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Artigo - Nascimento e Desenvolvimento Físico nos Três Primeiros Anos - PAPALIA E FELDMAN

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NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS TRES 
PRIMEIROS ANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADRIELLE GÊNOVA FERREIRA 
DALILA F. DAVID DOS SANTOS 
EDÍNEIA A. DE OLIVEIRA SILVA 
ELUANI ALEXANDRA T. FIRMINO 
MELISSA ITADA SILVÉRIO 
NATHALIA M. F. FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente – SP 
2015 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DE PRESIDENTE PRUDENTE 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS TRES 
PRIMEIROS ANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADRIELLE GÊNOVA FERREIRA 
DALILA F. DAVID DOS SANTOS 
EDÍNEIA A. DE OLIVEIRA SILVA 
ELUANI ALEXANDRA T. FIRMINO 
MELISSA ITADA SILVÉRIO 
NATHALIA M. F. FERNANDES 
 
Trabalho referente à matéria 
Psicologia do Desenvolvimento I, 
ministrado pela Profª Regina Lucia 
M. Gonçalves Ito, como parte da 
avaliação. 
 
 
 
 
Presidente Prudente – SP 
2015 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DE PRESIDENTE PRUDENTE 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 04 
 
2 NASCIMENTO E CULTURA: MUDANÇAS NO ATO DE NASCER ..................... 05 
2.1 O processo de nascimento ............................................................................... 06 
2.2 Etapas do nascimento ..................................................................................... 06 
2.3 Métodos de parto ............................................................................................. 07 
2.4 Parto vaginal versus paro cesariano ............................................................... 07 
2.5 Parto medicado versus parto não medicado .................................................... 08 
 
3 O RECÉM NASCIDO ............................................................................................ 09 
3.1 Sistemas Corporais .......................................................................................... 09 
3.2 Estados de Vigília: Os ciclos corporais ............................................................ 10 
3.3 Triagem neonatal para diagnóstico de doenças clínicas .................................. 10 
 
4 COMPLICAÇÕES DO PARTO ............................................................................. 11 
4.1 Baixo peso natal ............................................................................................... 11 
4.2 Tratamento e consequências ........................................................................... 11 
4.3 Efeitos e complicações do nascimento podem ser superados com um ambiente 
favorável?............................................................................................................... 12 
4.4 Pós-maturidade ................................................................................................ 13 
4.5 Natimortos ........................................................................................................ 13 
 
5 SOBREVIVENCIA E SAÚDE ................................................................................ 14 
5.1 Reduzindo a mortalidade infantil ...................................................................... 14 
5.2 Disparidades raciais/ étnicas na mortalidade infantil ....................................... 15 
5.3 Síndrome de Morte Súbita (SIDS) .................................................................... 15 
5.4 Morte por lesões .............................................................................................. 16 
5.5 Imunização para uma saúde melhor ................................................................ 17 
 
 
6 DESENVOLVIMENTO FISICO INICIAL ............................................................... 18 
6.1 Princípios do desenvolvimento ......................................................................... 18 
6.2 Crescimento físico ........................................................................................... 18 
6.3 Nutrição ............................................................................................................ 19 
6.4 O cérebro e o Comportamento Reflexo ........................................................... 20 
6.5 Capacidades Sensoriais Iniciais ....................................................................... 21 
 
7 DESENVOLVIMENTO MOTOR ............................................................................. 22 
7.1 Marcos do desenvolvimento motor .................................................................. 22 
7.2 Desenvolvimento motor e percepção .............................................................. 23 
7.3 A teoria ecológica da percepção ...................................................................... 23 
7.4 Teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen ....................................................... 23 
7.5 Influências culturais sobre o desenvolvimento motor ...................................... 24 
 
8 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 25 
 
9 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................... 25 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho tratará das principais questões que envolvem os 
bebês e as crianças até os seus três primeiros anos de vida, em relação ao seu 
desenvolvimento físico. 
Esse período é extremamente importante para garantir que toda a 
estrutura necessária ao corpo humano seja formada em ambientes propícios e com 
qualidade. 
Trata-se desde o inicio da formação, na gestação, e nas possíveis 
ocorrências tanto para mãe quando para o bebê, até o momento em que este 
encontra-se devidamente formado, com todas as suas características físicas 
necessárias para, inclusive, melhorar as partes cognitiva e psicossocial, pois são 
todas interdependentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 NASCIMENTO E CULTURA: MUDANÇAS NO ATO DE NASCER 
 
