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Luanda, Maio de 2018 
 
 UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO 
 FACULDADE DE CIÊNCIAS 
 DEPARTAMENTO DE GEOFÍSICA 
 
 
 
 
 
TESE DE LICENCIATURA EM METEOROLOGIA 
(Opção Meteorologia Aeronáutica) 
 
Nº _________/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por: 
 
Amílcar Ernesto António José Nº 104699 
António Manuel Lameira Gaspar Nº 104701 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARIABILIDADE DOS PARÂMENTROS 
METEOROLÓGICOS NO AEROPORTO DE LUANDA 
 
 
 
Luanda, Maio de 2018 
 
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO 
 FACULDADE DE CIÊNCIAS 
 DEPARTAMENTO DE GEOFÍSICA 
 
 
 
TESE DE LICENCIATURA EM METEOROLOGIA 
(Opção Meteorologia Aeronáutica) 
 
Nº _________/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Departamento de Geofísica, 
Faculdade de Ciências, Universidade Agostinho Neto, 
Como requisito para a obtenção do grau de 
Licenciatura em Meteorologia 
 
 
 
 
Elaborado por: 
 
Amílcar Ernesto António José Nº 104699 
António Manuel Lameira Gaspar Nº104701 
 
 
 
 
 Orientado por: 
 
_________________________ 
 Eng.º Lameque Arone Matimbe 
 
 
 
VARIABILIDADE DOS PARÂMENTROS 
METEOROLÓGICOS NO AEROPORTO DE LUANDA 
 
 
 
Luanda, Maio de 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ A realidade é muito diferente da 
perspetiva. E o dinheiro é bom, mas 
o primordial é a formação.” 
 
Amílcar José 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedicamos as nossas FAMÍLIAS, pois sem eles não seria possível a realização 
deste trabalho, também dedicamos este trabalho ao nosso querido MSC. António 
Jerónimo por sempre acreditar em nós, tanto como na ciência, aos nossos Professores, 
Colegas e Amigos pois estamos gratos por compartilharem estes anos todos enquanto 
estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a Deus o Criador dos Céus e a Terra, pois foi Ele que nos deu fôlego da 
vida. 
Agradecemos os nossos familiares por nos darem sempre o apoio incondicional 
(emocional e financeiro). 
Agradecemos o Chefe do Departamento de Geofísica, MSC. António Jerónimo por 
sempre apoiar e acreditar em nós. 
Agradecemos também aos nossos Amigos, Colegas, pelo incentivo, apoio e pelas 
partilhas de conhecimento directa ou indirectamente. 
Agradecer ao INAMET e a todos os trabalhadores que fazem parte da mesma por ceder 
graciosamente os dados meteorológicos. 
Agradecemos aos nossos Professores, Ndaka Bageta, Sérgio Buque, Viera Lopes e ao 
nosso querido Orientador Lameque Arone Matimbe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
Lista de figuras 
 
Figura 1: Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. (Hannes Meyer) ........................................... 13 
Figura 2: Circulação geral do Vento - estação chuvosa. (os Autores) ........................................ 20 
Figura 3: Gráficos da Circulação por períodos. (os Autores) ...................................................... 21 
Figura 4: Gráfico de análise de cobertura - Nebulosidade. (os Autores) .................................... 21 
Figura 5: Gráfico de Nuvens Significa e Ocorrência de Trovoadas. (os Autores) ...................... 23 
Figura 6: Gráfico da Circulação Geral do Vento - estação seca. (os Autores) ............................ 24 
Figura 7: Circulação Geral por período - Madrugada e Manhã. (os Autores) ............................ 24 
Figura 8: Circulação Geral por períodos - Tarde e Noite. (os Autores) ...................................... 25 
Figura 9: Gráfico de análise de cobertura - Nebulosidade. (os Autores) .................................... 25 
Figura 10: Gráfico de Tecto, Hidrometeoros e Vento Fraco. (os Autores) ................................. 26 
Figura 11: Gráfico de frequências de ocorrência de visibilidade horizontal reduzida. (os Autores)
 ..................................................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
Lista de tabelas 
 
Tabela 1: Cronograma de execução. ............................................................................................. 5 
Tabela 2: Frequências Absolutas por período - época chuvosa. (Os Autores) ............................ 19 
Tabela 3: Frequências Absolutas de Sig C e TS ......................................................................... 22 
Tabela 4: Frequências Absolutas por períodos - estação seca (cacimbo). (os Autores) .............. 23 
Tabela 5:Frequências Absolutas de Hidrometeoros, Tecto específico e vento fraco. (os 
Autores) ....................................................................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABR – Abril 
AGO – Agosto 
BKN ‒ Broken, céu muito nublado (5 a 7 oitavos de Céu coberto) 
BR ‒ Mist (Neblina) 
CB ‒ Cumulonimbus 
DEZ – Dezembro 
DZ ‒ Drizzle (Chuvisco) 
EMA - Estação Meteorológica Automática. 
FEV – Fevereiro 
FEW ‒ Few, céu pouco nublado (1 a 2 oitavos de Céu coberto) 
FG ‒ Fog (Nevoeiro) 
FNLU - Indicativo da ICAO para o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. 
ICAO - International Civil Aviation Organization (ICAO) 
INAMET - Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. 
JAN – Janeiro 
JUL – Julho 
JUN – Junho 
MAI – Maio 
MAR – Março 
METAR - Meteorological Aerodrome Report (Reporte Meteorológico do Aeródromo). 
NOV – Novembro 
OUT – Outubro 
OVC ‒ Overcast, céu encoberto (8 a 8 oitavos de Céu coberto) 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
RA ‒ Rain (Chuva) 
SCT ‒ Scatered, céu pouco nublado (3 a 4 oitavos de Céu coberto) 
SET – Setembro 
Sig C – Significant Cloud (Nuvens Significativa) 
SPECI - Comunicado complementário do METAR para condições especiais de 
observação. 
TAF – Terminal Aerodrome Forecast (Previsão terminal do aeródromo) 
TS ‒ Thunderstorm(Trovoada) 
TCU – Towering Cumulus (Cumulus em Torre) 
UTC - Coordinated Universal Time (Tempo Universal – TU) 
WMO - World Meteorological Organization (Organização Meteorológica Mundial – 
OMM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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LISTA DE SIMBOLOS 
 
