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Aula 5

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Aula 5: Preocupação mundial SUSTENTABILIDADE
Como podemos relacionar a sociedade e a natureza de uma forma harmônica e não depreciativa?
Esta é uma questão polêmica a qual ainda hoje o homem tem muita dificuldade em responder.
Segundo Hammes (2004), algumas das paisagens mais admiradas são produtos da degradação ambiental ocasionada pela própria natureza. 
A erosão provocada pelos ventos ou pela água contorna esculturalmente as rochas, contribuindo para a formação dos solos. Já, a intervenção nas regiões selvagens pelo ser humano, ocorre à custa de grande prejuízo ecológico.
Será que o homem é o grande vilão da alteração maléfica do meio ambiente? Isso tem solução? A gestão ambiental pode ajudar nisso?
Política e o meio ambiente
Para começarmos a falar sobre gestão ambiental, temos, obrigatoriamente, que falar sobre política.
Ao instituir uma política ambiental, é necessário que o governo estabeleça os objetivos, defina as estratégias de ação, crie as instituições e estruture a legislação que a contém e que orienta sua aplicabilidade. 
Esse universo de implementação da política constitui o sentido da gestão ambiental.
Com isso, a gestão ambiental é, portanto, a implementação pelo governo de sua política ambiental, pela administração pública, mediante a definição de estratégias, ações, investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de garantir a qualidade do meio ambiente, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável (Philippi Junior e Maglio, 2009).
Segundo os mesmos autores é preciso salientar que existem outras definições para gestão ambiental, mas o conceito original, segundo a Lei 6.938/81, diz respeito à administração, pelo governo, do uso de recursos ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e desenvolvimento social.
A Encyclopedia Britannica (1978 apud Verocai, 1997) realça a visão de gestão relacionando-a ao uso racional de recursos naturais: o controle apropriado do meio ambiente físico, para propiciar seu uso com o mínimo abuso, de modo a manter as comunidades biológicas, para o benefício continuado do homem.
Já Hurtubia (1980 apud Philippi Junior e Maglio, 2009) coloca a perspectiva da gestão ambiental relacionada ao uso produtivo de recursos naturais em atividades primárias. A tarefa de administrar o uso produtivo de um recurso renovável sem reduzir a produtividade e a qualidade ambiental, normalmente em conjunto com o desenvolvimento de uma atividade.
Suporte dos ecossistemas
Outro enfoque relaciona a gestão ambiental ao conceito de capacidade de suporte dos ecossistemas.
Tentativa de avaliar valores-limites das perturbações e alterações que, uma vez excedidos, resultam em recuperação bastante demorada do meio ambiente, e a tentativa de manter os ecossistemas dentro de suas zonas de resiliência, de modo a maximizar a recuperação dos recursos do ecossistema natural para o homem, assegurando sua produtividade prolongada e de longo prazo (Interim Mekong Committee, 1982 apud Philippi Junior e Maglio, 2009).
Gestão ambiental
Numa visão mais moderna, a gestão ambiental desenvolve-se com base na formulação de uma política ambiental, em que estejam definidos os instrumentos de gestão a serem utilizados (controle ambiental, avaliação de impactos ambientais, planejamento ambiental, objetos de conservação ambiental, planos de gestão etc.). Como elementos dessa política, devem ser também definidos os critérios de uso, de manejo e de controle da qualidade dos recursos ambientais (Philippi Junior e Maglio, 2009).
Nos últimos anos, o conceito de gestão vem sendo utilizado para incluir, além da gestão pública do meio ambiente, os programas de ação desenvolvidos por empresas e instituições não-governamentais para administrar suas atividades dentro dos modernos princípios de proteção do meio ambiente.
Estes podem complementar a ação pública em aspectos não relacionados com a ação normativa e de controle, que é exclusiva da instância governamental. Dessa forma o conceito de gestão ambiental tem evoluído na direção de uma perspectiva de gestão compartilhada entre os diferentes agentes envolvidos e articulados em seus diferentes papéis, segundo os mesmos autores.
Gestão ambiental é, portanto, um processo político-administrativo de responsabilidade do poder constituído, destinado a, com participação social, formular, implementar e avaliar políticas ambientais a partir da cultura, realidade e potencialidade de cada região, em conformidade com os princípios de desenvolvimento sustentável.
Qualidade ambiental
A preocupação com a qualidade ambiental vem crescendo com a evolução da sociedade, paulatinamente, à medida que os problemas se tornam cruciais e exigem soluções.
Soluções essas que vêm sendo tomadas pelo poder público em seus códigos e nas demais legislações, muitas vezes exigindo intervenções diretas nos diferentes níveis de governo.
O conhecimento de situações como essas, não só pelos cidadãos locais, mas especificamente por viajantes de outros estados e países, observa-se no século XIX como a oportunidade de troca de experiências, levando a inovações e ao aperfeiçoamento das tecnologias usuais (Bruno, 2009).
Conforme o mesmo autor, essa troca de experiências ganhou maior amplitude no século XX, destacando-se sua última década, quando as conferências internacionais assumem o papel dos viajantes do século anterior, tornando-se mais que pontos de troca de experiências, à medida que passam a ser também os locais de assinaturas de convenções e de protocolos internacionais.
É por esses documentos que os países signatários desses acordos se comprometem com o propósito firme de cuidar do meio ambiente, com a finalidade de criar condições propícias à qualidade de vida de suas populações.
Preservação ambiental
Em sua evolução, a sociedade volta-se globalmente para preservar o meio ambiente em prol das gerações futuras. Com decisões socioeconômicas tomadas em prol da manutenção dos recursos ambientais, as repercussões se fazem sentir especialmente nas atividades urbanas, pois é nas cidades que hoje se concentra a maioria da população mundial, cerca de 80%.
Nesse panorama de encontros e discussões sobre o meio ambiente, destaca-se a importância da formação de profissionais que saibam compreender as diferentes dificuldades de suas sociedades, podendo então contribuir com soluções adequadas, não predatórias e voltadas para a conservação, a preservação e o controle dos recursos da natureza (alterado de Philippi Junior, Roméro e Bruna, 2009).
Atividade:
No final da década de 1960, percebemos que a problemática ambiental suscita debates no mundo: A UNESCO (em colaboração com outras entidades) organiza a Conferência Intergovernamental de Especialistas sobre as Bases Científicas para Uso e Conservação Racionais dos Recursos da Biosfera, ou simplesmente, a Conferência da Biosfera. 
Em decorrência de uma das recomendações oriundas da Conferência da Biosfera e atendendo à solicitação dos representantes suecos presentes na XXIII Assembleia Geral da ONU (1969), no sentido da realização de uma conferência específica para que fossem discutidas questões de meio ambiente, uma vez que a Suécia estava sofrendo os efeitos da poluição gerada em outros países. Qual Conferência a Conferência da Biosfera instigou e quando ela ocorreu?
Gabarito:
Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em 1972, na cidade de Estocolmo e devido a isso é chamada de Conferência de Estocolmo.
Objetivo: Refletir sobre a mais importante reunião ambiental mundial.

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