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Resumo de Filosofia da Cultura

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Resumo da Filosofia da Cultura 
INTRODUÇÃO
O que é filosofia? A filosofia é um processo crítico criativo que busca a universalidade, o sentido dos por quês (especulação: fundamentos; teoria; ontologia) e o para quê (praticidade; ética). A ciência se ocupa com o particular, busca o como fazer, realizar, funcionar as coisas.
O que é a cultura? Cultura é obra humana, fruto da presença humana, é criação, invenção, realidade exclusiva do SH pela sua potencialidade. A cultura não é um objeto como os demais, pois se acentua o aspecto da criatividade, pois a mesma dá sentido as coisas.
Na cultura subjaz, no mínimo duas realidades (conceitos) que se complementam: a) Ideia de progresso (quantidade); b) Ideia de desenvolvimento (qualidade).
A partir do século XX é que começou a aparecer e ser valorizado esses aspectos. No século XXI isso é indispensável para uma sociedade.
O que é filosofia da cultura? A filosofia da cultura não está preocupada com a análise das particularidades da cultura (música, dança, pintura). A filosofia da cultura faz uma dialética entre abstração e concretude. Muitos pensadores dizem que abstratamente ela não existe, inexeste. Porém, o SH vive e se desenvolve em determinada cultura.
A cultura é perceptível, palpável, isto é, concretamente ela existe. Não há a cultura, mas sim varias culturas. Existe tantas culturas quanto sociedades. É ela que dá sentido para a vida e da vida.
Não há como definir a cultura, pois o termo definir advém do latim: de+finir = finis – fim, limite. De cultura se tem somente a noção e não definição.
Aculturação: adoção e assimilação de cultura alheia submeter (-se) a tal processo de aculturação
Inculturação: não-cultura, está fora de uma cultura, é ignorante de tal cultura. 
Enculturação: assimilação da cultura, inserir-se, enchertar-se numa cultura por livre vontade
1.0 – Realidade da Cultura (Noção real)
A relação do ser humano e suas obras nos leva a cultura. Esta cultura como obra vai se constituindo e organizando a vida. A cultura é obra exclusiva do SH, o mesmo nasce, se organiza e se constitui em uma determinada cultura. O SH à recebe de herança cultural (social), assim como a herança biológica/genética (pais). Cabe ao SH aceitar as suas heranças, quando não se aceita há traumas existenciais.
A herança cultural facilita a estruturar e organizar um comportamento semelhante a um determinado povo, por vezes podendo ser previsto. Tanto o Eu quanto o outro pode ter uma estimativa do comportamento um do outro. Essa é a dialética do ambiente cultural. Nesse sentido, a herança cultural é fator que permitem o SH conviver, isto é, viver em conjunto numa determinada sociedade, essa herança fornece respostas aos por quês e para quês.
A herança social é recebida e vivida pela sociedade, porém não significa que a cultura é imutável, intocável e intransformável. O herdeiro não é obrigado a manter a cultura intacta, pois o mesmo é livre e possui criatividade para mudá-la, transformá-la para melhor ou pior. A cultura apenas condiciona o SH.
Nesse contexo, o SH manifesta ser Criatura da cultura e Criador de cultura. Ao passo que o SH produz cultura, também é produzido por ela. Se o SH for determinado pelo meio, então caimos em um determinismo.
O SH também é criador, sendo agente, fazedor de cultura, caindo por terra o determinismo através da criatividade, inventividade. Sendo criador acentua-se o aspecto da liberdade.
Insurge diante disso um questionamento: se o SH recebe a cultura de herança social ela pode ser determinada assim como a herança biológica? Ora, os condicionamentos sócio-culturais ou determinismos são relativos, é uma liberdade sob condições. Esses condicionamentos podem ser : econômico-financeiros, políticos, ético-moral, religioso, educacional, mídia...
O determinismo surge com a física Newtoniana. O SH é agente (criador) e paciente (criatura) da cultura. Todavia, o SH não é determinado, porque ele não é só criatura/fruto/produto da cultura, mas também é criador que dá condições de vida para a ele.
C. Kluckhon, antropólogo sublinha as características de qualquer cultura:
a) ela tem um poder organizacional;
b) sua capacidade de acumular conhecimento, com os quais resolve problemas e passar adiante as soluções conquistadas (dos problemas e respostas);
c) a sua capacidade de previsibilidade de comportamento dentro de certos limites do próprio comportamento ou que espera dos outros (outras culturas), mas que os outros também esperam de nós.
A cultura passa a ser a lente de visão da realidade. É necessário uma reflexão para não falsear a realidade. A fenomenologia é o intrumento da ação, um modo de ver a realidade sem falseá-la. Não se pode excluir que cada cultura expressa a criatividade/inventabilidade do SH. Esta, por sua vez, é expressão da liberdade que serve como dialética para resolver os problemas.
O que caracteriza a realidade cultural de um momento histórico não é uma somatória das produções culturais dos indivíduos, mas as partes são integradas formando uma síntese daquilo que é produzido culturalmente, ou seja, é pelo espirito que o SH se posiciona frente a um acontecimento de modo a produzir algo próprio, peculiar de determinado povo e lugar. A cultura não é estática, mas sempre dinâmica.
Noção de Cultura (Noção técnica)
No século XIX se constitui a noção técnica de cultura, ou seja, começou a refletir a cultura por si mesma. Antes do século XIX não se tinha clareza da realidade cultural, nem se tinha refletido sobre aquilo que chamamos de cultura. Essa noção inicia, propriamente, com o desenvolvimento da história, da a antropologia cultural ou etnologia, da teoria da evolução (as escavações e arqueologia). 
Ralph Linton, antropólogo cultural se pergunta: por que os pensadores, antes do sec. XIX não se dedicaram ao tema da cultura? Segundo ele, se o SH vivesse submerso em meio a água (fundo do oceano) o mesmo não perceberia aquilo que é mais próximo de si, no caso da água. Assim, também somos nós, durante séculos não percebemos que a cultura faz parte de nossa vida, quase que como uma 2ª natureza e merece reflexão. Assim, a cultura por estar tão próxima ao SH não foi percebida. 
Desde a Antiguidade se falou em cultura como um substantivo-adjetivado, olhou-se até então, para a mesma como um conjunto de qualidades, isto é, ligada algumas expressões que demostravam funções como:
 “cultura iuris” (cultura do direito): cuidado das leis, o ordenamento das leis com o modo de agir e falar;
“cultura linguae” (cultura da linguagem): esforço para aperfeiçoar o idioma;
“cultura litterarum” (cultura das letras): conjunto de experiências para enobrecer a literatura como teatro, música etc..
“cultura scientiae” (cultura da ciência): conjunto de esforços para acumular conhecimento pela experiência;
“agri cultura” (cultura do campo): queriam deixar o campo produtivo, cuidado com a terra;
“cultura animi” (cultura da alma/reflexão): cuidado com a educação do SH. [Obs. O imperador Adriano construiu um palácio que cultivava uma sala para os filósofos (reflexão), um anfiteatro, biblioteca, cozinha, pisina, lugar para os músicos, e o aspecto doméstico com muito conforto. Tudo isso era chamada de cultura animi. Essa era a cultura latina (quando se fala latina refere-se ao território italiano, porém o sul da itália vivia os decedente dos gregos, chamada de magna grécia). A grécia também tinha a sua cultura animi, o areópago, isto é, a praça pública para discusões de ideias.]
Na Idade Média o termo cultura animi se diferencia da Antiguidade. Muniz de Rezende, explana sobre como se deu o conceito de cultura a partir das elites sociais, ou seja, indica um estilo de vida para um ideal típico desse período que seriam os mosteiros. Mas também mostra a agri cultura. Ao mesmo tempo a preocupação cultural era com os estudos, conhecimento que se dá pelas bibliotecas, insere-se as universidades. Em suma a cultura animi se dava nos mosteiros e universidade. O homem que tinha cultura era os monges e os universitários.
Na Renascençahá um cultivo dos clássicos greco-romanos. Voltou-se para a cultura do belo, as artes, as músicas. Se encontra Michelangelo e a filologia de Erasmo de Roterdã. O homem cultural era aquele que cultivava as técnicas litterarum e linguae ou as outras técnicas do momento clásico greco-latino.
No Iluminismo, período da enciclopedia, há uma abertura do conhecimento a todos, a cultura é vista como erudição. O progresso e o desenvolvimento são conduzidos pela ciência e técnica da razão. O homem cultural era uma enciclopéida âmbulante. Surge o termo culto, como um saber generalizado, isto é, o homem que diz com significado alguma coisa sobre “tudo”.
No período evolucionista e positivista visa-se o aspecto do progresso. Nesse contexto já se tem a técnica, a ciência, as revoluções, os métodos. Assim, surge as ideias de ciência e técnica em relação a cultura. Fritz Millher começa a colocar as ideias de evolução humana pela ciência, coisa que Darwim se apropria e desenvolve sua teoria da evolução. Com isso encontramos a terminologia “civilização”.
O aspecto da civilização remete ao desenvolvimento de ordem técnica, isto é, criação de instrumentos (letrados) para facilitar o modo de vida do SH. Logo, se começou a pensar que isso faz parte da cultura do SH. A cultura virou sinônimo de civilização e então se tinha: povos civilizados e povos não civilizados. O grande discurso que entra é a “civilização” e “cultura”. O homem cultural é o homem civilizado. Mas será que realmente civilização e cultura são sinônimos?
Sobretudo com as pesquisas de etnologia (séc XIX) ou antropologia cultural ou antrologia social (séc. XX) começou-se a se formar um conceito antropológico, principalmente com a etnologia, a qual é mister para a criação das ciências humanas.
Nos estudos etnológicos se conclui que “cultura é a forma própria de um povo viver”, todos os povos tem a sua cultura, com efeito há inumeras culturas. A cultura não é um privilégio apenas dos civilizados. Não existe uma cultura genérica. Cultura é propriedade da vida humana. Essa primeira definição surge na discusão sobre civilização.