º ‒ Graus 
ºC ‒ Graus Célsius 
hPa ‒ Hecto Pascal 
m ‒ Metro 
km ‒ Quilómetro 
KT/kt ‒ Knots (nós) 
Ft/ft – feet (pé) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho apresenta um estudo da variabilidade dos parâmetros meteorológicos 
no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, a partir da análise dos 
comunicados METAR, de um período de 5 anos (2013 a 2017), emitidos pelo Centro 
Meteorológico para a Aeronáutica da estação Meteorológica de Luanda, situado no 
referido Aeroporto com autoridade nacional para a observação com fins aeronáuticos. 
Utilizamos o software Excel para o tratamento dos dados. Considerando o padrão do 
vento, a redução da visibilidade, o nevoeiro ou neblina matinal a a trovoada como 
parâmetros que afetam as aeronaves nas operações de pouso e decolagem, determinamos 
a variabilidade destes parâmetros de acordo com os períodos do dia e as estações do ano. 
 
 
Palavras-chave: Metar, Neblina, Variabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
ABSTRACT 
 
The present work presents a study of the variability of the meteorological parameters at 
the international Airport 4 February in Luanda, one from the analysis of the 
communicators, from a period of 5 years (2013 to 2017), issued by the Meteorological 
Center For the aeronautics of the Luanda Meteorological station, located at the said 
airport with national authority for observation with aeronautical fins. We use the Excel 
software for data processing. Considering the wind pattern, a reduction in visibility, fog 
or morning fog to thunderstorm as parameters that affect as aircraft in landing and take-
off operations, we determine the variability of these parameters according to the periods 
of the day and how Seasons of the year. 
 
Key words: Metar, Mist, Variability. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
 
Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
Índice 
 
 Páginas 
Dedicatória i 
Agradecimentos ii 
Lista de Figuras iii 
Lista de Tabelas iv 
Abreviaturas e Siglas v 
Lista de Símbolos vii 
Resumo viii 
Abstract ix 
 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 2 
1.1. Antecedentes e Justificativa......................................................................... 3 
1.2. Problema ....................................................................................................... 3 
1.3. Objecto de estudo ......................................................................................... 3 
1.4. Objectivos ...................................................................................................... 4 
1.5. Hipótese do trabalho .................................................................................... 4 
1.6. Métodos e Técnicas....................................................................................... 4 
1.7. Metodologia................................................................................................... 4 
1.8. Benefícios e Novidades ................................................................................. 5 
1.9. Cronograma de Execução ............................................................................ 5 
1.10. Generalidades Sobre o Tema ................................................................... 6 
1.10.1. Normais da ICAO para a Aeronáutica ................................................... 6 
 1.10.2. Parâmetros em Estudo (Annex III, Eighteenth edition, July 2013). .............. 6 
2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E CLIMATOLOGIA...............................13 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
 
Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
2.1. Localização do Aeroporto ..................................................................................... 13 
2.2. Climatologia de Luanda ........................................................................................ 13 
3. RECOLHA E TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................... 16 
4. RESULTADOS E ANÁLISE ........................................................................................... 19 
4.1. Época Chuvosa ...................................................................................................... 19 
4.1.1. Análise do comportamento do Vento ............................................................... 20 
4.1.1.1. Resultados da Circulação por Período ................................................................. 20 
4.1.2. Análise da cobertura (Tetos das Nuvens) ........................................................ 21 
4.1.3. Análise do Teto Específico ................................................................................ 22 
4.1.4. Análise da Força do Vento ................................................................................ 22 
4.1.5. Análise de Nuvens Significativas e Trovoadas ................................................ 22 
4.2. Época Seca (Cacimbo) ………………………………………………………………………………………………23 
4.2.1. Análise do comportamento do Vento…………………………………………………………….23 
4.2.1.1. Resultados da circulação por Período – Cacimbo……………………………………………..24 
4.2.2. Análise da cobertura (Tectos das Nuvens)……………………………………………………25 
4.2.3. Análise do Tecto Específico e Fenómeno (Hidrometeoros)………………………...25 
4.2.4. Análise da Visibilidade………………………………………………………………………………...26 
4.3. TAF’s Modelos para cada Estação do Ano.........................................................28 
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES……………………………………………………………………30 
5.1. Conclusões…………………………………………………………………………………………………………305.2. Recomendações……………………………………………………………………………………………..….31 
Bibliografia………………………………………………………………………………………………………………………..…32 
ANEXOS……………………………………………………………………………………………………………………………...33 
APÊNDICES……………………………………………………………………………………………………………………..…34 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo I 
Marco Teórico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Visto que nas operações de pouso e decolagem as aeronaves são afectadas por adversos 
fenómenos meteorológicos é de grande interesse o estudo do comportamento dos 
parâmetros meteorológicos que podem comprometer a segurança, das mesmas, bem como 
a sua evolução atendendo às diferentes situações sinópticas. 
Este trabalho tem como objectivo realizar um estudo da variabilidade dos parâmetros 
meteorológicos no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a partir da análise dos 
comunicados METAR emitidos pelo Centro Meteorológico para a Aeronáutica da estação 
Meteorológica de Luanda, do Instituto nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), 
situada no referido aeroporto. 
O trabalho concentrar-se no estudo dos fenómenos que afectam directamente a redução 
da visibilidade (nevoeiro, neblina e bruma seca), o teto baixo de nuvens, padrão do vento, 
nuvens significativas e a ocorrência de trovoadas no referido aeroporto a partir da 
informação contida nos comunicados METAR, durante um período de 5 anos (2013 a 
2017). A análise e interpretação dos parâmetros em estudo considerados relevantes para 
fins aeronáuticos, foram feitas tendo em conta as recomendações da WMO e ICAO em 
particular na Amedment 76 to the International Standards and Recommended Pratices (in 
Meteorological Service for International Air Navigation, Annex 3 to the Convention on 
International Civil Aviation, 16 July 2013). 
Dos dados obtidos para a realização deste trabalho, elaborou-se duas tabelas – uma para 
a estação chuvosa (de Outubro a Abril incluindo o mês de transição, Maio) e outra para a 
estação seca (de Junho a Agosto incluindo o mês de transição, Setembro). Estas tabelas, 
elaboradas a partir do software Excel, no formato xls, permitiram determinar a frequência 
e variabilidade dos parâmetros em estudo de acordo com cada período do dia. Os 
resultados são apresentados em forma de tabelas ou gráficos de frequências absolutas e 
percentuais, em alguns casos, do padrão de vento (força e direção), teto das nuvens, 
visibilidade e fenómenos significativos para a aeronáutica. 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
1.1. Antecedentes e Justificativa 
1.1.1. Antecedentes 
 
