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CONTABILIDADE GERENCIAL AULA 09

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2017-1 Contabilidade Gerencial aula 09
Prof. Eduardo Cesar Sanches
Grau de Alavancagem Operacional
 O termo “alavancagem” provém da física e diz-se que: “determinada massa pode ser levantada de forma indireta, através de uma alavanca apoiada em um ponto fixo, com menor esforço do que aquele que seria exigido em um levantamento direto (LEMES JUNIOR; ROGO; CHEROBIN, 2002)”. Trazendo-se esse raciocínio para o âmbito financeiro, esta “alavancagem”, seria o retorno do capital investido pelos acionistas de uma entidade, em um determinado momento. Pode-se citar duas estratégicas básicas para esse “levantamento” que seriam através de uma ação direta (elevando-se receitas e/ou diminuindo-se custos) ou expandindo a produção, as vendas, o faturamento, adequando-se ao custo das fontes de financiamento que podem ser internas ou externas.
Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional 
Podemos calcular o Grau de Alavancagem Operacional (GAO) de duas formas aparentemente distintas: Primeiro, diz-se que o GAO mede a variação no lucro em razão de uma variação nas vendas. Imaginando-se um aumento de 20% no lucro, para um aumento de 10% nas vendas, teremos uma alavancagem operacional de 2. Outra forma de apurar seria medindo a distância que a empresa está do ponto de equilíbrio. Quanto maior o GAO, mais perto a empresa estará do ponto de equilíbrio. Portanto, podemos dizer que o GAO é uma medida de risco operacional. Do ponto de visto dos números, as duas formas de cálculo levam ao mesmo resultado.
Portanto, o GAO representa a margem de contribuição unitária (P-CV da fórmula) multiplicado pela quantidade e dividido pelo lucro operacional. Levando-se em consideração que a margem de contribuição unitária pela quantidade representa a margem de contribuição total, conclui-se que a expressão representa a margem de contribuição total pelo lucro operacional. Quando a empresa está próxima do ponto de equilíbrio, o lucro operacional aproxima-se de zero, aumentando o GAO
O GAO apresentará o efeito desproporcional entre a força efetuada em uma ponta (Nível de Produção) e a força obtida ou resultante na outra (a do Lucro). Ou seja, pode ser definido como sendo a variação percentual nos lucros operacionais, relacionado à determinada variação percentual no volume de vendas. Faz-se necessária a junção dos fatores “Custos Variáveis e Custos Fixos”, para termos a alternância entre Lucro e Prejuízo. Dessa forma, teremos também a seguinte forma de apurar o GAO: GAO = ∆ % Lucro / ∆ % Volume Quando o GAO for elevado, ou seja, quando estiver abaixo do ponto de equilíbrio, significa que a empresa está trabalhando próxima do ponto de equilíbrio, com um risco alto de melhorar ou piorar seu resultado, dependendo, respectivamente, do aumento ou redução do volume de produção.
Dizemos, então, que a empresa está operando com uma Margem de Segurança de quatro casas, pois pode ter essa redução sem entrar na faixa de prejuízo. Em termos percentuais, podemos dizer que está com uma Margem de Segurança de 28,6%: MS = 4un. / 14un. = 28,6% MS = Receita atual – Receitas no PE Receitas atuais MS = 3.360.000 – 2.400.000 = 28,6% (4 sob. 14) 3.360.000 Logo, pode-se reduzir essa porcentagem nas receitas antes de entrar na faixa de prejuízo.
Lembre que a ALAVANCAGEM OPERACIONAL é um indicador que mostra quantas vezes o percentual de aumento promovido no volume gerou de percentual de aumento no resultado. GAO = %Aumento no Lucro %Aumento no volume GAO = MCT / Resultado Voltando ao exemplo anterior, que teve um acréscimo de 21,4% no volume de atividade e de 75% no resultado, a alavancagem foi de: 75% /21,4% = 3,5 vezes. O que significa que cada 1% de variação sobre seu atual volume de 14 unidades por mês corresponderá a uma variação de 3,5% sobre o seu atual resultado mensal.
ATENÇÃO! 
Se ao invés de aumentar para 17 unidades, a empresa aumentasse a produção para 21 casas: Aumento no volume: 21- 14 = 7; 7/14 = 50% (percentual de aumento no volume). Aumento no resultado: 11 x 100.000 = 1.100.000 (a margem de segurança passou para R$1.100.000,00).
Então: 1.100.000 (novo lucro) – 400.000 (lucro anterior) / 400.000 = 175% (1100.000/400.000) ou 700.000 (dif)/400.000= 175% NOVO GAO = 175% ( % DE AUMENTO NO LUCRO) = 3,5 VEZES 50% (% DE AUMENTO NO VOLUME)
ATENÇÃO! 
O GAO se manteve o mesmo, pois o ponto inicial de análise é o mesmo, ou seja, 14 unidades. Desde que se mantenham a margem de contribuição, o preço unitário de venda e os custos fixos. Lembrar de que existe o fator limite de capacidade e, nesse caso, o CUSTO FIXO PODE AUMENTAR O PONTO DE EQUILÍBRIO e, sucessivamente, a MARGEM DE SEGURANÇA e o GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL. EVENTO – Conforme a produção aumenta (MANTENDO-SE O PE), a MARGEM DE SEGURANÇA AUMENTA e o GAO tende a diminuir.
É comum as empresas terem como objetivo principal a adoção de estratégias de gestão que melhor se identifiquem com sua atividade operacional, no intuito de que a produção se revista em lucro. Analisar a alavancagem possibilitará analisar o efeito do financiamento no lucro do acionista, pois tomar recursos de terceiros para financiar o seu negócio terá um custo. E, quanto maior for o grau de alavancagem financeira, maior o risco do negócio.

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