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NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS TRES PRIMEIROS ANOS ADRIELLE GÊNOVA FERREIRA DALILA F. DAVID DOS SANTOS EDÍNEIA A. DE OLIVEIRA SILVA ELUANI ALEXANDRA T. FIRMINO MELISSA ITADA SILVÉRIO NATHALIA M. F. FERNANDES Presidente Prudente – SP 2015 FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PRESIDENTE PRUDENTE CURSO DE PSICOLOGIA NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS TRES PRIMEIROS ANOS ADRIELLE GÊNOVA FERREIRA DALILA F. DAVID DOS SANTOS EDÍNEIA A. DE OLIVEIRA SILVA ELUANI ALEXANDRA T. FIRMINO MELISSA ITADA SILVÉRIO NATHALIA M. F. FERNANDES Trabalho referente à matéria Psicologia do Desenvolvimento I, ministrado pela Profª Regina Lucia M. Gonçalves Ito, como parte da avaliação. Presidente Prudente – SP 2015 FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PRESIDENTE PRUDENTE CURSO DE PSICOLOGIA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 04 2 NASCIMENTO E CULTURA: MUDANÇAS NO ATO DE NASCER ..................... 05 2.1 O processo de nascimento ............................................................................... 06 2.2 Etapas do nascimento ..................................................................................... 06 2.3 Métodos de parto ............................................................................................. 07 2.4 Parto vaginal versus paro cesariano ............................................................... 07 2.5 Parto medicado versus parto não medicado .................................................... 08 3 O RECÉM NASCIDO ............................................................................................ 09 3.1 Sistemas Corporais .......................................................................................... 09 3.2 Estados de Vigília: Os ciclos corporais ............................................................ 10 3.3 Triagem neonatal para diagnóstico de doenças clínicas .................................. 10 4 COMPLICAÇÕES DO PARTO ............................................................................. 11 4.1 Baixo peso natal ............................................................................................... 11 4.2 Tratamento e consequências ........................................................................... 11 4.3 Efeitos e complicações do nascimento podem ser superados com um ambiente favorável?............................................................................................................... 12 4.4 Pós-maturidade ................................................................................................ 13 4.5 Natimortos ........................................................................................................ 13 5 SOBREVIVENCIA E SAÚDE ................................................................................ 14 5.1 Reduzindo a mortalidade infantil ...................................................................... 14 5.2 Disparidades raciais/ étnicas na mortalidade infantil ....................................... 15 5.3 Síndrome de Morte Súbita (SIDS) .................................................................... 15 5.4 Morte por lesões .............................................................................................. 16 5.5 Imunização para uma saúde melhor ................................................................ 17 6 DESENVOLVIMENTO FISICO INICIAL ............................................................... 18 6.1 Princípios do desenvolvimento ......................................................................... 18 6.2 Crescimento físico ........................................................................................... 18 6.3 Nutrição ............................................................................................................ 19 6.4 O cérebro e o Comportamento Reflexo ........................................................... 20 6.5 Capacidades Sensoriais Iniciais ....................................................................... 21 7 DESENVOLVIMENTO MOTOR ............................................................................. 22 7.1 Marcos do desenvolvimento motor .................................................................. 22 7.2 Desenvolvimento motor e percepção .............................................................. 23 7.3 A teoria ecológica da percepção ...................................................................... 23 7.4 Teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen ....................................................... 23 7.5 Influências culturais sobre o desenvolvimento motor ...................................... 24 8 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 25 9 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................... 