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[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC-20190330T211818Z-001

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[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - ANULAÇÃO DA PENHORA - NOVO CPC.doc
RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - ANULAÇÃO DA PENHORA - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
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____________ Ltda., já qualificada, nos autos da Ação de Embargos de Terceiro, feito nº ____________, movido contra ____________, igualmente qualificada, por seu procurador firmatário, vem, respeitosamente à presença de V. Exª, apresentar RÉPLICA à contestação, com fulcro no art. 350 do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos. 
1. Ao analisarmos a peça de contestação verificamos a confissão da Embargada ao reconhecer seu ato falho. 
2. Aduz às fls. ___ que:
"Constatado o registro do veículo em discussão em nome do executado ____________, não desconhecendo a existência do gravame, a embargada requereu a penhora do bem para resguardo dos direitos. Isto porque a alienação poderia, com a adimplemento do contrato deixar de existir, tornando-se o bem apto para a venda judicial". 
Prossegue:
"Contudo, tendo a embargada conhecimento do gravame, não deu sequência ao processo expropriatório do veículo, até por imposição legal, requerendo somente fosse averbada a constrição judicial, para garantia de seu crédito, caso o veículo viesse a ser desalienado, o que é perfeitamente possível - a qualquer tempo - com o pagamento da dívida por parte do confitente à embargante, como já dito. "
3. De posse de todas estas informações, ainda assim, insistiu em requerer a penhora sobre o bem. 
4. Data máxima vênia, procedimento totalmente equivocado, eis que o veículo penhorado não pertence ao patrimônio do executado, mas sim ao patrimônio da Embargante. 
5. Diante disto, a penhora somente poderia ter recaído sobre os direitos do Executado perante a Embargante, oriundos do contrato de particular de confissão de dívida garantido por alienação fiduciária juntado às fls. ___. 
6. Desta forma, a constrição judicial mostra-se equivocada e outra razão não há senão sua anulação de pleno direito. 
7. Não satisfeita com a penhora, a Embargada promoveu sua averbação junto ao registro do veículo. Ato violento, contra o direito de propriedade da Embargante, e contrário à lei. 
8. Este inclusive, é o pensamento da remansosa jurisprudência pátria verificado claramente nos arestos abaixo citados:
EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. 1. O bem objeto de contrato de alienação fiduciária não pode se sujeitar à penhora, pois não integra o patrimônio do executado/devedor fiduciante e, sim, da instituição financeira que não é parte na relação processual (execução), contudo a constrição pode incidir sobre os direitos do devedor fiduciante, no caso, as parcelas pagas dos veículos. 2. Remessa oficial parcialmente provida. (Remessa Ex Officio em Ação Cível nº 2005.04.01.050157-3/SC, 1ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Marcos Roberto Araújo dos Santos. J. 04.03.2009, unânime, DE 10.03.2009). 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. PENHORA DE DIREITOS AQUISITIVOS SOBRE VEÍCULO. POSSIBILIDADE. O bem alienado fiduciariamente não pode ser objeto de penhora, uma vez que o devedor é apenas possuidor da coisa, mas os direitos aquisitivos decorrentes do contrato (parcelas pagas do financiamento) podem sofrer constrição. Recurso provido. (Processo nº 2010.00.2.002744-5 (416283), 6ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Otávio Augusto. Unânime, Dje 15.04.2010). 
EMBARGOS DE DEVEDOR - SUSPEIÇÃO - REQUISITOS - BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE - ENSINO EDUCACIONAL - CDC - APLICABILIDADE. As hipóteses elencadas [...], segundo orientação jurisprudencial, são taxativas, e, necessitam ser arguidas na primeira oportunidade em a parte interessada tiver para falar nos autos, devendo ser suscitada através de exceção e ser processada em autos apartados. É impossível a penhora sobre bem que contém o gravame da alienação fiduciária em garantia, por não constituir bem certo e individualizado do patrimônio do devedor, podendo a constrição judicial recair sobre o crédito oriundo do contrato. A entidade que firma contrato de prestação de ensino educacional enquadra-se no conceito de fornecedor, ficando, assim, sujeita às normas preconizadas no Código de Defesa do Consumidor, dentre elas a da limitação da multa moratória em 2%. (Apelação Cível nº 1.0024.06.198554-5/001(1), 15ª Câmara Cível do TJMG, Rel. José Affonso da Costa Côrtes. J. 04.06.2009, unânime, Publ. 01.07.2009). 
(Grifos nossos)
9. Diante da contestação da Embargada, comprovado está seu reconhecimento integral aos termos dos presentes Embargos, não restando outra decisão a ser tomada senão o julgamento totalmente procedente com a consequente anulação da penhora. 
DIANTE DO EXPOSTO, reiterando os termos expendidos na peça inicial, REQUER o julgamento totalmente procedente dos presentes embargos, pugnando pela anulação da penhora e a sua consequente baixa do registro junto ao Detran da restrição, condenando-se, ainda, a embargante, aos ônus sucumbenciais. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/MODELO DE EMBARGOS DO DEVEDOR.rtf
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 00 Vara Cível da Comarca de 
(qualificação do embargante), vem, mui respeitosamente, por seu advogado e bastante procurador, infra-assinado, mandato junto, nos autos do processo de execução por título extrajudicial que lhe move ....... (qualificação do embargado), em curso nesse dd. Juízo e respectivo Cartório, oferecer Embargos de Devedor, nos termos do art. 738 do CPC, pelo que expõe e requer a V. Exa. o seguinte:
DOS FATOS
I - O título de crédito para fundamentar o processo de execução há de ser, necessariamente, líquido, certo e exigível.
A liquidez se define pelo valor. É líquida a obrigação com valor definido. A certeza decorre da definição do credor e do devedor e do respectivo objeto. A exigibilidade do preenchimento de requisito fundamental, qual seja, o vencimento da obrigação, não condiciona à novação ou outros fatos impeditivos.
II - Ora, no caso em tela, o título de crédito que fundamenta o processo de execução, como facilmente se verifica, é uma duplicata de venda e compra mercantil sem aceite;
III - Somente após o aceite tal título se reveste da liquidez e certeza, representando, outrossim, obrigação cambial abstrata;
DO DIREITO
IV - É bem verdade que a Lei nº 6.458, de 1º-11-1977, que adaptou o Código de Processo Civil à Lei nº 5.474/68, assegura eficácia executiva à duplicata não aceita, desde que acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega da mercadoria;
V - Contudo, como facilmente se constata dos autos do processo de execução, nem a duplicata tem o aceite, como, inclusive, nem a nota de entrega da mercadoria traz a assinatura do Embargante ou de qualquer dos seus representantes legais, o que torna o título ineficaz para a instauração do processo de execução, que deve, por isso mesmo, ser extinto, com a condenação do Embargado no pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações legais.
Protestando por todos os meios de provas admitidas em Juízo, depoimento pessoal do embargado, sob pena de confesso, testemunhas, perícias, arbitramento, juntada ulterior de documentos.
P. Deferimento.
São Paulo,
P.P. Advogado
OAB nº
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[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - EMBARGOS - NOVO CPC.doc
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - EMBARGOS - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
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__________, CNPJ nº ___________, com sede na Rua _________, nº ___, Bairro __________, nesta cidade, representada pelo Procurador-Geral do Município, vem, perante Vossa
Excelência, com fulcro no art. 910 do CPC/2015, propor os presentes EMBARGOS, pelos fatos que passa a expor:
(expor os fatos e fundamentos dos embargos, alegando qualquer matéria que seria lícita deduzir como defesa no processo de conhecimento, art. 910, § 2º, do CPC/2015).
ANTE O EXPOSTO, requer-se que os embargos sejam julgados totalmente procedentes, condenando-se o Exequente aos efeitos da sucumbência.
Almeja-se provar o alegado por todos os meio admitidos pelo direito
Atribui-se à causa o valor de R$ _____,__ (__________ reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARAÇÃO APELAÇÃO ANTES PUBLICAÇÃO - NOVO CPC.doc
PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARAÇÃO APELAÇÃO ANTES PUBLICAÇÃO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
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Cumprimento de Sentença
Proc. Nº. 
Exequente: José de Tal
Executado: Banco Xista S/A
 	JOSÉ DE TAL, já qualificado nestes autos, por intermédio de seu patrono abaixo signatário, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, requerer o que segue.
 	Verifica-se que a Executada recorreu, por meio de agravo de instrumento, da decisão que julgou improcedente a Impugnação ao Cumprimento de Sentença. Todavia, temos que o recurso em espécie é intempestivo, consoante as linhas abaixo delineadas. 
 	A Executada, como se percebe às fls., agravou antes da publicação da sentença que julgou os embargos de declaração opostos pelo Exequente. 
 	Como consabido, os Embargos de Declaração interrompem a contagem dos prazos (NCPC, art. 1.026). Assim, com o julgamento dos Aclaratórios, o prazo para recurso (e, frise-se, qualquer recurso) iniciou-se. 
 	Assim, é extemporâneo, por antecipação, o recurso de Agravo manejado pela Executada, maiormente quando ainda estava pendente o julgamento de Embargos de Declaração. 
 	No mínimo, caberia à Recorrente-Executada ratificar o agravo interposto, no entanto manteve-se absolutamente inerte, seja no primeiro grau ou junto ao Relator do agravo manejado. Entrementes, o mesmo assim não o fez, consoante certidão narrativa ora inclusa. (doc. 01)
	 
