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PETRÓLEO ORIGEM Várias teorias PETRÓLEO Teoria Inorgânica- a partir de reações que ocorreriam no manto (por ex. a partir da polimerização do metano proveniente do manto e migrado através de falhas) Foi formado há milhões de anos, e em várias regiões do globo terrestre. Cada jazida possui um petróleo com uma composição característica, onde as condições permitiram a formação desta matéria. Teoria Orgânica (mais aceita) Participação de matéria orgânica de origem animal e vegetal (existência de substâncias encontradas só em seres vivos) PETRÓLEO ORIGEM Formado a partir de vegetação marinha e restos de vida animal incorporados às camadas geológicas sedimentárias (matéria orgânica sedimentar), e anaerobicamente (na ausência de oxigênio) decompostos por bactérias. A decomposição depende do tipo de ambiente sedentário a que foram submetidos. A ação anaeróbica bacteriana transformou as substâncias constituintes destes resíduos em um material pastoso denominado querogênio. Sob a ação de temperatura e pressão, durante milhões de anos, o querogênio se transformou em óleo e gás, nas rochas porosas. MATÉRIA ORGÂNICA SEDIMENTAR Usada pelos microrganismo para o seu próprio metabolismo, produzindo moléculas simples (CO2, metano, amônia, água) Transformações físico-químicas (CO2, água) QUEROGÊNIO Matéria orgânica residual das transformações bioquímicas e químicas associadas às camadas geológicas sedimentares Parte reativa- sofre diferentes processos químicos (condensações, polimerizações) Parte de baixa reatividade- se mantém inalterada, com a mesma estrutura da matéria viva Transformações bioquímicas Submetida a processos de decomposição em condições redutoras ou oxidantes BIOMARCADOR BIOMARCADORES- PARTE INALTERADA PORFIRINAS ESTERANOS ESTERÓIDES QUITINA BIOMARCADORES (MARCADORES GEOQUÍMICOS OU FOSSÉIS GEOQUÍMICOS) FORMAÇÃO DE PETRÓLEO QUEROGÊNIO + MATÉRIA ORGÂNICA DAS CAMADAS SEDIMENTARES AÇÃO DE AMBIENTES REDUTORES AUMENTO GRADATIVO DE PRESSÃO E TEMPERATURA A formação depende do período de aquecimento e da temperatura a que o material orgânico está submetido. Tais fatores podem acarretar a formação de petróleo de ótima constituição química (maturado), de forma excessiva (sobre- maturado ou senil) ou deficiente (imaturo). A temperatura, entretanto, é determinante no processo: quanto mais alta, melhor PETRÓLEO Nas bacias sedimentares, esses reservatórios podem estar próximos à costa terrestre, ou em profundidades de 4000m ou mais. A transformação da matéria orgânica ocorre nas chamadas bacias sedimentares (rocha-geradora) onde, com a formação de petróleo e consequente aumento da pressão da bacia, há a fratura desta ocorrendo a migração do óleo até reservatórios (rocha reservatório) onde seja possível seu acúmulo, dando origem às jazidas. Portanto, o petróleo não é encontrado em seu lugar de origem As rochas sedimentares são sempre depositadas em depressões da crosta, que quando estão preenchidas pelos sedimentos, são denominadas Bacias sedimentares As rochas sedimentares são formadas através da erosão das rochas ígneas ou metamórficas e o produto dessa erosão irá formar as sedimentares, que também são compostas de sedimentos orgânicos, além dos minerais (inorgânicos). Portanto, os fatores que condicionam a ocorrência de petróleo em bacias sedimentares são: (a) a existência de rochas geradoras (ricas em matéria orgânica); (b) as rochas geradoras devem ser submetidas às condições adequadas (tempo e temperatura) para a geração do petróleo; (c) a existência de rochas reservatório com porosidade e permeabilidade necessárias à acumulação e produção do petróleo; (d) a presença de condições favoráveis à migração do petróleo da rocha geradora até a rocha reservatório; (e) a existência de uma rocha impermeável que retenha o petróleo, denominada de rocha selante ou capeadora; e (f) um arranjo geométrico das rochas reservatório e selante que favoreça a acumulação de um volume significativo de petróleo. O Brasil explora petróleo na terra e no fundo do mar EXTRAÇÃO DO SOLO (on-shore) OU DO FUNDO DO MAR (off-shore) Para descobrir as jazidas são feitos estudos geológicos e muitos testes para se constatar a viabilidade técnico-econômica da descoberta, verificando-se se o volume de Petróleo recuperável justifica os altos investimentos necessários à montagem de uma infra- estrutura para produção comercial. Profundidade dos poços de petróleo marítimos 11 Uma formação rochosa sob a crosta terrestre formada exclusivamente de sal petrificado, depositado sob outras lâminas menos densas no fundo dos oceanos e que formam a crosta oceânica. No Brasil, o conjunto de campos petrolíferos do pré-sal situa-se a