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Constituição - 2023 - Anotada e Grifada 2

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1 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À 
SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES 
Material de Eduardo B. S. Teixeira. 
 
Última atualização legislativa: Emenda Constitucional nº 99/2017 (obs.: a EC 98/2017 
não alterou em nada o texto principal da Constituição, apenas a redação o art. 31 da EC 
19/1998). 
 
Última atualização Jurisprudencial: Inclusão de julgado veiculado no Info 896 do STF 
(vide art. 225, §1º, III da CF) 
 
Última atualização questões de concurso: 11/07/2018 (em especial, os temas ―Direitos 
de Nacionalidade‖, ―Direitos Políticos‖, ―Competências‖, ―Intervenção‖, 
―Administração Pública‖, ―Fiscalização contábil e Orçamentária‖, ―Congresso 
Nacional‖, ―Senado Federal, ―Poder Judiciário‖, ―art. 125 da CF‖, ―Sistema Tributário‖, 
―Ordem Econômica e Financeira‖). 
 
Observações quanto à compreensão do material: 
1) Cores utilizadas: 
 EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações 
relevantes, etc. 
 EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso. 
 EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a 
informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à 
situação contrária ao que dispõe na CF/88). 
 EM AMARELO ou EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal) 
 
2) Siglas utilizadas: 
 MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); 
BL (base legal, etc). 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte 
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e 
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça 
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada 
na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
(MPMG-2017): O preâmbulo da CR/88 não pode, por si só, servir de parâmetro de 
controle da constitucionalidade de uma norma. 
(MPMG-2017): O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filosóficos, 
ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia a interpretação do texto 
2 
 
constitucional. 
(MPMA-2014): Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em uma espécie 
de introdução ao texto constitucional, um resumo dos direitos que permearão a 
textualização a seguir, apresentando o processo que resultou na elaboração da 
Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação. 
(MPMA-2014): O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 constitui-se no 
marco da ruptura com o regime anterior e garante a instalação e asseguramento jurídico 
dos direitos listados em seguida e até então não dotados de força normativa constitucional 
suficiente para serem respeitados, sendo eles o exercício dos direitos sociais e individuais, 
a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça. 
(MPMA-2014): Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se configura 
como um elemento que serve de manifesto à continuidade de todo o ordenamento jurídico 
ao conectar os valores do passado - a situação de início que motivou a colocação em 
marcha do processo legislativo - com o futuro - a exposição dos fins a alcançar -, descrição 
da situação que se aspira a chegar. 
(MPMA-2014): O voto emanado pelo então Min. Ayres Brito, à época presidente do STF, 
que acompanhou o proferido pelo relator Min. Ricardo Lewandowski, considerou 
improcedente a ADPF 186, reafirmou a validade das chamadas ações afirmativas 
sustentando que as políticas públicas de justiça compensatória, restaurativas, afirmativas 
ou reparadoras de desvantagens históricas são um instituto jurídico constitucional, e 
enfatizou ainda a distinção entre cotas sociais e raciais como uma construção dogmática 
feita a partir do Preâmbulo da Constituição da República que fala em assegurar o bem 
estar e na promoção de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. 
(MPCE-2011-FCC): A invocação à proteção de Deus, constante do Preâmbulo da 
Constituição da República vigente, não tem força normativa. 
(MPGO-2010): Para o STF o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e 
reflete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém relevância jurídica, não tem 
força normativa, sendo mero vetor interpretativo das normas constitucionais, não servindo 
como parâmetro para o controle de constitucionalidade. 
(TJMG-2006): A jurisprudência do STF vem adotando, quanto ao valor jurídico do 
preâmbulo constitucional, a teoria da irrelevância jurídica. 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem 
como FUNDAMENTOS: [DICA MNEMÔNICA: ―SO-CI-DI-VA-PLU‖] 
I - a SOberania; 
(TCM/BA-2018-CESPE): O princípio fundamental da Constituição que consiste em 
fundamento da República Federativa do Brasil, de eficácia plena, e que não alcança seus 
entes internos é a soberania. BL: art. 1º, I, CF/88. 
3 
 
