Buscar

PIERUCCINI, Ivete. Bibliotecas e Biblioteconomia: o nascimento de uma área.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profa.Ivete Pieruccini
2013
Fundamentos em Biblioteconomia, Documentação e 
Ciência da Informação
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas e biblioteconomia: o nascimento de uma área
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Aula 3 - Roteiro
— Bibliotecas na Antiguidade
— Bibliotecas na Idade Média
— Princípios norteadores: sínteses 
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Texto
— MARTINS, Wilson. As bibliotecas na Antiguidade e na Idade 
Média. In: _______. A palavra escrita: história do livro, 
da imprensa e da biblioteca. 2.ed. São Paulo : Ática, 1996. 
p.71-92 
— Vídeo: A biblioteca de Alexandria parte 2 
http://www.youtube.com/watch?v=z9qUrL3q8bg
— Filme O nome da Rosa (discussão)
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Etimologia:
Biblioteconomia
— do Grego:
— Biblíon = livro + 
— Théke = depósito + 
— Nómos= lei, regra
— Conjunto de técnicas de organização e de gestão de 
livros/coleções, ou “a arte” das bibliotecas.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
As coleções
— Em paralelo à capacidade de produzir registros (de ações, do
pensamento), o homem desenvolveu meios de organizar tais
documentos, de modo a que os registros foram,
gradativamente, constituindo a memória cultural,
determinante, por sua vez, ao próprio pensamento.
— “Produzidas em uma ordem específica (...) as obras escapam
e ganham densidade, peregrinando, às vezes na mais longa
jornada, através do mundo social. Decifradas a partir dos
esquemas mentais e afetivos que constituem a cultura (...)
tais obras se tornam um recurso precioso para pensar o
essencial: a construção de um vínculo social, a subjetividade
individual, a relação com o sagrado” (CHARTIER, 1999, p.9)
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
A organização das coleções
— Não se sabe exatamente quando surgiu a capacidade de
ordenar tábuas de argila, papiros ou pergaminhos.
Provavelmente, quando os que dominavam a escrita
perceberam/souberam da necessidade de ordená-los.
— O homem registra para reter, e o registrado não encontrável
é igual ao inexistente...
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Organização das coleções
— Ordenação de tabuinhas de argila ou cobertas de cera: ideia mais
primitiva da biblioteca →resultado do desejo e da necessidade
quase instintiva de poder usar várias vezes uma informação,
potencialmente significativa
— A biblioteca mais importante (que foi exumada) é a de
Assurbanipal, no palácio de Nínive, do sec. VII AC: 20 000 tabletes
ou fragmentos, descobertos por arqueólogo inglês, estão
conservadas no British Museum. Ao lado de um grande número de
títulos de propriedade, documentos oficiais e textos religiosos,
encontraram-se textos científicos, matemáticos, de astronomia e
medicina. Muitas tabuinhas pertencem a séries e trazem
selos/etiquetas de localização.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Novas técnicas, novas coleções
— Os Egípcios ao substituírem as tabuinhas de argila –pesadas, 
desconfortáveis ao transporte, pelo papiro, fizeram enormes 
progressos, que beneficiaram os gregos e romanos. Pequenas 
bibliotecas foram instaladas nas escolas, palácios e templos. 
— Uma das mais importantes: Ramsés II (1200 AC), com 20 000 
rolos (volumen)
— Biblioteca de Efou, mais bem conservada, com um catálogo de 
livros sagrados
— Biblioteca de Tebas: inscrição no pórtico “Medicina da Alma”: 
Grécia e Roma dariam a esta epígrafe a plenitude de seu sentido.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas da Grécia 
— Só se fizeram conhecidas por meio de textos. Autores da
antiguidade datam do século VI AC a criação das primeiras
bibliotecas públicas, atribuindo-as aos tiranos das cidades gregas
(Policrato de Samos e Psístrato de Atenas). No século II AC,
Eumenio abriu uma biblioteca pública em Pérgamo, no templo de
Minerva (o projeto foi publicado por Bohn, em 1885).