As crenças, os valores e os recursos de uma cultura refletem nos 
costumes que envolvem o nascimento de uma criança. 
Com o passar dos séculos os rituais para o nascimento foram 
modificados, a presença do médico só começou a ocorrer no século XV, e apenas 
para mulheres ricas, no caso de alguma complicação. Porém na maior parte dos 
casos as responsáveis por realizar o parto era as parteiras, que não possuíam 
quaisquer treinamento formal. 
Atualmente, ainda sofremos com os casos de mortalidade infantil, mas 
nos séculos anteriores as ocorrências eram muito maiores. 
Nos últimos cinquenta anos a disponibilidade de antibióticos, 
transfusões de sangue, anestesia, melhorias na higiene e a implementação de 
medicamentos mais eficazes para induzir ao parto, reduziram notavelmente os riscos 
da gravidez e do nascimento. Além disso, o aprimoramento da avaliação e da 
assistência pré-natal fizeram crescer as chances de nascer um bebe saudável. 
Nos países desenvolvidos, uma parcela de mulheres tem voltando à 
experiência do parto doméstico, geralmente envolvendo muitos dos familiares. 
Nestes casos há o auxilio de uma enfermeira obstetra perfeitamente treinada com 
recursos da ciência médica e sempre tomando as precauções necessárias como o 
alarde de um hospital próximo para o caso de uma possível emergência. 
“Em 1900, apenas 5% doas partos dos Estados Unidos ocorriam em 
hospitais; em 1920, em algumas cidades 65% já eram feitos em hospitais 
(SHOLTEN, 1985, apud ; PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 129) 
Outra opção muito utilizada são as casasde parto independentes, são 
ambientes semelhantes a um lar, procurados pelas gravidas na hora do nascimento. 
Existem estudos indicando que os partos realizados nesses dois tipos 
de ambientes, doméstico e lares independentes de parto, são de baixo risco, e que 
quando estes profissionais estão habilitados, tornam-se modalidades mais eficazes 
e baratas em comparação aos hospitais. 
Em se tratando de hospitais, hoje, há uma busca por “humanizar” o 
nascimento, buscando empregar ao momento do parto um local agradável em que a 
mãe possa sentir-se em um ambiente doméstico, com iluminação suave, na 
6 
 
presença do pai ou do parceiro como instrutor, visitas logo após o nascimento, entre 
outras táticas para suavizar e trazer conforto. 
Há ainda um sistema de permanência no quarto que permite à mãe 
ficar com seu bebe grande parte do tempo, de modo que ela possa ir atentando por 
si só aos momentos de necessidade de alimento do recém-nascido, e não em 
horários determinados pelas enfermeiras. 
 
2.1 O processo de nascimento 
 
Devido a uma serie de mudanças uterinas e cervicais, o processo ativo 
do nascimento é chamado de parturição, que se inicia ao longo das duas semanas 
anteriores ao parto. 
Segundo Papalia e Feldman (2013, pag. 130) “As contrações uterinas 
que expulsam o feto começam – normalmente por volta de 266 dias após a 
concepção – com um aperto no útero”. 
Nesse momento ocorrem elevações do nível de estrogênio, que 
estimula o útero a contrair-se e a cérvix a ficar mais flexível para a passagem do 
bebê. As contrações são o que impulsionam o feto para fora, começam como 
suaves retesamentos do útero. 
Podem ocorrer “falsas contrações” meses antes do momento do 
nascimento, mas pela regularidade e intensidade das contrações verdadeiras é 
possível haver essa distinção do real momento do nascimento do bebê. 
 
2.2 Etapas do nascimento 
 
O trabalho de parto tem três etapas. 
A primeira etapa é a mais longa, principalmente para as mulheres 
gestantes do primeiro filho. Aqui as contrações uterinas são regulares e cada vez 
mais frequentes, com a dilatação da cérvix. 
Na segunda etapa as contrações se tornam mais fortes e mais 
próximas. Ela tem inicio quando o bebê começa a se deslocar pela cérvix em 
direção ao canal vaginal, e termina quando o recém-nascido emerge por completo 
do corpo da mãe. 
7 
 
Caso essa etapa dure mais do que duas horas é preciso que o 
assistente, parteira ou médico que esta auxiliando o nascimento ajude a mãe com 
algumas técnicas especificas, como por exemplo, um corte na vagina para ampliar a 
saída. 
Logo após o nascimento, o bebê permanece ligado a placenta no corpo 
da mãe pelo cordão umbilical, que deve ser cortado e fechado para permitir que o 
bebê utilize dos pulmões para respirar. 
Durante a terceira fase ocorre a expulsão do restante da placenta e do 
cordão umbilical do corpo da mãe. 
 
2.3 Métodos de Parto 
 
A principal preocupação ao escolher um método de parto é a 
segurança da mãe e do bebê, e claro perceber qual a maneira mais confortável para 
cada determinada situação. 
As atitudes sociais e culturais também são muito importantes para toda 
essa questão de como deve ser o nascimento, pois em muitos lugares as gestantes 
são auxiliadas por outra mãe experiente que pode oferecer apoio emocional durante 
todo o tempo. 
 
2.4 Parto Vaginal versus Parto Cesariano 
 
 O parto vaginal é o método natural do nascimento, conforme 
anteriormente exposto, são simplesmente os processos de aguardar até que o bebê 
esteja pronto para nascer, e esporadicamente intervir quando houver complicações. 
O parto cesariano é um processo pouco mais formal, trata-se de uma 
cirurgia em que o abdômen da mãe é cortado para que o bebê seja removido pelas 
mãos do médico. 
Esse tipo de parto está entre os mais utilizados nas ultimas décadas, 
os partos vaginais diminuem desde 1996, quando observou-se os riscos possíveis. 
Em algumas situações especificas o parto cesariano costuma ser feito 
por questões de segurança, elas ocorrem quando: 1) O trabalho de parto progride 
muito lentamente; 2) A mãe está tendo sangramento vaginal; 3) O bebê dá sinais de 
8 
 
estar correndo perigo; 4) O bebê encontra-se nas posições: transversal (atravessado 
no útero) ou invertida (com os pés na direção da vagina); 5) A cabeça do feto é 
muito grande para passar pela pélvis materna. 
 
