncias químicas estranhas ao 
ambiente natural provoca um desequilíbrio físico-químico que, por sua vez, induzirá 
uma série de transformações nesse local até que seja atingida uma nova condição de 
equilíbrio. A biorremediação tem se mostrado como uma alternativa promissora na 
descontaminação do solo e da água. 
 
Processos de biorremediação “in situ” 
As técnicas de remediação “in situ” são aquelas em que não há necessidade de 
remoção do material, sendo a biorremediação realizada no próprio local contaminado. 
Isso evita custos e distúrbios ambientais associados ao movimento do material 
contaminado para o local de tratamento (JACQUES et al., 2006; MARIANO, 2006). 
 
Biorremediação passiva ou intrínseca 
É um processo de atenuação natural de um contaminante orgânico, sem que haja 
acréscimo de nutrientes ou adequação de qualquer condição ambiental. Os micro-
organismos presentes no local passam então a utilizar o composto orgânico poluente 
como fonte de carbono, reduzindo assim sua concentração com o tempo 
(MENEGHETTI, 2007). 
De acordo com Corseuil e Marins (1998) apud Mariano (2006), a remediação natural 
não se trata de uma alternativa de nenhuma ação de tratamento, mas sim uma forma 
de minimizar os riscos para a saúde humana e para o meio ambiente. 
A biorremediação passiva por ser uma técnica que depende exclusivamente dos 
processos naturais, por isso pode ser muito lenta, o que exige o uso conjunto de 
outras técnicas e o monitoramento do local por um longo período de tempo 
(JACQUES, et al., 2006). 
 
Bioestimulação 
Ao contrário da biorremediação passiva, na bioestimulação há um acréscimo de 
nutrientes orgânicos e inorgânicos que visam estimular a atividade microbiana 
(JACQUES, et al., 2006). Frequentemente são empregadas populações de micro-
organismos autóctones, com objetivo de aumentar as taxas de biodegradação (ATLAS, 
1997 apud MARIANO, 2006). 
Vários nutrientes devem estar disponíveis no meio ambiente, pois os micro-organismos 
não dependem somente da energia do carbono, o nitrogênio e o fósforo são 
considerados fatores limitantes para a degradação microbiana, por isso são 
comumente utilizados na técnica de bioestimulação (LIEBEG e CUTRIGHT, 1999 apud 
BAPTISTA, 2003). O nitrato é também um componente importante na bioestimulação, 
pois ele é utilizado por alguns micro-organismos em duas diferentes rotas metabólicas; 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 86 
 
como fonte de nutrientes no metabolismo assimilativo ou como receptor de elétrons 
no metabolismo dissimilativo (COSTA, A et al., 2008). 
Para que o processo de bioestimulação possa ser utilizado, deve-se analisar 
primeiramente o local contaminado, para verificar a presença de uma população 
natural de micro-organismos capazes de degradar o contaminante presente 
(RAMASWAMI e LUTHY, 1997 apud MARIANO, 2006). 
Gaylard et al., (2005), relata que as técnicas de bioestimulação demonstraram um 
aumento de 5 a 10 vezes nas taxas de degradação do contaminante. No entanto, 
existem dúvidas sobre os efeitos em longo prazo, uma vez que as taxas de 
degradação tendem a se equalizar com o tempo. 
 
Bioventilação 
A bioventilação ou bioaeração é uma técnica que se caracteriza pela adição de 
oxigênio no solo contaminado, para estimular o crescimento dos organismos naturais 
e/ou introduzidos. Esta é uma tecnologia considerada promissora, pois a 
disponibilidade de oxigênio molecular tem um grande efeito na biodegradação de 
vários compostos (MENEGHETTI, 2007; MARIANO, 2006). 
A técnica da bioventilação é eficiente quando se trata de contaminante degradável em 
meio aeróbio. Este processo tem como vantagem a minimização da extração de 
vapores, a utilização de equipamentos de fácil instalação e aquisição, a atuação em 
locais de difícil acesso e o pequeno impacto na área contaminada (CETESB on-line). 
Há algumas limitações para a bioventilação como, por exemplo: baixa umidade, 
presença de lençol freático alto, solos com pouca permeabilidade e temperaturas 
amenas. Estes fatores limitam a atividade de degradação microbiana (FRTR on-line 
traduzido). A figura 1 apresenta o modelo da técnica de bioventilação. 
 