OBS: A soberania, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, Art. 1°, 
I), constitui um dos atributos do Estado, na medida que este não existe sem a soberania. 
Vale dizer que não existe Estado que não seja soberano. Todos os entes federados (entes 
internos) são dotados, apenas, de autonomia. Não há que se falar em soberania de um 
ente federado sobre outro, tampouco de subordinação entre eles. Todos são autônomos 
nos termos estabelecidos na Constituição Federal. Só se pode falar em soberania do todo, 
da República Federativa do Brasil, frente a outros Estados soberanos. Assim, os Estados-
membros, dentro das competências próprias fixadas pela Constituição Federal, são tão 
autônomos quanto à União (MAIA, 2007, p. 72). A soberania diz respeito ao caráter 
supremo de um poder, que não admite qualquer outro acima ou em concorrência com ele. 
A autonomia, por sua vez, pressupõe a tríplice capacidade de auto-organização, 
autogoverno e auto-administração. Tendo em o que foi exposto, a soberania é um 
fundamento que não alcança os entes internos. Ela constitui um dos atributos do Estado e 
não se confunde com autonomia. 
II - a CIdadania 
III - a DIgnidade da pessoa humana; (PCRS-2018) 
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (MPMS-2018) 
V - o PLUralismo político. (Cartórios/TJAM-2018) 
(MPMS-2018): A República Federativa do Brasil constitui Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamento, entre outros, o pluralismo político. BL: art. 1º, CF/88. 
(TJMS-2010-FCC): A República Federativa do Brasil tem como fundamentos a soberania, a 
cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa e o pluralismo político. BL: art. 1º, CF/88. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (M) 
(TJGO-2012-FCC): Antiga linha de pensadores políticos, que inclui, por exemplo 
Aristóteles e Montesquieu, converge para uma determinada forma de governo, concebida 
como apta a impedir a sua própria degeneração, e que pode ser descrita como politeia ou 
governo misto, em que elementos de diferentes formas de governo se combinam. 
Sustenta-se que esse modelo foi adotado na Grécia antiga. 
(TJMS-2008-FGV): O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo no Estado 
Federal Brasileiro (art. 60, §4º, I, da CF) tem como finalidades básicas a unidade nacional e 
a necessidade descentralizadora. (constitucional) 
(TJMS-2008-FGV): Como corolário do princípio federativo (art. 1º, caput, da CF), a União, 
os Estados-membros,o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e 
possuidores da tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, 
autogoverno e auto-administração. (constitucional) 
(TJMS-2008-FGV): A garantia constitucional da imunidade recíproca entre União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios é corolário do princípio federativo. (tributário) 
4 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. 
(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): À luz dos princípios fundamentais de 
direito constitucional positivo brasileiro, julgue o item a seguir: Se, em certa ação judicial, 
o juízo competente impuser ao Poder Executivo determinada obrigação, sob pena de multa 
diária pelo seu descumprimento, tal imposição não ofenderá o princípio da separação dos 
poderes. BL: art. 2º, CF/88. 
OBS: "Esta Corte já firmou a orientação de que é possível a imposição de multa diária 
contra o poder público quando esse descumprir obrigação a ele imposta por força de 
decisão judicial. Não há falar em ofensa ao princípio da separação dos Poderes quando 
o Poder Judiciário desempenha regularmente a função jurisdicional." (AI 732.188-AgR, 
rel. min. Dias Toffoli, j. 12-6-12, 1ª Turma) No mesmo sentido: ARE 639.337-AgR, rel. 
min. Celso de Mello, j. 23-8-11, 2ª Turma. 
OBS: A Administração pública adota medidas assecuratórias de direitos 
constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do 
princípio da separação dos poderes, inserto no art. 2º da Constituição Federal. 
Art. 3º CONSTITUEM OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da República Federativa do 
Brasil: [DICA MNEMÔNICA: “CO-GA-ERRA-PRO”] (TJSC-2010) (PCRS-2018) 
I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - GArantir o desenvolvimento nacional; 
III - ERRAdicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; (Cartórios/TJMG-2017) 
IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil REGE-SE nas suas relações internacionais 
PELOS SEGUINTES PRINCÍPIOS: (M) 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
(PCRS-2018-FUNDATEC): A Constituição Federal de 1988, no que tange aos direitos 
humanos, estabelece que: Eles, os direitos humanos, são prevalentes, nas relações 
internacionais da República Federativa do Brasil. BL: art. 4º, II, CF/88. 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
5 
 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
(MPSC-2014): A concessão de asilo político é um dos princípios que regem a República 
Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. BL: art. 4º, X da CF/88. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, 
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. (TJSC-2013) (TJBA-2012) 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
(Analista Judiciário/STJ-2008-CESPE): Os direitos e garantias fundamentais são 
considerados elementos limitativos das constituições. 
OBS: Elementos limitativos manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos 
e garantias fundamentais (direitos individuais e suas garantias, direitos e nacionalidade e 
direitos políticos democráticos) limitando os poderes do Estado, como forma de evitar 
abuso de poder. 
(TJPR-2008): Os direitos fundamentais não são absolutos. Isso posto, a manifestação do 
pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou 
veículo poderão sofrer restrições em face das disposições da CF/1988. BL: art. 5º, IV e 
XXIX da CF. (constitucional) 
(TJDFT-2007): A respeito dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: os 
direitos fundamentais, enumerados no Título II da Constituição, compõem um sistema 
aberto. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Segurança e à Propriedade, nos termos 
seguintes: (TJSC-2013) (TJDFT-2007) (DICA MNEMÔNICA: “VILPS”) 
(TJPA-2014-VUNESP): O texto constitucional, em seu art. 5.º, caput, prevê expressamente 
valores ou direitos fundamentais ao ditar literalmente que todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade. BL: art. 5º, caput, CF. 
OBS: Apesar do caput do art. 5º enunciar direitos apenas a brasileiros e estrangeiros 
residentes no Brasil, a doutrina e o STF os estendem também para estrangeiros em 
trânsito e pessoas jurídicas (HC 94.016/2008). 
6 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
(TJMG-2012-VUNESP): De acordo com o STF, não ofende o princípio da igualdade a 
limitação de idade para a inscrição em concurso público, desde que se leve em conta a 
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. BL: Súmula 683, STF. (constitucional) 
(TJMG-2012-VUNESP): O princípio da isonomia reveste-se de autoaplicabilidade e não é 
suscetível de regulamentação ou complementação normativa, pois se traduz em norma de 
eficácia plena. BL: art. 5º, §1º, CF. (constitucional) 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei; 
(Assistente Técnico/UFPB-2017-CPCON): O princípio da legalidade, em síntese, afirma 
que só é permitido ao Estado fazer determinações aos indivíduos se houver alguma norma 
jurídica anterior ao fato que possa espelhar essa ordem estatal. Assim, caso um agente do 
Estado queira impor mandamentos ao indivíduo sem esse amparo normativo, o ato será 
considerado ilegal, já que a regra é a plena liberdade individual (livre iniciativa), só 
limitada ou retirada se houver norma prescrevendo um fazer ou deixar de fazer algo pelo 
Estado. 
OBS: Para Hely Lopes Meirelles, ―na Administração Pública não há liberdade nem 
vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não 
proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza‖. 
(TJDFT-2008): Com espeque no constitucionalismo de nossos dias, é correto afirmar que a 
reserva legal tem abrangência menor que o princípio da legalidade. (constitucional) 
Explicação: Isso porque, a reserva legal apenas exige que haja lei exigindo determinados 
comportamentos, enquanto a legalidade orienta a criação de princípios e regras que irão 
embasar todo o ordenamento jurídico. 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
(TJPR-2012-UFPR): A norma do art. 5º, III da CF/88 segundo a qual ―ninguém será 
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante‖, é dotada de eficácia 
plena. (constitucional) 
Explicação: Além disso, é dotada de aplicabilidade direta, imediata e integral, pois não 
necessita de lei infraconstitucional para torná-la aplicável e nem admite lei 
infraconstitucional que lhe restrinja o conteúdo. 
IV - é livre a manifestação do pensamento, SENDO VEDADO o anonimato; (M) 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a 
suas liturgias; 
7 
 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internaçãocoletiva; (TJPA-2012) 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; (TJSC-2013) 
OBS: O direito de escusa de consciência não se restringe ao serviço militar obrigatório, 
quando se trata de crença religiosa, convicção filosófica ou religiosa, pois ele pode atingir, 
por exemplo, indivíduos que não aceitam trabalhar ou realizar prova aos sábados. 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; (TJSC-2013) 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL; (M) 
OBS: Em outras palavras: 
- por determinação judicial: apenas durante o dia; 
- em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro: durante o dia ou à noite, 
não necessitando de determinação judicial. 
- com o consentimento do morador: em qualquer horário. 
 
(Analista Jurídico/DPEAM-2018-FCC): Em certa pequena propriedade rural reside família 
que cultiva produtos agrícolas no mesmo local, tendo o imóvel sido dado em garantia de 
empréstimo contraído para custear o combate a pragas existentes na plantação. Não sendo 
liquidado o pagamento da dívida no prazo convencionado, o credor promoveu a 
respectiva cobrança judicial, motivo pelo qual foi expedido mandado judicial de penhora 
do referido imóvel. Ao cumprir o mandado de penhora, o oficial de justiça foi impedido 
pela família, tanto durante o dia, quanto durante a noite, de ingressar no imóvel. De 
acordo com a Constituição Federal, ao determinar a penhora da referida propriedade rural 
na situação narrada, o juiz agiu incorretamente, não podendo o oficial de justiça, ademais, 
ingressar no imóvel durante a noite, sem o consentimento do morador, para cumprimento 
de determinação judicial. BL: art. 5º, XI da CF/88. 
(Analista Judiciário/TRF5-2017-FCC): Fernando passou mal de manhã em sua residência 
e, como estava sozinho, tentou sair para buscar ajuda, mas não conseguiu nem abrir o 
portão de casa. Fernando teve tempo apenas de pedir auxílio ao seu vizinho, Paulo, 
desmaiando logo em seguida, ali mesmo no jardim. Paulo, desesperado, rapidamente 
telefonou ao Corpo de Bombeiros. Nessa situação, à luz da Constituição Federal, os 
bombeiros estarão autorizados a adentrar no imóvel de Fernando, assim que chegarem, já 
que para a prestação de socorro pode-se penetrar na casa do morador, sem o seu 
consentimento, a qualquer hora. BL: art. 5º, XI da CF/88. 
(TJDFT-2008): Em caso de desastre, ou para prestar socorro, autoriza-se a entrada na casa, 
8 
 
