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Processo do Trabalho

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PROCESSO 
DO TRABALHO 
Prof. Cleize Kohls
REVISÃO 
PROCESSO DO TRABALHO: Dissídios individuais e coletivos. 
Formas de solução de conflitos 
 AUTOTUTELA
 AUTOCOMPOSIÇÃO
 HETEROCOMPOSIÇÃO
CCP – COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - Art. 625-A E SS 
As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, 
de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, 
com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. 
O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória 
geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 
As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização 
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. O prazo 
prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação 
Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo. 
DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL – incluído pela lei 
13.467/17 
As partes celebrar acordo extrajudicial e pedir homologação judicial. O art. 855-
B, prescreve que o processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por 
petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 
 
 
Atenção!!! As partes não poderão ser representadas por advogado comum. E, 
faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
 
Conforme art. 855-C, a possibilidade de celebrar acordo extrajudicial não 
prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 da CLT e não afasta a aplicação da 
multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação. 
Nos termos do art. 855-D, no prazo de quinze dias a contar da distribuição da 
petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e 
proferirá sentença. 
A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo 
prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. O prazo prescricional 
voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a 
homologação do acordo. (Art. 855-E). 
 
ARBITRAGEM: Conforme o art. 507-A, nos contratos individuais de trabalho cuja 
remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula 
compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a 
sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro 
de 1996. 
 
ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA Justiça do Trabalho 
Órgãos que compõe a Justiça do Trabalho: art. 111 da CF 
• Tribunal Superior do Trabalho –TST (Brasília): 27 ministros, escolhidos entre 
brasileiros com mais de 35 anos e menores de 65 anos, nomeados pelo 
Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado 
Federal. É composto pelo Tribunal Pleno, Órgão especial, Seção 
Especializadas em Dissídios Coletivos, Seção Especializada em Dissídios 
Individuais e Turmas. 
 
 
• Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs (região): no mínimo 7 juízes 
recrutados e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros com 
mais de 30 e menos de 65 anos. 
• Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho). 
 
Competência da JT – art. 114 da CF 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
 II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
 V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
 VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , 
e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
Em razão da matéria: definida em razão da lide descrita na petição inicial. 
Competência para julgar ações oriundas das relações de trabalho (gênero). 
Atenção!!! Diferença entre relação de emprego e relação de trabalho. A 
primeira é espécie, enquanto a segunda é gênero. A segunda inclui qualquer vínculo 
 
 
jurídico por meio do qual uma pessoa executa obra ou serviço à outra (trabalho 
autônomo, eventual, avulso, etc). 
Atenção!!! Justiça do Trabalho é incompetente para: ações acidentárias 
(previdenciárias) decorrentes de acidente do trabalho; e ações envolvendo servidores 
públicos estatutários. E a Justiça do Trabalho é incompetente para processar e julgar 
ações decorrentes de cobrança de honorários advocatícios (Súmula 363 STJ: 
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por 
profissional liberal contra cliente.) 
Além disso, ela é incompetente para a matéria criminal. Nesse sentido a súmula 
62 do STJ que diz: “Compete a justiça estadual processar e julgar o crime de falsa anotação 
na carteira de trabalho e previdência social, atribuído a empresa privada.” 
É competente para processar e julgar ações que envolvem exercício de direito 
de greve, inclusive ações possessórias, a teor da Súmula Vinculante 23 do STF: 
“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória 
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da 
iniciativa privada.” 
É competente também para processar e julgar ações sobre representação 
sindical. Nessa situação enquadram-se disputas de base territorial de representação 
de categoria. 
Incluem-se ainda os Habeas Corpus, Habeas Datas e Mandado de 
Segurança, quando o ato questionado envolver a matéria sujeita à sua jurisdição. 
 
 
 
Ações de indenização por dano moral ou patrimonial também se incluem na 
competência da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula nº 392 do TST 
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça 
do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por 
dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as 
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que 
propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
Lembre-se que o MS cabe quando da tutela provisória (S. 414 do TST) 
e da cobrança antecipada dos honorários do perito (OJ 98 da SDI-2). 
 
 
 
Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais 
decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra 
empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito 
em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 
45/04. 
 
E, a Justiça do Trabalho tem competência para a EXECUÇÃO das 
contribuições previdenciárias. 
Não confunda com a competência para cobrança. E, no caso de execução é 
somente das sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e dos acordos que 
homologar. Veja: 
 
Súmula nº 368 do TST 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimentodas 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à 
execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo 
homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-
1 - inserida em 27.11.1998). 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de 
condenação judicial. A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas 
remuneratórias, contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos 
pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que 
recaia sobre sua quota-parte. (ex-OJ nº 363 da SBDI-1, parte final) 
III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no 
caso de ações trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de 
conformidade com o art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/1999 que 
regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 
198, observado o limite máximo do salário de contribuição (ex-OJs nºs 32 e 
228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001). 
IV - Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes 
de créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo, para os 
serviços prestados até 4.3.2009, inclusive, o efetivo pagamento das verbas, 
configurando-se a mora a partir do dia dois do mês seguinte ao da liquidação 
(art. 276, “caput”, do Decreto nº 3.048/1999). Eficácia não retroativa da 
alteração legislativa promovida pela Medida Provisória nº 449/2008, 
posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação ao 
art. 43 da Lei nº 8.212/91. 
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador das 
contribuições previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas 
 
 
reconhecidos ou homologados em juízo a data da efetiva prestação dos 
serviços. Sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas a partir da 
prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez apurados os 
créditos previdenciários, aplica-se multa a partir do exaurimento do prazo de 
citação para pagamento, se descumprida a obrigação, observado o limite 
legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei nº 9.430/96). 
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido 
acumuladamente deve ser calculado sobre o montante dos rendimentos 
pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação 
da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores 
constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do 
recebimento ou crédito, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 
22/12/1988, com a redação conferida pela Lei nº 13.149/2015, observado o 
procedimento previsto nas Instruções Normativas da Receita Federal do 
Brasil. 
 