FIGURA 1: Modelo de bioventilação no tratamento de solos contaminados. 
Fonte: FEDERAL REMEDIATION TECHNOLOGIES ROUNDTABLE, on-line 
Alguns critérios básicos devem ser observados para que o processo de bioventilação 
ocorra com sucesso. Primeiro, o ar injetado deve ser capaz de passar através das 
camadas do solo em quantidade suficiente para manter condições aeróbias. Segundo, 
 
 
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a população microbiana degradante deve estar presente em grandes concentrações 
para obter uma boa taxa de degradação (FRTR on-line traduzido). 
 
Bioaumentação 
O processo de bioaumentação é aquele no qual há adição de micro-organismos 
especializados. Pode fazer uso de micróbios que foram previamente selecionados para 
se desenvolverem em certos poluentes, ou bactérias geneticamente modificadas que 
são adaptadas para metabolizar determinados produtos (TORTORA et al., 2005, p.772). 
O bioaumento é um processo de importante utilização em locais contaminados, 
principalmente naqueles que não possuem ou possuem em pequenas quantidades as 
populações de micro-organismos necessários para que o processo de biodegradação 
ocorra (MARIANO, 2006). 
Para que haja um efetivo benefício dessa técnica, condições mínimas devem ser 
fornecidas aos micro-organismos que foram introduzidos no local, como: a 
manutenção do pH, a temperatura e o fornecimento de nutrientes (LAZZARETTI, 1998 
on line). 
De acordo com Mariano (2006) a bioaumentação, quando é bem utilizada pode 
intensificar o processo de biodegradação do contaminante. Entretanto devem ser 
considerados os seguintes aspectos: a aprovação do órgão ambiental competente, sua 
eficiência e inocuidadeao ambiente e os micro-organismos aplicados devem atuar em 
sinergia sem interferir nos processos biogeoquímicos naturais. 
 
Air Sparging 
O Air Sparging é um importante meio de remoção e destruição do contaminante “in 
situ”. Esta tecnologia se dá através do processo de volatilização, no qual o vapor 
utilizado em forma de pressão positiva empurra os contaminantes do solo para a 
atmosfera, onde serão contidos e tratados (FERNANDES E ALCÂNTARA, 2004). 
A biodegradação dos contaminantes orgânicos por micro-organismos é reforçada pelo 
aumento da concentração de receptores de elétrons e nutrientes nas águas 
subterrâneas, superficiais e no chorume (FRTR, on line). 
O Air Sparging é utilizado também para a descontaminação de aquíferos. As bolhas de 
ar injetadas na zona saturada elevam-se através das águas subterrâneas fazendo com 
que os contaminantes passem para a zona não saturada do subsolo, onde haverá a 
extração e o tratamento dos vapores (FRTR, on line traduzido). A figura 2 mostra o 
modelo de Air Sparging. Para a instalação e otimização dessa tecnologia algumas 
características devem ser observadas, como: a permeabilidade do aquífero, a 
hidrologia local, o oxigênio dissolvido, o pH e a profundidade, o tipo, a concentração 
e as condições redox, a temperatura, a biodegradabilidade do contaminante e 
principalmente a presença de uma população considerável de micro-organismos 
capazes de degradar o poluente (FRTR, on line). 
 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 88 
 
 
FIGURA 2: Modelo de Air Sparging utilizado na descontaminação de aqüíferos. 
Fonte: FEDERAL REMEDIATION TECHNOLOGIES ROUNDTABLE (FRTR) on-line 
 
Processos de biorremediação “ex situ” 
Na tecnologia “ex situ” o material contaminado é retirado do local de origem e 
encaminhado para outro adequado, esta técnica é necessária para evitar o 
alastramento do contaminante e é muito utilizada em contaminações de cursos de 
água e lençóis freáticos (ALEXANDER, 1999 apud SANTOS et al., 2007). 
 