Muniz de Rezende começa a delinear o tema filosofia da cultura. Antes de Muniz a filosofia da cultura era a reflexão sobre os produtos da cultura (manifestações materias: pintura, estátuas, etc..). Depois da definição de cultura, Muniz considera a filosofia da cultura, não como reflexão dos produtos, mas sim a “reflexão sobre a consciência de si”, o “sentido da vida”. Não se trata daquilo que o SH enquanto população produz. Interessa mais a filosofia da cultura o julgamento sobre o modo como uma determinada cultura vive a vida religiosa ou social.
Também começou a estudar sobre as semelhanças e diferenças significativas entre as culturas. Logo se vê uma universalidade do fato cultural. Assim, se chega a conclusão que todo SH é um ser cultural. Entra a reflexão sobre o estilo de vida, reflexão sobre os valores que movem o SH. Nesses valores há a diferenciação ou a assemelhação entre as culturas, como: monogamia, poligamia, patriarcal, matriarcal, politeísmo, monoteísmo.
A filosofia começa a se perguntar: por que uma cultura escolhe, por exemplo, viver a poligamia e outra escolhe a monogamia? E mais, para que essas culturas escolhem uma opção de vida e não a outra?
Immanuel Kant sobre a quarte pergunta da “ciência do homem”: quem é o homem? Sugere perguntas ramificadas como: o que a natureza fez do homem? Kant percebe que o SH não é algo que passa pelo mundo imune do meio ambiente. O que o homem faz de si mesmo? Kant visa um aspécto pragmático, moral do SH.
Edward B. Tylor em 1871 foi o primeiro precursor da definição de cultura técnica acima citada. Segundo Tylo a noção de cultura técnica é “cultura ou civilização tomada em seu sentido etnógrafo lato é aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, lei constumes, assim como todas as capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Explicação: no século XIX, por meio da etnologia, abriu portas para as ciências humanas para saber a origem do SH. Surge então varias ciências, inclusive a teoria da evolução, por exemplo: sociologia, história, psicologia, etc…aí se percebe que o assunto é mui complexo. Essa é uma noção de caráter descritivo ou enumerativo é diferente da noção técnica conclusiva que é mais sintética.
Herkosvits (etnógrafo) faz um avanço no conceito de cultura: “cultura é a parte do ambiente feita pelo homem”. Essa definição supera a anterior por não fazer descrição, deixa por tras que o homem é o agente no meio, isto é, não cria o ambiente, mas transforma o ambiente. O homem só transforma a partir do próprio ambiente para que possa sobreviver. A cultura, assim, é obra do SH, não aparece a ligação com a civilização. O SH acrescenta algo ao ambiente, implícito ao aspecto determinista. Essa definição pode ser muito bem chamada de noção técnica. 
Ciência da cultura e filosofia da cultura
A realidade humana vista na globalidade, na totalidade apresenta situações e fatos que se sucedem, isto é, aquilo que Tylor descreveu. Essas situações/ fatos podem estar relacionadas a questões psíquicas, econômicas, políticas, religiosas, etc.. A realidade é complexa e possui relações e articulações, onde o SH se encontra e desencontra com o meio ambientes, com as pessoas, com as coisas. É assim ele vai organizando a sua existência.
Todavia, há varias visões sobre a realidade. No sec. XVIII e XIX o Iluminismo e o positivismo perceberam a realidade como algo científico, um olhar cientificista. No estado filosófico, seguindo Comte, a realidade humana se apresenta como abstrato. Porém, a ciência, ultimo estado de Comte, deve tratar da realidade humana de forma concreta, por isso se tem a técnica. Logo, a o estudo da cultura deveria ser chamada do ciência da cultura e não filosofia da cultura.
Nelson hungria, grande positivista jurídico brasileiro, afirma ironicamente: “a filosofia é algo que se assemelha a um homem que está em um quarto escuro procurando um chapéu preto que não está dentro do quarto”. Obs. Foi nesse contexto que o brasil se declarou república. O exercício filosófico seria abstrato e inutil que não fala nada sobre a realidade humana, por isso o exercício da técnica deveria ser elevado para o desenvolvimento dos povos.
Entretanto, a ciências começou a fragmentar, a funilar a totalidade chegando a se dedicar a uma parcela/parte da realidade. Com método próprio a ciência busca a verdade (sentido) particularizando a realidade a ponto de chegar numa abstração que esquece da verdade (sentido) do todo. (ex. economia, psicologia, sociologia). Na verdade quem opera num ambiente de abstração são as ciências, elas dão o sentido parcial da realidade. Já a filosofia trata do sentido a realidade em sua totalidade, em sua universalidade.
As ciências da cultura (particularidades) pretendem dar o como o SH faz cultura, isto é, a ciência busca as funções do SH para com a cultura. No conceito de Tylor está descrito o como: “[…] crenças, artes, moral, lei constumes, assim como todas as capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
Já a filosofia da cultura pretende chegar ao para quê e por quê o SH faz cultura buscando o sentido último da mesma, o qual é a verdadeira concretude. Sem a concretude (sentido) a vida fica vazia.
Dessa forma a Ciência da cultura e Filosofia da cultura não se contradizem, ambas buscam compreender a vida do SH. A primeira busca a compreensão reflexiva restritiva sobre a realidade não desprezando a totalidade da cultura. A segunda busca a compreensão reflexiva da totalidade da cultura, mas não desprezando a particularidade.
A cultura que é expressão da realidade humana trabalha com fatos vitais que podem ser enfocados pelo âmbito da ciência ou da filosofia. Tanto a ciência da cultura como a filosofia da cultura trabalham com os mesmos fatos vitais, porém com abordagens diferentes.
A abordagem das ciências da cultura, tem caráter de uma abordagem epistemológica metodológica, já a filosofiada cultura faz uma abordagem ontológica, ética.
As duas abordagens não se excluem, nem se opõe, mas se integram, se complementam. Faz-se mister um diálogo permanente para que haja uma compreensão da realidade humana na sua totalidade e em suas particularidades (fatos vitais).
O problema de hoje é que a ciência tendo o como para tal fato, ex: usina hidrelética, ela faz sem o consenso do por que e para que da filosofia e acaba não observando as consequências, muitas vezes destruindo o meio ambiente. Assim, ao invés da ciência ajudar o todo, ajuda uma particularidade e prejudica todo o restante.
Natureza e cultura
Perante a história da antropologia filosófica houve um momento em que aconteceu uma ruptura ontológica que deixou nítido uma separação entre um eu (sujeito consciente) e as coisas (objeto), uma relação entre eu e o tu = alteridade. O sujeito toma consciência que ele é diferente das coisas do cosmo/ambiente/natureza, mas que está em relação. É na relação que se encontra a filosofia da cultura, procura os por que e para que dessa relação.
Sartre chama atenção para a opacidade (escuro) da relação entre sujeito e objeto. Afirma que por parte dos objeto domina a opacidade. Apesar disso o SH continua fazendo parte da natureza/cosmo, a qual tem o sujeito com a consciência e do objeto com a inconsciência. Há uma irrupção do sujeito como agente livre e responsável, enquanto o objeto é dependente, sem liberdade, sem responsabilidade ético-moral.
Fazendo uma recordação, num período da história, a humanidade esteve submetida fortemente sobre o império do mito (linguagem sonora e imagem) para buscar explicar e interpretar a realidade e sua existência (relação S-O). Num outro período se tentou explicar pelo logos (linguagem escrita) através da reflexão filosófica, diferentemente do mito. Num outro período da história se tentou explicar e interpretar a realidade e a existência pela teoria científica (linguagem experimental), uma representação sem a necessidade de estar fundamentada, acredita-se que sua compreensão é mais “afetiva” na maneira de relacionar-se. Todavia, todas essas explicações fazem parte da cultura. São tentativas para explicar o SH e sua realidade.
A reflexão filosófica (racional) propõe uma linguagem que substitui o objeto pela palavra (flatus) quando não se tem o objeto na sua presença. Essa palavra é construção do SH, da cultura. Há sempre uma distinção entre coisas naturais (objetos) e as coisas culturais (palavra), isso forma a cultura que não é uma realidade estanque. A linguagem humana faz uma classificação, ordenação, divisão, rompimento, etc. dos objetos sem mudá-los. Ex: o que a química e a física faz. 
Essa linguagem é fruto de um processo de milhares de anos de cultura e ainda hoje surge novas ou repetidas maneiras de mitos, logos, teorias. Esse processo histórico de cultura é o objeto de estudo da antropologia cultural (etnologia) e também da filosofia da cultura. A cultura e a natureza implicam mutualmente, estão imbricada durante todo o processo histórico. Assim, a natureza e cultura são dois mundos diferentes, porém se relacionam intimamente. Todavia, a coisa sempre opaca, nunca é transparente, ou seja, a linguagem é sempre limitada.
Paulo Freire contribui para a filosofia da cultura com a seguinte argumentação: “um índio pega a pena de arrara (natural) e a transforma em um cocar de penas”. A pena migra do mundo da natureza para o mundo da cultura. No lugar da pena podemos colocar os objetos que utilizamos hoje.
O filósofo/antopólogo da cultura V. Mezhúiev (Russia) contribui da seguinte maneira: “Natureza é tudo que surgiu e existe por si mesmo, por via natural, independentemente da vontade e dos desejos dos homens.Cultura é aquilo que foi criado elaborado, aperfeiçoado pelo homem, acomodado por ele às suas necessidades e exigências existênciais”. Com essa concepção de natureza e cultura corrobora-se a colocação que estas não são realidades estanques, separadas. Não é uma visão dicotômica, substância natural e uma substância não natural, mas sim próximas que possuem um liame.
