Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Esp. Lucas Manoel L. Santos UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS NATURAIS Conceição do Araguaia – PA, Março de 2015. Tecido Conjuntivo Tecido Conjuntivo O tecido conjuntivo apresenta diversos tipos de células separadas por abundante material extracelular sintetizado por elas. A riqueza em material extracelular e uma de suas características mais evidentes. Esse material e representado por: Uma parte com estrutura microscópica definida, as fibras do conjuntivo; Pela matriz extracelular ou substancia fundamental, um gel viscoso de macromoléculas alongadas: (glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoprotemas adesivas) muito hidratadas, que formam um arcabouço entrelaçado e ligado as fibras e a receptores celulares denominados integrinas. Tecido Conjuntivo As fibras do conjuntivo são de três tipos principais: Colágenas, Reticulares Elásticas. Os tecidos conjuntivos originam-se do mesênquima, que e um tecido embrionário caracterizado por possuir células com prolongamentos, mergulhadas em abundante substância extracelular pouco viscosa. As células mesenquimais possuem núcleos ovóides, com a cromatina fina. Tecido Conjuntivo O mesenquima deriva principalmente do folheto embrionário médio ou mesoderma e suas células migram no embrião, envolvendo os órgãos em formação e neles penetrando. Além de dar origem aos tecidos conjuntivos, o mesoderma forma outras estruturas como vasos sanguíneos, células do sangue e tecidos musculares. As fibras do conjuntivo As fibras do conjuntivo são constituídas por proteínas que se polimerizam formando estruturas alongadas; Os três tipos principais são as fibras: Colágenas, Reticulares Elásticas, Distribuem desigualmente entre as de tecido conjuntivo. As fibras do conjuntivo Muitas vezes as fibras predominantes são responsáveis por certas propriedades do tecido, como acontece no tecido elástico, variedade de conjuntivo dotada de grande elasticidade, por ser rico em fibras elásticas. Como as fibras colágenas e as reticulares são constituídas por proteínas da família dos colágenos; Existem na realidade dois sistemas de fibras: O sistema colágeno; O sistema elástico; Colágenos O colágeno constitui uma família de proteínas que se diferenciaram durante a evolução, para exercer funções diversificada; Durante o processo evolutivo certas proteínas estruturais se foram modificando sob as influencias do meio ambiente e das necessidades funcionais dos organismos animais, desenvolvendo graus variáveis de rigidez e de resistência as trações. Essas proteínas são conhecidas, coletivamente, com colágenos e os principais exemplos de seus diversos tipos são encontrados na pele, ossos, cartilagem, musculo liso e laminas basais. Colágenos O colágeno e a proteína mais abundante no corpo humano, representando 30% do total das proteínas do organismo. Essa família de proteínas (Tabela 5.1 ) e produzida por diversos tipos celulares e se distingue pela: composição bioquímica, características morfológicas, distribuição, funções e patologia (Tabela 5.2). De acordo com sua estrutura e funções, o colágeno pode ser classificado em grupos como descrito a seguir. Colágenos Colágenos que formam fibrilas. As moléculas desses colágenos se agregam, sem gasto de energia, para formar fibrilas bem visíveis no microscópio eletrônico. Colágenos associados a fibrilas. As moléculas dos colágenos associados a fibrilas constituem estruturas pequenas que ligam as fibrilas colágenas umas as outras e também a outros componentes da matriz extracelular. Colágeno que forma rede. O colágeno cujas moléculas se associam para formar um feltro ou rede tridimensional, um dos principais componentes das lâminas basais, onde tem papel de aderência e de filtração. Colágeno de ancoragem. Está presente nas fibrilas de ancoragem, que prendem as fibras colagenosas laminas basais; Fibras reticulares As fibras reticulares são constituídas principalmente de colágeno da tipa III; As fibras reticulares são muito delicadas, com diâmetro de 0,5 a 2 /um (Fig. 5.6), e formam uma rede extensa em certos órgãos, geralmente apoiando as células. Essas fibras constituem o arcabouço de sustentação das células dos órgãos hemocitopoeticos (baço linfonodos, medula óssea) das células musculares e das células de muitos órgãos epiteliais, como o fígado, os rins e as glândulas endócrinas. O pequeno diâmetro dessas fibras e sua disposição em rede criam um suporte adaptado as necessidades dos órgãos que sofrem modificações fisiológicas de forma e de volume, como artérias, baço, fígado, útero e camada muscular do intestino. Fibras Elásticas Nos preparados obtidos por distensão de tecido conjuntivo, as fibras elásticas distinguem-se facilmente das colágenas por serem mais delgadas e não apresentarem estriação longitudinal. Ramificam-se e