 	A hipótese em estudo se coaduna, por analogia, com a orientação contida na Súmula 418 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, que assim destaca:
Súmula 418 – STJ 
É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.
	O próprio Superior Tribunal de Justiça, por inúmeras vezes, tem assim decidido:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO EXTEMPORÂNEA. INTERPOSIÇÃO ANTERIOR AO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE POSTERIOR RATIFICAÇÃO. SÚMULA Nº 418/STJ. INCIDÊNCIA ANALÓGICA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator expressado no voto proferido no Recurso Especial n. 1.129.215-df, pendente de julgamento na Corte Especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de considerar prematura a apelação interposta antes do julgamento dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 672.867; Proc. 2015/0048637-1; GO; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 06/05/2015)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 418 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator. No sentido de entender ser inviável impor ao litigante que interpôs a peça recursal, na pendência de embargos declaratórios, o ônus da ratificação deste seu recurso após a publicação do acórdão dos embargos, mesmo que seja mantida integralmente a decisão que o originou. Proferido nos autos do Recurso Especial n. 1.129.215-df, ainda pendente de julgamento na corte especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação do enunciado da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a necessidade de ratificação após a publicação do julgamento do embargos de declaração opostos. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 621.365; Proc. 2014/0307333-0; RJ; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 27/04/2015)
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELO CORRÉU EM FACE DE ACÓRDÃO QUE JULGARA A APELAÇÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO. AUSÊNCIA. RECURSO EXTEMPORÂNEO. SÚMULA Nº 418/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
1. Tendo o agravante deixado de apresentar a imprescindível petição de ratificação de seu Recurso Especial, após o julgamento dos embargos de declaração opostos pelo corréu, incide o teor do enunciado sumular n. 418/STJ, considerado extemporâneo o especial. Precedentes desta corte. 2. Agravo regimental improvido. (STJ; AgRg-AREsp 28.033; Proc. 2011/0168369-7; RJ; Sexta Turma; Rel. Min. Nefi Cordeiro; DJE 27/03/2015)
	 	Nesse diapasão, o Exequente pleiteia que Vossa Excelência reconheça a extemporaneidade do recurso interposto pela Executada, declarando o trânsito em julgado da sentença pretensamente combatida. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/MODELO DE EMBARGOS DE TERCEIROS.rtf
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 00º Vara Cível da Comarca de CIDADE-UF
NOME E QUALIFICACAÇÃO DO EMBARGANTE, vem, mui respeitosamente, por seu advogado e procurador, abaixo assinado, mandato junto (doc. 1), interpor, nos termos do art. 93 da Lei de Falências, observado o disposto no art. 1.046 do Código de Processo Civil, Embargos de Terceiro na falência de EMPRESA LTDA, que se processa perante esse DD. Juízo e respectivo Cartório, pelo que expõe e requer a V. Exa. o seguinte:
1º) Quando da arrecadação dos bens do falido, houve por bem o administrador judicial incluir no inventário uma máquina de torrefação de café, marca TAL nº 0000000 ano de fabricação TAL
2º) Ocorre, porém, que o bem em questão é de propriedade do Embargante, como prova o documento incluso, estando em mãos do falido por simples empréstimo, como deixa clara a declaração anexa (docs. 2 e 3).
3º) Em razão do exposto, é de se devolver in limine o bem arrecadado indevidamente, a seu legítimo proprietário, com a regular citação do administrador, como de direito.
Isto posto, protestando por todos os meios de provas admitidas em Juízo, depoimento pessoal do falido, testemunhas, perícias, arbitramentos, juntada ulterior de documentos, dá-se à presente o valor de R$ para fins de alçada.
Termos em que
P. Deferimento.
CIDADE, 00 de MÊS de 2018
ADVOGADO
OAB Nº
OBS: MODELO DE PETIÇÃO PARA SE BASEAR E CRIAR SUA PRÓPRIA PETIÇÃO!
ATENCIOSAMENTE, EQUIPE CANAL DIREITO
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL - LIMINAR - RETIRADA DE BENS DO LAR CONJUGAL - NOVO CPC.doc
RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL - LIMINAR - RETIRADA DE BENS DO LAR CONJUGAL - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
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_____________ E OUTRA, qualificados nos autos da AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO que movem contra _____________, em atenção ao contido na NE _____________, vem, respeitosamente manifestar-se sobre a Contestação, cf. Arts. 350 e 351 ambos do CPC/2015, nos termos que seguem:
Primeiramente, cumpre aduzir que a Embargada deve regularizar sua representação processual, uma vez que, nos termos do caput do art. 654 do Código Civil, somente
é válido o mandato conferido por instrumento particular quando assinado pelo outorgante.
Dessa forma, tratando-se de outorgante analfabeto, que não possui firma, deve o mandato ser conferido mediante instrumento público, que não é o caso do documento de fls. ___.
No que diz respeito ao conteúdo da Contestação de fls. ____, limita-se a Embargada a alegar ter o freezer objeto da lide sido adquirido com recursos do pai do Embargante.
A afirmação não corresponde à verdade.
O freezer foi adquirido pelo Embargante e sua esposa, com recursos próprios, conforme se comprovou através dos docs. De fls. ___, que não foram impugnados na resposta da Embargada.
Além disso, seria ilógico admitir que o Embargante assumiria a dívida em seu nome (carnê de pagamentos de fls. ___), caso seu pai fosse o real responsável pelo débito ou tivesse lhe alcançado as importâncias para a aquisição do bem, o que se diz por apego à argumentação.
E mesmo que o pai do Embargante houvesse fornecido os recursos para a compra do freezer, o que acima já se disse não ter ocorrido, não há norma legal que impeça o pai do Embargante de tê-lo feito, nem que a suposta doação ficasse subordinada à autorização da companheira.
Nos termos do art. 1.659, VII, do CCB, aplicável por disposição do art. 1.725 do mesmo diploma, a pensão recebida pelo companheiro está excluída da comunhão.
Ressalte-se ainda, que a negação geral feita às fls. ___ sob o título "preliminarmente", à luz da norma do art. 341 do CPC/2015, não tem o condão de impugnação quanto aos fatos aduzidos na inicial, os quais, por consequência, se presumem verdadeiros.
Finalmente, entendem os Embargantes que os docs. De fls. ___ são suficientes para o juízo de procedência, não estando a Contestação acompanhada de qualquer prova em contrário.
Isto Posto, reiteram os pedidos feitos na inicial, requerendo o julgamento do feito no estado em que se encontra. Em entendendo V. Exª pela realização de audiência de instrução e julgamento, protestam pela tomada do depoimento pessoal da Embargada e pela oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas.
Requerem ainda, seja a Embargada intimada a regularizar sua representação processual, nos termos do art. 76 do CPC/2015.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO - PARCELAMENTO DA EXECUÇÃO - EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOVO CPC.doc
PEDIDO - PARCELAMENTO DA EXECUÇÃO - EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
__________, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por meio de seu advogado, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 916 do CPC/2015, informar que efetuou o depósito judicial de 30% (trinta por cento) do valor da execução, acrescido de custas e honorários de advogado.
Requer que o restante do débito seja parcelado em 5 parcelas de R$ _______,__ (___________ reais), com vencimento dia __ de cada mês, começando pelo mês de __________.
Pede que o Exequente seja intimado para se manifestar sobre o presente pedido, após deferido totalmente o que pede o Executado, expedindo-se alvará para o levantamento do valor já depositado.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO - AÇÃO MONITÓRIA - AUSÊNCIA DE EMBARGOS - CONVERSÃO EM MANDADO EXECUTIVO - II - NOVO CPC.doc
PEDIDO - AÇÃO MONITÓRIA - AUSÊNCIA DE EMBARGOS - CONVERSÃO EM MANDADO EXECUTIVO - II - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
__________ já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por meio de seu advogado, à Vossa Excelência, com fulcro no art. 701, § 2º, do CPC/2015, tendo-se em vista que o réu não opôs embargos, requerer a conversão do mandado inicial em mandado executivo, dando-se prosseguimento na forma de cumprimento da sentença, pelos fatos que passa a expor:
O Requerente é credor da quantia de R$ _______,__ (_________ reais) (conforme se verifica na memória de cálculo anexa), referente à _________, que se constitui de pleno direito em título executivo judicial, uma vez que o Requerido não ofereceu embargos à ação monitória, nem efetuou o pagamento do débito.
O Código de Processo Civil estabelece que:
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
§ 1º O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo.
§ 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
[...]
ANTE O EXPOSTO, requer-se a intimação do Executado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, sob pena de incorrer na multa do § 1º do art. 523 do CPC/2015, e ter seus bens penhorados.
Requer-se ainda, a cientificação do Executado, de que transcorrido o prazo para pagamento voluntário inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar sua impugnação, independentemente de penhora ou nova intimação.
Almeja-se por provar o alegado por todos os meios admitidos pelo Direito.
Atribui-se à causa o valor de R$ _______,__ (________ reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARACAO APELACAO ANTES PUBLICACAO - NOVO CPC.doc
PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARACAO APELACAO ANTES PUBLICACAO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
Cumprimento de Sentença
Proc. Nº 
Exequente: 
Executado: 
 	JOSÉ DE TAL, já qualificado nestes autos, por intermédio de seu patrono abaixo signatário, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, requerer o que segue.
 	Verifica-se que a Executada recorreu, por meio de agravo de instrumento, da decisão que julgou improcedente a Impugnação ao Cumprimento de Sentença. Todavia, temos que o recurso em espécie é intempestivo, consoante as linhas abaixo delineadas. 
 	A Executada, como se percebe às fls., agravou antes da publicação da sentença que julgou os embargos de declaração opostos pelo Exequente. 
 	Como concebido, os Embargos de Declaração interrompem a contagem dos prazos (NCPC, art. 1.026). Assim, com o julgamento dos Aclaratórios, o prazo para recurso (e, frise-se, qualquer recurso) iniciou-se. 
 	Assim, é extemporâneo, por antecipação, o recurso de Agravo manejado pela Executada, maiormente quando ainda estava pendente o julgamento de Embargos de Declaração. 
 	No mínimo, caberia à Recorrente-Executada ratificar o agravo interposto, no entanto manteve-se absolutamente inerte, seja no primeiro grau ou junto ao Relator do agravo manejado. Entrementes, o mesmo assim não o fez, consoante certidão narrativa ora inclusa. (doc. 01)
	 