Súmula nº 454 do TST. 
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição 
referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de 
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), 
pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do 
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 
8.212/1991). 
OJ 376 SDI-I. 
É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e 
homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a 
proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e 
indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do 
acordo. 
OJ 398 SDI-I. 
Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de 
vínculo empregatício, é devido o recolhimento da contribuição previdenciária, 
mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços e de 11% por 
parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte individual, sobre 
o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. Inteligência do § 4º 
do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 8.212, de 24.07.1991. 
Súmula nº 401 do TST. 
Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo juízo 
executório, ainda que a sentença exequenda tenha sido omissa sobre a 
questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os 
disciplina. A ofensa à coisa julgada somente poderá ser caracterizada na 
hipótese de o título exequendo, expressamente, afastar a dedução dos 
valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ 
nº 81 da SBDI-2 - inserida exeqüendo, expressamente, afastar a dedução dos 
valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ 
nº 81 da SBDI-2 – inserida). 
 
 
 
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
Os conflitos de competência podem ser positivos ou negativos. Ou sejam, há 
dois juízos se dizendo competentes ou incompetentes para jugar a demanda. 
Exemplos: VT X VT; TRT X TRT, TJ X TRT 
Para resolver os conflitos, temos que observar as seguintes regras: 
Constituição Federal: 
• Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto 
no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre 
juízes vinculados a tribunais diversos; 
 
• Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer 
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
 
• CLT - Art. 803 - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na 
administração da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho 
 
CLT: Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão 
resolvidos: 
 
 
 a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de 
Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
 b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais 
Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais 
Regionais diferentes; 
 c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do 
Trabalho e de Previdência Social; 
 d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da 
Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
 
 E, por fim: 
Súmula nº 420 do TST. Não se configura conflito de competência entre 
Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 
115 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003) 
Assim, seriam resolvidos da seguinte forma: 
 
VT X VT = TRT 
TRT X TRT = TST 
TJ X TRT = STJ 
TST X STJ = STF 
 
Competência Territorial 
Art. 651 CLT- A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar 
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no 
estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência 
será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o 
empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em 
que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, 
desde que o empregado seja brasileiroe não haja convenção internacional dispondo 
em contrário. 
 § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos 
serviços. 
 
Logo: 
• REGRA: a competência para a propositura da demanda trabalhista é a da 
localidade da prestação dos serviços, independentemente do local da 
contratação. 
• CASOS EXCEPCIONAIS: agente ou viajante comercial (§1º); agência ou filial 
brasileira (§2º); e empresas que realizam atividades fora do lugar da celebração 
do contrato (§3º); 
Não se aplica o foro de eleição!!! 
 
PRINCÍPIOS 
• JUS POSTULANDI - Significa que, na Justiça do Trabalho, as partes podem 
litigar pessoalmente, sem patrocínio de advogados. O art. 133 da CF/88 não 
revogou a CLT. O TST já se pronunciou sobre o assunto, firmando esse 
entendimento. Localiza-se na CLT, arts. 791, 839, a, 840 e 846. 
De acordo com a Súmula n. 425 do TST, o Jus Postulandi se restringe as Varas 
do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho, não abrangendo as instâncias 
extraordinárias. 
 
 
 
Súmula n. 425 do TST. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às 
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando 
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
• Ultrapetição da sentença - Em alguns casos, e exatamente porque admite o 
jus postulandi, a sentença trabalhista pode conceder além do pedido. 
Caso típico é aquele em que o empregado reclama verbas rescisórias que decorrem 
de uma relação de emprego que não é reconhecida pelo empregador. Nesse caso, 
reconhecida por sentença a relação de emprego, o juiz pode condenar a empresa, de 
ofício, a anotar a CTPS do empregado; ainda que não tenha sido pedida a dobra das 
verbas salariais incontroversas, o juiz poderá determiná-la na sentença, ante o 
comando imperativo do art. 467 da CLT. Ver, também, os arts. 484 e 496 da CLT. 
 
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do 
contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria 
devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. 
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, 
dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente 
quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá 
converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo 
seguinte. 
 
• Oralidade - prevalência da palavra como meio de expressão. A oralidade 
pressupõe outro princípio: imediação ou imediatidade, isto é, o contato direto 
do juiz com as partes e com as provas. No direito comum, a aplicação desse 
princípio impõe a identidade física do juiz, isto é, determina que o juiz que haja 
presidido à instrução, isto é, assistido a produção das provas, em contato 
pessoal com as partes, testemunhas, peritos julgue a causa. As impressões 
colhidas pelo juiz no contato direto com as partes, provas e fatos são elementos 
decisivos no julgamento. Localiza-se na CLT, art. 840, § 2º, 846, 848 e 850. 
• Pagamento imediato das parcelas salariais incontroversas - Impõe 
pesados encargos ao empregador que protela pagamento de verbas salariais 
 