Referente ao processo histórico cultural, a reflexão de Marx e seus discípulos contribui quando fala do relacionamento do SH com a Natureza, asseguram que subjaz uma unidade orgânica que as une, há apenas uma distinção parcial entre elas na vida do SH. Há uma interdependência entre natureza e cultura diferentemente da filosofia de Descartes, a qual possui uma dicotomia entre as subtâncias.
Ora, o corpo inorgânico do SH, isto é, a vida cultural, é sustentada e viabilizada pelos recursos da natureza. Dessa forma, o SH transforma a natureza. Eis a unidade do process histórico, pois o SH não vive sem os elementos da natureza e a natureza sem habitação vira deserto. A cultura passa a ser um prolongamento do corpo. A vida humana é sempre um “confronto” entre natureza e cultura. Ex: para se ter saúde ou doença depende muito dos recursos naturais.
René Dubos, ecologista, se ocupou em estudar a relação do SH com a Natureza. Na obra Namorando a Terra ele aborda o lado psicológico, aspecto efetivo em relação à natureza. Para o SH não basta se relacionar com a natureza como ambiente, mas necessita transformá-la em lugar (seu ninho). Faz-se mister criar um “espírito de lugar”, namorar o ambiente. Ex.: Vaca no estábulo.
O SH procura transformar o ambiente em sua casa onde haja satisfação, interação íntima com o afetivo, psicológico, emoção, sentimento... Todo indivíduo particular tem as mesmas necessidades fundamentais, porém elas são satisfeitas não em todos os ambientes, mas sim em alguns lugares, pois é ele que transforma o ambiente em lugar.
Em suma há uma diferenciação parcial entre natureza e cultura, mas ao mesmo tempo há uma unidade substancial que as liga. O SH é criador e criatura da cultura. Ele vive no interior da mesma.
Questionamento:
O SH em sua natureza, mantém esta natureza sempre igual ao longo do processo histórico? Na relação SH-Cultura, os condicionamentos restringem a liberdade, tiram a capacidade de usá-la? R: Os condicionamentos culturais e naturais não eliminam as responsabilidades ética e moral – “eu sou eu e minhas circunstâncias”. As circunstâncias incidem/afetam/ condicionam as ações humanas. Na relação SH-Natureza emergem muitos questionamentos, por vezes, conflitivos e não pacíficos. Dessa forma, para Marx o livre é o andarilho, pois não tem consciência do que se passa na sociedade.
V. Mezhúiev, em análise da obra O Capital de Marx, assegura que é o SH (sentido coletivo) que constrói a história (processo histórico). A natureza para Marx tem dois significados: 1) “Riqueza natural dos meis de vida”; 2) “Riqueza natural dos meios de trabalho”. Assim, no processo histórico a natureza é onde possibilita a vida, pois prepara a terra, os animais como instrumentos de preservação da vida. Tudo isso se torna cultura. Em outras palavras, tudo vai se tornando um processo de civilização ou cultural.
Desde os primórdios o SH faz da natureza o seu meio de vida. A vida do SH é uma comunhão com a natureza. Com efeito, tanto a natureza quanto o homem se transformam; ex: energia elétrica, poluição, prolongamento da vida, comunicação global, etc..
Numa visão filosófica, nesse processo civilizatório se distingue “coisas naturais”e “coisas culturais”. Percebe que há uma unidade entre a natureza humana e natureza cultural. A primeira há uma racionalidade, liberdade que o tira dos determinismos que a natureza cultural tem. Porém, esses condicionamentos culturais podem quase acabar com a liberdade do SH deixando-o presso na cultura. A espionagem sobre a cultura, muda-se o comportamento do dia a dia, assim como, o modo de pensar. Ex: como falar de vida eterna num mundo onde o imediato o materialismo, o consumismo, o descartável, os prazeres da carne estão escancarados?
Pontos negativos da nova cultura social: até o início do séc XX se tinha clara distinção do que é certo/lícito/moral/ético e do que é errado/ilícito/imoral/antiético. As certezas científicas ruiram e então hoje perde-seo ponto de referência implicando num relativismo advindo do SH individual (Protágoras: o SH é a medida de todas as coisas). Essa é a sociedade que se tem hoje, todavia, a inda não se teve um pensamento sobre esse relativismo.
Mas também há pontos positivos da cultura no mundo de hoje, pois o SH vai criando seu “habitat”. Ex: as técnicas medicinais, transportes, comunicações, etc.. e com toda essa consciência ecológica que está se criando, o mundo pode se tornar sua “morada”.
Sociedade e Cultura
A natureza implica em sociedade que implica em cultura, sendo o SH a unidade base da sociedade/cultura. A cultura nasce da relação do SH dentro de um meio ambiente que consequentemente nasce um tipo de sociedade. A cultura coloca na pessoa humana padrões de comportamento social (padrões culturais: unidade base de cada cultura/sociedade).
A relação entre pessoas forma um grupo social desde que os comportamentos (características) sejam semelhantes. Se não for assim é apenas um agrupamento de pessoas. Ex de grupo social: joão + Maria = Ana, Zé, Manuel tem comportamento semelhante à de Tiago + Neiva = Adão, Carla, Fábio. Com isso, forma se a sociedade.
Já o conjunto dos padrões de comportamento (grupos sociais) forma as instituições sociais. Ex: Pai + Mãe = Filhos 1, 2, 3. Pois, cada um deles tem “estatus social e papel social”, coisa que um grupo social não tem. É o “estatus e papel social” que forma a organização estrutural que mantem a intituição. “Status social” engloba o “papel social” como sendo a posição numa camada da estrutura social. Porém, o papel social é dinâmico e pode mudar frequentemente. Assim forma-se a cultura. Além disso há os processos socias que trabalham as relações entre uma cultura social com outra cultura social.
Em resumo, numa espécie de círculos crescentes, se tem seis intituições basícas em qualquer sociedade: famíliar, recriativa, educacional, econômica, política, religiosa. Por exemplo: a estrutura é o “estatus social” do pai, da mão e dos filhos, já a organização é a maneira que cada um deles se comporta como tal, isto é, sua função/papel social. As estruturas não variam muito de uma cultura para outra, agora a organização muda muito de uma sociedade para outra.
Obs: no Brasil mudou-se o paradigma/conceito fundamental (estrutura) da instituição familiar. Antes era o casamento entre homem e mulher que formava o “estatus social e a função/papel social” do pai, mãe e filhos, agora é a união estável entre pessoas que forma o “estatus social e a função/papel social”, porém essas pessoas podem ser só homens ou só mulheres implicando numa mudança de “funções/papeis” (organização) e conseguentemente o “status” (estrutura) de pai, mãe ou filhos. Agora é só analisar as outras instituições.
Não adianta mudar as estruturas, é necessário mudar a organização (ética). O que constitui a estrutura? Ora, ela se constrói pela história e vai se fazendo no dia a dia. Quando se esquece a história muda-se as estruturas.
Em suma, a pessoa humana implica grupo social que implica sociedade. 
A pessoa humana implica os padrões de comportamento sociais (padrão cultural) que implica instituição social que implica cultura.
A pessoa humana exerce o papel social e status social. Há também os processos sociais (ex: multirão). Estes são o que dá o dinamismo social e cultural. O papel social é uma função que exerce na sociedade. O status social é a posição social que é posta por um critério de atribuição de valor, em nível social.
Tudo isso gira ao redor do eixo: valores sociais (axiologia = do greg. Axio – valor; do lat. logos - pensar, estudar) Dependendo do valor se tem a escala do pensar e o agir. (ex: para valorizar o SH o pensar e o agir deve estar no topo da pirâmide, mas hoje é o materialismo ($) que está no topo). Com a mudança de valores, o diamismo social (mudança social ou transformação cultural) acontece. Isso ocasiona a mobilidade social, ou seja, a estratificação social move-se como casta social, estamento social ou classe social.
Casta social significa que não se pode sair do lugar na estratificação social se não, com valores religiosos, na outra vida, pela rencarnação, seria um “sapo”. O estamento social significa que há uma pequena oportunidade de um cidadão mover-se nos níveis. A classe social significa que um individuo pode mover-se livremente, pelas capacidades individuais, subir ou descer um degrau na estratificação, mas deve assumir o comportamento adequado ao nível.
Obs: uma das grandes mudanças valorativas é o da instituição família, ou seja, de uma família patriarcal (alto n. de filhos, pais, tias, avós ajudavam a educar: cria laços familiares) para uma família nuclear (pai, mãe e baixo n. de filhos, a creche/escola e a mídia ajuda a educar: perde os laços familiares).
Quando Cabral descobre o Brasil, trouxe com ele, de Portugal, só homens (bandidos, escravos, doentes etc. só refugos) eles pegavam as índias, mas não eram muito boas, pediram para Portugal mandar mulheres e enviaram as piores (prostitutas, fracas). O casamento na colonia começou com o homem com uma mulher boa (sadia), para procriação e para a diversão o homem tinha “amizades” com outras mulheres.
A sociedade também deve (necessita) ter um controle social, se não ela não se sustenta. Agora o como organizar e como exercer controle depende da sociedade. Claro que há também o desvio social ou discrepância social, tanto para o mal quanto para o bem, por exemplo, o ladrão e o de grande talento intelectual ou prático.
Quando tudo isso está em harmonia há a integração cultural ou sociocultural. É esse o processo de socialização onde o indivíduo se integra ou se marginaliza.
Quantas culturas existem? Quantas forem as sociedades. Em cada sociedade há uma cultura, pois ela vai criando a cultura. Ela, a cultura vai criando a sociedade. 
Na SOCIEDADE estamos lidando com seres, pessoas. Na cultura estamos lidando com padrões de comportamento social ou cultural. Uma pessoa cria um grupo social que por sua vez vai criar a sociedade. São seres humanos vivos (Pedro, Maria, Zé, Fábio, Ana).
Na CULTURA temos padrões de comportamento quando se aglutinam ao redor de uma função vai dar o que...[a função social...pai, mãe, médico, advogado, professor, todos tem um status social (posição social) e um papel social (função social)]. O conjunto das funções sociais vai formar instituições sociais e esta vai dar a instituição social, e esta vai dar a cultura. Isso liga-se ao comportar-se, agir. São seres com funções diferentes (Pai, mãe, filho).