 	A hipótese em estudo se coaduna, por analogia, com a orientação contida na Súmula 418 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, que assim destaca:
Súmula 418 – STJ 
É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.
	O próprio Superior Tribunal de Justiça, por inúmeras vezes, tem assim decidido:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO EXTEMPORÂNEA. INTERPOSIÇÃO ANTERIOR AO
JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE POSTERIOR RATIFICAÇÃO. SÚMULA Nº 418/STJ. INCIDÊNCIA ANALÓGICA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator expressado no voto proferido no Recurso Especial n. 1.129.215-df, pendente de julgamento na Corte Especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de considerar prematura a apelação interposta antes do julgamento dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 672.867; Proc. 2015/0048637-1; GO; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 06/05/2015)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 418 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator. No sentido de entender ser inviável impor ao litigante que interpôs a peça recursal, na pendência de embargos declaratórios, o ônus da ratificação deste seu recurso após a publicação do acórdão dos embargos, mesmo que seja mantida integralmente a decisão que o originou. Proferido nos autos do Recurso Especial n. 1.129.215-df, ainda pendente de julgamento na corte especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação do enunciado da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a necessidade de ratificação após a publicação do julgamento do embargos de declaração opostos. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 621.365; Proc. 2014/0307333-0; RJ; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 27/04/2015)
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELO CORRÉU EM FACE DE ACÓRDÃO QUE JULGARA A APELAÇÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO. AUSÊNCIA. RECURSO EXTEMPORÂNEO. SÚMULA Nº 418/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
1. Tendo o agravante deixado de apresentar a imprescindível petição de ratificação de seu Recurso Especial, após o julgamento dos embargos de declaração opostos pelo corréu, incide o teor do enunciado sumular n. 418/STJ, considerado extemporâneo o especial. Precedentes desta corte. 2. Agravo regimental improvido. (STJ; AgRg-AREsp 28.033; Proc. 2011/0168369-7; RJ; Sexta Turma; Rel. Min. Nefi Cordeiro; DJE 27/03/2015)
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/MODELO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL.doc
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA M.M. 00ª VARA CÍVEL COMARCA DE CIDADE-UF.
Processo nº: 00000000000000
NOME DO CLIENTE, brasileira, separada, comerciante, CPF nº 000000 a qual encontra-se em lugar ignorado, vem respeitosamente à presença de V. Exª., através de Curador nomeado a fls. 00, advogado TAL, inscrito na OAB/UF sob nº 0000 o qual receberá intimações em seu endereço profissional, à Rua TAL, CEP 000000 Fone/Fax: 00000000000, CIDADE-UF, apresentar:
EMBARGOS À EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
Em desfavor de BANCO TAL S.A., instituição financeira, inscrita no CGC/MF sob nº 000000, com sede na Rua TAL, CIDADE-UF, pelos fatos e fundamento jurídico que a seguir passa a expor:
NULIDADE DA CITAÇÃO
Não tendo a Autora/Executada sido encontrada pelo Oficial de Justiça para que este procedesse à sua citação e intimação da penhora, no processo de Execução, o Réu/Exequente promoveu a realização desses atos através de edital (fls. 00 dos autos).
O art. 232 do CPC estabelece, entre os requisitos da citação por edital:
"São requisitos da citação por edital:
(...)
III - a publicação do edital no prazo máximo de quinze (15) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver;
(...)
§ 1º Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o n. II deste artigo."
O Exequente, ora Réu, somente juntou aos autos cópia de uma das publicações do edital (fls. 00).
Uma vez que o Exequente não juntou cópia das duas outras publicações, não é possível verificar-se a observância do intervalo de 15 (quinze) dias entre a primeira e a última publicação.
É nula a citação por edital se as três publicações não forem feitas em 15 dias, contados da data em que foi feita a primeira.
Esse é o entendimento da doutrina:
a) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, 24ª ed., 10000008, Ed. forense, p. 264:
"III - a publicação do edital, no prazo máximo de 15 dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver; a inobservância do interstício máximo previsto no art. 232, nº III, é causa de nulidade da citação por edital, segundo a regra do art. 247;"
b) Ernane Fidélis dos Santos, Manual de Direito Processual Civil, vol. I, 3º ed., 10000004, Ed. Saraiva, p. 258:
"Os requisitos formais da citação edital são rigorosos. Sua não-observância poderá conduzir à nulidade do ato (...)
No órgão oficial, a publicação é feita por uma vez e no jornal local por duas vezes, tudo no prazo de quinze dias."
E, caso seja nula a citação, por decorrência, é nula também a execução, por força do disposto no art. 618, II, CPC:
"É nula a execução:
(...)
II - se o devedor não for regularmente citado
Não há que se cogitar, ainda, em comparecimento espontâneo da Autora para suprir a nulidade da citação (aplicando-se o art. 214, § 1º do CPC). Tal procedimento acarretaria evidente prejuízo para a defesa, o que é inadmissível ante a regra do art. 24000, do mesmo diploma legal.
Declarada a nulidade, também não se poderá considerar feita a citação na data da intimação da decisão ao curador da lide, uma vez que este não é o advogado constituído pela parte.
Deve, portanto, a citação ser refeita, caso não tenham sido observados os requisitos elencados no CPC.
DO MÉRITO
DOS FATOS
O Réu ajuizou Ação de Execução contra a Autora, com base em um "Contrato de Abertura de Crédito Conta Especial Empresa" (fls. 00 do Proc. de Execução).
Busca a cobrança de um saldo devedor de R$ 00000, acrescido de "encargos financeiros pactuados, expressos na conta gráfica, de correção monetária pelo índice de atualização contratado e em vigor, ou que vier a ser fixado pelo Governo Federal, além de juros compensatórios contratados, mensais, juros moratórios de 12% a.a., multa contratual (...)".
Para que não resulte em prejuízo à Autora, caso não se declare nula a citação, apresenta-se a seguir uma análise do contrato em questão, o título executivo extrajudicial, com o objetivo de fundamentar-se juridicamente o pedido que ao final é formulado.
DO DIREITO
Contratos de Adesão
Os contratos de adesão são uma forma de contratação em massa. São uma adaptação dos fornecedores de bens e serviços à necessidade de rapidez que o mercado atual impõe.
Alguns conceitos de contrato de adesão são expostos a seguir, conforme se encontram na doutrina:
Cláudia Lima Marques, Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 3ª ed., Ed. Revista dos Tribunais, 2012, p. 53:
"Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas são preestabelecidas unilateralmente pelo parceiro contratual economicamente mais forte (fornecedor), ne varietur, isto é, sem que o outro parceiro (consumidor) possa discutir ou modificar substancialmente o conteúdo do contrato escrito."
Nelson Nery Júnior, Código Brasileiro de Defesa do Consumidor - Comentado pelos Autores do Anteprojeto, 5ª ed., Ed. Forense
Universitária, 10000008, pg. 455:
"A doutrina faz distinção entre os contratos de adesão e os contratos por adesão. Aqueles seriam forma de contratar onde o aderente não pode rejeitar as cláusulas uniformes estabelecidas de antemão, o que se dá, geralmente, com as estipulações unilaterais do poder público (...). Seriam contratos por adesão aqueles fundados em cláusulas também estabelecidas unilateralmente pelo estipulante, mas que não seriam irrecusáveis pelo aderente: aceita-as, em bloco, ou não as aceita.
O Código de Defesa do Consumidor fundiu essas duas situações estabelecendo um conceito único de contrato de adesão."
Orlando Gomes, Contratos, 15ª ed., Ed. Forense, 10000005, p. 10000:
"O contrato de adesão caracteriza-se por permitir que seu conteúdo seja preconstituído por uma das partes, eliminada a livre discussão que precede normalmente à formação dos contratos, mas até este seu traço distintivo continua controvertido.
A imposição da vontade de um dos contratantes à do outro seria o traço distintivo do contrato de adesão, mas essa caracterização importa
em reconhecer, na figura do contrato de adesão, uma deformação da estrutura do contrato. (...)
No contrato de adesão uma das partes tem de aceitar, em bloco, as cláusulas estabelecidas pela outra, aderindo a uma situação contratual que encontra definida em todos os seus termos. O consentimento manifesta-se como simples adesão a conteúdo preestabelecido da relação jurídica."
Dos conceitos acima apontados, destaca-se a característica dominante dos contratos de adesão: a falta da autonomia da vontade. Não existe prévia discussão, nem modificação das cláusulas unilateralmente estabelecidas por uma das partes.
Essa nova modalidade de contratação está presente em muitos setores da sociedade atual, e tem se tornado impossível aos indivíduos absterem-se de contratar de acordo com as regras estabelecidas pelos fornecedores de bens e serviços.
Os contratos de massa não obedecem à clássica teoria dos contratos, uma vez que não há manifestação livre da vontade das partes. Assim, seu tratamento deve ser diferenciado, uma vez que as disposições do Código Civil foram baseadas nessa teoria clássica.