— Em Alexandria o conceito de biblioteca tomou outras
dimensões, com a constituição, pelo Egito grego, de uma
“biblioteca nacional”, por principio dedicada a reunir e
valorizar os tesouros de uma cultura. A Biblioteca de
Alexandria, por várias vezes destruída, é atribuída a
Ptolomeu , sob a influência de seu conselheiro Demétrios de
Phalès, vindo de Atenas.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Biblioteca de Alexandria
— Acervo: cópia de cada uma das obras gregas, tradução de 
obras estrangeiras significativas, “roubo de originais dos 
navios mercantes”. Sabe-se que esta biblioteca fez de 
Alexandria a capital do saber, até os primeiros séculos da era 
cristã.
— Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=fVqz-IRck1I
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
A biblioteca de Alexandria e a biblioteconomia
— Na Biblioteca de Alexandria, segundo Pallier, “se originaram a 
biblioteconomia, a catalografia/catalogação e a crítica de 
textos” (2010, p. 7, c1961)
— O mais conhecido dos bibliotecários – Calímaco- (sec III 
AC), foi autor de um catálogo sistemático da literatura grega 
em 120 volumes.
—
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
A expansão das bibliotecas
— A expansão da Grécia, no domínio das bibliotecas, se exerce
sobretudo em Roma, por meio das sucessivas apropriações de
acervos, como espólio de batalhas.
— Também por imitação aos governantes helênicos, os governantes
romanos adotaram a prática de construir novas bibliotecas: o
imperador Augusto criou a biblioteca Otaviana e a biblioteca do
Palatino. Seguindo o exemplo, Tibério, Calígula, Trajano fundaram
também bibliotecas públicas e tantas outras. Bibliotecas públicas
foram estabelecidas de modo geral na Itália, nas províncias e
colônias romanas.
— Além de espaços/salas específicos para leitura, os rolos
de papiro eram dispostos em nichos com prateleiras ou
em armários móveis.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
As novas tecnologias da escrita
— Antes do fim da Antiguidade, o papiro passou a ter a
concorrência de uma matéria- prima nova: o pergaminho,
que deu seu nome à cidade de Pérgamo, um antigo centro de
fabricação.
— A substituição do rolo (volumen) pelo caderno (codex) teve sua
origem pela imitação do díptico grego, formado por duas
tabuinhas de madeira, recoberta de cera. Seu emprego foi um
avanço importante, porque é mais econômico, simples e fácil
folhear um livro que desenrolar um volumen e escrever sobre
as duas faces da mesma folha.
— O codex liberou a mão para escrita, simultaneamente à
leitura
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Transições
— Durante o século III o uso do codex (livro de pergaminho
costurado) se generaliza. O fim do volumen, em torno dos
séculos IV e V, coincide com o desaparecimento das grandes
bibliotecas antigas, vítimas das guerras e do fanatismo.
— Mas desde o século III começam a prosperar as bibliotecas
cristãs. No século IV, a maior parte das catedrais têm
bibliotecas. Nessas bibliotecas, ligadas à vida da comunidade,
os livros de liturgia e de exegese (interpretação profunda de
um texto bíblico, jurídico ou literário) têm prioridade.
—
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas da Idade Média
— Maiores bibliotecas: mundo muçulmano, em Bagdá, Córdoba, 
Cairo.
— No século VI o Império romano do Oriente e Império Romano do 
Ocidente evoluem de modo diferente: o império Bizantino, de 
língua grega e de religião ortodoxa, mantém tradições de 
centralização e da cultura clássica. O imperador e patriarcade 
Constantinopla mantém bibliotecas. Os monastérios de 
Constantinopla formam ateliês de copistas e centros de cultura 
que mais tarde vão expandir-se para o mundo russo, por meio dos 
conventos de Kiev e de Novgorod.
— Em 1204, o saque de Constantinopla pelos latinos desencadeará 
uma vasta transferência de manuscritos gregos para a Itália, 
acelerada até à conquista da cidade pelos turcos, em 1453.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas da Idade Média
— No Ocidente, o período que se estende do fim do século VI ao XV 
se divide em 2 partes distintas:
— VI e VII: desaparecem as bibliotecas pagãs públicas e privadas, os 
monastérios e catedrais tornam-se refúgio da cultura letrada. 
— Após às invasões dos séculos IX e X, que destruíram inúmeros 
monastérios na Europa, as bibliotecas medievais retomaram seu 
crescimento. O nascimento das universidades, a extensão do meio 
letrado no século XIII e a transformação da produção do livro 
levaram a uma profunda mudança na organização das bibliotecas. A 
cultura clássica, cujos vestígios foram salvos pelas bibliotecas 
monásticas, e os novos saberes em língua vernácula equiparam-se 
aos bens da cultura religiosa.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
O nome da rosa
— Discussão do filme, tendo como foco a ordem da biblioteca
— Entende-se por ordem o conjunto de elementos que,
articulados, definem as relações com o conhecimento
(PIERUCCINI, 2004)
— Reconstruindo a narrativa do filme
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas eclesiásticas: funcionamento
— Coleções utilitárias, formadas visando às cerimônias litúrgicas que organizam os
monges e clérigos, tendo em vista o programa de ensino das escolas monásticas e
episcopais.
— Estas escolas obedecem a regras de leitura: leitura de livros sagrados, razão que faz
multiplicar as bibliotecas nos monastérios e os ateliês de copistas (scriptorium)
— A cristianização da Inglaterra e da Germânia (Alemanha) é acompanhada de
conventos do mesmo modelo. Santo Agostinho e seus sucessores levam manuscritos
de Roma para Canterbury. A Irlanda também é um celeiro do catolicismo.
— No convento de Bobbio (norte da Itália), um artigo determina que o bibliotecário
terá tanto a guarda dos livros como a chefia dos escribas. Estes importantes
personagens nas crescentes instalações de bibliotecas na Europa, são responsáveis
por fazerem chegar à posteridade os originais de obras seculares únicas.
— Há, por outros lado, exemplos de vandalismo:os palimpsestos, documentos raspados
por economia, para neles serem transcritos novos textos. Assim, dentre outros,
Plauto e Eneida, da biblioteca Ambrosiana, foram apagados para aí ser transcrito o
livro dos Reis e textos árabes.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas eclesiásticas: funcionamento
— Nos séculos X e XII, as instituições monásticas se reerguem das
invasões normandas, sarracenas ou bárbaras, e conhecem seu
apogeu. Novas ordens são fundadas e se espalham por toda a
Europa.
— O livro acompanha o monge em sua atividade: ofício, meditação,
leituras na clausura, no capítulo ou no refeitório. Num mesmo
convento, os livros são partilhados em diferentes armários: cofres,
nichos ou reservas, onde os livros são organizados na horizontal.
— Muitos bispos criaram escolas e bibliotecas. Na França, as mais
célebres são as do arcebispo de Reims (805-822), de Chartres,
Beauvais e Rouen.
— Nos séculos XI e XII, as escolas das catedrais de desenvolvem em
detrimento das dos monastérios e suas bibliotecas ganham muitas
doações, tal como a Catedral de Notre-Dame de Paris.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
O bibliotecário medieval
— A biblioteca monástica era, em geral, essencialmente local
de depósito/estocagem: o livro acompanha o leitor.
— O bibliotecário tornou-se, durante todo o período medieval,
o responsável pela ortodoxia e a integridade material das
coleções, ainda limitadas, porque o manuscrito era raro e
difícil de fabricar.
— O trabalho do bibliotecário é executar inventários da coleção
e registrar os empréstimos. Às vezes, aplicava-se a regra
(Benoit) que mandava distribuir, no início da Quaresma, um
livro a cada monge, que deveria lê-lo do começo ao fim e
devolvê-lo no final do ano. Às vezes o monge pegava o livro
diretamente do armário.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
O surgimento das universidades
— A partir do século XIII nascem as grandes universidades (monastérios e
catedrais deixam de ser os únicos centros da vida cultural).
— Em consequência: maior desenvolvimento das bibliotecas e de laboratórios
laicos de copistas.
— As ordens Franciscana, Dominicana e do Carmo (voto de pobreza), devotadas
ao estudo, constituem ricas bibliotecas. A instrução espalha-se entre os laicos.
— O ensino repousa sobre a leitura comentada de algumas obras e da disputa
(leitura e questionamento), torna o livro necessário aos estudantes, cada vez
mais numerosos.
— Se não mais tão raro, o manuscrito ainda é muito caro/custoso, donde a criação
de bibliotecas comunitárias. Elas se formam nos colégios, primeira estágio das
universidades. A criação de bibliotecas da universidade é atestada a partir do sec
XV (Orleans, Caen,Avignon), e no final desse século são as mais ricas.
— Em Oxford, o colégio de Merton dispõe de 1 200 manuscritos; em Praga, o
colégio da nação Bohème possui 1 500. Em 1338, o colégio da Sorbonne tem
1720 manuscritos.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas universitárias medievais: funcionamento
— Nas universidades, aparece um outro tipo de biblioteca: a biblioteca de referência, magna
libraria ou libraria communis, sala silenciosa e clara.
— No final do século XIII, na biblioteca da Sorbonne, 300 itens são acorrentados a 28
carteiras inclinadas. Esta solução, atestada desde 1289, permite o livre acesso sem riscos.
Juntamente, mantém-se a parva libraria, cofres e armários onde se encontram mais de
1000 volumes, as cópias, as obras raramente consultadas e os manuscritos destinados ao
empréstimo.
— Na Inglaterra, o exemplo mais antigo da “biblioteca acorrentada” data de 1320, em
Oxford.
— Essa mutação atingiu rapidamente o Ocidente (Itália, Holanda...) Na França (Cluny), há
manuscritos que foram conservados com fragmentos de correntes, bem como carteiras.
Nos séculos XIV e XV, essas carteiras acorrentadas condicionam o plano e as disposições
das bibliotecas, impondo uma nova arquitetura que contemplasse a acomodação e a
funcionalidade dos usos dos livros e mobiliários.
— Dentre esses, enquanto os livros estavam sobre as carteiras no centro do ambiente, os
muros das bibliotecas medievais eram disponíveis para receber decoração. Ficaram
poucos exemplos disso. Um deles, foi o da biblioteca do capítulo de Puy, onde estão
representadas as Artes Liberais: gramática, dialética, retórica, música.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas: um novo enfoque
— As bibliotecas traduzem a diversificação dos centros de
interesse dos últimos anos da Idade Média: textos de teólogos
parisienses, legistas italianos, romances e poesias em língua
vernácula, mas também textos antigos, traduções de obras
científicas de origem árabe ou grega.
— As coleções medievais respondiam sobretudo às exigências
precisas de uma instituição ou de alguém em particular. As
bibliotecas do Renascimento (período posterior) afirmam um
novo modelo, o da biblioteca universal, base das pesquisas
eruditas, propostas desde o século XIV na Itália.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Bibliotecas: início da reestruturação
— Bibliotecas abertas a um públicocada vez mais diverso e cobrindo outras
disciplinas (não mais acervos litúrgicos e ascéticos) necessitavam de
outras ferramentas de trabalho: catálogos acessíveis aos usuários,
desenvolvimento de codificação, classificação sistemática, catálogos
coletivos.
— Na nova ordem informacional pós-imprensa (século XV), para “para pôr
ordem no domínio dos livros, seriam necessários (...não somente)
filósofos-bibliotecários ou bibliotecários-filósofos, combinando os
talentos de John Dewey (o filósofo pragmático), com os de Melvil
Dewey, criador do famoso sistema decimal de classificação” (BURKE,
2003, p. 98)
— Com a organização das universidades e da multiplicação dos livros (“há
tantos livros que nem tempo de ler seus títulos, Doni”), que se seguiu à
invenção da imprensa, as bibliotecas devem ser reclassificadas, em razão
de que mais do que uma ordem dos livros, percebia-se era a “desordem dos livros”.
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com
Próxima aula:
— A era moderna: marcos iniciais da Biblioteconomia 
PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

Outros materiais