seja de dia ou de noite, tenha-se ou não anuência do morador ou autorização judicial. BL: 
art. 5º, XI da CF/88. 
(TJDFT-2008): Em caso de flagrante delito, igualmente, autoriza-se o ingresso na casa, de 
dia ou de noite, independentemente de quem quer que seja. BL: art. 5º, XI da CF/88. 
(TJDFT-2008): No período diurno, por determinação judicial, excepciona-se também a 
inviolabilidade domiciliar. Nesta hipótese, estamos diante da denominada reserva de 
jurisdição, ou seja, situações em que se faz indispensável a atuação do Poder Judiciário, 
autorizando determinada conduta, sem a qual seria a mesma considerada ilícita. BL: art. 
5º, XI da CF/88. 
(TJDFT-2007): Em tema de direitos fundamentais, é correto afirmar que o direito à 
inviolabilidade de domicílio repele a ação estatal e de particulares e tem como titulares 
pessoas físicas e jurídicas. BL: art. 5º, XI, CF/88. 
XII - É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, SALVO, no último caso, POR ORDEM JUDICIAL, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer PARA FINS de investigação criminal ou 
instrução processual penal; (TJRJ-2011) (TJPE-2011) 
(PCMA-2018-CESPE): De acordo com o entendimento do STF, a polícia judiciária não 
pode, por afrontar direitos assegurados pela CF, invadir domicílio alheio com o objetivo de 
apreender, durante o período diurno e sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam 
interessar ao poder público. Essa determinação consagra o princípio da reserva de 
jurisdição. BL: art. 5º, inciso XI e XII da CF/88. 
(Anal. Judic./TRT6-2018-FCC): A CF/88 autoriza o pedido de interceptação de 
comunicações telefônicas, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de: investigação criminal ou instrução processual penal. BL: art. 5º, 
inciso XII, CF. 
OBS: 
 Investigação criminal: inquérito policial ou CPI 
 Instrução processual penal: processo em andamento 
(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): Interceptações telefônicas — comumente 
chamadas de grampos — e gravações ambientais realizadas por autoridade policial, sem 
autorização judicial, ainda que em situações emergenciais, constituem violações aos 
princípios estruturantes do estado democrático de direito e da dignidade da pessoa 
humana. BL: art. 5º, inciso XII, CF. 
 
OBS: Nenhum do rol desses direitos fundamentais é absoluto, já que, para o STF, os 
direitos e garantias individuais não tem caráter absoluto (STF, MS 23.452, ano 2000). 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
(TCEMG-2018): Considere a seguinte norma da Constituição de 1988: ―é livre o exercício 
de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer‖. Com base na classificação das normas constitucionais segundo sua eficácia, 
9 
 
consagrada no Brasil por José Afonso da Silva, a norma reproduzida é um exemplo de 
norma de eficácia contida. 
 
(Técnico Judiciário-TRT12-2017-CESPE): Álvaro, Deputado Federal, solicitou à sua 
assessoria jurídica um parecer a respeito da aplicabilidade do disposto no art. 5º, XIII, da 
Constituição Federal de 1988, que assegura, aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País, o livre ―exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer‖. De acordo com sua assessoria, esse tipo de comando, 
que dispõe sobre a possibilidade de o seu alcance ser restringido pela legislação 
infraconstitucional, é considerado uma norma de eficácia contida. 
(TJRS-2012): Em relação ao diploma de jornalismo, decisão do STF considerou que exigi-lo 
era desproporcional e violava a liberdade de expressão e informação. 
(TJPR-2012-UFPR): O art. 5º, XIII da CF, que assegura a liberdade de ―exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer‖, constitui norma de eficácia contida, passível de ser restringida pelo 
legislador, como no caso da restrição imposta pela exigência de aprovação do exame da 
OAB para o exercício da profissão de advogado. (constitucional) 
Explicação: Além disso, é dotada de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, 
passível de ser restringida pelo legislador, como no caso da restrição imposta pela 
exigência de aprovação do exame da OAB para o exercício da profissão de advogado. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
(Perito Médico Previdenciário/INSS-2010-CESPE): Quando um jornalista denuncia fatos 
de interesse geral, como os relacionados às organizações criminosas especializadas no 
desvio de verbas públicas, está juridicamente desobrigado de revelar a fonte da qual 
obteve suas informações. BL: art. 5º, XIV, CF/88. 
 
OBS: Esse inciso tem doisdesdobramentos: assegura o direito de acesso à informação 
(desde que esta não fira outros direitos fundamentais) e resguarda os jornalistas, 
possibilitando que estes obtenham informações sem terem que revelar sua fonte. Não há 
conflito, todavia, com a vedação ao anonimato. Caso alguém seja lesado pela informação, o 
jornalista responderá por isso (Noções de D. Constitucional, Nádia Carolina). 
 
OBS: O sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional, é resguardado pela 
Constituição (art. 5º, XIV). 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
(TJMG-2012-VUNESP): A liberdade constitucional de locomoção encontra restrições 
próprias à sua manifestação ou mesmo impostas por regulamentações dos poderes 
públicos. (direito constitucional) 
Explicação: A liberdade constitucional de locomoção, a exemplo de qualquer direito 
fundamental, não tem valor absoluto, de modo que encontra restrições à sua manifestação 
ou mesmo impostas por regulamentações dos poderes públicos. 
10 
 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas EXIGIDO prévio aviso à 
autoridade competente; (TJSC-2013) (TCM/BA-2018) 
(Téc. Judiciário/TRF1-2017-CESPE): Desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, todos podem reunir-se em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade 
competente. BL: art. 5º, XVI, CF (constitucional) 
 
(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): Sobre o direito de reunião previsto no art. 5o, XVI, da 
Constituição Federal, é correto afirmar que todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente. BL: art. 5º, XVI, CF (constitucional) 
 
RESUMO SOBRE O DIREITO DE REUNIÃO: 
1 - É um direito individual e está na CF; 
2 - A Reunião deve ser pacífica; 
3 - A Reunião não pode ter uso de armas, inclusive as brancas; 
4 - A Reunião não precisa da autorização da Administração Pública; 
5 - A Reunião precisa de um prévio aviso a Administração Pública; 
6 - A Reunião não pode atrapalhar uma outra Reunião, por exemplo: ser no mesmo 
lugar; 
7 - A Reunião tem que ser em um lugar aberto, por exemplo: Avenida Paulista. 
 
 
 
XVII - é PLENA a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA a de caráter 
paramilitar; (M) (Auditor/TCEMG-2018) 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas INDEPENDEM de 
autorização, SENDO VEDADA a interferência estatal em seu funcionamento; 
(Auditor/TCEMG-2018) (TCM/BA-2018) (MPMS-2018) 
(TRT17-2009-CESPE): A CF veda a interferência do Estado no funcionamento das 
associações e cooperativas. (constitucional) 
XIX - as associações SÓ PODERÃO ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
(TCM/BA-2018-CESPE): As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por 
decisão judicial com trânsito em julgado. BL: art. 5º, XIX, CF (constitucional) 
(Auditor/TCEMG-2018): As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou 
ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito 
em julgado. BL: art. 5º, XIX, CF (constitucional) 
(Téc. Judiciário-TREBA-2010-CESPE): Para que uma associação seja compulsoriamente 
dissolvida, é necessário que haja o trânsito em julgado de decisão judicial nesse sentido. 
11 
 