Ao invés de descaracterizar o contrato de adesão, não admitindo-o como contrato (uma vez que não possui o requisito mais importante de validade, segundo a teoria clássica), o legislador brasileiro admitiu-o no ordenamento jurídico (art. 54, CDC). E, admitindo-o, precisou criar um regramento para regular sua aplicação. Esse regramento é o Código de Defesa do Consumidor.
Dessa forma foi possível admitir a contratação de adesão e, ao mesmo tempo, criar mecanismos de controle que procurassem trazer maior equilíbrio à relação contratual.
E, como conclusão, diga-se que as disposições do Código Civil, relativas aos contratos, não mais se aplicam aos contratos de adesão no âmbito das relações de consumo, em virtude de existir lei posterior, e especial, que disciplina a matéria.
Contratos Bancários e o Código de Defesa do Consumidor
Na atualidade, é entendimento pacífico, no Direito pátrio e estrangeiro, na doutrina e na jurisprudência, que as operações bancárias são relações de consumo e, portanto, sujeitas às regras do CDC.
De acordo com o art. 3º, caput e, em especial, seu parágrafo 2º, CDC:
"Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,(...) ou prestação de serviços.
(...)
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista."
Resta claro, de acordo com o artigo acima transcrito, que os bancos são fornecedores, prestadores de serviço; serviço este que é a concessão de crédito.
O único elemento que falta para que se caracterize o contrato bancário como sendo relação de consumo é saber se a pessoa física ou jurídica, que adquire ou utiliza produto ou serviço, é o destinatário final e, assim, é Consumidor (art. 2º, CDC).
Na grande maioria dos casos, a concessão de crédito é um acessório ao consumo. E as pessoas que tomam empréstimos os utilizam para essa finalidade.
A única exceção, apontada pela doutrina, é o caso das pessoas jurídicas creditadas pelos bancos. Entende-se que, nessa hipótese, a
pessoa jurídica aplicaria o recurso emprestado em sua atividade de produção e, assim, não seria o destinatário final. Nesse caso, portanto, não haveria relação de consumo.
Esse argumento poderia ser utilizado pelo Réu, uma vez que é uma pessoa jurídica a devedora principal da obrigação.
Contudo, o disposto no art. 2000, CDC, equipara a consumidor qualquer pessoa nas seguintes circunstâncias:
"Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas."
Os Capítulos mencionados no artigo são o Capítulo V - Das Práticas Comerciais e o Capítulo VI - Da Proteção Contratual.
Assim a doutrina trata o assunto:
"Já para os devedores pessoa jurídica, a presunção é de que emprestam ou tomam crédito do banco para ser utilizado em sua atividade de produção, isto é, para aplicar em sua linha de produção, montagem, transformação de matéria-prima, aumento de capital de giro, pagamento de fornecedores, etc. (...)
A dúvida que remanesce é tão-somente sobre a presença do segundo elemento subjetivo da relação jurídica de consumo: o consumidor. Se aquele que contratou com o banco for consumidor 
(...) a relação jurídica será de consumo.
Para esse efeito convém anotar que o art. 2000 do CDC equipara a consumidor todo aquele que estiver exposto aos capítulos das práticas comerciais (práticas comerciais abusivas, publicidade) e da proteção contratual.
Assim, ainda que a relação jurídica contratada com o banco não seja de consumo, para fins de proteção contra práticas comerciais abusivas,
publicidade ilegal (enganosa ou abusiva), bem como proteção contratual (por exemplo, anulação de cláusulas abusivas: CDC, art. 51; modificação de cláusulas quando há excessiva onerosidade: CDC, art. 6º, nº V) o art. 2000 equipara o contratante não consumidor a consumidor, de sorte que pode ele valer-se do microssistema do CDC para deduzir sua pretensão em juízo.
Em suma, todos os contratos celebrados com os bancos, para os fins dos capítulos acima mencionados, são de consumo e estão sujeitos ao regime jurídico do CDC."
(Nelson Nery Júnior, op. cit., ps. 377 e 378).
"Os tribunais nacionais têm divergido quanto à submissão dos bancos ao microssistema criado pelo Código de Defesa do Consumidor.
(...) Entretanto, esta não é a posição dominante, nem doutrinária, nem jurisprudencialmente. Os tribunais têm-se inclinado, na mesma esteira da doutrina, por verificar a incidência dos dispositivos da lei nº 8.078/0000 nas relações bancárias.
Nesta linha, duas correntes se manifestam. Uma delas é a que aplica, extensivamente, a regra do art. 2000 do Código de Defesa do Consumidor. Dito dispositivo, ao regrar que, para os fins dos capítulos do Código que tratam das práticas comerciais e da proteção contratual, 'se equiparam aos consumidores todas as pessoas determináveis, ou não, expostas às práticas nele previstas', acabaria por estender a todos os sujeitos às práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor as suas regras.
Assim, aquele que se submete ao regime de publicidade em massa pode ser vítima da propaganda enganosa e, neste ponto, estará sujeito ao
art. 37, que trata do tema. O mesmo se diga a respeito do diploma das normas que vedam as cláusulas abusivas, previstas
no art. 51 do diploma de defesa dos consumidores.
A demonstrar o caráter majoritário desta posição, pioneiramente esposada em acórdãos da lavra do hoje Desembargador do Tribunal de Justiça Des. Antonio Janyr Dall'Agnol Junior, quando integrante do Tribunal de Alçada gaúcho (3), vê-se recente julgamento do Superior Tribunal de Justiça. (...) Entre os fundamentos, há expressa menção ao acórdão do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul, bem como às lições acerca do tema da Profª. Dra. Cláudia Lima Marques (4).
nota (3) - Trata-se da Apelação Cível nº 10003051216, da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul, publicada na
revista "julgados do TARGS", cuja ementa assim dispõe: "O conceito de consumidor por vezes se amplia, no Código de Defesa do Consumidor, para proteger quem 'equiparado'. É o caso do art. 2000 (...) O Código de Defesa do Consumidor rege as operações bancárias, inclusive as de mútuo ou de abertura de crédito, pois relações de consumo.
nota (4) - Em especial, ao seu completíssimo livro "Comentários no Código de Defesa do Consumidor" 2ª ed., RT, SP, 10000005".
(Luis Renato Ferreira da Silva - Causas de Revisão Judicial dos Contratos Bancários, in Revista da Associação dos Juízes do Rio Grande do
Sul, Edição Especial, Março de 10000008, vol. II, p. 5000000 e s.).
Sendo assim, fica demonstrado que as regras do Código de Defesa do Consumidor aplicam-se, sem sombra de dúvida, ao contrato de abertura de crédito firmado entre a Autora e o Réu.
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS
a) Contrato redigido de modo a dificultar sua compreensão - infração do art. 46, CDC.
De um análise superficial do instrumento contratual, que lastreia a Execução movida contra a ora Autora, vê-se que este está eivado de nulidade.
A fonte (tamanho da letra) utilizada no formulário pré-impresso é muito pequena, o que dificulta em muito a sua leitura. Essa prática é comum nos contratos de adesão, e tem como propósito desestimular os aderentes a lê-los.
Some-se a isto o fato de o contrato não ter sido redigido de forma clara, com cláusulas incompreensíveis, se for levado em conta o nível cultural do homem comum.
Verifique-se, a título de exemplo, a cláusula abaixo transcrita:
"TERCEIRA - O CREDITADO pagará ao TAL: a) os juros à taxa acima indicada, ou a que venha a ser fixada para as prorrogações, incidindo os mesmos juros sobre a média dos saldos devedores da conta verificada no período de apuração dos encargos, observados os parágrafos desta cláusula; b)as quantias correspondentes à atualização que for devida de acordo com os parágrafos desta cláusula;
§ 1º A média dos saldos devedores sobre o qual incidirão os juros será previamente acrescida de atualização ou de remuneração calculada com base na variação acumulada, verificada no período de apuração dos encargos fixados no parágrafo segundo desta cláusula, no valor do título ou índice ou da taxa referencial indicada no campo nº 1 do quadro "Forma de Atualização", o que NÃO se verificará quando assinalado o campo nº 2."
Qualquer leigo, como é o caso da Autora, terá enormes, talvez até intransponíveis dificuldades em compreender como são calculados os juros do contrato.
Nesse sentido, o art. 46 do CDC diz que "os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance."
Claudia Lima Marques, op. cit., p. 341, a respeito do assunto:
"Os fornecedores que os utilizarem (os contratos de adesão) deverão cuidar para que os contratos sejam redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis de modo a facilitar a sua compreensão pelo consumidor (art. 54, § 3º), sob pena de ser aplicado o art. 46, não obrigando o consumidor o contrato firmado."
b) Falta de Estipulação e Variação Unilateral da Taxa de Juros - infração dos arts. 51, X, e 52, II, CDC.
O contrato firmado pela Autora com o Réu não fixou a taxa de juros a ser aplicada. No quadro "Características da Operação", os campos "Forma de Atualização, 1 e 2", "Taxas de juros" e "Comissão Abert. Créd. (CAC)" estão em branco (instrumento fls. 00). Assim, a Autora não soube, nem no momento da contratação, qual seria a taxa de juros do crédito aberto.
Mas isso não é tudo. O contrato faculta ao Réu a alteração, unilateral, da taxa de juros, a qualquer momento:
	