 
incontroversas. O art. 467 da CLT manda pagar em acrescidas de 50% as 
verbas rescisórias incontroversas. 
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia 
sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar 
ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte 
incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta 
por cento. 
Lembrem-se: A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 (S. 388 TST) 
• Irrecorribilidade das interlocutórias - visa impedir, tanto quanto possível, 
interrupções da marcha processual; motivadas por recursos opostos pelas 
partes das decisões do juiz. A matéria fica imune à preclusão, sendo 
apreciada depois, pelo Tribunal. Atende ao princípio da celeridade 
processual. Localiza-se na CLT, arts. 799, § 2º e 893, § 1º. 
• Celeridade - Significa que todos os sujeitos processuais (partes, advogado, 
juízes, auxiliares, perito, intérprete, testemunhas etc.) devem agir de modo a 
que se chegue rapidamente ao deslinde da controvérsia com o menor 
dispêndio de atos, energia e custo e com o maior grau de justiça e de segurança 
na entrega da prestação jurisdicional. Localiza-se na CLT, arts. 765, 768 (nos 
casos de falência) e 843 a 852. 
• IGUALDADE/ISONOMIA: não só a formal, necessidade de adaptação. 
Exceções: a) custas dispensadas aos necessitados e carentes; b) duplo grau de 
jurisdição obrigatório pessoas jurídicas de direito público. 
• CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA 
• IMPARCIALIDADE DO JUIZ 
• DEVIDO PROCESSO LEGAL 
• ACESSO À JUSTIÇA 
• IMPULSO OFICIAL (ART. 2º CPC E ART. 765 CLT) 
• IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA (ART. 302 CLT) 
 
 
• PRECLUSÃO: a nulidade deve ser alegada na primeira oportunidade 
Preclusão consumativa: uma vez praticado o ato a parte não pode fazê-lo 
novamente 
Preclusão temporal: perda do prazo previsto 
Preclusão lógica: ato incompatível com outro 
Preclusão ordinária: a nulidade validade de um ato depende de um ato anterior 
Preclusão máxima: coisa julgada 
 
FONTES 
São fontes do Direito Processual do Trabalho: 
a) Lei: 
Constituição Federal 
Leis Processuais Trabalhistas 
Código de Processo Civil e Leis Processuais Civis 
b) Regimentos Internos dos Tribunais 
c) Costume 
d) Princípios 
e) Jurisprudência 
f) Equidade 
g) Doutrina 
 
NULIDADES 
Meras irregularidades sem consequências: Alguns atos processuais podem não se 
revestir de formalidades legais, mas não trazerem consequência alguma para a 
validade do processo, tais como uso de abreviaturas ou termos lavrados com tinta 
clara ou lápis (CPC, art. 272, §3º). 
Irregularidades com sanções extraprocessuais: Alguns atos praticados sem 
observância de alguns requisitos legais geram apenas sanções fora do processo 
 
 
(geralmente, de ordem disciplinar), como é o caso do juiz que retarda, sem justificativa, 
a prática de algum ato (CPC, art. 143, II). 
Irregularidades que acarretam nulidades processuais: Há, aqui, uma 
consequência processual de acordo com a gravidade da nulidade, que, por isso pode 
ser relativa ou absoluta. 
Irregularidades que acarretam a inexistência do ato processual: A sentença sem 
assinatura do juiz é, segundo entendimento quase unânime, inexistente. A própria lei 
instrumental civil prevê expressamente que os atos processuais não ratificados 
praticados por advogado que atua sem instrumento de mandato são considerados 
inexistentes (CPC, art. 104, §2º). 
 
A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada 
no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o poder de 
dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará 
configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo estando às partes de acordo com 
o ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de ordem pública 
absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. 
Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as 
regras de competência funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá 
a nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o 
processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado 
pelo juízo incompetente.Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao 
interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da 
parte e não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte 
interessada sanar o vício que a determina. Por exemplo, não estando a parte 
devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja 
sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente. 
 
 
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só 
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes. 
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação 
das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de 
falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma 
ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade 
competente, fundamentando sua decisão. 
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a 
que ela se estende. 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência 
Súmula nº 427 do TST. 
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam 
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, 
salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
DAS PARTES E PROCURADORES 
• Capacidade de ser parte: aptidão de ser titular de direitos e deveres 
• Capacidade processual: aptidão para a prática de atos processuais sem a 
necessidade de assistência ou representação. 
• Litisconsórcio – cumulação de lides, com pluralidades de pessoas no polo ativo 
ou passivo. Lembrar do NÃO prazo em dobro!!!! 
 
OJ 310 SDI-I. 
 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 
1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de 
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. 
 
 
 
• Representação: absolutamente incapazes (art. 3º do CC) 
• Assistência: relativamente incapazes (art. 4º do CC) 
 
 Art. 793 – CLT- A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por 
seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do 
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador 
nomeado em juízo. 
 
• Pessoas jurídicas (CPC, art. 75, VIII): Representantes designados nos 
estatutos ou, se não designado, por seus diretores 
• Pessoas jurídicas de direito público 
União/Estados/DF – Procuradores 
Municípios – prefeitos e procuradores 
Autarquias e fundações - procuradores 
 
OJ 318. 
I - Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em 
nome das autarquias e das fundações públicas. 
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar as 
respectivas autarquias e fundações públicas em juízo somente se 
designados pela lei da respectiva unidade da federação (art. 75, IV, do 
CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido. 
Súmula nº 436 do TST. 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e 
fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, 
por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de 
mandato e de comprovação do ato de nomeação. II - Para os efeitos do item 
anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do 
cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na 
Ordem dos Advogados do Brasil. 
Súmula 395 
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém 
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da 
demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 
11.08.2003) 
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, 
o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento 
no aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, 
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, 
do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) 
 
 
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento 
é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - 
DJ 09.12.2003) 
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e 
IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja 
sanado o vício, ainda que em instânciarecursal (art. 76 do CPC de 2015). 
 