25 4 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tratará das principais questões que envolvem os bebês e as crianças até os seus três primeiros anos de vida, em relação ao seu desenvolvimento físico. Esse período é extremamente importante para garantir que toda a estrutura necessária ao corpo humano seja formada em ambientes propícios e com qualidade. Trata-se desde o inicio da formação, na gestação, e nas possíveis ocorrências tanto para mãe quando para o bebê, até o momento em que este encontra-se devidamente formado, com todas as suas características físicas necessárias para, inclusive, melhorar as partes cognitiva e psicossocial, pois são todas interdependentes. 5 2 NASCIMENTO E CULTURA: MUDANÇAS NO ATO DE NASCER As crenças, os valores e os recursos de uma cultura refletem nos costumes que envolvem o nascimento de uma criança. Com o passar dos séculos os rituais para o nascimento foram modificados, a presença do médico só começou a ocorrer no século XV, e apenas para mulheres ricas, no caso de alguma complicação. Porém na maior parte dos casos as responsáveis por realizar o parto era as parteiras, que não possuíam quaisquer treinamento formal. Atualmente, ainda sofremos com os casos de mortalidade infantil, mas nos séculos anteriores as ocorrências eram muito maiores. Nos últimos cinquenta anos a disponibilidade de antibióticos, transfusões de sangue, anestesia, melhorias na higiene e a implementação de medicamentos mais eficazes para induzir ao parto, reduziram notavelmente os riscos da gravidez e do nascimento. Além disso, o aprimoramento da avaliação e da assistência pré-natal fizeram crescer as chances de nascer um bebe saudável. Nos países desenvolvidos, uma parcela de mulheres tem voltando à experiência do parto doméstico, geralmente envolvendo muitos dos familiares. Nestes casos há o auxilio de uma enfermeira obstetra perfeitamente treinada com recursos da ciência médica e sempre tomando as precauções necessárias como o alarde de um hospital próximo para o caso de uma possível emergência. “Em 1900, apenas 5% doas partos dos Estados Unidos ocorriam em hospitais; em 1920, em algumas cidades 65% já eram feitos em hospitais (SHOLTEN, 1985, apud ; PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 129) Outra opção muito utilizada são as casasde parto independentes, são ambientes semelhantes a um lar, procurados pelas gravidas na hora do nascimento. Existem estudos indicando que os partos realizados nesses dois tipos de ambientes, doméstico e lares independentes de parto, são de baixo risco, e que quando estes profissionais estão habilitados, tornam-se modalidades mais eficazes e baratas em comparação aos hospitais. Em se tratando de hospitais, hoje, há uma busca por “humanizar” o nascimento, buscando empregar ao momento do parto um local agradável em que a mãe possa sentir-se em um ambiente doméstico, com iluminação suave, na 6 presença do pai ou do parceiro como instrutor, visitas logo após o nascimento, entre outras táticas para suavizar e trazer conforto. Há ainda um sistema de permanência no quarto que permite à mãe ficar com seu bebe grande parte do tempo, de modo que ela possa ir atentando por si só aos momentos de necessidade de alimento do recém-nascido, e não em horários determinados pelas enfermeiras. 2.1 O processo de nascimento Devido a uma serie de mudanças uterinas e cervicais, o processo ativo do nascimento é chamado de parturição, que se inicia ao longo das duas semanas anteriores ao parto. Segundo Papalia e Feldman (2013, pag. 130) “As contrações uterinas que expulsam o feto começam – normalmente por volta de 266 dias após a concepção – com um aperto no útero”. Nesse momento ocorrem elevações do nível de estrogênio, que estimula o útero a contrair-se e a cérvix a ficar mais flexível para a passagem do bebê. As contrações são o que impulsionam o feto para fora, começam como suaves retesamentos do útero. Podem ocorrer “falsas contrações” meses antes do momento do nascimento, mas pela regularidade e intensidade das contrações verdadeiras é possível haver essa distinção do real momento do nascimento do bebê. 2.2 Etapas do nascimento O trabalho de parto tem três etapas. A primeira etapa é a mais longa, principalmente para as mulheres gestantes do primeiro filho. Aqui as contrações uterinas são regulares e cada vez mais frequentes, com a dilatação da cérvix. Na segunda etapa as contrações se tornam mais fortes e mais próximas. Ela tem inicio quando o bebê começa a se deslocar pela cérvix em direção ao canal vaginal, e termina quando o recém-nascido emerge por completo do corpo da mãe. 7 Caso essa etapa dure mais do que duas horas é preciso que o assistente, parteira ou médico que esta auxiliando o nascimento ajude a mãe com algumas técnicas especificas, como por exemplo, um corte na vagina para ampliar a saída. Logo após o nascimento, o bebê permanece ligado a placenta no corpo da mãe pelo cordão umbilical, que deve ser cortado e fechado para permitir que o bebê utilize dos pulmões para respirar. Durante a terceira fase ocorre a expulsão do restante da placenta e do cordão umbilical do corpo da mãe. 2.3 Métodos de Parto A principal preocupação ao escolher um método de parto é a segurança da mãe e do bebê, e claro perceber qual a maneira mais confortável para cada determinada situação. As atitudes sociais e culturais também são muito importantes para toda essa questão de como deve ser o nascimento, pois em muitos lugares as gestantes são auxiliadas por outra mãe experiente que pode oferecer apoio emocional durante todo o tempo. 