"TERCEIRA”
(...)
§ 3º - Fica ajustado que, se disposições legais ou emanadas do Conselho Monetário Nacional e/ou do Banco Central do Brasil, supervenientes à assinatura do presente contrato ou alterações das taxas praticadas no mercado, acarretarem acréscimos de custos operacionais para o TAL, os encargos financeiros a serem pagos pelo CREDITADO, serão automaticamente acrescidos na mesma proporção, obrigando-se o CREDITADO A efetuar os respectivos pagamentos"
"SEXTA -
(...)
§ 3º - Se em virtude do débito dos encargos, ou por qualquer outro motivo, o saldo devedor da conta exceder o limite de crédito aberto, sobre o (s) excesso(s) incidirão, a contar da(s) data(s) em que se verificar(em) e até seu efetivo pagamento, encargos às taxas máximas praticadas pelo TAL em suas operações ativas, (...) 
Ao CREDITADO, não se faculta ao menos a possibilidade de tomar conhecimento prévio da alteração nos juros, quanto mais negociá-los.
É basilar o que Nelson Nery Júnior diz no comentário ao art. 51 do CDC (op. cit., p. 427):
"Inclui-se na proibição do dispositivo comentado a alteração unilateral das taxas de juros e outros encargos.
Havendo modificação no modelo da economia nacional, as partes devem reavaliar as bases do contrato, com possibilidades de alteração no
preço e taxas de juros e outros encargos, de modo bilateral, discutindo de igual para igual as novas situações, a fim de que seja preservado o equilíbrio que deve presidir as relações de consumo (art. 4º, nº III, CDC) e respeitado o direito básico do consumidor de ver assegurada igualdade nas contratações (art. 6º, nº II, CDC)."
Transcreve-se, abaixo, acórdão relacionado ao assunto:
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - Juros - Cláusula estabelecendo a possibilidade de estipulação posterior unilateralmente pelo banco - Abusividade - Inteligência dos arts. 51, X, e 52, II, da Lei 8.078/0000.
Ementa da Redação: É abusiva a cláusula constante de contrato de abertura de crédito em conta corrente que estabelece a possibilidade de estipulação posterior de taxa de juros moratórios unilateralmente pelo credor, segundo a maior taxa praticada pelo banco no mercado, por infringir as regras insculpidas nos arts. 51, X, e 52, II, da Lei 8.078/0000.
Ap. 738.678-3 - 11ª Câm. Ordinária - j. 20.11.10000007 - rel. Juiz Maia da Cunha.
(publicado na RT nº 753, Julho de 10000008, p. 256).
Dispõe o art. 52, CDC, que "no fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre: II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;". Esse artigo é regra especial que complementa o art. 46 (anteriormente citado). O consumidor deve ser prévia e adequadamente informado a respeito das taxas de juros praticadas, o que não foi feito pelo Réu (Fornecedor).
Já o art. 51, do mesmo diploma legal, diz que são nulas de pleno direito as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: "X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;".
Como demonstrado acima, o Réu manejava a seu livre arbítrio as taxas de juros incidentes
sobre a operação. Isso se comprova nos extratos de conta por ele juntados no processo de Execução (fls. 00)
c) Multa moratória acima do permitido em lei - infração do art. 52, § 1º, CDC, com redação dada pela Lei nº 000.20008/0006).
A cláusula DÉCIMA TERCEIRA do contrato estabelece multa de 10% (dez por cento), a ser cobrada "no caso de inadimplemento de toda e qualquer obrigação estipulada neste contrato, notadamente o não pagamento, no respectivo vencimento, de qualquer importância devida pelo CREDITADO". Como se percebe, essa multa é moratória. De acordo com o art. 52, § 1º, CDC, a multa moratória não pode ser superior a 2% (dois por cento).
No cálculo demonstrativo do débito, juntado pelo Autora na Execução (fls 00), a multa está sendo cobrada em percentual de 10% (dez por cento).
d) Imposição de representante - infração do art. 51, VIII.
Também é considerada nula a cláusula que imponha representante para a conclusão de negócio em nome do consumidor. Ilustre-se o disposto em lei com o comentário de Nelson Nery Júnior (op. cit., p. 422 e 423):
"É muito comum, principalmente nos contratos bancários e de cartões de crédito, existir cláusula pela qual o devedor (consumidor) nomeia
seu bastante procurador, em caráter irrevogável e irretratável, representante indicado de antemão pelo credor (fornecedor), que pode ou não
pertencer ao mesmo grupo financeiro do credor, para que, em nome do devedor, emita nota promissória, letra de câmbio ou outra cambial,
avalize a cambial, aceite a letra de câmbio, entre outras faculdades.(...)
Mesmo antes da norma legal sob análise, essa cláusula de mandato já era nula (...) A razão para a adoção, pela lei, dessa circunstância como motivo de nulidade da cláusula de mandato que impõe mandatário ao consumidor é fundada: a) na possibilidade de haver conflito de interesses entre mandante e mandatário; b) no desvirtuamento do contrato de mandato".
O Réu impõe, na cláusula NONA, do contrato, a constituição da TAL CORRETORA como procuradora da Autora. Essa cláusula é abusiva e, portanto, nula.
f) Autorização de modificação unilateral do contrato - infração do art. 51, XIII, CDC.
Além da modificação unilateral das taxas de juros praticadas, o Réu faz constar no contrato de adesão outras autorizações de modificação unilateral do conteúdo do contrato, cláusulas essas que também são nulas:
"PRIMEIRA”
§ Único - Poderá o TAL, alterar, para mais ou para menos, o limite de crédito de que trata esta cláusula (...)"
"SEGUNDA - A vigência do presente contrato é a que está acima indicada, e poderá, por decisão do TAL, ser prorrogada por novos períodos."
"SEXTA - (...) salvo, porém ao TAL a faculdade de preferir, neste caso, encerrar a conta, dar por findo o contrato e exigir imediatamente o pagamento do saldo devedor, compreendendo principal, encargos financeiros e moratórios, despesas, cominações e quaisquer outras responsabilidades decorrentes deste contrato."
"DÉCIMA SEXTA - O foro deste contrato é o Foro Central CIDADE- UF, podendo o TAL, no entanto, optar por outro dentre os previstos em lei."
g) Cláusula iníqua, que implica em renúncia de direitos - infração do art. 51, I e IV, CDC.
A cláusula DÉCIMA SEGUNDA do contrato estabelece, em seu final: "obrigando-se o CREDITADO e seus avalistas/devedores
solidários a não intentar qualquer processo de verificação , nem retardar, por qualquer forma, eventual ação ou medida judicial promovida em razão deste contrato, ressalvada posterior ação de repetição em caso de erro".
Essa cláusula, além de abusiva, representa uma limitação ao princípio constitucional do livre acesso ao Poder Judiciário (art. 5º, XXXV,
CF/88).
Acórdão relacionado ao assunto, em apelação interposta pelo Banco Réu, que envolve a nulidade de cláusula contratual com texto idêntico:
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - Cláusula contratual, constante de impresso padronizado, prevendo a aceitação, pelo cliente, de qualquer lançamento realizado pelo estabelecimento bancário em sua conta corrente - Invalidade - Operações bancárias que estão submetidas às regras do Código de Defesa do Consumidor - Inteligência do art. 3º, § 2º, da Lei 8.078/0000.
Ementa da Redação: As operações bancárias estão submetidas às regras do Código de Defesa do Consumidor, conforme disposto em seu
art. 3º, § 2º; assim, reveste-se de invalidade a cláusula constante de impresso padronizado de contrato de abertura de crédito em conta corrente que, sem nenhum destaque gráfico, prevê a aceitação, pelo cliente, de qualquer lançamento realizado pelo estabelecimento bancário em sua conta.
Ap 10006.173.017 - 2ª Câm. - j. 20.02.10000007 - rel. Juiz Roberto Laux.
"RELATÓRIO - Cuida-se de apelação cível interposta pelo Banco TAL do Brasil S.A. contra sentença do dr. Juiz de Direito da comarca de Dois Irmãos que julgou procedente os embargos opostos por Alcino Bertholdo Maldaner à execução movida pelo banco, declarando-a extinta com fundamento nos arts. 4º e 16, inc. II, do CCB, art. 3º, caput e § 2º, c/c o art. 51, inc. IV e § 1º, inc. III, ambos do CDC, e art. 54, § 4º, também desse diploma. (...)
O contrato juntado pelo apelante nos autos da execução, firmado pelo apelado, contém a famosa cláusula pela qual o cliente, por antecipação, reconhece como líquida e certa a dívida, oriunda de quaisquer lançamentos que o banco vier a fazer em sua conta. Diz mais a referida disposição contratual: "...obrigando-se o creditado e seus garantes a não intentarem qualquer processo de verificação, nem retardar, por qualquer forma, eventual ação ou medida judicial promovida em razão deste contrato, ressalvada posterior ação de repetição em caso
de erro" (f.).