BL: art. 5º, XIX, CF/88. (constitucional) 
(Téc. do TCU-2009-CESPE): Somente por decisão judicial transitada em julgado as 
associações podem ser compulsoriamente dissolvidas. BL: art. 5º, XIX, CF (constitucional) 
(TJRS-2009): As associações só podem ter suas atividades suspensas por decisão judicial. 
BL: art. 5º, XIX, CF (constitucional) 
XX - NINGUÉM PODERÁ ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
(Auditor/TCEMG-2018) 
OBS: Não há exceção legal. 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, TÊM 
LEGITIMIDADE para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
(Auditor/TCEMG-2018) (TCM/BA-2018) 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; (M) 
 XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; (MPRR-2008) 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente PODERÁ USAR 
de propriedade particular, ASSEGURADA ao proprietário indenização ulterior, SE 
HOUVER dano; (TJPE-2011) (MPMS-2018) 
(MPPR-2016): A requisição administrativa, como forma de intervenção temporária na 
propriedade, encontra previsão no capítulo referente aos direitos e deveres individuais e 
coletivos da Constituição Federal de 1988, que estabelece que no caso de iminente perigo 
público a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver dano. BL: art. 5º, XXV, CF/88 (administrativo) 
(TJSP-2013-VUNESP): A atuação do Estado, no exercício do poder de polícia, provocando 
danos na coisa, com objetivo de remover perigo iminente, sem que o dono da coisa seja 
culpado do perigo, constitui ato lícito. Entretanto, o ato enseja a responsabilidade civil do 
Estado para reparar o dano causado. BL: art. 5º, XXV, CF/88. (administrativo) 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei [Estatuto da Terra], desde 
que trabalhada pela família, NÃO SERÁ OBJETO DE PENHORA para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o 
seu desenvolvimento; (TJPE-2011) (TJRS-2009) 
(TJSC-2013): A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. 
BL: art. 5º, XXVI, CF/88. (constitucional) 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
12 
 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem 
e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de 
que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e 
associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para 
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos 
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; (M) 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; (M) 
(TJMS-2008-FGV): Tomando em consideração a legitimidade ativa e a causa de pedir, bem 
como a jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública poderá ser legitimamente ajuizada nos 
termos da Lei 7347/85 pelo Procurador Geral do Município, tendo por causa de pedir 
relativa à proteção do consumidor. (difusos) 
Explicação: Por força constitucional, é dever do Estadoa tutela do consumidor, tanto 
administrativamente, por meio dos Procons, quanto judicialmente. Extrai-se tal dever da 
regra inscrita no art. 5º, XXXII da CF. Além disso, um dos princípios gerais da atividade 
econômica, prevista no art. 170, V da CF, é a defesa do consumidor. Deixe-se claro que a 
expressão ―Estado‖ engloba todas as esferas do federalismo brasileiro, quais sejam, União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena 
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado; (TJRJ-2011) 
(Téc. Judiciário/TST-2017-FCC): Determinado indivíduo requer, perante Secretaria 
Municipal de Educação, que lhe seja informado o número de faltas ao trabalho, nos 
últimos 12 meses, dos servidores públicos ocupantes de cargos efetivos lotados na escola 
junto à qual funciona Associação de Pais e Mestres de que faz parte. Nessa situação, à luz 
da Constituição Federal, cabe ao órgão da Administração atender ao pedido, que pode ser 
formulado independentemente de justificativa, por se tratar de informação de interesse 
geral, a que todos têm acesso assegurado. BL: art. 5º, XXXIII c/c art. 37, §3º, II, CF/88 
(constitucional). 
OBS: Vejamos o art. 37, §3º, II da CF: CF, art. 37: [...] § 3º - A lei disciplinará as formas de 
participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: [...] II - 
o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
13 
 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder; 
(Advogado/Hemobrás-2008-CESPE): direito de petição pode ser exercido por qualquer 
pessoa, não havendo a necessidade de assistência de advogado. BL: art. 5º, XXXIV, ―a‖ da 
CF/88. 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
(TJAP-2014-FCC): O princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional 
aplica-se ao processo civil e significa que a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito. BL: art. 5º, XXXV da CF/88. (processo civil) 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada; (Anal. Judic./TJRS-2017) 
(MPSC-2016): Como princípio fundamental relacionado à segurança jurídica a 
Constituição Federal expressamente previu que ―a lei não prejudicará o direito adquirido, 
o ato jurídico perfeito e a coisa julgada‖. A ação rescisória, entretanto, é uma das hipóteses 
de relativização desse princípio. 
(TJMG-2012-VUNESP): Com relação ao princípio do ―direito adquirido‖, o STF já 
consolidou o entendimento de que a garantia constitucional de irredutibilidade de 
vencimentos dos servidores públicos é ―modalidade qualificada‖ de ―direito adquirido‖. 
BL: STF, RE 105.137. 
XXXVII - NÃO HAVERÁ juízo ou tribunal de exceção; 
(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja 
processado ou sentenciado por outra que não a autoridade competente, visa coibir a 
criação de tribunais de exceção. BL: arts. 5º, LIII e XXXVII da CF/88 (processo civil) 
(TJSE-2015-FCC): Em relação às garantias constitucionais do processo penal, é correto 
afirmar que a garantia do juiz natural é contemplada, mas não só, na previsão de que 
ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. BL: arts. 5º, 
LIII e XXXVII da CF/88 (processo penal) 
Explicação: "O princípio do juiz natural consagra o direito de ser processado pelo 
magistrado competente (art. 5º, inc. LIII da CF) e a vedação constitucional à criação de 
juízos ou tribunais de exceção (art. 5º, inc. XXXVII da CF). " Nestor Távora, Curso de 
Direito Processual Penal. 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: (MPSC-2016) 
a) a plenitude de defesa; 
14 
 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; (M) 
(TJMG-2012-VUNESP): Em relação ao foro especial, previsto em lei ordinária ou de 
organização judiciária, no caso de cometimento de crime contra a vida, prevalecerá a 
competência do Tribunal do Júri. BL: arts. 5º, XXXVIII da CF/88 (processo penal) 
Explicação: A competência do Tribunal do Júri advém da CF/88. Logo, somente pode ser 
afastada por outra regra da própria CF, não por lei ordinária ou de organização judiciária. 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
(Técnico Judiciário/TST-2017-FCC): Considere a situação hipotética descrita. Veridiana, 
de religião x, ao tentar matricular seu filho Nelson, também de religião x, no 6° ano do 
ensino fundamental, em tradicional Colégio particular com ênfase na religião y, tem a 
matrícula recusada pela Diretora daquele estabelecimento que demonstra claro 
menosprezo à religião professada por Veridiana e Nelson e alega que Nelson não se 
enquadraria no perfil de alunos daquele colégio, pois, pelo regulamento interno da escola, 
é vedada a matrícula de alunos não praticantes da religião y. Neste caso, é punível a recusa 
da inscrição do aluno no 6° ano do Ensino Fundamental, baseado no preconceito à religião 
x, sob a alegação de que o perfil de alunos da escola é somente de religião y, 
independentemente de se tratar de estabelecimento público ou privado de ensino. BL: art. 
5º, VIII e XLI, CF e arts. 1º e 6º da Lei 7716/89. 
 
OBS: O complemento à resposta da questão está na Lei n° 7.716 de 1989. 
 Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de 
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional. 
 Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno 
em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer 
grau. 
Pena: reclusão de três a cinco anos. 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à 
pena de reclusão, nos termos da lei; (TJPA-2012) (TJRJ-2011) 
(TJRS-2009): A prática de racismo constitui crimes imprescritível. BL: art. 5º, XLII, CF 
(constitucional) 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA ou 
ANISTIA a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores 
e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) (TJSC-2013) 
15 
 