2.4 Parto Vaginal versus Parto Cesariano O parto vaginal é o método natural do nascimento, conforme anteriormente exposto, são simplesmente os processos de aguardar até que o bebê esteja pronto para nascer, e esporadicamente intervir quando houver complicações. O parto cesariano é um processo pouco mais formal, trata-se de uma cirurgia em que o abdômen da mãe é cortado para que o bebê seja removido pelas mãos do médico. Esse tipo de parto está entre os mais utilizados nas ultimas décadas, os partos vaginais diminuem desde 1996, quando observou-se os riscos possíveis. Em algumas situações especificas o parto cesariano costuma ser feito por questões de segurança, elas ocorrem quando: 1) O trabalho de parto progride muito lentamente; 2) A mãe está tendo sangramento vaginal; 3) O bebê dá sinais de 8 estar correndo perigo; 4) O bebê encontra-se nas posições: transversal (atravessado no útero) ou invertida (com os pés na direção da vagina); 5) A cabeça do feto é muito grande para passar pela pélvis materna. Os partos cirúrgicos são mais comuns quando se trata uma gravidez de primeiro filho, de uma mãe com mais idade ou ainda quando já houve uma cesariana anteriormente de um bebê de grande porte. O importante deste procedimento cirúrgico é a possibilidade de monitoramento eletrônico dos batimentos cardíacos do bebe durante o processo, o que pode alertar o medico para uma possível intervenção. 2.5 Parto medicado versus parto não-medicado A anestesia, um dos maiores auxiliadores do parto na medicina moderna, permite à mãe esquivar-se da dor naquele momento, o que pode muitas vezes e principalmente nos partos vaginais, atrapalhar o nascimento. Hoje, a anestesia geral é raramente utilizada, pois ela deixa a mulher completamente inconsciente. É muito mais comum o uso da anestesia local, em que o corpo adormece somente na parte utilizada pelo médico e a mãe pode participar do nascimento e segurar o bebê logo em seguida. Outra possibilidade seria dar um analgésico relaxante para a gestante. “A mulher s seu médico devem discutir as varias opções logo no inicio da gravidez, mas as escolhas dela poderão mudar quando se aproximar o momento do parto.” (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 133) Todos esses medicamentos atravessam a placenta, entram na corrente sanguínea e nos tecidos do feto, podendo ocasionar perigos potencias para o bebê. Os métodos alternativos de parto foram desenvolvidos justamente para evitar e minimizar o uso de drogas nesse período, e aumentar o envolvimento dos pais no processo. Por outra via, o aperfeiçoamento do parto medicado permite às mães aliviar a dor, e por isso 60% das mulheres em trabalho de parto recebem injeções locais, o que lhes permite acompanhar o processo e ainda permanecer sem riscos. 9 3 O RECÉM NASCIDO As primeiras quatro semanas de vida são chamadas de período neonatal e o recém-nascido chamado de neonato. Cerca de 95% dos bebês nascem pesando entre 2,5 e 4,5 kg e tem cerca de 45 a 55 cm de comprimento. Nos primeiros dias eles perdem muito liquido, desfazendo-se de até 10% do seu peso, e só voltam a ganhar peso com 10 a 15 dias de vida. Certas características são especificas nos bebês: cabeça grande, queixo elevado (para facilitar a amamentação) e os ossos da cabeça ainda não se fundiram. Esses lugares, em que os ossos não se uniram, são chamados de fontanelas, são uma espécie de cartilagem maleáveis nos primeiros dias. Os neonatos possuem lanugem (penugem pré-natal aveludada) que muitas vezes não cai ao nascer, por isso alguns bebês são muito peludos. Outra característica dessa fase é a presença de uma substancia gordurosa sobre a pele que serve como proteção e evita infecções, a qual chamamos de vernix caseosa. 3.1 Sistemas Corporais Antes do nascimento, todas as atividades vitais do bebê tais como, alimentação, respiração, circulação do sangue, eram realizadas através da mãe, e após o nascimento ele precisa aprender a realizar tudo isso por conta própria. O que liga a mãe ao bebê é o cordão umbilical, responsável por levar e purificar o sangue, o feto também recebe oxigênio através do cordão umbilical, assim como alimentação e eliminação de resíduos. Ao sentiro primeiro contato com o ar, se o bebê não respirar dentro de cinco minutos, ocorre um problema cerebral chamado de anoxia, pela falta de oxigênio, que pode leva-lo a ter retardo mental, problemas comportamentais ou as vezes à morte. Nos primeiros dias o bebê excreta o mecômio (fezes pegajosas verde escuras), que estão no trato intestinal dele. No terceiro ou quarto dia desenvolve-se 10 a icterícia neonatal (amarelamento da pele e do globo ocular), por causa da imaturidade do fígado. As camadas de gordura que se desenvolvem no oitavo e no nono mês de gravidez, servirão agora para controlar a temperatura corporal do feto, pois ele bruscamente entre num ambiente diferente. 