Nem seria necessário argumentar acerca da absoluta nulidade de uma cláusula com esse conteúdo, a qual, se aplicada sem restrições, concederia ao banco carta branca para manobrar com a conta à sua vontade, subvertendo todos os conceitos construídos ao longo dos tempos pela doutrina e pela legislação acerca dos contratos bancários. Ela é iníqua, e como tal nula, na forma dos arts. 51, IV, e 54, § 4º, da Lei 8.078/0001. Esse diploma legal é inteiramente aplicável às operações bancárias, como consta no seu art. 3º, § 2º, e de acordo com a jurisprudência do STJ, que se vem sobrepondo às manifestações doutrinárias em contrário."
(publicado na RT nº 747, Janeiro de 10000008, p. 417).
h) Cláusula que obriga o Consumidor a ressarcir custos de cobrança, sem que o mesmo direito lhe seja conferido - infração do art. 51, XII,
CDC.
A cláusula "QUINTA" estipula que "O CREDITADO se obriga a pagar de sua conta, além das tarifas autorizadas pelo Banco Central do Brasil, todas as despesas decorrentes desse contrato e a reembolsar imediatamente o TAL, daquelas que este venha a atender, inclusive as realizadas para segurança, regularidade e realização de seus direitos creditórios".
[ Esse mesmo direito, de ser ressarcido pelas despesas de cobrança (entre outras), não é conferido ao CREDITADO e, assim, é nula a cláusula, por força do art. 51, XII, CDC.
i) Cláusula que impõe desvantagem excessiva ao consumidor - infração do art. 51, IV, CDC.
O contrato faculta ao Réu que este retenha, em caso de mora ou inadimplemento "quaisquer bens, títulos ou valores que o CREDITADO mantenha em qualquer departamento ou dependência do TAL ou de qualquer Empresa do Conglomerado TAL, sendo que as quantias em dinheiro, inclusive resultantes da cobrança de títulos, bem como as aplicadas em investimentos
financeiros, poderão ser a qualquer tempo compensadas com créditos do TAL, ou de qualquer das mencionadas Empresas, ainda que vincendos ditos investimentos".
Essa cláusula, a "DÉCIMA PRIMEIRA", é abusiva e coloca o consumidor em
desvantagem exagerada. É, também esta, nula de pleno direito.
RESUMO DAS CLÁUSULAS NULAS
Apresentam-se, abaixo, em resumo, as cláusulas contratuais que são nulas:
ESPECIFICAR AS CLÁUSULAS
Da Intervenção do Judiciário nos Contratos de Consumo
Como acima restou amplamente demonstrado e comprovado, o contrato que a Autora firmou com o Réu, na qualidade de devedora solidária, possui 11 (onze) cláusulas nulas.
Antes, porém, de se falar das cláusulas abusivas, convém ressaltar que o instrumento contratual foi redigido unilateralmente pelo Réu e de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance, bem como não foi estipulada a taxa de juros no momento da contratação.
Esses dois fatos, por si só, já acarretam declaração de que o contrato não obriga o consumidor. E, assim sendo, a Execução perde seu objeto.
Mas, não bastasse isso, grande parte das cláusulas contratuais são NULAS DE PLENO DIREITO, fato este que clama pela declaração de nulidade de TODO o contrato, uma vez que este não poderia ser revitalizado.
Para que se confirme o que aqui se afirma, eis a posição da melhor doutrina:
"O CDC escolheu, no art. 51, a nulidade absoluta como sanção para as cláusulas abusivas, deixando claro o caráter destas cláusulas como
gravemente ofensivas ao novo espírito social do direito brasileiro.
Uma vez que a nulidade absolta deverá ser decretada ex officio pelo Poder Judiciário, cria o CDC, na prática, um novo controle incidente do conteúdo e da eqüidade de todos os contratos de consumo submetidos à apreciação do Judiciário brasileiro (...)
O juiz examinará, inicialmente, a manifestação de vontade do consumidor, verificando se foi respeitado o seu novo direito de informação sobre o conteúdo das obrigações que está assumindo (art. 46), sob pena de declarar o contrato como não existente (...)
De outro lado, os arts. 51 a 53 do CDC impõem um controle do conteúdo do contrato, coibindo especialmente as cláusulas abusivas, sob pena de nulidade absoluta."
"(...) No entanto, quando a conservação do contrato configurar ônus excessivo a qualquer das partes, haveria desequilíbrio em desrespeito ao art. 4º, nº III, do Código, de sorte que o dispositivo sob comentário permite dar-se outra solução ao problema, qual seja a de possibilitar a resolução do contrato. Não teria sentido a manutenção do contrato em detrimento de uma das partes, quando essa desvantagem lhe trouxesse ônus excessivo no cumprimento das prestações contratuais."
TAXA DE JUROS APLICADAS E MÉTODOS DE CÁLCULOS
O sistema de cálculo utilizado pelos bancos em geral, e pelo Réu em especial, na contagem dos juros cobrados pela utilização do crédito em conta corrente (cheque especial), é ilegal. Isso decorre da periodicidade da capitalização dos juros, que é mensal e, por vezes, até diária. O art. 4º do Decreto nº 22.626, de 7 de Abril de 100033, assim estabelece:
"É proibido contar juros de juros; esta proibição não compreende a acumulação de juros vencidos aos saldos líquidos em conta corrente de
ano a ano".
Nesse sentido, também a Súmula nº 121 do STF:
"É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada".
A capitalização de juros foi praticada pelo Réu, conforme constata-se nos extratos juntados (fls. 00).
Acrescenta-se citação de entendimento jurisprudencial a respeito:
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - Juros - Capitalização - Inadmissibilidade - Aplicação das Súmulas 121 do STF e 0003 do STJ.
Ementa da Redação: De acordo com as Súmulas 121 do STF e 0003 do STJ, a capitalização de juros somente é admissível em casos de cédulas de crédito comercial, industrial e rural, não podendo ser aplicada aos contratos de abertura de crédito em conta corrente.
(publicado na RT nº 753, Julho de 10000008, p. 256).
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - Capitalização de juros - Inadimissibilidade - Interpretação do art. 4º do Dec. 22.626/33 e Súmula 121 do STF.
Ementa da redação: A capitalização de juros não pode ser utilizada em contrato de abertura de crédito em conta corrente, pois, consoante o art. 4º do Dec. 22.626/33 e Súmula 121 do STF, o anatocismo somente é permitido nas hipóteses de cédulas de crédito rural.
Ap. 651.127-7 - 000ª Câm. Extraordinária A - j. 10.0000.10000007 - rel. Juiz Armindo Freire Mármora.
(publicado na RT nº 74000, Março de 10000008, p. 20001).
Além disso, não houve taxa de juros pactuada, o que já foi demonstrado no item nº 38, acima. Assim, aplica-se o disposto no art. 1º, § 3º do Dec. nº 22.626/33:
"A taxa de juros deve ser estipulada em escritura pública ou escrito particular, e, não o sendo, entender-se-á que as partes acordaram nos juros de 6% (seis por cento) ao ano, a contar da data da propositura da respectiva ação ou do protesto cambial."
Tendo o Banco Réu cobrado taxas superiores ao permitido em lei (ver item nº 45, acima), e contado juros sobre juros, mais uma causa de nulidade do contrato se apresenta (art. 11, Dec. nº 22.626/33):
"O contrato celebrado com infração desta Lei é nulo de pleno direito, ficando assegurada ao devedor a repetição do que houver pago a mais."
Isto Posto, Requer:
a) INTIMAÇÃO: Seja o Réu INTIMADO, para que ofereça impugnação aos Embargos, querendo, no prazo de 10 (dez) dias;
b) COMPROVAÇÃO DA CORRETA PUBLICAÇÃO DO EDITAL: Que V. Exª. intime o Réu para que comprove, na forma estabelecida no art. 232, § 1º, CPC, que a publicação do edital foi feita com obediência aos requisitos legais;
c) NULIDADE DA CITAÇÃO: Não sendo feita a comprovação, conforme acima requerido, seja declarada a nulidade da citação e dos
demais atos processuais que dela dependem;
d) DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO CONTRATO: Declare-se nulo, de ofício, todo o contrato, com efeito retroativo à data de sua celebração;
e) DECLARAÇÃO DE NÃO OBRIGATORIEDADE DO CONTRATO: Não sendo acolhido o pedido da letra "c", acima, declare, V. Exª., que o contrato não obriga à Autora, de acordo com os arts. 46; 52, II; 54, § 3º e § 4º, todos do CDC, ou por fundamentação legal que V. Exª. julgue mais adequada;
f) CONDENAÇÃO DO RÉU: Seja o Réu condenado a restituir, em dobro, o que tenha sido cobrado a mais da Autora, a título de juros acima da taxa legal (6% a.a.), de sua capitalização ilegal, de despesas de cobrança e de multa moratória ilegal;
g) PROCEDÊNCIA DA AÇÃO: Seja a presente ação julgada, por final sentença, totalmente procedente, declarando-se e condenando-se conforme acima requerido, bem como às custas processuais e honorários advocatícios;
h) PROVAS: Protesta a Autora por provar o alegado por todos os meios em Direito admitidos, em especial por perícia contábil que apure a cobrança e a capitalização ilegal de juros, a ser custeada pelo Réu;
Dá-se à causa o valor de R$: 
N. Termos,
P. e E. Deferimento.
CIDADE, 00, MÊS, 2018
ADVOGADO
OAB Nº
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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA M.M. 00ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CIDADE-UF
 
