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Definições de sócio, sociedade, administrador, empresário e empresa

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Sócio
Sócio é quem tem o papel de financiar e estruturar a empresa, tendo por objeto o exercício da atividade própria do empresário, ou seja, o seu papel como financiador não o exclui de ser responsável pela empresa. São eles quem disponibilizam o capital social para a constituição da sociedade, ou seja, no momento de sua constituição, o patrimônio social da sociedade é formado apenas pelos recursos inicialmente fornecidos pelos sócios.
No que diz respeito à responsabilidade dos sócios em relação à sociedade, esta se distingue em ilimitada, na qual os sócios respondem de maneira subsidiária, porém, solidária e ilimitadamente, e limitada, quando os sócios respondem somente até um determinado limite, determinado por um quantum pré-estabelecido no estatuto ou contrato social, pelas dívidas da sociedade. Há, a partir delas, sociedades denominadas mistas, que admitem ambas as formas de responsabilidade dos sócios.
Assim, conforme Fábio Ulhoa Coelho, o empresário não é o sócio da sociedade empresarial, mas sim a própria pessoa jurídica (a sociedade), que é quem explora a atividade empresarial.
Sociedade
Parte Histórica
As primeiras legislações que abordavam a sociedade se encontram no direito romano e regulavam a associação entre os herdeiros para a administração dos bens deixados por seus ascendentes e a criação de sociedades com fins específicos de arrecadação de impostos ou para compra de escravos.
No entanto, foi só durante a Idade média, no período mercantilista, predominante à época na Itália, que surgiu o modelo mais próximo do que hoje se entende por sociedade empresária, na qual desenvolveu-se a ideia de separação dos patrimônios dos sócios em relação ao patrimônio da sociedade. Nessa época, as sociedades eram eminentemente “inuiti personae”, ou seja, o que aproximava os sócios eram suas características pessoais e seus objetivos em comum. Esta modalidade ainda existe atualmente nas chamadas sociedades de pessoas.
Já no Renascimento, a contribuição financeira bastava para o ingresso na sociedade, surgindo, assim, as sociedades de capital.
Sobre a sociedade
Sociedades empresárias são as organizações econômicas dotadas de personalidade jurídica e patrimônio próprio, constituídas, ordinariamente, por mais de uma pessoa, que têm como objetivo a produção ou a troca de bens ou serviços com fins lucrativos - art. 981 do Código Civil.
A sociedade empresária adota, atualmente, duas das cinco formas admitidas na legislação em vigor: limitada (Ltda.), cujo ato constitutivo é o contrato social e sua participação societária denomina-se “quota” / ”cota”, ou sociedade anônima (S.A), a qual tem como documento básico disciplinador o estatuto e que tem denominada “ação” sua participação na sociedade. Sendo assim, a distribuição dos lucros e a responsabilidade pelas perdas atenderão à proporcionalidade da participação de cada sócio na sociedade.
A representação legal da sociedade limitada é exercida pelo administrador, que pode ser atribuída a mais de uma pessoa. Já na sociedade anônima, a representação legal cabe ao diretor. Em ambas as formas, o administrador não precisa ser sócio.
Segundo Fábio Ulhoa, “as sociedades empresárias, independente do objeto a que se dedicam, devem se registrar na Junta Comercial do Estado em que estão sediadas.”.
A sociedade empresária que explora irregularmente sua atividade econômica, ou seja, que funciona sem registro na Junta Comercial, esta sujeita a sanções. A principal delas é a responsabilidade ilimitada dos sócios pelas obrigações da sociedade. Segundo Ulhoa, “o arquivamento do ato constitutivo da pessoa jurídica – contrato social da limitada, ou os estatutos da anônima – no registro de empresas é condição para a limitação da responsabilidade dos sócios”.
Além dessa sanção, a sociedade empresária irregular não tem, ainda segundo Ulhoa, legitimidade ativa para o pedido de falência de outro comerciante (LF, art. 97, §1º) e não pode requerer a recuperação judicial (LF, art. 51, V).
A falta do registro na Junta Comercial, prossegue o autor, importa, também, a aplicação de sanções de natureza fiscal e administrativa. 
Administrador
Na sociedade limitada
Como já abordado anteriormente, o administrador, de modo geral, é o representante legal da sociedade empresária.
No que diz respeito à sociedade limitada, o artigo 1.060 do Código Civil de 2002 dispões que: “A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado”. Logo, poderá ser administrador aquele escolhido no contrato ou em um contrato separado.
