Buscar

RESUMO EXPANDIDO TRABALHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome Empresarial
 
Renan Augusto Dziubate 
Professora Larissa Compatti Dogenski 
INTRODUÇÃO
O presente artigo trata sobre nome empresarial e tem como finalidade expor algumas questões acerca de tal instituto. A título de breve resumo, pode-se afirmar que o nome empresarial constitui um dos elementos de identificação da empresa, que tem por finalidade apresentar uma distinção dentre as empresas, evitando, assim, qualquer tipo de confusão perante os consumidores, fornecedores, trabalhadores, para o fisco, nas operações comerciais, etc. Nome empresarial é um elemento de identificação da empresa totalmente distinto das marcas de indústria, comércio e serviço. Logo, pode-se afirmar que o nome empresarial designa o empresário, seja uma pessoa física ou jurídica.
Palavras-chaves: nome empresarial - elemento de identificação - empresário denominação - sociedade simples - firma - sociedade empresária - proteção jurídica.
METODOLOGIA
     O objetivo do presente trabalho é mostrar a importância do nome da empresa do direito atual e nas próprias negociações. O nome empresarial é mais que uma denominação qualquer, através dele, por exemplo, é possível identificar o tipo da empresa, se a responsabilidade dos sócios é limitada ou ilimitada, entre outras coisas.
        Nome empresarial é a firma ou a denominação adotada, para o exercício de empresa, segundo o Código Civil. O Departamento Nacional de Registro do Comércio ao tratar da matéria esclarece que nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se obriga nos atos a elas pertinentes, e compreende a firma e a denominação. Firma é o nome empresarial utilizado pelo empresário e, facultativamente, pela sociedade limitada; a sociedade anônima e cooperativa utilizar-se-á da Denominação e opcionalmente pela sociedade limitada, e atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e identificará, quando houver exigência legal, o tipo jurídico da sociedade, não pode conter palavras ou expressões que atentem contra à moral e aos bons costumes. 
RESULTADO E DISCUSÃO
Os princípios que regem a formação do nome empresarial, nos termos do artigo 34 da Lei 8.934/94 são o da veracidade e o da novidade. Quanto ao princípio da veracidade, André Luiz Santa Cruz Ramos, ensina o seguinte:
“O nome empresarial não poderá conter nenhuma informação falsa. Sendo a expressão que identifica o empresário em suas relações como tal, é imprescindível que o nome empresarial só forneça dados verdadeiros àquele que negocia com o empresário.”
Uma ocasião exemplificativa em que ocorre a violação do princípio da veracidade é quando uma sociedade limitada deixa de colocar a expressão "limitada" em seu nome. Os administradores que assim procedem respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações da sociedade (conforme artigo 1.158, § 3º, do Código Civil).
Em determinadas situações, pode ser obrigatória a alteração do nome empresarial. Como exemplo, citam-se: quando se provar, posteriormente ao registro, a coexistência do nome registrado com outro já constante dos assentamentos da Junta Comercial; quando ocorrer a morte ou a saída de sócio cujo nome conste na firma da sociedade nesse caso, interpretando-se harmonicamente os artigos 1.165 e 1.157, parágrafo único, do Código Civil, entende-se que se mantem a responsabilidade ilimitado sócio retirante ou do espólio do sócio falecido, enquanto não for alterado o nome da sociedade); e quando houver transformação, incorporação, fusão ou cisão da sociedade, entre outras situações específicas.
Tanto o empresário, como sendo pessoa jurídica ou física, tem direito a um nome empresarial, que nada mais é do que aquele que se apresenta nas relações econômicas. Caso estejamos diante da possibilidade de empresário individual esse nome empresarial pode não ser o mesmo do civil. Caso sejam os mesmos ainda assim é preciso ressaltar que possuem naturezas distintas.
O nome civil está ligado à personalidade. Enquanto que o nome empresarial possui uma natureza de elemento integrativo da empresa. Não há dúvida quanto sua natureza patrimonial. Ainda é de bom alvitre mencionar que a pessoa jurídica empresária não tem outro nome além do empresarial.
 O nome empresarial, por se tratar de um elemento de identificação do empresário, não se confunde com os demais elementos que identificam o estabelecimento empresarial, elementos estes que possuem proteção jurídica, como a marca, título de estabelecimento e etc.
 Em relação ao empresário individual e a cada tipo de sociedade empresária haverá regras distintas, singulares. Quanto ao empresário individual só poderá adotar firma baseado em seu nome civil. Podendo ou não abreviá-lo. E ainda caso deseje poderá agregar o ramo da atividade que atua.
Caso se trate de uma sociedade em nome coletivo poderá apenas adotar firma social que terá como base o nome civil de um, de alguns ou todos os sócios. Nomes estes que poderão ser por extenso ou abreviados. Caso não conste o nome de todos os sócios é obrigatório a utilização da partícula ¨ e companhia ou & Cia. Os sócios ainda podem agregar ou não o ramo correspondente de sua empresa.