Navarro, P. V. (2011). Climatologia Aeronáutica do Aeroporto de Ponta 
Delgada. 
 
Silva, P. K. O.; Aragão, M. R. S.; Correia M. F.; Silva, A. B. 
Caracterização da Variabilidade do Vento no Aeroporto Internacional de 
Fortaleza, Ceará. Parte 1: Análise da Direção. 
 
Silva, P. K. O.; Aragão, M. R. S.; Correia M. F.; Silva, A. B. 
Caracterização da Variabilidade do Vento no Aeroporto Internacional de 
Fortaleza, Ceará. Parte 2: Análise da Velocidade. 
 
1.1.2. Justificativa 
 
O conhecimento antecipado do comportamento dos parâmetros em estudo contribui para 
a segurança aérea e eficiência dos voos. E serve de ajuda para apoiar as companhias e 
operadores aéreos na definição adequada dos horários de voo ou uso do Aeroporto. E, 
também, ajuda os Meteorologistas para a Aeronáutica na elaboração dos TAF´s. Por estas 
razões foi elaborado este trabalho. 
 
1.2. Problema 
A necessidade de esclarecer a variabilidade da ocorrência de fenómenos meteorológicos 
como as trovoadas, nevoeiros, neblina ou bruma seca para evitar QRF (volta da Aeronave 
para mesmo local de onde partiu). 
1.3. Objecto de estudo 
Variabilidade dos parâmetros meteorológicos no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
1.4. Objectivos 
 
Objectivo Geral: Compreender a variabilidade de teto mais baixo das nuvens, nevoeiro 
ou neblina, trovoada, visibilidade e padrão de vento no Aeroporto Internacional 4 de 
Fevereiro nos últimos 5 anos (2013 até 2017). 
 
Objectivos Específicos 
 
 Determinar as frequências e os meses de ocorrências de fenómenos significativos. 
 Categorizar os fenómenos significativos por meses e por período. 
 Determinar a periocidade dos fenómenos significativos. 
 Elaborar Taf´s específicos com bases nos resultados obtidos. 
1.5. Hipótese do trabalho 
Se se Aplicar um estudo estatístico da frequência dos parâmetro em estudo de acordo com 
cada período do dia e estação do ano, será possível saber como variam. 
1.6. Métodos e Técnicas 
Os métodos mais adequados para a elaboração deste trabalho foram: 
 Método da Analogia. 
 Método dedutivo. 
 
1.7. Metodologia 
De modo a atingir os objectivos, seguiu-se a seguinte metodologia: 
 Recolha e tratamento de dados; 
 Instalação e familiarização com o software usado no trabalho; 
 Pesquisas bibliográficas que consistiu na recolha de informações que possam 
sustentar este trabalho, incluem: livros, teses, revistas, artigos, etc. 
 Elaborou-se tabelas e gráficos que permitiram interpretar os resultados obtidos. 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
1.8. Benefícios e Novidades 
 
Obtenção de grau de Licenciatura. 
O trabalho servirá de suporte para consulta, permitindo a aquisição de conhecimento 
sobre o comportamento dos parâmetros em estudo no Aeroporto Internacional 4 de 
Fevereiro. 
Como novidade, este trabalho apresenta modelos de TAF’s (previsão terminal do 
aeródromo), ajudando os Meteorologistas para a Aeronáutica na elaboração dos TAF’s 
de acordo com o período do dia e época do ano. 
 
