Buscar

Conceitos 01C Teoria da Contabilidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

TEORIA DA CONTABILIDADE 
CONCEITOS Nº 01 - C 
Conceitos 01C - Teoria da Contabilidade.doc Prof. Francisco Gomes 16/09/13 Página 1 de 3 
 
 
EQUÍVOCOS SOBRE LUCA PACIOLI 
 
Fonte: Teoria da Contabilidade – Abordagem Contextual, Histórica e 
Gerencial – Claudio Coelho e Luis Lins – Editora Atlas – 2009 
 
1. Ele não criou o método de partidas dobradas: 
 Pacioli tão somente estudou juntos aos comerciantes da época os procedimentos 
que estes utilizavam para controlar os seus negócios. Analisou a situação e por 
achar de estrema importância aos comerciantes e mercadores da época o dever 
de registrar corretamente suas contas, resolveu expor de forma didática e 
explicativa os procedimentos para a concepção do método. Ninguém sabe ao 
certo quem foi o criador do método. 
 
2. Ele não era contador: 
 Pacioli nunca trabalhou em contabilidade. Ele era um frade franciscano 
entendido de teologia e matemática. Seu conhecimento contábil foi proveniente 
da pesquisa que realizou. 
 
3. Não foi o autor do primeiro livro de contabilidade: 
 O livro Summa, escriturado por Pacioli, era um livro de matemática que 
continha uma explicação didática do método das partidas dobradas. Ele 
escreveu outros livros de matemática, que era o assunto de que gostava. 
 
4. Não foi professor de contabilidade: 
 Não existe evidência de que tenha lecionado sobre o assunto. 
 
 
 
 
O texto a seguir foi extraído do livro Introdução à Teoria da 
Contabilidade, Sérgio Iudicibus e José Carlos Marion, Editora Atlas 
 
 
 
 
TEORIA DA CONTABILIDADE 
CONCEITOS Nº 01 - C 
Conceitos 01C - Teoria da Contabilidade.doc Prof. Francisco Gomes 16/09/13 Página 2 de 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Notável Franciscano 
 
Em seu livro, Desafio aos Deuses, Peter L. Bernstein (Editora Campus), relata, entre 
outras citações, no Capítulo 3, “O Jogador do Renascimento”, um breve resumo sobre 
Luca Paccioli: 
 “O Renascimento foi uma época de descobertas. Colombo içou as velas no ano da 
morte de Piero della Francesca; pouco depois, Copérnico revolucionou a visão da 
humanidade em relação ao próprio firmamento. As realizações de Copérnico exigiram 
um nível de habilidade matemática, e durante o século XVI os avanços na matemática 
foram rápidos e empolgantes, sobretudo na Itália. Após a introdução da imprensa com 
tipos móveis, ao redor de 1450, muitos dos clássicos da matemática foram traduzidos 
para o italiano e publicados em latim ou no vernáculo. Os matemáticos entregaram-se a 
animados debates públicos sobre as soluções de complexas equações algébricas, 
enquanto as multidões incentivavam seus favoritos”. 
“O estímulo de grande parte desse interesse data de 1494, com a publicação de um 
notável de um monge franciscano chamado Luca Pacioli. Pacioli nasceu por volta de 
1445, em Borgo San Sepolcro, cidade natal de Piero della Francesca. Embora a família 
exortasse o menino a se preparar para uma carreira nos negócios, Piero ensinou-lhe 
literatura, arte e história e recomendou que freqüentasse a famosa biblioteca da corte 
vizinha de Urbino. Ali os estudos de Pacioli formaram a base da fama subsequente como 
matemático”. 
“Aos vinte anos, Pacioli conseguiu um emprego em Veneza como preceptor dos 
filhos de um mercador rico. Ele comparecia às preleções públicas sobre filosofia e 
teologia e estudou matemática com um professor particular. Hábil estudante, escreveu 
sua primeira obra de matemática publica na estada em Veneza. Seu tio Benedetto, oficial 
do exército baseado em Veneza, ensinou a Pacioli arquitetura e questões militares”. 
“Em 1470, Pacioli transferiu-se para Roma a fim de prosseguir os estudos e, aos 
27 anos, tornou-se monge franciscano. Entretanto, ele continuou suas perambulações. 
Lecionou matemática em Perugia, Roma, Nápoles, Pisa e Veneza, antes de se fixar como 
professor em Milão, em 1496. Dez anos antes recebera o título de magister, equivalente a 
um doutorado”. 
“A obra-prima de Pacioli, Summa de Arithmetica, Geometria et Proportionlità 
(as obras acadêmicas sérias ainda eram escritas em latim), apareceu em 1494. Escrito 
em elogio à “imensa abstração e sutileza da matemática”, a Summa reconhece a dívida 
de Pacioli para com o livro Liber Abaci, de Febonacci, elaborado quase trezentos anos 
antes. A Summa fixa os princípios básicos da álgebra e contém todas as tabuadas de 
multiplicação até 60 x 60 – um recurso útil em uma época em que a imprensa vulgarizou 
o uso do novo sistema de numeração”. 
 