É diferente ser pai na China e aqui, a função e status social vai ser diferente. É a cultura que define o tipo do papel social e etc. Quais são as instituições básicas: família, lazer, educação, econômica, política, religiosa. Há as instituições básicas e as secundárias, para satisfazer as necessidades.
Qual é o eixo que sustenta tudo isso aqui e onde tudo circula o social e o cultural. >VALORES SOCIAIS: É A BASE DE TUDO.
Aí se fala de escala de valores, uma escada, uma graduação. Dependendo do valor que está acima dependerá todo o comportamento. Quando os valores são mudados numa sociedade acontece a mudança social, trata-se de uma mudança de valores. Por exemplo, sobre a mudança da instituição familiar, vai gerar uma mudança de paradigma de família, de pai, de mãe...mudando o recreativo, educacional, financeiro, religioso. Não podemos confundir mudança social com mobilidade social. O que é mobilidade social> A, B, C, D, E > camadas sociais> estratificação social.
A mobilidade é a mudança de pessoas dentro da estratificação social.
Dos valores também depende o CONTROLE SOCIAL. É tudo aquilo que de certa forma controla os padrões de comportamento individuais ou coletivos. O poder social é a capacidade de influenciar no comportamento dos outros. Autoridade social é quem foi constituído pela própria sociedade para tal função. Comparando: quem é que tem mais poder social na instituição familiar? Depende da capacidade de influir. O pai, a mãe, ou o caçula, pois ele pode ter poder mesmosem ter autoridade; na televisão, etc.
Quando se escapa desse controle o que acontece? Chama-se desvio social ou discrepância social. Isso tudo se chama integração sócio-cultural. Estrutura social está ligada a status social> posição social> padrões de comportamento. Organização social está ligada a função e padrões de comportamento relacionados a função social.
2.0 A cultura e o ser humano
2.1 A cultura no existir humano: o sentido
Se olharmos a noção já conhecida mas trazida para um novo contexto, seria a noção de cultura de Ortega y Gasset: “A cultura é um movimento natatório, um bracejar do homem no mar sem fundo da sua existência com o fim de não afogar-se; uma tábua de salvação pela qual a insegurança radical e constitutiva da existência pode converter-se provisoriamente em firmeza e segurança. Por isso a cultura deve ser, em última instância, o que salva o homem do seu afogamento.”
Há um aprender a nadar e um desaprender. Esse nadar, bracejar é um movimento dialético, não uma passividade. É uma saída do finito pela busca do infinito. É uma tábua de salvação> libertação, redenção, salvação. O ser humano fora da cultura perde sua identidade, pois ele constrói sua existência dentro da cultura. A cultura não dá uma segurança total, não dá uma consistência, continuo sendo um caniço pensante.
A cultura provisoriamente nos dá uma segurança. A pessoa sem cultura só dá opiniões, não dá segurança. Fora da cultura o ser humano não tem um caminho de realização. De que maneira? Tem que aprender a nadar, nessa cultura. A medida que ele nada, ele aprende a nadar para aproveitar aquilo que ele é. E quando aprende a nadar é ao mesmo tempo criatura e criador.
Esse sentido que o ser humano deve encontrar na cultura é apreendido pela educação. Toda realidade humana é ambivalente, tem sempre duas opções, duas saídas. A educação tem que auxiliar o ser humano a encontrar-se (em-si, para-si); estrutura básica e necessidade relacional; é aí que se encontra o sentido de sua existência. E só se acha as razões do existir na cultura. Esse é o papel cultural da educação; oferecer as oportunidades para buscar as razões de se optar por isso ou aquilo.
A cultura deve estar inserida no contexto histórico, pois não é perene, alguns valores sim, mas a cultura como um todo não. A educação deve estar a altura do momento. A educação se aprende, passa adiante. As necessidades podem ser biológicas, psíquicas, sociais, transcendentais. A cultura é satisfação dessas necessidades, a partir de problemas e questionamentos.
Pouco a pouco vou achando uma resposta, e essa resposta vai satisfazendo, dentro do momento histórico. Essas respostas vão se cristalizando em meios diferentes conforme os tempos, dado pela cultura.
Resumo dos Seminários da Filosofia da Cultura – Fábio Jr
ECOLOGIA E CULTURA
Até que ponto a cultura influencia no meio ambiente e a relação da cultura com a ecologia?
Conceito de ecologia: gre. Oikos= casa. Gre. Logos = estudo/saber - ciência da casa, habitação.
Desde os tempos antigos havia a percepção entre o homem e o meio ambiente. Os mulçumanos, hebraicos e cristãos. Na literatura, idade média, renascença, modernidade.
Em 1911 Thomson lançou ponte entre conhecimentos biológicos e as ciências, sociais, assuntos interessados a biólogos, botânicos, zoólogos. Concepção de biologia – 1923 – Barrows – ecologia humana como geografia humana.
1925 – Bernard – distingue os fatores biossociais e psicossociais.
1936 – Robert Park – Ecologia humana.
1945 – Wirth – situa a ecologia humana em áreas limitadas de relação entre diversas ciências.
A quinta concepção: a ecologia humana faz interação entre o ser humano e o meio ambiente. A ecologia humana é novo nível de pensamento ao alcance de diferentes disciplinas. O que é ecologia cultural? 
Relação entre cultura e meio ambiente: Por que certos traços culturais existem em determinados ambientes e não em outros.
Determinismo: as formas ambientais ditam formas culturais, os fenômenos da cultura podem ser preditos.
Possibilismo: o ambiente torna possível varias alternativas, o homem transforma o meio ambiente.
As regiões naturais impõe alternativas culturais. O meio ambiente exerce influencia direta sobre a cultura material a ser elaborada para: Habitação/vestimenta/alimentação/feitura de instrumentos.
Problema crítico da ecologia antropológica. Hoje em dia torna-se imperioso pensar nas interconexões entre saúde e ambiente para a defesa da vida. Nesse contexto de desamparo ambiental os pobres são quem mais se encontram em desvantagem. Como solução alguns cientistas propõe paliativos tecnológicos. A verdadeira solução para este grande problema é global. Sair de uma visão egóica e entrar numa visão ecóica.
A cultura da industrialização melhorou nossas vidas, porém agora ameaça a nós próprios a quem ela procurou beneficiar. As consequências são a falta de uma cultura mais sistêmica do ambiente. A civilização industrial provocou a acentuação do dualismo entre ser humano e a natureza.
Consequências: essa crise ecológica se manifesta em diversos aspectos que podem ser resumidamente expostos assim:
Destruição da fauna e da flora; empobrecimento e desgaste do solo; poluição das águas; poluição atmosférica das indústrias; resíduos radioativos; exploração abusiva do subsolo; envenenamento de alimentos; poluição sonora; neurotizantes.
As causas são o próprio s. h. 
Em tudo o que foi visto revela uma atitude de irresponsabilidade. Essa realidade demonstra o espírito da sacra auti fames. O fascínio pelo dinheiro e bem estar material cegam o s.h. o que vale é o aqui e o agora. Além da causa o homem é também efeito.
A atual geração atenta contra as que lhe sucederão. Quais são os perigos mais imediatos? Explosão demográfica/ lixo e lixões a céu aberto/ matérias primas não-renováveis.
Os primitivos e a ecologia: Os nossos ancestrais viviam da caça e da pesca, descobriram o fogo. As tribos que desconheciam a agricultura não se diferenciavam do Homo Hábilis.
Porém existiam exceções: os índios Crow dos EUA, e os habitantes da savana da África. Industrialização + vida melhor = destruição do ser humano. As consequências negativas são fruto da falta de uma cultura + sistemática do ambiente e de um igualitarismo.
A civilização industrial provocou a acentuação do dualismo entre o ser humano e a natureza. A ecologia surgiu para responder a essa necessidade.
Cultura e globalização: iniciou na Guerra Fria e propiciou a união dos países, blocos econômicos mundiais.
Crise ecológica: aquecimento global: com a utilização de combustíveis fósseis. Destruição e desperdício: EUA, União Europeia, Japão, Rússia, Austrália e Canadá, Brasil e China.
Produção desnecessária: geração de energia pela queima de combustíveis fósseis/ produção e uso generalizado de automóveis/ produção e uso de embalagens descartáveis/ produção e uso de armas, pecuária industrial/ pesca intensiva, agricultura industrial.
Hans Jonas e o princípio da responsabilidade: A ética tradicional é antropocêntrica, cuja normas está inscrita mais no âmbito pessoal. A ética que vive-se é do aqui e agora> mas tem que ser a do futuro também. Emerge a necessidade de novas normas éticas. O mal-estar cresce no planeta. É necessário reformular a ética. Saber é poder.
O poder da tecnociência colocou em xeque as condições globais da vida humana, o futuro da espécie e da natureza como um todo. Produziu-se um vazio ético. Jonas não é contra o desenvolvimento científico mas propõe um desenvolvimento sustentável. Novas formas de poder exigem novas formas éticas.
Poder e responsabilidade: o futuro aparece hoje mais típico da responsabilidade, o objeto prioritário da consciência moral e da ação a realizar.
Organismos que auxiliam na preservação do meio ambiente, e na consciência ambiental. Instituto Estadual de Florestas (IEF) / Sema > IBAMA / ONG WWF > Fundo Mundial para natureza / Greenpeace.
Desenvolvimento sustentável: significa atender as necessidades das gerações presentes sem impedir. Preservação, dimensão econômica,setor social. Equidade intra e inter geracional, existência de irreversivilidades, a resilências, as incertezas e injustiças com o s. h. necessita apoio governamental, conscientização dos consumidores e iniciativa das empresas.
