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Entende-se que as religiões de matriz africana se tratam de um conjunto de expressões religiosas que têm em comum uma origem na África e, portanto, étnico-racial, tendo mantido na diáspora os princípios teológicos e teogônicos africanos. Além disso, essas religiões se caracterizam pela manutenção de uma forte rigidez em relação aos seus rituais, tradições e hierarquia religiosa, como acontece, por exemplo, nos diversos modelos de Candomblé e Tambor-de-Mina. Nações Diaspóricas: O conceito de nações diaspóricas é apenas um método mais adequado de definir o modo como foram agrupados os povos africanos em grandes matrizes culturais religiosas e linguísticas. Sendo os principais grupos as nações de Ioruba ou Nagô (Orixás), a nação de Jeje (Voduns) e a nação de Banto (Inquices). Em cada uma destas nações encontramos uma grande variedade de povos e culturas diferentes, agrupadas segundo semelhanças linguísticas, étnicas, religiosas e culturais. Estas denominações se referem a agrupamentos de povos distintos, impostos pelos colonizadores a partir do estabelecimento do tráfico de escravos. Nação Ioruba vivia em uma área do continente africano denominada Iorubalândia, região que compreende partes dos atuais países do Togo, Benin e Nigéria. Esta religião, que não possui fronteiras físicas nem políticas determinadas e nem uma centralização política, compreendia, no período anterior à colonização, a existência de vários reinos, como Egbá, Ketu, Ibeju, Ijexá e Owó, cada um com seus próprios governantes, e que mantinham ligações tanto espirituais quanto políticas, com duas das principais cidades da região, que eram Oyó e Ifé. A religiosidade dos povos que viviam nesta região se assentava em torno do culto aos Orixás. Segundo suas crenças, existia um Deus Supremo, criador de todas as coisas, e este Deus havia criado os Orixás, divindades responsáveis por representar todos os seus domínios aqui na terra. Estes deuses estavam mais ligados aos homens, atendendo seus pedidos e repreendendo-os quando necessário. Quando necessitavam de algo, os homens não recorriam ao deus supremo, mas sim a estas divindades, os Orixás, que se ligavam a fenômenos da natureza, como a água, o trovão, as matas, os rios, e etc. Além disto, a ancestralidade para o africano é algo muito importante. Na região dos povos Iorubas, especialmente, podemos notar este traço constitutivo de sua religiosidade. Consideram que os espíritos dos que morreram continuam a existir, e que, portanto devem ser alimentados através de oferendas e sacrifícios realizados pelos vivos. O ancestral é um espírito sagrado, e pode ser solicitada sua ajuda sempre que necessário. Para isto, a pessoa que estiver passando por uma situação difícil vai até o túmulo em que este está enterrado, lhe faz uma oferenda, que pode ser através de comida, bebida, flores e até mesmo um animal sacrificado, e lhe pede ajuda para resolver seu problema. Entre os principais Orixás conhecidos no Brasil, podemos citar: vOlorun é o Deus supremo, que criou as divindades chamadas Orixás; vExu é o Orixá guardião dos templos e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos; vOgum é o Orixá do ferro, guerra, fogo e tecnologia; vOxossi Orixá da caça e da fartura; vXangô Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça; vObaluaiê Orixá das doenças epidérmicas e pragas; vOxumaré Orixá da chuva e do arco-íris; vOyá ou Iansã Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do rio Niger; Oxum Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios e amor; Iemanjá Orixá feminino dos mares e oceano, da fertilidade, mãe de muitos orixás; Nação Jeje O grupo que se convencionou chamar de Jeje engloba uma série de povos de línguas diferentes que viviam na mesma região dos Iorubas, a Iorubalândia, e fora identificados e diferenciados não só pela língua, como também pelo tipo de religiosidade. Entre os principais grupos, destacam-se os de língua ewe, gen, aja e fon. Quanto à religiosidade, os Órixas aqui dão lugar a um outro grupo de divindades, os Voduns. Assim como no caso dos Órixas, os Voduns também são divindades naturais, que tem a função de auxiliar os homens quando são invocados. São os principais Voduns: vMawu é o ser supremo dos povos Ewe e Fon; vLissá que é masculino, é também co-responsável pela criação; vLoko é o primogênito dos voduns, dono da jóia de mahi, que é o rúgbi; Heviossô Vodun que comanda os raios e relâmpagos; Dan Vodun da riqueza, representado pela serpente do arco-íris; Legba O caçula de Mawu e Lissá, e representa as entradas e saídas e a sexualidade; Nação Banto Como já vimos anteriormente, Banto não é um povo, nem designa uma única cultura comum. Na verdade, o termo Banto se refere a um tronco linguístico, que deu origem a uma infinidade de língua comuns, faladas por vários povos diferentes (são aproximadamente 400 grupos étnicos) em praticamente todo o território da África sub-saariana, como os ngola, cambinda, lunda, makuá, kassange, essange, munjolo, rebolo, angico, entre vários outros. Dentre as tradições bantos que mais tiveram influência no Brasil, destaca-se os falantes das línguas