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Trabalho de TGE Montesquieu

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Curso de Direito
Ciências Políticas e Teoria Geral do Estado
Ana Luiza Souza
Debora Moreira
Gabriela da Silva
Glenilson Stutz
Jackeline Smak de Melo
Jaquelini Magro
Patricia Pinheiro
Sonia Maria Zanuto
Fichamento do livro ‘’O Espírito das Leis’’ de Montesquieu – Livro Décimo Oitavo
Campo Mourão - PR
Outubro de 2018
O livro ‘’O Espírito das Leis’’ publicado por Montesquieu em 1748 tem como objetivo comparar os diferentes tipos de governo. Tenta desenvolver um governo efetivo, que irá manter o país unido.
O livro Décimo Oitavo chamado ‘’Das leis em sua relação com a natureza do solo’’ é composto por trinta e um capítulos e inicia falando de como a natureza influi sobre as leis, analisando em seguida as obras dos homens e as leis civis.
Capitulo I – Como a natureza do solo influi sobre as leis
O autor começa com a seguinte frase: ‘’A excelência das terras de um país nele estabelece naturalmente a dependência’’, ou seja, a fertilidade das terras é essencial para a sobrevivência. 
Uma terra fértil gera trabalho aos camponeses que ficam muito ocupados e sobrecarregados com seus afazeres, enquanto um nobre teme o exército. Assim, o governo de um só geralmente existe nos países férteis e o governo de vários nos países estéreis, o que acaba sendo uma compensação.
Capítulo II – Continuação do mesmo assunto
As regiões férteis são planícies onde não se pode enfrentar o mais forte, portanto, se submete a ele, e quando se está submetido, não se tem o espírito de liberdade. Os bens agrários são um penhor da fidelidade.
Nas regiões montanhosas o governo é mais moderado porque não estão expostos a invasões, as leis para segurança do povo são menos necessárias e o governo é o único bem que merece ser defendido.
Capítulo III – Quais são os países mais cultivados
As regiões não são cultivadas em razão de sua fertilidade, mas em razão de sua liberdade. Os povos abandonam uma região má para procurar outra melhor, por isso as melhores regiões estão despovoadas, enquanto que as horríveis continuam sempre habitadas.
Capítulo IV – Novos efeitos da fertilidade e da esterilidade do país
A esterilidade das terras torna os homens aptos para a guerra, pois é necessário que eles se esforcem para obter o que a terra lhes recusa.
A fertilidade de uma região oferece, além da riqueza, certo amor pela conservação da vida.
Capítulo V – Dos povos das ilhas
Os povos das ilhas são mais inclinados à liberdade do que os povos do continente. O mar separa os grandes impérios e paralisa os conquistadores, conservando mais facilmente suas leis.
Capítulo VI – Dos países formados pela indústria dos homens
As regiões que a indústria dos homens tornou habitáveis, e que necessitam dela para existe, atraem os governos moderados. 
Os primeiros legisladores da China, uma das principais dessa espécie, foram obrigados a fazer leis muito boas e o governo foi obrigado a observá-las para poder garantir a conservação do império.
Capítulo VII – Das obras dos homens
Os homens, por seus cuidados e boas leis, tornaram a terra mais adequada a ser habitada. Como povos destruidores causam malefícios que duram mais do que eles, existem povos que fazem benefícios que não acabam nem mesmo quando eles desaparecem.
Capítulo VIII – Relação geral das leis
As leis estão diretamente relacionadas com a subsistência de cada povo. É preciso de um código mais extenso para o povo que se dedica ao comércio e ao mar do que para um povo que se limita a cultivar sus terras, por vez, é necessário um menor para aqueles que vivem de caça.
Capítulo IX – Do solo da América
O solo da América produz sozinha muitos frutos, o que gera muitos povos selvagens.
 O cultivo das mulheres é o primeiro a surgir, a caça a pesca dos homens é feita em abundância.
Capítulo X – Dos números dos homens em relação com o modo como conseguem sua subsistência
Quando as nações não cultivam a terra, é dada uma proporção: o número de selvagens, numa região, está para os números de lavradores em outra, assim como o produto de um solo inculto esta para o produto de um solo cultivado. 
Eles formam pequenas tribos e vivem na floresta, alguns como caçadores. 
Capítulo XI – Dos povos selvagens e dos povos bárbaros
Os povos selvagens são pequenas nações de caçadores, que por motivos particulares, não podem se reunir, enquanto os povos bárbaros são pastores que se reúnem em pequenas nações.