Os partos cirúrgicos são mais comuns quando se trata uma gravidez de 
primeiro filho, de uma mãe com mais idade ou ainda quando já houve uma cesariana 
anteriormente de um bebê de grande porte. 
O importante deste procedimento cirúrgico é a possibilidade de 
monitoramento eletrônico dos batimentos cardíacos do bebe durante o processo, o 
que pode alertar o medico para uma possível intervenção. 
 
2.5 Parto medicado versus parto não-medicado 
 
A anestesia, um dos maiores auxiliadores do parto na medicina 
moderna, permite à mãe esquivar-se da dor naquele momento, o que pode muitas 
vezes e principalmente nos partos vaginais, atrapalhar o nascimento. 
Hoje, a anestesia geral é raramente utilizada, pois ela deixa a mulher 
completamente inconsciente. É muito mais comum o uso da anestesia local, em que 
o corpo adormece somente na parte utilizada pelo médico e a mãe pode participar 
do nascimento e segurar o bebê logo em seguida. 
Outra possibilidade seria dar um analgésico relaxante para a gestante. 
“A mulher s seu médico devem discutir as varias opções logo no inicio da gravidez, 
mas as escolhas dela poderão mudar quando se aproximar o momento do parto.” 
(PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 133) 
Todos esses medicamentos atravessam a placenta, entram na corrente 
sanguínea e nos tecidos do feto, podendo ocasionar perigos potencias para o bebê. 
Os métodos alternativos de parto foram desenvolvidos justamente para evitar e 
minimizar o uso de drogas nesse período, e aumentar o envolvimento dos pais no 
processo. 
Por outra via, o aperfeiçoamento do parto medicado permite às mães 
aliviar a dor, e por isso 60% das mulheres em trabalho de parto recebem injeções 
locais, o que lhes permite acompanhar o processo e ainda permanecer sem riscos. 
 
9 
 
3 O RECÉM NASCIDO 
 
As primeiras quatro semanas de vida são chamadas de período 
neonatal e o recém-nascido chamado de neonato. 
Cerca de 95% dos bebês nascem pesando entre 2,5 e 4,5 kg e tem 
cerca de 45 a 55 cm de comprimento. Nos primeiros dias eles perdem muito liquido, 
desfazendo-se de até 10% do seu peso, e só voltam a ganhar peso com 10 a 15 
dias de vida. 
Certas características são especificas nos bebês: cabeça grande, 
queixo elevado (para facilitar a amamentação) e os ossos da cabeça ainda não se 
fundiram. Esses lugares, em que os ossos não se uniram, são chamados de 
fontanelas, são uma espécie de cartilagem maleáveis nos primeiros dias. 
Os neonatos possuem lanugem (penugem pré-natal aveludada) que 
muitas vezes não cai ao nascer, por isso alguns bebês são muito peludos. 
Outra característica dessa fase é a presença de uma substancia 
gordurosa sobre a pele que serve como proteção e evita infecções, a qual 
chamamos de vernix caseosa. 
 
3.1 Sistemas Corporais 
 
Antes do nascimento, todas as atividades vitais do bebê tais como, 
alimentação, respiração, circulação do sangue, eram realizadas através da mãe, e 
após o nascimento ele precisa aprender a realizar tudo isso por conta própria. 
O que liga a mãe ao bebê é o cordão umbilical, responsável por levar e 
purificar o sangue, o feto também recebe oxigênio através do cordão umbilical, 
assim como alimentação e eliminação de resíduos. 
Ao sentiro primeiro contato com o ar, se o bebê não respirar dentro de 
cinco minutos, ocorre um problema cerebral chamado de anoxia, pela falta de 
oxigênio, que pode leva-lo a ter retardo mental, problemas comportamentais ou as 
vezes à morte. 
Nos primeiros dias o bebê excreta o mecômio (fezes pegajosas verde 
escuras), que estão no trato intestinal dele. No terceiro ou quarto dia desenvolve-se 
10 
 
a icterícia neonatal (amarelamento da pele e do globo ocular), por causa da 
imaturidade do fígado. 
As camadas de gordura que se desenvolvem no oitavo e no nono mês 
de gravidez, servirão agora para controlar a temperatura corporal do feto, pois ele 
bruscamente entre num ambiente diferente. 
 
3.2 Estados de Vigília: Os ciclos corporais 
 
Para controlar os ciclos diários de alimentação, sono e eliminação de 
fezes, o bebê nasce com um “relógio”, que permite ser percebido pela mãe através 
do choro e do humor do bebê. Esse controle rege o estado de consciência do 
recém-nascido. 
Cada bebê tem um controle diferente dos demais, alguns dormem 11 
horas por dia, outros 21 horas. Mas ainda assim existe um ciclo neonatal normativo, 
em que a maioria dos neonatos tem de seis a oito períodos de sono, variando do 
tranquilo ao ativo. 
Nesse aspecto os bebês costumam ser bem diferentes, podem ser 
mais ativos ou mais calmos, e essas são as primeiras demonstrações de 
temperamento, que podem prosseguir por toda a vida. Mas sem dúvida que as 
influencias externas vão ter efeito sobre essa personalidade. 
 
3.3 Triagem neonatal para diagnóstico de doenças 
 
A triagem de rotina de neonatos serve para a identificação das doenças 
e seus tratamentos, evitando futuras complicações. 
O custo de examinar recém-nascidos e diagnosticar as doenças raras é 
muito menor do que cuidar de, por exemplo, uma criança com retardo mental, sendo 
a triagem portanto, exigida nos estados norte-americanos. 
 