Súmula nº 383 do TST 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos 
autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter 
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, 
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) 
dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante 
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e 
não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, 
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o 
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não 
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará 
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido 
(art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
 
Lembrar!!! Art. 104 do CPC: para evitar decadência, prescrição ou ato urgente: ato 
condicional (prazo 15 dias, prorrogável por mais 15). 
 
HONORÁRIOS 
 Com a reforma trabalhista sempre haverá honorários de sucumbência, sendo 
estes entre 5% a 15%, e devidos mesmo pelo beneficiário da justiça gratuita, se tiver 
créditos naquele processo ou em outro. 
Atenção!!! Alteração - lei 13467/17: 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários 
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% 
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da 
causa. 
§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas 
ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
 
 
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência 
recíproca, vedada a compensação entre os honorários. 
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, 
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações 
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em 
julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a 
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessãode gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.” 
 
ASSITÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA 
• Assistência Judiciária Gratuita – direito da parte de ter um advogado do 
Estado gratuitamente, bem como estar isenta das despesas e taxas. 
• Assistência Gratuita – direito à gratuidade de taxas, custas, emolumentos, 
honorários de perito, etc. 
 
 No Processo do Trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita está disciplinada no 
art. 14, § 1º, da Lei n. 5.584/70 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 
nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria 
profissional a que pertencer o trabalhador. 
§ 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou 
inferior ao dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício 
ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação 
econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio 
ou da família. 
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado 
fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência 
 
 
Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta 
e oito) horas. 
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o 
atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde 
resida o empregado. 
 
Requisitos para a concessão da JUSTIÇA GRATUITA: 
CLT, no art. 790, § 3 º e §4º: 
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, 
àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) 
do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar 
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.” (NR) 
 
Observar que, para o TST bastaria a declaração de hipossuficiência. 
 
Súmula nº 463 do TST 
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita 
à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada 
pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com 
poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); 
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a 
demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do 
processo. 
 
O benefício da Justiça gratuita deve ser requerido na inicial ou na defesa, 
mas é importante lembrar da OJ 269 da SDI-I do TST: 
269. I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo 
ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento 
formulado no prazo alusivo ao recurso; 
II – Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, 
cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, 
§ 7º, do CPC de 2015). 
 
PRAZOS 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS 
 
 
COMO REGRA GERAL: os prazos processuais são contados excluindo-se o 
dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. 
Atenção, com a reforma trabalhista os prazos passam a ser contados em dias 
úteis. 
Art. 774 a 776 da CLT: 
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título 
contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita 
pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado 
o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do 
Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da 
Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser 
encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio 
ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-
la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Alteração trazida pela lei 13467/17: Art. 775. Os prazos 
estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com 
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente 
necessário, nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a 
ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à 
tutela do direito. 
Art. 776 - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos 
escrivães ou secretários. 
 
Também há três Súmulas que frequentemente são cobradas no exame de 
ordem: 
Súmula nº 1 do TST- 
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de 
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira 
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia 
útil que se seguir. 
 
 
Súmula nº 385 do TST 
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a 
existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 
1.003, § 6º, do CPC de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de 
feriado local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, 
cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o 
vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não 
conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal; 
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a 
decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos; 
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, 
mediante prova documental superveniente, em agravo de instrumento, 
agravo interno, agravo regimental, ou embargos de declaração, desde que, 
em momento anterior, não tenha havido a concessão de prazo para a 
comprovação da ausência de expediente forense. 
 
 
Súmula nº 262 do TST 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no 
primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 
- Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior 
do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000) 
 
SUSPENSÃO: a contagem é paralisada e retoma de onde parou. 
Ex: férias forenses 
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias 
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. (Incluído 
dada pela Lei nº 13.545, de 2017) 
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os 
juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da 
Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições 
durante o período previsto no caput deste artigo. (Incluído dada pela Lei 
nº 13.545, de 2017) 
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem 
sessões de julgamento. (Incluído dada pela Lei nº 13.545, de 2017) 
 
INTERRUPÇÃO: a contagem é inutilizada e recomeça-se a contagem do início. 
Ex: Embargos de Declaração 
 
Também é importante lembrar do DECRETO 779/69 que refere que: 
 
 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de 
direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade 
econômica: 
II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidaçãodas Leis do 
Trabalho; 
III - o prazo em dôbro para recurso; 
 
RITOS 
SUMÁRIO 2 SM 
SUMARÍSSIMO ATÉ 40 SM 
ORDINÁRIO + 40 SM 
 
RITO SUMÁRIO 
Demandas de até 2 SM 
Restrição de recursos: matéria constitucional e ED 
 
RITO SUMARÍSSIMO 
 O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pelo 
advento da Lei n. 9.957, de 12-1-2000, que incluiu os arts. 852-A a 852-I na CLT. 
 Segundo o diploma consolidado alterado, os dissídios individuais cujo valor não 
exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação 
serão processados pelo rito sumaríssimo (CLT, art. 852-A). 
 
 
 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor 
correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta indicação do 
nome e endereço do reclamado; 
Estarão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que seja 
parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
 
 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze 
dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, 
de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste 
artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao 
pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço 
ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações 
enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
 
Não esqueça que: 
- O pedido deve ser certo, determinado e com a indicação do valor. 
- Não se faz citação por edital nesse rito. 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e 
julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, 
que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas 
a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, 
podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou 
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de 
experiência comum ou técnica. 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as 
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a 
solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos 
essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à 
solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que 
possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais 
questões serão decididas na sentença. 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, ainda que não requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-
á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo 
absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
 
 
 
 
 
 
Atenção!!! 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à 
audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o 
juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
 
 
 
 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será 
deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto 
da perícia e nomear perito. 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo 
comum de cinco dias. 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo 
dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado 
nos autos pelo juiz da causa. 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com 
resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e 
equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum. 
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que 
prolatada 
 
Assim, possui algumas peculiaridades: 
Audiência Una; 
Sentença não precisa de relatório; 
São ouvidas apenas 2 testemunha por parte; 
Petição inicial deve indicar obrigatoriamente o valor de cada pedido na ação; 
Não se admite a citação por edital; 
Audiência deve ser marcada em no máximo 45 dias; 
 
 
RITO ORDINÁRIO 
O procedimento ordinário dos dissídios individuais, no processo trabalhista, 
está regulado, de forma esparsa entre o art. 763 e o art. 852 da CLT. As reclamatórias 
trabalhistas que se submetem ao rito ordinário são as de valores que ultrapassem 40 
(quarenta) salários mínimos, na data de seu ajuizamento. 
No rito ordinário deve ocorrer obrigatoriamente 2 audiências: de conciliação e 
de instrução. 
LEMBRE DESSAS 
CARACTERISTIC
AS POIS SÃO 
FREQUENTEME
NTE PEDIDAS 
EM PROVA 
 
 
Para compreender os requisitos da petição inicial trabalhista é prudente 
analisar os fundamentos do CPC e da CLT: 
Art. 283 CPC - A petição inicial será instruída com os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. 
Art. 396 CPC- Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283) ou a 
resposta (art. 297) com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. 
Art. 787 CLT- A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e 
desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. 
Art. 830 CLT- O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no 
original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-
forma ou cópia perante o juiz ou tribunal 
Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
Atenção!!! Artigo alterado: 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação 
do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos 
de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, 
determinado e com indicação de seu valor, a data e a 
assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas 
vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, 
observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste 
artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.” 
As partes, conforme dispõe o art. 840 da CLT, poderão realizar a petição inicial 
na forma oral, observando o seguinte: 
Art. 731 CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação 
verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 
786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de 
perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça 
do Trabalho. 
 
Ou seja, incorrerá na pena de perempção provisória aquele que não retornar 
quando fizer reclamação verbal. E, a mesma penalidade é aplicada quando o 
reclamante por duas vezes seguidas não comparecer na audiência inicial ou una. 
MUITA ATENÇÃO 
COM O ART. 840 
 
 
Art. 732 CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, 
por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 
844. 
Fique atento: a penalidade em comento só se aplica no caso de arquivamento 
por não comparecimento, e não por outras razões de arquivamento.PROTOCOLO E NOTIFICAÇÃO 
Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao 
reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do 
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.( Art. 841) 
A notificação da reclamada é feita pelo correio no processo de conhecimento. 
 
RECLAMAÇÃO PÚRIMAS 
Conforme Art. 842, sendo várias as reclamações e havendo identidade de 
matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da 
mesma empresa ou estabelecimento. 
 
TUTELA PROVISÓRIA - LIMINAR 
 Também é matéria que pode constar da petição inicial ou de pedido a qualquer 
tempo do processo, desde que presente os requisitos. 
 A tutela provisória pode der de URGÊNCIA ou EVIDÊNCIA, e segue a disciplina 
do CPC – art. 300 e ss. 
Ex: reintegração, transferência. 
 Na CLT encontramos que: 
 
Art. 659 - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das 
que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as 
seguintes atribuições: 
 
 
IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações 
trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos 
parágrafos do artigo 469 desta Consolidação. 
 X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações 
trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, 
suspenso ou dispensado pelo empregador. 
 
Lembrar!!! 
 Art. 769, CLT- aplicação subsidiária do CPC nas demandas trabalhistas nos casos 
omissos, naquilo que não for incompatível com o processo do trabalho. 
 
IN 39 TST: 
Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, em razão 
de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código 
de Processo Civil: I - art. 63 (modificação da competência territorial e eleição de foro); 
II - art. 190 e parágrafo único (negociação processual); III - art. 219 (contagem de 
prazos em dias úteis); IV - art. 334 (audiência de conciliação ou de mediação); V - art. 
335 (prazo para contestação); VI - art. 362, III (adiamento da audiência em razão de 
atraso injustificado superior a 30 minutos); VII - art. 373, §§ 3º e 4º (distribuição diversa 
do ônus da prova por convenção das partes); VIII - arts. 921, §§ 4º e 5º, e 924, V 
(prescrição intercorrente); IX - art. 942 e parágrafos (prosseguimento de julgamento 
não unânime de apelação); X - art. 944 (notas taquigráficas para substituir acórdão); 
XI - art. 1010, § 3º(desnecessidade de o juízo a quo exercer controle de 
admissibilidade na apelação); XII - arts. 1043 e 1044 (embargos de divergência); XIII 
- art. 1070 (prazo para interposição de agravo). 
 
Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de 
omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os 
seguintes temas: I - art. 76, §§ 1º e 2º (saneamento de incapacidade processual ou 
de irregularidade de representação); II - art. 138 e parágrafos (amicus curiae); III - art. 
139, exceto a parte final do inciso V (poderes, deveres e responsabilidades do juiz); 
IV - art. 292, V (valor pretendido na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano 
moral); V - art. 292, § 3º (correção de ofício do valor da causa); VI - arts. 294 a 311 
 
 
(tutela provisória); VII - art. 373, §§ 1º e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova); 
VIII - art. 485, § 7º (juízo de retratação no recurso ordinário); IX - art. 489 
(fundamentação da sentença); X - art. 496 e parágrafos (remessa necessária); XI - 
arts. 497 a 501 (tutela específica); XII - arts. 536 a 538 (cumprimento de sentença que 
reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa); 
XIII - arts. 789 a 796 (responsabilidade patrimonial); XIV - art. 805 e parágrafo único 
(obrigação de o executado indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos para 
promover a execução); XV - art. 833, incisos e parágrafos (bens impenhoráveis); XVI 
- art. 835, incisos e §§ 1º e 2º (ordem preferencial de penhora); XVII - art. 836, §§ 1º 
e 2º (procedimento quando não encontrados bens penhoráveis); XVIII - art. 841, §§ 1º 
e 2º (intimação da penhora); XIX - art. 854 e parágrafos (BacenJUD); XX - art. 895 
(pagamento parcelado do lanço); XXI - art. 916 e parágrafos (parcelamento do crédito 
exequendo); XXII - art. 918 e parágrafo único (rejeição liminar dos embargos à 
execução); XXIII - arts. 926 a 928 (jurisprudência dos tribunais); XXIV - art. 940 (vista 
regimental); XXV - art. 947 e parágrafos (incidente de assunção de competência); 
XXVI - arts. 966 a 975 (ação rescisória); XXVII - arts. 988 a 993 (reclamação); XXVIII 
- arts. 1013 a 1014 (efeito devolutivo do recurso ordinário - força maior); XXIX - art. 
1021 (salvo quanto ao prazo do agravo interno). 
 
Observar que com a reforma trabalhista, mesmo constando como inaplicável, passou 
a ser admita a contagem de prazos em dias úteis. 
 
ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL: 
Art. 841, § 3º: Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não 
poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. 
 
AUDIÊNCIA 
COMPARECIMENTO DAS PARTES 
A audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o 
reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, 
nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
 
 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria (Art. 
843). 
O empregador pode ser substituído pelo gerente, ou qualquer outro 
preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o 
proponente. E, o preposto não precisa ser empregado da parte reclamada, mas 
precisa ter conhecimento dos fatos. 
Já, se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente 
comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-
se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. 
Assim: 
EMPREGADO DOENÇA/MOTIVO 
PODEROSO 
REPRESENTAR SINDICATO 
OUTRO 
EMPREGADO 
EMPREGADOR SEMPRE SUBSTITUIR GERENTE 
PREPOSTO 
 
Muita atenção com o Art. 844 da CLT: O não-comparecimento do reclamante 
à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do 
reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
Então: 
Empregado ARQUIVAMENTO 
Empregador REVELIA E CONFISSÃO 
 
Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando 
nova audiência. 
Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento 
das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que 
beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a 
 
 
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. E, o pagamento das custas a que 
é condição para a propositura de nova demanda. 
A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou 
estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão 
aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.”(NR) 
 
Observar que, consoante o TST: 
 
Súmula nº 9 do TST 
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada aação em audiência, não importa arquivamento do processo. 
 
Súmula nº 74 do TST CONFISSÃO. 
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria 
depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978) II - A prova pré-
constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a 
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 
1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas 
posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III- A vedação 
à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, 
não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o 
processo. 
 
Súmula nº 122 do TST 
A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, 
ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida 
a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, 
expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu 
preposto no dia da audiência. (primeira parte - ex-OJ nº 74 da SBDI-1 - 
inserida em 25.11.1996; segunda parte - ex-Súmula nº 122 - alterada 
pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
 
OJ 152 SDI-I. 
Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 
da CLT. 
 
OJ 245 SDI-I 
 
 
Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da 
parte na audiência. 
 
 
JUIZ 
Conforme o Art. 815, na hora marcada, o juiz declarará aberta a audiência, 
sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais 
pessoas que devam comparecer. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, 
o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, 
devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências. 
 
RESPOSTA DO RÉU 
 A CLT disciplina somente a contestação e exceção, mas também é aplicável a 
reconvenção, pela aplicabilidade subsidiária do CPC. 
EXCEÇÕES 
A partir de uma interpretação sistemática do art. 799 da CLT, nas causas 
sujeitas à jurisdição da justiça do trabalho, poderão ser opostas exceções de 
incompetência, suspeição ou impedimento. Somente suspenderão o feito, toda via, as 
de incompetência territorial, suspeição ou impedimento, razão pelo qual deverá o 
excipiente oferece-las em petição autônoma. 
 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA OU ABSOLUTA 
A incompetência territorial, considerada relativa, será oposta necessariamente 
por meio de exceção. No entanto, prorrogar-se-á a competência dela o juiz que não 
declinar ou o reclamado não opuser exceção declinatória, nos casos e prazos legais. 
Em contrapartida, as incompetências materiais ou funcionais, consideradas 
absolutas, serão declaradas ex officio, podendo ser alegadas em qualquer tempo e 
grau de jurisdição. 
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco 
dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a 
 
 
existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste 
artigo. 
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a 
audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a 
exceção. 
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o 
reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo 
comum de cinco dias. 
§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará 
audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem 
ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como 
competente. 
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará 
seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a 
instrução processual perante o juízo competente. 
 
