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R. C. Sproul - A triunidade de Deus

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A TRIUNIDADE DE DEUS
R. C. Sproul
Verdades essenciais da fé cristã; doutrinas básicas em linguagem simples e prática. v. 1 (São Paulo: Cultura Cristã, 1999), pp. 35-36.
A doutrina da Trindade deixa todos nós perplexos por sua dificuldade. Alguns têm pensado que o cristianismo ensina a absurda noção que 1+1+1=1. Esta evidentemente é uma equação falsa. O termo Trindade descreve o relacionamento não de três deuses mas de um Deus em três pessoas. Trindade não é a mesma coisa que triteísmo, ou melhor, que haja três seres que juntos são Deus. A palavra Trindade é usada num esforço de definir a plenitude da Divindade tanto em termos de sua unidade como de sua diversidade.
A formulação histórica da Trindade é que Deus é um em essência e três em pessoa. Embora a fórmula é misteriosa e até mesmo paradoxal, de maneira nenhuma é contraditória. A unidade da Divindade é afirmada em termos de essência ou ser, enquanto a diversidade da Divindade é expressada em termos de pessoa.
Embora o termo Trindade não seja encontrado na Bíblia, o conceito claramente está lá. De um lado a Bíblia enfaticamente afirma a unidade de Deus (Dt.6.4). Por outro lado a Bíblia claramente afirma a completa deidade das três pessoas da Divindade: o Pai, o Filho, o Espírito Santo. A Igreja tem rejeitado as heresias do modalismo e do triteismo. O modalismo nega a distinção das pessoas da Divindade, imaginando que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são meramente formas como Deus se expressa a si mesmo. Triteísmo, por outro lado, declara falsamente que existem três seres que juntos compõem Deus. 
O termo pessoa não significa uma distinção em essência mas uma diferente substância na Divindade. Uma subsistência na Divindade é a diferença real mas não uma diferença essencial no sentido de uma diferença no ser. Cada pessoa subsiste ou existe "sob" uma essência pura da deidade. Subsistência é uma diferença dentro do escopo do ser, não um ser separado ou essência. Todas as pessoas na Divindade têm todos os atributos da deidade.
Há também uma distinção na obra feita por cada membro da Trindade. A obra da Salvação no sentido comum é feita pelas três pessoas da Trindade. Mas pensando em termos de atividade, há diferentes operações assumidas pelo Pai, pelo Filho, e pelo Espírito Santo. O Pai toma a iniciativa na criação e na redenção; o Filho redime a criação; o Espírito Santo regenera e santifica, aplicando redenção aos crentes.
Trindade não se refere a partes de Deus ou mesmo papéis em Deus. As analogias humanas tais como as do homem que é um pai, filho e também marido falham em entender o mistério da natureza de Deus.
A doutrina da Trindade não explica completamente o caráter misterioso de Deus, no entanto, estabelece limites fora dos quais nós não podemos colocar o nosso pé. Ela define os limites de nossa finita reflexão. Ela exige que sejamos fiéis à revelação bíblica de que num sentido Deus é um e num diferente sentido Ele é três.

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