kikongo e kibundo, provenientes da região de N’gola (Angola). Nest território eram cultuadas divindades que tinha bastante semelhanças com os Órixas e Voduns; Trata-se dos Nkisi/Mukixi, ou como são mais conhecidos: Inquices. Entre os principais temos: Nzambi Mpungu Deus criados de todas as coisas; Pambu Njila Senhor dos caminhos e dos começos; Tat’etu Katendê Senhor das florestas e da alquimia divina; Tat’etu Hoxi Mukunbi O grande guerreiro e senhor do ferro; Mam’etu Kaia Senhora das águas. Uma das grandes mães mitológicas; Inkice - Wunge Deusas ligadas à justiça a aos nascimentos; Religiões de matriz africanas Entende-se que as religiões de matriz africana se tratam de um conjunto de expressões religiosas que têm em comum uma origem na África. Além disso, essas religiões se caracterizam pela manutenção de uma forte rigidez em relação aos seus rituais, tradições e hierarquia religiosa, como nos diversos modelos de Candomblé e Tambor-de-Mina. Nação Ioruba A religiosidade dos povos que viviam nesta região se assentava em torno do culto aos Orixás. Segundo suas crenças, existia um Deus Supremo, criador de todas as coisas, e este Deus havia criado os Orixás, divindades responsáveis por representar todos os seus domínios aqui na terra. Estes deuses estavam mais ligados aos homens, atendendo seus pedidos e repreendendo-os quando necessário. Consideram que os espíritos dos que morreram continuam a existir, e que, portanto devem ser alimentados através de oferendas e sacrifícios realizados pelos vivos. Para isto, a pessoa que estiver passando por uma situação difícil vai até o túmulo em que este está enterrado, lhe faz uma oferenda, que pode ser através de comida, bebida, flores e até mesmo um animal sacrificado, e lhe pede ajuda para resolver seu problema. Nação Jeje O grupo que se convencionou chamar de Jeje engloba uma série de povos de línguas diferentes que viviam na mesma região dos Iorubas, a Iorubalândia, e foram identificados e diferenciados não só pelalíngua, como também pelo tipo de religiosidade. Quanto à religiosidade, os Órixas aqui dão lugar a um outro grupo de divindades, os Voduns. Os Voduns também são divindades naturais, que tem a função de auxiliar os homens quando são invocados. Nação Banto Banto não é um povo, nem designa uma única cultura comum. Na verdade, o termo Banto se refere a um tronco linguístico, que deu origem a uma infinidade de língua comuns, faladas por vários povos diferentes em praticamente todo o território da África sub-saariana, Dentre as tradições bantos que mais tiveram influência no Brasil, destaca-se os falantes das línguas kikongo e kibundo, provenientes da região de Angola. Neste território eram cultuadas divindades que tinha bastante semelhanças com os Órixas e Voduns; Trata-se dos Nkisi/Mukixi, ou como são mais conhecidos: Inquices. Crença : Essas religiões são monoteístas, tem um Deus único , eles possuem divindades que são chamados de orixás , mas eles não são deuses são como anjos e santos.È o mesmo deus nas derivações das religiões africanas como umbanda e candomblé , o deus Olorum é o deus maior , único e seus filhos se tornaram os orixás , quando ele decidiu criar o mundo , cada orixá ficou responsável por algum aspecto da natureza e da vida em sociedade. Cada humano surgiu de um dos deuses e herda deles algumas características. Essas entidades são reverenciadas de formas diferentes , não há como quantificar o nùmero de orixás. No Brasil , o candomblé cultua uma pequena parcela dos mais de 200 existentes na África. Nessa religião a integração com a natureza é fundamental , pois quanto mais for o seu contato com a natureza maior será o seu desenvolvimento de energia portanto sua ligação com o seu orixá será maior e assim estará mais próximo de Deus Candomblé : Das várias derivações da religião africana no Brasil a mais conhecida é o candomblé , ela se misturou com o catolicismo logo que começaram as perseguições às religiões africanas usando as imagens dos santos para escapar da censura imposta pela igreja , mas nos dias atuais o candomblé tenta retornar às suas origens naturais estando somente vinculada com sua crença africana . Umbanda: È uma religião brasileiras que sintetiza elementos das religiões africanas e cristã porém sem ser definida por eles .È considerada uma religião brasileira por excelência com um sincretismo que combina o catolicismo , a tradição dos orixás africanos e os espíritos de origem indígena . Rituais : O local de culto dessas religiões são chamados de terreiros , são o lugar onde as oferendas e cerimônias são oferecidas aos orixás. os participantes usam roupas específicas de acordo com o seu orixá , um ritual pode reunir dezenas a centenas de pessoas variando de acordo com o tamanho da casa que realiza o culto. Batuque e umbanda são as duas religiões com o maior número de terreiros na região metropolitana de porto alegre. A diferença entre ela é que o batuque é original do Rio Grande do sul e se originou a partir das religiões dos povo da costa da Guiné e da Nigéria, já a Umbanda é uma mistura de religião africana com catolicismo e indígena.
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