SUSPEIÇÃO 
Consoante dispõe o art. 801 da CLT, o juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e 
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos 
litigantes: 
 inimizade pessoal; 
 amizade íntima; 
 parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; 
 interesse particular na causa 
O mesmo artigo legal destaca, em seu parágrafo único, que se o recusante 
houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais 
poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. E ainda que a 
suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou 
de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou 
o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
Por fim, temos que o magistrado pode se declarar suspeito por motivo íntimo. 
 
IMPEDIMENTO 
A doutrina consagra a aplicação subsidiária e adaptada do Código de Processo 
Civil ao processo do Trabalho, no que tange às causas de impedimento do magistrado. 
 
 
Assim, fica defeso ao juiz exercer as suas funções no processo (CPC, art. 144): 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou 
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como 
testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou 
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, 
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa 
jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer 
das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação 
de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu 
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado 
de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
 
CONTESTAÇÃO 
Apesar da CLT, no artigo 847, prever que a contestação deve ser apresentada 
oralmente em audiência, no prazo de 20 minutos, a praxe é que a contestação seja 
apresentada por escrito, o que facilita o desenvolvimento e tempo nas audiências. 
A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial 
eletrônico até a audiência. 
Está dividida em questões preliminares e de mérito. 
 
 
 QUESTÕES PRELIMINARES: São defesas indiretas aquelas que não adentram no 
mérito das alegações a serem impugnadas na defesa, nestas o reclamado alega fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 337, CPC). Essas 
questões devem ser analisadas pelo juiz do trabalho antes de analisar o mérito. 
São exemplos de questões preliminares: Inépcia da Inicial; ausência de citação; 
Litispendência; Coisa julgada; Conexão ou Contingência; Carência da ação; 
Incapacidade da parte 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
 
 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestaçãoque a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
 
 
Prescrição: 
 A Constituição Federal estabelece em seu art. 7º, XXIX , que a ação, quanto 
aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção 
do contrato de trabalho. 
 Por sua vez, a CLT assim estabelece: 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho 
prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. (Redação dada pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 Atenção!!! A prescrição quinquenal é contado do ajuizamento e não da rescisão 
contratual. Nesse sentido é a Súmula nº 308 do TST: 
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL 
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da 
ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco 
anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores 
ao quinquênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - 
inserida em 08.11.2000) 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação 
trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge 
pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da 
CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992) 
 
 
Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas 
decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto 
quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. 
 
 
A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de 
reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser 
extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos 
idênticos. 
 
Conforme art. 11-A, ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho 
no prazo de dois anos. A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando 
o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. E, a 
declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em 
qualquer grau de jurisdição. 
Prescrição do FGTS 
Súmula nº 362 do TST 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, 
é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento 
de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o 
término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta 
anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-
ARE-709212/DF). 
 
Súmula nº 206 do TST 
A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o 
respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS. 
 
Já a suspensão ocorre com a passagem pela Comissão de Conciliação Prévia 
(art. 625 G CLT), no caso de homologação de acordo extrajudicial e com relação a 
fato que deva ser apurado no juízo criminal (art. 202 CC). 
Lembrar da prescrição em contratos sucessivos: Súmula 156 TST: Da 
extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação 
em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho (ex-Prejulgado nº 
31). 
 
Ações meramente declaratórias: essas ações são imprescritíveis. Nesse sentido, 
aponta o § 1.º do art. 11 da CLT: O disposto neste artigo não se aplica às ações que 
tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. Exemplo: 
ações de reconhecimento de vínculo empregatício, com anotação na CTPS. 
 
 
 
OJ 401 SDI-I. 
O marco inicial da contagem do prazo prescricional para o ajuizamento de 
ação condenatória, quando advém a dispensa do empregado no curso de 
ação declaratória que possua a mesma causa de pedir remota, é o trânsito 
em julgado da decisão proferida na ação declaratória e não a data da extinção 
do contrato de trabalho. 
 
Menor: Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição. Assim 
dispõem os arts. 440 da CLT e 10, parágrafo único, da Lei 5.889/1973: 
 
Art. 440 da CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum 
prazo de prescrição. 
 
Art. 10 da Lei 5.889/1973 - A prescrição dos direitos assegurados por esta Lei 
aos trabalhadores rurais só ocorrerá após dois anos de cessação do contrato 
de trabalho. 
Parágrafo único. Contra o menor de dezoito anos não corre qualquer 
prescrição. 
 
Decadência: 
A decadência é a perda do próprio direito material pela inércia do titular no 
decurso do tempo. Ela atinge as ações constitutivas. 
 
 
 
 
 
 
DE MÉRITO: A contestação deve reportar-se a cada um dos pedidos. Não se admite 
a chamada contestação genérica, sendo, portanto, a negativa geral ineficaz. 
É admitida a compensação e retenção. 
 
Art. 767 CLT - A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como 
matéria de defesa. 
 
Súmula 48 do TST. A compensação só poderá ser arguida com a 
contestação. 
 
 
Súmula nº 18 do TST. A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita 
a dívidas de natureza trabalhista. 
 