OBS: O terrorismo e os definidos como hediondos são crimes apenas inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia, mas prescrevem. 
XLIV - constitui crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (TJMG-
2005) 
(TJMA-2008): Os crimes de racismo e de ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, são considerados inafiançáveis e, 
ainda, imprescritíveis. BL: art. 5º, XLII e XLIV da CF/88 (constitucional) 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
(TJMSP-2016) (TJRJ-2011) 
(Analista Judiciário/TRF1-2017-CESPE): Em caso de morte do agente, extingue-se a 
punibilidade, não podendo a penaalcançar os herdeiros do agente, salvo quanto à 
obrigação de reparação de dano, no limite do patrimônio herdado. BL: art. 5º, XLV, CF/88 
e art. 107, I do CP (penal) 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
(TJMSP-2016) 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; (TJMT-2009) 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; (TJMSP-
2016) 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso 
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, 
nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; (TJMSP-2016) 
d) de banimento; (TJMT-2009) 
e) cruéis; 
16 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; (TJGO-2015) 
(MPDFT-2015): A Constituição Federal prevê expressamente que a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do 
apenado. BL: art. 5º, XLVIII, CF (constitucional). 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
OBS: Vejamos o julgado veiculado no Info 819 do STF acerca da responsabilidade civil do 
Estado em caso de morte de detento: 
Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção 
previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável 
pela morte de detento. 
STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 
30/3/2016 (repercussão geral) (Info 819). 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus 
filhos durante o período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro SERÁ EXTRADITADO, SALVO O NATURALIZADO, em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, OU de comprovado envolvimento 
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; (TJRS-2009) (TJAP-2009) 
(MPMT-2009) (TJMT-2009) (DPEMA-2009) (MPRO-2010) (MPDFT-2015) (TJMS-2015) 
(Agente da Polícia Civil/AC-2017-IBADE): Epitácio, brasileiro naturalizado, cometera 
crime de tráfico ilícito de drogas, na Itália, antes de sua naturalização. Considerando que: 
1) A Itália requereu sua extradição ao Brasil; 2) Epitácio casou-se com uma brasileira nata e 
deste relacionamento adveio um filho, assinale a alternativa correta: Epitácio poderá ser 
extraditado, tendo em vista que não impede a extradição a circunstância de ser o 
extraditado casado com brasileira ou ter filho brasileiro. BL: art. 5º, LI, CF e S. 421, STF 
(constitucional). 
(Analista Judiciário/TRF1-2017-CESPE): Brasileiro naturalizado que tiver praticado crime 
comum antes da sua naturalização poderá ser extraditado. BL: art. 5º, LI, CF 
(constitucional) 
(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): Considere a seguinte situação hipotética. 
João, brasileiro nato, durante viagem a determinado país estrangeiro, cometeu um crime e, 
depois disso, regressou ao Brasil. Em seguida, o referido país requereu a extradição de 
João. Nessa situação hipotética, independentemente das circunstâncias e da natureza do 
delito, João não poderá ser extraditado pelo Brasil. BL: art. 5º, LI, CF (constitucional) 
(TJMG-2009): Os brasileiros naturalizados podem ser extraditados em caso de tráfico de 
entorpecentes. BL: art. 5º, LI, CF (constitucional) 
(TJAP-2009-FGV): O reconhecimento da situação de refugiado pelo Poder Executivo não 
impede a extradição, se o estrangeiro estiver sendo acusado de crime comum que não 
tenha qualquer pertinência com os fatos considerados para a concessão do refúgio. BL: 
STF, Ext. 1.008 de 2008. (constitucional) 
17 
 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
(TJMS-2015) 
(Analista/DPEAM-2018-FCC): João, estrangeiro, residente no país há 10 anos, foi acusado 
de prática de crime doloso contra a vida cometido no Brasil, tendo sido julgado por este 
fato perante tribunal do júri brasileiro. Paralelamente, foi condenado em seu país de 
origem por manifestar-se, publicamente, em contrário à política praticada pelo Governo, o 
que lá é considerado crime. Em razão dessa condenação, a justiça estrangeira requereu ao 
Brasil a extradição de João. Considerando essa situação à luz da Constituição Federal, o 
tribunal do júri poderia ter julgado João, mas a extradição não poderá ser deferida em 
razão da natureza do crime pelo qual João foi condenado em seu país de origem. BL: art. 
5º, XXXVIII, ―d‖ c/c LII, CF. 
OBS: João foi acusado de prática de crime doloso contra a vida cometido no Brasil, tendo 
sido julgado por este fato perante tribunal do júri brasileiro, Nossa Constituição estabelece, 
em seu art. 5º, XXXVIII, alínea ―d‖ o seguinte: ―é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: (...) d) a competência para o julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida;‖. João foi condenado em seu país de origem por manifestar-
se, publicamente, em contrário à política praticada pelo Governo, o que lá é considerado 
crime. Apesar de ser tipificado como crime no País de origem de João, a CF/88 estabelece, 
em seu art. 5°, LII o seguinte: ―não será concedida extradição de estrangeiro por crime 
político ou de opinião;‖. Logo, descabe o requerimento de extradição. 
(DPEMA-2009-FCC): Relativamente à possibilidade de extradição de indivíduos sujeitos a 
investigação ou processo criminal perante autoridades estrangeiras, a Constituição da 
República prevê que o estrangeiro que se encontrar em território nacional não será 
extraditado na hipótese de cometimento de crime político ou de opinião. BL: art. 5º, LII, 
CF. 
 LIII - ninguém SERÁ processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
(Anal. Judic./STM-2018-CESPE): A respeito dos princípios constitucionais e gerais do 
direito processual penal, julgue o item a seguir: Ninguém será processado nem 
sentenciado, senão pela autoridade competente, em respeito ao princípio constitucional do 
juiz natural. BL: art. 5º, LIII e XXXVII da CF/88 (processo penal) 
(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja 
processado ou sentenciado por outra que não a autoridade competente, visa coibir a 
criação de tribunais de exceção. BL: arts. 5º, LIII e XXXVII da CF/88 (processo civil) 
(TJSE-2015-FCC): Em relação às garantias constitucionais do processo penal, é correto 
afirmar que a garantia do juiz natural é contemplada, mas não só, na previsão de que 
ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. BL: arts. 
LIII e XXXVII da CF/88 (processo penal) 
Explicação: "O princípio do juiz natural consagra o direito de ser processado pelo 
magistrado competente (art. 5º, inc. LIII da CF) e a vedação constitucional à criação de 
juízos ou tribunais de exceção (art. 5º, inc. XXXVII da CF). " Nestor Távora, Curso de 
Direito Processual Penal. 
(TJSC-2009): O princípio do juiz natural pressupõe a existência de um órgão julgador 
18 
 
técnico e isento, com competência estabelecida na própria Constituição e nas leis de 
organização judiciária de modo a impedir que ocorra julgamento arbitrário ou de exceção. 
BL: art. 5º, XXXVII e LIII, CF (processo penal) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
(TJMG-2014): O princípio do devido processual legal decorre da norma contida na 
Constituição no Art. 5º, inc. LIV, CR/88, garantindo às partes voz e meios para se 
defenderem, respeitando os direitos fundamentais. BL: art. 5º, LIV, CF (processo civil) 
(TJMT-2014-FMP): Quanto ao direito ao contraditório no processo civil, é correto afirmar 
que é o direito de ser informado, de reagir e de influenciar, tendo como titulares as partes e 
como destinatárioo juiz no processo. 
(TJSC-2009): O princípio do devido processo legal consiste no direito de não ser privado 
da liberdade e de seus bens, sem a garantia que supõe a tramitação de um processo 
desenvolvido na forma que estabelece a lei. BL: art. 5º, LIV, CF (processo penal) 
LV - AOS LITIGANTES, em processo judicial ou administrativo, e AOS ACUSADOS 
EM GERAL SÃO ASSEGURADOS o CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA, com os 
meios e recursos a ela inerentes; 
(Anal. Judic./STM-2018-CESPE): A respeito dos princípios constitucionais e gerais do 
direito processual penal, julgue o item a seguir: A garantia, aos acusados em geral, de 
contraditar atos e documentos com os meios e recursos previstos atende aos princípios 
constitucionais do contraditório e da ampla defesa. BL: arts. 5º, LV, CF/88 (processo 
penal) 
(TJPI-2015-FCC): Ao afirmar que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes, a Constituição Federal conferiu natureza processual ao processo administrativo, 
no sentido de que ele deva observar os princípios de ampla defesa e contraditório, sem, no 
entanto, conferir-lhe força jurisdicional. BL: art. 5º, LV da CF (administrativo) 
(TJPE-2013-FCC): Em relação aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla 
defesa, previstos no art. 5º, LV, da CF/88, é correto afirmar que estão intimamente 
relacionados, uma vez que a ampla defesa garante o contraditório e por ele se manifesta e 
é garantida. BL: art. 5º, LV, CF (processo penal) 
(TJPE-2013-FCC): Em relação aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla 
defesa, previstos no art. 5º, LV, da CF/88, é correto afirmar que o contraditório é a ciência 
bilateral dos atos e termos processuais e a possibilidade de contrariá-los. BL: art. 5º, LV, 
CF (processo penal) 
(TJPE-2013-FCC): Em relação aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla 
defesa, previstos no art. 5º, LV, da CF/88, é correto afirmar que a ampla defesa desdobra-
se em autodefesa e defesa técnica, sendo a primeira exercida pessoalmente pelo acusado e 
a segunda por profissional habilitado, com capacidade postulatória e conhecimentos 
técnicos. BL: art. 5º, LV, CF (processo penal) 
(TJPE-2013-FCC): Em relação aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla 
defesa, previstos no art. 5º, LV, da CF/88, é correto afirmar que a defesa técnica é 
19 
 