A este respeito, Fábio Ulhoa Coelho diz: “A sociedade limitada tem como representante legal o administrador, que é escolhido e substituído pela maioria societária qualificada (unanimidade, três quartos, dois terços ou mais da metade do capital social). Nada impede, por outro lado, que a administração seja atribuída a mais de uma pessoa, que atuarão em conjunto ou isoladamente, segundo o previsto no contrato social.”.
A norma não aborda a escolha dos sócios sobre o administrador ser ou não sócio da empresa, ficando, assim, a critério deles. Mas, importante destacar que, conforme Coelho, só é permitido a escolha de “um terceiro estranho ao quadro social, desde que o contrato social permita tal solução”. Caso contrário, deverão os sócios eleger um administrador que pertença ao quadro social da empresa.
No entanto, independente de ser sócio ou não, o administrador terá um mandato, afirmando, Fábio Ulhoa Coelho, que este poderá “ser por prazo indeterminado ou determinado”.
Apesar de poder o prazo ser indeterminado, não significa dizer que este não se cessa. Neste sentido regula o art. 1.063 do Código Civil, a saber:
 “Art. 1.063 O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução” (Art.1.063, CC-2002).
As opções de se cessarem o cargo de administração, portanto, serão quatro: pelo próprio administrador a qualquer tempo, pelo término do prazo do contrato social, pelo término do prazo do exposto no ato separado e quando não houver recondução.
Para o bom andamento da empresa, as obrigações serão divididas quanto à função exercida na sociedade limitada. Os administradores segundo apontamentos legais ou do próprio contrato, serão incumbidos de determinadas atividades, que deverão ser realizadas com pontualidade.
Fábio Ulhoa Coelho expõe as obrigações e os prazos que devem os administradores da sociedade limitada obedecer: “Os administradores devem, anualmente, prestar contas aos sócios reunidos em assembleia anual (ou por outro modo previsto no contrato social). Junto com as contas apresentarão aos sócios os balanços patrimonial e de resultados que a sociedade limitada, na condição de empresária, é obrigada a levantar. O prazo para estas providências é de quatro meses seguintes ao término do exercício social”.
Além das obrigações acima descritas, os administradores da sociedade limitada poderão ter responsabilidade solidária e ilimitada se omitirem a palavra “limitada” quando empregarem no seu exercício a firma ou denominação da sociedade, regulação atribuída ao art. 1.158, § 3º, do Código Civil de 2002.
Na sociedade anônima
Na sociedade anônima, diferentemente, do que ocorre com a sociedade limitada, que só possui a figura do administrador, o Código Civil utiliza a figura de um órgão, denominado de Conselho de Administração.
Este órgão, segundo Fábio Ulhoa, é “em regra facultativo. Trata-se de colegiado de caráter deliberativo, ao qual a lei atribui parcela da competência da assembléia geral”.
Assim, em regra será facultativo, mas os artigos 138 § 2º e 239 da Lei nº. 6.404/76 dispõem que será a obrigatório um Conselho de Administração nas sociedades de economia mista, de capital autorizado e nas sociedades anônimas abertas.
O Conselho de Administração é formado por no mínimo três membros que por força de lei deverão ser obrigatoriamente acionistas (art. 146, Lei nº. 6.404/76).Outro órgão regulado pela lei é a diretoria, que é um órgão “de representação legal da companhia e de execução das deliberações da assembléia geral e do conselho de administração”, conforme Coelho. Portanto cabe aos diretores a representação legal da companhia, executando tarefas impostas pela assembleia geral e pelo conselho de administração.
Os diretores poderão ser ou não acionistas da sociedade anônima, e estes só exercerão o cargo de diretor, segundo Ulhoa, quando eleitos “pelo conselho de administração, se houver, ou pela assembléia geral, se inexistir o conselho de administração”.
As normas dos artigos 145 ao art. 159 da Lei nº. 6.404/76 serão conjuntamente aplicadas aos administradores aos membros da diretoria e aos membros do conselho de administração, se houver. Assim dispõe o texto do artigo 145 da referida lei.
Vários são os deveres impostos por lei aos administradores, por conseguinte aos membros do conselho de administração e da diretoria, tais como, dever de informar, dever de lealdade, dever de guardar sigilo, dever de diligência, evitar conflito de interesse, etc. Contudo veremos a seguir os deveres tidos como mais importantes, não eximindo os leitores de verificarem as disposições da lei 6.404/76.
