Biossegurança - EPI e EPC

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Biossegurança
Profa. Juliana Dominato
Aula 1
A palavra biossegurança significa “segurança das atividades 
que envolvem organismos vivos” 
bio = vida + segurança = “segurança biológica“.
Quais são os objetivos da biossegurança?
BIOSSEGURANÇA
1- Controlar os riscos provenientes da exposição, 
manipulação e uso de organismos vivos que possam causar 
efeitos adversos ao homem, animais e meio ambiente.
2- Minimizar os riscos de acidente que possam prejudicar a 
integridade física do homem no exercício de sua profissão
A maioria dos acidentes de trabalho é decorrente de 
imperícia, negligência e imprudência dos profissionais, 
portanto, a regra de ouro na prevenção de acidentes é 
ATENÇÃO e BOM SENSO. 
Diferença entre Risco e Perigo
PERIGO - agente capaz de causar dano à saúde ou à 
integridade física das pessoas
RISCO - combina a probabilidade de ocorrência com a 
severidade da ocorrência
Equipamento de Proteção Coletiva - medidas ou dispositivos, 
sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à 
proteção de uma ou mais pessoas. 
As medidas e os equipamentos de proteção coletiva visam 
proteger os trabalhadores e, ao mesmo tempo otimizar os 
ambientes de trabalho. Exemplos:
EPC
Equipamento de Proteção Individual - medidas ou dispositivos de 
uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física 
do trabalhador. 
O EPI é a última barreira entre o acidente e o acidentado, e 
podem minimizam os efeitos que um acidente possa causar
Quando não for possível eliminar o risco ou neutralizá-lo com 
medidas de proteção coletiva, os EPIs devem ser utilizados. 
EPI
 Tipos de EPI
A CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). 
Após observar a necessidade das Instituições que surgiram com a 
Justiça do Trabalho em 1939.
 