Capítulo XII – Do direito das gentes entre os povos que não cultivam as terras
Esses povos, por viverem numa região limitada, disputarão a terra inculta, como nós disputamos as heranças. Por encontrarem frequentemente ocasiões de guerra, e não tendo território, terão tanta coisa a regular pelo direito doa agentes que pouca coisa é decididas pelo direito civil.
Capítulo XIII – Das leis civis entre os povos que não cultivam as terras
Haverá poucas leis civis entre os povos onde a partilha de terras não se tenha efetuado, podendo chamar mais precisamente de costumes do que leis. 
Entre esses povos os anciões mantem grande autoridade e o casamento não é tão estável. Os povos pastores não podem se separar de seus rebanhos, consequentemente de sua família, para não se tonarem presa do inimigo. 
Suas leis regulamentaram a partilha de pilhagens e concederão, como nossas leis, atenção particular aos roubos. 
Capítulo XIV – Do estado político dos povos que não cultivam as terras
Esses povos gozam de grande liberdade, por não cultivarem terras, não estão ligados a ela. Entre esses povos a liberdade do homem é tão grande que acarreta necessariamente a do cidadão.
Capítulo XV – Dos povos que conhecem o uso da moeda
A cultura da terra requer o uso da moeda. Essa cultura supõe muitas artes e conhecimentos que conduz ao estabelecimento de um símbolo de valores. 
Capítulo XVI – Das leis civis entre os povos que não conhecem o uso da moeda
Quando um povo não conhece o uso da moeda, encontramos, nele, somente injustiças decorrentes da violência; e os fracos, unindo-se, se defendem contra a violência.
Nos países em que a moeda não existe, o larápio só rouba coisas e as coisas nunca se assemelham. Nada pode ser ocultado pois o ladrão sempre carrega consigo as provas de seu crime.
Capítulo XVII – Das leis políticas entre os povos que não utilizam a moeda
O que mais assegura a liberdade dos povos que não cultivam as terras é o fato de não conhecerem a moeda. 
Entre os povos que não conhecem o uso da moeda, cada um possui poucas necessidades e as satisfaz fácil e igualmente. A igualdade é, portanto, forçada e os chefes não são despóticos.
Capítulo XVIII – Força das superstições
Os preconceitos da superstição são superiores a todos os outros, e suas razões a todos os demais. Assim, apesar de os povos selvagens não conhecerem naturalmente o despotismo, esse povo o conhece. 
Capítulo XIX – Da liberdade dos árabes e da servidão dos tártaros
Os árabes e os tártaros são povos pastores. Os árabes são livres, enquanto os tártaros encontram-se na escravidão política. 
Capítulo XX – Do direito das gentes dos tártaros
Os tártaros são os mais cruéis conquistadores. Não possuem cidades; todas suas guerras realizavam-se rápida e impetuosamente.
Não consideravam as cidades como um aglomerado de habitantes, mas como lugares apropriados a resistir a seu poderio. Não possuíam nenhuma habilidade para sitiá-las e expunham-se muito ao fazê-lo; vingavam com sangue todo o sangue que acabavam de verter.
Capítulo XXI – Leis civis dos tártaros
O último dos varões que permanecem no lar com o pai é, assim, o herdeiro natural. Trata-se de uma lei pastoril originada de algum pequeno povo bretão ou trazido por algum povo germânico.
Capítulo XXII – De uma lei civil dos povos germânicos
Diz respeito às instituições de um povo que não cultivava as terras, ou, pelo menos, a cultivava pouco.
A lei sálica determina que quando um homem deixa filhos, os do sexo masculino herdam a terra sálica em detrimento das filhas. A terra sálica era, portanto, esse recinto que dependia da casa do germano; constituía sua
única propriedade.
Não tendo a lei sálica por objeto certa referência por um sexo sobre o outro, com muito menos razão teria como objeto a perpetuidade da família, do nome ou da transmissão da terra; essas questões não passaram pela imaginação dos germanos. Tratava-se de uma lei puramente econômica que dava a casa e a terra dela dependente, aos varões que a deviam habitar e a quem, consequentemente, convinha melhor.
 Capítulo XXIII – Da longa cabeleira dos reis francos
‘’Os povos que não cultivam as terras não têm nem mesmo a ideia de luxo’’.
