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LITERATURA BRASILEIRA POESIA 1: Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade: Destacam-se nesse poema características marcantes do Drummond modernista. São elas: e) O isolamento da personalidade lírica, a ironia e o estilo prosaico. 2: Correlacione os períodos literários brasileiros com sua respectiva descrição: A seqüência correta é: E) 3, 1, 2. 3: São características do Romantismo, EXCETO: A) Gosto pelas redondilhas. 4: Leia um fragmento do poema de Carlos Drummond de Andrade: Nesse fragmento acima, Carlos Drummond de Andrade constrói, poeticamente, a aurora. O que permite visualizar este momento do dia corresponde: d) ao enlace amoroso de duas cores; 5: A característica do Romantismo mais evidente nesta quadra é: c) a idealização da mulher 6: Sobre a relação Romantismo/Modernismo é possível afirmar: Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s): E) Somente as afirmativas I e II. 7: Leia o poema a seguir, de Olavo Bilac: Assinale a alternativa correta em relação à estética parnasiana brasileira A) No soneto, há traços românticos de Olavo Bilac e o sujeito poético faz o elogio do sentimento amoroso , o que contrasta com outros textos mais parnasianos do autor. 8: Leia o poema a seguir, de Gonçalves Dias, e responda à questão proposta: O poema se articula em torno de: B) Uma oposição entre a pátria e o exílio. 9: Sobre a relação Portugal (metrópole) e Brasil (colônia) , e possível afirmar que: Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa (s) correta (s): D) Somente as afirmativas II e III. 10: A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do Eu, na segunda geração romântica, gera inquietude, desespero, frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o: D) Mal do século. 11: Sobre o Modernismo no Brasil, assinale a alternativa incorreta: E) Reconhece e acolhe as influências Parnasianas e Simbolistas. 12:Leia o trecho de Operário em construção, de Vinícius de Moraes: Observe as afirmativas a seguir e preencha os parênteses com V de verdadeiro e F para falso. O fragmento do poema Operário em construção, de Vinícius de Moraes, apresenta: Assinale a alternativa que apresenta sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo: B) V- F- V- V. 13: Sobre a obra Caramuru, de Santa Rita Durão, podemos afirmar que: Assinale a alternativa que apresenta a (s) afirmativa (s) correta (s): E) Todas as afirmativas estão corretas. 14: Leia o poema Os sapos, de Manuel Bandeira, para responder à questão: Esse poema contém uma crítica à: B) Escola parnasiana. 15: Em dois movimentos estéticos, na literatura brasileira, há grande preocupação com o nacionalismo. Em um, evidencia-se a postura nitidamente ufanista; em outro, frequentemente contestatória. São eles, respectivamente: A) Romantismo e Modernismo. 16: Relacione aos fragmentos de texto a seguir às seguintes características da poesia ultrarromântica no Brasil. A correspondência correta entre os fragmentos e suas características ultra-românticas resulta na seguinte seqüência: e) (1) (4) (5) (3) (2). 17:Observe o poema a seguir, de Manuel Bandeira: A” indesejada das gentes” expressa qual figura de linguagem? D) Eufemismo 18: No Manifesto Pau-Brasil, _____________ satirizou os poetas____________, afirmando: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta _____________.” Quem fez a sátira? A que poetas? A) Oswald de Andrade. Poetas parnasianos. 19: São estilos da fase colonial da literatura brasileira: Assinale a alternativa correta: D) As opções I, III e IV estão corretas. 20: No trecho a seguir, do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas: Assinale a alternativa que corresponda a um desses programas: C) A incorporação da fala brasileira à língua literária nacional. 21: Leia atentamente o texto abaixo: Notícia da atual literatura brasileira – instinto de nacionalidade Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto: E) Machado de Assis entende o instinto de nacionalidade na literatura brasileira como autonomia de idéias em relação a temas importados, a qual se constrói paulatinamente. 22: Observe o poema a seguir, de Oswald de Andrade: O poema ironiza a colocação pronominal chamada de: B) Ênclise – o pronome deve vir obrigatoriamente depois do verbo. (resposta do grupo) 23: A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922- 1930): D) Confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário. 24: Leia as proposições a seguir: Assinale a alternativa que apresenta as proposições que completam a frase: “No Modernismo constatamos...” C) I, IV e V. 25: Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade: Sentimental (Carlos Drummond de Andrade) Esse poema é caracteristicamente modernista, porque nele: D) A linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana. 26: Entre os aspectos dos índios, destacados por seus autores nos textos inaugurais da literatura brasileira, não temos: C) Propriedade particular. 