Se estivermos diante de uma sociedade em comandita simples só poderá compor nome empresarial através de firma, da qual deve constar nome civil de sócio ou dos sócios comanditados. Ressalta-se ainda que os sócios comanditários não podem ter seus nomes aproveitados na formação do nome empresarial, já que não possuem responsabilidade ilimitada perante as obrigações da sociedade. Portanto será obrigatório a utilização da partícula ¨ e companhia¨, por extenso ou abreviado, para fazer referência aos sócios dessa categoria. O nome civil poderá ser usado por extenso ou ainda abreviado e pode agregar o ramo de negócio explorado pela sociedade.
      Fábio Ulhôa nos remete ainda a letra de lei: A sociedade em conta de participação, por possuir natureza de sociedade secreta não pode adotar nome empresarial que denuncie sua existência. (Art. 1162 CC).
      A Sociedade limitada por lei pode adotar firma ou denominação. Caso opte por firma poderá incluir nela o nome civil de um, de alguns ou ainda todos os sócios, por extenso ou de forma abreviada, valendo-se da partícula ¨ e companhia¨ ou & Cia. Mas adotando firma ou denominação não poderá o nome empresarial deixar de contemplar a identificação do tipo societário por meio da expressão limitada, por extenso ou abreviado sob pena de responsabilidade ilimitada por parte dos administradores que fizerem uso do nome empresarial. (Art. 1.158 CC).
     Sociedade anônima deve adotar denominação que deve constar referência ao objeto social. É o que preceitua o art. 1.160 CC. É obrigatória a identificação do tipo societário no nome empresarial através da locução sociedade anônima, por extenso ou abreviado, podendo ser no início, meio ou fim da denominação ou pela expressão ¨ companhia¨, por extenso ou abreviado, é o que preceitua a lei n° 6.404/76. Ainda é possível o emprego de nomes civis de pessoas que fundaram a companhia ou de alguma forma ajudaram atingir o êxito.
 Já a sociedade em comandita por ações pode adotar firma ou denominação. Caso opte em adotar firma pode aproveitar somente o nome civil, de forma extensa ou abreviada, dos sócios administradores ou diretores que são os responsáveis por responder com suas obrigações de forma ilimitada.
 Já se for denominação é obrigatório a referência ao objeto social. Conclui-se que caso seja adotado firma ou denominação o emprego da identificação do tipo societário pela locução ¨comandita por ações¨, mesmo que seja de forma abreviada.
.
CONCLUSÃO
Neste trabalho, buscou-se verificar através das fontes do Direito, principalmente da doutrina e da jurisprudência, chegar a conclusões sobre como o atual empresário utiliza os institutos do nome empresarial e da marca, como instrumentos desleais contra seus concorrentes. Objetivava-se perquirir os fatores decisórios dos principais julgados referente à matéria, para esclarecersobre o tema.
Percorreu-se a matéria relativa ao nome empresarial, sobre sua obrigatoriedade enquanto elemento identificador do empresário. Concluiu-se que o nome pode ser classificado em firma de empresário, firma social, ou denominação. A composição do nome empresarial foi explicada e exemplificada em cada tipo societário, e também foi exposto que o âmbito de proteção se limita à unidade federativa onde se encontra a Junta Comercial na qual o nome foi registrado
Para fins da proteção ao nome empresarial será automaticamente, do ato de inscrição de empresário ou do arquivamento de ato constitutivo de sociedade empresária, bem como de sua alteração nesse sentido, e circunscreve-se à unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial. É possível concluir, considerando os pontos abordados no presente estudo que o nome empresarial tem papel fundamental na individualização do empresário perante o mercado, visto que é o nome empresarial que irá identificá-lo frente a tantos outros, isso se aplica tanto na execução dos atos negociais quanto na identificação pelos consumidores que devem ser capazes de individualizá-lo seja para fazer negócios novamente, ou mesmo efetuar reclamações ou processá-los. Desse modo, considerando a importância do nome empresarial, ele jamais poderia ser construído de maneira aleatória e por conta disso e devem seguir exatamente as disposições legais para que seu nome possa ser constituído validamente, havendo as situações especificas em que será adotada a firma social, individual ou a denominação, bem como devem ser seguidas as regras básicas para formação do nome empresarial.
REFERÊNCIAS 
I
nstrução Normativa DNRC nº 103/2007; Lei Complementar nº 123/2006.
COELHO, FABIO ULHOA. Manual de Direito Comercial: direito de empresa. 20 ed. ver. e atual. – São Paulo; Saraiva, 2008.
TOMAZETTE, Marlon. A proteção ao nome empresarial. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1062, 29 maio 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/8456
 FAZZIO JÚNIOR.
COMPARATO, Fábio Konder. Concorrência Desleal. Revista dos Tribunais, Vol. 375, 1967.
DOMINGUES, Douglas Gabriel. Marcas e expressões de propaganda. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1984.
DUVAL, Hermano. Concorrência Desleal. São Paulo: Saraiva, 1976.
FARIA, Antônio Bento de. Das Marcas de Fabrica e de Commercio e do Nome Comercial. Rio de Janeiro: J. Ribeiro dos Santos, 1906.

Outros materiais