 
 
 
11 
 
4 COMPLICAÇÕES DO PARTO 
 
Os traumas no nascimento acontecem em uma minoria de casos, em 
média dois de mil neonatos se ferem durante o processo. Esse dano pode ocorrer 
devido á privação de oxigênio, danos mecânicos ou a infecções e doenças. 
 
4.1 Baixo peso natal 
 
O baixo peso natal é a segunda maior causa de morte na primeira 
infância, depois dos defeitos congênitos. Estão considerados nesta categoria bebês 
que nascem com menos de 2.500 gramas, e isto trata-se de 15% de todos os bebês 
que nascem no mundo. 
Essa característica de baixo peso natal ocorrerá em dois tipos de 
recém-nascidos: 1) Bebês pré-termo: aqueles nascidos antes da trigésima sétima 
semana de gestação e 2) Bebês pequenos para a data: pequenos para o período 
gestacional. 
Há maior incidência dessas situações em mulheres com problemas 
demográficos e socioeconômicos, aquela que vivem em uma região pouco 
desenvolvida ou não tem muita instrução; os fatores médicos anteriores à gravidez, 
como estatura, primeiro filho, baixo peso; fatores comportamentais e ambientais pré-
natais, que seriam o uso de drogas, falta de assistência adequada e problemas de 
saúde na gravidez, tais como sangramento vaginal, ganho de peso pequeno ou 
depressão. 
 
4.2 Tratamento e Consequências 
 
A principal preocupação é que os bebês muito pequenos faleçam com 
pouquíssimo tempo de vida. Seu sistema imunológico ainda não se desenvolveu por 
completo e o sistema nervoso pode ainda não ser suficientemente maduro para 
realizar certas funções vitais. 
Quando os bebês nascem com baixo peso e são alimentados por via 
intravenosa, por terem pouca gordura, sentem dificuldade em manter-se aquecidos. 
12 
 
Outro procedimento é colocar o bebê na incubadora (berço antisséptico 
com temperatura controlada), onde é alimentado por tubos. Para compensar o 
empobrecimento sensório deste ambiente, é preciso receber um tratamento especial 
tanto por parte dos pais como dos profissionais. 
A síndrome de insuficiência respiratória é muito comum nesses bebês, 
que carecem de uma substancia que cobre o pulmão e que impede o colapso dos 
alvéolos. 
Após a luta pela sobrevivência neste período inicial esses pequenos 
seres precisam de atenção no crescimento, pois existem consequências de longo 
prazo. Sabe-se, por exemplo, que crianças que tiveram esses obstáculos no 
nascimento apresentam dificuldade escolar, podem também ter maiores riscos de 
serem diabéticos e doenças cardiovasculares. 
 
4.3 Efeitos e complicações do nascimento podem ser superados com um 
ambiente favorável? 
 
As crianças tem uma incrível capacidade de recuperação, mesmo 
quando somam-se complicações no parto com as posteriores crises de pobreza, 
problemas familiares ou doenças. Mas tudo vai depender de cada caso em particular 
e de diversos outros fatores interligados, como o ambiente em que vão crescer e o 
apoio da família. 
É preciso então sempre considerar o contexto todo, pois a parte 
biológica interage também com o ambiente, fazendo com que a recuperação seja ou 
não possível. 
Houve uma pesquisa realizada pela Infant Health & Development 
Program que acompanhou 985 bebês pré-termos de baixo peso natal em oito locais 
diferentes dos Estados Unidos. 
Um terço das crianças em risco estudadas, tornaram-se adultos 
autoconfiantes e bem sucedidos. Elas tinham uma abordagem positiva e ativa para a 
resolução de problemas, capacidade de identificar aspectos favoráveis mesmo em 
experiências dolorosas, e geravam respostas positivas de outras pessoas usando a 
fé para manutenção de uma visão otimista da realidade. 
13 
 
Por esta pesquisa chegaram-se aos fatores de proteção, que seriam 
influencias que reduzem o impacto dessas consequências estressantes na infância, 
causando resultados positivos, que seriam: 1) atributos individuais; 2) Laços 
afetivos; 3) Recompensas de escola, igreja e comunidade. 
 
4.4 Pós – maturidade 
 
Quando o bebê nasce após a 42ª semana de gestação considera-se 
que é pós-maturo, e geralmente nascem magros e compridos, porque cresceram no 
útero, muito além do necessário. 
Esses fetos correm o risco de ter danos cerebrais ou morrerem, por 
isso é importante ter assistência medica eficiente para prevenir esta ocorrência com 
a cesariana. 
 
4.5 Natimortos 
 
A morte do feto pode ocorrer a partir da vigésima semana de gestação. 
Há um total de 3,2 milhões de fetos que nascem mortos. 
A causa da morte nem sempre é especificada, as vezes é possível 
observar subnutrição no útero. A redução neste número pode ocorrer pelo 
monitoramento eletrônico, ultrassom e outras medidas para verificar como esta o 
crescimento na gestação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5 SOBREVIVÊNCIA E SAÚDE 
 
A primeira infância é um período muito delicado, com certos riscos que 
precisam ser evitados para que se possa ter um desenvolver saudável. É necessário 
então tomar medidas de segurança para que os bebes possam passar por ela de 
maneira tranquila e segura. 
 