As técnicas de biorremediação “ex situ” produzem um resultado mais rápido, pois são 
mais fáceis de serem controladas e apresenta uma maior versatilidade para o 
tratamento de vários tipos de contaminantes (ABBAS, 2003). Entre as técnicas mais 
utilizadas nos processos “ex situ” encontram-se o Landfarming, a compostagem e os 
biorreatores. 
 
Landfarming 
De acordo com a NBR 13894 (1997) apud Castro et al., (2005), landfarming é um 
método de tratamento do solo, onde um substrato orgânico de um resíduo é 
degradado biologicamente na camada superior do solo. A figura 3 mostra o processo 
de landfarming e a sua operação. 
Em vários países inclusive no Brasil o biotratamento em “landfarming” é bastante 
utilizado em compostos de hidrocarbonetos de petróleo nas indústrias e refinarias. 
Este sistema pode ser citado como “in situ” ou “ex situ” quando é necessário fazer 
escavação (FERNANDES E ALCÂNTARA, 2004; JACQUES, et al., 2006). A biodegradação 
é base deste tratamento, por isso é importante manter uma comunidade microbiana 
heterotrófica ativa. Para otimizar esse processo algumas condições devem ser 
monitoradas, como: o teor de umidade, a aeração, o pH, os nutrientes, 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 89 
 
permeabilidade, volume do solo e etc (FRTR on line traduzido; U.S. EPA on line 
traduzido). 
 
FIGURA 3: Típica unidade de tratamento por landfarming 
Fonte: FEDERAL REMEDIATION TECHNOLOGIES ROUNDTABLE, on-line 
 
Para garantir sua efetividade o sistema landfarming deve ser monitorado 
periodicamente para que se possa verificar a redução da concentração dos 
constituintes, a emissão de vapores, a migração dos constituintes no solo e as águas 
subterrâneas (U.S. EPA on line). 
De acordo com Tocchetto (2008), “a eficiência do landfarming depende das 
características do solo, dos constituintes do resíduo e de circunstâncias climáticas”. 
[sic] O quadro 1 apresenta as vantagens e desvantagens desse processo. 
Quadro 1: Vantagens e desvantagens do Landfarming 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
 
Projeto e implementação relativamente simples. 
Redução de concentrações maiores de 95% e 
concentrações menores que 0,1 ppm são muito 
difíceis de serem alcançadas. 
Tempo pequeno de tratamento (de 6 meses a 2 
anos em condições ótimas). 
Pouco eficiente para constituintes pesados (maior que 
50 ppm). 
Custo competitivo $30-60 por tonelada de solo 
contaminado. 
Presença de metais pesados pode inibir o 
crescimento microbiano (acima de 2,5 ppm). 
Eficiente para constituintes orgânicos com baixa 
biodegradabilidade. 
Presença de compostos voláteis que tendem a 
evaporar antes do processo de biodegradação. 
 Necessita de grandes extensões de terra. 
 Geração de poeiras e vapores durante a aeração da 
célula. 
 Requer rede de coleta para lixiviados e tratamento. 
Fonte: Adaptado de Tocchetto (2008). 
 
 
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Compostagem 
De acordo com Fernandes e Silva (1999), “a compostagem pode ser definida como 
uma bioxidação aeróbia exotérmica de um substrato orgânico heterogêneo, no estado 
sólido, caracterizado pela produção de gás carbônico, água, liberação de substâncias 
minerais e formação de matéria orgânica estável”. 
Ahtiainen et al., (2002) apud Jacques et al., (2006), demonstra que o processo de 
compostagem é eficiente para a biorremediação de solos contaminados com HAPs 
(Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos). O solo geralmente é removido do local de 
origem e acondicionado em forma de pilhas, em um local que permite o controle da 
lixiviação e do escoamento dos líquidos gerados. 
Sendo um processo biológico, alguns fatores influenciam na degradação da matéria 
orgânica como: a temperatura, a umidade, aeração, tamanho das partículas e a 
disposição dos nutrientes (FERNANDES E SILVA, 1999). 
 