irrenunciável, por se tratar de garantia da própria jurisdição. BL: art. 5º, LV, CF (processo 
penal) 
LVI - SÃO INADMISSÍVEIS, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
(TJMG-2005) (PCES-2011) (Anal. Judic./STM-2018) 
(MPRO-2017-FMP): Quando a CRFB/88, em seu art. 5°, LVI, traz a proibição de provas 
obtidas por meios ilícitos, podemos afirmar que o que pretende é evitar que se utilizem 
provas obtidas por meios ilícitos, contrariando os direitos fundamentais. BL: art. 5º, LVI 
da CF (constitucional) 
OBS: Segundo Luiz Flávio Gomes, por força do princípio da proporcionalidade a prova 
ilícita poderá ser admitida em favor do réu. Pois, se de um lado há a proibição da prova 
ilícita, do outro há a presunção de inocência, e entre os dois deve preponderar a presunção 
de inocência. Assim, a prova ilícita não serve para condenar ninguém, mas para absolver 
o inocente. 
(DPERS-2011-FCC): A vedação da utilização de provas ilícitas pode ser excepcionalmente 
afastada em favor do acusado. 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo 
nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). (TJPA-2012) 
LIX - SERÁ ADMITIDA AÇÃO PRIVADA NOS CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA, se 
esta NÃO FOR INTENTADA no prazo legal; (TJPA-2012) 
LX - a lei SÓ PODERÁ RESTRINGIR A PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; (TJGO-2015) (Anal. 
Judic./STM-2018) 
OBS: Princípio da publicidade restrita. 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar 
ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso TEM direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por 
seu interrogatório policial; (TJGO-2015) 
(MPDFT-2015): O preso tem direito à identificação dos responsáveis pelo seu 
interrogatório policial. BL: art. 5º, LXIV, CF (constitucional) 
(TJMT-2009-VUNESP): Aristeu, cidadão naturalizado brasileiro, foi preso em flagrante 
20 
 
por tráfico de entorpecentes. Nos termos do que estabelece a CF/1988, Aristeu terá direito 
à identificação dos responsáveis por sua prisão. BL: art. 5º, LXIV, CF (constitucional) 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança; (TJGO-2015) 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou 
abuso de poder; 
(Escrivão de Polícia/MA-2018-CESPE): O habeas corpus pode ser impetrado por 
estrangeiro, mas sempre em português. 
OBS: O habeas corpus pode ser impetrado por estrangeiro, entretanto, de acordo com a 
jurisprudência do STF não pode ser feito em língua estrangeira, portanto, sempre em 
Português, em respeito ao art. 13 da CF. Nesse sentido, STF – HC 88646/SC. Além da 
impetração deve ser redigida em língua portuguesa, deve veicular a identificação do 
impetrante, já que é inadmissível a impetração anônima. 
 
OBS: O HC não pode ser proposto em favor de pessoa jurídica, pois não há que se falar em 
liberdade ambulatorial. Entretanto, segundo a doutrina e a jurisprudência predominantes, 
a pessoa jurídica pode impetrar HC em favor de pessoa física (Escrivão de Polícia/MA-
2018). 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso 
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do Poder Público; (M) 
(TST/Unificado-2017-FCC): Sobre direitos e garantias fundamentais de natureza 
processual, a Constituição Federal de 1988 prevê que cabe mandado de segurança 
individual para proteger direito líquido e certo não amparado por habeas corpus quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. BL: art. 5º, LXIX, CF/88. 
LXX - o MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO PODE SER IMPETRADO por: 
a) PARTIDO POLÍTICO com representação no Congresso Nacional; (TJPE-2011) 
(TJPR) (TST/Unificado-2017) 
b) ORGANIZAÇÃO SINDICAL, ENTIDADE DE CLASSE ou ASSOCIAÇÃO 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; (TJMG-2005) (Anal. Legisl.-Câm. Deputados-
2014) (Procurador-AL/RS-2018) 
(TJRS-2009): Pessoa jurídica pode ajuizar mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, ameaçado por ato ilegal ou abusivo praticado por autoridade pública. BL: 
21 
 