5.1 Reduzindo a mortalidade infantil 
 
Apesar dos grandes avanços para a proteção da vida do bebê, cerca 
de 6 milhões de mortes ainda ocorrem por ano. A distribuição desse índice é 
desigual ao redor do mundo, atingindo potencialmente os pais que não são 
desenvolvidos. 
O período com maior incidência de mortes precoces é o primeiro mês 
de vida, principalmente a primeira semana e dentro das 24 horas iniciais. 
As causas dessa taxa de mortalidade neonatal variam de infecções 
graves (são exemplos: sépsis e pneumonia), tétano, diarreia, parto pré-termo 
(prematuro) e asfixia ao nascer. Elas são fruto de uma combinação entre pobreza, 
saúde e nutriçãoprecária, bem como a falta de assistência médica adequada. 
A assistência pós-natal à mãe e ao bebê é de grande importância. 
Dados apontam que, bebê que perdem suas mães logo após o nascimento possuem 
mais chances de vir a óbito. 
Nos Estados Unidos a taxa de mortalidade infantil foi caindo desde o 
começo do século XX, mas acabou estabilizando-se, passando de 100 para 6,7 
mortes a cada 1.000 nascimentos. Isso se deve principalmente à prevenção da SIDS 
(Síndrome de Morte Súbita), a eficácia no tratamento de problemas respiratórios e 
aos avanços na medicina que permitem manter vivos os bebês prematuros. 
Em virtude do predomínio de nascimentos pré-terno e de baixo peso 
natal, os bebês norte americanos tem menos chance de completarem 1 ano de vida 
do que os bebês de países desenvolvidos, ficando explícita essa afirmação quando 
analisamos que em 2008 a taxa de mortalidade infantil desse país foi maior do que 
outros 44 países. 
15 
 
Os principais fatores que levam à mortalidade nos Estados Unidos são: 
defeitos de nascimento, distúrbios relacionados à prematuridade a ao baixo peso 
natal, síndrome de morte súbita infantil, complicações na gravidez, problemas na 
placenta e no cordão umbilical. 
 
5.2 Disparidades raciais/ étnicas na mortalidade infantil 
 
Apesar da taxa de mortalidade infantil ter sofrido um grande declínio 
para todas as raças e grupos étnicos, ainda existem disparidades entre vários 
grupos, como negros, descendentes de asiáticos, havaianos, hispânicos. 
Grande parte dessa diferença é atribuída a dificuldade de acesso e de 
qualidade de assistência medica para esses bebês dos grupos minoritários, além 
também de fatores ambientais, como o tabagismo, a obesidade ou o consumo de 
álcool. 
Para conseguir reduzir essa desigualdade é preciso levar em conta 
esses fatores de risco ambientais, visto que cada grupo possui seus fatores 
específicos. 
 
5.3 Síndrome de Morte Súbita (SIDS) 
 
A SIDS também conhecida como morte no berço, é a morte repentina, 
sem explicações médicas, de bebês com menos de um ano de idade. 
Essa é um dos principais causadores de morte infantil nos Estados 
Unidos, tendo maior ocorrência em crianças afro-americanas, nativo americanas e 
alasquianos; no sexo masculino, em prematuros e em cujas mães são jovens e 
recebem assistência pré-natal tardia ou não recebem. 
Associa-se a SIDS à uma possível combinação de fatores, como por 
exemplo um defeito biológico ligado a um fator ambiental de risco, durante o período 
critico, sendo raras as exceções. 
Mutações genicas também são associadas a este tipo de morte, 
principalmente aquelas que afetam o coração, estando presentes entre 1 de 9 bebês 
afro-americanos, podendo até ser a explicação mais comum de SIDS. 
16 
 
Uma descoberta recente indica que bebês com defeito no tronco 
encefálico que possuem SIDS, podem não acordar ou virar-se quando estiverem 
respirando dióxido de carbono. O mesmo acontece com bebês com baixo nível de 
serotonina, que podem não acordar quando lhes falta oxigênio ou quando respiram 
muito dióxido de carbono, aumentando seus riscos de vida. O uso de ventiladores 
reduz em 72% esses casos. 
Pesquisas relacionam o fato de dormir com o estômago para baixo com 
esta Síndrome, visto que houve um grande declínio da mesma nos Estados Unidos 
após recomendações para colocar o bebê de costas na hora de dormir. 
Os médicos recomendam que não se coloque os bebês em superfícies 
muito moles ou macias para evitar o superaquecimento ou inação do próprio dióxido 
de carbono. O risco aumenta 20 vezes se a criança dormir em locais não projetados 
para eles, como sofás, camas de adultos ou poltronas. 
O uso de chupeta é associado a um baixo risco de SIDS. 
 
5.4 Morte por lesões 
 
As lesões involuntárias são a quinta maior causadora de mortes na 
primeira infância e a terceira após as quatro primeiras semanas de vida, nos 
Estados Unidos. 
Cerca de dois terços das mortes por lesões não intencionais, no 
primeiro ano de vida, são causados por sufocação; de 1 a 4 anos a principal causa 
são os acidentes de trânsito, seguidos por afogamentos e queimaduras. 
Quando se fala em lesões não fatais, a queda é o de maior índice entre 
os bebês, cerca de 52% e entre crianças de 2 anos chega a 43%. 
Os meninos, independentemente da idade, são mais propensos a 
ferimentos e morte do que as meninas. Os bebês negros possuem 3 vezes mais 
chances de serem vítimas de homicídio do que os brancos, além de 2.5 vezes mais 
chances de morte por lesão. 
Aproximadamente 90% das mortes na primeira infância são 
decorrentes de um desses fatores: sufocação, acidentes de transito, afogamento, 
incêndios residenciais ou queimaduras. Muitos deles provocados no próprio 
17 
 
ambiente domestico e em algumas ocasiões ocorrem por maus cuidadores que não 
têm paciência com o choro das crianças, por exemplo. 
 