“Sob condições favoráveis, bactérias termofílicas irão aumentar a 
temperatura do composto para 55-60°. C em poucos dias. Depois que 
a temperatura baixar a pilha pode ser revirada para renovar o 
suprimento de oxigênio, e em segundos o aumento de temperatura 
irá ocorrer. Com o tempo populações microbianas termofílicas são 
substituídas por populações mesofílicas que continuam lentamente a 
conversão para um material semelhante ao húmus” (TORTORA, et al., 
2005 p.774). [sic] 
 
O controle operacional é necessário para a otimização do processo de compostagem. 
Os custos variam de acordo com a quantidade de solo que vai ser tratado, o tipo de 
contaminante e o tipo de projeto que será utilizado (FRTR, on line traduzido). 
 
Sistema de Biorreatores 
De acordo com Lalli e Russel (1996) traduzido, “o termo biorreator no contexto do 
solo e biorremediação de água, refere-se a qualquer recipiente onde a degradação 
biológica do contaminante está isolada e controlada”. 
Os biorreatores mostram-se eficientes na recuperação de solos e águas contaminados 
com hidrocarbonetos e orgânicos. Os nutrientes são muitas vezes adicionados aos 
biorreatores para otimizar a taxa de crescimento dos micro-organismos (LALLI E 
RUSSEL 1996; FRTR, on line). A figura 4 detalha um modelo de biorreator. 
 
 
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FIGURA 4: Modelo de biorreator. 
Fonte: FEDERAL REMEDIATION TECHNOLOGIES ROUNDTABLE (FRTR) on-line 
 
 
Essa tecnologia foi utilizada durante muitas décadas no tratamento de efluentes 
urbanos e industriais. No entanto, somente nessa ultima década é que se 
intensificaram os estudos para analisar a eficácia dos biorreatores no processo de 
biorremediação(FRTR, on line). 
 
Aplicabilidades 
A biorremediação é uma alternativa promissora na descontaminação dos ambientes 
aquáticos e terrestres. Sua grande aplicabilidade é devido à existência de milhares de 
micro-organismos com capacidade de degradação. Ver quadro 2. 
 
Quadro 2: Aplicabilidade da biorremediação 
Classe do 
Contaminante 
Freqüência Evidência de sucesso Limitações 
1. Hidrocarbonetos e derivados 
Gasolina e óleo Muito 
frequente 
Fácil, biorremediação aeróbia e 
anaeróbia. 
Formação de fase 
livre e leve (LNAPL). 
Poliaromáticos 
(naftaleno e 
antraceno) 
Comum Biorremediação aeróbia sob condições 
específicas. 
Forte absorção em 
superfície. 
Álcool, acetona e 
éster 
Comum Fácil remediação aeróbia e anaeróbia. 
Éter Comum Biorremediação aeróbia e anaeróbia 
sob condições específicas. 
 
2. Halogenados alifáticos 
Altamente clorados – 
PCE, TCE 
Muito 
frequente 
Cometabolizado em condições 
anaeróbias e aeróbias em casos 
Forma fase livre 
densa (DNAPL). 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 92 
 
específicos. 
Fracamente clorados 
– VC 
Muito 
frequente 
Biorremediação aeróbia em condições 
específicas e cometabolizado em 
condições anaeróbias. 
Forma fase livre 
densa (DNAPL). 
3. Halogenados aromáticos 
Altamente clorados 
(hexaclorobenzeno 
Pentaclorofenol) 
Comum Biorremediação aeróbia sob condições 
específicas e cometabolizado em 
condições anaeróbias. 
Absorve em 
superfície. Forma 
fase líquida (NAPL) e 
sólida (NASP). 
Fracamente clorados 
– cloro e 
diclobenzeno 
Comum Fácil biorremediação aeróbia. Forma fase líquida 
(NAPL). 
4. Bifenilas Policloradas 
Altamente clorados Pouco 
frequente 
Cometabolizado em condições 
anaeróbias. 
Absorve fortemente 
em superfície. 
Fracamente clorados Pouco 
frequente 
Biorremediação aeróbias sob condições 
específicas. 
Absorve fortemente 
em superfície. 
Nitroaromáticos Comum Biorremediação aeróbia e anaeróbia. 
5. Metais 
Cr, Cu, Ni, PB, Hg, 
Cd, Zn etc 
Comum Processos microbianos afetam sua 
solubilidade e reatividade. 
Disponibilidade 
altamente variável, 
controlada pelas 
condições químicas. 
Fonte: Adaptado de CETESB – GTZ 
 
Para que a biorremediação traga resultados satisfatórios, é de fundamental 
importância o conhecimento dos princípios e das técnicas. Isso possibilita uma 
utilização e seleção correta de acordo com as condições específicas de cada local e 
de cada contaminante presente (JACQUES, et al., 2006). 
 
