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PROFESSOR: ABRAÃO LINCOLN • Os filósofos pré-socráticos buscam explicar o mundo natural baseando-se em causas naturais • Características do pensamento filosófico-científico • Physis (natureza): o objeto de investigação é o mundo natural • Causalidade interpretada em termos puramente naturais ( regressivo; sempre fica presa em fenômeno 1 – fenômeno 1 / causa – efeito / causa – efeito ) • Arqué: elemento primordial evita a regressão ao infinito da explicação causal; (um elemento gerador de tudo) • Tales de Mileto: a água é a substância primordial (arché). • A água está presente em todas as coisas em maior ou menor grau. • Todas as coisas, incluindo as inanimadas, estão cheias de visa – cheias de Deus (alma e não no sentido religioso) • Anaximandro de Mileto: Ápeiron – uma espécie de matéria infinita (indestrutível; massa geradora dos cosmos e seres) • O mundo teve origem a partir de uma substância indefinida • Anaxímenes de Mileto: Ar – infinito – se identifica com a alma. • Ele anima o corpo do homem e também todo o mundo • Tudo o que existe são diferente formas de ar, que é o que forma tudo • Surge a problemática ético-política na discussão filosófica, superando a questão da natureza como temática central • Geografia: a Grécia é uma região árida e montanhosa. O comércio passou a ser em outros lugares (saíram para explorar outras regiões, conhecendo novas culturas) • O homem enquanto cidadão da polis (cidade) que passa a se organizar politicamente no sistema democrático (eleição de líderes/ conselheiros para que estes falassem com o rei sobre as necessidades do povo) • Necessidade de uma base institucional para sociedade, o que reflete nas reformas políticas (possibilidade de se manifestar e posicionar) • Substituição da imposição da força, dos privilégios e da autoridade divina pelo diálogo • Surgimento dos sofistas: ensinavam os cidadãos a discursar, para que assim pudesse ser escolhido o líder que representaria o povo. • São mestres da retórica e da oratória. Percorriam as cidades/ Estados fornecendo seus conhecimentos • Relativismo (sofistas – questões ético-política): é uma doutrina que admite a possiblidade de acharmos inúmeras verdades sobre uma só questão • Protágoras: “o homem é a medida de todas as coisas, das que são e das que não são, como não são) • O homem é autosuficiente; tem uma racionalidade para chegar à uma conclusão. Todavia, as suas verdades não são absolutas – não são deuses • Ceticismo (sofista): incapacidade de se afirmar a verdade absoluta, suspendendo então o juízo (não opinar sobre certas coisas. Ex: Deus existe ? / não buscam respostas que jamais serão respondidas) • Górgias: “Nada existe que possa ser conhecido; se pudesse ser conhecido não poderia ser comunicado, se pudesse ser comunicado não poderia ser compreendido” • Não há uma afirmação sobre uma verdade ser absoluta DIFERENÇA ENTRE CÉTICO E RELATIVO • Ceticismo: é considerar que nenhum conhecimento seja garantidamente verdadeiro, mas sempre provisório e sujeito a revisões. • Pensamento pessimista • Se agarra a probabilidade de que não se pode conhece algo verdadeiramente • Os céticos acreditam que todo conhecimento depende da realidade do ser que está envolvido • São neutros ! Reconhece a ignorância/ não se manifesta • Relativismo: toma um “partido” sabendo que não é verdade absoluta. • Várias escolhas e múltiplos caminhos • Tudo é relativo SÓCRATES • A VERDADE ABSOLUTA PODE SER ENCONTRADA ! • Método de análise conceitual: busca a definição de uma determinada coisa, geralmente uma virtude ou qualidade moral • O método socrático envolve um questionamento do senso comum, das crenças e opiniões que temos - consideradas vagas, imprecisas, parciais, incompletas, derivadas da experiência SÓCRATES MÉTODO • Ironia: interrogação com o intuito de demolir o orgulho, a arrogância e a presunção do saber. • Tomar consciência da própria ignorância • Maiêutica: dar à luz; reconstruir as próprias ideias SÓCRATES • Resumindo: a verdade absoluta pode ser encontrada através de questionamentos feitos a si mesmo. • O indivíduo deve largar o orgulho e a ignorância para que possa ter uma nova visão dos seus pensamentos, buscando sempre evolui-los • Independente do processo, das perguntas realizadas, entre outros, todos chegam nas mesmas respostas PLATÃO • Defende que é possível conhecer essa verdade absoluta • Problemática do conhecimento: • 1. Possibilidade do conhecimento (é possível conhecer? Sim !) • 2. Método: como é possível conhecer ? • 3. Instrumentos do conhecimento (sentido e a razão) Nos engana ! Conduz ao erro ! • 4. Objeto de conhecimento: o mundo material/ intangível PLATÃO • A filosofia é uma análise crítica dos fundamentos do discurso