profundidades que variam de 1.000 a 2.000 m de lâmina d'água e entre 4.000 e 6.000 m de profundidade no subsolo. A profundidade total, ou seja, a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a 8.000 m PRÉ-SAL Da Arca de Noé a Fórmula 1 VELHO CONHECIDO DA HUMANIDADE - Segundo a Bíblia o patriarca Noé calafetou sua barca com asfalto - No Egito- usado para embalsamar os mortos e calafetar pirâmides NOMES Como as aplicações, os nomes do petróleo foram muitos: betume, asfalto, alcatrão, lama, resina, azeite, nafta da Pérsia e “óleo de São Quirino” No século 19: No início deste século era usado nos EUA como medicamento (de eficácia duvidosa) ENTRETANTO, os americanos não tardaram a perceber que PETRÓLEO era ótimo remédio para curar os males de quem estava de Bolsos Vazios. O primeiro poço de petróleo foi descoberto nos EUA, na Pensilvânia em 1859. Ele foi encontrado em uma região de pequena profundidade (21m). Usava-se só o querosene e o resto jogava-se fora. Querosene usado para iluminação. Assim, “BATEU-SE O PRIMEIRO PREGO NO CAIXÃO DA INDÚSTRIA DE CAÇA ÀS BALEIAS, CUJA GORDURA ERA QUEIMADA PARA ILUMINAÇÃO” NO BRASIL No Brasil, as primeiras tentativas de encontrar petróleo datam dos meados do século XIX - tinha-se conhecimento, de maneira esparsa e não-científica, da existência de emanações de óleo e gás em algumas regiões do Brasil. Os primeiros registros de que se tem notícia sobre petróleo no Brasil relacionaram-se às concessões dadas pelo imperador em 1858, para a exploração de carvão, turfa e betuminous shale em Ilhéus, na Bahia, hoje denominada Bacia de Camamú, onde algumas emanações de óleo e a ocorrência de folhelho betuminoso eram conhecidas. NO BRASIL Século XX- em plena ditadura Vargas Campanha pela nacionalização dos bens do subsolo, e o maior adepto era Monteiro Lobato Por coincidência, em 1939, foi de um poço aberto em um bairro de Salvador chamado LOBATO, que pela primeira vez jorrou petróleo em abundância em solo brasileiro. CRIAÇÃO DA PETROBRÁS- em outubro de 1953, da Lei 2004, que instituiu a Petróleo Brasileiro S.A (Petrobrás), que em pouco mais de 50 anos de existência tornou-se uma das maiores e mais importantes empresas petrolíferas do mundo. Extração - Equipamentos, - Profissionais especializados - Milhões de dólares para investimento Dentre o maquinário, brocas especiais são utilizadas na perfuração dos poços, cada uma de um material resistente à camada de sedimento: para os mais duros usa-se broca de diamante ou tungstênio, para os menos resistentes aço. Quando a broca atinge o reservatório, o petróleo jorra na superfície, devido as condições de pressão em que se encontra. Assim que retirado, vai para oleodutos ou navios que o levam para as refinarias. Uma jazida petrolífera contém água salgada e mistura gasosa, principalmente metano, quando o local é perfurado a pressãodos gases faz com que o petróleo jorre para fora. Posteriormente é necessário bombear - petróleo bruto E DEPOIS Recorrer aos métodos de recuperação secundários Os reservatórios, cujos mecanismos de fluxo de óleo são pouco eficientes e que por consequência retêm grandes quantidades de hidrocarbonetos após a exaustão da sua energia natural, são candidatos ao emprego de processos que visam à obtenção de uma recuperação de óleo adicional. Esses processos são chamados de Métodos de Recuperação Secundários que, de uma maneira geral, tentam interferir nas características do reservatório que favorecem a retenção de óleo Nesta situação, com o intuito de se manter a pressão dentro dos reservatórios de modo a se recuperar a maior quantidade de óleo possível, são injetados fluidos deslocantes no interior destes permitindo a saída do petróleo através de um processo mecânico. Os fluidos injetados podem ser gás natural ou água. A água pode apresentar variadas origens, porém no caso de plataformas do tipo offshore recorre-se à água do mar (água de injeção) devido a sua maior disponibilidade para se realizar esse procedimento. Água de Formação A água de formação (AF) presente nos poços, possui origem básica relacionada às condições ambientais existentes durante a gênese do petróleo. Uma característica marcante da AF é a sua constituição possuidora de diferentes concentrações de cátions (Na+, Mg2+, K+, Ca2+, Ba2+, Sr2+) e ânions (Cl-, S2-, CO32-, HCO3-), além de conter traços de diversos materiais pesados. Essa característica acaba gerando uma série de inconvenientes, capazes de dificultar, ou mesmo encarecer o processo de extração de petróleo como um todo. Essa composição pode variar de uma formação rochosa para outra ou mesmo de um poço produtor para outro dentro de uma mesma formação rochosa. Água de Injeção A água de injeção é um elemento chave em