 
 
 
 NOME DO CLIENTE, brasileiro, casado, advogado, RG nº 00000, CPF nº 00000, residente e domiciliado à Rua TAL, nesta cidade, atuando em causa própria, com endereço profissional à Rua TAL, CEP 00000, bairro TAL, Fone/Fax 00000, vem respeitosamente a presença de V. Exª. apresentar
IMPUGNAÇÃO, nos termos do art. 740 do CPC, aos EMBARGOS DO DEVEDOR, feito que tomou o
nº 00000 propostos por:
NOME, já qualificado nos autos, nos termos que seguem:
 
 
OBJETO DOS EMBARGOS
Insurge-se o banco Embargante contra o valor do débito de sua responsabilidade, referente a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios em favor do ora Embargado, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, em sentença proferida nos Embargos de Devedor, processo nº 000000 movido por TAL.
Alega o banco que o cálculo de fls. 00 apresenta valor maior do que a condenação contida na sentença de fls. 00 do processo convertido em execução de sentença (nº 0000)
Diz o banco que houve excesso de execução, invocando como fundamento os arts. 741, V e 743, I e III do CPC.
Os embargos apresentados não merecem acolhida pelas razões a seguir expostas.
 
O VALOR DA EXECUÇÃO
A fls. 00 (processo nº 00000), encontra-se petição, datada de DATA TAL encerrada com o seguinte pedido:
"Isto posto, requer a intimação do embargado, TAL, para que efetue o depósito dos honorários advocatícios fixados em sentença, no montante de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa (demonstrativo anexo), consoante Súmula nº 14 do STJ, evitando-se assim maior dispêndio de tempo e capital com execução do julgado."
Acompanha a referida petição (fls. 00) cálculo que corrige monetariamente o valor da causa.
O R. Despacho de V. Exª., contido na referida petição de fls 00, determinou:
J. Intime-se como requer. Em DATA TAL
 
Em DATA TAL foi publicada a Nota de Expediente nº 00000 (conforme certidão de fls. 000), com o seguinte teor:
"Intimação do embargado para que efetue o depósito dos honorários advocatícios fixados em sentença, no montante de 10% sobre o valor 
atualizado da causa (fls. 000)."
 
Diante da inércia do banco, em DATA TAL, o ora Embargado apresentou petição (fls. 00) onde reafirma (item nº 00) "Prolatada r. sentença que acolheu a preliminar suscitada pela embargada, o réu foi condenado ao pagamento de honorários ao Curador Especial em 10% (Dez por cento) sobre o valor da causa.", terminando por requerer (item TAL do pedido):
a) A citação do executado, no endereço acima mencionado, para que no prazo de 24 (vinte e quatro) horas efetue o pagamento do débito TAL.
 
Pelo até o momento exposto, a pretensão do ora Embargado é o recebimento de honorários no valor de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa.
Ressalte-se que, no cálculo inicialmente apresentado (fls 00) e nos pedidos formulados (fls. 00) em momento algum foram incluídos juros moratórios sobre o valor da causa, restringindo-se os pedidos a "depósito dos honorários advocatícios fixados em sentença, no montante de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa" e "efetue o pagamento do débito".
Considere-se, ainda, que o valor do débito quando da execução abrange, além do valor original, as custas processuais, bem como, a partir da citação, os juros de mora, eis que o banco poderia ter efetuado o pagamento, espontaneamente, quando do trânsito em julgado da sentença; ou, ainda, quando foi intimado para tal. Permaneceu inerte. Agora, executado, responde por todos os demais encargos.
Dessa forma, o valor do débito ultrapassa o valor atribuído à causa a fls. (R$) e contido na planilha de cálculo de fls. 00, eis que, embora excluídos os juros sobre o valor da causa, devam ser incluídas as custas processuais e os juros de mora sobre o débito exeqüendo a partir da citação.
 
DO DIREITO
a) Atualização monetária do valor da causa
14. A Súmula nº 14 do STJ dispõe:
"Arbitrados os honorários em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento".
 
Em consonância afirma a doutrina:
"Nas sentenças não condenatórias, a base de cálculo mais segura continua sendo o valor da causa, embora a ele não se tenha referido o Código. Em tal situação, a jurisprudência dominante é no sentido de admitir a correção monetária da verba advocatícia a partir do ajuizamento da causa." 
(Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, 24ª ed., Forense, 10000008, p. 0006)
 
"IV - SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO EXPRESSA NA SENTENÇA, CONDENADO O VENCIDO A PAGAR HONORÁRIOS DE ADVOGADO ARBITRADOS EM PERCENTUAL INCIDENTE SOBRE O VALOR DA CAUSA, SERÃO OS MESMOS CORRIGIDOS A PARTIR DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO.
a) O art. 1.º da Lei 6.8000000/81 estabelece que a correção monetária incide sobre todos os débitos resultantes de decisão judicial, inclusive os honorários advocatícios. A regra geral a respeito do termo inicial da atualização indica a data do ajuizamento (§ 2º do mesmo artigo) ...
(...)
c) A incidência da correção monetária dos honorários arbitrados sobre o valor da causa, a partir do ajuizamento da ação, é interpretação que atende aos termos da Lei 6.8000000/81, na exata aplicação do § 2º de seu art. 1º, em função da mens legis; calculados os honorários sobre o valor atualizado da causa, atende-se ao disposto no art. 1º, parágrafo único, do Decreto 86.64000/81, que regulamentou a Lei de Correção Monetária.
E, a par de representar a melhor exegese da Lei 6.8000000/81, esse é o entendimento que melhor se coaduna com os critérios ditados pelo art. 20, § 4º, do Código, na remissão feita ao parágrafo anterior, especificamente na letra c: natureza e importância da causa, trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
(...)
A importância da causa - não necessariamente o valor atribuído à causa na inicial - representa, na disposição da lei, fator relevante, se não primordial, para a estimativa dos honorários advocatícios em qualquer hipótese. 
(...) A importância da causa está mais intimamente ligada ao 
patrimônio disputado na lide verificável no curso do processo. Este não se mede pelo quantum estimado quando do ajuizamento da ação com a notória defasagem experimentada pela sentença, que deve considerar também o fator tempo exigido do advogado até a sua prolação. 
A importância da causa inerente ao patrimônio em jogo é o valor real da causa medido por sua influência econômica em termos paritários, da 
época do ajuizamento, da sentença e do efetivo pagamento.
(...)
d) Considerados, ainda, esses aspectos, a correção monetária do percentual advocatício incidente sobre o valor da causa, com atualização a 
partir do ajuizamento da ação, é o critério que preserva o princípio igualitário constitucional e processualmente assegurado às partes no que devem receber do juiz tratamento equivalente, idêntico, não só no processamento como também na solução da lide com as cominações legais que dela resultam.
(...)
e) Finalmente, a experiência demonstra que, em função da morosidade da Justiça, atormentada pelas suas deficiências estruturais e pelos inadequados instrumentos processuais, tornou habitual uma larga dilação entre o ajuizamento da causa e a sentença definitiva; (...)
Ora, não se pode pretender, a pretexto de juízo de equidade facultado pelo art. 20, § 4º, aliado à recusa de aplicação dos expressos termos do art. 1º, § 2º, da Lei 6.8000000/81, fazer incidir o percentual advocatício sobre uma base de cálculo estática, representado pelo valor não atualizado da causa, sob pena de remuneração advocatícia insignificante, simbólica, irrisória e aviltante, e que acaba implicando a própria negação da regra de equidade inserta no art. 20, § 4º do Código;(...)"
(Yussef Said Cahali, Honorários Advocatícios, 3ª ed., 10000007, RT, p. 438 e ss.)
 