3.2 Estados de Vigília: Os ciclos corporais Para controlar os ciclos diários de alimentação, sono e eliminação de fezes, o bebê nasce com um “relógio”, que permite ser percebido pela mãe através do choro e do humor do bebê. Esse controle rege o estado de consciência do recém-nascido. Cada bebê tem um controle diferente dos demais, alguns dormem 11 horas por dia, outros 21 horas. Mas ainda assim existe um ciclo neonatal normativo, em que a maioria dos neonatos tem de seis a oito períodos de sono, variando do tranquilo ao ativo. Nesse aspecto os bebês costumam ser bem diferentes, podem ser mais ativos ou mais calmos, e essas são as primeiras demonstrações de temperamento, que podem prosseguir por toda a vida. Mas sem dúvida que as influencias externas vão ter efeito sobre essa personalidade. 3.3 Triagem neonatal para diagnóstico de doenças A triagem de rotina de neonatos serve para a identificação das doenças e seus tratamentos, evitando futuras complicações. O custo de examinar recém-nascidos e diagnosticar as doenças raras é muito menor do que cuidar de, por exemplo, uma criança com retardo mental, sendo a triagem portanto, exigida nos estados norte-americanos. 11 4 COMPLICAÇÕES DO PARTO Os traumas no nascimento acontecem em uma minoria de casos, em média dois de mil neonatos se ferem durante o processo. Esse dano pode ocorrer devido á privação de oxigênio, danos mecânicos ou a infecções e doenças. 4.1 Baixo peso natal O baixo peso natal é a segunda maior causa de morte na primeira infância, depois dos defeitos congênitos. Estão considerados nesta categoria bebês que nascem com menos de 2.500 gramas, e isto trata-se de 15% de todos os bebês que nascem no mundo. Essa característica de baixo peso natal ocorrerá em dois tipos de recém-nascidos: 1) Bebês pré-termo: aqueles nascidos antes da trigésima sétima semana de gestação e 2) Bebês pequenos para a data: pequenos para o período gestacional. Há maior incidência dessas situações em mulheres com problemas demográficos e socioeconômicos, aquela que vivem em uma região pouco desenvolvida ou não tem muita instrução; os fatores médicos anteriores à gravidez, como estatura, primeiro filho, baixo peso; fatores comportamentais e ambientais pré- natais, que seriam o uso de drogas, falta de assistência adequada e problemas de saúde na gravidez, tais como sangramento vaginal, ganho de peso pequeno ou depressão. 4.2 Tratamento e Consequências A principal preocupação é que os bebês muito pequenos faleçam com pouquíssimo tempo de vida. Seu sistema imunológico ainda não se desenvolveu por completo e o sistema nervoso pode ainda não ser suficientemente maduro para realizar certas funções vitais. Quando os bebês nascem com baixo peso e são alimentados por via intravenosa, por terem pouca gordura, sentem dificuldade em manter-se aquecidos. 12 Outro procedimento é colocar o bebê na incubadora (berço antisséptico com temperatura controlada), onde é alimentado por tubos. Para compensar o empobrecimento sensório deste ambiente, é preciso receber um tratamento especial tanto por parte dos pais como dos profissionais. A síndrome de insuficiência respiratória é muito comum nesses bebês, que carecem de uma substancia que cobre o pulmão e que impede o colapso dos alvéolos. Após a luta pela sobrevivência neste período inicial esses pequenos seres precisam de atenção no crescimento, pois existem consequências de longo prazo. Sabe-se, por exemplo, que crianças que tiveram esses obstáculos no nascimento apresentam dificuldade escolar, podem também ter maiores riscos de serem diabéticos e doenças cardiovasculares. 4.3 Efeitos e complicações do nascimento podem ser superados com um ambiente favorável? As crianças tem uma incrível capacidade de recuperação, mesmo quando somam-se complicações no parto com as posteriores crises de pobreza, problemas familiares ou doenças. Mas tudo vai depender de cada caso em particular e de diversos outros fatores interligados, como o ambiente em que vão crescer e o apoio da família. É preciso então sempre considerar o contexto todo, pois a parte biológica interage também com o ambiente, fazendo com que a recuperação seja ou não possível. Houve uma pesquisa realizada pela Infant Health & Development Program que acompanhou 985 bebês pré-termos de baixo peso natal em oito locais diferentes dos Estados Unidos. Um terço das crianças em risco estudadas, tornaram-se adultos autoconfiantes e bem sucedidos. Elas tinham uma abordagem positiva e ativa para a resolução de problemas, capacidade de identificar aspectos favoráveis mesmo em experiências dolorosas, e geravam respostas positivas de outras pessoas usando a fé para manutenção de uma visão otimista da realidade. 13 Por esta pesquisa chegaram-se aos fatores de proteção, que seriam influencias que reduzem o impacto dessas consequências estressantes na infância, causando resultados positivos, que seriam: 1) atributos individuais; 2) Laços afetivos; 3) Recompensas de escola, igreja e comunidade. 4.4 Pós – maturidade Quando o bebê nasce após a 42ª semana de gestação considera-se que é pós-maturo, e geralmente nascem magros e compridos, porque cresceram no útero, muito além do necessário. Esses fetos correm o risco de ter danos cerebrais ou morrerem, por isso é importante ter assistência medica eficiente para prevenir esta ocorrência com a cesariana. 