1.9. Cronograma de Execução 
 
Tabela 1: Cronograma de execução. 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
1.10. Generalidades Sobre o Tema 
1.10.1. Normais da ICAO para a Aeronáutica (Annex III, Eighteenth edition, July 
2013). 
Estações meteorológicas para aeronáutica 
Estações meteorológicas para aeronáutica devem fazer ‘observações rotineiras ao longo 
de 24 horas por dia, em intervalos de uma hora ou, se tal for determinado pelo acordo de 
navegação aérea regional, em intervalos de uma meia hora. Estais observações serão 
feitos conforme determinado pela autoridade meteorológica, tendo em conta as 
exigências das unidades de serviços de tráfego aéreo e as operações de aeronaves.’ 
Nos aeródromos, também devem ser feitas observações especiais sempre que ocorram 
alterações especificadas no que diz respeito ao vento de superfície, à visibilidade, o 
alcance visual da pista, ao tempo presente, às nuvens e/ou à temperatura do ar. 
Estação meteorológica de Luanda 
A estação de Luanda é uma estação meteorológica para fins sinópticos e aeronáuticos. 
Deste modo, cada observação é cumprida através de programas de observação diferentes, 
querem termos de horas de observação, sistemas instrumentais de observação e precisão 
dos resultados. 
Para fins aeronáuticos, são feitas observações de rotina em intervalos de uma hora durante 
as 24 horas por dia. Estas observações servem de base para a preparação de comunicados 
destinados a serem divulgados no aeródromo de origem e além (sistemas internacionais). 
1.10.2. Parâmetros em Estudo (Annex III, Eighteenth edition, July 2013). 
Vento a superfície 
O vento à superfície deve ser representativo das áreas operacionais do aeródromo e deve 
ser medido a uma altura entre 6 a 10 metros acima do solo, ou se houver obstáculos, a 
uma altura que dê valores representativos e que possam ser ajustados a uma altitude 
padrão. As variações significativas do vento devem ser determinadas e comunicadas. A 
direcção do vento deve ser indicada em graus verdadeiros, ou seja, arredondados para a 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
dezena de graus mais próxima. As unidades da velocidade do vento são em km/h, m/s ou 
kt e devem ser indicadas claramente nos comunicados. 
O vento à superfície deve ser a média de 10 minutos. A velocidade máxima durante os 
últimos 10 minutos, da observação, deve ser indicada no comunicado quando esse valor, 
da velocidade média, for maior ou igual a 10 kt. Se durante o período de 10 min, ocorrer 
uma descontinuidade no vento, então deve-se utilizar um período de tempo mais curto. 
Os valores indicados pelos órgãos do ATS devem ser o valor médio de 2 minutos, e os 
valores extremos de variação referem-se aos últimos 10 minutos. 
Visibilidade 
A visibilidade para fins aeronáuticos é a maior distância em que um objeto preto de 
dimensões adequadas, situado perto do solo, pode ser visto e reconhecido quando 
observado contra um fundo brilhante. 
A visibilidade deve ser a visibilidade prevalecente representativa do aeródromo e das suas 
vizinhanças próximas, dando as variações direcionais significativas, conforme o caso. 
A visibilidade prevalecente é o maior valor de visibilidade, observado de acordo com a 
definição de "visibilidade", que é alcançado em pelo menos metade do círculo do 
horizonte ou dentro de pelo menos metade da superfície do aeródromo. Estas áreas podem 
incluir sectores contíguos ou não contíguos. Este valor pode ser avaliado pela observação 
humana e/ou sistemas instrumentados. 
No aeroporto Internacional 4 de Fevereiro o valor da visibilidade mostrado no METAR 
é avaliado através da observação humana. 
A visibilidade deve ser comunicada em intervalos de 50 m quando a visibilidade é inferior 
a 800 m; em intervalos de 100 m, quando é de 800 m á de 5000 m; em intervalos 1000 
m, quando a visibilidade é de 5 km á 10 km, e será dado como 10 km, quando a 
visibilidade é de 10 km ou mais, excepto quando se verificar as condições para o uso de 
CAVOK. Usa-se o termo CAVOK quando, no momento da observação, as seguintes 
condições ocorrem simultaneamente: 
 Visibilidade, igual ou superior a 10 km; 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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 Nenhuma nuvem de importância operacional (ou, não há nuvens abaixo de 5000 pés e 
ausência de CB e TCU); 
 Não existe fenómenos meteorológicos de tempo significativo para a aviação. 
O termo CAVOK substitui as informações sobre visibilidade, alcance visual da pista, 
tempo presente e quantidade de nuvens, tipo de nuvem e altura da base das nuvens. 
Tempo presente. 
O fenómeno do tempo presente que ocorre no aeródromo e/ou nas suas proximidades 
deve ser observado e relatado quando necessário. Devem ser identificados, no mínimo, 
os seguintes fenómenos climáticos presentes: precipitação e precipitação de 
congelamento (incluindo a respectiva intensidade), neblina, nevoeiro gelado e trovoadas 
(incluindo tempestades na vizinhança). 
No METAR e SPECI, os fenómenos meteorológicos presentes observados devem ser 
comunicados por tipo e característica; e qualificados em relação à intensidade ou 
proximidade com o aeródromo. 
Tipos de fenómenos a reportar: (Anexo 1) 
Precipitação: 
 Chuva (RA); 
 Chuvisco (DZ); 
 Neve (SN); 
 Neve grãos (SG); 
 Gelo (PL); 
 Cristais de gelo (IC); 
 Granizo (GR) (reportado quando o diâmetro das maiores pedras de granizo é de 5 mm ou 
mais); 
 Pequeno granizo e/ou neve (GS) (reportados quando o diâmetro das maiores pedras de 
granizo é menor que 5 mm); 
Obscurecimentos (hidrometeoros): 
Variabilidade Dos Parâmetros Meteorológicos no Aeroporto de Luanda 2018 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
 Nevoeiro (FG) (reportados quando a visibilidade é inferior a 1000 m, excepto quando 
qualificado por “MI”, “BC”, “PR” ou “VC”). 
 
O nevoeiro é um hidrometeoro formado pela condensação do vapor d'água nos níveis 
inferiores da atmosfera, colado à superfície e reduzindo-lhe a visibilidade horizontal a 
valores inferiores a 1.000 m. Verticalmente, a visibilidade fica extremamente reduzida, 
não permitindo a identificação de qualquer nuvem, astro ou aeronave, isto é, o céu torna 
invisível. 
 
 Principais tipos de nevoeiros. 
 
o Nevoeiro de Radiação – A perda de calor pela radiação da superfície 
terrestre resulta, frequentemente, na saturação do ar atmosférico que se 
encontra próximo ao solo. Principalmente nos meses de Inverno (ou 
cacimbo como é conhecido localmente), da saturação do ar atmosférico 
dos níveis mais baixos, que ocorre mais comumente à noite ou de 
madrugada, resulta o desenvolvimento de nevoeiros de radiação. 
 
o Nevoeiro de Advecção – movimento horizontal do ar quente e húmido 
sobre superfícies frias. 
 
 
o Nevoeiro Frontal – A superfície fria de uma região afetada por um sistema 
frontal poderá, em ação conjunta com a precipitação fina das nuvens mais 
baixas, saturar e condensar o meio ambiente e dar origem a esta espécie 
de nevoeiro. Se o sistema for do tipo frio, o nevoeiro formado será 
denominado "pós-frontal"; se do tipo quente, "pré-frontal". 
 
o Nevoeiro Orográfico – Numa atmosfera estável, o ar húmido pode ser 
forçado a ascender por encostas de montanhas e dar origem ao nevoeiro 
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de encosta ou "orográfico", cuja saturação tem como causa o resfriamento 
adiabático do ar ascendente. 
 