A ecologia e o Direito
Segundo a doutrina de Miguel Reale denominada teoria Tridimensional do Direito, a produção normativa obedece uma ordem de estrutura tríplice; a saber: fato – valor – norma. O poder legislativo precisa relevar o fato e o valor para então chegar a norma.
Como a cultura entra na valoração moral? Há três aspectos primordiais são considerados na produção legal: o factico é o nicho histórico. O axiológico é o valor condicionado pela cultura. O normativo é a lei em forma positiva.
Referente a ecologia. O nicho histórico é a decgradação notável dos recursos naturais. O axiológico à norma
MODELO PLATÔNICO E HEGELIANO DE CULTURA
A filosofia enquanto descoberta do Espírito: J. P. Vernat e M. Detiénne; e filosofia enquanto técnica: B. Snell e J. Burnet. A descoberta da alétheia visa a verdade e a realidade com o conceito de ousia (substância). 
Platão e Hegel são importantes para entendermos a relação (importância) da filosofia dentro da história. A filosofia tem um ser histórico. A filosofia tem relação com a história e com a cultura.
A filosofia nasce da cultura. No mundo estavam as condições culturais que tornaram possíveis a iniciativa da filosofia, do filosofar.
A filosofia surge como uma intenção de conhecimento racional ou demonstrativo voltada para a totalidade do ser, seja no seu princípio (arqué), seja na sua grandeza e ordem (kósmos); é um saber desinteressado (theoría), mas que se declara expressão de um anelo enraizado no âmago da natureza humana; é um indagação que avança até as últimas fronteiras do campo oferecido à inquisição da razão: indagação em torno do ser e, portanto, em torno da verdade; como teoria do ser e da verdade a filosofia se propõe, enfim, como fonte da mais elevada felicidade (eudaimonia) para o homem.
A filosofia não é UTOPIA, mas é pensamento do que é e não do que deveria ser. A propósito da República de Platão, Hegel critica severamente aqueles que denunciam seu caráter utópico. 
A escolha de Platão e Hegel como paradigmas privilegiados da relação entre filosofia e tempo histórico, ou seja, entre filosofia e cultura implica numa estrutura dialética
Do mito para a razão.
A filosofia aparece com a intenção primeira e constitutiva de pensar o começo radical, ou seja, a gênese do múltiplo a partir do uno. Eis aí, com efeito, o traço que assinala a singularidade do saber filosófico: o desdobrar-se sobre si mesmo na interrogação sobre o seu próprio ser, a necessidade de justificar-se como pensamento do uno na multiplicidade dos discursos e dos seus objetos. 
É um filosofar sobre a filosofia por parte da própria filosofia. O saber da filosofia é saber de si mesmo por um título singular, na medida em que é saber do todo e do seu princípio e, portanto, da sua própria significação no seio do todo. 
A filosofia é pensamento do Uno e interrogação sobre o Ser. Ela tem suas raízes no mundo humano, foi aí que ela floresceu. O Modelo Ideal é, pois, a relação estrutural entre a filosofia com a cultura. Dela resultam os modelos ideais propostos pelo filósofo ao mundo do homem e às suas obras. 
Diante de tudo isso a filosofia apresenta-se sempre como metafísica da cultura, ou seja, como busca do modelo ideal que permite reconduzir o disperso mundo dos homens à sua unidade e ao seu ser verdadeiro. 
Portanto, Platão e Hegel são capazes de nos situar justamente na perspectiva do que poderia ser, hoje, uma hermenêutica genuinamente filosófica da cultura do nosso tempo. 
Platão:
Há um mundo ideal, como em Hegel. Seguir uma cultura segundo o logos ideal, o perfeito no Uno, para viver os múltiplos. Via a necessidade de procurar uma realidade perfeita, frente a desordem. Vê a realidade como 2 faces. A partir do mundo da desordem é que pode haver transformação, pode sair do opinável ao verdadeiro. A dialética é busca por aquilo que é ideal, graduação de múltiplo ao Uno. Assim, na busca do logos é que se ordena a sociedade. É um movimento de ir a fonte> o Uno.
Junção da dialética e da cultura é a justa medida e a unidade da desproporção. Há uma unidade, é preciso achar. Como se dará isso? O filósofo tem o papel de simplificar toda a estrutura. A dialética é edificada pelo Uno, bom, o verdadeiro. A pólis deve ser o reflexo dessa perfeição. O modelo platônico é a necessidade de filosofar. É pelo problema dos governos gregos que surge essa indignação de Platão> a necessidade histórica e necessidade cultural. A prática nos mostra que é preciso buscar a teoria, isso é filosofar, mas com um modelo. 
O filósofo não se contenta com a opinião. Se a cultura já está corrompida, o que o filósofo faz? Ele deve ser o primeiro ase sentir corrompido na sociedade. vê-se de um lado a preocupação com a Paideia e do outro lado a vida boa na pólis, prazer momentâneo. O filósofo tem lugar na sociedade, para o bem viver. Ele é o mediador entre o divino, que realiza primeiro em si o Uno, o Belo, sempre no vir-a-ser, buscando o equilíbrio.
Hegel
Dispondo de algumas das melhores edições de Platão na época, Hegel empreendeu uma leitura cuidadosa e presumivelmente completa dos Diálogos, e sobre ela fundamentou sua interpretação de Platão nas Lições sobre a história da filosofia.
O que pretendemos, ao traçar as grandes linhas do modelo hegeliano das relações entre filosofia e cultura, é mostrar, dentro das profundas diferenças que os separam, sua semelhança notável com o modelo platônico. A nossos olhos, com efeito, esses dois modelos assinalam, na história da cultura ocidental, a aurora e o ocaso de uma tradição intelectual que se constitui em torno da filosofia como instância crítica e sistemática privilegiada das diversas formas de cultura.
O ponto de partida de Hegel, do qual deverá proceder a filosofia como pensamento da unidade, é a consciência da cisão (Entzweiung) que revela, ante seus olhos, uma ruptura de alto a baixo no edifício da cultura ocidental.
As linhas do modelo hegeliano da relação entre a filosofia e a cultura desenvolvem-se como exemplar coerência e rigor conceitual. Nesse caso podemos distinguir uma necessidade histórica e uma necessidade teórica. Hegel reflete então sobre as condições estruturais da cultura em determinada época, e descreve aquelas das quais a necessidade da filosofia surge como uma necessidade intrínseca do seu próprio desenvolvimento.
Trata-se de uma necessidade histórica que revela igualmente a natureza da filosofia, pois essa deve mostrar-se capaz de dar razão do devir da cultura e de compreender os seus problemas no âmbito do pensamento racional. Como tal, a filosofia passa a ser uma necessidade teórica inscrita no próprio devir da cultura.
Na visão hegeliana da época, são três as correntes:
1) o helenismo;
2) o cristianismo e seu antecessor, o judaísmo;
3) a modernidade.
Cada uma delas deposita na cultura do tempo uma tríplice interrogação:
1) a respeito da religião e de seu destino;
2) a respeito da cultura, entendida como tradição intelectual do ocidente;
3) a respeito da sociedade, submetida às transformações profundas que assinalaram os fins do século XVIII.
Na obra Escrito sobre a diferença é estabelecida a pressuposição da necessidade da filosofia como forma da razão no seu trabalho de suprassumir as oposições que caracterizam a cisão da cultura. Com efeito, a necessidade da filosofia se impõe quando “o poder da unificação” desaparece da vida dos homens e a cultura passa a ser dominada pelo entendimento que é a faculdade do finito. Mas a tarefa da filosofia, atendendo ao “único interesse da razão”, consistirá em suprassumir no absoluto as oposições “solidificadas” que assinalam a saída da consciência fora da totalidade, e o domínio do entendimento.
Há uma distinção entre Platão e Hegel. Em Platão o Uno é visto com Bem, já em Hegel é visto como Espírito. Isso põe em evidencia aoriginalidade do pensamento hegeliano. O Uno com espírito é a substancia como sujeito que não é apenas “unidade original” mas a “igualdade reinstaurando-se... a reflexão em si mesma no seu ser-outro.
Em suma, no modelo hegeliano prevalece a dialética da negatividade do Começo (o arquétipo que se realiza no movimento da sua negação) e da sua reinstauração como fim (o arquétipo mediatizado e, por isso mesmo, realizado no seu ser-outro). A filosofia aqui é reconhecida como “o espírito do tempo pensando-se como espírito”.
A filosofia do espírito trata-se de um esquema que traduz, uma percepção profunda do “espírito do tempo” como forma histórica de manifestação do “espírito do mundo”, que aqui se manifesta no imenso e acelerado processo de transformação da cultura ocidental que caracteriza os tempos modernos.
Segundo Hegel, cabe a filosofia elucidar a estrutura dialética desse devir e pensar a unidade final do espírito. Como hermenêutica dos tempos modernos e da sua cultura, a filosofia de Hegel é, – com respeito ao ethos grego, a filosofia de Platão – a transposição no logos filosófico dos conteúdos espirituais que se articulam na dialética concreta do mundo pós-cartesiano. 
Fenomenologia do Espírito
Triade Hegeliana: Fenomenológico – lógico – espiritual, contém o modelo de relação entre filosofia e cultura. É possível pensar o termo do longo e trabalhoso caminho do Espírito na história, ou seja, transcrever nos códigos da razão ou na linguagem do conceito a manifestação do absoluto na historia que o cristianismo anunciara na linguagem da representação
Reconhecer o caminho do espírito na história é tarefa da filosofia para que haja reconciliação com a realidade efetiva. 
Idéia de fenomenologia do Espírito obedece a dois desígnios principais: 
a) Conduzir a consciência ao nível da Ciência na sua forma mais elevada (Filosofia) ou ao nível lógico como forma absoluta da Razão;
b) Organizar esse caminho da Consciência para a ciência segundo uma lógica própria que vigora entre as formas do saber que se manifestam na consciência. 
