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Princípios do Direito Administrativo Fichamento

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Princípios do Direito Administrativo 
A FORÇA NORMATIVA DOS PRINCÍPIOS NO PÓS- POSITIVISMO: DISTINÇÃO ENTRE PRINCÍPIOS E REGRAS 
Diante de práticas autoritárias advindas da II Guerra Mundial, que fez com que o positivismo jurídico se legitimasse, e pouco tempo depois perdeu força e concedeu espaço ao pós-positivismo, onde este reconhece os princípios constitucionais como norma primária e controlar assim a atuação do Estado. Deste modo, fica claro dizer que normas constitucionais é o mesmo que normas jurídicas que ainda podem ser divididas em regras e princípios, possuindo as seguintes diferenças: 
Os princípios possuem grau de abstração maiores que as regras, pois este possui uma aplicação muito maior podendo abranger diversas situações e já as regras são apliacadas a situações determinadas. 
Os princípios têm uma forma de otimização maior possibilitando a realização e aplicação de diversas situações aplicando o ordenamento jurídico. Estes em caso de conflito são solucionados pela ponderação de interesses de acordo com o caso concreto enquanto o conflito entre regras é resolvido de maneira mais objetiva e sem meio termo, ou serve ou não serve. 
Salienta-se que essas soluções de conflito de regras e princípios não são absolutas, sendo podendo ser redimensionados de acordo com cada caso. Deste modo, os princípios por causa do seu poder de fundamentação se radiam por todo ordenamento jurídico e pode ser classificado pela amplitude de aplicação no sistema normativo dividindo-se em três categorias: 
Princípios Fundamentais: servem representar as decisões politicas que são emanadas pelo Estado, que servirão como base para outras normas constitucionais;
Princípios Gerais: são os princípios fundamentais onde não possuem tanta abstração e não são aplicados a todo o ordenamento jurídico;
Princípios Setoriais ou Especiais: são aplicados a determinadas situações, temas ou capítulos; 
Outra classificação diz respeito aos princípios de forma expressa ou implícitos: 
Princípios Expressos: estão expressos na norma, ou seja, a lei, o ordenamento jurídico material;
Princípios Implícitos: são os diversos princípios que a doutrina e a jurisprudência reconhecem através de aplicações e interpretações do ordenamento jurídico; 
PRINCIPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO EM ESPÉCIE 
Princípio da Legalidade: é um princípio previsto na Constituição Federal onde tem dois importantes desdobramentos:
Supremacia da Lei: a lei tem que prevalecer e tem que ter prioridade sobre a administração; 
Reserva da Lei: certas matérias têm que ser oriundas da legislação não podendo ser provenientes de outros atos normativos; 
Em se tratando do princípio da supremacia da lei, negative Bindung (vinculação negativa), onde a lei é uma espécie de limitação para o poder de atuação do Administrador, haja vista que, na ausência da lei pode ele atuar em prol do interesse público. O principio da reserva da lei, positive Bindung (vinculação positiva), condicionando a atuação de agentes públicos a autorização legal, prevalecendo em tese esta última. 
Em relação ao princípio da legalidade a atuação dos atos e dos agentes administrativos devem pautar-se sempre na lei respeitando sempre os princípios constitucionais afim de garantir os direitos fundamentais. Assim, a administração publica deve atuar em conformidade com a Constituição. 
PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE: tem duas definições: 
Igualdade ou Isonomia = diz que a Administração Pública deve tratar de forma impessoal e isonômica os particulares, devendo ter como objetivo atender a ordem pública; 
Proibição de Promoção Pessoal: proibições de realizações públicas como feitos pessoais; 
PRINCIPIO DA MORALIDADE: a atuação administrativa tem que ser moral, ética, legal. 
PRINCIPIO DA PUBLICIDADE: os atos do Poder Público via de regra, tem que ser todos públicos e divulgados, com transparência dos atos, sendo o sigilo uma exceção, nos casos de informações relacionadas a segurança do Estado e da sociedade e além disso informações sobre a intimidade, vida privada, honra e imagem. Deste modo, abrange também a lei de acesso a informação Lei 12.527/2011 que elenca uma ordem de informações em seu art. 3°. 
PRINCIPIO DA EFICIÊNCIA: Substituir a administração pública burocrática pela administração gerencial possibilitando celeridade no ordenamento jurídico e permitindo uma maior maleabilidade aos atos administrativos, mas sem deixar de lado as formalidades para preponderar a efetividade dos direitos fundamentais. A concretização de resultados deve ter m processo político – participativo que pode ser realizado através de três ações: 
Planejamento: planos de ação com orçamentos e prioridades com a participação da sociedade em geral por meio de audiências e consultas públicas; 
Execução: medidas para concretizar os resultados; 
Controle: os órgãos não devem se restringir a legalidade; 
O princípio da Eficiência tem relação com o Direito e a Economia onde esta ultima deve ser utilizada como meio para resolver problemas legais e o Direito influenciando a economia. 
PRINCIPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
Desenvolve-se no sistema Common Law, no Direito americano que o originou decorrendo do devido processo legal, onde deixou de ser apenas procedimental e passou ter uma preocupação maior com a liberdade e o direito dos indivíduos contra os abusos por parte do Estado. A partir disso a razoabilidade tem sido utilizada pelo judiciário como uma forma de valorizar a constitucionalidade das leis e dos atos administrativos passando a ser um dos meios mais importantes de defesa de direitos fundamentais. Já o principio da proporcionalidade tem sua origem de teorias jusnaturalistas nos séculos XVII e XVIII decorrente de direitos que são imanentes ao homem oponível ao Estado, e divide-se em três: 
Adequação ou idoneidade: o ato será adequado quando for contribuir para o resultado que for pretendido;
 Necessidade ou exigibilidade: serve para proibir os excessos em caso de existir duas ou mais medidas que forem adequadas para se alcançar um resultado adotando a medida menos gravosa; 
Proporcionalidade em sentido estrito: ponderar de acordo com o caso concreto o ônus da atuação do Estado e o beneficio por ela produzido; 
Atualmente é reconhecido a fungibilidade entre os dois princípios já que eles se relacionam com a igualde, justiça material e racionalidade. 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO (PRINCÍPIO DA FINALIDADE PÚBLICA) 
Divide o interesse público em duas categorias: 
Interesse Público Primário: é a defesa e satisfação da coletividade com atividades administrativas prestada de modo coletivo;
Interesse Público Secundário: interesse do próprio Estado já que este também possui direitos e obrigações; 
Não se pode confundir o interesse Público com interesse da Administração Pública, pois o interesse público primário deve estar sempre em primeiro lugar sendo este a finalidade da atuação da administração. Defender o interesse publico não significa dizer que existe uma oposição ao interesse privado, pois o poder público deve zelar sempre pela defesa e promoção dos direitos fundamentais que são garantias decorrentes da própria Constituição, o que acontece é que em determinadas situações concretas e justificadas o interesse público pode prevalecer sobre um interesse privado, pois será em favor de uma coletividade para atender as suas necessidades e ressarcindo a outra parte na forma que lhe for cabível de acordo com a lei. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: diz respeito a continuidade dos serviços públicos que não podem ser interrompidos o que acarreta na regularidade de suas prestações. Esta continuidade não quer dizer que seja todos os dias ou todas as horas, esta relacionada com a demanda, ou seja, de acordo com a necessidade da população, desta forma a continuidade dos serviços é divindade em Absoluta (o serviço é prestado sem interrupções pois é algo essencial para a população que pode necessitar do serviço a qualquer momento ex; hospitais, água) ea outra forma é a Relativa (onde o serviço é prestado de forma periódica determinando-se o dia, horário e a forma de ser realizado de acordo com a necessidade da população). 
PRINCÍPIO DA TUTELA: possibilita que a administração possa rever seus próprios atos seja apara que ato for desde que vise defender os direitos fundamentais da coletividade para que não possam prejudica-los, evitando-se assim irregularidades garantindo maior segurança jurídica e boa – fé dos atos e particulares. 
PRINCÍPIOS DA CONSENSUALIDADE E DA PARTICIPAÇÃO: 
A participação popular é um importante organismo para a democratização da Administração Pública pois através da participação vai ser uma ponderação maior dos interesses dos particulares, tratando assim problemas futuros em relação as decisões tomadas e desta forma fazer com que os destinatários de sanções administrativas construindo assim a legitimidade para atuação do Estado. Já em relação ao Principio da Consensualidade onde extingue a participação pública de forma mais agressiva e opressora com uma atuação unilateral e adota mecanismos para satisfazer o interesse público de forma consensual e com possiblidades para a participação da sociedade de forma a solucionar conflito de interesses. Um exemplo da aplicação em conjunta desse princípio está na participação popular com debates públicos onde se tem a participação do povo pautada no consenso e respeitando as diretrizes da administração, possibilitando assim, buscar resolver a necessidades e expectativas da sociedade. 
PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA, DA CONFIANÇA LEGÍTIMA E DA BOA – FÉ 
A segurança jurídica possui dois sentidos: de forma objetiva (estabilização do ordenamento jurídico, ou seja, com o direito propriamente dito, certeza, liquidez do direito), de forma subjetiva (protegendo a confiança e expectativas que são depositadas nos atos estatais). 
Em relação a confiança legitima está se relaciona com o sentido subjetivo da segurança jurídica, haja vista que, protege o individuo de forma restrita e particular das atuações de forma arbitraria por parte do Estado já que a segurança jurídica é aplicada de forma ampla a relações tanto de esfera pública como privada, protegendo o administrado, que muitas vezes é surpreendido com normas jurídicas e atos administrativos. A confiança pode ser afastada quando verificado a má – fé do administrado, mera expectativa do direito (precisa de certeza). Os efeitos decorrentes do princípio podem ser negativos (onde o poder público deve abster de adotar atos administrativos) e positivos (com o poder publico editando atos administrativos que possam reconhecer e ampliar os direitos daqueles que são administrados). Nesse contexto a “Redução da discricionariedade a zero” é aplicado quando existem diversas normas que podem ser aplicadas de modo a retirar o poder de decisão do administrador, outro fator importante para a confiança é a Teoria dos atos próprios (venire contra factum proprium) que no direito administrativo visa evitar que se tenha uma atuação contraditória e desleal nas relações jurídico – administrativas sem respeitar a confiança legitima e a boa – fé. 
Por último o princípio da boa – fé pode ser também de forma objetiva (lealdade e lisura das partes) e subjetiva (está relacionado de forma a atuar no psicológico de quem atuou de forma legal), este principio se relaciona com a atuação do Estado com a sociedade.

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