art. 5º, LXIX e LXX, CF (constitucional) 
LXXI - conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma 
regulamentadora TORNE INVIÁVEL o exercício dos direitos e liberdades constitucionais 
e das prerrogativasinerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; (TJPR-2010) (Téc. 
Judic./TRT6-2018) 
(Anal. Legisl.-Câm. Salvador/BA-2018-FGV): João, servidor público municipal, teve 
conhecimento de que a Constituição da República de 1988 tinha assegurado determinado 
direito estatutário aos servidores, mas condicionava o seu exercício à edição de lei que o 
regulamentasse. Apesar de decorridos muitos anos desde a promulgação da Constituição, 
a lei não foi editada, omissão que torna inviável o exercício do seu direito. À luz da 
sistemática constitucional e da narrativa acima, o instrumento passível de ser utilizado por 
João para a tutela dos seus interesses é o mandado de injunção. BL: art. 5º, LXXI, CF/88. 
(TJRS-2012): Os direitos constitucionalmente garantidos por meio de mandado de 
injunção apresentam-se como direito à execução de um ato normativo, os quais não 
poderiam ser diretamente satisfeitos por meio de provimento jurisdicional. BL: STF, MI 
758, j. em 2008. 
(TJRS-2012): A omissão inconstitucional pode referir-se tanto a uma omissão total do 
legislador quanto a uma omissão parcial. BL: STF, MI 107/DF, j. 21/09/90. 
(TJRS-2012): Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a 
relação jurídica nele revelada. BL: STF, MI 107/DF, j. 21/09/90. 
(TJRS-2012): O mandado de injunção não é meio próprio para ver-se declarada 
inconstitucionalidade por omissão de ato administrativo do Presidente da República. 
Explicação: O Mandado de Injunção serve para declarar a omissão quanto ato legislativo, 
decorrente de uma norma constitucional de eficácia limitada. 
(Cartórios/TJSP-2012-VUNESP): A CF/88 trouxe em seu bojo ações constitucionais 
chamadas de writs. Dentre estas ações, há uma que visa proteger o exercício de um direito 
constitucional pelo cidadão, tornado inviável pela falta de norma regulamentadora: 
mandado de injunção. BL: art. 5º, LXXI, CF/88. 
(TJPR-2010): O mandado de injunção pode ser impetrado por pessoa física ou jurídica que 
seja impossibilitada de exercer um determinado direito constitucional por ausência de 
norma regulamentadora. 
LXXII - conceder-se-á HABEAS DATA: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público; (TCEMG-2018) 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo; (TJPI-2012) (TJRS-2009) 
(TJAP-2009-FCC): Dentre as garantais constitucionais constantes da Constituição, incluem-
se o habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
22 
 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou 
de caráter público, bem como para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo 
por processo sigiloso, judicial ou administrativo. BL: art. 5º, LXXII, CF/88. 
(TJSP-2009-VUNESP): O Habeas Data será concedido para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. BL: art. 5º, LXXII, 
―b‖, CF/88. 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando 
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
(TJPR) (TST/Unificado-2017) (TCEMG-2018) 
(Auditor do Estado-SEFAZ/RS-2018-CESPE): A ação constitucional que tem o cidadão 
como legitimado ativo e que objetiva defender interesse difuso para anular ato lesivo ao 
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural denomina-se ação popular. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
(Anal. Judic./TJAL-2018-FGV): Eraldo, que jamais deixara de votar em uma eleição, 
cumprindo fielmente os seus deveres cívicos, tomou conhecimento de que o Prefeito 
Municipal estava realizando diversos gastos de forma irregular, sem a prévia realização de 
processo licitatório e sem qualquer motivo idôneo à contratação direta. Com o objetivo de 
responsabilizar o Prefeito pelos danos causados ao patrimônio público, Eraldo procurou 
um advogado e solicitou que fosse informado da ação que poderia ajuizar. À luz da 
sistemática constitucional, essa ação é: ação popular. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
(Anal. Judic./TRT23-2011-FCC): Cassio tomou conhecimento que a praça pública próxima 
à sua residência será fechada por interesses escusos, posto que no terreno, cuja 
propriedade foi transferida ilegalmente para o particular, será erguido um complexo de 
edifícios de alto padrão, que beneficiará o Prefeito Municipal com um apartamento. 
Segundo a Constituição Federal, visando anular o ato lesivo que teve notícia, Cassio 
poderá propor ação popular. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
(TJSC-2010): Qualquer cidadão em pleno gozo de seus direitos políticos pode invalidar 
atos ou contratos administrativos ilegais ou lesivos ao patrimônio da União, Estados ou 
Municípios. Esta afirmação refere-se a ação popular. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
(TJMG-2008): A ação popular poderá ser ajuizada por qualquer cidadão e não se limita 
somente a obter a anulação de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que 
participe o Estado e à moralidade administrativa, mas também à defesa do meio ambiente 
e do patrimônio histórico e cultural. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
(TJMG-2009): O cidadão, enquanto tiver os seus direitos políticos suspensos, está 
inabilitado a propor Ação Popular. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
(TJSP-2008-VUNESP): Diretor de sociedade de economia mista da qual o Município 
participa pratica ato lesivo ao patrimônio da empresa. A anulação do ato pode ser 
pleiteada em ação popular proposta por qualquer cidadão. BL: art. 5º, LXXIII, CF. 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos; 
23 
 
LXXV - o Estado INDENIZARÁ o condenado POR ERRO JUDICIÁRIO, assim como 
o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
(DPEAP-2018-FCC): Em sede de processo pelo cometimento de crime sujeito à pena de 
reclusão, é proferida sentença condenatória em primeira instância, confirmada por seus 
próprios fundamentos, em segunda instância, sendo dado início à execução da pena 
privativa de liberdade quando do respectivo trânsito em julgado. Anos mais tarde, 
enquanto o condenado ainda cumpria a pena que lhe havia sido imposta, o Tribunal de 
Justiça julga procedente revisão criminal, absolvendo-o, com fundamento em nova prova 
de sua inocência, sem que ato ou falta imputável ao condenado houvesse contribuído para 
a reversão do julgado. Diante da procedência da revisão criminal e do tempo que 
permaneceu encarcerado, pretende o condenado obter indenização por danos morais em 
face do Estado. Nessa situação, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do STF, 
restou configurada hipótese apta a desencadear a responsabilidade civil do Estado por ato 
jurisdicional, de natureza objetiva, o que inclui o dever de indenização por danos morais, 
como pretendido pelo condenado. BL: art. 5º, LXXV c/c art. 37, §6º, CF/88. 
OBS: ERRO JUDICIÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. 
DIREITO À INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE 
CONDENAÇÃO DESCONSTITUÍDA EM REVISÃO CRIMINAL E DE PRISÃO 
PREVENTIVA. CF, ART. 5º, LXXV. C.PR.PENAL, ART. 630. 1. O direito à indenização da 
vítima de erro judiciário e daquela presa além do tempo devido, previsto no art. 5º, LXXV, 
da Constituição, já era previsto no art. 630 do C. Pr. Penal, com a exceção do caso de ação 
penal privada e só uma hipótese de exoneração, quando para a condenação tivesse 
contribuído o próprio réu. 2. A regra constitucional não veio para aditar pressupostos 
subjetivos à regra geral da responsabilidade fundada no risco administrativo, conforme o 
art. 37, § 6º, da Lei Fundamental: a partir do entendimento consolidadode que a regra 
geral é a irresponsabilidade civil do Estado por atos de jurisdição, estabelece que, naqueles 
casos, a indenização é uma garantia individual e, manifestamente, não a submete à 
exigência de dolo ou culpa do magistrado. 3. O art. 5º, LXXV, da Constituição: é uma 
garantia, um mínimo, que nem impede a lei, nem impede eventuais construções 
doutrinárias que venham a reconhecer a responsabilidade do Estado em hipóteses que 
não a de erro judiciário stricto sensu, mas de evidente falta objetiva do serviço público 
da Justiça. (STF, RE 505393 PE, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, j. 26/6/07, 1ª Turma). 
(TJBA-2012-CESPE): Se um juiz, ao praticar ato de natureza penal, agir de modo 
negligente e condenar alguém por sentença que contenha erro judiciário, caberá ao Estado 
a responsabilidade de indenizar essa pessoa. BL: art. 5º, LXXV, CF/88. 
LXXVI - SÃO GRATUITOS para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; (TJPE-2011) 
b) a certidão de óbito; (TJPE-2011) 
LXXVII - são gratuitas as ações de HABEAS CORPUS e HABEAS DATA, e, na forma 
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (TJBA-2012) (DPESP-2013) (TCEMG-
2018) (Analista/DPEAM-2018) (Escrevente/TJSP-2018) 
 
Previsão constitucional de isenção de custas: 
- Habeas Corpus 
- Habeas Data 
24 
 
- Ação Popular (salvo se comprovada má fé do autor) 
- Exercício da cidadania 
- Direito de petição 
- Obtenção de certidões 
 
Dica Qconcursos: 
- DIREITO DE PETIÇÃO E DE OBTER CERTIDÃO: isento ("independe") do pagamento 
de taxas; 
 
- AÇÃO POPULAR: isenta de custas e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé; 
 
- HC e HD: gratuitos; 
 
- ATOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA: gratuitos, na forma da lei; 
 
- REGISTRO DE NASCIMENTO E CERTIDÃO DE ÓBITO: gratuitos aos 
reconhecidamente pobres; 
 
- ASSISTÊNCIA JURÍDICA E INTEGRAL PELO ESTADO: gratuita a quem comprove 
insuficiência de recursos. 
 
- CASAMENTO: O casamento é civil e gratuita a celebração 
 
Dica: Os H‘s são de GRAÇA! 
 