A Ciência da Lógica incide mais profundamento na hermenêutica hegeliana da cultura ocidental é aquele no qual ela se mostra como sendo, no sentido mais rigoroso, um pensamento de liberdade. 
Essa consciência da liberdade dá um passo decisivo, com o advento da subjetividade cristã e se torna a categoria histórica determinante dos tempos modernos enquanto se exprime na noção de sujeito entendido como autodeterminação;
A lógica é a única forma adequada para se pensar e expor a liberdade. A ciência da Lógica vem satisfazer, na intenção de Hegel, à exigência fundamental da época: pensar a liberdade ou constituir a ciência do Eu penso, ou seja, unir num único discurso, obra da filosofia como pensamento da época, duas das grandes categorias culturais da modernidade: consciência e ciência ou liberdade e Razão.
Terceira dimensão do modelo hegeliano da filosofia, a dimensão espiritual, constitui uma dimensão propriamente dita; mas por outro lado ela conduz diretamente ao ponto nodal onde essas dimensões se encontram, cujo o âmbito adequado da filosofia.
A dimensão espiritual tem, assim, uma estrutura linear na construção do discurso filosófico hegeliano na medida em que se situa na seqüência discursiva do fenomenológico e do lógico e resulta na mediação do natural.
O espiritual é que torna possível a estrutura circular do Sistema, pois este só é tal enquanto enuncia o Absoluto como Espírito. 
Assim o espírito, manifesta-se no sujeito como Saber absoluto, na esfera do lógico como liberdade absoluta da Idéia, desdobra-se igualmente no tempo como exteriorização pura na Natureza e como retorno a si mesmo no indivíduo pensante (Espírito subjetivo) e na história (Espírito Objetivo).
Conclusão
A pertinência deste tema é importante, uma vez que que a pretensa utopia social do filósofo e o caráter desinteressado da theoría filosófica, conspiravam para fazer tanto do filósofo como da filosofia um enigma cultural que desafiava o senso comum. 
Um só caminho foi para a filosofia se justificar: de que ela se desenvolveu na e por causa da cultura, ou seja, a filosofia se justifica e se inicia pela cultura. Foi por uma necessidade histórica, nascida de problemas que se originavam no seio da própria cultura. Foi uma necessidade teórica. 
É necessário que o mito cultural ceda espaço para a lógica do discurso racional e assim seja sustentada uma nova visão de mundo, para dar fundamento às crenças e nova legitimação às normas. 
O filósofo é aquele que se interessa pela Razão, se entrega à contemplação da ordem das razões ou ao exercício da theoría. Cultura racionalizada. Em Platão e Hegel o caminho da razão foi seguido. 
Depois de Hegel a Filosofia nasce com um novo paradoxo. Filosofia da theoría para a práxis. A filosofia morre na theoría para renascer na práxis. Quem defende esta ideia é o conhecido programa da chamada esquerda hegeliana. Com a “mundanização” da filosofia surgem novos problemas. Unir Liberdade e Razão. Unir as duas é tarefa da filosofia.
CULTURA E REALIZAÇÃO
Cultura e Ontologia
“Cultura é, pois uma categoria do ser, não do saber ou do sentir” – Scheler. É permitido aliar saber, sentir e Cultura somente quando estes estão reduzidos à modalidade do ser; Paidéia grega e a ideia da Cultura como formação humana; Cultura: unidade entre vida humana e sua configuração histórica; ‘Acontecer situado’;
Para Lima Vaz “Qual a categoria principal que permite pensar a unidade da cultura na multiplicidade das suas formas?” Unidade entre os homens: Cassirer e os símbolos, por exemplo; ‘Unidade na diferença’; Nas palavras de Lima Vaz: “Podemos afirmar, pois, que o ser do homem como ser-em-relação é, ontologicamente, um ser-de-cultura [...], assim como a realidade é, para ele, uma realidade-de-cultura”
A ontologia trabalha com o que é mais geral da filosofia: ente enquanto ente. Ontologia é a realidade histórica: Fatos – passado e presente; Acontecer é real; Agir humano é situado – espaço e tempo;
Em linhas gerais, a reflexão acerca do estatuto ontológico da Cultura, ou seja, do SER intrínseco presente nas expressões Culturais, apontará, necessariamente, para a reflexão sobre o AGIR – Ética, que também se faz presente nas modalidades e diferentes expressões culturais.
Ernst Cassirer (1874-1945)
O ser humano como animal simbólico O homem para Cassirer é um animal simbólico; O símbolo é a expressão mais acabada do espírito; A manifestação mais elevada da inteligência, desse espírito humano; O ser humano se manifesta através dos símbolos; Conhecendo o símbolo criado, conhece o próprio ser humano; E por consequência conhece a realidade como todo;
O homem não pode fugir à sua própria realização. Não pode senão adotar as condições de sua própria vida. Não estando mais num universo meramente físico, o homem vive em um universo simbólico. A linguagem, o mito, a arte e a religião são parte deste universo
O símbolo em Cassirer é a parte constitutiva de todas as disciplinas humanas; Os símbolos são entendidos como forma efetiva para o conhecimento; Relaciona a experiência que os homens fazem externamente. “O comportamento simbólico está entre os traços mais característicos da vida humana, e que todo o progresso da cultura humana está baseado nessas condições”
O mundo sendo nossa atividade simbólica, assim o ser humano sendo este animal simbólico e que cria e fazemos do mundo a nossas próprias experiências. Os símbolo realiza seres humanos, Significados para o mundo dentro uma estrutura social e cultural, por isso que Cassirer diz: “A razão é um termo muito inadequado com o qual compreender as formas da vida cultural do homem em toda riqueza e variedade. Mas todas essas formas são formas simbólicas. Logo, em vez de definir o homem como animal rationale, deveríamos defini-lo como animal symbolicum. Ao fazê-lo, podemos designar sua diferença especifica, e entender o novo caminho do homem – o caminho para civilização”.
A Linguagem é a função básica da fala, do mito, da arte eda religião que devemos buscar por trás de suas inumeráveis formas e expressões, e para a qual em ultima instancia devemos tentar encontrar uma origem comum. “A linguagem condiciona: ao mesmo tempo liberta e escraviza; ela é um processo de simbolização que nos dirige muitas vezes e, de vez em quando, permite-nos criar novos valores e vida nova”
“A humanidade não poderia começar com o pensamento abstrato ou com uma linguagem racional. Tinha de passar pela era da linguagem simbólica do mito e da poesia. As primeiras nações não pensavam por conceitos, mas por imagens poéticas; falavam por fábulas e escreviam por hieróglifos”.
É o nascimento da linguagem descritiva ou proposicional que desencadeia o desenvolvimento da cultura, isto é, da civilização. Assim a linguagem,mito arte, são sinais que tendem a realizar o ser da vida humana; Homem é aquele que plasma o mundo com suas atividades simbólica, criando e fazendo mundos de suas experiência. 
Cultura e Realização
Realização é um termo neutro. Significa algo efetivado; tornado fato; que aconteceu ou acontece. Nem todos os fatos são Realizações; Há fenômenos naturais e fenômenos operados pela ação humana; apenas a esta última cabe a classificação de Realização. Não se ignora a importância e influência dos fenômenos naturais na cultura;
Os acontecimentos naturais e Realizações humanas formam a história da humanidade. Atualmente, em Filosofia da História, é mais aceito que apenas algo ‘relevante’ é histórico; Contraexemplo: Hoje, o Seu José inaugurou uma padaria. [Fato, aparentemente, irrelevante para a história.] Em 2093, a José’s padaria, maior fabricante de massas do mundo, nega o consumo dos países asiáticos, gerando a 3ª guerra mundial. Retirando a hipérbole, o que se enfatiza é que toda Realização é um fato histórico em potência.
História é a soma dos fenômenos naturais acoplados às Realizações humanas. Cultura, numa definição mais contemporânea, é o modo de agir humano específico de agrupamentos. Há inúmeras possibilidades de agrupamento que formam e enquadram os membros desses grupos em diferentes aspectos culturais simultaneamente.
Um indivíduo poderia ser um negro brasileiro [logo, latino], gótico, católico [logo cristão], heterossexual, classe média alta. Esses vários aspectos culturais, integrados à época histórica e a própria história pessoal, formariam a personalidade, o caráter, enfim, constituiriam este indivíduo.
Cultura é o resultado das interações humanas que se deram no processo evolutivo. Isto é, o ser humano foi evoluindo e o isolamento resultava em morte; ele se viu obrigado a se relacionar com os outros de sua espécie. [Hobbes, Vico.]
Mas, diante da presença racional, os instintos foram substituídos por uma intelectualidade primitiva e, gradativamente, pela intelectualidade simbólica [Cassirer] que constituiu a cultura ligada ao território e à linguagem. A cultura somente se torna grupal após a globalização.
Obs. do professor: a filosofia nasce para dar resposta a perguntas fundamentais: quem eu sou, de onde vim,para onde vou? Para saber sobre a vida. A cultura nasce para dar respostas a necessidades orgânicas do homem: fisiológicas, relações (comunicação) para se manter na vida.
Cultura:
Forma de experiência humano na sua concretude, sua realidade, no viver dos seus complicados tramas. Cultura é uma herança social e orgânica. O herdeiro pode manter o herdado ou modificá-la, melhorá-la ou piorá-la. Não é determinante. A vida cultural dá liberdade e condicionamento.
Pode-se ter uma noção de cultura como:
Cultura como poder de organização
Cultura como acumulo de conhecimento e solução de problemas para a posteridade
Assim, ela pode promover a previsibilidade de comportamento. É pela cultura que enxergamos e avaliamos o mundo. Cultura não é o resultado de uma somatória de pensamentos individuais. O conceito de cultura perpassa o a história:
Na Polissemia - sinuosa evolução; em conceito – concenso; conceito técnico – século XIX; na Antiguidade: é função de algo – vocábulo; no contexto Medieval – classe ligada aos estudos; no contexto Renascentista – bem falar e bem escrever; no contexto Enciclopedista – tudo saber; no contexto Evolucionista ou Positivista – século XIX; Progresso em ciência e técnica – cultura e civilização; Contexto Etnológico se tem como sentido antropológico: “a forma própria de um povo viver” em 1871 por Edward B. Tylor, o primeiro conceito científico de cultura. “Cultura ou civilização, tomada em seu sentido etnográfico lato, é aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumes, assim como todas as capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Herskovits – síntese e completude: “Cultura é a parte do ambiente feita pelo homem”. Tudo o que existe em nosso mundo, Inteligência, Intencionalidade, Habilidade o ser humano objetiva a cultura.