b) Inexistência de excesso de execução
Com base no que foi demonstrado até aqui, não prospera a alegação do Embargante de que houve excesso de execução.
O invocado art. 743, III do CPC nem de longe se refere ao caso em tela:
"O art. 743, III, respeitante à realização do crédito "de modo diferente do que foi determinado na sentença", se aplica exclusivamente às 
obrigações de fazer e aos meios executórios da transformação e da coação patrimonial."
(Araken de Assis, Manual do Processo de Execução, 2ª ed., 10000005, RT, p. 00042)
 
Com relação ao contido no inciso I do art. 743 do CPC, que também é elencado pelo Embargante como fundamento de sua pretensão, não existe pretensão do Embargado de receber quantia superior à do título, conforme já demonstrado nos itens 00, acima.
Ao contrário. Embora tenha havido equívoco no cálculo contido a fls. 00 (processo nº 00), no que diz respeito aos juros sobre o valor da causa, o montante apurado (R$) É INFERIOR ao realmente devido.
Considere-se o valor atualizado da causa, constante no demonstrativo de fls. 00 (R$). Aplicando-se o percentual fixado na sentença, temos o valor de R$. Some-se a isso o valor das custas adiantadas pelo Embargado (fls. 00); chega-se ao total de R$
Por fim, ressalte-se que o Embargante pretende que o percentual fixado na sentença exequenda seja aplicado sobre o valor singelo da causa o que, de acordo com a doutrina e a jurisprudência, não tem o menor cabimento.
Esse foi o entendimento de V. Exª., ao admitir no R. Despacho de fls. 00, publicado conforme certidão de fls. 00, a atualização do valor da causa.
 
Isto Posto, requer:
a) Seja ordenada a expedição de alvará para o levantamento de R$, valor sobre o qual não dizem respeito os presentes embargos, na forma do estabelecido no art. 73000, § 2º do CPC;
b) Sejam os presente embargos julgados totalmente improcedentes, condenando-se o Embargante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, e prosseguindo a execução até a integral satisfação do crédito reclamado;
c) Protesta o Embargado em provar o alegado por todos os meios em Direito admitidos.
 
 
N. Termos,
P. E. Deferimento.
 
CIDADE, 00, MÊS, ANO
ADVOGADO
OAB Nº
OBS: MODELO DE PETIÇÃO PARA SE BASEAR E CRIAR SUA PRÓPRIA PETIÇÃO!
ATENCIOSAMENTE, EQUIPE CANAL DIREITO
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/Impugnação_aos_Embargos_de_T.doc
EXCELENTÍSSIMO Senhor DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....... a VARA CÍVEL DO FORO .................... 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
Autos de Processo no .............................. 
 
 
 
...................................................................………………………............ (nome completo), ......................................……………….......... (nacionalidade), ......……………..... (estado civil),..……………......... (profissão), portador da cédula de identidade RG no .......... e inscrito no CPF/MF sob no ...…………............, residente à ............ (endereço completo: rua [av.], no, complemento, bairro, cidade, CEP, UF), nos autos da presente ação de Embargos de Terceiro opostos por .......................……………............ (nome completo), .………......... (nacionalidade), ......……... (estado civil), ......... (profissão), portador da Cédula de Identidade RG. no ................, inscrito no CPF/MF sob no ............., residente e domiciliado à ..………………………………….......... (endereço completo: rua [av.], no, complemento, bairro, cidade, CEP, UF), por seu Advogado e procurador abaixo assinado, vem respeitosamente apresentar sua 
 
 
IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE TERCEIRO
 
Apesar de muito confusa a peça exordial e sem qualquer fundamento jurídico, procurará a Embargada expor os fatos e impugnar os Embargos da forma mais simples e clara possível. 
 
 
I. PRELIMINARMENTE 
 
A REALIDADE DOS FATOS 
 
Data venia, o Embargante omite fatos importantíssimos para o deslinde da causa, distorce a verdade e deixa também de juntar documentos indispensáveis à comprovação do que alega. Por isso, passa a Embargada a relatar os fatos efetivamente ocorridos. 
 
A Embargada ajuizou ação de execução em face de ............. (nome completo) e sua mulher ............... (nome completo), ambos ............ (relatar os fatos de estarem os embargantes sofrendo ação judicial (docs.... ). 
 
Agora, vem o Embargante, único herdeiro e representante do Espólio executado, apresentar Embargos de Terceiro, alegando uma série de inverdades que serão uma a uma rechaçadas. 
 
 
ILEGITIMIDADE DE PARTE 
O Embargante não tem legitimidade para opor embargos de terceiro, uma vez que não é terceiro em relação ........................... (discorrer os motivos da ilegitimidade assim como mencionar jurisprudência aplicável). 
 
FALTA DE INTERESSE DE AGIR 
Os embargos de terceiro são ação outorgada ao terceiro para que possa livrar, de apreensão judicial, coisas integradas em seu patrimônio. 
 
No presente caso, o Embargante não está sofrendo constrição judicial patrimonial. 
 
Isso porque pretende o Embargante discutir matéria a ser aventada em Embargos à Execução e já decidida pela sentença. Essas questões interessam diretamente aos devedores e não a quem se intitula terceiro. 
 
Pelo exposto, falta interesse de agir, ao Embargante, para apresentar os embargos visto não ser terceiro que sofre constrição em seu patrimônio no processo executivo, nos termos do art. 674 do Novo Código de Processo Civil, e por trazer à discussão matérias que interessam exclusivamente ao devedor em embargos à execução. 
 
PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO 
O Embargante pleiteia a desconstituição da penhora, sem, todavia, prestar caução, em total afronta ao art. 678 do Novo Código de Processo Civil, devendo ser cassada a liminar imediatamente para que a execução prossiga com a avaliação e praceamento da totalidade do bem penhorado. 
 
Por todas as preliminares argüidas, o processo deve ser extinto sem julgamento do mérito, nos termos do art. 485 do Novo Código de Processo Civil, e cassada imediatamente a liminar concedida. 
 
II. NO MÉRITO 
1. 
Os fatos em que se fundam a presente ação não têm o condão de excluir o direito da Embargada de ter seu crédito satisfeito e levar à praça o imóvel penhorado na sua totalidade, eis que nenhuma irregularidade existe nos processos de execução e embargos à execução. 
 
A executada e o ora Embargante apresentaram embargos à execução (doc. ..........), julgados totalmente improcedentes (doc.......). 
 
Conforme acima já dito, evidentemente o Embargante é parte legítima para figurar no pólo ativo dos embargos à execução, pois foi regularmente citado e responsável pelo pagamento da dívida. 
 
Dessa forma, perfeitamente válida é a sentença proferida por este MM. Juízo na ação de embargos à execução. 
 
2. 
Para o cabimento dos embargos de terceiro é necessário que a posse seja de terceiro e que essa ostente o poder de impedir a alienação do bem, o que não é o caso dos autos. 
 
Dessa forma, é manifesta a improcedência destes embargos e, apesar disso, impugnará a Embargada todas as alegações em atenção aos princípios da eventualidade e do ônus da impugnação especificada (impugnar todos os pontos apontados nos embargos). 
 
3. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
Fica a Embargada estarrecida com os pedidos absurdos do Embargante, todos deduzidos contra texto expresso de lei ou fatos incontroversos já decididos por embargos à execução. 
 
Por todos esses motivos, vê-se claramente que o Embargante age com deslealdade processual, tenta obstruir a justiça e a satisfação do direito da Embargada, o que constitui ato de litigância de má-fé, nos termos dos artigos 77 e 80, do Novo Código de Processo Civil. 
 
Quando a Constituição Federal permite a amplitude de defesa e o direito ao contraditório, não enseja que sejam omitidos fatos importantes ou distorcida a verdade ou ainda que se produza incidente manifestamente

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