Direito Constitucional aula 06 (aula complementar)

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo Semanal| Disciplina: Direito Constitucional 
Aula: 06 | 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
 
- 1) NACIONALIDADE 
- 2) DIREITOS POLÍTICOS 
- 3) REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
 
GUIA DE ESTUDO 
1) NACIONALIDADE 
É O vinculo jurídico politico que une o individuo a um Estado (país). 
É vinculo porque é previsto na lei, CF, estatuto do estrangeiro. 
É político porque o individuo pode votar e ser votado. 
Artigos 12 e 13, CF. 
 
1.1) Brasileiro nato 
Tem haver com nascimento, artigo 12, I, CF. 
Ou nasceu no Brasil ou é filho de brasileiro. 
Alínea a: nasceu no Brasil é brasileiro nato, salvo se os pais estiverem a serviço do país de origem. O 
critério usado é da territorialidade “ius / jus solis”. Tem que ter nascido no Brasil. 
Alínea b: o critério usado é da consanguinidade, “ius / jus sanguinis”, tem que nascer nacional / 
brasileiro. 
Alínea c: critério usado é a consanguinidade, ‘ius / jus sanguinis”, tem que nascer nacional / brasileiro + 
o registro em uma repartição brasileira competente. 
OBS: Olhar o artigo 95, ADCT. 
 
 
 
 
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1.2) Cargos privativos de brasileiro 
nato Ler ou copiar o artigo 12, 
§3, CF. 
Ex. diplomata; oficial das forças armadas; ministro da defesa. 
O Presidente da Câmara dos deputados ou do Senado Federal tem que ser brasileiro nato, os deputados 
e senadores podem ser nato ou naturalizado. 
Cuidado: tento o brasileiro nato como o naturalizado podem perder ou se for o caso recuperar a 
nacionalidade. Artigo 12, §4, CF. 
Cuidado: hoje tal poder é do ministro da justiça. Decreto 3453/2000. 
 
1.3) Brasileiro naturalizado Naturalização. 
É o estrangeiro que escolheu a nacionalidade estrangeira. Artigo 12, II, CF. 
É um estrangeiro oriundo de língua portuguesa + 1 ano de residência e idoneidade moral. 
Alínea b: país de outra língua, 1 ano de residência ininterrupto e sem condenação criminal com transito 
em julgado. 
Dica: brasileiro nato não pode ser extraditado, mas deve ser entregue ao TPI. 
Artigo 5, LI, CF + decreto 4388 / 02 (estatuto de Roma, o artigo 102 dessa lei conceitua extradição e 
entrega). 
O TPI julga pessoas que cometeram crimes contra a humanidade, genocídio, guerra, agressão. 
Cuidado: ler artigo 5, §4, CF. 
 
2) DIREITOS POLÍTICOS Artigos 
14 a 17, CF. 
Alistabilidade: tirar o título de eleitor, pode votar. 
Elegibilidade: ser eleito, artigo 14, §3, CF. 
Dica: os elegíveis são alistáveis. 
 
 
 
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2.1) Desincompatibilização Artigo 
14, §6, CF. 
Presidente, governador e prefeito, querendo concorrer a cargo diferente do que ocupa deve renunciar 
6 meses antes do pleito (eleição) que são realizadas no 1° domingo de outubro. 
Cuidado: se for para reeleição pode ficar no cargo respeitando a legislação eleitoral. 
 
2.2) Inelegibilidade reflexa ou indireta Artigo 
14, §7, CF. 
Os parentes até 2° grau por afinidade, consanguinidade e adoção de presidente, governador e prefeito 
se não tinham cargo político eletivo não podem concorrer na esfera de influência dos titulares. 
Afinidade – tem haver com casamento Consanguinidade 
– com sangue. 
OBS: inclusive olhar na CF comentada pelo STF. 
 
2.3) Perda e suspensão dos direitos políticos 
Artigo 15, CF + artigo 55, CF 
Se um deputado federal tiver suspenso os seus direitos políticos cabe a mesa da câmara dos deputados 
declarar a perda do mandato. 
Se houver condenação criminal pelo STF cabe ao plenário da casa confirmar a condenação. 
Essa votação é aberta e tem que ser por maioria absoluta. 
 