operações de produção de petróleo. No caso de produção offshore, uma alternativa bastante utilizada é a injeção de água do mar nos reservatórios, em função da disponibilidade e baixo custo. Tal procedimento tem a finalidade de manter a pressão no reservatório, garantindo o escoamento do petróleo até a superfície. Quando esta se mistura à água de formação (proveniente de poros da rocha reservatório (rocha subterrânea onde se encontra o petróleo) ou de algum aquífero próximo, pode ocorrer a incrustação inorgânica. Incrustação inorgânica A formação de incrustação resulta da incompatibilidade química entre a água do mar (rica em íons sulfato) e a água de formação (rica em cátions Ca+2, Ba+2 e Sr+2 e HCO3-), que em condições termodinâmicas específicas favorecem a precipitação de sais de sulfato de bário, sulfato de estrôncio e carbonato de cálcio. Incrustações inorgânicas Podem acarretar em diversos prejuízos em um sistema de produção de petróleo, como a diminuição do diâmetro e consequente obstrução das tubulações, colunas e linhas de produção, podendo ocorrer desde a rocha reservatória até o processo final de retirada do produto, inviabilizado economicamente e, em muitos casos, interrompendo completamente a produção. Os principais tipos de incrustações formadas durante o processo de extração de petróleo são: Carbonato de cálcio (CaCO3); Sulfato de Cálcio (CaSO4); Sulfato de Bário (BaSO4); e Sulfato de Estrôncio (SrSO4) Gás natural de origem biológica Um processo diferente, responsável por cerca de 20% da ocorrência de gás natural, é de origem biológica, devido a ação aeróbica de bactérias sobre sedimentos rasos à temperaturas baixas, comparado com o processo anterior, na ausência de oxigênio. Este tipo de gás é chamado de gás biogênico, praticamente constituído por metano. Separações antes do refino: Decantação: Petróleo da água salgada. O petróleo é menos densos que a água por isso fica na parte superior. Filtração: separar areia e argila. A água produzida corresponde à água que é coproduzida junto com o petróleo, ou seja, trata-se de uma mistura entre água de injeção, água de formação e traços de óleo e produtos químicos que foram injetados no poço. A quantidade produzida pode alcançar 50%, ou mesmo 100% em volume do total da produção Sabe-se que o descarte da água só pode ser feito dentro de determinadas especificações regulamentadas por órgão de controle ambiental que limita a quantidade de poluentes (teor de óleo, graxa e H2S). Por esta razão a água deve passar por um tratamento visando recuperar parte do óleo nela presente sob forma de emulsão e condicioná-la para reinjeção ou descarte. ÁGUA NO PETRÓLEO Ao longo do processo de produção do petróleo de uma determinada formação geológica, tem-se também a produção de água associada ao mesmo. Esta água poderá ser de formação (AF), água presente no reservatório em equilíbrio com o petróleo, ou água produzida (AP), derivada da mistura de água injetada no reservatório (água de injeção – AI) com a água de formação. A fase aquosa, portanto, agirá como solvente tanto para íons inorgânicos, como para alguns compostos orgânicos que venham a possuir um caráter polar. Livros sobre Petróleo Fundamentos de Engenharia de Petróleo Autor: Thomas, José Eduardo Editora: Interciência Introdução À Química do Petróleo Autor: Farias, Robson Fernandes de Editora: Ciência Moderna Engenharia de Reservatórios de Petróleo Autor: Rosa, Adalberto José; Carvalho, Renato de Souza; Xavier, José Augusto Daniel Editora: Interciência Fundamentos do Refino de Petróleo - Tecnologia e Economia Autor: Szklo, Alexandre Salem Editora: Interciência Petróleo Autor: Corrêa, Oton Luiz Silva Editora: Interciência A Tirania do Petróleo Autor: Juhasz, Antonia Editora: Ediouro - RJ Previsão de Comportamento de Reservatórios de Petróleo Autor: Carvalho, Renato de Souza; Rosa, Adalberto José Editora: Interciência Logística do Petróleo - Transporte e Armazenamento Autor: Cardoso, Luiz Cláudio dos Santos Editora: Interciência Impactos Ambientais do Refino de Petróleo Autor: Mariano, Jacqueline Editora: Interciência Novos Rumos do Direito do Petróleo Autor: Ribeiro, Marilda Rosado de Sa Editora: Renovar Indústria do Petróleo - Reestruturação Sul-americana nos Anos 90 Autor: Campos, Adriana Fiorotti Editora: Interciência A História do Petróleo Autor: Shah, Sonia Editora: L&PM O Licenciamento Ambiental do Petróleo e Gás Natural Autor: Fontenelle, Miriam; Amendola, Cynthia Marques Editora: Lumen Juris Transporte Marítimo de Petróleo e Derivados Autor: Saraceni, Pedro Paulo Editora: Interciência Petróleo, uma história mundial de conquistas Autor: Yergin, Daniel Editora: Paz e Terra
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