4.5 Natimortos A morte do feto pode ocorrer a partir da vigésima semana de gestação. Há um total de 3,2 milhões de fetos que nascem mortos. A causa da morte nem sempre é especificada, as vezes é possível observar subnutrição no útero. A redução neste número pode ocorrer pelo monitoramento eletrônico, ultrassom e outras medidas para verificar como esta o crescimento na gestação. 14 5 SOBREVIVÊNCIA E SAÚDE A primeira infância é um período muito delicado, com certos riscos que precisam ser evitados para que se possa ter um desenvolver saudável. É necessário então tomar medidas de segurança para que os bebes possam passar por ela de maneira tranquila e segura. 5.1 Reduzindo a mortalidade infantil Apesar dos grandes avanços para a proteção da vida do bebê, cerca de 6 milhões de mortes ainda ocorrem por ano. A distribuição desse índice é desigual ao redor do mundo, atingindo potencialmente os pais que não são desenvolvidos. O período com maior incidência de mortes precoces é o primeiro mês de vida, principalmente a primeira semana e dentro das 24 horas iniciais. As causas dessa taxa de mortalidade neonatal variam de infecções graves (são exemplos: sépsis e pneumonia), tétano, diarreia, parto pré-termo (prematuro) e asfixia ao nascer. Elas são fruto de uma combinação entre pobreza, saúde e nutriçãoprecária, bem como a falta de assistência médica adequada. A assistência pós-natal à mãe e ao bebê é de grande importância. Dados apontam que, bebê que perdem suas mães logo após o nascimento possuem mais chances de vir a óbito. Nos Estados Unidos a taxa de mortalidade infantil foi caindo desde o começo do século XX, mas acabou estabilizando-se, passando de 100 para 6,7 mortes a cada 1.000 nascimentos. Isso se deve principalmente à prevenção da SIDS (Síndrome de Morte Súbita), a eficácia no tratamento de problemas respiratórios e aos avanços na medicina que permitem manter vivos os bebês prematuros. Em virtude do predomínio de nascimentos pré-terno e de baixo peso natal, os bebês norte americanos tem menos chance de completarem 1 ano de vida do que os bebês de países desenvolvidos, ficando explícita essa afirmação quando analisamos que em 2008 a taxa de mortalidade infantil desse país foi maior do que outros 44 países. 15 Os principais fatores que levam à mortalidade nos Estados Unidos são: defeitos de nascimento, distúrbios relacionados à prematuridade a ao baixo peso natal, síndrome de morte súbita infantil, complicações na gravidez, problemas na placenta e no cordão umbilical. 5.2 Disparidades raciais/ étnicas na mortalidade infantil Apesar da taxa de mortalidade infantil ter sofrido um grande declínio para todas as raças e grupos étnicos, ainda existem disparidades entre vários grupos, como negros, descendentes de asiáticos, havaianos, hispânicos. Grande parte dessa diferença é atribuída a dificuldade de acesso e de qualidade de assistência medica para esses bebês dos grupos minoritários, além também de fatores ambientais, como o tabagismo, a obesidade ou o consumo de álcool. Para conseguir reduzir essa desigualdade é preciso levar em conta esses fatores de risco ambientais, visto que cada grupo possui seus fatores específicos. 5.3 Síndrome de Morte Súbita (SIDS) A SIDS também conhecida como morte no berço, é a morte repentina, sem explicações médicas, de bebês com menos de um ano de idade. Essa é um dos principais causadores de morte infantil nos Estados Unidos, tendo maior ocorrência em crianças afro-americanas, nativo americanas e alasquianos; no sexo masculino, em prematuros e em cujas mães são jovens e recebem assistência pré-natal tardia ou não recebem. Associa-se a SIDS à uma possível combinação de fatores, como por exemplo um defeito biológico ligado a um fator ambiental de risco, durante o período critico, sendo raras as exceções. Mutações genicas também são associadas a este tipo de morte, principalmente aquelas que afetam o coração, estando presentes entre 1 de 9 bebês afro-americanos, podendo até ser a explicação mais comum de SIDS. 16 Uma descoberta recente indica que bebês com defeito no tronco encefálico que possuem SIDS, podem não acordar ou virar-se quando estiverem respirando dióxido de carbono. O mesmo acontece com bebês com baixo nível de serotonina, que podem não acordar quando lhes falta oxigênio ou quando respiram muito dióxido de carbono, aumentando seus riscos de vida. O uso de ventiladores reduz em 72% esses casos. Pesquisas relacionam o fato de dormir com o estômago para baixo com esta Síndrome, visto que houve um grande declínio da mesma nos Estados Unidos após recomendações para colocar o bebê de costas na hora de dormir. Os médicos recomendam que não se coloque os bebês em superfícies muito moles ou macias para evitar o superaquecimento ou inação do próprio dióxido de carbono. O risco aumenta 20 vezes se a criança dormir em locais não projetados para eles, como sofás, camas de adultos ou poltronas. O uso de chupeta é associado a um baixo risco de SIDS. 5.4 Morte por lesões As lesões involuntárias são a quinta maior causadora de mortes na primeira infância e a terceira após as quatro primeiras semanas de vida, nos Estados Unidos. Cerca