 Neblina (BR) (reportados quando a visibilidade é de pelo menos 1000 m, mas não mais 
de 5000 m). 
Obscurecimentos (litometeoros): 
 Areia (SA); 
 Poeira (DU); 
 Bruma (HZ); 
 Fumo (FU); 
 Cinzas vulcânicas (VA). 
Outros fenómenos: 
 Poeira/areia (PO); 
 Borrasca (SQ); 
 Tornado/tromba de água (FC); 
 Tempestade de areia (SS). 
 
Nuvens. 
Os comunicados METAR incluem a quantidade de nuvens, altura da base e tipo de 
nuvem, se necessário por esta ordem. 
Quantidade de nuvens, tipo de nuvem e altura da base da nuvem devem ser observados e 
relatados para descrever as nuvens com significado operacional. Mas, quando o céu está 
obscurecido, deve ser observada e reportada a visibilidade vertical, em vez da quantidade 
de nuvens, tipo de nuvem e altura da base da nuvem. 
A altura da base das nuvens e a visibilidade vertical devem ser relatadas em metros (ou 
pés). A altura da base da nuvem deve normalmente ser relatada acima da elevação do 
aeródromo e acima do nível médio do mar. 
A alturada base da nuvem deve ser comunicada em passos de 30 m (100 ft) até 3 000 m 
(10000 ft). 
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A avaliação do detalhe das nuvens só pode ser feita por um observador; no entanto, 
aparelhos são de grande ajuda na medida da altura da base das nuvens. Na estação de 
Luanda esta avaliação é feita por um observador, acima da elevação do aeródromo. 
Consideramos “teto das nuvens” como a altura (distância vertical sob o chão) da base da 
camada nebulosa mais baixa que cobre mais do que a metade do céu na altura da 
observação. 
Temperatura. 
A medição da temperatura do ar deve ser feita à altura de 1,5 a 2 metros acima do nível 
do solo num espaço aberto, e nunca muito próximo de árvores, construções ou outros 
obstáculos. 
Os termómetros devem estar dentro de abrigos. A cobertura do terreno por baixo do 
abrigo deve ser de relva para garantir que as temperaturas medidas não sejam afectadas 
pelas superfícies de cimento ou asfalto. 
A temperatura do ar e do ponto de orvalho são comunicadas em graus Celsius inteiros. 
Valores de 0,5 ºC, ou mais, são arredondados para o grau inteiro superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo II 
Localização da Área de Estudo e 
Climatologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E CLIMATOLOGIA. 
2.1. Localização do Aeroporto 
O Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, está localizado ao sul da cidade e 1 km do mar 
a 74 m de elevação acima do nível médio do mar, com orientações. As suas coordenadas 
geográficas são 08⁰51´30´´ de latitude S e 013⁰13´52´´ de longitude E (Ferreira, 1965). 
O indicativo da ICAO para o aeroporto é FNLU. 
 
 
Figura 1: Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. (Hannes Meyer) 
2.2. Climatologia de Luanda 
O clima de Luanda é tropical seco, o mesmo sofre a influência directa do anticiclone do 
Atlântico sul, por este estar situado no litoral, onde a sua estação húmida apresenta uma 
maior duração, comparando com a estação seca que tem uma curta duração (Pinho, 
2016). 
 
Nebulosidade 
Muito nublado pela madrugada e manhã, na estação seca ou cacimbo como é conhecida 
localmente, e pouco nublado durante a tarde e noite. Na época chuvosa, que vai de 
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Outubro a Abril, o céu geralmente é muito nublado pela manhã e diminui a nebulosidade 
ao longo da tarde (Ferreira, 1965). 
Nevoeiro / Neblina 
De acordo com a sua formação e tendo em conta a sua localização geográfica de Angola, 
dois tipos de neblinas são mais comuns em quase todo território angolano, a saber, neblina 
formada por efeitos radioativos e a formada por efeitos de advectivos. Muito frequente 
na estação seca (cacimbo), principalmente nos meses de Maio a Agosto (cerca de 6 – 10 
dias por mês); ocorrendo com maior frequência no mês de Julho, 1 em cada 3 dias e pouco 
frequente na estação chuvosa (os Autores e Ferreira, 1965). 
Precipitação 
A maior parte da precipitação que ocorre em Angola é do tipo convectivo normalmente é 
frequente nos períodos da tarde e noite. Outros tipos de precipitação ocorrem durante os 
períodos de transição das estações do ano; ou seja de verão para inverno e vice-versa. 
Muito frequente na estação chuvosa, ocorrendo com maior frequência nos meses de 
Março e Abril e pouco frequente na estação seca (os Autores e Atlas de Angola). 
 Vento predominante 
Devido a sua localização geográfica (Intertropical) os sistemas sinópticos do tempo 
permanentes (baixas pressões no interior do país e alta do atlântico sul), condicionam o 
vento predominante diurno e noturno quase permanente ao longo do ano. Do Oeste, 
geralmente fraco; torando-se moderado das 10 às 16 horas. Do Leste das 05 às 09 horas 
e calmo das 03 às 05 horas, muitas vezes das 0 às 10 horas (os Autores e Ferreira, 1965). 
Trovoadas 
Tendo em conta o tipo de precipitação que ocorrem em Angola (convectivo) e as nuvens 
de grande desenvolvimento vertical, característica desse tipo de precipitação, é evidente 
a ocorrência de todos os fenómenos atmosféricos nelas associadas. Assim o fenómeno 
trovoada será pouco frequente na estação seca (cacimbo). Muito frequente nos meses de 
Março e Abril (cerca de 9 a 10 dias por mês), época chuvosa, e pouco frequente nos outos 
meses (1 a 2 dias por mês) (os Autores e Ferreira, 1965). 
 