legitimador – é um método para se atingir o ideal em todas as áreas pela superação do senso comum • Conhecimento: posse de uma representação segura da realidade (certeza do que estou dizendo; o que dá a certeza é a razão; compreensão racional) • Mito da Caverna ! PLATÃO • Senso Crítico: visão do mundo que considere os vários ângulos de um problema. Análise apurada de determinada situação para então construir uma reposta que seja fruto de um exercício complexo da reflexão • A prática filosófica consiste no abandono do mundo sensível e a busca do mundo das ideias (dialética) • Senso Comum: pensamento constituído por meio de experiências vividas, mas que não é fruto de uma reflexão mais aprofundada PLATÃO Dentro da Caverna Senso Comum Sensível Sentimentos Enganam Fora da Caverna Senso Crítico Várias Ideias PLATÃO • Dialética: substituição de um pensamento anterior para outro • Troca de ideias • De acordo com Platão, quando uma pessoa morre a alma dela reencarna em outro ser, não se lembrando da sua vida passada – tem apenas resquícios da antiga vida • O corpo e a alma são duas coisas diferentes ARISTÓTELES • Rompe com a filosofia de Platão e inaugura o seu próprio sistema filosófico • Para Platão, era um pensamento duo, sendo o Senso Crítico e Senso Comum (corpo e alma) • Rejeição ao dualismo representado pela teoria das ideias, pois existe uma dificuldade de se explicar a relação entre o mundo sensível e intangível ARISTÓTELES • Relação de dois tipos: interna e externa PLATÃO CORPO FÍSICO ALMA ≠ ARISTÓTELES • Relação de dois tipos: interna e externa ARISTÓTELES CORPO FÍSICO ALMA • 1 só / se o corpo morrer a alma também morre ARISTÓTELES • Campo intelectual; emoções = “alma” • A realidade é composta de indivíduos materiais e concretos – indivíduos • Matéria – individualização • Forma - Organização • Não existem formas ou ideias puras como no mundo intangível. É o intelecto humano que separa pela abstração matéria a forma no processo de conhecimento da realidade ARISTÓTELES PAI ESP. SAN.FILHO TOMÁS DE AQUINO • Adaptação do pensamento aristotélico • Existe 3 tipos de lei: eterna, natural e humana. Acima delas coloca a lei divina • Direito Natural ! • Enquanto seres racionais, o homem conhece a lei natural, cujo núcleo essencial está no preceito de que deve-se fazer o bem e evitar o mal; • Homens e demais seres vivos devem seguir os ensinamentos universais e da natureza: união do macho e da fêmea, proteger e acompanhar o desenvolvimento dos filhos etc. TOMÁS DE AQUINO • Direito Natural ! • Também faz parte do direito natural a vivência humana em sociedade; • A lei natural é uma forma pela qual o homem deve querer para que sua vontade e a suas ações estejam em conformidadecom a lei natural e, portanto, a moral; • A lei natural diz respeito àquilo a que o homem é levado pela natureza e é próprio do homem ser levado a agir segundo a razão. TOMÁS DE AQUINO • Direito Positivo! • Trata-se da lei jurídica, a lei feita pelo homem • Os homens sociáveis por natureza fazem as leis jurídicas para dissuadir os indivíduos do mal; • Cabe à razão estabelecer os meios para os fins e ver a ordem dos fins; • A lei humana é a ordem promulgada pela coletividade ou por quem tem a responsabilidade pela comunidade tendo em vista o bem comum; TOMÁS DE AQUINO • O Estado é uma necessidade natural, quer dizer, uma necessidade que deriva da natureza do homem enquanto homem; • Direito Positivo! A lei humana deriva da lei natural de dois modos: por dedução ou por especificação de normas mais gerais; • A lei humana ou positiva deriva da lei natural, conhecidas, portanto, pela razão. TOMÁS DE AQUINO • Direito Positivo! • A coerção exercida pela lei humana tem a função de tornar possível a convivência pacífica entre os homens, embora para santo Tomás ela tenha também função pedagógica; • A lei humana pressupõe homens imperfeitos. Não é capaz de reprimir todos os vícios, mas os que mais prejudicam os outros, ameaçando a conservação da sociedade humana. TOMÁS DE AQUINO • Lei Divina ! • O Estado pode encaminhar os homens para o bem comum e pode favorecer algumas virtudes, mas não permite ao homem alcançar o seu fim último, que é sobrenatural; • As leis natural e positiva servem apenas aos fins terrenos do homem. Elas não são capazes de conduzi-lo a bem aventurança eterna; • A lei divina é lei revelada por Deus, encontrada nos evangelhos; TOMÁS DE AQUINO • Lei Divina ! • Os evangelhos preenchem as lacunas e imperfeições das leis humanas. SANTO AGOSTINHO • Adapta o pensamento de Platão para o cristianismo • Alegoria da caverna PLATÃO MUNDO SENSÍVEL (SENSO COMUM) MUNDO INTELIGÍVEL (SENSO CRÍTICO ) PLATÃO MUNDO ESPIRITUAL (SENSO CRÍTICO ) MUNDO DO PECADO (SENSO COMUM)
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