Dica: quem MANDA sempre PAGA! Mandado de segurança e mandado de injunção 
(incisos LXX e LXXI), portanto, são pagos. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TST/Unificado-2017) 
(TJPR-2008): A CF/1988 assegura, tanto no âmbito judicial quanto no administrativo, a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. BL: 
art. 5º, LXXVIII, CF (constitucional) 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata. (M) 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição NÃO EXCLUEM outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em 
que a República Federativa do Brasil seja parte. (Anal. Judic./TRF1-2017) (Téc. Judic./STJ-
2018) (PCRS-2018) 
OBS: O rol dos direitos fundamentais previsto na CF/88 é exemplificativo, a teor de seu 
art. 5º, §2º. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, SERÃO EQUIVALENTES ÀS EMENDAS 
CONSTITUCIONAIS. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos 
aprovados na forma deste parágrafo) (MPSP-2010) (MPSC-2013) (DPERN-2015) 
25 
 
(Anal. Judic./TJAL-2018-FGV): O Presidente da República celebrou tratado internacional 
no qual os Estados celebrantes se comprometiam a oferecer condições adequadas, no 
ambiente prisional, às mulheres grávidas que se encontrassem presas. Esse tratado foi 
aprovado pelas Casas do Congresso Nacional e regularmente promulgado na ordem 
jurídica interna. À luz da sistemática constitucional, o tratado internacional assim 
aprovado é equivalente à emenda constitucional, desde que aprovado em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos membros das Casas. BL: art. 5º, §3º, CF. 
 
(DPEPR-2017-FCC): De acordo com o posicionamento do Supremo Tribunal Federal sobre 
a hierarquia dos tratados internacionais de direitos humanos, consideram-se como 
tratados de hierarquia constitucional: 1) Convenção Internacional sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e seu respectivo Protocolo Facultativo − Convenção de Nova 
Iorque e; 2) Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas 
cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto impresso. 
 
OBS: O Tratado de Marraqueche foi aprovado pelo Congresso Nacional com status de 
emenda pelo Decreto Legislativo 261/2015, em setembro de 2015, sendo ratificado em 11 
de dezembro de o 2015. Ainda aguarda-se a promulgação do Tratado. (ACR, 2017, p. 282/283). 
Sendo assim, o Brasil aprovou o Tratado de Marraqueche na forma qualificada prevista no 
§ 3º do artigo 5º da Constituição Federal, conforme o Projeto de Decreto Legislativo 
347/2015 do Senado Federal (57/2015, na Câmara dos Deputados). Com o vigor 
internacional do Tratado, o Brasil passa a ter mais um instrumento com equivalência de 
emenda constitucional — o terceiro tratado com nível hierárquico formalmente 
constitucional no Brasil, que vem somar-se à Convenção Internacional sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência e pelo seu Protocolo Facultativo, ambos aprovados por 
maioria congressual qualificada em 2009 (promulgados pelo Decreto 6.949/2009). 
 
(PGEMT-2016-FCC): No que concerne aos Tratados Internacionais de proteção dos 
direitos humanos e sua evolução constitucional no direito brasileiro à luz da Constituição 
Federal, eles são caracterizados como sendo de hierarquia constitucional, dependendo de 
aprovação pelas duas casas do Congresso Nacional, pelo quorum mínimo de 3/5, em dois 
turnos, em cada casa. BL: art. 5º, §3º, CF/88. 
 
(MPSP-2013): O Decreto Legislativo n.º 186, de 09 de julho de 2008, aprovou o texto da 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, 
assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007. O Decreto n.º 678, de 6 de novembro 
de 1992, promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José 
da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969.Tais normas ingressaram no ordenamento 
jurídico brasileiro com o grau hierárquico de norma constitucional e norma supralegal, 
respectivamente. 
 
Explicação: A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo 
Facultativo, assinados em Nova Iorque, em março de 2007 trata-se DE NORMA 
CONSTITUCIONAL, posto que FOI APROVADA PELO QUORUM QUALIFICADO DE 
EMENDA CONSTITUCIONAL, previsto no art. 5º § 3ºda CF/88. Já a Convenção 
Americana de Direitos Humanos, como NÃO FORA APROVADA PELO QUORUM 
QUALIFICADO, trata-se de NORMA SUPRALEGAL, isto é, acima, da lei, mas abaixo da 
CF/88, consoante entendimento do STF. Porém, há doutrina que entende que os tratados 
internacionais de Direitos Humanos, MESMO QUE NÃO APROVADOS PELO QUORUM 
QUALIFICADO DE EMENDA CONSTITUCIONAL, tem status DE NORMA 
CONSTITUCIONAL, consoante art. 5º, §3º DA CF/88. 
 
26 
 
(DPEMS-2012-VUNESP): Considerando a doutrina pátria do direito constitucional, pode-
se afirmar sobre o denominado bloco de constitucionalidade brasileiro que a Convenção 
sobre os direitos das pessoas com deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 
186/08, passou a integrar o nosso bloco de constitucionalidade. 
(TJPR-2012-PUCPR): Os tratados que versem sobre direitos humanos e que forem 
aprovados, em nosso poder legislativo, pelo mesmo rito previsto para emendas 
constitucionais, terão status de norma constitucional. (constitucional) 
(TJSP-2009-VUNESP): Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
celebrados pelo Brasil equivalerão às emendas constitucionais quando forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
§ 4º O BRASIL SE SUBMETE à jurisdiçãode Tribunal Penal Internacional a cuja 
criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Anal. Judic./TJRS-2017) 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, 
a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 90, de 2015) 
 
(MPPB-2011): Não é incompatível com o direito fundamental social à moradia a norma 
legal que exclui da garantia de impenhorabilidade do bem de família o bem do fiador em 
contrato de locação. 
Explicação: Fiador. Locação. Ação de despejo. Sentença de procedência. Execução. 
Responsabilidade solidária pelos débitos do afiançado. Penhora de seu imóvel residencial. 
Bem de família. Admissibilidade. Inexistência de afronta ao direito de moradia, previsto 
no art. 6º da CF. Constitucionalidade do art. 3º, VII, da Lei 8.009/1990, com a redação da 
Lei 8.245/1991. [RE 407.688, rel. min. Cezar Peluso, j. 8-2-06, P, DJ de 6-10-2006.] = RE 
608.558 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 1º-6-2010, 1ª T, DJE de 6-8-2010. 
 
ART. 6º DA CF/88 
Redação anterior à EC 90/2015 Redação ATUAL 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. 
 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta 
Constituição. 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
27 
 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, 
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (MPMS-
2018) 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração 
variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da 
aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
(TJPR-2012-UFPR): O art. 7º, XI da CF, que institui o direito do trabalhador à ―participação 
nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração e, excepcionalmente, participação 
na gestão da empresa, conforme definido em lei‖, veicula norma de eficácia limitada. 
(direito constitucional) 
Explicação: Além disso, é dotada de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois exige 
norma infraconstitucional para que se materialize na prática. 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro 
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou 
convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por 
cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) 
28 
 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 
cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos 
termos da lei; 
(MPMT-2012): A norma ―São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: [...] proteção do mercado de trabalho da 
mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei‖ ( art. 7º, XX, CF/88 ) é de 
eficácia limitada de princípio programático. (direito constitucional) 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, 
nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, 
na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) 
anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 
2006) 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 
25/05/2000) 
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de deficiência; 
29 
 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os 
profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre A MENORES DE 
DEZOITO e de qualquer trabalho A MENORES DE DEZESSEIS ANOS, SALVO na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) (Cartórios/TJMG-2017) 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício 
permanente e o trabalhador avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos 
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, 
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a 
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes 
da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e 
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 72, de 2013) 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção

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