TEORIA DA CONTABILIDADE 
CONCEITOS Nº 01 - C 
Conceitos 01C - Teoria da Contabilidade.doc Prof. Francisco Gomes 16/09/13 Página 3 de 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Notável Franciscano (cont.) 
 
“Uma das contribuições mais notáveis do livro foi sua apresentação da 
contabilidade por partidas dobradas. Embora não fosse inventada por Pacioli, recebeu o 
mais extenso tratamento até então. A noção de contabilidade por partidas dobradas já se 
esboçara no Liber Abaci, Fibonacci, e aparecera em um livro publicado em torno de 
1305 pela filial londrina de uma empresa italiana. Qualquer que seja sua origem, essa 
inovação revolucionária nos métodos contábeis teve importantes conseqüências 
econômicas, comparáveis à descoberta da máquina a vapor trezentos anos depois”. 
“Em sua estada em Milão, Pacioli entrou em contato com Leonardo da Vinci, que 
se tornou seu amigo íntimo. Pacioli ficou impressionadíssimo com os talentos de 
Leonardo e comentou sobre sua “inestimável obra sobre o movimento espacial, a 
percussão, o peso e todas as forças”. Eles devem ter tido muito em comum, pois Pacioli 
se interessava pelas inter-relações entre matemática e arte. Certa vez, ele observou que 
“se diz que a música satisfaz a audição, um dos sentidos naturais... (a perspectiva) fará o 
mesmo para visão, que é muito mais valiosa por ser a principal porta do intelecto”. 
“Leonardo sabia pouca matemática até conhecer Pacioli, embora fosse dotado de 
um senso intuitivo de proporção e geometria. Seus cadernos de notas estão repletos de 
desenhos feitos com régua e compasso, mas Pacioli encorajou-o a dominar os conceitos 
que vinha usando intuitivamente. Martin Kemp, um dos biógrafos de Leonardo, afirma 
que Pacioli “forneceu o estímulo para uma transformação súbita nas ambições 
matemáticas de Leonardo, efetuando uma reorientação no interesse de Leonardo que 
nenhum outro pensador da época conseguiu”. Leonardo, por sua vez, forneceu desenhos 
complexos para a outra grande obra de Pacioli, De Divine Proportione, que apareceu em 
dois belos manuscritos em 1498. A edição impressa veio a lume em 1509”. 
“Leonardo possuía um exemplar da Summa e deve tê-la estudado com grande 
afinco. Seus cadernos registraram várias tentativas de compreender os múltiplos e as 
frações como uma ajuda para o seu uso da proporção. Em certo ponto, ele se propõe a 
“aprender a multiplicação das raízes com mestre Luca”. Atualmente, Leonardo mal 
conseguiria acompanhar uma aula de aritmética do terceiro ano primário”. 
“Pacioli decifrou um enigma que permitiu, pela primeira vez, que pessoas 
tomassem decisão e previssem o futuro com ajuda dos números”.

Outros materiais