de dois terços das mortes por lesões não intencionais, no primeiro ano de vida, são causados por sufocação; de 1 a 4 anos a principal causa são os acidentes de trânsito, seguidos por afogamentos e queimaduras. Quando se fala em lesões não fatais, a queda é o de maior índice entre os bebês, cerca de 52% e entre crianças de 2 anos chega a 43%. Os meninos, independentemente da idade, são mais propensos a ferimentos e morte do que as meninas. Os bebês negros possuem 3 vezes mais chances de serem vítimas de homicídio do que os brancos, além de 2.5 vezes mais chances de morte por lesão. Aproximadamente 90% das mortes na primeira infância são decorrentes de um desses fatores: sufocação, acidentes de transito, afogamento, incêndios residenciais ou queimaduras. Muitos deles provocados no próprio 17 ambiente domestico e em algumas ocasiões ocorrem por maus cuidadores que não têm paciência com o choro das crianças, por exemplo. 5.5 Imunização para uma saúde melhor A vacinação, hoje em dia, é uma realidade para muitas crianças nos seus primeiros anos de vida, sendo a sua aplicação um dos métodos mais eficazes para evitar doenças infantis conhecidas, porém fatais. Cerca de 78% das crianças são vacinadas durante seu primeiro ano de vida, contudo em 2002, quase 2,5 milhões de mortes, que poderiam ser evitadas com prevenção, ocorreram entre crianças de até 5 anos, sendo quase 2 milhões apenas na África e no Sudeste Asiático. Nos Estados Unidos, devido a uma grande mobilização para que ocorresse a imunização nacional, 77,4% das crianças entre 19 e 35 meses, de todos os grupos étnicos/raciais, receberam todas as vacinas recomendadas, e por volta de 90% haviam tomado a maior parte delas. Todavia muitas crianças, a maioria de famílias pobres, ficaram sem uma ou mais doses necessárias. Devido a especulações sobre certas vacinas estarem relacionadas ao desenvolvimento de problemas neurológicos, como por exemplo, o autismo, alguns pais se mostraram relutantes em fazer a imunização necessária em seus filhos, mas não há evidencia alguma de que essas hipóteses tenham fundamento. Por conta dos quase 8% de crianças não vacinadas contra o sarampo, houveram grandes surtos da doença em certas comunidades. 18 6 DESENVOLVIMENTO FÍSICO INICIAL Hoje, a maioria dos bebês sobrevivem ao nascimento, desenvolvem-se normalmente e crescem saudáveis. Mas quais seriam os princípios do seu desenvolvimento? Quais os padrões do crescimento do corpo e do cérebro? Como desenvolvem as habilidades motoras? 6.1 Princípios do Desenvolvimento O crescimento e o desenvolvimento físico dos bebês seguem o princípio cefalocaudal e o princípio próximo-distal. No primeiro, o crescimento ocorre de cima para baixo. O cérebro cresce rapidamente antes do nascimento fazendo com que a cabeça seja desproporcionalmente grande, somente após um tempo de desenvolvimento de altura é que esta diferença vai se ajustando. No segundo, ocorre o crescimento de dentro para fora, do centro do corpo para as extremidades. “No útero, a cabeça e o tronco se desenvolvem antes dos braços e das pernas, depois são as mãos e os pés, e em seguida, os dedos das mãos e dos pés.“ (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 147) 6.2 Crescimento Físico Durante os três primeiros anos a criança cresce mais que em qualquer outro período da vida. Segundo Papalia e Feldman “aos cinco meses, o peso natal de um bebê médio norte-americano do sexo masculino dobra para quase 7 kg e , com 1 ano de idade, mais do que triplica, ultrapassando os 10 kg” (2013, pag. 148). Os meninos costumam ser maiores e mais pesados, mas sempre existea variação pessoal no crescimento. A forma e a proporção também se alteram com a idade, pois uma criança de três anos é mais esguia do que outra de um ano, roliça e barrigudinha. Os dentes começam a aparecer por volta dos três ou quatro meses, quando o bebê está no auge de sua fase oral e utiliza da boca para explorar todas 19 as coisas. É possível, porém, que o primeiro dente nasça entre o quinto e nono mês ou depois. Ao completar seu primeiro ano de vida, o bebê geralmente tem entre seis ou oito dentes, e “aos 2,5 anos, eles já tem todos os 20 dentes” (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 148) Hoje, crianças de países desenvolvidos estão mais altas e amadurecem sexualmente mais cedo do que as crianças de um século atrás, provavelmente devido a nutrição mais adequada, condições sanitárias, assistência médica de melhor qualidade e a diminuição do trabalho infantil. 