2.4) Partidos políticos Artigo 
17, CF. 
 
3) Remédios constitucionais 
Garantia constitucional. Os remédios são meios jurídicos para proteger direitos previstos na constituição 
(vida, liberdade, bens, etc). 
 
 
 
 
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3.1) Direito de petição Artigo 
5, XXXIV, a, CF. 
Reclamar ao Estado uma ilegalidade ou abuso. 
Dicas: 
1° não precisa de advogado e. 
2° não tem formalismo. 
Ex. pode ser realizado por ligação telefônica, envio de e-mail, comparecimento pessoal. 
 
3.2) Habeas Corpus Artigo 
5, LXVIII, CF. 
Artigos 647 a 667, CPP. 
Protege o direito de ir e vir, locomoção. 
Não precisa de advogado. 
Cabe liminar mesmo não havendo previsão legal (fumus boni iuris, periculum in mora). 
Não cabe contra punição disciplinar militar, salvo se imposta por autoridade incompetente. 
 
OS REMÉDIOS ABAIXO LISTADOS PRECISAM DE ADVOGADO: 
3.3) Habeas Data 
Artigo 5, LXXII, CF e lei 9705/97 Qual 
é o caso? 
Ter acesso e retificar dados e informações do impetrante que estão em órgão público ou de caráter 
público. 
Dica: para a FVG/OAB é uma ação personalíssima. 
MUITO CUIDADO: a doutrina e a jurisprudência admitem que o CADI – cônjuge, ascendente, 
descendente, irmão – podem impetrar o habeas data em nome do impetrante se ele estiver 
incapacitado ou ausente para proteger o nome da família (a honra). 
Pesquisar o habeas data 147 no STJ. 
 
 
 
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3.4) Mandado de segurança 
a) Artigo 5, LXIX, CF mandado de segurança individual: lei 12016/2009 
Requisitos: 
 
1° direito líquido e certo (se comprova por documento) 
OBS: não pode pedir para ouvir testemunhas e nem fazer / elaborar laudo pericial. 
Se o laudo já existe pode juntar porque é prova já requerida. 
 
2° não é caso de habeas corpus e nem de habeas data. 
 
3° existe ilegalidade ou abuso de uma autoridade pública ou alguém investido dessa autoridade e pode 
estar no polo passivo do mandado de segurança. 
Lição de casa: localizar na lei 12016/2009 quando cabe o mandado de segurança, não cabe liminar e 
onde estão as suspensões de segurança – copiar no caderno. 
OBS: prazo decadencial do mandado de segurança é se 120 dias do cumprimento da lesão. 
 
b) mandado de segurança coletivo: artigo 5, LXX, a, b, CF + lei 12016/2009 
(ficar esperto com o artigo 21). 
Requisitos e prazo decadencial é igual ao individual. 
CUIDADO: o mandado de segurança coletivo é corporativo (protege certo grupo de pessoas) 
Ex. partido político com representação no congresso nacional (basta ter ou 1 deputado federal ou 1 
senador no ato da impetração. 
 
3.5) Mandado de injunção 
Artigo 5, LXVI, CF + lei 13.300/2016 
MI é usado quando há falta de norma regulamentadora de um direito ou liberdade constitucional. 
 
 
 
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É usado quando há uma inconstitucionalidade por omissão. 
OBS: também existe o MI coletivo (que também é corporativo, protege certo numero de pessoas) MI 
é usado se quero “exercer um direito” quenão foi regulamentado. 
 
3.6) Ação popular 
Artigo 5, LXXIII, CF e lei 4717/1965 Ex. 
proteger o patrimônio publico – erário 
OBS: só cidadão (eleitor) pode propor. 
Se tiver má fé paga as custas e as sucumbências. 
Importante não há foro de prerrogativa de função. 
O MP não pode propor ação popular, ele pode assumir se houver abandono do autor originário. 
 
3.7) Ação Civil Pública – ACP 
Artigos 129, III e lei 7347/85 
ACP e controle de constitucionalidade só no caso concreto – eficácia entre as partes.