27: O Modernismo Brasileiro, por meio de seus autores mais representativos na Semana de Arte Moderna, propôs: E) A literatura como espaço privilegiado para a expressão dos falares brasileiros. 28: A poesia modernista caracteriza-se, formalmente, pelo predomínio de: C) Versos livres, sem metrificação regular, sem rima. 29: Sobre o Romantismo, considerando a proclamação da Independência Brasileira, podemos afirmar: A) Uma maior consciência histórica e crítica da literatura nacional. 30:Seguindo os modelos do Romantismo europeu e a atração pelo medievalismo, Gonçalves Dias encontrou no índio brasileiro o representante mais dreto de nosso passado medieval. Sobre o tema, não podemos afirmar que: D) Trata-se apenas de copiar os modelos europeus, notadamente os de Portugal. 31: As ideias expressas pelas expressões latinas cape diem, fugere urbem e locus amoenus nortearam os poetas: B) Árcades. 32: Após a Independência do Brasil, em 1822, a literatura brasileira pautou-se: A) Pela busca da identidade da nação. QUESTÕES DISCURSIVAS: 1: Leia o poema Traduzir-se, de Ferreira Goulart: O poeta coloca o artista como ser dividido em duas partes. Quais são essas partes e quais suas características? Traduzir-se pode ser considerada uma síntese da dicotomia da vida, preponderante na poesia Gullariana. Essa inquietação sobre a existência humana não é exclusiva de Gullar, mas pertence a todo e cada indivíduo. É exatamente essa característica que confere ao poema em análise, amplitude, que conquista a empatia do leitor, aproximando o poeta do seu público alvo. Conhecer a si mesmo é tarefa árdua e contínua e o poema transmite bem esse aspecto, ao sugerir a existência de dois seres ambíguos num só. Juntas, essas partes compõem a identidade de Gullar, mas ao mesmo tempo é também a identidade de qualquer homem. Isso porque ser múltiplo é inerente ao ser humano. 2: Leia o poema Maria, de Castro Alves: Assinale e explique os elementos do poema que denotam a construção de uma identidade nacional. Castro Alves, representante do romantismo literário brasileiro, destaca elementos típicos da identidade nacional, como os pássaros (bem-te-vi e rolas); a etnia, através da mulher-morena; o ambiente peculiar do sertão brasileiro, e o regime social ainda escravocrata. 6: A canção abaixo faz parte do disco Tropicália, lançado em 1968: Tropicália Explique a contraposição passado/ presente expressa pela canção a partir dos versos “viva Iracema/ viva Ipanema”, indicando ainda a intertextualidade que os versos marcam. O termo Iracema, que é anagrama de América, é personagem de José de Alencar, escritor do século XIX, o qual ajudou a criar o indianismo, ou seja, a idealização da figura indígena; no caso, da figura feminina. Ipanema é uma palavra tupi(com significado de água ruim) e, no caso, remete à garota da canção de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, século XX. 7: Leia, abaixo, o poema de Jorge de Lima e responda ao que se pede. Mulher proletária É possível afirmarmos que a mulher proletária do poema é a própria sociedade? Explique sua resposta. (tirado da internet: Ler e elaborar a resposta) O poeta Jorge de Lima critica no poema, o Capitalismo desenfreado que explora trabalhadores e os transforma em máquinas. A reprodução em série das indústrias é exteriorizada pelos operários, que explorados ao máximo, não têm direito a ter uma vida, com dignidade, nem têm seu individualismo respeitado. Assim como os produtos nos quais trabalham, eles são talhados “numa mesma fôrma”, excluídos e incluídos num sistema de lucro dos quais eles não tiram vantagem. O ser humano não é visto como homem, como mulher, pai, mãe, filho, filha, amigo... mas, como peça de uma grande engrenagem que é o próprio sistema capitalista. No contexto de “Mulher proletária”, a mulher é a própria sociedade que fabrica filhos em grande número, máquinas humanas que quando “vingam” se transformam em braços para manter a burguesia. Braços... não cérebros, nem corações, nem seres humanos, nem pessoas. São braços que não tendo o que comercializar, resta apenas o seu trabalho. A mulher é a única “fábrica” que o operário, marido tem. Este trecho mostra a mecanização das relações, já que os filhos são “fabricados” em série, para que um dia cumpram a mesma sina dos pais. Na última estrofe, Jorge de Lima conversa com a “mulher proletária” e fala sobre um futuro ainda esperançoso, já que a superprodução de homens que nascem condenados a ser explorados cresce a cada dia e já é mais numerosa que a Burguesia. Cabe a eles organização, para que unidos possam salvar a si próprios. É uma denuncia a passividade das pessoas diante da dominação. Um dia este proletariado pode