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Capitulo III 
Recolha e Tratamento dos Dados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. RECOLHA E TRATAMENTO DOS DADOS 
 
Os dados brutos foram obtidos a partir do OGIMET (página de serviço de informação 
meteorológica), copiado para o bloco de notas. Do bloco de notas, para o seu tratamento, 
eliminamos o tipo de comunicado e o indicativo de lugar (METAR FNLU), a unidade da 
força do vento (KT), a previsão de tendência (NOSIG), depois transferiu-se para o 
software Excel 2013 no formato xls, onde continuamos com o tratamento. (Apêndice) 
 
Para o estudo da frequência de fenómenos significativos, precipitantes (hidrometeoros), 
substituiu-se as abreviaturas universais do código METAR por números. Para o vento 
separou-se a direcção e a força do vento; para nuvens separou-se a quantidade e a altura 
da base, em alguns casos, confrontou-se os dados extraídos do repositório OGIMET com 
dados dos METARs arquivados no INAMET para verificar a veracidade da informação. 
 
A análise dos dados fez-se com base o software Excel do sistema operativo Windows. O 
estudo começou com a divisão do dia em quatro períodos, Madrugada (00:00 TU -05:00 
TU), Manhã (06:00TU – 11:00 TU), Tarde (12:00 TU – 17:00 TU) e Noite (18:00 TU – 
23:00 TU). Dividiu-se os dados de acordo com as estações do ano no Aeroporto de 
Luanda, estruturando primeiro uma tabela de resultados para a Época Chuvosa (Outubro, 
Novembro, Dezembro, Janeiro, Fevereiro, Março, Abril e Maio, mês de transição) e outro 
para Época Seca ou Cacimbo, como conhecido localmente (Junho, Julho, Agosto e 
Setembro, mês de transição). 
 
Fez-se o estudo do comportamento de cada parâmetro por mês e a possível relação do 
comportamento dos parâmetros de forma coletiva. 
 
Os parâmetros foram categorizados ou organizados segundo as regras do Anexo III da 
ICAO e também pelas normas de trabalho regionalmente coordenadas entre os serviços 
meteorológicos: 
 
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a) Vento: Considerou-se Quadrante Norte (315º – 45º); Quadrante Leste (46º – 135º); 
Quadrante Sul (136º – 225º); Quadrante Oeste (226º – 314º); 
 
b) Tecto: FEW (FEW), SCATTERED (SCT), BROKEN (BKN) e OVERCAST (OVC):c) Teto específico: considerou-se teto específico aos tetos mais baixos com significado ou 
impacto nas operações aeronáuticas, sendo que deverão ser Broken (BKN) ou Overcast 
(OVC) dos tetos gerais da primeira ou segunda camada e com altura inferiores ou iguais 
a 2500 Pés (cerca de 750 metros); 
 
 
d) Nuvens significativas (Sig C): são todas as nuvens significativas para aeronáutica (que 
geram perigo para aviação devido ao risco associado ao formação de gelo, descargas 
elétricas, ventos fortes, etc.) podendo ser na forma de Towering Cúmulos (TCU) ou 
Cúmulo-nimbo (CB). 
 
e) Força do vento (ff): dividiu-se o vento em duas categorias, vento fraco (inferior ou igual 
a 8 nós) e vento moderado a forte (maior ou igual a 8 nós), segundo a classificação da 
ICAO. 
 
 
f) Visibilidade (VVVV): É analisada a visibilidade para os casos em que esta é inferior ou 
iguais a 5000 m por serem estes os valores considerados representativos para a 
aeronáutica. Não se fez distinção para o tipo de fenómeno (hidrometeoro) que causou a 
redução de visibilidade. 
 
 
 
 
 
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Capitulo IV 
Resultados e Análise 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. RESULTADOS E ANÁLISE 
 
Para uma melhor compreensão, categorizou-se os resultados de acordo com o parâmetro 
em estudo por mês ou estação (chuvosa e seca). Em seguida apresentar-se-á tabelas ou 
gráficos que possam interpretar o comportamento de um certo parâmetro em relação aos 
outros, de acordo com o tipo de informação geral usado pelos utilizadores dos dados 
meteorológicos aeronáuticos. Um TAF modelo para cada mês foi criado contendo o 
comportamento típico do tempo geral no Aeroporto de Luanda de madrugada à noite 
mostrando as principais mudanças do quadrante do vento, tipo e quantidade de nuvens, a 
visibilidade e os hidrometeoros. 
4.1. Época Chuvosa 
 
Tabela 2: Frequências Absolutas por período - época chuvosa – 2013 a 2017 (Os Autores) 
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4.1.1. Análise do comportamento do Vento 
 
Os resultados mostram que a circulação geral do vento no Aeroporto de Luanda é de 
regime constante durante todo o verão soprando de quadrante Sul durante a madrugada, 
rodando para o quadrante Oeste durante o período da manhã e tarde e voltando para o 
quadrante Sul durante a noite. Durante os meses de Novembro e Dezembro este padrão 
de circulação é ligeiramente modificado sendo que a circulação começa do quadrante Sul 
de madrugada e manhã, rodando para o quadrante Oeste pela tarde e voltando para o Sul 
durante a noite (figura 2) 
 
Figura 2: Circulação geral do Vento - estação chuvosa – 2013 a 2017 (Os Autores) 
 
4.1.1.1. Resultados da Circulação por Período 
 
Os resultados mostram que a circulação predominante pela madrugada e manhã é do 
quadrante Sul, rodando para o quadrante Oeste pela tarde e, pela noite, a circulação 
retorna para o quadrante Sul. (Figura 3) 
 
 
2%
11%
41%
46%
GRÁFICO DA CIRCULAÇÃO GERAL -
ESTAÇÃO CHUVOSA
Q N Q L Q S Q O
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Figura 4: Gráfico de análise de cobertura - Nebulosidade – 2013 a 2017 (os Autores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.1.2. Análise da cobertura (Tetos das Nuvens) 
Como indicador da cobertura de nuvens escolheu-se o BROKEN (BKN) 
independentemente da sua altura por representar o grupo de nuvens que indica um estado 
de céu mais que a metade da cobertura da abóboda celeste. 
 