Kant – 1798 classifica a cultura como o Ramo de estudo – “o que o homem faz de si mesmo”. Antropologia cultural Ser humano – manifestações Fisiológicas Psicológicas Sociológicas Econômicas Encontros e desencontros – reorganizando Filosofia – reflexão de totalidade Integração – Fenômenos particulares Globalidade – totalidade
Diferença Ciências da cultura – como? Filosofia da cultura – por que? Objetos vitais – educação, economia e direito Ponto de vista Ciências da cultura – ciência da educação, ciências econômicas, ciências jurídicas Filosofia da cultura – ontológicos, antropológicos e éticos
Paul Ricouer“A filosofia sempre esteve em constante diálogo com a ciência, ou com as ciências, e uma reflexão ética perde muito da sua riqueza quando se afasta das ciências”. Trajetória do ser humano – ruptura ontológica Eu pensante – objeto passivamente pensado
CULTURA E REVELAÇÃO
O termo Revelação advêm do latim Revelare = tirar o vél. A ideia geral de revelação é a manifestação da verdade ou a realidade suprema aos seres humanos. Na filosofia é revelação natural – natureza do SH. Na religião é revelação histórica – comunidade.
A noção tradicional de revelação
	Segundo Bartmann, teólogo, revelação é ato livre de Deus, no qual Ele dá a conhecer aos seres humanos sua existência e essencia, sua vontade e suas obras. Em suma é Locutio Dei = a fala de Deus.
	Na modernidade surge os Problemas: A revelação religiosa é possível? Ela pressupõe a fé! Há revelação fora da Bíblia? Deus parou de se Revelar ao SH? Sim! Como, onde?
Presença da Religião em toda cultura humana.
Todo ser humano possui algum tipo de crença religiosa. As religiões são um fenômeno inerente a cultura humana. Grande parte dos acontecimentos históricos que mais marcaram a humanidade tiveram a religião como impulso principal. Muitas estruturas sociais possuem base nas religiões. Parte do conhecimento científico, "filosófico" e artístico teve como base grupos religiosos.
O fenômeno religioso sobrevive e cresce, desafiando previsões que anteviram seu fim. A grande maioria da humanidade professa alguma crença religiosa direta ou indiretamente. A Religião é parte integrante e inseparável da cultura humana. A religião não é, meramente, fruto da cultura humana. Religião é um fenômeno diferenciado que toca o ontológico do ser humano.
Judaísmo
O Judaísmo é a primeira e a mais antiga das três grandes religiões monoteístas. Posteriormente, dele derivaram o cristianismo e o islamismo.
O judaísmo defende uma revelação de relação especial entre Deus e o povo judeu, manifestada através de uma revelação contínua de geração a geração. O judaísmo crê que a Torá é a revelação eterna dada por Deus aos judeus. A profecia dentro do judaísmo não possui caráter de adivinhação, mas manifesta a mensagem da Divindade para com seu povo e o mundo, podendo, assim, assumir o sentido de advertência, julgamento ou revelação quanto à vontade da divindade.
A profecia tem um lugar especial na crença judaica, seguindo pelas diversas escolas de profetas posteriores que serviam como conselheiros dos reis. Oficialmente se reconhece que a época dos profetas encerra-sena época do exílio babilônico e do retorno a Judá. No entanto o judaísmo reconheceu diversos profetas durante a época do Segundo Templo, e durante o posterior período rabínico.
Deus se revela a Abrão e faz com que ele se torne Abraão: “Eu sou o Deus todo-poderoso. Comporte-se de acordo comigo e seja íntegro. Vou fazer uma aliança entre mim e você, e multiplicarei sem medida”. Gn 17,1-2 Abraão, Sara e Hagar: o início dos judeus e mulçumanos; Jacó, mais tarde denominado Israel, teve 12 filhos, originando as 12 tribos israelitas. O povo hebreu tornou-se escravo dos egípcios, quando se estabeleceu por algum tempo naquele país. 
Aproximadamente em 1.300 a. C., Moisés, descendente de Abraão, libertou os judeus do Egito e conduziu-os, durante quarenta anos, pelo deserto até Canaã (atual Palestina). 
Nova revelação de Deus: Ouvindo o clamor do povo, Deus se comunica com Moisés. “Muito tempo depois, o rei do Egito morreu. Os filhos de Israel gemiam sobre o peso da escravidão, e clamaram; e do fundo da escravidão o seu clamor chegou a Deus.
Deus ouviu as queixas deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaac e Jacó”.
“Assim deverás falar à casa de Jacó e anunciar aos israelitas: Vistes o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos trouxe a mim. Agora se realmente ouvirdes minha voz e guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade particular dentre todos os povos. De fato é minha toda a terra, mas vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. São estas palavras que deverás dizer aos israelitas”. 
Tempos depois, Salomão, filho do rei Davi, transforma Jerusalém em centro religioso. As tribos dividem-se em dois reinos: o de Israel, na Samaria e o de Judá, com capital em Jerusalém. Em 721 a.C. o reino de Israel é devastado pelos assírios, permanecendo, no entanto, o reino de Judá, que sofre graves adversidades como guerras, invasões e escravidão.
Em 70 d.C. o Templo de Jerusalém é destruído pelos romanos e em 135 d.C. a própria cidade é devastada. Desde então, os judeus se dispersam por todos os continentes mantendo, entretanto, sua unidade cultural e religiosa. Somente em 1948 é criado o estado de Israel.
As leis básicas e princípios do Judaísmo derivam da Torá - ou pentateuco - os cinco primeiros livros da Bíblia, atribuídos a Moisés: Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Atualmente, estima-se mais ou menos 14,5 milhões de judeus no mundo: 6 milhões nos Estados Unidos, 3 milhões em Israel e o resto dividido pelo mundo, muitos na Rússia e Europa Oriental.
Cristianismo
Teve início através de Jesus Cristo e seus discípulos, em meados do primeiro século de nossa era. Seus três principais ramos estão divididos da seguinte forma: Catolicismo, Igreja Ortodoxa e Protestantismo.
A profissão de fé cristã é a de que Deus, revelado a Abraão, Moisés e aos profetas, envia à Terra seu filho como Messias, o Salvador. “Mediante a razão natural, o homem pode conhecer a Deus com certeza a partir de suas obras.
Mas exige uma outra ordem de conhecimento, que o homem de modo algum pode atingir por suas próprias forças, a da Revelação Divina. Por uma decisão totalmente livre Deus se revela e se doa totalmente ao homem [...] revela plenamente enviando seu filho Jesus”.
CIC. § 50
A síntese doutrinária do Cristianismo foi apresentada pelo próprio Cristo: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Amarás o teu próximo como a ti mesmo", porque "aí está toda a lei e os profetas". Mt. 22. 37-40
As religiões cristãs fundamentam-se na Bíblia, ou Escrituras Sagradas que, por sua vez se divide em Antigo e Novo Testamento.
Islamismo
O termo “islam” vem do verbo “aslama” (submeter), e quer dizer “submissão”, enquanto a forma “muslin” (donde: muçulmano) quer dizer “submisso”. O sentido é claro: o verdadeiro muçulmano é aquele que se declara perfeitamente submisso a Deus. O islamismo é uma das poucas religiões que se pode realmente chamar históricas, pois nasceu em determinado período histórico, sob a liderança de determinados personagens históricos.
Fundador: Maomé, nasceu por volta do ano de 571 d.C., era membro do clã Banu Hashim, ramo da família Curaixitas, que dominavam a cidade e o santuário de Meca. Pobre condutor de caravanas; casou-se com uma viúva rica, Gadija, mais velha 15 anos.
Ambiente: eram tempos confusos e sem lei. A antiga civilização da Arábia declinava, e a cultura cristã agora invadia o sul do país. A península arábica era atravessada por caravanas, tornava-se presa de constantes assaltos e existia constantes conflitos naquela região. 
Revelação: O apóstolo (Maomé) rezava no monte Herat, a fim de praticar o recolhimento espiritual, que durava um mês, como era costume dos Curaixitas fazer todos os anos. Quando tivesse completado o mês de oração, regressaria à casa. Naquela noite Deus honrou-o com a sua missão e assim mostrou misericórdia para com os seus servos, pois o anjo Gabriel lhe trouxe a ordem de Deus: Ele desceu para mim, conta o apóstolo, quando eu dormia. Mostrou-me uma peça de brocado, sobre a qual havia um escrito e disse: recita! 
Desde então o anjo Gabriel começa a aparecer e a ditar o corão. Estas aparições ocorreram durante toda a vida de Maomé. Maomé era analfabeto, portanto, não escreveu nada que lhe foi revelado, mas apenas recitava oralmente aos seus discípulos, que a retinham de cor como podiam, ou a gravavam em folhas de palmeira, como era costume, já que o pergaminho era muito caro.
Sucessores: Abu Bakr, tendo sucedido a Maomé como califa (sucessores de Maomé), ordenou que se recolhessem em livros todas estas revelações. Otman Iben Affan, terceiro califa, fez uma recensão geral destes escritos, mandando queimar os originais. Quatro cópias foram enviadas a Meca, Barsa, Kufa e Damasco. 
Corão: Não é um livro venerável do passado nem um livro particular de devoção, mas é um livro vivo, uma vez que é continuamente recitado em público em voz alta. Trata-se de um livro sagrado. Por isso, não deve ser manuseado como outro qualquer. Antes de ler, é necessário que se lave as mãos com água ou areia e que se abra o coração por uma oração humilde.