5.5 Imunização para uma saúde melhor 
 
A vacinação, hoje em dia, é uma realidade para muitas crianças nos 
seus primeiros anos de vida, sendo a sua aplicação um dos métodos mais eficazes 
para evitar doenças infantis conhecidas, porém fatais. 
Cerca de 78% das crianças são vacinadas durante seu primeiro ano de 
vida, contudo em 2002, quase 2,5 milhões de mortes, que poderiam ser evitadas 
com prevenção, ocorreram entre crianças de até 5 anos, sendo quase 2 milhões 
apenas na África e no Sudeste Asiático. 
Nos Estados Unidos, devido a uma grande mobilização para que 
ocorresse a imunização nacional, 77,4% das crianças entre 19 e 35 meses, de todos 
os grupos étnicos/raciais, receberam todas as vacinas recomendadas, e por volta de 
90% haviam tomado a maior parte delas. Todavia muitas crianças, a maioria de 
famílias pobres, ficaram sem uma ou mais doses necessárias. 
Devido a especulações sobre certas vacinas estarem relacionadas ao 
desenvolvimento de problemas neurológicos, como por exemplo, o autismo, alguns 
pais se mostraram relutantes em fazer a imunização necessária em seus filhos, mas 
não há evidencia alguma de que essas hipóteses tenham fundamento. Por conta 
dos quase 8% de crianças não vacinadas contra o sarampo, houveram grandes 
surtos da doença em certas comunidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
6 DESENVOLVIMENTO FÍSICO INICIAL 
 
Hoje, a maioria dos bebês sobrevivem ao nascimento, desenvolvem-se 
normalmente e crescem saudáveis. Mas quais seriam os princípios do seu 
desenvolvimento? Quais os padrões do crescimento do corpo e do cérebro? Como 
desenvolvem as habilidades motoras? 
 
6.1 Princípios do Desenvolvimento 
 
O crescimento e o desenvolvimento físico dos bebês seguem o 
princípio cefalocaudal e o princípio próximo-distal. 
No primeiro, o crescimento ocorre de cima para baixo. O cérebro 
cresce rapidamente antes do nascimento fazendo com que a cabeça seja 
desproporcionalmente grande, somente após um tempo de desenvolvimento de 
altura é que esta diferença vai se ajustando. 
No segundo, ocorre o crescimento de dentro para fora, do centro do 
corpo para as extremidades. “No útero, a cabeça e o tronco se desenvolvem antes 
dos braços e das pernas, depois são as mãos e os pés, e em seguida, os dedos das 
mãos e dos pés.“ (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 147) 
 
6.2 Crescimento Físico 
Durante os três primeiros anos a criança cresce mais que em qualquer 
outro período da vida. Segundo Papalia e Feldman “aos cinco meses, o peso natal 
de um bebê médio norte-americano do sexo masculino dobra para quase 7 kg e , 
com 1 ano de idade, mais do que triplica, ultrapassando os 10 kg” (2013, pag. 148). 
 Os meninos costumam ser maiores e mais pesados, mas sempre 
existea variação pessoal no crescimento. A forma e a proporção também se alteram 
com a idade, pois uma criança de três anos é mais esguia do que outra de um ano, 
roliça e barrigudinha. 
Os dentes começam a aparecer por volta dos três ou quatro meses, 
quando o bebê está no auge de sua fase oral e utiliza da boca para explorar todas 
19 
 
as coisas. É possível, porém, que o primeiro dente nasça entre o quinto e nono mês 
ou depois. 
Ao completar seu primeiro ano de vida, o bebê geralmente tem entre 
seis ou oito dentes, e “aos 2,5 anos, eles já tem todos os 20 dentes” (PAPALIA; 
FELDMAN, 2013, pag. 148) 
Hoje, crianças de países desenvolvidos estão mais altas e 
amadurecem sexualmente mais cedo do que as crianças de um século atrás, 
provavelmente devido a nutrição mais adequada, condições sanitárias, assistência 
médica de melhor qualidade e a diminuição do trabalho infantil. 
 
6.3 Nutrição 
A nutrição adequada é essencial para o crescimento saudável do bebê. 
E neste período dos três anos é quando a alimentação sofre mudanças 
significativas, essenciais ao desenvolvimento. 
Alimentar o bebê é um ato emocional e físico. O contato da criança 
com a mãe promove um vinculo emocional, essa ligação pode ocorrer através do 
peito ou da mamadeira. (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 148) 
O alimento vindo da mãe, leite materno, é quase sempre o melhor 
alimento para o bebê, pois é rico em muitos nutrientes. O ideal é prosseguir com 
esta alimentação exclusiva durante os seis primeiros meses, e com 1 ano de idade o 
bebê pode passar a tomar leite de vaca. 
As vantagens do leite materno para a saúde são extraordinários, 
muitas doenças podem ser evitadas ou minimizadas como: diarreia, infecções 
respiratórias e estafilocócicas, reduz o risco de morte súbita, entre outros. 
Além do que os bebês alimentados por leite materno desenvolvem 
maior desempenho neurológico e cognitivo, prevenindo inclusive a obesidade e 
asma. 
O aleitamento materno é desaconselhável se a mãe estiver infectada 
com vírus da AIDS, ou se tiver qualquer outra infecção; se tiver tuberculose ativa 
não tratada; se tiver sido exposta a radiação; ou se estiver tomando qualquer 
medicação que não seja segura para o bebê (AAP SECTION ON 
BREASTFEEDING, 2005, apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 150). 
20 
 