6.3 Nutrição A nutrição adequada é essencial para o crescimento saudável do bebê. E neste período dos três anos é quando a alimentação sofre mudanças significativas, essenciais ao desenvolvimento. Alimentar o bebê é um ato emocional e físico. O contato da criança com a mãe promove um vinculo emocional, essa ligação pode ocorrer através do peito ou da mamadeira. (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 148) O alimento vindo da mãe, leite materno, é quase sempre o melhor alimento para o bebê, pois é rico em muitos nutrientes. O ideal é prosseguir com esta alimentação exclusiva durante os seis primeiros meses, e com 1 ano de idade o bebê pode passar a tomar leite de vaca. As vantagens do leite materno para a saúde são extraordinários, muitas doenças podem ser evitadas ou minimizadas como: diarreia, infecções respiratórias e estafilocócicas, reduz o risco de morte súbita, entre outros. Além do que os bebês alimentados por leite materno desenvolvem maior desempenho neurológico e cognitivo, prevenindo inclusive a obesidade e asma. O aleitamento materno é desaconselhável se a mãe estiver infectada com vírus da AIDS, ou se tiver qualquer outra infecção; se tiver tuberculose ativa não tratada; se tiver sido exposta a radiação; ou se estiver tomando qualquer medicação que não seja segura para o bebê (AAP SECTION ON BREASTFEEDING, 2005, apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 150). 20 6.4 O Cérebro e o Comportamento Reflexo É através do sistema nervoso central que o recém- nascido e o bebê começam seus movimentos de comportamentos reflexos. As percepções sensoriais são levadas ao cérebro que passa aos músculos o poder de movimentar-se. E desde modo que se inicia a vivencia do bebê, pois a partir destes movimentos há a possibilidade de buscar alimento no peito da mãe, em um primeiro momento, e depois no bico de uma mamadeira. A construção do cérebro depende do crescimento e do desenvolvimento de uma nutrição adequada como: proteínas, ferro, iodo, zinco, vitaminas e ácido fólico. Divide-se o cérebro em duas metades (direita e esquerda) cada uma com uma função. Essa função específica ganha o nome de laterização. O hemisfério esquerdo ocupa-se da linguagem e do raciocínio lógico, o hemisfério direito, com funções visuais e espaciais, como leitura de um mapa e desenho. Os dois hemisférios são unido por um tecido chamado corpo caloso, que permite compartilhar informações e coordenar chamados. O cérebro contem dois tipos de células, neurônios e células gliais. Os neurônios enviam e recebem informações e as células gliais suportam e protegem os neurônios. Em principio, os neurônios são basicamente corpos celulares dotados de um núcleo, formado por DNA, que contem a programação genética da célula. Essas células rudimentares migram para as varias partes do cérebro em crescimento e originam os axônios e dendritos, extensões filamentosas e ramificadas. Os axônios enviam sinais para outros neurônios e os dendritos recebem essas mensagens que chegam até eles através das sinapses, os elos de comunicação do sistema nervoso, as sinapses são pequenas colunas preenchidas com substancias químicas chamadas neurotransmissoras. (PAPALIA; FELDMAN, 2013, pag. 153). Os neurônios não utilizados do cérebro aos poucos deixam de existir, o que chamamos de morte cerebral ou supressão do excesso de células. 21 6.5 Capacidades Sensoriais Iniciais Tato e dor: primeiro sentido a se desenvolver é o tato e mesmo nos primeiros anos de vida o recém-nascido sente dor e torna-se mais sensíveis com o passar dos dias. Olfato e Paladar: Ambos passam a se desenvolver no útero, sabores dos alimentos consumidos pela mãe são transmitidos para o feto através do liquido amniótico. Desenvolvem uma preferencia por sabores doces ao em vez de sabores azedos ou amargos, pois provavelmente seria um mecanismo de defesa, muitas substâncias amargas são tóxicas. Audição: Fundamental antes do nascimento, o bebê distingue a voz da mãe e de uma estranha e preferem a língua natal a uma língua estrangeira. Como a audição é fundamental para desenvolver-se linguagem, deficiências auditivas devem ser identificadas o mais cedo possível. Visão: Sentido menos desenvolvido no recém-nascido, as estruturas da retina estão incompletas e o nervo óptico não está desenvolvido por completo. Aos quatro meses bebês sabem discriminar entre vermelho, verde, azul e amarelo. 22 7 DESENVOLVIMENTO MOTOR Os bebês já nascem pré-dispostos às suas habilidades motoras básicas, como engatinhar e agarrar objetos. Assim que seu desenvolvimento físico está preparado eles associam sua capacidade ao ambiente para aprender novas habilidades. 7.1 Marcos do desenvolvimento motor O desenvolvimento é caracterizado por etapas, pequenos marcos que vão sistematizando as antigas habilidades com as novas. Esse sistema desenvolve- se das mais simples as habilidades mais complexas, permitindo que cada vez mais o bebê amplie seus conhecimentos e seu controle sobre o ambiente. Por exemplo, ao desenvolver a preensão o bebê tenta pegar os objetos com a mão toda, e aos poucos vai aprendendo o movimento em pinçam, permitindo a ele pegar objetos menores. O progresso deste sistema pode ser medido pelo Teste de Avaliação do Desenvolvimento de Denver, em que analisa-se em crianças de 1 mês a 6 anos se seu desenvolvimento está nos níveis normais. O teste serve para avaliar habilidades motoras gerais e as finas, respectivamente que envolvem músculos maiores e menores, e ainda a linguagem e o desenvolvimento social. Para exemplificar como funciona o desenvolvimento com níveis normais, estão aqui algumas características físicas e motoras para cada determinado período. Desde quando nascem os bebês conseguem virar a cabeça de um lado para o outro enquanto deitados, após dois ou três meses ele conseguem erguer a cabeça e vão aprimorando essa habilidade aos poucos. Somente a partir dos quatro meses os bebês conseguem manter a cabeça ereta. A partir dos três meses o bebê começa a rolar voluntariamente, por volta de seis meses consegue sentar-se sem apoio. Entre os 6 e 10 meses os bebês começam a engatinhar ou arrastar-se. 23 Todos esses desenvolvimentos encaminham-se para a aprendizagem de andar, que de acordo com cada uma dessas etapas simples, chega-se a mais complexa. 