Assim como ocorre na sociedade limitada, o prazo para o exercício do cargo de administrador da sociedade anônima também cessa pela investidura de novos administradores ou pela renúncia do titular.
Segundo Fábio Ulhoa, os administradores de uma companhia não são responsáveis “por ato regular de gestão, mas responderá por ilícito seu, pelos prejuízos que causa, com culpa ou dolo, ainda que dentro de suas atribuições ou poderes”. Incorrerão, portanto, os administradores em responsabilidade civil e penal. Frisa o autor que, no caso de companhia que se sujeita a fiscalização da CVM, acresce-se aos administradores a “responsabilidade de caráter administrativo (...) (Lei nº. 6.835/76, art.11)”.
Empresário
O empresário é quem exerce a atividade econômica, organizada, com produção ou circulação de bens e serviços a fim de obter lucros. É ele quem pratica profissionalmente e diretamente a atividade empresarial dentro da empresa. Sendo assim, o empresário pode ser tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica (sociedade).
Fábio Ulhoa Coelho define: “Empresário é a pessoa jurídica que toma iniciativa de organizar uma atividade econômica de produção ou circulação de bens ou serviços. Essa pessoa pode ser tanto física, que emprega seu dinheiro e organiza a empresa individualmente, como a jurídica, nascida da união de esforços de seus integrantes.”.
Assim, sobre ele, recai, para exercer tal função, a necessidade de determinados requisitos, como ter: (I) capacidade jurídica, (II) ausência de impedimento legal para o exercício da empresa, (III) eletivo exercício profissional da empresa, (IV) regime jurídico peculiar regulador da insolvência e (V) registro.
Ainda segundo Fábio Ulhoa, são obrigações gerais dos empresários: a) registrar-se na Junta Comercial antes de dar início à exploração de sua atividade; b) manter escrituração regular de seus negócios; c) levantar demonstrações contábeis periódicas. Segundo ele, o empresário que não cumpre com tais obrigações faz com que sua empresa seja considerada informal, clandestina e sonegadora de tributos, e isso pode, inclusive, gerar consequências na esfera penal.
Empresa
Segundo Fábio Ulhoa Coelho, “conceitua-se empresa como sendo atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens e serviços, gerados estes mediante a organização dos fatores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital e tecnologia)”. A partir disso, pode-se afirmar que empresa é a atividade empresarial, sendo seu conceito, então, estritamente econômico.
A empresa, então, nasce somente quando se inicia a atividade sob a orientação do empresário. A partir do momento em que o exercício da atividade organizada e lucrativa do empresário desaparece, com ela cessa a figura da empresa.
Frisa-se aqui que a figura da empresa não se confunde com a figura do empresário nem com o estabelecimento empresarial: enquanto a empresa é a atividade empresarial e o empresário é quem a exerce, o estabelecimento, conforme Fábio Ulhoa, é considerado um bem que integra o patrimônio da sociedade empresária, não sendo, assim, sujeito de direito.
Por fim, é importante destacar que a empresa não necessariamente é constituída por uma sociedade empresária, visto que há a possibilidade de constituição da empresa individual e da EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), muito embora esta última não seja classificada como empresário individual, mas como uma espécie de sociedade, definida na lei como uma pessoa jurídica.
Conclusão
Em suma, pode-se afirmar que (i) o sócio é quem financia e estrutura a empresa; (ii) a empresa é ação, atividade econômica, circulação ou produção de bens e/ou serviços; (iii) empresário é a pessoa, física (empresário individual) ou jurídica (sociedade empresária), que assume os riscos e toma a iniciativa de exploração da atividade empresarial (empresa); (iv) administrador é o representante legal da sociedade empresária; e (v) sociedade empresária: é pessoa jurídica formada pela união de pessoas, física ou jurídicas, tendo como objetivo a junção de capitais e habilidades para exploração da atividade empresarial. Assim, a sociedade empresária é uma espécie de empresário que realiza a empresa.
Bibliografia
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 1: direito de empresa. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
http://www.jurisite.com.br/apostilas/direito_empresarial.pdf
http://otaviocoelho94.jusbrasil.com.br/artigos/120408008/a-empresa-o-empresario-e-a-sociedade-empresaria-breve-conceituacao-juridica
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6448
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABCfUAG/teoria-empresa
http://miscelaneadoconhecimento.com/pastas/aulascomercial.html
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