vir a se estabelecer com uma vida digna, quando ele entender que têm direitos iguais aos dos que o dominam e exploram, mas, para isto, precisam acordar. “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas, sonho que se sonha junto, é realidade”. No Modernismo abandonou-se a preocupação com a forma, que dominou a geração Parnasiana. Em “Mulher proletária”, percebemos a grande habilidade do poeta Jorge de Lima em fazer jogo de palavra. O substantivo mulher é acompanhado do adjetivo proletária que impõe as marcas do Capitalismo inseridas na sua personalidade. Assim como operário, produção, superprodução, burguesia, burguês, o autor define a mecanização do ser humano, como conseqüência do Capitalismo exagerado, que têm seus princípios fundamentados no lucro e não na pessoa que produz. 8: Leia o poema de Mário de Andrade para responder à questão. O poema poderia se chamar Descoberta. O que explica o título descobrimento e em que ele se relaciona ao projeto modernista? Os escritores da primeira geração modernista revalorizaram os diversos elementos da formação da brasilidade. Essa tendência nacionalista é observada, em “Descobrimento”, pois o eu lírico percebe e defende a multiplicidade sociocultural do nosso País. 10: Leia a seguir um trecho de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga: Os quatro versos finais da primeira estrofe resumem o assunto central do poema. Qual e esse assunto? Há, na estrofe final, uma relação entre felicidade e desventura. Justifique essa afirmação. Interpretação (tirado da internet, favor ler e formular a resposta) Na Lira XV da segunda parte de Marília de Dirceu, o eu lírico fala aberta e claramente sobre a perda de seus bens que antes o colocavam em uma condição social mais elevada. Os versos da primeira estrofe "Tiraram-me o casal e o manso gado,/ Nem tenho, a que me encoste, um só cajado." explicitam toda essa perda e, não só isso, deixam uma leve impressão de uma valorização dos bens materiais (o que iria contra a filosofia de vida aurea mediocritas: valorização das coisas simples). Isso é logo explicado na estrofe seguinte, onde fica claro que Dirceu só queria ainda ser dono de um grande rebanho para ter o que dar à Marília e que ele valoriza muito mais a amada que qualquer riqueza. Outra situação enfatizada é a de que Dirceu não se importava com as pequenas perdas, já que podia estar perto de sua Marília, porém, agora que tudo perdeu, ele nem sequer pode vê-la, afinal de contas, um homem sem bens não era considerado digno de cortejar a amada. O eu lírico chega a atribuir ao Céu a não realização de todos os planos que este havia feito para uma vida com Marília. Até aqui a lira assumiu um caráter melancólico, lamentoso até, que logo é substituído por promessas que serão cumpridas caso a Fortuna volte. Daí em diante, Dirceu se mostra mais esperançoso e imerge em um mundo de planos para um futuro simples, alegre e promissor com a amada, que vai desde ovelhas compradas fiadas à filhos. Termina coma promessa de que viverão contentes desta sorte, até que a morte os separe. Fica claro que, mesmo em meio à esta situação desagradável, ele ainda é capaz de sonhar, admirar Marília e aspirar à toda uma vida com ela. Características do Arcadismo e da lira O pastoralismo, na Lira XV, está presente logo na primeira estrofe, quando o eu lírico se apresenta como um "honrado pastor da sua Aldeia", trazendo a ideia de simplicidade. A partir da quarta estrofe, a característica árcade mais marcante é o bucolismo: Dirceu faz seus planos para com a amada em um lugar ameno, tranquilo, agradável... Uma Natureza acolhedora, que seria o cenário de toda sua vida futura com Marília. Não há uma presença constante de entidades mitológicas como em outras liras; nesta, o eu lírico cita Jove (Júpiter) apenas uma vez. É notável o tema clássico aurea mediocritas, que valoriza as coisas simples da vida, já que Dirceu deixa claro que ele não se importa de não ter nada e fará de tudo pelo amor. No decorrer da lira, nota-se que este é um texto de fácil entendimento, uma vez que os poetas árcades usavam do predomínio da lógica, da clareza e recusavam uma maior elaboração da língua. Comentário sobre a situação histórica A segunda parte de Marília de Dirceu foi escrita quando Dirceu já estava aprisionado aqui no Brasil por participar da Inconfidência Mineira, movimento que tinha a intenção de proclamar a República e tornar o país independente de Portugal. Não foi um movimento bem sucedido, pois Joaquim Silvério dos Reis, um dos financiadores do movimento, delatou-o, levando à prisão de Tomás Antônio Gonzaga e outros líderes do movimento. Isso explica o fato de a Lira XV ser um retrato dos sofrimentos da prisão, de uma imensa saudade de Marília e questionamentos sobre o destino.
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