 
 
 
 
 
 0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
MADRUGADA MANHÃ TARDE NOITE
N E B U L O S I D A D E 
 
 
1%
19%
67%
13%
M A D R U G A D A
Q N Q L Q S Q O
 
4%
23%
38%
35%
M A N H Ã
Q N Q L Q S Q O
 
2%1%6%
91%
T A R D E
Q N Q L Q S Q O
 
1% 3%
63%
33%
N O I T E
Q N Q L Q S Q O
Figura 3: Gráficos da Circulação por períodos – 2013 a 2017 (os Autores) 
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Conclui-se que a nebulosidade no Aeroporto de Luanda está de acordo com o estudo 
realizado por Ferreira, 1965, sendo muito nublado pela madrugada e pela manhã, 
passando a pouco nublado pela tarde e noite. (Figura) 
4.1.3. Análise do Teto Específico 
Considerou-se Teto específico o BROKEN (BKN), como indicador da cobertura de 
nuvens com altura específica compreendida entre 1600 a 2500 pés (480 a 750 metros) 
sendo significativo para as operações aeronáuticas. 
Os resultados do presente estudo revelam que o teto especifico segue o mesmo padrão 
que o comportamento do teto geral. Deste modo a visibilidade vertical é mais baixa pela 
madrugada e manhã aumentando a visibilidade vertical máxima pela tarde e pela noite. 
Os meses de Outubro e Novembro são os que mais visibilidade vertical baixa apresenta, 
enquanto o mês de fevereiro pode ser considerado o mês com melhor visibilidade vertical 
durante o período de verão. 
4.1.4. Análise da Força do Vento 
Durante o período em estudo conclui-se que os meses de Outubro e Novembro 
apresentam períodos longos de dias com vento moderado, enquanto o mês de Abril 
apresenta vento com maior intensidade durante todo o período de verão. O vento é em 
geral mais forte pela tarde e noite excetuando o mês de janeiro onde o vento sopra mais 
forte pela madrugada e tarde. 
4.1.5. Análise de Nuvens Significativas e Trovoadas 
Verificou-se que, no período em estudo, as trovoadas são muito frequentes nos meses de 
Fevereiro, Março e Abril; enquanto que as nuvens significativas, TCU e CB, são muito 
frequentes em todo o verão, com menor ocorrência nos meses de Maio e Outubro. 
Tabela 3: Frequências Absolutas de Sig C e TS – 2013 a 2017 
 
Meses 
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio 
TS 9 5 8 6 37 35 43 1 
Sig C 49 275 292 204 240 345 550 64 
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4.2. Época Seca (Cacimbo) 
 
4.2.1. Análise do comportamento do Vento 
Durante os meses de cacimbo o vento é, em geral, do Quadrante Sul pela madrugada 
passando para o Quadrante Leste para manhã e, pela tarde, roda para o Quadrante Oeste, 
Tabela 4: Frequência Absolutas por períodos - estação seca (cacimbo) – 2013 a 2017 (os Autores) 
Figura 5: Gráfico de Nuvens Significa e Ocorrência de Trovoadas – 2013 a 2017 (os Autores) 
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voltando para o Quadrante sul durante a noite, com exceção do mês de Setembro (mês de 
transição) que toma a circulação observada na época chuvosa, circulando de Sul pela 
madrugada rodando para Oeste pela manhã e tarde e volta pelo quadrante Sul pela manhã. 
O vento de Quadrante Sul é o mais frequente seguindo o vento de Quadrante Oeste.Figura 6: Gráfico da Circulação Geral do Vento - estação seca – 2013 a 2017 (os Autores) 
4.2.1.1. Resultados da circulação por Período – Cacimbo 
 
Os resultados mostram que a circulação predominante pela madrugada é do quadrante Sul, 
rodando para o quadrante Leste pela manhã, passando para o quadrante oeste pela tarde e, pela 
noite, a circulação retorna para o quadrante Sul. (Figuras 7, 8) 
 
 
 
 
 
 
 
 
1%
14%
43%
42%
GRÁFICO DA CIRCULAÇÃO GERAL 
- ESTAÇÃO SECA (CACIMBO)
Q N Q L Q S Q O
 
 
0%
21%
76%
3%
M A D R U G A D A
Q N Q L Q S Q O
 
Figura 7: Circulação Geral por período - Madrugada e Manhã – 2013 a 2017 (os Autores) 
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4.2.2. Análise da cobertura (Tectos das Nuvens) 
 
O teto geral durante o cacimbo segue o mesmo padrão que o teto geral na época chuvosa, 
que é muito nublado pela madrugada e manhã e passando para pouco nublado durante a 
tarde e noite. (Figura 9) 
 
Figura 9: Gráfico de análise de cobertura – Nebulosidade – 2013 a 2017 (os Autores) 
 
4.2.3. Análise do Tecto Específico e Fenómeno (Hidrometeoros) 
Considerou-se Teto específico o BROKEN (BKN), como indicador da cobertura de 
nuvens com altura específica até 1500 pés (450 metros) sendo significativo para as 
operações aeronáuticas. (Ver tabela 5 e Figura 10) 
 
 
Figura 8: Circulação Geral por períodos - Tarde e Noite – 2013 a 2017 (os Autores) 
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 Meses 
 Jun Jul Ago Set 
HIROMETEOROS 148 289 310 80 
TECTO 
ESPECÍFICO 
9 0 3 9 
VENTO FRACO 712 856 907 611 
Tabela 5:Frequências Absolutas de Hidrometeoros, Tecto específico e vento fraco – 2013 a 2017 
(os Autores) 
O estudo revela que os meses de Julho e Agosto são os apresentam maior ocorrência de 
fenómenos tais como a Neblina, Nevoeiro ou Bruma Seca e, também, de ventos fracos 
(menores ou iguais a 3 nós) enquanto que os meses de Junho e Setembro são os meses 
que apresentam maior ocorrência de tetos inferiores a 1500 pés. (Figura) 
Isto prova que não há relação directa entre a ocorrência dos fenómenos e a visibilidade 
vertical, dado que os fenómenos podem ocorrer afectando simplesmente a visibilidade 
horizontal. 
 