6.4 O Cérebro e o Comportamento Reflexo 
 
É através do sistema nervoso central que o recém- nascido e o bebê 
começam seus movimentos de comportamentos reflexos. As percepções sensoriais 
são levadas ao cérebro que passa aos músculos o poder de movimentar-se. 
E desde modo que se inicia a vivencia do bebê, pois a partir destes 
movimentos há a possibilidade de buscar alimento no peito da mãe, em um primeiro 
momento, e depois no bico de uma mamadeira. 
A construção do cérebro depende do crescimento e do 
desenvolvimento de uma nutrição adequada como: proteínas, ferro, iodo, zinco, 
vitaminas e ácido fólico. 
Divide-se o cérebro em duas metades (direita e esquerda) cada uma 
com uma função. Essa função específica ganha o nome de laterização. 
O hemisfério esquerdo ocupa-se da linguagem e do raciocínio lógico, o 
hemisfério direito, com funções visuais e espaciais, como leitura de um mapa e 
desenho. Os dois hemisférios são unido por um tecido chamado corpo caloso, que 
permite compartilhar informações e coordenar chamados. 
O cérebro contem dois tipos de células, neurônios e células gliais. Os 
neurônios enviam e recebem informações e as células gliais suportam e protegem 
os neurônios. 
Em principio, os neurônios são basicamente corpos celulares dotados 
de um núcleo, formado por DNA, que contem a programação genética da célula. 
Essas células rudimentares migram para as varias partes do cérebro em 
crescimento e originam os axônios e dendritos, extensões filamentosas e 
ramificadas. 
Os axônios enviam sinais para outros neurônios e os dendritos 
recebem essas mensagens que chegam até eles através das sinapses, os elos de 
comunicação do sistema nervoso, as sinapses são pequenas colunas preenchidas 
com substancias químicas chamadas neurotransmissoras. (PAPALIA; FELDMAN, 
2013, pag. 153). 
Os neurônios não utilizados do cérebro aos poucos deixam de existir, o 
que chamamos de morte cerebral ou supressão do excesso de células. 
 
21 
 
6.5 Capacidades Sensoriais Iniciais 
 
Tato e dor: primeiro sentido a se desenvolver é o tato e mesmo nos 
primeiros anos de vida o recém-nascido sente dor e torna-se mais sensíveis com o 
passar dos dias. 
Olfato e Paladar: Ambos passam a se desenvolver no útero, sabores 
dos alimentos consumidos pela mãe são transmitidos para o feto através do liquido 
amniótico. Desenvolvem uma preferencia por sabores doces ao em vez de sabores 
azedos ou amargos, pois provavelmente seria um mecanismo de defesa, muitas 
substâncias amargas são tóxicas. 
Audição: Fundamental antes do nascimento, o bebê distingue a voz da 
mãe e de uma estranha e preferem a língua natal a uma língua estrangeira. Como a 
audição é fundamental para desenvolver-se linguagem, deficiências auditivas devem 
ser identificadas o mais cedo possível. 
Visão: Sentido menos desenvolvido no recém-nascido, as estruturas da 
retina estão incompletas e o nervo óptico não está desenvolvido por completo. Aos 
quatro meses bebês sabem discriminar entre vermelho, verde, azul e amarelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
7 DESENVOLVIMENTO MOTOR 
 
Os bebês já nascem pré-dispostos às suas habilidades motoras 
básicas, como engatinhar e agarrar objetos. Assim que seu desenvolvimento físico 
está preparado eles associam sua capacidade ao ambiente para aprender novas 
habilidades. 
 
7.1 Marcos do desenvolvimento motor 
 
O desenvolvimento é caracterizado por etapas, pequenos marcos que 
vão sistematizando as antigas habilidades com as novas. Esse sistema desenvolve-
se das mais simples as habilidades mais complexas, permitindo que cada vez mais o 
bebê amplie seus conhecimentos e seu controle sobre o ambiente. 
Por exemplo, ao desenvolver a preensão o bebê tenta pegar os objetos 
com a mão toda, e aos poucos vai aprendendo o movimento em pinçam, permitindo 
a ele pegar objetos menores. 
O progresso deste sistema pode ser medido pelo Teste de Avaliação 
do Desenvolvimento de Denver, em que analisa-se em crianças de 1 mês a 6 anos 
se seu desenvolvimento está nos níveis normais. O teste serve para avaliar 
habilidades motoras gerais e as finas, respectivamente que envolvem músculos 
maiores e menores, e ainda a linguagem e o desenvolvimento social. 
Para exemplificar como funciona o desenvolvimento com níveis 
normais, estão aqui algumas características físicas e motoras para cada 
determinado período. 
Desde quando nascem os bebês conseguem virar a cabeça de um 
lado para o outro enquanto deitados, após dois ou três meses ele conseguem erguer 
a cabeça e vão aprimorando essa habilidade aos poucos. Somente a partir dos 
quatro meses os bebês conseguem manter a cabeça ereta. 
A partir dos três meses o bebê começa a rolar voluntariamente, por 
volta de seis meses consegue sentar-se sem apoio. Entre os 6 e 10 meses os bebês 
começam a engatinhar ou arrastar-se. 
23 
 
Todos esses desenvolvimentos encaminham-se para a aprendizagem 
de andar, que de acordo com cada uma dessas etapas simples, chega-se a mais 
complexa. 
 
