Buscar

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL
                PARTIDO POLITICO VERO, entidade política com devidamente representada no Congresso Nacional, com registro na Justiça Eleitoral, inscrito no CNPJ XXX, neste ato representado por seu Presidente XXX, vem por intermédio de seu advogado, com endereço profissional XXX (procuração em anexo), mui respeitosamente perante Vossa Excelência, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONTITUCIONALIDADE CUMULADA COM MEDIDA CAUTELAR
                Em face da Assembleia Legislativa do Estado do Acre e de seu Governador responsável pela edição da Medida Provisória 10/209, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
1 – DOS FATOS
                O Governador do Acre editou a Medida Provisória 10/2019, que estabelece que as concessionárias que exploram serviços de energia elétrica no Estado ficaram obrigadas a remover os postes de sustentação da rede elétrica, que estejam causando transtornos aos proprietários ou interessados compradores de terrenos, sem gerar custos aos mesmos. A Medida Provisória foi editada sem a autorização de Lei Complementar.
2 – DA COMPETENCIA 
                Segundo o art. 102, I, “a” da CRFB/88 e art. 1°, da Lei 9868/99, compete ao Superior Tribunal Federal processar e julgar as ações direta de inconstitucionalidade de lei federal frente a Constituição de 1988.
3 – LEGITIMIDADE ATIVA
                É resguardado o direito dos Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional propor Ação Direta de Inconstitucionalidade, conforme o art. 103, VIII da CRFB/88 e art. 2°, VIII da Lei 9868/99.
4 – LEGITIMIDADE PASSIVA
                É atribuída a legitimidade passiva aos responsáveis pela edição da lei ou ato normativo em desacordo com a Constituição Federal. Sendo assim, fica evidenciado a legitimidade da Assembleia Legislativa do Estado do Acre e de seu Governador responsável pela edição da Medida Provisória.        
5 – DA INCONSTITUCIONALIDADE DA MEDIDA PROVISÓRIA
                A Constituição Federal em seu art. 21, XII, “b”, descreve que compete a União explorar diretamente ou mediante autorização a concessão aos serviços de instalação de energia elétrica. Cabe relembrar que a Medida Provisória 10/2019, foi editada sem que houvesse a permissão da União para o respectivo Estado editar tal medida. Por se tratar de matéria que comete a União, a Medida Provisória é inconstitucional.
                O art. 22, IV, da CRFB/88, estabelece como competência exclusiva da União legislar sobre energia, e o inciso XX, é competência exclusiva da União legislar sobre sistema de consórcios. Diante desses dispositivos legais, fica evidente que o Governador ao editar Medida Provisória 10/2019, que obriga a concessionaria que explora serviços de fornecimento de energia elétrica no Estado, remover os postes de sustentação, sem que ocorra ônus aos interessados, está ferindo a Constituição Federal 1988.
6 – DA MEDIDA CAUTELAR
                O pedido de medida cautelar encontra ambaro no art. 102, I, “p” da CRFB/88 e no art. 10 da Lei 9868/99. Vale lembrar que para solicitar a medida cautelar deve ser observado os requisitos elencados no art. 300 do CPC, sendo eles a probabilidade do direito e perigo do dano ou o risco ao resultado útil do processo.  
                A probabilidade do direito fica comprovada, tendo em vista o conteúdo da Medida Provisória 10/2019, pois a mesma foi editada em confronto com a Constituição Federal. Em relação do perigo da demora ou risco ao resultado útil do processo, é notório que a concessionaria terá que arcar com as custas das remoções dos postes de sustentação da energia elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários ou possíveis compradores de terrenos, causando assim grandes prejuízos a concessionaria.
7 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) a concessão da medida liminar, para que nos moldes do art. 10 da Lei 9868/99, suspender a Medida Provisória até o julgamento final da demanda;
b) a notificação da Assembleia Legislativa e do Governado do Acre para que em 30 dias, preste informações;
c) a notificação do Advogado Geral da União, para que apresente manifestação em 15 dias;
d) bem como a notificação do Procurador Geral da República, para apresente seu parecer em 15 dias;
e) a procedência do pedido para que seja declarada a Medida Provisória 10/2019 inconstitucional.
Requer-se a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a documental.
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins fiscais.
Nestes, termos
Pede-se deferimento.
Local XXX / Data XXX
Advogado – OAB/UF.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando