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Trabalho Valbert

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL – CESB
LETRAS LICENCIATURA – HABILITAÇÃO LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
José John Almeida Soares - 01473222
	MOVIMENTOS PELA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: DE 1970 A 1990.
Bacabal – MA
2015
José John Almeida Soares - 01473222
MOVIMENTOS PELA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: DE 1970 A 1990.
Pesquisa apresentada à disciplina de Prática de Projeto Pedagógico do Centro de Estudos Superiores de Bacabal, Departamento de Letras como requisito para a obtenção de primeira nota.
Orientador: Valbert Filho
Bacabal – MA
2015
José John Almeida Soares - 01473222
MOVIMENTOS PELA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: DE 1970 A 1990.
Pesquisa apresentada à disciplina de Prática de Projeto Pedagógico do Centro de Estudos Superiores de Bacabal, Departamento de Letras como requisito para a obtenção de primeira nota.
____________________________________________________________
Valbert Filho (Orientador) – CESB – UEMA
Bacabal – MA
2015
A todos aqueles que dedicaram e dedicam suas vidas a servir ao outro, para que esse possua o fundamental para sua vida, mesmo em prejuízo à dele.
Aos educadores, especialmente, que lutaram pela redemocratização do Brasil.
AGRADECIMENTOS
A todos que contribuíram para a construção desse trabalho fica, aqui, registrado minha mais profunda gratidão. Pelo apoio, ajuda e orientação que fez com que chegasse a esse resultado.
Ao professor Valbert que propondo o tema permitiu e levou-nos a uma reflexão a cerca do papel do educador na construção das bases para o ensino no país e de suas lutas para a edificação de uma sociedade mais justa.
Aos meus colegas, universitários, que enriqueceram essa pesquisa com suas posições e questionamentos.
Educação não é negócio, escola não é empresa, professor não é técnico, aluno não é mercadoria e conteúdo não é moeda de troca.
Todo negócio pode trazer prejuízo, a educação não pode oferecer – em especial às crianças, jovens e adultos da classe popular; uma empresa pode vim à falência, demitir seus funcionários e ir fecha suas portas. Escola pública jamais! Técnico só faz o que a maquina precisa para funcionar. Professor não opera nenhuma máquina, ele trabalha com pessoas; mercadoria e fabricada, vendida e distribuída com facilidade e a preços baixos. Em sua maioria, depois que são consumidas ou usadas, elas são facilmente ignoradas por quem a possui. Todo aluno é um ser social, cultural, político, histórico. Um ser humano; e moeda de troca não traz retorno. Dez moedas não valem mais que uma, quando os valores são diferentes. Ela tem uma serventia meramente estabelecida pra facilitar a circulação monetária. Os conteúdos, quando trabalhados, de forma crítica elevam o pensamento e o espírito dos discentes e dos próprios professores. A relação de troca que se estabelece vai muito além de um retorno quantitativo equivalente. O significado de um conteúdo pode valer muito mais para o outro
Quisesse a sociedade que isso fosse algo concreto. Os educadores veriam sentido ao exercerem sua função e os alunos veriam sentido em passar tanto tempo na escola. E a sociedade agradeceria o que, dessa relação fosse promulgado. (DOUGLAS, 2012)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................07
2. MOMENTO HISTÓRICO QUE PRECEDEU OS MOVIMENTOS PELA EDUCAÇÃO NO BRASIL..........................................................................................08
3. ANO DE 1970: A ORGNIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS........................10
4. A CONQUISTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: A QUEDA DO REGIME MILITAR.....................................................................................................................11
5. O BRASIL DEMOCRÁTICO: OS ANOS DE 1990................................................12
6. CONCLUSÃO........................................................................................................14
REFERÊNCIAS..........................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
Às vezes os indivíduos desfrutam de regalias e privilégios e pensam que sempre foi da forma como eles estão vendo e vivendo no momento. A sua alegria é viver a democracia, mas não sabe como se deu o processo de construção da mesma.
Sabe-se que o Brasil vivi hoje como Estado democrático, contudo se desconhece todo o caminho percorrido até chegar aqui, e os personagens que fizeram parte dessa caminhada e como tudo isso se deu. Buscando revelar um pouco dessa história escondida é que essa pesquisa se coloca.
Tendo como ponto de partida a educação e todos os movimentos que levaram à consolidação das bases que se tem hoje para a mesma, ela faz uma viagem pela história brasileira, por um de seus momentos mais obscuro: a ditadura militar, passando por seus estágios de dominação e opressão a ter chegar à redemocratização do país. Sendo que é nesse contexto de dificuldades que tudo começa a tomar um rumo definido.
No decorrer da leitura do trabalho possa ser que se pense que o tema é o regime totalitário em si, contudo não se pode falar desses movimentos dissociando-os da história, ao contrário, eles estão intimamente ligados. Pois é justamente nesse momento que eles vêm com toda a força.
Por isso a narrativa histórica é utilizada, aqui, como pano de fundo para contá-los, entendê-los com mais clareza. Uma vez que esses levantes pela educação contribuíram de forma decisiva para que fosse possível sair de um período sem liberdade para um com ela.
Entre os anos de 1960 a 1990, no Brasil as lutas não estavam voltadas para um segmento, mas havia uma junção desses em prol de um ideal comum: a democracia. As lutas não aconteciam para pedir melhorias para um determinado grupo, e sim um clamor por transformação em todas as áreas para uma nação sedenta de liberdade, igualdade e fraternidade, como quiseram os franceses. 
2. MOMENTO HISTÓRICO QUE PRECEDEU OS MOVIMENTOS PELA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Na década de 1960 o Brasil passa por um dos piores momentos, para a democracia, de sua história. Mas em contra partida é o pontapé para um exercício firme e vivo da mesma.
O país passa por inúmeras dificuldades no meio econômico, social e político que servem, também, como pano de fundo para a tomada de poder pelos militares em 31 de março de 1964, com o discurso de que queriam proteger os interesses do país. Sendo que a tomada de poder dos golpistas teve apoio de setores da sociedade e de pessoas do meio partidário (PELLEGRINI; MACHADO; GRINBERG, 2010).
Porém se percebeu logo que o interesse deles não era partilhar o poder, mas concentrá-lo em suas mãos. O que não foi suficiente para interromper o processo de estagnação da democracia no Brasil. Claro que havia muito mais interesse por trás dessa insanidade militarista, principalmente econômico. Havia um desejo Norte Americano em apossar-se de muitas riquezas no país, uma vez que eles deram suporte técnico-logístico ao regime recebendo, óbvio, vantagens comerciais em troca, diz Galeano (2007).
Quando subiram ao comando da nação esses cuidaram, logo, em dissolver o parlamento, suspender os direitos civis e políticos, censurar a empresa, proibir manifestações. Iniciaram uma forte campanha político-ideológica para convencer aos cidadãos que esse regime estava contribuindo para o crescimento da economia do estado brasileiro. “O governo militar divulgava massivamente a sua própria ideologia por meio da propaganda nos meios de comunicação e de instituições educacionais.” (PELLEGRINI; MACHADO; GRINBERG, 2010).
O governo empreendeu inúmeras ações para o crescimento e desenvolvimento do país: grandes obras de infraestrutura, investimentos, crescimento de exportações, vinda de empresas e indústrias para o território nacional,que aqui lucravam, contudo levavam para suas matrizes a renda.
Aparentemente a economia estava robusta e aquecida, mas nem todos desfrutavam dessa suposta robustez. A população sofria os efeitos danosos desse “aquecimento” econômico: arrocho salarial, desaceleração do consumo interno, más condições de moradias e serviços públicos que não funcionavam como deveriam, pobreza e aumento das desigualdades sociais.
Lemas como: “Brasil, ame-o ou deixe-o” ou “ninguém mais segura esse país” buscavam veicular ideias nacionalistas e desenvolvimentistas, promovendo uma imagem positiva do governo, enquanto transmitia a impressão de que o Brasil estava se tornando uma grande potencia. Com isso, procurava-se também encobrir a falta de liberdade política e os problemas sociais presentes no país. (PELLEGRINI; MACHADO; GRINBERG, 2010).
Mas o estado não manteve seu autoritarismo sem ser contestado, houve muitos que ousaram levanta-se contra eles. Pellegrini e outros (2010), diziam que no inicio da década de 1960 vários grupos estudantis organizaram-se para promover movimentos pela educação e cultura. Quando se instaurou a ditadura esses grupos se levantaram contra as arbitrariedades por eles cometidas. “A parti de 1964, esses movimentos culturais passaram a estimular a população a resistir e protestar contra a ditadura militar de forma pacífica.” (PELLEGRINI; MACHADO; GRINBERG, 2010).
Aqueles que lutavam contra o poder em exercício usam de todos os meios que podiam para colocarem-se em desacordo com tudo o que estava acontecendo. Teve um grande papel nessa articulação das massas a imprensa nanica, artistas, intelectuais, o teatro e outros que criticavam e denunciavam as atrocidades cometidas e mantinham viva a esperança de transforma tal situação. Porém eles foram fortemente perseguidos e muitos mortos pela repressão. 
Em nome da “segurança nacional”, órgãos como o Serviço Nacional de Informações (SNI), o Departamento de Operação Interna (DOI) e o Centro de Operações e Defesa Interna (CODI) tinham a função de controlar as informações que circulavam no país e de desarticular as organizações subversivas, localizando e prendendo seus militantes. (PELLEGRINI; MACHADO; GRINBERG, 2010).
E é nesse contexto histórico que brota a luta de um povo em defesa de valores democráticos e nacionais, pela liberdade, igualdade e uma sociedade mais justa. De fato é na dificuldade que sujem as mais interessantes e criativas oportunidades de crescer, mudar e transformar a realidade existente. Porque, justamente, nesse momento tão difícil para o Brasil os brasileiros unem-se em torno de um ideal comum e buscam alcança-lo juntos.
3. ANO DE 1970: A ORGNIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS 
Quando o poder democrático foi substituído pelo autoritário todos os sindicatos, organizações e movimentos sociais foram proibidos pelo regime militar. A partir da década de 1970, se intensificou as articulações para uma reorganização dos movimentos.
Funcionários públicos em geral, profissionais da educação: como professores universitários, grupos estudantis, religiosos e outros começaram a consolidar bases para a redemocratização do Brasil.
 A retomada da organização sindical, o surgimento de movimentos e comunidades de base nos bairros, o movimento pela Anistia, a reorganização partidária, a criação de movimentos sociais que vieram a ser marcos no processo constituinte dos anos 80[...] (DA GLÓRIA,).
Esses grupos, organizações espalharam-se pelo país, a luta feminista, por exemplo, por igualdade nas relações entre homens e mulheres ganhou outra dimensão. Em São Paulo, mães lutavam por creches para seus filhos, porque elas tinham que trabalhar para contribuir com a renda familiar.
A luta dos metalúrgicos do ABC paulista, a juventude juntando forças, a UNE. Mas não estavam cada um em seu segmento, mas formavam uma só voz na briga contra o retrocesso instaurado pelos militares. Como todos tinham um inimigo em comum, a união das forças deu maior consistência ao enfrentamento. O desejo era de mudar a realidade brasileira em todas as áreas, e a educação também estava em pauta:
 Tudo isso delineou um cenário de lutas onde a área da educação esteve presente, tanto a educação não-formal (no aprendizado político que a participação nas CEBs e movimentos sociais geraram), como na educação formal (via a expansão do ensino, especialmente o ensino superior), e nas lutas das associações docentes de todos os níveis.(DA GLÓRIA,).
E a promulgação em 1971, da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de acordo com da Gloria (), fez com que os profissionais da área iniciassem uma movimentação com o surgimento de associações e reorganização daquelas que já existiam. Trazendo novo fôlego para sua ambição de construir modelos novos para o processo educacional brasileiro.
4. A CONQUISTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: A QUEDA DO REGIME MILITAR
Os Movimentos Sociais Populares emergiram no contexto social e político brasileiro com uma fantástica capacidade criativa, organizativa e mobilizadora, principalmente na década de 80, sendo responsáveis por expressivas conquistas que garantem melhorias na qualidade de vida de amplos setores sociais, afirmação de direitos e exercício da cidadania para um número cada vez maior de agrupamentos humanos. (AFONSO, 2005)
De fato a persistência de muitos, sua entrega total até as últimas consequências, perdendo a vida, às vezes, fizeram com que fosse possível viver em uma nação democrática. “Muita gente confirma que passou a se valorizar mais, a se amar mais, a defender sua dignidade humana, a partir de sua participação em alguma forma de organização popular.” (AFONSO, 2005).
“Nos anos 60 e até meados dos anos 80, período dos governos militares, o Estado rompeu todas as possibilidades de relação com a sociedade civil.” (MESQUITA, 2005). A partir de então o governo militar começa a abrir-se gradualmente para a transição de um estado sem para um com valores republicanos. E o povo sai às ruas, briga, enfrenta a polícia, estudantes, professores são presos. Políticos e intelectuais exilados para outros países, mas o enfrentamento não cessa. E o papel dessas pessoas precisa ser reconhecido e valorizado:
Faz-se necessário resgatar a dívida social e histórica que a nação tem com os empobrecidos e trabalhadores, enquanto se organizam e lutam por direitos, tanto para reconhecimento de sua participação na constituição da própria nação, quanto para o reconhecimento da pluralidade de sujeitos sociais presentes na dinâmica política nacional. (AFONSO, 2005).
A década de 80 foi a de consolidação da ideia de cidadania do povo brasileiro porque ele nunca tinha participado de forma tão forte no processo de transformação de suas vidas. “Nesse processo, o tecido social brasileiro ganhou consistência e impulsionou a constituição de parâmetros políticos para as novas relações entre o Estado e a sociedade.” (MESQUITA, 2005).
A relação do Estado com a sociedade, do ponto de vista de uma relação democrática, aberta, transparente, verdadeira ou, ao contrário, autoritária, casuística, dissimulada, de certa forma, está relacionada com as características de construção do Estado, anteriormente apresentadas, e a cultura política tradicional.(MESQUITA, 2005).
A população busca redirecionar essa relação entre estado e sociedade, buscando um equilíbrio por meio da experiência adquirida com toda a persistência em lutar por um ideário. E finalmente em 1985, o Brasil retorna a um regime democrata-republicano. 
5. O BRASIL DEMOCRÁTICO: OS ANOS DE 1990
Não há mais ditadura, mas não se tem uma democracia firme, ela está se consolidando, fortificando suas bases. E muito precisa ser feito, construído, transformado. Os brasileiros, eufóricos, querem e participam ativamente desse processo como nunca se tinha visto antes.
No processo de redemocratização, e identificadas com a defesa e construção de direitos, as organizações de movimentos sociais foram capazes de fomentar um amplo processo mobilizatório de participação popular na elaboração da Constituição Federal de 1988.(SILVIA, 2005).
Nessa grande retomada dos rumos do Brasil, sem dúvida a educação teve um papel fundamental. Ela mostrou sua função e poder de fazer mudanças. Talvez fique a dúvida de como ela contribuiu diretamente para a mudança no país. Contudo a resposta já está na própria ação de sair da inércia, de ir além. “Tem muita gente espalhada por este Brasil afora fazendo coisas para mudar o mundo e uma boa parte mantém a Educação Popular como fontes de inspiração e de aprendizagem contínuas.” (SILVIA, 2005).
 Quantos jovens, mulheres, educandos, educadores, motoristas, médicos, pais e mães estavam nas “Diretas já”, com os “cara pintada”, posteriormente. Que ouviram sobre a necessidade de ser a mudança e não esperar por ela, nas escolas, de professores, em grupos, movimentos. Que fez com que se levantassem contra o gigante que os oprimia.
Educadores e educadoras populares, engajados em entidades de movimentos sociais, organizações não-governamentais, pastorais e serviços eclesiais, universidades e sindicatos, que continuam fazendo o mundo mudar, ajudando a desenvolver consciência crítica e solidária, a organizar grupos que manifestam seus interesses e constroem direitos.(SILVIA, 2005).
O estado brasileiro passa a firmar-se como um estado democrático de direito. Em 1988 e promulgada a Constituição Federal Brasileira. Na qual, entre outros assuntos, atribui-se à educação seu papel e seus autores. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 2000, p. 118).
A escolha do presidente volta para as mãos (dedos) do cidadão, é criada uma nova LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação), derruba-se um presidente do poder. Com uma melhor condução do país os movimentos que o trouxeram até onde está começam a estagna-se e perder força. “O fortalecimento desses movimentos sociais colocou, na agenda política, novas temáticas, instituindo novos direitos e impondo uma alteração na relação entre Estado e sociedade civil.” (SILVIA, 2005). Nesse momento vão enfraquecendo esperando seu retorno em outras décadas.
Articulações, formação política e intervenções sociais, vividas intensamente por esses movimentos, geraram um conjunto de organizações com incidência política, que se expressa na presença pública nacional, capacidade de formulação e atuação no espaço público, a partir de seus interesses específicos, mas em alguns momentos em causas comuns, capazes de mobilizar todo o campo político dos que lutam pela transformação da realidade. (SILVIA, 2005).
 
 
6. CONCLUSÃO
Talvez ao lançar um olhar, hoje, sobre como andar o ensino no país possa-se voltar para traz e dizer que nada valeu apena, que as lutas foram em vão, perca de tempo, que não transformaram a educação. Mas não foram. De fato as coisas não estão como deveriam ou gostar-se-ia que estivessem, contudo os enfrentamentos foram apenas um passo na nessa jornada.
Sem eles este pequeno passo não teria sido dado e se estaria iniciando os debates e brigas por uma educação digna e transformadora. Os “pioneiros” já foram à frente agora é o momento de cada um que quer ver essa mudança também contribuir para que ela aconteça concretamente na sociedade.
Possa ser que o grande empasse para construção de uma boa educação no Brasil esteja nos próprios brasileiros que esperam que outros decidam por eles, escolham por eles, façam por eles. Sendo que eles podem ser autores de sua história, e isso se faz necessário. Que façam como fizeram os outros: lutem, briguem, tomem as rédeas de suas vidas e sejam a mudança e não esperem por ela.
Não se constrói uma casa, não se constrói a vida, não se construirá ensino de qualidade começando por cima. É por baixo que se inicia uma construção, na base. Para que ela permaneça firme e forte diante de todos os obstáculos que venha a enfrentar.
É quando cada um souber seu papel como cidadão e exercê-lo com coragem, que as engrenagens começaram a girar e tudo funcionará na mais perfeita ordem, não só a educação, mas todo o Brasil.
REFERÊNCIAS
AFONSO, Paulo Barbosa de Brito et al. Educação e movimentos sociais. Boletim 03, abril de 2005.
BRASIL. Constituição 1988: texto constitucional de 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1-92 a 28-2000 e Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6-94. – Ed. atual. em 2000. – Brasília: Senado Federal, Subsecretário de Edições Técnicas, 2000. 393 p.
DA GLÓRIA, Maria Gohn. Lutas e movimentos pela educação no Brasil. Unicamp, Uninove, CNPq.
DA GLÓRIA, Maria Marcondes Gohn. Lutas e movimentos pela educação no Brasil a parti de 1970. EccoS – Rev. Cient., São Paulo, v. 11, n. 1, p. 23-38, jan.- jun. 2009.
DOUGLAS, José Alves dos Santos et al. Uma breve reflexão retrospectiva da educação brasileira (1960-2000): implicações contemporâneas. IX seminário nacional de estudos e pesquisas “história, sociedade e educação no Brasil.” Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa – 31/07 a 03/08/2012 – Anais Eletrônicos – ISBN 978-85-7745-551-5.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Tradução de Galeano de Freitas, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2007.
PELLEGRINI, Marco Cesar et al. Novo olhar história. – 1. ed . – São Paulo: FTD, 2010. – (Coleção novo olhar; v. 3).

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