Como anexos da CLT, as Normas Regulamentadoras (NR), 
surgiram para regulamentar e fornecer orientações sobre 
procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança 
no trabalho e são obrigatórias em todas as empresas. 
Dentro das NRs, quem regulamenta os EPIs (EPI) é a NR-6. na 
Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978, escrita, especialmente, 
para a proteção dos trabalhadores. Sua ultima atualização foi em 
dezembro de 2010.
Como surgiram as EPIs?
Minimizar e controlar os riscos de exposição a organismos vivos 
que possam causar efeitos adversos ao homem. Essa 
minimização ocorre com a adoção de medidas de controle e 
prevenção, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual 
(EPIs), que devem ser seguidas pelos profissionais . 
Objetivo da utilização dos EPIs
Quando adotar o EPI?
✓ Impossibilidade de eliminar o risco por outras medidas ou 
pelo uso dos EPC;
✓ Necessidade de complementar a proteção coletiva;
✓ Em trabalhos eventuais ou emergenciais. Por exemplo 
combate a incêndio;
A escolha do EPI deve ser feita por pessoal especializado que 
conheça não só os equipamentos, mas também as condições em 
que o trabalho é executado.
Além disso, é preciso conhecer o tipo de risco, a parte do corpo 
exposta ao risco e as características e qualidades técnicas do EPI 
e o grau de proteção que o equipamento deverá proporcionar.
Os EPI devem possuir um Certificado de Aprovação – CA emitido 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
 Quem escolher seu EPI?
Consiste em documento emitido pelo DNSST - Departamento 
de Segurança e Saúde do Trabalhador, que atesta que o 
equipamento reúne condições de servir ao fim a que se presta. 
Além do CA, o fabricante deve apresentar o CRF - Certificado 
de Registro de Fabricante, e o importador, o CRI - Certificado 
de Registro de Importador, ambos também emitidos pelo 
DNSST. 
Certificado de Aprovação - CA
 Os EPIs são classificados de acordo com a parte do corpo que 
deve ser protegida.
 Classificação dos EPIs
Cabeça: Protetores para o crânio e para o rosto. 
Crânio - capacetes ou chapéus
Rosto - protetores faciais
Cabeça: gorro
Proporciona barreira efetiva para o profissional, sua equipe e 
paciente, protegendo contra gotículas de saliva, aerossóis e 
sangue contaminado. Protege tanto o usuário quanto o produto 
manuseado
Olhos: Óculos de Segurança
Proteção da mucosa ocular de contaminações e acidentes 
ocupacionais além de evitar ferimentos nos olhos, provenientes 
de impacto de partículas, respingos e outras lesões decorrentes 
da ação de líquidos agressivos e de lesões oriundas de radiações 
perigosas. Após o uso, os óculos de proteção devem ser 
descontaminados.
Nariz: máscaras
Deve ser escolhida de acordo com o risco de exposição. Por exemplo a 
máscara de tripla proteção deve ser utilizada quando houver exposição à 
infecção ativa, como no atendimento à pacientes com tuberculose. 
As máscaras podem proporcionar proteção respiratória:
Contra agentes químicos (máscaras com filtros químicos), 
Contra agentes biológicos (filtros mecânicos)
Ouvidos: Protetores auditivos tipo concha ou plugs de inserção:
Braços, mãos e dedos: Luvas, mangotes e cremes protetores.
No caso dos profissionais da saúde, as LUVAS devem ser usadas 
para prevenir contato da pele das mãos com sangue, secreções 
ou mucosas, durante a prestação dos cuidados. Deve-se usar um 
par de luvas exclusivo para cada paciente, descartando-as após o 
atendimento
Tronco: Aventais , capas e vestimentas especiais. 
Utilizados para proteção de trabalhos onde exista perigo de lesões 
provocadas por riscos de origem radioativa; riscos de origem 
biológica e riscos de origem química.
Deve ser usado sempre. A roupa branca (uniforme), não o 
substitui.
Pernas e pés: Perneiras, botas ou sapatos de segurança:
Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares 
úmidos, lamacentos ou encharcados; resistentes a agentes 
químicos agressivos; contra agentes biológicos agressivos e contra 
riscos de origem elétrica
Corpo inteiro: Cintos de segurança contra quedas ou impactos:
● Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
● Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao 
encarregado, mediante orientação de profissional 
tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à 
proteção do trabalhador. 
Quem recomenda o EPI adequado?
Fornecer os EPIs adequados a cada atividade, 
GRATUITAMENTE e, em perfeito estado de conservação e 
funcionamento sempre que:
✓ As medidas de ordem geral não oferecerem proteção contra os 
riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais e de 
trabalho;
✓ Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo 
implantadas;
✓ Para atender situações de emergência.
Obrigações do empregador quanto ao EPI:
✓ Adquirir o tipo adequado ao risco de cada atividade;
✓ Tornar obrigatório o seu uso;
✓ Fornecer aos trabalhadores somente EPIs aprovados pelo 
MTE. 
✓ Orientar e treinar os trabalhadores sobre o uso adequado de 
cada EPI assim como sua guarda e conservação. 
✓ Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
Responsabilidades do empregador quanto ao EPI
✓ Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria 
de segurança e saúde no trabalho;
✓ Solicitar a emissão do CA;
✓ Solicitar a renovação do CA, quando vencido o prazo de 
validade estipulado pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho;
✓ Requerer novo CA, quando houver alteração das 
especificações do equipamento aprovado;
✓ Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que 
deu origem ao Certificado de Aprovação – CA.
Responsabilidades do fabricante ou importador de 
EPI
✓ Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de 
CA;
✓ Comunicar ao órgão nacional competente em matéria de 
segurança e saúde notrabalho quaisquer alterações dos 
dados cadastrais fornecidos;
✓ Comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma 
nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e 
demais referências ao seu uso;
✓ Fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
✓ Providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do 
SINMETRO, Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial quando for o caso 
Responsabilidades do fabricante ou importador de 
EPI
✓ São equipamentos utilizados para proteção, enquanto um 
grupo de pessoas realiza determinada atividade, ou 
exercício.
✓ Devem ser construídos com materiais de qualidade e 
instalados nos locais necessários tão logo se detecte o risco.
✓ A minimização dos riscos ocorre com a utilização dos EPCs 
e padronização dos Procedimentos Operacionais, 
conhecidos pelas Boas Práticas
Equipamento de Proteção Coletiva - EPC
Da competência MTE 
Cabe ao Órgão Nacional:
✓ Cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
✓ Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o 
CA dos EPI;
✓ Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos dos 
EPI;
✓ Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou 
importador;
✓ Fiscalizar a qualidade do EPI;
✓ Suspender o cadastramento da empresa fabricante ou 
importadora; 
✓ Cancelar o CA. 
Cabe ao órgão regional (Delegacia Regional do 
Trabalho) do MTE:
✓ Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do 
EPI;
✓ Recolher amostras de EPI;
✓ Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades 
cabíveis pelo descumprimento desta NR. 
Equipamento de Proteção Coletiva - EPC
Cabines de segurança biológica – fluxo laminar 
Utilizadas como barreiras primárias, para evitar a fuga de 
respingos , esporo, etc... ao ambiente.
 
Cabines de segurança biológica – fluxo laminar
Compartimento no qual o ar é confinado, esterilizado e circula, por 
meio de ventiladores, de modo a formar uma cortina de ar, 
impedindo que microrganismos do meio interno se espalhem no 
meio externo e os do meio externo não entrem no compartimento. 
Cabines de segurança biológica – fluxo laminar
Capela química
Cabine construída de forma aerodinâmica, que funciona como um 
exaustor, reduzindo o perigo de inalação e contaminação do 
operador e ambiente.
Chuveiro de emergência
 Chuveiro de aproximadamente 30 cm de 
diâmetro, acionado por alavancas de mão, 
cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado 
em local de fácil acesso.
 
Lava olhos
 Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros, acoplados a 
uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto 
do jato de água. Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou 
ser do tipo frasco de lavagem ocular.
 
✓ Limpeza e organização dos locais de trabalho;
✓ Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho 
onde há poluição;
✓ Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa;
✓ Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e 
equipamentos;
✓ Proteção nas escadas por meio de corrimão, rodapé e fita 
antiderrapante;
✓ Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, 
equipamentos e elevadores;
Outros exemplos de EPC 
✓ Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-
condicionado;
✓ Instalação de para-raios; 
✓ Iluminação adequada;
✓ Colocação de plataforma de proteção em todo o perímetro 
da face externa dos prédios nas obras de construção, 
demolição e reparos;
✓ Isolamento de áreas internas e externas com sinalização 
vertical e horizontal.
Manta ou cobertor anti-incêndio: Confeccionado em lã ou 
algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado para 
abafar ou envolver vítimas de incêndio.
Vaso ou balde de areia: Utilizado sobre derramamento de 
álcalis para neutralizá-lo.
EPC para combate à incêndio 
Tipos de extintores
Extintor de incêndio a base de água: água pressurizada. É 
indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, 
materiais sólidos em geral). A água age por resfriamento e 
abafamento, dependendo da maneira como é aplicada.
 
Extintor de incêndio de pó químico: Indicado para incêndio 
de classe B (líquido inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser 
usado também em incêndios de classes A e C.
 
Extintor de incêndio de CO2: Utiliza o CO2 em pó como base. 
Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico 
energizado), por não ser condutor de eletricidade. Pode ser 
usado também em incêndios de classes A e B.
Extintor com pó químico especial: Indicado para incêndios de 
classe D (metais inflamáveis). Age por abafamento.
 
 
Tipos de extintores
Importante:
Não use água
✓ Em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque 
a água é boa condutora de eletricidade, podendo aumentar 
o incêndio.
✓ Em produtos químicos, tais como pó de alumínio, 
magnésio, carbonato de potássio, pois com a água reagem 
de forma violenta.
 
Recomendações
✓ Aprenda a usar os extintores de incêndio.
✓ Conheça os locais onde estão instalados os extintores e outros 
equipamentos de proteção contra fogo.
✓ Nunca obstrua o acesso aos extintores ou hidrantes.
✓ Não retire lacres, etiquetas ou selos colocados no corpo dos 
extintores.
✓ Não mexa nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos 
que seja necessária a sua utilização ou revisão periódica.
● São práticas recomendadas para o as rotinas de 
trabalho, visando uma operação isenta de riscos.
● São práticas preventivas e incluem todos os aspectos da 
cadeia operacional.
BOAS PRÁTICAS PARA TODOS
● Higiene pessoal, como higiene das mãos, uso de roupas 
protetoras e adequadas;
● Limpeza e sanificação de equipamentos e utensílios;
● Examinar regularmente áreas internas e externas para 
detectar infestação de pragas, como baratas, ratos, entre 
outros;
● Assegurar a qualidade da água, que deve ser potável para 
preparo de alimentos (como ingrediente), para fazer a 
limpeza, etc.
É fundamental que os procedimentos sejam padronizados para 
que o processo operacional seja mantido sobre um rigoroso 
controle - Manual de Boas Práticas e o Procedimento 
Operacional Padronizado
O Manual de Boas Práticas estabelece as diretrizes para a forma 
correta de executar os procedimentos. 
Podemos encontrar no MBP informações gerais como:
● a limpeza,
● o controle de pragas,
● a água utilizada,
● os procedimentos de higiene
● controle de saúde dos funcionários,
● treinamento de funcionários,
● manuseio do lixo
● garantia a produção de alimentos seguros e saudáveis.
QUALIDADE DA ÁGUA: 
POP – as caixa d´água deve ser limpas periodicamente. As 
condições dessas caixas também devem verificadas:
● está totalmente tampada?
● há rachaduras ou infiltrações?
● estão afastadas de fossas e depósitos de lixo?
CONTROLE DE PRAGAS: 
as pragas devem, sempre, ser eliminadas do local onde se 
manipula alimentos. 
Podemos contribuir para seu extermínio não deixando restos de 
alimentos expostos, nem lixeiras abertas próximas ou no local 
onde se manipula alimentos.
HIGIENE DO AMBIENTE, DAS SUPERFÍCIES, UTENSÍLIOS E 
EQUIPAMENTOS: 
todo o ambiente deve estar sempre limpo. Limpar e desinfetar 
os utensílios, equipamentos e mesas, previne que 
microorganismos prejudiciais à saúde contaminem o objeto de 
trabalho.
HIGIENE E COMPORTAMENTO PESSOAL: 
A higiene do trabalhador na área da saúde é de extrema 
importância. Além disso, lavar as mãos sempre ao usar o 
banheiro, quando mexer no lixo ou trocar de tarefa, previne 
contra contaminantes biológicos
CONTROLE DA SAÚDE DO TRABALHADOR: a saúde do 
profissional é muito importante. Pessoas doentes devem realizar 
outras tarefas até que fiquem melhores.
 FIM