Figura 10: Gráfico de Tecto, Hidrometeoros e Vento Fraco – 2013 a 2017 (os Autores) 
 
4.2.4. Análise da Visibilidade 
Apresentam-se os resultados das frequências absolutas para os episódios de redução de 
visibilidade no aeródromo. Concluiu-se que a visibilidade no Aeroporto de Luanda é 
geralmente superior a 8000 m o que significa a existência de condições de visibilidade 
que não prejudicam a segurança das operações aeronáuticas. 
Jun Jul Ago Set
148
289 310
809 0 3 9
712
856 907
611
GRÁFICO DE TETO, HIDROMETEOROS 
e VENTO
HIDROMETEOROS TETO ESPECÍFICO VENTO FRACO
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Para as visibilidades inferiores a 5000 m a redução de visibilidade é devida 
principalmente à ocorrência de hidrometeoros (Nevoeiro, Neblina e Bruma seca). 
Também verificou-se que nos de Julho e Agosto há maiores casos de ocorrências de 
visibilidade horizontal reduzida (figura) 
 
Figura 11: Gráfico de frequências de ocorrência de visibilidade horizontal reduzida – 2013 a 2017 (os 
Autores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0
200
400
Jun Jul Ago Set
G RÁFICO DA VIS IB IL IDADE
VISIBILIDADE ≤ 5000
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4.3. TAF’s Modelos para cada Estação do Ano. 
 
Ordem fixa 
TAF FNLU YYGGggZ Y1Y1G1G1 dddff VVVV W´W´ NsNsNshshshs(CC) 
 TTTT YYGG/YeYeGeGe dddff VVVV W´W´ NsNsNshshshs(CC)= 
 
4.3.1 ESTAÇÃO CHUVOSA 
TAF FNLU YYGGggZ MADRUGADA ddd(QS)ff VVVV W´W´NsNsNshshshs(CC) 
 BECMG MANHÃ ddd(QS/QO)ff VVVV W´W´ NsNsNshshshs(CC) 
 BECMG TARDE ddd(QO)ff VVVV W´W´ NsNsNshshshs(TCU/CB) 
 BECMG NOITE ddd(QS)ff VVVV W´W´ NsNsNshshshs(CC)= 
 
4.3.2 ESTAÇÃO SECA (CACIMBO) 
TAF FNLU YYGGggZ MADRUGADA ddd(QS)ff VVVV (≤8000) BKN(≤1500pés) 
 BECMG MANHÃ ddd(QL)ff(≤03KT) VVVV(≤5000) BR BKN(≤1500pés) 
 BECMG TARDE ddd(QO)ff VVVV (˃5000) NsNsNshshshs (˃ 1500pés) 
 BECMG NOITE ddd(QS)ff VVVV NsNsNshshshs (˃ 5000pés)= 
 
 
 
 
 
 
 
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Capitulo V 
Conclusões e Recomendações 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
 
5.1. Conclusões 
 
Analisando todos os resultados obtidos no presente estudo pode-se concluir que: 
 De forma geral, a circulação no Aeroporto de Luanda é predominantemente do 
Sul pela madrugada, rodando para o quadrante Oeste pela manhã e tarde, voltando 
para o quadrante Sul a noite e obedece aos aspectos gerais do tempo para esta 
região da Africa Austral (costa Ocidental Sul) e também, de acordo, com outros 
estudos realizados sobre esta região. 
 
 Os meses de Março e Abril são os mais turbulentos com ocorrência de trovoadas 
e nuvens de grande desenvolvimento vertical, sendo o período da tarde com mais 
casos. O mês de Abril também está associado a ocorrência de ventos fortes. 
 
 
 A nebulosidade nas duas estações do ano é maior pela madrugada e manhã. 
 
 Os meses de Julho e Agosto são os meses com maior ocorrência, durante manhãs, 
de fenómenos de obscurecimento horizontal (nevoeiro, neblina e bruma seca) e 
conclui-se que os fenómenos de obscurecimento não têm uma relação directa com 
a visibilidade vertical; Julho e Agosto também são os meses onde se observam os 
ventos mais fracos durante o cacimbo. 
 
 Em termos de visibilidade vertical os meses de Junho e Setembro são os que 
apresentam maiores números de ocorrências (inferiores ou iguais a 1500 pés). 
 
 
 
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5.2. Recomendações 
 
Recomenda-se: 
 Que se faça mais estudos no referido Aeroporto com períodos mais abrangentes. 
 
 Que se faça estudos semelhantes em outros Aeroportos do País. 
 
 Que o departamento de Geofísica tenha uma relação mais estreita com o 
INAMET, para que não haja dificuldades em questões como dados, materiais e 
estágio em Meteorologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Amílcar Ernesto A. José e António M. Lameira Gaspar 
 
Bibliografia 
 
 Livros / Monografias. 
Annex III to the Convention on International Civil Aviation, Meteorological Service for 
International Air Navigation, Eighteenth edition, July 2013. 
FERREIRA, H. A. (1965).Climatologia Dinâmica da África Meridional. Lisboa. 
NAVARRO,P. V. (2011). Climatologia Aeronáutica do Aeroporto de Ponta Delgada. 
Aveiro: Universidade de Aveiro. Departamento de Física 2011. 
Technical Regulations, Basic Documents No. 2, Meteorological Service for Air 
Navigation, Volume II, WMO – No. 49, 2013 edition. 
PINHO, H. (2016). ALTAS DE ANGOLA. Angola: Plural Editores, Junho 2016. 
SONMARKER, J. B. (2011/2012 ).Meteorologia. São Paulo. Editora ASA. 
 Sites. 
http://www.aemet.es/es/divulgacion/aeronautica/detalles/Meteorologia_del_ 
aeropuerto_de_La_Palma. 
http://www.theafricanaviationtribune.com/2012/11/angola-luandas-4-de-fevereiro-
airport.html 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
Anexo 1: Tabela 4678 - Tempo significativo presente e previsto. 
 
 
 
 
 
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APÊNDICES 
 
Tabela de dados de METAR de Janeiro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Fevereiro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Março de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Abril de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Maio de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Junho de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Julho de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Agosto de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Setembro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Outubro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Novembro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Dezembro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Janeiro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Fevereiro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Março de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Abril de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Maio de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Junho de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Julho de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Agosto de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Setembro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Outubro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Novembro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de dados de METAR de Dezembro de 2017

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