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LFG Online apresenta... LÍNGUA PORTUGUESA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Aula 17 – frase síntese ou tópico frasal Prof. Dr. Agnaldo Martino Frase síntese Interpretação de Texto Frase síntese: frase inicial do parágrafo na qual se apresenta o assunto nele discutido. Interpretação de Texto A frase síntese é também chamada de tópico frasal. Interpretação de Texto A frase síntese orienta ou governa o resto do parágrafo; dela nascem outros períodos secundários ou periféricos; ela vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; é o período mestre, aquele que contém a ideia principal. Interpretação de Texto A frase síntese pede desdobramentos, explicações, esclarecimentos, provas, detalhes, exemplos etc. Interpretação de Texto Assim, a frase síntese introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idéia central com o potencial de gerar ideias-derivadas. Interpretação de Texto A frase síntese é, então, uma enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor, a fim de captar-lhe a ideia completa. Interpretação de Texto Othon M. Garcia (no livro Comunicação em prosa moderna) afirma que o tópico frasal designa um ou dois períodos curtos iniciais que contêm a ideia-núcleo do parágrafo em texto dissertativo, descritivo ou narrativo. Interpretação de Texto O tópico frasal é uma maneira eficiente e prática de estruturar o parágrafo, pois já de início expõe a ideia que se quer passar, a qual é comprovada e reforçada pelos períodos subsequentes. Interpretação de Texto A frase síntese constitui uma generalização, especificada pelos períodos seguintes. Interpretação de Texto Expondo-se já de início a ideia-núcleo, a coerência e a unidade do parágrafo ficam asseguradas e dessa forma se evitam considerações desnecessárias. Interpretação de Texto Em suma, fica mais fácil garantir a coesão textual do parágrafo, o que implica produzir coerência semântica e lógica nos períodos que o constituem. Interpretação de Texto Um desafio cotidiano Sérgio Abranches Veja, 23/08/2000 (com adaptações) Interpretação de Texto Recentemente me pediram para discutir os desafios políticos que o Brasil tem pela frente. Minha primeira dúvida foi se eles seriam diferentes dos de ontem. Os problemas talvez sejam os mesmos, o país é que mudou e reúne hoje mais condições para enfrentá-los que no passado. A síntese de minhas conclusões é que precisamos prosseguir no processo de democratização do país. Kant dizia que a busca do conhecimento não tem fim. Na prática, democracia, como um ponto final que uma vez atingido nos deixa satisfeitos e por isso decretamos o fim da política, não existe. Existe é democratização, o avanço rumo a um regime cada vez mais inclusivo, mais representativo, mais justo e mais legítimo. E quais as condições objetivas para tornar sustentável esse movimento de democratização crescente? Embora exista forte correlação entre desenvolvimento e democracia, as condições gerais para sua sustentação vão além dela. O grau de legitimidade histórica, de mobilidade social, o tipo de conflitos existentes na sociedade, a capacidade institucional para incorporar gradualmente as forças emergentes e o desempenho efetivo dos governos são elementos cruciais na sustentação da democratização no longo prazo. Nossa democracia emergente não tem legitimidade histórica. Esse requisito nos falta e só o alcançaremos no decorrer do processo de aprofundamento da democracia, que também é de legitimação dela. Uma parte importante desse processo tem a ver com as relações rotineiras entre o poder público e os cidadãos. Qualquer flagrante da rotina desse relacionamento arrisca capturar cenas explícitas de desrespeito e pequenas ou grandes tiranias. As regras dessa relação não estão claras. Não existem mecanismos acessíveis de reclamação e desagravo. Recentemente me pediram para discutir os desafios políticos que o Brasil tem pela frente. Minha primeira dúvida foi se eles seriam diferentes dos de ontem. Os problemas talvez sejam os mesmos, o país é que mudou e reúne hoje mais condições para enfrentá-los que no passado. A síntese de minhas conclusões é que precisamos prosseguir no processo de democratização do país. Interpretação de Texto Kant dizia que a busca do conhecimento não tem fim. Na prática, democracia, como um ponto final que uma vez atingido nos deixa satisfeitos e por isso decretamos o fim da política, não existe. Existe é democratização, o avanço rumo a um regime cada vez mais inclusivo, mais representativo, mais justo e mais legítimo. E quais as condições objetivas para tornar sustentável esse movimento de democratização crescente? Interpretação de Texto Embora exista forte correlação entre desenvolvimento e democracia, as condições gerais para sua sustentação vão além dela. O grau de legitimidade histórica, de mobilidade social, o tipo de conflitos existentes na sociedade, a capacidade institucional para incorporar gradualmente as forças emergentes e o desempenho efetivo dos governos são elementos cruciais na sustentação da democratização no longo prazo. Interpretação de Texto Nossa democracia emergente não tem legitimidade histórica. Esse requisito nos falta e só o alcançaremos no decorrer do processo de aprofundamento da democracia, que também é de legitimação dela. Interpretação de Texto Uma parte importante desse processo tem a ver com as relações rotineiras entre o poder público e os cidadãos. Qualquer flagrante da rotina desse relacionamento arrisca capturar cenas explícitas de desrespeito e pequenas ou grandes tiranias. As regras dessa relação não estão claras. Não existem mecanismos acessíveis de reclamação e desagravo. Interpretação de Texto Outro exemplo: Interpretação de Texto Questão velha, polêmica e controvertida, que constitui obstáculo à ação das autoridades administrativo-tributárias, mas que sempre viva e exacerbadamente atual, é a do “sigilo bancário”, pois frente ao crédito tributário e ao Fisco, aquele como um bem público relevante e indisponível e este na busca de cumprir os objetivos a que se destina de aferir a real capacidade contributiva, arrecadar tributos, promover a igualdade e a justiça fiscal, colocam-se a preservação e a garantia dos direitos fundamentais invioláveis de privacidade e intimidade inerentes às pessoas dos contribuintes. (Mary Elbe G. Q. Maia, “A inexistência de sigilo bancário frente ao poder-dever de investigação das autoridades fiscais”, Tributação em Revista, julho/setembro de 1999) Interpretação de Texto Assinale a proposição nuclear do texto, aquela que contém a ideia-síntese em torno da qual se desenvolve sintática e semanticamente o parágrafo. a) Questão velha, polêmica e controvertida é a do sigilo bancário frente ao crédito tributário e ao Fisco. b) Frente ao crédito tributário e ao Fisco, coloca-se a questão do sigilo bancário como um obstáculo à ação das autoridades administrativo- tributárias. c) Por ser um bem público relevante e indisponível, o crédito tributário deve preservar e garantir o direito de privacidade do contribuinte. d) A preservação dos direitos fundamentais de privacidade dos contribuintes frente ao crédito tributário e ao Fisco deve ser colocada na discussão da questão do sigilo bancário. e) Na tarefa de cumprir os objetivos de aferir a capacidade contributiva, arrecadar tributos e promover a igualdade e a justiça fiscal, o Fisco deve preservar e garantir a questão do sigilo bancário dos contribuintes. Interpretação de Texto