Considerações finais 
A biorremediação é uma técnica de descontaminação que vem alcançando importância 
mundial devido à desenfreada degradação do meio ambiente. Essa tecnologia já é 
bastante utilizada em outros países como os Estados Unidos e a Holanda. No Brasil 
sua utilização ainda é pequena, mas várias pesquisas já têm sido desenvolvidas para 
a sua aplicação em locais contaminados com petróleo e seus derivados. 
Como foi visto, essa tecnologia possui grande aplicabilidade e tem sua eficiência 
comprovada na remoção dos diversos tipos de contaminantes. No entanto, é 
importante ressaltar que a otimização do processo de biorremediação depende de 
estudos minuciosos quanto às condições ambientais, o tipo de contaminante e a 
técnica empregada. 
A biorremediação é uma técnica promissora que visa à minimização dos impactos 
antropogênicos e a reestruturação dos habitats naturais, por isso merece atenção e 
incentivo quanto à sua utilização nos processos de recuperação ambiental. 
 
 
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 3, nº 4, maio 2010 93 
 
Abstract 
Bioremediation is a process in which microorganisms are used in the removal of toxic 
contaminants in the environment. This technique is very promising, since it seeks to 
minimize the human impact and the restructuring of natural habitats. Relatively new, 
this technology has been the subject of numerous studies, because it offers greater 
safety, less perturbation to the environment and is also an effective tool to lower 
costs. Bioremediation has wide applicability and the optimization of the process 
depends on environmental conditions, type of contaminant and technique applied. The 
treatments are distinguished by being “in situ” (when it is done on site) or “ex situ” 
(when there is removal of the contaminant for treatment in another environment). 
Bioremediation is an innovative technique that deserves attention and incentive in the 
process of environmental recovery. The purpose of this review is to know the process 
of bioremediation, its techniques and applicability. 
 
Key word: Biodegradation; microorganisms; environmental contaminants. 
 
Resumen 
La biorremediación es un proceso que utiliza microorganismos para eliminar los 
contaminantes tóxicos del medio ambiente. Esta técnica es muy prometedora, porque 
se trata de minimizar los impactos humanos y la reestructuración de los hábitats 
naturales. Relativamente nuevo, esta tecnología ha sido objeto de numerosos estudios, 
porque ofrece una mayor seguridad, una menor perturbación para el medio ambiente 
y es también una herramienta eficaz a bajo costo. La biorremediación tiene una 
amplia aplicación y la optimización de su proceso depende de las condiciones 
ambientales, el tipo de contaminante y la técnica empelados. Los tratamientos se 
distinguen por ser “in situ” (cuando se realiza en el mismo lugar) o “ex situ” (cuando 
se retira el contaminante para el tratamiento en otro entorno). La biorremediación es 
una técnica innovadora que merece atención y estímulo en el proceso de recuperación 
del medio ambiente. El objetivo de esta revisión es entender el proceso de 
biorremediación sus técnicas y su aplicabilidad. 
 
Palabras clave: Biodegradación; microorganismos; contaminantes del medio ambiente. 
 
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	A biorremediação como ferramenta
	para a descontaminação de ambientes terrestres e aquáticos
	Resumo
	Princípios da biorremediação
	Fatores determinantes na biorremediação
	Técnicas para a biorremediação do solo e da água
	Processos de biorremediação “in situ”
	Biorremediação passiva ou intrínseca
	Bioestimulação
	Bioventilação
	Bioaumentação
	Air Sparging
	Processos de biorremediação “ex situ”
	Landfarming
	Quadro 1: Vantagens e desvantagens do Landfarming
	Compostagem
	Sistema de Biorreatores
	Aplicabilidades
	Quadro 2: Aplicabilidade da biorremediação
	Considerações finais
	Abstract
	Resumen
	Referências