Como os germânicos, os ornamentos eram encontrados na própria natureza. Como a família do chefe deveria ser assinalada de alguma maneira, eles utilizavam da sua longa cabeleira.
Capítulo XXIV – Dos casamentos dos reis francos
‘’... os povos que não cultivam as terras, os casamentos eram muito menos fixos e se tomavam, normalmente, várias mulheres’’.
Os germanos foram um exemplo de povo que se contentavam com apenas uma mulher, exceto aqueles que pertenciam à nobreza, os reis da primeira raça, tiveram um número muito grande de mulheres. O exemplo dos reis não foi seguido pelos súditos.
Capítulo XXV – Childerico
‘’... existem poucos exemplos, numa nação tão numerosa, de violação da fé conjugal’’.
O casamento entre os germanos, por exemplo, era rígidos/severos, onde corromper ou ser corrompido não é visto como maneira de viver. Por isso Childerico foi expulso, ele feria costumes muito rígidos.
Capítulo XXVI – Da maioridade dos reis francos
‘’Os povos bárbaros que não cultivam as terras não possuem propriamente um território e são [...] governados mais pelo direito dos agentes do que pelo direito civil. Portanto estão quase sempre armado’’.
Esse é um motivo pelos quais os germanos estavam sempre armados para fazer negócios. Assim que esse povo podia carregar as suas armas, eram apresentados na assembleia, a partir desse momento, se tornavam parte da república.
Quando adquiriam a capacidade de portar armas, consequentemente vinha a maioridade, ou seja, a capacidade de administrar seus bens e regular a conduta da sua vida.
Para alguns povos, com 15 anos já tinham a capacidade de portar armas, assim como aconteceu com Childeberto II. Para outros, a maioridade chegava apenas aos 21.
Capítulo XXVII – Continuação do mesmo assunto
‘’[...] os germanos não iam à assembleia antes da maioridade; eram parte da família e não da república’’.
Este fato fez com que os filhos de Clodomiro não pudessem ser declarados reis após a morte do mesmo, pois não tinham idade o suficiente para ir à assembleia. Sendo assim, o governo do Estado caberia à sua avó, até o momento em que completassem a maioridade. Porém, seus tios os estrangularam e dividiram o reino entre eles.
Devido a este fato, os príncipes pupilos começaram a ser declarados reis imediatamente após a morte do pai, independente da idade. Assim, existiu entre os francos uma dupla administração: uma que dizia respeito ao rei pupilo, outra que dizia respeito ao reino.
Capítulo XXVIII – Da adoção entre os germanos
‘’Como os germanos tornavam-se maiores recebendo armas, eram adotados usando o mesmo sinal’’.
Teodorico, rei dos ostrogodos, escreveu: ‘’é uma bela coisa entre nós podermos ser adotados pelas armar, pois os homens corajosos são os únicos que merecem tornar-se nossos filhos. [...] Assim, segundo o costume das nações e porque vós sois um homem, nós vos adotamos com estes escudos, estas espadas, estes cavalos que vos enviamos’’.
Capítulo XXIX – Espírito sanguinário dos reis francos
‘’A lei dividia incessantemente a monarquia; o temor, a ambição e a crueldade queriam reuni-la’’.
Clóvis temia que os francos adotassem outro chefe. Como ele teve os maiores sucessores, pode dar aqueles que o tinham acompanhado estabelecimentos consideráveis. Seus sucessores seguiram está pátria tanto quanto puderam, onde inúmeras vezes eles conspiraram contra toda a família.
Capítulo XXX – Das assembleias da nação entre os francos
‘’[...] os povos que não cultivavam as terras gozavam de uma grande liberdade. Os germanos estavam neste caso’’.
Este povo dava a seu rei um poder muito moderado. Os crimes capitais podiam ser levados diante da assembleia. Os príncipes deliberavam sobre as coisas pequenas; sobre as grandes, toda a nação.
Capítulo XXXI – Da autoridade do clero na primeira raça
‘’Entre os povos bárbaros, os sacerdotes normalmente possuem o poder, porque tem a autoridade que devem à religião e o poder entre povos semelhantes concede a superstição’’.
Os sacerdotes tinham muito crédito entre seu povo, eram árbitros dos julgamentos, e possuíam uma influência muito forte nas decisões do rei, podendo até mesmo castigar e surrar (não o fazendo por ordem do príncipe, mas por inspiração da divindade).

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