ligam-se umas as outras, formando uma trama de malhas muito irregulares (Fig. 5.4). Em virtude da presença de um pigmento, as fibras elásticas, quando vistas a fresco em grande quantidade, tem uma cor amarelada. Essas fibras cedem facilmente mesmo as trações mínimas, porém retomam sua forma inicial tão logo cessem as forcas deformantes. Fibras Elásticas O principal componente das fibras elásticas e a glicoproteína estrutural elastina, que e resistente a diversas enzimas, mas pode ser digerida pela elastase secretada pelo pâncreas. Além de formar fibras, a elastina apresenta-se, na parede de algumas artérias como a aorta, por exemplo, sob a forma de laminas perfuradas, as membranas elásticas fenestradas. Células do Tecido Conjuntivo Algumas células do tecido conjuntivo se originam localmente, enquanto outras, como os leucócitos, vem de outros locais e são habitantes temporários desse tecido. As células do tecido conjuntivo são as seguintes: Fibroblasto; Macrófago; Mastócito; Plasmócito; Célula adiposa; Leucócitos (glóbulos brancos); Células do Tecido Conjuntivo FIBROBLASTOS Sintetizam as fibras colágenas, reticulares e elásticas, e as glicoproteínas e proteoglicanos da matriz extracelular. No tecido conjuntivo do adulto os fibroblastos não se dividem com frequência, entrando em mitose apenas quando ocorre uma solitação, como exemplo, nas lesões do tecido conjuntivo. Células do Tecido Conjuntivo MACRÓFAGO É uma célula muito ativa na movimentação ameboide, com grande capacidade de fagocitose; Morfologia variável conforme seu estado funcional e sua localização; Núcleo ovoide ou em forma de rim, como cromatina condensada; A superfície dos macrófagos é muito irregular, apresentando saliências e reentrâncias; O citoplasma contém muitos lisossomos que derramam suas enzimas nos vacúolos que contêm material englobado, formando-se, assim, os fagossomos, onde se processa a digestão do material fagocitado; Células do Tecido Conjuntivo MASCÓCITO O mastócito e uma célula globosa, grande e com cito- plasma carregado de grânulos basófilos que se coram in- tensamente (Fig. 5.16). O núcleo do mastócito e esférico e central, mas frequentemente não pode ser visto, por es- estar coberto pelos grânulos citoplasmáticos. Os mastócitos são relativamente numerosos em diversas variedades de conjuntivo, mas de difícil observação nas lâminas coradas pela hematoxilina-eosina. Células do Tecido Conjuntivo PLASMÓCITO Os plasmócitos (Figs. 5.20 e 5.21) são células ovóides, com citoplasma muito basófilo, graças a sua riqueza em reticulo endoplasmático rugoso (Fig. 5.22). O aparelho de Golgi e os centríolos ficam ao lado do núcleo, ocupando uma área que aparece clara. O núcleo do plasmocito e esférico, com a cromatina em grumos compactos e grosseiros, que se alternam com áreas claras . Em geral, o núcleo do plasmócito não se localiza no centro da célula, mas sim em posição excêntrica; Sintetizam e secretam anticorpos;. Células do Tecido Conjuntivo CÉLULA ADIPOSA E uma célula especializada no armazenamento de energia, sob a forma de triglicerídeos (gorduras neutras), que será descrita logo adiante, no tecido adiposo (Cap. 6). A Fig. 5.24 mostra a origem das células adiposas e das demais células do tecido conjuntivo e do sangue, ambos constituídos por células de origem mesenquimal. Células do Tecido Conjuntivo LEOCÓCITOS Leucócitos ou glóbulos brancos são constituintes normais do tecido conjuntivo, vindos do sangue, por migração através da parede dos capilares e vênulas. Os leucócitos mais frequentes no tecido conjuntivo são os neutrófilos, eosinófilos e os linfócitos. Exceto os linfócitos, que recirculam, essas células não retornam ao sangue depois que penetram no tecido conjuntivo; T. conjuntivo e a Matriz Extracelular A matriz extracelular ou substancia fundamental do tecido conjuntivo e um gel incolor, muito hidratado e transparente que preenche o espaço entre as células e as fibras do conjuntivo; Constituindo um veiculo para a passagem de células, moléculas hidrossolúveis e íons diversos, e uma barreira a penetração de microrganismos; Essa matriz e formada principalmente por proteoglicanas e glicoproteínas adesivas, assim chamadas porque participam da aderência entre as células, fibras e macromoléculas de matriz extracelular; Variedade do Tecido Conjuntivo Há diversas variedades de tecido conjuntivo, formadas pelos constituintes básicos (fibras, células e matriz extracelular) já descritos. Os nomes dados aos diferentes tipos refletem o componente predominante ou a organização estrutural do tecido. A classificação apresentada a seguir e uma das melhores, embora não seja suficiente para enquadrar todas as variedades de conjuntivo que podem ser encontradas. São comuns os tecidos cuja estrutura e intermediaria entre duas variedades típicas da classificação adiante mencionada;
Compartilhar