7.2 Desenvolvimento motor e percepção A percepção diz respeito a aprendizagem do bebe em relação a si e ao seu ambiente. Nas pesquisas de Piaget ele defendia que os bebês necessitavam da orientação visual para alcançar coisas, usavam os olhos para guiar as mãos. Mas em pesquisasrecentes concluiu-se que as crianças podem usar outros indicadores para pegar objetos, como por exemplo usar a memoria de localização. Existem outros tipos de percepção como a profundidade, que é a capacidade de ver objetos em três dimensões, e a percepção tátil, que é o meio de adquirir informação pelo tato com os objetos. 7.3 A teoria ecológica da percepção Os estudiosos Eleanor Gibson e Richard Walk fizeram um experimento com um bebe de seis meses, para testar seu abismo visual, e assim formularam a teoria ecológica da percepção, que ser o desenvolvimento locomotor dependente do aumento da sensibilidade à interação entre as características físicas e as variações do ambiente. Seria como um processo de “aprender a aprender”, que envolve exploração visual e manual para resoluções alternativas de problemas. Por esta teoria o desenvolvimento não ocorre em etapas por função, mas sim em problemas que acarretam em um conjunto de comportamentos e aprendizagens. 7.4 Teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen O desenvolvimento motor seria o processo de interação do bebê com o ambiente. O que fez Thelen observar essa questão foi a característica que chamou de “reflexo de marcha automática”, que são os movimentos de passos dados por um neonato quando segurado na vertical. 24 Esses passos são feitos pelo recém-nascido, mas o neonato também os faz quando está deitado, nesta observação Thelen entendeu que o movimento era o mesmo o que mudava eram as condições nas quais ocorriam. Assim todo o desenvolvimento vai depender de muitos fatores ambientais, por exemplo, se o bebê quer pegar um carrinho à pilha, mas este é rápido demais para o seu engatinhar, o bebê aos poucos vai adapta-se ao que é necessário no seu ambiente. Para Thelen os bebês, apesar de serem seres únicos, vão desenvolver suas habilidades num mesmo período e quase sempre da mesma maneira, isso é o que diz a Teoria dos Sistemas Dinâmicos (TSD), pois todos eles passarão pelas mesmas dificuldades. Entretanto, nunca se pode esquecer que as características físicas particulares sempre existirão, e cada bebê vai ter o seu tempo necessário para adquiri-las. 7.5 Influencias culturais sobre o desenvolvimento motor Ainda que exista uma sequencia normatizada para o desenvolvimento motor dos bebês, o ritmo também vai depender de fatores culturais. Os bebes africanos, por exemplo, andam muito mais rápido do que os norte-americanos. Existem algumas culturas em que as mães impedem os filhos de começar a dar seus primeiros passos por achar perigoso para a idade, sendo que a criança já teria condições físicas para caminhar. 25 CONCLUSÃO Ao final deste trabalho observamos que o estudo cientifico do desenvolvimento físico nos três primeiros anos do bebê é um processo muito complexo e cheio de etapas. Desde o momento da gestação e nas primeiras formações de suas partes o feto passa por dificuldades, já que as alterações ambientais, que neste caso são proporcionadas pela mãe o afetam de maneira direta, como por exemplo, o uso de drogas ou a depressão materna. Durante o parto mais complicações aparecem, pois se todos os procedimentos de higiene, uma boa assistência medica ou as próprias condições em que o feto se encontra não forem adequadas cumulativamente, podem surgir efeitos com consequências para toda a vida. Assim, é preciso observar que gerar um bebê é uma responsabilidade muito grande principalmente para a gestante, pois dela dependerão quase todo o bom funcionamento do bebê durante o inicio de sua vida. Os três primeiros anos são uma etapa muito importante para a formação física da criança, pois é o momento em que ela está descobrindo o mundo para o qual veio, e adaptando-se ao seu ciclo social. É uma etapa de muita aprendizagem porque a partir de então, aos poucos, ela vai criar sua independência da mãe para a maior parte das atividades, como andar, falar, comer e pegar objetos. Assim para um bom desenvolvimento ao longo da vida é preciso garantir ao neonato, ao bebê e a criança de até três anos, ambientes saudáveis, com muitas possibilidades para aumentar sua cognição, com convívio social, e com alimentos e atividades de acordo com sua estrutura para um desenvolvimento físico adequado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS PAPALIA E FELDMAN, Diane E. e Ruth Duskin – Desenvolvimento Humano,12ª ed., 2013, Editora ArtMed.
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