Repercussão Cultural
Judaísmo
Geografia e Política. Expulsão da Terra de Israel; Judeus foram dispersos por outros países; Estabeleceram grandes comunidades em terras próximas e distantes; Viveram longos períodos de crescimento e prosperidade, mas durante os quais também sofreram; O movimento sionista; Fundado no final do séc. XIX; Transformou este conceito em modo de vida;
A Formação de uma Nova Sociedade... A base política, econômica e cultural da sociedade judaica contemporânea de Israel formou-se durante o período do Mandato Britânico (1918-1948). Motivada pelo sionismo, A comunidade judaica do país desenvolveu instituições sociais e políticas; O voluntarismo era política, o igualitarismo era o cimento social. Dinâmica Interna Judaica...
Não há separação: Religião; Estado; A comunidade ortodoxa busca aumentar a legislação religiosa; 
O departamento não observante encara isso como uma coerção religiosa e uma violação da natureza democrática do país. Um dos temas atuais aborda os elementos necessários para definir uma pessoa como judeu. 
O setor ortodoxo defende a determinação de um judeu; Os judeus seculares de forma geral defendem uma definição baseada no critério civil da identificação de um indivíduo com o judaísmo. Demarcação entre religião e estado. “status quo”, que estipula que nenhuma alteração fundamental seria feita no status da religião.
Judaísmo e Economia...O judaísmo reconhece que os interesses particulares têm um papel importante em assegurar padrões éticos. 
Os princípios: "Ama o teu próximo como a ti mesmo" "Não faça ao próximo o que você não gostaria que fosse feito contigo“; Oferecem aspectos positivos e negativos. O judaísmo nunca viu a pobreza como uma virtude. A riqueza sempre foi vista como um desafio. 
Responsabilidades sociais e beneficentes... Realça a necessidade de prevenir contraa exploração dos mais fracos. O Comportamento Moral nos Negócios; O judaísmo acrescenta que o imperativo da integridade exige honestidade; O judaísmo reconhece que a Ética só pode existir onde há uma infra-estrutura legal efetiva e respeitada. A Ética vai além da lei... "Obediência ao que não é forçado". A ambição, fator motivador da atividade econômica;
Fonte de comportamento antiético. A incerteza que faz parte da vida; Leva-nos a acreditar que "mais é melhor do que menos”; O judaísmo apresenta uma "Economia do Suficiente" que restringe ambos os fatores. É no século XX, com a emigração em massa para o Novo Mundo que o Judaísmo norte-americano passou a ocupar uma posição de liderança, Visão pragmática e valores calcados na cultura norte-americana; 
O peso do crescimento demográfico, da afluência econômico-financeira e os valores políticos conservadores, aliados a um estilo de vida e filosofia ancorados em um empirismo estreito e positivista reforçado pelo sucesso nos negócios, marcaram profundamente o perfil e a atuação das organizações judaicas no mundo. 
Islamismo
Livro sagrado da religião Islâmica: Corão. Corão é composto por 114 capítulos. Porém, nem sempre foi assim, antes da revelação maometana, os povos árabes professavam a fé no politeísmo onde tinham um centro de peregrinação e veneração aos 360 deuses chamado Caaba. 
Três locais sagrados: Meca: local onde fica a pedra negra adorada pelo povo. Medina: localidade onde Maomé ergueu a primeira mesquita. Jerusalém: cidade onde o profeta morreu e subiu ao céu para encontrar-se com Jesus e com outros profetas.
Cinco princípios básicos do Islamismo: Aceitar Deus (Alá) como único e Maomé como seu único profeta; Peregrinar a Meca ao menos uma vez na vida; Oração corânica que deve ser feita cinco vezes ao dia, e a oração comum, as sextas-feiras na mesquita; O jejum do mês sagrado de Ramadã, durante o qual foi revelado o Corão. A esmola.
Corão: Orienta como deve ser o trato e a relação com outras pessoas, a vestimenta, a culinária e como expandir a verdadeira fé. Os islâmicos defendem a fé na ressurreição de todos aqueles que creem em Alá.
Político: Organização social: O Corão enfatiza a noção de comunidade (umma), proclamando a igualdade absoluta e fraternidade entre os adeptos do Islã. O Corão interdita a prática da usura, e eleva o valor da ajuda mútua, da solidariedade. A sociedade organizada pelo Corão é uma sociedade na qual não há distinção entre o temporal e o espiritual;
Estado e Fé: O estado não faz a lei, ele aplica os preceitos corânicos, pois a lei da fé é também a lei da sociedade; inversamente, não existe domínio reservado à religião: o Islã é uma religião sem Igreja, sem liturgia, nem sacramentos, nem clero.
Arte islâmica: A arte islâmica abrange a literatura, a música, a dança, o teatro e as artes visuais de uma vasta população do Oriente Médio, que adotou o islamismo a partir do século VII. 
Tapeçaria: Sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmica.
Ao longo dos tempos foram se tornando secundário, os tapetes passaram a decorar palácios e castelos, além de cumprir um papel fundamental nas mesquitas. 
Arquitetura: As mesquitas (lugar de oração) foram construídas entre os séculos VI e VIII, seguindo o modelo da casa de Maomé.
Pintura e gráfica: Eram geralmente usadas para decorar paredes de palácios ou edifícios públicos.
Representavam senas de caça e de vida cotidiana.
Literatura: Os povos ocidentais, e principalmente os poetas Espanhóis, ficaram profundamente impressionados pela literatura árabe. A equitação, o cavalheirismo, a metáfora e tópicos seletos e singulares encontraram seu caminho pela literatura ocidental através da literatura árabe.
Artes visuais: A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato em metal ou madeira têm sido de importância fundamental na cultura islâmica, a cerâmica constituiu a mais importante das primeiras artes decorativas dos muçulmanos.
Como religião do livro, o islamismo empenhou-se na alfabetização do povo, a fim de que todos pudessem ler o Corão e compreendê-lo. Deste modo, ainda que nada se diga do Corão sobre a cultura, o caminho ficou aberto para o conhecimento e aceitação da cultura dos povos conquistados, como um preito que se rendia a Deus, autor da palavra e da sabedoria. 
Por isso, concluindo, devemos conceder que, ainda que não se admita como autêntica a missão religiosa de Maomé, ou se julgue acanhada a sua mensagem espiritual, ele encabeçou um movimento providencial, no sentido de que deu aos árabes, dispersos e perdidos no deserto, bem como aos povos vizinhos decadentes, um ideal forte e válido, que lhes levantou a moral, aperfeiçoou os costumes e contribuiu poderosamente, embora de modo indireto, para o progresso da cultura e da civilização.
Cristianismo
O cristianismo é a religião daqueles que são chamados “cristãos”. Um cristão é um seguidor de Jesus Cristo de Nazaré, que é chamado o Cristo ou Messias para aqueles que acreditam nele. Centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus.
A fé cristã: acredita essencialmente em Jesus Cristo como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor
O cristianismo reconhece Jesus como o próprio Deus com presença na história, manifestando suas últimas vontades em favor dos seres humanos. A importância de Jesus não advém, fundamentalmente, de seus ensinamentos religiosos, mas de sua pessoa, introdutora do absoluto divino na história da humanidade.
A sagrada Escritura: A bíblia é considerada autoridade pelos cristão. Estes são os mais alto tribunal ao qual se pode dirigir para responder qualquer questão religiosa, unida a tradição da Igreja (no caso do catolicismo e da ortodoxos). Nos revela a vontade de Deus, e registra como Deus tem agido na história pela salvação da humanidade. 
A religião nascida no judaísmo tornou-se a religião de maior amplitude de todas as conhecidas, universalismo que ela própria se atribuiu desde suas origens. Esse universalismo explica a importância de que o cristianismo se reveste, do ponto de vista de sua influência tanto nos domínios da cultura, da vida social e da política, como nos da moral.
Maiores ramos do cristianismo: Ao longo de sua história, o cristianismo tem resistido a cismas e disputas teológicas. Os maiores ramos do cristianismo são: a Igreja Católica Romana, Igreja ortodoxa e as Igrejas protestantes. Na Europa, o catolicismo domina nos países latinos, na Áustria, Bélgica, Tchecoslováquia, Polônia, Hungria, Irlanda, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mônaco e San Marino.
O protestantismo predomina nos países escandinavos, na Finlândia, na Alemanha, Reino Unido, Suíça e Islândia. A Igreja Ortodoxa é dominante nos países que constituíam a antiga URSS, Bulgária, Grécia, Iugoslávia e Romênia. Na Albânia, a população, em sua maioria é constituída de mulçumanos, a que se seguem, em número, os ortodoxos. Nos EUA prevalecem os protestantes e, em segundo lugar, os católicos; no Canadá, estes predominam.
Política: É significativo que a revelação cristã se haja denominada ‘evangelho’. Esse termo não fazia parte do vocabulário das religiões; foi tomado de empréstimo ao vocabulário do protocolo da corte imperial, onde designava os acontecimentos ligados ao imperador (vitória, nascimento, investidura) a que a esperança política dos povos se apegava.
O aspecto religioso, no Evangelho, liga-se indissoluvelmente ao aspecto ético e político. Não há relação com Deus que não implique num compromisso inserido no humano, numa conduta orientada para a existência pessoal e social. ‘Boa Nova’ (que traduz ‘evangelho’) era o que representava, verdadeiramente, a revelação de Jesus Cristo, manifestação da vinda benfazeja de Deus entre os homens – saudação e convite desse Deus dirigidas a todos, luz sobre as origens e sobre o termo, fonte de renovação das perspectivas humanas.
O cristianismo trouxe ainda outras inovações. Deixou de ser a religião doméstica de determinada família, a religião nacional de uma cidade ou de um povo. O cristianismo não pertencia

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