RECONVENÇÃO 
Reconvenção é ação do réu contra o autor, no mesmo processo. 
É admissível no processo do trabalho, porque a CLT não a veda 
expressamente. O art. 767 da CLT considera a compensação e a retenção matérias 
de defesa. Se o crédito que o réu julga deter em face do autor for maior do que o que 
se pode pedir na contestação a título de compensação ou de retenção, o réu deve 
arguir a compensação e reconvir pelo que sobejar. 
É cabível no mesmo prazo da defesa (CPC, art. 343). Não há nenhuma 
exigência de que a reconvenção se faça em peça separada. Deve ser trazida, sempre, 
em audiência. 
Não será possível ao reclamado, toda via, reconvir quando o reclamante estiver 
demandando em nome de outrem. 
A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não 
obsta ao prosseguimento da reconvenção (CPC, art. 343, § 2º). 
Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção. 
 
DAS PROVAS 
• ÔNUS DA PROVA – previsto na CLT no art. 818 da CLT: 
O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do reclamante. 
Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas 
à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste 
artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo 
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do 
ônus que lhe foi atribuído. 
 
 
 A decisão deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a 
requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os 
fatos por qualquer meio em direito admitido. E, não pode gerar situação em que a 
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
 
• FATOS CONSTITUTIVOS: Identificam a ocorrência das hipóteses; o implemento 
das condições ou o preenchimento dos requisitos previstos legalmente para a 
aquisição de um direito. São exemplos de fatos constitutivos a existência da relação 
trabalhista e o trabalho em jornada extra, dentre outros. 
• FATOS IMPEDITIVOS: Impossibilitam a constituição do direito do autor em razão 
de ausência de fundamento legal para aquele caso concreto. São exemplos de fatos 
impeditivos as férias proporcionaisna justa causa e as horas extras para domésticos 
e gerentes, dentre outros. 
• FATOS MODIFICATIVOS: Contrariam a narrativa fática exposta pelo reclamante, 
acarretando a constituição de direito diverso daquele pretendido pelo trabalhador. São 
exemplos de fatos modificativos a prestação de serviços autônomos e a utilização de 
EPI, dentre outros. 
• FATOS EXTINTIVOS: Reconhecem o direito do autor, mas opõem motivo que 
encerra sua exigência. São exemplos de fatos extintivos o pagamento, o término do 
contrato de trabalho e a prescrição, dentre outros. 
 
Sobre o ônus da prova fique atento nas seguintes súmulas: 
 
Súmula nº 212 do TST. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, 
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, 
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção 
favorável ao empregado. 
 
Súmula nº 338 do TST. 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção 
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por 
prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 
21.11.2003) 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em 
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 
da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
 
 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, 
relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a 
jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 
11.08.2003) 
 
OJ 233 SDI –I. 
A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou documental 
não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o julgador fique 
convencido de que o procedimento questionado superou aquele período. 
 
Súmula nº 460 do TST 
É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os 
requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não 
pretenda fazer uso do benefício. 
 
Súmula nº 461 do TST 
É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos 
do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do 
CPC de 2015). 
 
 
DAS PROVAS DOCUMENTAIS, TESTEMUNHAIS E PERICIAIS. 
 
Documentais: Devem ser produzidas no primeiro momento em que a parte se 
manifesta no processo, sob pena de preclusão do direito de produzir essa prova, salvo 
se comprovar que não tinha acesso à prova no momento da petição inicial ou 
contestação. 
Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado 
autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
 Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a 
produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou 
o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e 
certificar a conformidade entre esses documentos. 
 
Atenção com a Súmula nº 8 do TST: A juntada de documentos na fase recursal só se 
justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se 
referir a fato posterior à sentença. 
 
 
Testemunhal: Pode variar de acordo com o rito ou processo utilizado: 
 
 
 
 
ORDINÁRIO 3 
SUMARÍSSIMO 2 
INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA 
GRAVE 
6 
 
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas 
faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando 
devidamente arroladas ou convocadas. 
 
Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em 
hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer 
à audiência marcada. 
 
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de 
uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no 
processo. 
 
 
 Lembre-se também que o sistema é presidencial, ou seja, as perguntas são 
feitas pelo juiz – art. 820 da CLT. 
 
Muito Importante!!!! 
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de 
notificação ou intimação. 
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a 
requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades 
do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. 
 
Ademais: 
 
Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será 
qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, 
quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando 
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. 
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por 
ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim 
designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e 
pelos depoentes. 
 
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo 
íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e 
seu depoimento valerá como simples informação. 
 
 
 
Art. 447 CPC. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, impedidas ou suspeitas. 
§ 1o São incapazes: 
I - o interdito por demência; 
II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em 
que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve 
depor, não está habilitado a transmitir as percepções; 
III - o menor de 16 (dezesseis) anos; 
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que 
Ihes faltam. 
§ 2o São impedidos: 
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer 
grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por 
consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, 
tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de 
outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante 
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou 
tenham assistido as partes. 
§ 3o São suspeitos: 
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; 
II - o que tiver interesse no litígio. 
§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas 
menores, impedidas ou suspeitas. 
 
Súmula 357 TST. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar 
litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
 
Pericial: Estas serão determinadas sempre que houver necessidade para sua 
realização, sendo assinalado prazo de cinco dias para as partes apresentarem seus 
quesitos. Quem paga o perito é quem perde no objeto da perícia, salvo se for 
beneficiário da assistência judiciária gratuita. O perito somente vai receber após o 
término do seu serviço. 
Nesse sentido é o art. 790-B da CLT: 
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários 
periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, 
ainda que beneficiária da justiça gratuita. 
§ 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá 
respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior 
da Justiça do Trabalho. 
§ 2º O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários 
periciais. 
§ 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para 
realização de perícias. 
§ 4º Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita 
não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a 
 
 
despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a 
União responderá pelo encargo.” 
 
Sempre que houver pedido

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