7.2 Desenvolvimento motor e percepção 
 
A percepção diz respeito a aprendizagem do bebe em relação a si e ao 
seu ambiente. Nas pesquisas de Piaget ele defendia que os bebês necessitavam da 
orientação visual para alcançar coisas, usavam os olhos para guiar as mãos. Mas 
em pesquisasrecentes concluiu-se que as crianças podem usar outros indicadores 
para pegar objetos, como por exemplo usar a memoria de localização. 
Existem outros tipos de percepção como a profundidade, que é a 
capacidade de ver objetos em três dimensões, e a percepção tátil, que é o meio de 
adquirir informação pelo tato com os objetos. 
 
7.3 A teoria ecológica da percepção 
 
Os estudiosos Eleanor Gibson e Richard Walk fizeram um experimento 
com um bebe de seis meses, para testar seu abismo visual, e assim formularam a 
teoria ecológica da percepção, que ser o desenvolvimento locomotor dependente do 
aumento da sensibilidade à interação entre as características físicas e as variações 
do ambiente. 
Seria como um processo de “aprender a aprender”, que envolve 
exploração visual e manual para resoluções alternativas de problemas. Por esta 
teoria o desenvolvimento não ocorre em etapas por função, mas sim em problemas 
que acarretam em um conjunto de comportamentos e aprendizagens. 
 
7.4 Teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen 
 
O desenvolvimento motor seria o processo de interação do bebê com o 
ambiente. O que fez Thelen observar essa questão foi a característica que chamou 
de “reflexo de marcha automática”, que são os movimentos de passos dados por um 
neonato quando segurado na vertical. 
24 
 
Esses passos são feitos pelo recém-nascido, mas o neonato também 
os faz quando está deitado, nesta observação Thelen entendeu que o movimento 
era o mesmo o que mudava eram as condições nas quais ocorriam. 
Assim todo o desenvolvimento vai depender de muitos fatores 
ambientais, por exemplo, se o bebê quer pegar um carrinho à pilha, mas este é 
rápido demais para o seu engatinhar, o bebê aos poucos vai adapta-se ao que é 
necessário no seu ambiente. 
Para Thelen os bebês, apesar de serem seres únicos, vão desenvolver 
suas habilidades num mesmo período e quase sempre da mesma maneira, isso é o 
que diz a Teoria dos Sistemas Dinâmicos (TSD), pois todos eles passarão pelas 
mesmas dificuldades. 
Entretanto, nunca se pode esquecer que as características físicas 
particulares sempre existirão, e cada bebê vai ter o seu tempo necessário para 
adquiri-las. 
 
7.5 Influencias culturais sobre o desenvolvimento motor 
 
Ainda que exista uma sequencia normatizada para o desenvolvimento 
motor dos bebês, o ritmo também vai depender de fatores culturais. 
Os bebes africanos, por exemplo, andam muito mais rápido do que os 
norte-americanos. 
Existem algumas culturas em que as mães impedem os filhos de 
começar a dar seus primeiros passos por achar perigoso para a idade, sendo que a 
criança já teria condições físicas para caminhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
Ao final deste trabalho observamos que o estudo cientifico do 
desenvolvimento físico nos três primeiros anos do bebê é um processo muito 
complexo e cheio de etapas. 
Desde o momento da gestação e nas primeiras formações de suas 
partes o feto passa por dificuldades, já que as alterações ambientais, que neste caso 
são proporcionadas pela mãe o afetam de maneira direta, como por exemplo, o uso 
de drogas ou a depressão materna. 
Durante o parto mais complicações aparecem, pois se todos os 
procedimentos de higiene, uma boa assistência medica ou as próprias condições em 
que o feto se encontra não forem adequadas cumulativamente, podem surgir efeitos 
com consequências para toda a vida. 
Assim, é preciso observar que gerar um bebê é uma responsabilidade 
muito grande principalmente para a gestante, pois dela dependerão quase todo o 
bom funcionamento do bebê durante o inicio de sua vida. 
Os três primeiros anos são uma etapa muito importante para a 
formação física da criança, pois é o momento em que ela está descobrindo o mundo 
para o qual veio, e adaptando-se ao seu ciclo social. É uma etapa de muita 
aprendizagem porque a partir de então, aos poucos, ela vai criar sua independência 
da mãe para a maior parte das atividades, como andar, falar, comer e pegar objetos. 
Assim para um bom desenvolvimento ao longo da vida é preciso 
garantir ao neonato, ao bebê e a criança de até três anos, ambientes saudáveis, 
com muitas possibilidades para aumentar sua cognição, com convívio social, e com 
alimentos e atividades de acordo com sua estrutura para um desenvolvimento físico 
adequado. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
PAPALIA E FELDMAN, Diane E. e Ruth Duskin – Desenvolvimento 
Humano,12ª ed., 2013, Editora ArtMed.

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